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SIMULADO ENEM - LINGUAGENS E HUMANAS - 01

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PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
BLOCO 01
LC - 1º dia | Página 2
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01
 *TPP: Trans-Pacific Partnership
 **NAFTA: North American Free Trade Agreement
Disponível em: https://www.dcourier.com. Acesso em: 13 maio 2018.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou 
o país de um acordo nuclear internacional com o Irã, 
aumentando o risco de conflitos no Oriente Médio, irritando 
aliados europeus e lançando incerteza sobre o fornecimento 
mundial de petróleo. De acordo com a imagem acima, o uso 
do vocábulo “killatreaty” (que faz alusão ao vulcão Kilauea, 
que está em erupção há vários dias no Havaí) remete à
 A insistência de Trump de não respeitar leis que protegem 
os direitos dos imigrantes.
 B decisão de Trump de retirar os Estados Unidos de diver-
sos tratados internacionais.
 C promessa de campanha de Trump de revogar acordos 
firmados por seu antecessor.
 D iniciativa de Trump de recuperar a economia retirando o 
país de acordos ambientais.
 E intransigência de Trump, que não consegue reconhecer o 
valor de pactos comerciais.
QUESTÃO 02
BRAZIL GOV’T SUMMIT FOUND TO HAVE ALLOWED
EXECUTIONS IN MILITARY RULE
A document made public by the US State Department 
shows that former Brazilian president Ernesto Geisel (1974–
1979) gave permission to Brazil’s Intelligence Center of the 
Army (CIE) to continue its summary execution policy against 
those opposing the military dictatorship in Brazil — a policy 
adopted under Emílio Garrastazu Médici — adding, however, 
that killings should be limited to the more “dangerous 
subversives.”
The memorandum, dated April 11, 1974, signed by 
then CIA director Willian Colby and directed to then State 
Secretary Henry Kissinger, says that President Geisel told 
João Baptista Figueiredo, head of National Information 
Service (SNI) at the time, who became president 1979 and 
1985, that the executions should remain uninterrupted.
Geisel and Figueiredo, the document reports, agreed 
that when the CIE arrested someone that could be classified 
as “dangerous subversive”, the CIE head should consult 
with General Figueiredo, who was subsequently to give 
permission for the execution.
Figueiredo is reported to have insisted on the continuity 
of executions, Geisel reportedly made remarks on the 
potentially harmful aspects of the matter, asking to consider 
the issue over the weekend before making a decision.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br. 
Acesso em: 13 maio 2018.
Um registro da Agência Central de Inteligência dos Estados 
Unidos (CIA) joga luzes sobre um dos momentos mais 
conturbados da política brasileira. Com base no texto, o 
memorando em questão
 A mostra que o maior número de execuções de presos po-
líticos no regime militar ocorreu entre o período de 1979 
a 1985.
 B demonstra que o general Figueiredo tentou colocar um 
fim nas execuções de presos políticos durante a ditadura 
militar.
 C revela que, durante o governo do presidente Ernest Gei-
sel, houve execuções de pessoas consideradas subver-
sivas.
 D indica que o presidente Médici era totalmente contra a 
política de execuções de pessoas que eram contrárias ao 
regime.
 E sugere que a Central de Inteligência Americana colabo-
rou diretamente com o governo brasileiro para as execu-
ções políticas.
LC - 1º dia | Página 3
QUESTÃO 03
NASA WILL SEND HELICOPTER TO MARS TO TEST 
OTHERWORLDLY FLIGHT
Nasa is sending a helicopter to Mars, in the first test of 
a heavier-than-air aircraft on another planet.
The Mars Helicopter will be bundled with the US space 
agency’s Mars rover when it launches in 2020.
Its design team spent more than four years shrinking 
a working helicopter to “the size of a softball” and cutting its 
weight to 1.8 kg (4 lbs).
It is specifically designed to fly in the atmosphere of 
Mars, which is 100 times thinner than Earth’s.
Nasa describes the helicopter as a “heavier-than-
air” aircraft because the other type – sometimes called an 
aerostat – are balloons and blimps.
Soviet scientists dropped two balloons into the 
atmosphere of Venus in the 1980s. No aircraft has ever taken 
off from the surface of another planet.
The helicopter’s two blades will spin at close to 3,000 
revolutions a minute, which Nasa says is about 10 times 
faster than a standard helicopter on Earth.
Disponível em: http://www.bbc.com. Acesso em: 13 maio 2018.
A NASA planeja começar a usar um mini-helicóptero em 
Marte durante as missões de estudo do planeta em 2021. De 
acordo com o texto, o helicóptero em questão
 A foi projetado para voar na atmosfera de Marte, cujo ar é 
muito mais denso do que o da Terra.
 B representa a primeira tentativa de fazer um aeróstato atin-
gir a atmosfera de um outro planeta.
 C levará, aproximadamente, quatro anos para conseguir al-
cançar a atmosfera do planeta Marte.
 D terá hélices que girarão cerca de dez vezes mais rápido 
do que as de um helicóptero na Terra.
 E apresenta uma massa aproximada de 4 kg, o que seria 
equivalente à massa de uma bola de tênis.
QUESTÃO 04
Disponível em: https://www.adsoftheworld.com. 
Acesso em: 13 maio 2018.
Uma campanha de conscientização nada mais é um do que 
um esforço para produzir mudanças. Através da combinação 
de elementos verbais e não verbais, o produtor do texto 
pretende
 A combater, veementemente, o aumento da incidência de 
furtos de livros nas bibliotecas do mundo inteiro.
 B divulgar uma campanha para tentar erradicar definitiva-
mente o analfabetismo entre os jovens adultos.
 C incentivar a leitura de textos clássicos que contribuem 
para formação intelectual dos cidadãos de um país.
 D alertar os motoristas quanto ao risco do ato de enviar 
mensagens de texto enquanto estão dirigindo.
 E estimular o aprendizado da escrita em uma época total-
mente dominada por recursos tecnológicos.
LC - 1º dia | Página 4
QUESTÃO 05
ADDRESS TO SLAVERY
Slavery, O Slavery! I cannot conceive
Why judges and magistrates do not relieve
My down-trodden people from under thy hand,
Restore them their freedom, and give them their land.
The loud voice of reason incessantly cries,
Ye lovers of Mammon, when will ye be wise?
How long will misanthropy reign in your hearts?
Behold the poor slaves, and consider their smarts.
Upon the plantation they labor and toil,
Exert all their strength to enrichen the soil,
While the sun pours upon them its hot scorching ray,
Without intermission the whole livelong day.
Hope God by His power will save them at last,
And bring them as Israel in ages that’s past,
Out of the reach of proud slavery’s chain,
To enjoy the sweet comfort of freedom again.
WRIGHT, S. Disponível em: http://www.wbur.org.
Acesso em: 13 maio 2018.
“Address to Slavery” é um poema escrito por Samuel Wright 
em 1860. Com base na leitura do poema, o eu lírico
 A critica Israel por contribuir decisivamente para o tráfico de 
escravos. 
 B tenta justificar a escravidão como algo necessário para a 
economia.
 C descreve o trabalho árduo e incessante dos escravos na 
agricultura.
 D enaltece os esforços de juízes e magistrados para abolir 
a escravidão. 
