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Filo Poríferos - Esponjas

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Filo Poríferos – Esponjas 
1. Características gerais
Os poríferos ou esponjas (do latim: indivíduo portador de poros - porus = poro; ferre = possuidor) são organismos antigos, com origens que provavelmente ocorreram há um bilhão de anos atrás. Sua morfologia se caracteriza pela relativa simplicidade estrutural e o baixo grau de diferenciação dos tecidos, em conjunto com o registro fóssil, os colocam como um dos animais multicelulares mais primitivos existentes. Possuem grande semelhança com protozoários flagelados coloniais (Coanoflagelados) dos quais atualmente acredita-se que sejam derivados. Encontrados em quase todos os ambientes aquáticos, desde rios até as fossas abissais, em regiões tropicais e polares. As mais de 8000 espécies descritas possuem uma extrema variedade de dimensões, cores, formas e hábitos e sua construção aparentemente simples e primitiva não revela totalmente a imensa complexidade destes organismos.
As esponjas são animais bentônicos sésseis (fixos no substrato). Possuem uma fisiologia bastante simples na sua construção. Utilizam células flageladas chamadas coanócitos para promover a circulação da água através de um sistema de canais exclusivo do filo, o sistema aquífero, ao redor do qual se corpo é construído. Esta corrente de água traz partículas orgânicas que são filtradas e digeridas. São geralmente sustentadas por um esqueleto mineral formado por espículas, que são estruturas de sílica ou carbonato de cálcio cujo tamanho pode variar de poucos micrometros a centímetros. Existem, no entanto diversas variações. Em algumas este esqueleto pode ser constituído por calcário maciço, naquelas que são chamadas esponjas coralinas. Em outros, conhecidas como esponjas córneas, por fibras de espongina, uma proteína do tipo do colágeno
Esponjas não possuem tecidos típicos, como encontrados em outros animais multicelulares, e suas células ainda retêm um alto grau de totipotência (capacidade de diferenciação celular) e independência. Apesar de serem animais capazes de alcançar grande porte, com mais de um metro de altura ou recobrir largas áreas de substrato, alguns dos seus processos orgânicos são por vezes mais semelhantes aos encontrados nos Protozoa (animais unicelulares) que nos Metazoa (animais multicelulares). Apresentam aproximadamente 6000 espécies de descritas em todo o mundo e a maioria proveniente de ambientes bentônicos marinhos. Apesar de ocorrem em todos os mares e em todas as profundidades, os litorais rochosos de áreas não poluídas abrigam faunas de esponjas particularmente ricas. 
Quase todas as esponjas litorais são incrustantes, formando camadas de espessura variada em substratos duros, em geral rochas, mas também em qualquer outro como madeiras, metal ou cimento. As poucas espécies encontradas em substratos móveis como lama, areia ou cascalho são geralmente eretas e finas para evitar o soterramento pelo sedimento, podendo ter um pedúnculo ou raiz para ancoragem no substrato
2. Fisiologia 
Digestão e Circulação: Ambas as funções são realizadas pelos coanócitos (digestão) e tesócitos (armazenamento). Os coanócitos criam correntes de água e no colarinho o material é microfiltrado (material particulado fino, dinoflagelados e bactérias) e selecionado pelo tamanho e fagocitados. A digestão é intracelular, no próprio coanócito, em vacúolos digestivos, ou pode ser transferido aos amebócitos (ou arqueócitos) que circulam levando as substâncias para outras células.
Respiração: A respiração das esponjas é realizada por todas as células. Ocorre por difusão.
Excreção: Realizada por todas as células. Os produtos nitrogenados são liberados na corrente de água circulante.
Locomoção: As esponjas são indivíduos sésseis, mas podem apresentar um estágio livre natante na fase larvária.
Sistema Nervoso: Não possui. Ocorrem reações celulares locais e independentes. Miócitos localizados ao redor do ósculo podem conter fibrilas de actina e miosina, que formam a base da contratilidade nos grupos animais.
3. Tipo de sistemas
O padrão morfológico dos poríferos é baseado na construção ao redor de um sistema de canais para a circulação da água – relacionada ao caráter séssil do filo. Existem basicamente três tipos estruturais: Asconóide, Siconóide e Leuconóide
Asconóides: Espongioceles flageladas
A parede do corpo é fina e perfurada por poros inalantes, por onde a água penetra. Os poros se abrem numa cavidade interior, o átrio. Este se abre para fora pelo ósculo. O fluxo de água é constante. O fluxo de água gerado pelos flagelos dos coanócitos provoca aumento na pressão interna, que se torna lenta uma vez que o átrio é grande e contém água demais para que possa ser rapidamente levada para fora pelo ósculo. 
