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UPE 2 - resolução questões

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1. Em relação às características que fazem desse romance - Senhora –, de José de Alencar um precursor do romance realista, assinale V para Verdadeiro e F para Falso nas afirmativas abaixo:
 
( ) A linguagem metafórica e a concepção idealizada do amor.
( ) A crítica à futilidade dos comportamentos e fragilidade dos valores burgueses , oriundos do capitalismo brasileiro emergente na época.
( ) O amor como único meio de redimir todos os males.
( ) O temor da realização amorosa.
( ) O casamento por interesse, a independência feminina e a ascensão social a qualquer preço.
 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. 
a) F; V; F; F; V. 
b) V; F; F; F; V. 
c) F; F; V; F; V. 
d) F; V; V; V; F. 
e) F; V; F; V; V. 
RESPOSTA: A
2. No romance Senhora, de José de Alencar, as características que faz de Fernando Seixas um herói romântico são:
 
I. a preocupação com a família, quando esta lhe solicitou o dinheiro que lhe foi confiado para poupança e ele havia gastado em seu próprio benefício. Martirizou-se por saber que a irmã dependia desse dinheiro para se casar. Não tendo outra saída, sentiu-se obrigado a aceitar a proposta de Aurélia para se casar com ela pelo dote de cem contos de réis, sem nada lhe revelar.
II. a elegância excessiva de Fernando Seixas que o caracteriza como personagem idealizada.
III. o fato de trair Aurélia devido a um casamento que lhe oferecia mais vantagens.
IV. a importância dada por Fernando Seixas aos prazeres e às futilidades da época.
V. o desfrute da riqueza oferecida por Aurélia sem nenhuma preocupação.
 
Somente está correto o que se afirma em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e IV. 
d) III e V. 
e) IV e V. 
RESPOSTA: A
3. O Romantismo, materializado no Brasil, subdivide-se em três gerações; caracteriza-se por pressupostos e princípios que não devem ser confundidos com os pressupostos e os princípios que fundamentam outras escolas literárias.
 
Considerando o que se afirma, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Na opinião de alguns críticos, Gonçalves de Magalhães não possui a liberdade intrínseca ao Romantismo, embora seja considerado o introdutor do Romantismo no Brasil (1836). Alcântara Machado teria dito que Gonçalves de Magalhães é um “Romântico Arrependido”. 
b) Assim como Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias foi um escritor sem muita expressividade. Seus textos, de modo geral, não conseguem traduzir a estética romântica, visto que recebem muita influência de autores meramente comerciais. 
c) A segunda geração do Romantismo no Brasil, assim como a primeira geração, baseou suas obras no pensamento de Byron e no de Musset. Foi uma geração que cultivou as camadas mais extremas da subjetividade e deflagrou a criação de textos que evocavam o amor e a dor como caminhos possíveis para a morte. 
d) Os romances românticos brasileiros foram escritos sob a regência de ideias conservadoras. É comum encontrarmos em textos de José de Alencar expressões que exortam o escravismo e a natureza estrangeira, a opressão de ideias libertárias e a crítica ao que é nacional. 
e) Castro Alves assim como Joaquim Manoel de Macedo tinham como seus leitores mais assíduos grupos de pessoas acima de sessenta anos e que possuíam vinculações fortes com ideias retrógradas da época, as quais se aproximavam do feudalismo medievo. 
RESPOSTA: A
4. Observe as imagens e relacione-as aos romances de José de Alencar, conforme os temas sugeridos pelos elementos verbais e visuais.
Analise as afirmativas a seguir e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas.
 
( ) As cinco imagens se relacionam, na sequência, com os seguintes temas desenvolvidos por José de Alencar em seus romances: indianista, histórico, urbano, sertanista e de perfil feminino.
( ) As imagens 4 e 5 apresentam a mesma temática dos romances Senhora e As Minas de Prata, ao passo que a imagem 1 retrata os primitivos habitantes do Brasil, o que a aproxima dos romances O Guarani, Iracema e Ubirajara.
( ) Os temas das imagens 2 e 3 relacionam-se às histórias contidas nos romances urbano e sertanista ou ruralista do escritor cearense, enquanto a imagem 4 não se associa a qualquer um dos romances de José de Alencar.
( ) Os romances Lucíola, Senhora e Diva são denominados romances urbanos de perfis femininos. Pode-se afirmar, então, que se relacionam às imagens 2 e 4.
( ) Cinco Minutos, A Viuvinha e A Pata da Gazela são textos em que Alencar, no seu projeto de desenvolver temas que cobrissem toda realidade cultural nacional, traz à tona aspectos urbanos que se fazem presentes nas imagens 1, 2 e 3.
 