 E menospreza a inteligência dos escravos, reduzindo-os a 
meros objetos.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01
Com base no argumento final de Mafalda, o que se pode 
inferir é que
 A a mãe não aceitou a ideia de ter os mesmos direitos da filha.
 B Mafalda afirma que não vai fazer o que a mãe ordenou.
 C mãe e filha têm os mesmos direitos e deveres.
 D Mafalda questiona seu posicionamento de ser filha.
 E a menina não aceita a ideia de ter a mãe que ela possui.
QUESTÃO 02
Cociente Intelectual
¿Cómo se obtiene el cociente intelectual de un niño? 
¿Cuándo debe medirse? y, sobre todo, ¿cómo se interpretan 
los resultados en la edad escolar? Jesús Jarque, orientadoren Educación Infantil y Primaria de un colegio público y autor 
de numerosos libros relacionados con las pautas educativas, 
la pedagogía y dificultades de aprendizaje, lo explica así:
El Cociente intelectual (a partir de ahora, CI) es una 
medida general de la capacidad cognitiva de una persona, 
ya sea un niño o un adulto, y es el resultado de una división 
(edad mental entre edad cronológica x 100). La edad mental 
es la que se obtiene por medio de los test de inteligencia que 
miden esta variable. En realidad, es la puntuación promedio 
que los niños de determinada edad obtienen en el test.
El CI es una puntuación general; como tal, aporta una 
información limitada. Por ejemplo, dos niños pueden haber 
obtenido un CI de 97, pero ser completamente distintos desde 
el punto de vista cognitivo. Es algo similar a lo que sucede 
con la temperatura y el clima. Si nos dicen que en una ciudad 
están a 18 grados de temperatura, nos falta información para 
conocer el tiempo que realmente hace: no sabemos si está 
nublado o soleado, si está lloviendo, si hace viento…
Disponível em: http://www.abc.es/familia/educacion/ 201804061735 (adaptado).
Sobre a validade do quociente intelectual (QI) de uma 
criança, o texto afirma que
 A crianças de mesmo valor de QI são iguais do ponto de 
vista cognitivo.
 B informações apresentadas pelos testes de QI têm suas 
limitações.
 C os resultados dos testes de QI dependem da meteorologia.
 D os testes de QI apresentam resultados inquestionáveis.
 E os testes de QI mostram informações específicas.
LC - 1º dia | Página 5
QUESTÃO 03
Comer distraído te hace engordar
Si estás comiendo con el móvil, leyendo, viendo la tele 
etc., harás que tu mente se disperse y no seas realmente 
consciente de lo que has comido. Según un estudio del 
American Journal of Clinical Nutrition, las personas que comen 
distraídas suelen ingerir hasta un 50% más de calorías.
Disponível em: http://www.mujerhoy.com/belleza/dietas/201804/09.
Segundo o estudo feito pelo Jornal Americano de Nutrição 
Clínica,
 A comer distraidamente causa um aumento de mais de 
50% de calorias.
 B o alimento não é aproveitado quando alguém come e vê 
televisão.
 C pessoas que comem distraídas deixam de ingerir até 
50% de calorias.
 D comer e ler ao mesmo tempo deixa a pessoa consciente 
da comida.
 E pessoas que comem distraídas costumam ingerir até 
50% a mais de calorias.
QUESTÃO 04
El 40% del fracaso escolar es debido a dificultades
del lenguaje
Muchos padres con hijos que tienen un trastorno 
específico del lenguaje (TEL) tardan en recibir el diagnóstico. 
Las familias muchas veces se encuentran con pediatras que 
cuando les cuentan que han observado dificultades en el 
lenguaje de sus hijos, les responden que «ya hablará, cada 
niño tiene su ritmo». Tampoco es fácil que lo detecten en 
el colegio, «aunque lo normal es que las tutoras de infantil 
detecten a los niños con dificultades en el lenguaje y los 
deriven al departamento de orientación del centro escolar», 
precisa Ángeles Álvarez-Cedrón, logopeda y maestra de 
Educación Infantil y Primaria del madrileño colegio Sagrado 
Corazón.
Disponível em: http://www.abc.es/familia/educacion/abci-201804092115_noticia.html.
O texto nos informa sobre uma realidade pouco conhecida: a 
relação entre dificuldade linguística e fracasso escolar. O que 
ocorre muitas vezes é que
 A os pais detectam logo a deficiência dos filhos por meio 
dos pediatras.
 B a escola é a primeira a observar o problema e encami-
nhar aos pais.
 C geralmente os pais recebem o diagnóstico algum tempo 
depois.
 D deve-se respeitar o ritmo de cada pessoa, principalmente 
das crianças.
 E o normal é que as professoras primárias encaminhem as 
crianças aos pediatras.
QUESTÃO 05
Poco sueño + mucho estrés = mucha hambre
El dormir poco o mal afecta el nivel hormonal, facilita la 
conversión de calorías en grasa y que no tengas sensación 
de saciedad al comer.
El estrés provoca el “hambre emocional” y hace que te 
lances a la comida basura o repleta de calorías para calmar 
tu ansiedad.
El estrés también activa la insulina, favorece que tu 
organismo acumule más grasa y que tus depósitos no se 
quemen (inhiben la lipolisis).
Disponível em: http://www.mujerhoy.com/belleza/dietas/201804/09 (adaptado).
Há uma relação entre dormir pouco e ter muita fome. Além 
dessa ideia, o texto acrescenta que
 A o que ativa o estresse é a produção de insulina.
 B o estresse provoca a busca por comida calórica.
 C dormir pouco causa uma sensação de estar saciado.
 D dormir pouco dificulta a conversão de calorias em gor-
dura.
 E o estresse dá a sensação de estar satisfeito com pouca 
comida.
LC - 1º dia | Página 6
Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06
 a coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer 
 a barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra cabeça 
aparecer 
 os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora 
é pra valer 
 os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esque-
cer 
 não quero morrer pois quero ver 
 como será que deve ser envelhecer 
 eu quero é viver pra ver qual é 
 e dizer venha pra o que vai acontecer 
 eu quero que o tapete voe / no meio da sala de estar 
 eu quero que a panela de pressão pressione 
 e que a pia comece a pingar 
 eu quero que a sirene soe 
 e me faça levantar do sofá 
 eu quero pôr Rita Pavone
 no ringtone do meu celular 
 eu quero estar no meio do ciclone 
 pra poder aproveitar 
 e quando eu esquecer meu próprio nome 
 que me chamem de velho gagá 
 pois ser eternamente adolescente nada é mais démodé 
 com uns ralos fios de cabelo sobre a testa que não para 
de crescer 
 não sei por que essa gente vira a cara pro presente e 
esquece de aprender 
 que felizmente ou infelizmente sempre o tempo vai correr.
ANTUNES, A. Envelhecer. Álbum Ao vivo lá em casa. 2010. 
O trecho que critica explicitamente aqueles que não aceitam 
a velhice é
 A “e quando eu esquecer meu próprio nome que me cha-
mem de velho gagá”.
 B “não quero morrer pois quero ver como será que deve ser 
envelhecer”.
 C “pois ser eternamente adolescente nada é mais démodé”. 
 D “a coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer”. 
 E “os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esquecer”.