Quanto maior a esponja, mais intenso será o problema de movimentação da água. A estrutura asconóide raramente excede 10 cm de altura. Conforme a esponja cresce o aumento no volume do átrio não é acompanhado por um aumento suficiente da camada de coanócitos. Com isso os problemas são em relação ao fluxo da água e área de superfície da esponja. As esponjas evoluíram dobramento da parede do corpo com aumento da superfície da camada de coanócitos e redução do átrio que diminuiu o volume de água que deve circular.
Siconóides: Canais flagelados
Apresentam as primeiras dobras do corpo (protuberâncias digitiformes horizontais). As principais mudanças foram: os coanócitos não revestem o átrio, estão confinados aos canais radiais; as invaginações correspondentes são os canais aferentes revestidas por pinacócitos e os dois canais se comunicam pelas prosópilas (equivalentes aos poros do tipo Ascon). Num estágio mais especializado deste tipo de esponja desenvolvesse o fechamento das extremidades dos canais aferentes. As novas aberturas recebem o nome de poros dérmicos e permitem a entrada de água.
Leuconóides: Câmaras flageladas
Apresenta o maior grau de dobramento das paredes do corpo. Os canais flagelados sofreram invaginações formando pequenas câmaras flageladas arredondadas. O átrio usualmente desaparece, exceto pelos canais hídricos que levam ao ósculo.
4. Tipo de Esqueleto 
O esqueleto fornece a sustentação a uma esponja, evitando que os canais e câmaras colapsem. A principal proteína estrutural do reino animal é o colágeno, que é encontrada na matriz de todas as esponjas. 
Demospongiae secretam um tipo de colágeno conhecido como espongina e também secretam espículas calcárias. Esponjas Calcarias secretam espículas compostas por carbonato de cálcio cristalino. Apresentam um, três ou quatro raios. Esponja de vidro possuem espiculas silicosas com seis raios. 
5. Tipos de Células
As células estão organizadas na meso-hilo (mesogléia, mesênquima). O meso-hilo é uma matriz protéica gelatinosa, isto é um “tecido conjuntivo” das esponjas. São encontrados várias células amebóides, fibrilas e elementos esqueléticos.
Pinacócitos: É a maior aproximação de um tecido verdadeiro. São células epiteliais afiladas e achatadas. Algumas são em forma de T, com seus corpos celulares se estendendo para dentro da meso-hilo. São células pouco contráteis e auxiliam a regular a área de superfície da esponja. Alguns são modificados em miócitos contráteis, os quais estão geralmente organizados em bandas circulares ao redor dos ósculos ou poros, onde auxiliam a regular a taxa de entrada de água.
Porócitos: São células cilíndricas, semelhantes a tubos, encontradas na pinacoderme formando os óstios. São contráteis e podem abrir e fechar o poro, regulando o diâmetro dos óstios.
Arqueócitos: São células amebóides que se deslocam no meso-hilo, e são responsáveis por várias funções. Podem diferenciar-se em qualquer célula. Eles podem fagocitar partículas na pinacoderme e receber partículas dos coanócitos para digestão.
Podem diferenciar-se em:
· Esclerócitos: secretam as espículas.
· Espongiócitos: secretam as fibras de espongina do esqueleto.
· Colêncitos: secretam o colágeno fibrilar.
· Lofócitos: secretam fibras de colágeno.
· Miócitos: contêm actina e miosina - agregam-se ao redor do ósculo - ajudama
· Controlar o fluxo de água.
· Oócitos e Espermatócitos: células reprodutivas que sofrem gametogênese.
Coanócitos: Células que forram os canais e câmaras flageladas. São ovóides com uma extremidade embebida no meso-hilo e a outra exposta. Esta extremidade exposta possui um flagelo circundado por um colarinho, formado por microvilos e microfibrilas – forma um dispositivo de filtragem de partículas alimentares da água. O batimento de um flagelo empurra a água através de um colarinho em forma de peneira e a força a sair pela abertura superior deste colarinho. As partículas que são muito grandes para entrar no colarinho são envolvidas em um muco secretado e deslizam na direção inferior do colarinho até sua base, onde serão fagocitadas. O alimento fagocitado é passado para as células arqueócíticas para que ocorra a digestão.
6. Reprodução
As esponjas apresentam reprodução assexuada e sexuada.
