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Torcicolo posterior

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Torcicolo posterior 
 
Mulher, 58 anos, costureira, buscou assistência médica com queixa de dor 
intensa na região posterior da cabeça, com 2 dias de evolução. Afirmou que 
há 1 mês aumentou sua atividade laboral. Negou trauma e/ou queda. Ao 
exame físico, apresentou-se sem dor à palpação de processos espinhosos, mas 
com dor à palpação de musculatura cervical posterior e contratura local, 
com piora à extensão do pescoço, confirmando a hipótese de torcicolo 
posterior. Devido ao quadro doloroso intenso, foi realizada imobilização em 
colar cervical (Figura 1) e prescrição de anti-inflamatório e relaxante 
muscular, com melhora posterior do quadro clínico. 
 
 
1. Defina a região do pescoço, nuca e região cervical. Identifique os 
limites da Nuca e como são identificados estes limites a anatomia 
de superfície. 
 
O pescoço, assim como a região cervical, é a região que une a cabeça ao tronco, sendo 
dividido em anterior, lateral e posterior. O limite superior do pescoço é a base do crânio e o 
limite inferior é a base das clavículas. 
Já a nuca corresponderia à região cervical posterior. Ela é superiormente delimitada por 
um plano transverso arciforme que passa pelos processos mastóides dos ossos temporais e 
pela protuberância occipital externa, inferiormente por um plano transverso que passa no 
processo espinhoso de C7 e lateralmente pela borda lateral do músculo trapézio. Em relação 
a anatomia de superfície, os processos mastóides são projeções localizadas posterior a orelha, 
e a protuberância occipital externa é possível localizar na linha média entre os processos 
mastóides na região occipital, seguindo a linha média inferiormente localiza-se o processo 
espinhoso de C7. 
 
2. Quais são os músculos mais frequentemente envolvidos no 
torcicolo? Explique a ação destes músculos em relação a 
movimentação cervical e da cabeça. Pelas ações dessa musculatura 
na coluna cervical, justifique a piora do quadro clínico com a 
extensão do pescoço. 
Os principais músculos envolvidos no torcicolo são o trapézio e o 
esternocleidomastóideo. O ECM flexiona a cervical e o causa flexão no pescoço 
bilateralmente e unilateralmente flexiona a cervical e roda a cabeça para o lado oposto, já o 
músculo trapézio com os ombros fixos, a contração bilateral estende o pescoço e a cervical e 
a contração unilateral produz flexão lateral para o mesmo lado. No torcicolo o músculo está 
enrijecido devido a contração intensa causado por espasmo muscular, assim ao realizar a 
extensão do pescoço se agrava a dor, uma vez que o músculo está contraído. 
 
3. Defina os limites do trígono suboccipital. Descreva o trajeto da 
artéria que transita no interior deste trígono desde a sua origem na 
artéria subclávia. 
Os limites do trígono suboccipital são: M. reto posterior maior da cabeça, com inserção 
no processo espinhoso de C2 e na parte lateral da linha nucal inferior (limite superomedial); 
M. oblíquo superior da cabeça, com inserção no processo transverso de C1 e no osso 
occipital entre a linha nucal inferior e superior (limite superolateral); M. oblíquo inferior da 
cabeça, com inserção no processo espinhoso de C2 e no processo transverso de C1 (limite 
inferior ou inferolateral), membrana atlanto-occipital posterior, que liga o arco posterior de 
C1 à margem posterior do forame magno (assoalho ou chão), M. semiespinal da cabeça 
(teto). 
A artéria vertebral é o primeiro ramo (o mais medial) da artéria subclávia. Ela ascende 
passando por dentro dos forames transversos das vértebras cervicais (exceto de C7, a qual 
possui um forame transverso muito pequeno, às vezes ausente, em que passam somente veias 
vertebrais acessórias). Ao passar pelo forame transverso de C1, ela se estende 
posteriormente, passando pelo sulco da artéria vertebral, situado no arco posterior do Atlas, 
para então atravessar a membrana atlanto occipital posterior através de um forame, então 
perfurando a dura-máter e a aracnóide. Assim, ela se estende, agora anterior e superiormente, 
até adentrar o forame magno. As artérias vertebrais direita e esquerda se fundem na margem 
caudal da ponte, formando a A. basilar, que dá origem ao polígono de Willis.

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