QUESTÃO 07
É menina
É menina, que coisa mais fofa, parece com o pai, 
parece com a mãe, parece um joelho, upa, upa, não chora, 
isso é choro de fome, isso é choro de sono, isso é choro 
de chata, choro de menina, igualzinha à mãe, achou, sumiu, 
achou, não faz pirraça, coitada, tem que deixar chorar, vocês 
fazem tudo o que ela quer, isso1 vai crescer mimada, eu queria 
essa vida pra mim, dormir e mamar, aproveita enquanto ela 
ainda não engatinha, isso2 daí quando começa a andar é um 
inferno, daqui a pouco começa a falar, daí não para mais [...].
DUVIVIER, G. Folha de S. Paulo, 16 set. 2013. 
Observando os fragmentos “isso vai crescer mimada” e “isso 
daí quando começa a andar é um inferno”, percebemos 
que esses trechos nos ofertam visões negativas acerca da 
menina. Tais pontos de vista são reforçados pelo uso do 
pronome isso, porque ele associa a criança a uma ideia de
 A contradição.
 B individualização.
 C estagnação.
 D coisificação.
 E negação.
QUESTÃO 08
Si o senhor num tá lembrado / Dá licença de contá
Que aqui onde agora está / Esse edifício arto
Era uma casa véia / Um palacete assobradado
Foi aqui seu moço / Que eu Mato Grosso e o Joca
Construímo nossa maloca
Baseando-se na linguagem predominante da música 
Saudosa Maloca, de Adoniran Barbosa, e na transformação 
da paisagem paulistana, podemos inferir que
 A o fenômeno da entrada de estrangeiros no país ocasio-
nou um forte desemprego da população urbana da cida-
de de São Paulo, o que obrigou as pessoas a viverem 
nas ruas, parques e jardins, especialmente nas áreas 
mais antigas da cidade.
 B o fato de as habitações coletivas se concentrarem nas 
áreas mais periféricas da cidade é resultado da intensa 
especulação imobiliária, que expulsa as pessoas de seus 
palacetes velhos para construíremedifícios comerciais 
de alto padrão.
 C a cidade de São Paulo, na época áurea da cafeicultura, 
passou por uma intensificação das construções de malo-
cas, que, apesar de muito humildes, eram bastante sa-
tisfatórias em termos de qualidade de moradia, deixando 
saudades para quem nelas vivia.
 D não se pode afirmar que o texto da canção retrate a cida-
de de São Paulo, porque os palacetes dos antigos barões 
do café permanecem na paisagem urbana paulistana 
praticamente como eram há mais de um século, sendo 
proibida a sua destruição.
 E a forte migração interna, entre outros fatores, contribuiu 
para acentuar a degradação urbana na área central da 
cidade, fazendo com que os antigos casarões do período 
cafeeiro se transformassem em moradias precárias, algu-
mas das quais, posteriormente, foram derrubadas para a 
construção de edifícios.
LC - 1º dia | Página 7
QUESTÃO 09
“Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, 
Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava 
desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. 
Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O 
guarani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil. Além 
de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, 
indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de 
jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e 
até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas 
facetas desse personagem do século XIX, parte de seu acervo 
inédito será digitalizada. 
História Viva, n. 99, 2011. 
Com base no texto, que trata do papel do escritor José de 
Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se 
que o(a)
 A digitalização dos textos é importante para que os leitores 
possam compreender seus romances. 
 B conhecido autor de O guarani e Iracema foi importan-
te porque deixou uma vasta obra literária com temática 
atemporal. 
 C divulgação das obras de José de Alencar, por meio da 
digitalização, demonstra sua importância para a história 
do Brasil Imperial. 
 D digitalização dos textos de José de Alencar terá impor-
tante papel na preservação da memória linguística e da 
identidade nacional. 
 E grande romancista José de Alencar é importante porque 
se destacou por sua temática indianista. 
QUESTÃO 10
Essa pequena
Meu tempo é curto, o tempo dela sobra
Meu cabelo é cinza, o dela é cor de abóbora
Temo que não dure muito a nossa novela, mas
Eu sou tão feliz com ela
Meu dia voa e ela não acorda
Vou até a esquina, ela quer ir para a Flórida
Acho que nem sei direito o que é que ela fala, mas
Não canso de contemplá-la
Feito avarento, conto os meus minutos
Cada segundo que se esvai
Cuidando dela, que anda noutro mundo
Ela que esbanja suas horas ao vento, ai
Às vezes ela pinta a boca e sai
Fique à vontade, eu digo, take your time
Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas
O blues já valeu a pena
CHICO BUARQUE. Disponível em: www.chicobuarque.com.br. 
Acesso em: 31 jun. 2012.
A presença da conotação no texto de Chico Buarque pode 
ser notada nos trechos
 A “Meu cabelo é cinza” e “Eu sou tão feliz com ela”.
 B “Não canso de contemplá-la” e “Feito avarento”.
 C “Temo que não dure muito a nossa novela” e “anda noutro 
mundo”.
 D “Fique à vontade” e “take your time”.
 E “Sinto que ainda vou penar com essa pequena” e “O 
blues já valeu a pena”.
QUESTÃO 11
A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como 
terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns 
aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles 
era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a 
máscara de folha de flandres.
A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos 
escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois 
para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por 
um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de 
furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles 
tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados 
extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca 
tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se 
alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros 
as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas.
ASSIS, M. “Pai contra mãe”. In: Relíquias da casa velha. Obra 
completa. Rio de Janeiro, Aguilar, 1959, vol. II, p. 639.
Após leitura e compreensão do texto, podemos depreender 
que o discurso
 A é de caráter dissertativo. O enunciador mostra-se favorá-
vel à instituição da escravidão.
 B é de caráter narrativo. O narrador, em terceira pessoa, 
mostra-se favorável à instituição da escravidão.
 C mescla elementos narrativos e descritivos, mas não há 
sinais de discurso dissertativo, pois o enunciador mostra-
-se neutro quanto ao tema da abolição da escravatura.
 D mescla elementos narrativos, descritivos e dissertativos 
para abordar o tema da escravidão como uma instituição 
necessária.
 E dissertativo vale-se da descrição e, em menor escala, da 
narração para denunciar a escravidão como uma institui-
ção que degrada o ser humano escravizado e também a 
sociedade escravocrata.
LC - 1º dia | Página 8
QUESTÃO 12
TEXTO I
“Os sertões” 
Canudos não se rendeu, fechemos este livro.
Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a 
história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado 
palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, 
ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, 
que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois 
homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam 
raivosamente 5 mil soldados.
Forremo-nos à tarefa de descrever os seus últimos 
momentos. Nem poderíamos fazê-lo. Esta página, imaginamo-la 
sempre profundamente emocionante e trágica; mas cerramo-
la vacilante e sem brilhos.
Vimos como quem vinga uma montanha altíssima. No 
alto, a par de uma perspectiva maior, a vertigem... 
Ademais, não desafiaria a incredulidade do futuro a 
narrativa de pormenores em que se amostrassem mulheres 
precipitando-se nas fogueiras dos próprios lares, abraçadas 
aos filhos pequeninos...
E de que modo comentaríamos, com a só fragilidade 
da palavra humana, o fato singular de não aparecerem 
mais, desde a manhã de 3, os prisioneiros válidos colhidos 
na véspera, e entre eles aquele Antônio Beatinho, que se 
nos entregara, confiante — e a quem devemos preciosos 
esclarecimentos sobre esta fase obscura da nossa História?