Assexuada: Ocorre por meio da formação de brotos e pela regeneração seguida de fragmentação. Brotos externos, depois de atingir um certo tamanho, podem destacar-se da esponja parental e flutuar ao léu para formar novas esponjas, ou podem persistir junto da esponja parental e formar colônias. A reprodução assexuada por ocorrer também por gêmulas, que são formadas nas esponjas de agua doce e em alguma marinhas, neste caso, os arqueócitos se juntam no meso-hilo e são envoltados por uma camada de espongina incorporada com espícula silicosas, Quando a esponja parental morre, as gêmulas sobrevivem e persistem dormentes, preservando a espécie durante os períodos de congelamento ou secas intensas. As células nas gêmulas saem por uma abertura especial, a micrópila, e se desenvolvem em novas esponjas. 
Sexuada: A maioria dos poríferos são hermafroditas. Os gametas são originados em células denominadas gonócitos, que derivam dos amebócitos. Os gametas masculinos (espermatozóides) saem da esponja através do ósculo (abertura principal do espongiocele), para em seguida, penetrar em outra esponja através dos poros, carregada pela corrente de água. Os coanócitos (células ovóides) captam os espermatozóides, transferindo-os para os óvulos, localizados na mesogléia, ocorrendo a fecundação. A maior parte das esponjas são vivíparas, sendo que após a fecundação o zigoto é retido e passa a receber nutrientes da esponja, até haver a liberação de uma larva flagelada, que irá nadar e se fixar em um substrato, originado um novo indivíduo.
7. Classes 
Classe Hexactinellida – Esponjas-de-vidro.
Têm organização corporal do tipo siconóide, espículas silicosas com 6 raios (hexactinas), separadas ou unidas em rede, alguns esqueletos assemelham-se a fios de vidro; são as mais simétricas e individualizadas entre as esponjas; coanócitos somente em câmaras digitiformes; corpo geralmente cilíndrico, xícara, vaso ou urna. Tamanho médio entre 30 e 40 cm, mas podem atingir 1,0 metro de altura; coloração pálida. Há um átrio bem desenvolvido com um único ósculo o qual pode às vezes, estar coberto por uma placa crivada formada por espículas fundidas. Revestimento superficial não apresenta pinacócitos, mas sim uma rede sincicial (massa multinucleada) formada pelos pseudópodos de amebócitos; longas espículas projetam-se através da rede sincicial. – rede trabecular. São esponjas exclusivamente marinhas de águas profundas, entre 450 e 900 metros de profundidade, chegando até 5000 metros, podem ser encontradas em todos os oceanos, mas são mais comuns no Antártico.
Exemplo: Euplectella
Classe Calcarea – Esponjas calcárias.
Possuem espículas de carbonato de cálcio do tipo mono, tri ou tetráxonas e encontram-se geralmente separadas umas das outras. Apresentam os três tipos de organização corporal: asconóide, siconóide e leuconóide. Têm cor geralmente apagada, mas algumas espécies podem ser amarelo-brilhante, vermelhas ou lavanda. São de porte pequeno, a maioria com 10 cm de altura. São exclusivamente marinhas e ocorrem em todos os oceanos do mundo. Vivem preferencialmente nas águas costeiras e rasas.
Exemplo: Sycon e Leucosolenia
Classe Demospongiae
A esta classe pertence a maioria das esponjas. São todas do tipo leucon e apresentam formatos irregulares. Vivem em águas rasas e profundas, e entre elas estão as esponjas de banho. Apresentam esqueleto de espículas silicosas, de espongina, de ambas, ou ausente. As espículas geral mente são monoaxônicas e tetraxônicas. Têm organização corporal do tipo leuconóide. Representam 95% das espécies de esponjas. Estão distribuídas desde águas rasa até grandes profundidades; coloração brilhante com diferentes cores e toda uma graduação de matizes. Apresentam os mais diversos padrões de crescimento, podem ser: incrustantes, ramificadas verticalmente, foliáceas, forma de urna ou tubular.
As esponjas de água doce pertencem principalmente à família Spongillidae, que contém a maioria das espécies. Esta família está distribuída por todo o mundo vivendo em lagos, rios, lagoas e nos oceanos. As espongilídeas contêm as conhecidas esponjas-de-banho, cujo esqueleto é composto apenas de fibras de espongina.
Exemplo: Spongilla e Myenia
Referências
HICKMAN JUNIOR, C. P. Princípios Integrados de Zoologia. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
RUPPERT, E.; BARNES, R. D. Zoologia dos Invertebrados. 6. ed. São Paulo: Roca, 1993.

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