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA. 
a) V - V - V - F - F 
b) V - F - F - V - F 
c) F - V - F - V - F 
d) V - V - F - F – V 
e) V - V - V - F - V 
RESPOSTA: C
Memórias póstumas de Brás Cubas, livro que marcou o início da estética realista no Brasil, quando adaptado para o cinema, assumiu ares de comédia por ter sido escrito “com a pena da galhofa e a tinta da melancolia”. Considerando a leitura do romance, analise as afirmativas e assinale V para as Verdadeiras e F para as Falsas. 
( )  O romance é fragmentado em decorrência das frequentes digressões realizadas pelo    narrador onisciente quando, comentando    sua própria escrita, dirige‐se ao leitor e alude a escritores anteriores, entre eles Shakespeare. 
(  )  Em Memórias póstumas de Brás Cubas, existe um narrador‐personagem, que relata sua   história de além‐túmulo,  contrariando a ordem natural e a linearidade até então em vigor  na ficção brasileira. Esse artifício é comentado  pelo próprio narrador  já no início   do romance. 
(   ) Em Memórias póstumas de Brás Cubas, o narrador‐personagem goza de  isenção, a que lhe é concedida pelo fato de se tratar de um relato proferido por um  “defunto‐ autor”, legado que lhe permite expressar‐se, de forma sarcástica e crítica, sobre si mesmo, uma vez que nada mais poderá afetá‐lo. 
(   ) Ao parodiar o discurso bíblico afirmando “Não só de fé vive o homem, mas também de pão e seus compostos e similares”, Brás Cubas impõe ao romance uma visão   materialista, característica do Realismo. 
( ) “Marcela amou‐me durante quinze meses e onze contos de réis” são palavras que sugerem ao leitor ser o gênero comédia imposto ao filme resultante do discurso irônico, marca registrada da linguagem do “bruxo do Cosme Velho”. 
 
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA. 
a) F, V, V, V, V 
b) V, V, V, F, F 
c) V, F, V, F, V 
d) V, V, F, F, F 
e) V, V, V, V, V
RESPOSTA: A
2. Machado de Assis e Aluísio Azevedo, no mesmo ano, 1881, deram início, respectivamente, ao Realismo e Naturalismo no Brasil. O primeiro, com Memórias Póstumas de Brás Cubas e o segundo, com O Mulato, embora o Cortiço é que tenha celebrizado o autor maranhense. Sobre esses movimentos literários, aos quais pertencem os textos, leia o que se segue:
 
Texto 1
 
Ao verme que primeiro roeu
as frias carnes do meu cadáver 
dedico como saudosa lembrança 
estas Memórias Póstumas
 
Texto 2
 
Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas.
Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo. Como que se sentiam ainda na indolência de neblina as derradeiras notas da última guitarra da noite antecedente, dissolvendo-se à luz loura e tenra da aurora, que nem um suspiro de saudade perdido em terra alheia.
Roupa lavada, que ficara de véspera nos coradouros, umedecia o ar e punha-lhe um farto acre de sabão ordinário. As pedras do chão, esbranquiçadas no lugar da lavagem e em alguns pontos azuladas pelo anil, mostravam uma palidez grisalha e triste, feita de acumulações de espumas secas. Entretanto, das portas surgiam cabeças congestionadas de sono; ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas; pigarreava-se grosso por toda a parte; começavam as xícaras a tilintar; o cheiro quente do café aquecia, suplantando todos os outros; trocavam-se de janela para janelaas primeiras palavras, os bons-dias; reatavam-se conversas interrompidas à noite; a pequenada cá fora traquinava já, e lá dentro das casas vinham choros abafados de crianças que ainda não andam. No confuso rumor que se formava, destacavam-se risos, sons de vozes que altercavam, sem se saber onde, grasnar de marrecos, cantar de galos, cacarejar de galinhas. De alguns quartos saíam mulheres que vinham pendurar cá fora, na parede, a gaiola do papagaio, e os louros, à semelhança dos donos, cumprimentavam-se ruidosamente, espanejando-se à luz nova do dia.
Daí a pouco, em volta das bicas, era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. 
As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não molhar o pelo, ao contrário, metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas da mão. As portas das latrinas não descansavam, era um abrir e fechar de cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou as saias; as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo, no capinzal dos fundos, por detrás da estalagem ou no recanto das hortas.
O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. [...]
 