Caiu o arraial a 5. No dia 6 acabaram de o destruir, 
desmanchando-lhe as casas, 5 200, cuidadosamente contadas.
TEXTO II
Os sertões
Marcado pela própria natureza
O Nordeste do meu Brasil
Oh! solitário sertão
De sofrimento e solidão
A terra é seca
Mal se pode cultivar
Morrem as plantas e foge o ar
A vida é triste nesse lugar
Sertanejo é forte
Supera miséria sem fim
Sertanejo homem forte
Dizia o Poeta assim
Foi no século passado
No interior da Bahia
O Homem revoltado com a sorte
do mundo em que vivia
Ocultou-se no sertão
espalhando a rebeldia
Se revoltando contra a lei
Que a sociedade oferecia
Os Jagunços lutaram
Até o final
Defendendo canudos
Naquela guerra fatal
Escola de samba em Cima da Hora – 2016.
A leitura dos textos I e II conduz à seguinte dedução:
 A Formalmente “Os sertões” é inovador. Por isso, pode ser 
abordado em qualquer época.
 B Tematicamente “Os sertões” extrapola o regionalismo e 
universaliza-se. Por isso, pode ser tratado em qualquer 
época, sob qualquer formato. 
 C Formalmente “Os sertões” representa o rompimento com a 
tradição romanesca do século XI. Por isso, é modernista.
 D Estilisticamente “Os sertões” apresenta escrita subjetiva 
e sinestésica, embora dotado de traço fantástico ou so-
brenatural. 
 E Tematicamente “Os sertões” representa um estudo cien-
tífico e como tal deve ser visto longe do campo artístico-
-literário. 
QUESTÃO 13
“Ainda estava sob a impressão da cena meio cômica 
entre sua mãe e seu marido, na hora da despedida. Durante 
as duas semanas da visita da velha, os dois mal se haviam 
suportado;os bons dias e as boas tardes soavam a cada 
momento com uma delicadeza cautelosa que a fazia querer 
rir. Mas eis que na hora da despedida, antes de entrarem no 
táxi, a mãe se transformara em sogra exemplar e o marido 
se tornara o bom genro. ‘Perdoe alguma palavra mal dita’, 
dissera a velha senhora, e Catarina, com alguma alegria, vira 
Antônio não saber o que fazer das malas nas mãos, gaguejar 
— perturbado em ser o bom genro. [...].”
LISPECTOR, C. Laços de Família. 12. ed. Rio de Janeiro:
José Olympio, 1982. p. 109-111.
Na frase “Perdoe alguma palavra mal dita”, a
 A palavra “mal” representa o precário nível de instrução do 
personagem.
 B referência a um momento anterior da narrativa está repre-
sentada pela expressão de tempo “mal”.
 C rudeza do falante é expressa pela forma verbal imperativa.
 D indicação de ordem é representada pela forma verbal no 
imperativo.
 E ideia de incerteza vem expressa pelo pronome indefinido 
“alguma”.
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QUESTÃO 14
“Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e 
humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma 
vez o cruel.”
Há nessa passagem um sentido crítico, que denuncia a 
ordem humana e social que se obtém mediante o grotesco e 
a crueldade, ou seja, por meio da desordem humanitária. O 
recurso retórico usado para se obter tal efeito de sentido foi o(a)
 A metonímia.
 B prosopopeia.
 C símbolo.
 D ironia.
 E quiasmo.
QUESTÃO 15
Quando a propaganda é decisiva na troca de marcas 
Todo supermercadista sabe que, quando um produto 
está na mídia, a procura pelos consumidores aumenta. 
Mas, em algumas categorias, a influência da propaganda é 
maior, de acordo com pesquisa feita com 400 pessoas pela 
consultoria YYY e com exclusividade para o supermercado 
XXX. 
O levantamento mostrou que, mesmo não sendo 
a razão o fator mais apontado para trocar de marca, não 
se pode ignorar a força das campanhas publicitárias. Em 
algumas categorias, um terço dos respondentes atribuem 
a mudança à publicidade. Para Nicanor Guerreiro, a 
propaganda estabelece uma relação mais “emocional” 
da marca com o público. “Todos sentimos necessidade 
de consumir produtos que sejam ‘aceitos’ pelas outras 
pessoas. Por isso, a comunicação faz o papel de endosso 
das marcas”, afirma. O executivo ressalta, no entanto, que 
nada disso adianta se o produto não cumprir as promessas 
transmitidas nas ações de comunicação. Um dos objetivos 
da propaganda é tornar o produto aspiracional, despertando 
o desejo de experimentá-lo. O que o consumidor deseja é o 
que a loja vende. E é isso o que o supermercadista precisa 
ter sempre em mente. Observe o gráfico: 
De acordo com o texto e com as informações fornecidas pelo 
gráfico, para aumentar as vendas de produtos, é necessário 
que 
 A a campanha seja centrada em produtos alimentícios, a 
fim de aumentar o percentual de troca atual que se apre-
senta como o mais baixo. 
 B a preferência de um produto ocorra por influência da pro-
paganda devido à necessidade emocional das marcas. 
 C a propaganda influencie na troca de marca e que o con-
sumidor valorize a qualidade do produto. 
 D os produtos mais vendidos pelo comércio não sejam di-
vulgados para o público como tal. 
 E as marcas de qualidade inferior constituam o foco da pu-
blicidade por serem mais econômicas. 
QUESTÃO 16
TEXTO I
Versos de amor
A um poeta erótico
Oposto ideal ao meu ideal conservas.
Diverso é, pois, o ponto outro de vista
Consoante o qual, observo o amor, do egoísta
Modo de ver, consoante o qual, o observas.
Porque o amor, tal como eu o estou amando,
É Espírito, é éter, é substância fluida,
É assim como o ar que a gente pega e cuida,
Cuida, entretanto, não o estar pegando!
É a transubstanciação de instintos rudes,
Imponderabilíssima, e impalpável,
Que anda acima da carne miserável
Como anda a garça acima dos açudes!
ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996 (fragmento).
TEXTO II
Arte de amar
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus – ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
Os textos I e II apresentam diferentes pontos de vista sobre 
o tema amor. Apesar disso, ambos definem esse sentimento 
a partir da oposição entre
 A corpo e espírito.
 B ideal e irreal.
 C egoísmo e generosidade.
 D felicidade e sofrimento.
 E satisfação e insatisfação.
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QUESTÃO 17
A ideia
De onde ela vem?! De que matéria bruta
Vem essa luz que sobre as nebulosas
Cai de incógnitas criptas misteriosas
Como as estalactites duma gruta?!
Vem da psicogenética e alta luta
Do feixe de moléculas nervosas,
Que, em desintegrações maravilhosas,
Delibera, e depois, quer e executa!
Vem do encéfalo absconso que a constringe,
Chega em seguida às cordas do laringe,
Tísica, tênue, mínima, raquítica...
Quebra a força centrípeta que a amarra,
Mas, de repente, e quase morta, esbarra
No mulambo da língua paralítica.
ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
Segundo alguns críticos do século XX, a poesia de Augusto 
dos Anjos liga-se tematicamente à seguinte vanguarda 
europeia:
 A Futurista, por fazer apologia ao novo século que se ini-
ciava. 
 B Cubista, por retratar simetricamente as formas poéticas.
 C Dadaísta, por agredir os postulados artísticos e filosóficos 
da época. 
 D Expressionista, por demonstrar artisticamente a dor hu-
mana. 
 E Surrealista, por apresentar imagens oriundas do mundo 
onírico.
QUESTÃO 18
Na charge, a crítica social associa-se à construção do humor 
no texto. Que situação concorre, fundamentalmente, para 
esse humor? 
 A A ironia de o repórter noticiar sua própria demissão. 
 B A falta de atenção do repórter, que não leu direito o núme-
ro de desempregados. 
 C O fato de a personagem que corrige o repórter não apa-
recer completamente na imagem. 
 D A total neutralidade do repórter ao corrigir o número. 
 E O movimento dos olhos do repórter, expressando calma. 
QUESTÃO 19
Cantiga
Ai! A manhã primorosa 
do pensamento... 
Minha vida é uma pobre rosa 
ao vento. 
Passam arroios de cores 
sobre a paisagem. 
Mas tu eras a flor das flores, 
Imagem! 
Vinde ver asas e ramos, 
na luz sonora! 
Ninguém sabe para onde vamos 
agora. 
Os jardins têm vida e morte, 
noite e dia... 
Quem conhecesse a sua sorte, 
morria. 
E é nisto que se resume 
o sofrimento: 
cai a flor, — e deixa o perfume 
no vento! 
MEIRELES, C. Viagem. In: Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 
1991. p. 115-116. 
A leitura atenta do poema Cantiga, de Cecília Meireles, 
permite-nos depreender que 
 A os jardins, representados de forma monocrática, repre-
sentam a crise existencial do eu lírico, sua tristeza e so-
lidão. 
 B o sofrimento amoroso é representado pela rosa. 
 C o perfume que cai ao vento, nos últimos versos do poe-
ma, é metáfora que representa a paixão. 
 D a imagem sinestésica do verso “na luz sonora”, terceira 
estrofe, atribui ao jardim característica de melancolia. 
 E a efemeridade da vida é retratada, principalmente, na 
quarta estrofe. 
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QUESTÃO 20
Teatro de Rua – Barueri/SP
A principal razão pela qual se infere que o espetáculo retratado 
na fotografia é uma manifestação do teatro de rua é o fato de
 A dispensar o edifício teatral para a sua realização.
 B utilizar figurinos com adereços cômicos.
 C empregar elementos circenses na atuação.
 D excluir o uso de cenário na ambientação.
 E negar o uso de iluminação artificial.
QUESTÃO 21
“(...) há, ainda, o peso da herança deixada pelo longo 
período de escravidão no país, que influencia o racismo a 
que os negros ainda são submetidos.”
O pronome relativo é um conectivo muito importante na 
coesão textual, visto que evita a repetição desnecessáriade 
palavras num texto. Na frase acima, os termos representados 
pelos pronomes relativos destacados são, respectivamente,
 A “Herança” e “escravidão”.
 B “Período de escravidão” e “país”.
 C “Herança” e “país”.
 D “Escravidão no país” e “racismo”.
 E “O peso da herança” e “racismo”.
QUESTÃO 22
São 68 milhões num universo de 190 milhões de 
brasileiros conectados às redes virtuais. O e-mail ainda é uma 
ferramenta imprescindível de comunicação, mas já começa 
a dar espaço para ferramentas mais ágeis de interação, 
como MSN, Orkut, Facebook, twitter e blogs. A campanha 
dos principais pré-candidatos à Presidência da República, 
por exemplo, não chegou às ruas, mas já se firma na rede. 
O marco regulatório da Internet no Brasil é discutido 
pela sociedade civil e parlamentares no Congresso Nacional, 
numa queda de braço pela garantia de um controle do que 
alguns consideram “uma terra sem lei”.
Por abrir um canal, apresentar instrumentos e 
diversificar as ferramentas de interação na troca de 
informações, a Internet levanta preocupações em relação 
aos crimes cibernéticos, como roubo de senhas e pedofilia.
F. JÚNIOR, H. Internet cresce no país e preocupa. Jornal Hoje em Dia. 
Brasília, 25 abr. 2010 (adaptado).
Ao tratar do controle à Internet, o autor usou a expressão 
“uma terra sem lei” para indicar opinião sobre 
 A a falta de uma legislação que discipline o uso da Internet 
e a forma de punição dos infratores. 
 B a liberdade que cada político tem de poder atingir um nú-
mero expressivo de eleitores via Internet. 
 C o constante crescimento do número de pessoas que pos-
suem acesso à Internet no Brasil. 
 D o ponto de vista de parlamentares e da sociedade civil 
que defendem um controle na Internet. 
 E os possíveis prejuízos que a Internet traz, apesar dos be-
nefícios proporcionados pelas redes sociais. 
QUESTÃO 23
“Iria morrer, quem sabe naquela noite mesmo? E que 
tinha ele feito de sua vida? Nada. Levara toda ela atrás da 
miragem de estudar a pátria, por amá-la e querê-la muito bem, 
no intuito de contribuir para a sua felicidade e prosperidade. 
Gastara a sua mocidade nisso, a sua virilidade também; e, 
agora que estava na velhice, como ela o recompensava, 
como ela o premiava, como ela o condenava? Matando-o. 
E o que não deixara de ver, de gozar, de fruir, na sua vida? 
Tudo. Não brincara, não pandegara, não amara – todo 
esse lado da existência que parece fugir um pouco à sua 
tristeza necessária, ele não vira, ele não provara, ele não 
experimentara.
Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia 
e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe 
importavam os rios? Eram grandes? Pois se fossem... Em 
que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis 
do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sido 
feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas causas de tupi, do 
folclore, das suas tentativas agrícolas... Restava disto tudo 
em sua alma uma sofisticação? Nenhuma! Nenhuma!”
Lima Barreto.
As obras do autor desse trecho integram o período literário 
chamado Pré-Modernismo. Tal designação para este período 
se justifica, porque ele
 A desenvolve temas do nacionalismo e se liga diretamente 
às vanguardas europeias.
 B engloba toda a produção artística e literária que se fez 
antes do Modernismo.
 C antecipa, em vários gêneros, temática e formalmente as 
manifestações modernistas.
 D se preocupa com o estudo das raças e das culturas for-
madoras do nordestino brasileiro.
 E prepara pela irreverência de sua linguagem as conquistas 
estilísticas do Modernismo.
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QUESTÃO 24
Ao se apossarem do novo território, os europeus 
ignoraram um universo de antiga sabedoria, povoado por 
homens e bens unidos por um sistema integrado. A recusa 
em se inteirar dos valores culturais dos primeiros habitantes 
levou-os a uma descrição simplista desses grupos e à sua 
sucessiva destruição.
Na verdade, não existe uma distinção entre a nossa 
arte e aquela produzida por povos tecnicamente menos 
desenvolvidos. As duas manifestações devem ser encaradas 
como expressões diferentes dos modos de sentir e pensar 
das várias sociedades, mas também como equivalentes, por 
resultarem de impulsos humanos comuns.
SCATAMACHIA, M. C. M. In: AGUILAR, N. (Org.). Mostra do redescobrimento:
arqueologia. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo – 
Associação Brasil 500 anos artes visuais, 2000.
De acordo com o texto, inexiste distinção entre as artes 
produzidas pelos colonizadores e pelos colonizados, pois 
ambas compartilham o(a)
 A estrutura estética.