Analise as afirmativas a seguir:
 
I. O texto 1 é a dedicatória de Brás Cubas, que inicia suas memórias póstumas. Nessa obra, o autor textual e narrador ironicamente dedica suas memórias aos vermes. Trata-se de um aspecto inerente à estética romântica, uma vez que nela encontra-se subjacente a ideia de morte.
II. No texto 2, o narrador descreve o comportamento da coletividade que forma o Cortiço. Note-se que nele há o privilégio do coletivo sobre o individual, elemento peculiar ao Romantismo, o que não surpreende o leitor, dado que o autor abraçou tanto a estética romântica quanto a realista.
III. Os dois textos, embora escritos por autores diferentes, apresentam as mesmas tendências estéticas. Ambos são realistas e criticam o comportamento da burguesia que vivia na ociosidade explorando os menos favorecidos.
IV. O texto 1 tem por narrador a personagem principal que conta a sua própria história e o faz com a “tinta da galhofa e a pena da melancolia”, utilizando-se de um gracejo de tom cômico, próximo do humor negro de origem inglesa.
V. No texto 2, o relato é de um narrador observador que apresenta os acontecimentos de um ponto de vista neutro, porque não se envolve nem faz parte da história narrada. Seu discurso volta-se para a análise dos elementos deterministas e das patologias sociais, o que faz de O Cortiço um texto naturalista.
 
Está CORRETO apenas o que se afirma em 
a) I e II. 
b) IV e V. 
c) I, II e III. 
d) II e III. 
e) I, II e IV. 
RESPOSTA: B
3. Os personagens femininos dominam a cena, em alguns dos romances do romântico José de Alencar e do representante máximo do realismo brasileiro, Machado de Assis. Sobre tais personagens nas obras desses autores, assinale a alternativa correta. 
a) Os relatos urbanos de Machado de Assis oscilam entre a estrutura de folhetim e a percepção da realidade brasileira. Com os perfis femininos (Lucíola, Diva, Senhora, A viuvinh, José de Alencar alcança grande profundidade psicológica na descrição dos personagens centrais. 
b) Os personagens femininos de Machado de Assis, assim como os de José de Alencar, são seres extraordinários, movidos por uma ética heroica, com tendências à aceitação do sofrimento. 
c) Tanto em José de Alencar como em Machado de Assis, os personagens femininos alcançam uma dimensão idealizada e espiritualizada. 
d) Machado de Assis descreveu personagens femininos contraditórios, complexos e dissimulados, penetrando na consciência de cada um deles. Alencar apresentou-os de forma idealizada, sem complexidades psicológicas, com caráter nobre e capazes de renúncia. 
e) Enquanto José de Alencar caracterizava os personagens femininos pela hipocrisia social e pela paixão pelo dinheiro, a dissimulação e a vaidade eram traços marcantes nestes personagens de Machado de Assis. 
 
RESPOSTA: D
4. Sobre os autores do Realismo/Naturalismo, numere a 2a coluna de acordo com a 1a.
 
1) Machado de Assis
2) Aluízio de Azevedo
 
( ) Em "O Cortiço", as ideias naturalistas se conjugam para revelar as misérias existentes na capital do país.
( ) O autor inova na literatura brasileira pelo seu senso de coletividade, pela descrição de multidão.
( ) Escreveu um romance, em que ataca o racismo, o reacionarismo clerical, a estreiteza do universo provinciano e descreve a lenta e difícil ascensão social do mestiço brasileiro.
( ) Autor de obras-primas, como "Quincas Borba" e "Dom Casmurro", é irônico, pessimista e crítico. Suas tramas quebram a estrutura linear e seu estilo é refinado e elegante, esmerando-se na correção linguística.
( ) Na sua 1a fase, estava comprometido com o idealismo romântico. Na 2a fase, mais maduro, fazia a análise psicológica e social de temas da burguesia da época: o adultério, o parasitismo social, o egoísmo, a vaidade, o interesse, além da confusão entre razão e loucura.
 