 B nível intelectual.
 C grau tecnológico.
 D referencial estrutural.
 E base cultural.
QUESTÃO 25
Essa pequena
Meu tempo é curto, o tempo dela sobra
Meu cabelo é cinza, o dela é cor de abóbora
Temo que não dure muito a nossa novela, mas
Eu sou tão feliz com ela
Meu dia voa e ela não acorda
Vou até a esquina, ela quer ir para a Flórida
Acho que nem sei direito o que é que ela fala, mas
Não canso de contemplá-la
Feito avarento, conto os meus minutos
Cada segundo que se esvai
Cuidando dela, que anda noutro mundo
Ela que esbanja suas horas ao vento, ai
Às vezes ela pinta a boca e sai
Fique à vontade, eu digo, take your time
Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas
O blues já valeu a pena
CHICO BUARQUE. Disponível em: www.chicobuarque.com.br.
Acesso em: 31 jun. 2012.
O texto Essa pequena registra a expressão subjetiva do 
enunciador, trabalhada em uma linguagem informal, comum 
na música popular. Observa-se, como marca da variedade 
coloquial da linguagem presente no texto, o uso de 
 A palavras emprestadas de língua estrangeira, de uso inu-
sitado no português. 
 B expressões populares, que reforçam a proximidade entre 
o autor e o leitor. 
 C palavras polissêmicas, que geram ambiguidade. 
 D formas pronominais em primeira pessoa. 
 E repetições sonoras no final dos versos. 
QUESTÃO 26
Da humana condição
Custa o rico entrar no céu
(Afirma o povo e não erra).
Porém muito mais difícil
É um pobre ficar na terra.
QUINTANA, M. Melhores poemas. São Paulo: Global, 2003.
Mário Quintana ficou conhecido por seus “quintanares”, nome 
que o poeta Manuel Bandeira deu a esses quartetos com 
pequenas observações sobre a vida. Nessa perspectiva, os 
versos do poema Da humana condição ressaltam 
 A a desvalorização da cultura popular. 
 B a falta de sentido da existência humana. 
 C a irreverência diante das crenças do povo. 
 D uma visão irônica das diferenças de classe. 
 E um olhar objetivo sobre as diferenças sociais. 
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QUESTÃO 27
Folha – Qual é a sua maior preocupação com o DSM-
5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 
conhecido como a “bíblia da psiquiatria”)? Corremos o risco 
de todos sermos considerados doentes mentais?
Allen Frances – O DSM-5 expandiu ainda mais o 
que já era um sistema de diagnóstico muito vagamente 
definido. Tristeza normal, como o luto, por exemplo, torna-
se transtorno depressivo maior; comer em excesso, torna-
se transtorno da compulsão alimentar; ataques de birras 
de crianças podem se tornar “transtorno do temperamento 
irregular”; o esquecimento na velhice passa a ser transtorno 
neurocognitivo leve; e as crianças normais são diagnosticadas 
com deficit de atenção e hiperatividade.
Folha – Qual a influência que as grandes farmacêuticas 
exercem nessa tendência?
Allen Frances – As multinacionais farmacêuticas não 
têm qualquer influência direta sobre as decisões do DSM, 
mas aproveitam qualquer oportunidade para criar novas 
desordens psiquiátricas. Eu acredito, por exemplo, que 
as farmacêuticas sejam as responsáveis por essas falsas 
epidemias de TDAH (transtorno do deficit de atenção e 
hiperatividade) e transtorno bipolar.
COLUCCI, C. “Gastamos muito dinheiro para tratar pessoas normais,
diz psiquiatra”. www.folha.uol.com.br, 11 set. 2016.
De acordo com o texto, 
 A o problema mais importante na área da psiquiatria é a 
universalização do acesso a tratamentos médicos.B o progresso científico no diagnóstico psiquiátrico pressu-
põe a autonomia absoluta de cada indivíduo. 
 C há tendências preocupantes de patologização e medicali-
zação de comportamentos cotidianos. 
 D os critérios de diagnóstico da psiquiatria são diretamente 
condicionados pelo mercado farmacêutico. 
 E a medicalização da vida é guiada por critérios científicos 
e filosoficamente indiscutíveis. 
QUESTÃO 28
O farrista 
Quando o almirante Cabral
Pôs as patas no Brasil
O anjo da guarda dos índios
Estava passeando em Paris.
Quando ele voltou de viagem
O holandês já está aqui.
O anjo respira alegre:
“Não faz mal, isto é boa gente,
Vou arejar outra vez.”
O anjo transpôs a barra,
Diz adeus a Pernambuco,
Faz barulho, vuco-vuco,
Tal e qual o zepelim
Mas deu um vento no anjo,
Ele perdeu a memória...
E não voltou nunca mais.
MENDES, M. História do Brasil. Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira, 1992.
Ao recriar o passado histórico do Brasil com teor satírico, o 
efeito de humor no poema está diretamente ligado à ideia de 
um(a)
 A nacionalismo crítico.
 B ufanismo idealista.
 C reconstrução imediatista.
 D patriotismo idílico.
 E idealismo parnasiano.
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QUESTÃO 29
Embaixo, o rumor da água pipocando sobre o 
pedregulho; vaga-lumes retouçando no escuro. Desci, 
dei-me com o lugar onde havia estado; tenteei os galhos 
do sarandi; achei a pedra onde tinha posto a guaiaca e as 
armas, corri as mãos por todos os lados, mais pra lá, mais 
pra cá...; nada... nada!... Então, senti frio dentro da alma... o 
meu patrão ia dizer que eu havia roubado!... roubado... Pois 
então eu ia lá perder as onças!... Qual! Ladrão, ladrão, é que 
era!... E logo uma tenção ruim entrou-me nos miolos: eu devia 
matar-me, para não sofrer a vergonha daquela suposição. É, 
era o que eu devia fazer: matar-me... e já, aqui mesmo! Tirei 
a pistola do cinto: amartilhei o gatilho... benzi-me, e encostei 
no ouvido o cano, grosso e frio, carregado de bala... 
Ah! patrício! Deus existe!... No refilão daquele 
tormento, olhei para diante e vi... as Três-Marias luzindo na 
água... o cusco encarapitado na pedra, ao meu lado, estava 
me lambendo a mão... e logo, logo, o zaino relinchou lá em 
cima, na barranca do riacho, ao mesmíssimo tempo que a 
cantoria alegre de um grilo retinia ali perto, num oco de pau!... 
Patrício! não me avexo duma heresia; mas era Deus que 
estava no luzimento daquelas estrelas, era ele que mandava 
aqueles bichos brutos arredarem de mim a má tenção... O 
cachorrinho tão fiel lembrou-me a amizade da minha gente; 
o meu cavalo lembrou-me a liberdade, o trabalho, e aquele 
grilo cantador trouxe a esperança... Eh-pucha! patrício, eu 
sou mui rude... a gente vê caras, não vê corações...; pois 
o meu, dentro do peito, naquela hora, estava como um 
espinilho ao sol, num descampado, no pino do meio-dia: era 
luz de Deus por todos os lados!... E já todo no meu sossego 
de homem, meti a pistola no cinto. Fechei um baio, bati o 
isqueiro e comecei a pitar. 
LOPES NETO, J. S. Contos gauchescos. Porto Alegre: 
Artes e Ofícios, 2008. p. 21-22.
A partir da leitura deste excerto de Contos gauchescos, de 
João Simões Lopes Neto, pode-se depreender que
 A é representativa da chamada Geração de 30, de feição 
neorrealismo, preocupada em apresentar as desigualda-
des sociais do Brasil. 
 B trata a afinidade entre o homem e a natureza de forma 
inverossímil, o que a filia à tradição do realismo mágico 
no Brasil. 
 C publicada antes da Semana de Arte Moderna, é uma obra 
representativa do regionalismo, tendência estética inicia-
da no período romântico. 
 D sob uma perspectiva crítica, delineia os contornos físicos 
e sociais dos grandes centros urbanos paulistas.
 E caracteriza-se por conter referências à história do Brasil, 
indo desde a chegada dos portugueses até a Era Vargas.
QUESTÃO 30
Para os impressionistas, as figuras não devem ter contornos 
nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano 
para representar imagens. A imagem que confirma essa 
informação é:
 A
 O baile no moulin de la Galette, Pierre-Auguste Renoir, 
1876, lona, tinta a óleo.
 B
 Os quebradores de pedras, Gustave Courbet, 1849, tin-
ta a óleo.
 C
 As respigadoras, Jean Fraçois Millet, 1857, lona, tinta a 
óleo.
 D
 Caminhante sobre o mar de névoa, Caspar David Frie-
drich, 1818, tinta a óleo.
 E
 Liberdade guiando o povo, Delacroix, 1830.
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QUESTÃO 31
“Minha flor minha flor. Minha prímula meu pelargônio 
meu gladíolo meu botão-de-ouro. Minha peônia. Minha 
cinerária minha calêndula minha boca-de-leão. Minha 
gérbera. Minha clívia. Meu cimbídio. Flor flor flor. Floramarílis. 
Floranêmona. Florazálea. Clematite minha.”
Com este fragmento da Declaração de Amor, poema da 
década de 1980, pode-se observar que Carlos Drummond de 
Andrade confirma, num exemplo-limite, uma das constantes 
de sua trajetória poética:
 A A preferência pelo ritmo fluente do poema em prosa, que 
revoluciona a cadência do verso tradicional.
 B O interesse pelas pesquisas de léxico e pelo poder en-
cantatório da palavra.
 C A predominância de frases nominais como recurso estilís-
tico de impacto na poesia.
 D Maior relevo dado ao significante das palavras, em detri-
mento de seu significado.
 E O abandono do verso e consequente adoção de um outro 
tipo de efeito rítmico.
QUESTÃO 32
Há duas espécies de artistas. Uma composta dos 
que veem normalmente as coisas e, em consequência 
disso, fazem arte pura, guardando os eternos rirmos 
da vida, e adotados para a concretização das emoções 
estéticas, os processos clássicos dos grandes mestres (...) 
A outra espécie é formada pelos que veem anormalmente 
a natureza, e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob 
a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e 
lá como furúnculos da cultura excessiva. São produtos de 
cansaço e do sadismo de todos os períodos de decadência: 
são frutos de fins de estação, bichados ao nascedouro. 
Estrelas cadentes, brilham um instante, as mais das vezes 
com a luz de escândalo, e somem-se logo nas trevas do 
esquecimento.
Paranoia ou mistificação é como ficou conhecido o artigo 
escrito por Monteiro Lobato, intitulado, A propósito da 
exposição Malfatti, publicado no jornal O Estado de S. Paulo, 
em 20 de dezembro de 1917. Tal artigo provocou polêmica e 
afastou Lobato dos modernistas de 1922 porque
 A os escritores da primeira geração modernista tinham um 
pensamento retrógrado e alicerçavam suas ideias poéti-
cas nos passadistas.
 B Lobato entendia as obras na arte nova como algo sem 
passageiro, arbitrário e excessivo, sendo, portanto, uma 
manifestação de mau gosto.
 C Os escritores da fase heroica buscavam a displicência e a 
rebeldia, a fim de destruir as obras dos grandes escritores 
parnasianos e românticos.
 D Monteiro Lobato defendia o ideal parnasiano da “Arte pela 
Arte” e utilizava o conceito filosófico do “Carpe Diem”.
 E Os escritores de 1922 eram iconoclastas e zombeteiros 
em relação à arte passadista, e Lobato mantinha influên-
cia simbolista.
QUESTÃO 33
Organizados pelo Comitê Intertribal Indígena, com 
apoio do Ministério dos Esportes, os Jogos dos Povos 
Indígenas têm o seguinte mote: “O importante não é competir, 
e sim celebrar”. A proposta é recente, já que a primeira edição 
dos jogos ocorreu em 1996, e tem como objetivo a integração 
das diferentes tribos, assim como o resgate e a celebração 
dessas culturas tradicionais. A edição dos jogos de 2003, 
por exemplo, teve a participação de sessenta etnias, dentre 
elas os kaiowá, guarani, bororo, pataxó e yanomami. A última 
edição ocorreu em 2009, e foi a décima vez que o torneio foi 
realizado. A periodicidade dos jogos é anual, com exceção 
do intervalo ocorrido em 1997, 1998, 2006 e 2008, quando 
não houve edições.
RONDINELLI, P. Disponível em: www.brasilescola.com. 
Acesso em: 15 ago. 2013.
Considerando o texto, os Jogos dos Povos Indígenas 
assemelham-se aos Jogos Olímpicos em relação à
 A aproximação de diferentes variantesde culturas.
 B atualização tecnológica e desportiva.
 C reavaliação anual de eventos sociais.
 D melhoria em resultados e medalhas.
 E quantificação de recordes e prêmios.
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QUESTÃO 34
Ismália 
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar…
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar…
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar…
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar…
Estava perto do céu,
Estava longe do mar…
E como um anjo pendeu
As asas para voar…
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar…
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par…
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar…
Alphonsus de Guimaraens.
Considerando a leitura do poema, percebe-se que
 A há nele presença de elementos da cultura greco-latina; 
cultivo de formas clássicas, como o soneto; uso de uma 
linguagem simples com vocabulário comum; desprezo 
pela vida urbana e gosto pela paisagem campestre.
 B há nele linguagem vaga, fluida e imprecisa, com abun-
dante emprego de substantivos abstratos e adjetivos; 
aproximação ou cruzamento de campos sensoriais dife-
rentes, procedimento denominado sinestesia; presença 
do misticismo e da religiosidade.
 C há nele expressão das contradições e do conflito espiri-
tual do homem; uso de figuras de linguagem, sugestões 
de cor e som e de imagens fortes com a finalidade de 
traduzir o sentido trágico da vida.
 D há nele uso de um vocabulário culto e gosto pelas for-
mas clássicas, presença do objetivismo e do racionalis-
mo; presença de elementos da mitologia greco-latina e 
universalismo.
 E há nele proposição temática ligada à tragicidade huma-
na, utilização de recursos fônicos que amenizam o tema 
pulsante da loucura que se configura pela imagem de 
isolamento. 
QUESTÃO 35
Aquela triste e leda madrugada,
cheia toda de mágoa e de piedade,
enquanto houver no mundo saudade
quero que seja sempre celebrada.
Ela só, quando amena e marchetada
saía, dando ao mundo claridade,
viu apartar-se de uma outra vontade,
que nunca poderá ver-se apartada.