A sequência correta é: 
a) 1, 1, 2, 1 e 2 
b) 2, 2, 1, 2 e 1 
c) 1, 2, 1, 1 e 2 
d) 2, 2, 2, 1 e 1 
e) 2, 2, 1, 1 e 1 
 
RESPOSTA: D
1. Texto 
Amemos! Quero de amor
Viver no teu coração!
Sofrer e amar essa dor
Que desmaia de paixão!
 
Na tu‘alma, em teus encantos
E na tua palidez
E nos teus ardentes prantos
Suspirar de languidez!
 
Quero em teus lábios beber
Os teus amores do céu,
Quero em teu seio morrer
No enlevo do seio teu!
 
Quero viver d´esperança,
Quero tremer e sentir!
Na tua cheirosa trança
Quero sonhar e dormir!
 
Vem, anjo, minha donzela,
Minh‘alma, meu coração!
Que noite, que noite bela!
Como é doce a viração!
 
E entre os suspiros do vento
Da noite ao mole frescor,
Quero viver um momento,
Morrer contigo de amor!
Álvares de Azevedo
 
 
Texto 2
 
Era no tempo do rei. 
 
Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente, chamava-se nesse tempo – O canto dos meirinhos –; e bem lhe assentava o nome, porque era aí o lugar de encontro favorito de todos os indivíduos dessa classe (que gozava então de não pequena consideração). Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; esses eram gente temível e temida, respeitável e respeitada; formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que envolvia todo o Rio de Janeiro no tempo em que a demanda era entre nós um elemento de vida: o extremo oposto eram os desembargadores. Ora, os extremos se tocam, e estes, tocando-se, fechavam o círculo dentro do qual se passavam os terríveis combates das citações, provarás, razões principais e finais, e todos esses trejeitos judiciais que se chamava o processo. 
Daí sua influência moral.
 
Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida.
 
 
Sobre os textos 1 e 2, analise as proposições a seguir e assinale com V as Verdadeiras e com F as Falsas.
 
( ) O Texto 1 tematiza o amor como sentimento da ação interior do sujeito, deixando transparecer seu estado afetivo; revela a intimidade de um amor irresoluto e ambivalente.
( ) O poeta Álvaro de Azevedo transita entre um amor humano e um amor divino, numa tentativa de equacionar seus desejos pela mulher amada e pela imagem de mulher divinizada.
( ) A obra Memórias de um Sargento de Milícias caracteriza-se como uma novela, ao apresentar uma sequência de células dramáticas, ou episódios semelhantes a capítulos, posicionados numa ordem linear temporal.( ) O Texto 2, fragmento de Memórias de um Sargento de Milícias, caracteriza-se como um romance, e é baseado nos valores sociais, contemporâneos ao autor da obra.
 
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é: 
a) F – V – V – F 
b) V – V – V – F 
c) V – F – V – V 
d) V – V – F – V 
e) V – V – F – F 
 
RESPOSTA: E
2. No filme Sociedade dos Poetas Mortos (USA, 1989), a personagem, interpretada pelo ator Robim Willams, é um professor de literatura provocativo e dissonante do tradicionalismo da Welton Academy, onde estudou e retornou na condição de docente. Os alunos, como se pode ver na película dirigida por Peter Weir, antes da chegada do John Keating, estudavam literatura de modo bastante técnico e pouco reflexivo. A chegada do “Capitão”, como o professor Keating ficou conhecido entre os alunos, é determinante para a mudança do pensamento dos estudantes e para promover uma ruptura entre a tradição e a inovação na Welton Academy.
 
Considerando o que se afirmou sobre o filme Sociedade dos Poetas Mortos (USA, 1989), quando comparamos com o Romantismo no Brasil, assinale a alternativa CORRETA. 
a) A estética romântica apresentada tanto na prosa quanto na poesia, a despeito de suas fases, coaduna-se com o pensamento apresentado nos textos de Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga. 
b) As bases da ideologia do pensamento romântico no Brasil são totalmente divergentes das bases ideológicas do pensamento romântico na Europa, mais precisamente na Alemanha. 
c) Os autores românticos brasileiros, a depender da fase, evidenciam extremo subjetivismo, diferentemente de autores que ovacionavam expressões como Fugere Urbem e Carpe Diem. 
d) O autor José de Alencar, quando escreve seus romances urbanos, diferentemente do professor John Keating, não promove confrontos entre o “antigo” e o “novo”. 
e) O Romantismo no Brasil, diferentemente do pensamento desenvolvido no filme de Peter Weir, coaduna-se com a estética de início difundida na Europa, nos anos de 1751. 
 
RESPOSTA: C
3. A linguagem da mídia, por vezes, busca inspiração nos temas da literatura e, assim, incorpora características de movimentos literários atuais ou de outras épocas. Dessa forma, eventualmente, observam-se nas novelas televisivas, influências que remontam a certas escolas literárias, como na novela "O Clone", em que são observadas tendências românticas. 
 
Assinale, entre as alternativas abaixo, a que não apresenta características do Romantismo. 
a) Evasão no espaço, que leva o romântico à "escolha de lugares distantes e misteriosos, assim como as paisagens do Oriente." 
b) Supervalorização do amor, "algo bom e difícil de se realizar num mundo desagregado e corrompido". 
c) Sentimentalismo, pois "para o romântico a razão fica em segundo plano, sendo a maneira de analisar e expressar a realidade pautada no sentimento individual". 
d) Estrutura estereotipada que se "inicia com a harmonia, instaurando-se a seguir a desarmonia, o conflito e a desordem, para se concluir com a harmonia final e o estabelecimento da felicidade." 
e) Contemporaneidade, verossimilhança e tendência à incorporação das teorias científicas recentes. 
 
RESPOSTA: E
4. Indique a alternativa que se refere corretamente ao protagonista de Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida:
a) Nele, como também em personagens menores, há o contínuo e divertido esforço de driblar o acaso das condições adversas e a avidez de gozar os intervalos da boa sorte.
b) Este herói de folhetim se dá a conhecer sobretudo nos diálogos, nos quais revela ao mesmo tempo a malícia aprendida nas ruas e o idealismo romântico que busca ocultar.
c) A personalidade assumida de sátiro é a máscara de seu fundo lírico, genuinamente puro, a ilustrar a tese da "bondade natural", adotada pelo autor.
d) Enquanto cínico, calcula friamente o carreirismo matrimonial; mas o sujeito moral sempre emerge, condenado o prõprio cinismo ao inferno da culpa, do remorso e da expiação.
e) Ele é uma espécie de barro vital, ainda amorfo, a que o prazer e o medo vão mostrando os caminhos a seguir, até sua transformação final em símbolo sublimado.
 
RESPOSTA: A
5- Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe¹ em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, o que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria de hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia² rechonchuda e bonitona. O Leonardo, fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal apessoado, e sobretudo era maganão³. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremando beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença d serem desta vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos. (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias)
Glossário:
1algibebe: mascate, vendedor ambulante.
2 saloia: aldeã das imediações de Lisboa.
3maganão: brincalhão, jovial, divertido.
Neste excerto, o modo pelo qual é relatado o início do relacionamento entre Leonardo e Maria
a) manifesta os sentimentos antilusitanos do autor, que enfatiza a grosseria dos portugueses em oposição ao refinamento dos brasileiros.
b) revela os preconceitos sociais do autor, que retrata de maneira cômica as classes populares, mas de maneiras respeitosa a aristocracia e o clero.
c) reduz as relações amorosas a seus aspetos sexuais e fisiológicos, conforme os ditames do Naturalismo.
d) opõe-se ao tratamento idealizante e sentimental das relações amorosas, dominante do Romantismo.
e) evidencia a brutalidade das relações inter-raciais, própria do contexto colonial escravista.
 
RESPOSTA: D

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