Ela só viu as lágrimas em fio
que, de uns e de outros olhos derivadas,
se acrescentaram em grande e largo rio.
Ela viu as palavras magoadas
que puderam tornar o fogo frio,
e dar descanso às almas condenadas.
CAMÕES, L. Sonetos, 2001. 
Observando-se os aspectos coesivos do texto, podemos 
inferir que o pronome “Ela”, que se repete no início de três 
estrofes, refere-se à
 A “piedade”. 
 B “mágoa”. 
 C “saudade”. 
 D “claridade”. 
 E “madrugada”. 
QUESTÃO 36
Um dia, um doutor portou lá por causa da chuva e 
espantou-se de tanta miséria. Vendo o caboclo tão amarelo 
e chucro, resolveu examiná-lo.
Amigo Jeca, o que você tem é doença.
Pode ser. Sinto uma canseira sem fim, e dor de cabeça, 
e uma pontada aqui no peito que responde na cacunda.
Isso mesmo. Você sofre de anquilostomiase. 
Anqui... o quê? 
Sofre de amarelão, entende? Uma doença que muitos 
confundem com a maleita. 
(...)
O doutor receitou-se o remédio adequado; depois 
disse: “E trate de comprar um par de botinas e nunca mais 
me ande descalço nem beba pinga, ouviu?”
Ouvi, sim, senhor! 
LOBATO, M. Jeca Tatu.
Pré-modernista, Monteiro Lobato criou obras que mostram 
o Brasil do início do século XX. Personagens como o Jeca 
ficaram marcados na Literatura brasileira. O trecho acima 
indica que esse personagem é
 A um modelo de caipira não idealizado, legado ao abando-
no pelo Estado.
 B um modelo romântico de caipira, que, apesar do sofri-
mento, reage de forma heroica.
 C esperto e oportunista, tirando proveito da situação na qual 
se encontra.
 D um exemplo da miséria contraditória à situação do país.
 E pessimista e irônico, sendo apresentado por meio de uma 
linguagem subjetiva.
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QUESTÃO 37
Cântico VI
Tu tens um medo de
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
MEIRELES, C. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 1963 
(fragmento).
O elemento figurativo mais expressivo do poema de Cecília 
Meireles está associado à ideia de
 A sublimação.
 B depreciação.
 C resignação.
 D revolta.
 E subordinação.
QUESTÃO 38
TEXTO I
A lua vinha assomando pelo cimo das montanhas 
fronteiras; descobri nessa ocasião, a alguns passos de mim, 
uma linda moça, que parara um instante para contemplar no 
horizonte as nuvens brancas esgarçadas sobre o céu azul e 
estrelado. Admirei-lhe do primeiro olhar um talhe esbelto e 
de suprema elegância. O vestido que o moldava era cinzento 
com orlas de veludo castanho e dava esquisito realce a um 
desses rostos suaves, puros e diáfanos, que parecem vão 
desfazer-se ao menor sopro, como os tênues vapores da 
alvorada. Ressumbrava na sua muda contemplação doce 
melancolia e não sei que laivos de tão ingênua castidade, que 
o meu olhar repousou calmo e sereno na mimosa aparição.
Trecho de Lucíola, de José de Alencar.
TEXTO II
Era uma terça-feira fria e sem graça 
Quando eu te vi, o resto ficou todo sem graça
Ela não deve nada pro Serasa e muito menos pra vocês
E eu pirei no seu jeito, esse jeito sem jeito
Tão perfeitamente imperfeito
Que eu nem esperei três dias pra ligar de novo
Acho que vai ser dessa vez
Projota, Mulher feita.
Os trechos acima foram escritos em períodos diferentes 
e representam um momento em que um homem vê 
determinada mulher pela primeira vez. A partir da leitura dos 
textos, podemos inferir que
 A o texto I é essencialmente descritivo e subjetivo, demons-
trando, por meio dos excessivos recursos da subjetivida-
de, uma visão romântica, assim como ocorre no texto II.
 B eles não compreendem a razão de estarem tão envolvi-
dos e admirados com as mulheres que contemplam por-
que elas são pessoas comuns.
 C o apelo romântico nos dois textos se dá pelo forte impac-
to causado nos homens no momento em que eles veem 
essas mulheres que os encantaram.
 D a linguagem utilizada nos dois textos confirma o enalteci-
mento da figura feminina, ou seja, quanto mais exaltada a 
mulher, mais formal é o texto.
 E apesar dos defeitos das mulheres, os homens percebem, 
racionalmente, que as qualidades excedem os defeitos.
QUESTÃO 39
A nova história do Brasil
Grande parte da história que os brasileiros conhecem 
hoje, aquela que ainda está na maioria dos livros didáticos, 
foi criada entre 1960 e 1980. Era um tempo mais tenso do 
que é hoje. A Guerra Fria dividia os países, os governantes 
e os intelectuais entre comunistas e capitalistas. Se no 
governo dominavam os capitalistas, nas universidades 
predominavam as ideias e os métodos de Karl Marx, o pai do 
comunismo científico. Mas o tempo passou. Aos poucos, os 
pesquisadores ficaram um pouco mais longe das ideologias 
e passaram a tirar conclusões sem tanto medo de aderir a 
um ou outro lado da política.
A visão clássica do Brasil colonial nasceu com o 
intelectual paulista Caio Prado Júnior em 1933. No livro 
Evolução política do Brasil, ele afirma que a sociedade 
brasileira era simples e desigual. Tudo girava em torno do 
latifúndio, que deixava só a miséria por aqui. Até que, na 
década de 1990, historiadores descobriram dados que não 
batiam com a teoria. Registros dos portos do Rio de Janeiro 
e de Salvador mostravam que, em épocas de crise na 
Europa, quando os preços do açúcar e algodão desabavam 
pelo mundo, no Brasil eles mudavam pouco. Esses dados 
sugerem que havia um bom mercado consumidor no Brasil.
NARLOCH, L. Superinteressante, n. 6, 2014 (adaptado).
O autor do texto A nova história do Brasil apresenta uma 
posição crítica sobre as narrativas históricas. Essa posição 
se fundamenta no argumento de que 
 A os livros didáticos devem ser reformulados regularmente. 
 B os novos dados podem reconstruir as narrativas da his-
tória brasileira. 
 C o distanciamento ideológico deve estar presentenos li-
vros de história. 
 D a narrativa da história brasileira está organizada entre an-
tes e depois de 1933. 
 E a história brasileira está dividida entre os grupos que a 
narram, comunistas e capitalistas. 
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QUESTÃO 40
Alma solitária
Ó Alma doce e triste e palpitante!
que cítaras soluçam solitárias
pelas Regiões longínquas, visionárias
do teu Sonho secreto e fascinante!
Quantas zonas de luz purificante,
quantos silêncios, quantas sombras várias
de esferas imortais, imaginárias,
falam contigo, ó Alma cativante!
que chama acende os teus faróis noturnos
e veste os teus mistérios taciturnos
dos esplendores do arco de aliança?
Por que és assim, melancolicamente,
como um arcanjo infante, adolescente,
esquecido nos vales da Esperança?!
Precursor do Simbolismo no Brasil, Cruz e Sousa apresenta 
características peculiares a esse momento literário. No 
poema acima, as características estéticas dos simbolistas 
presentes são
 A objetividade, misticismo e satanismo.
 B presença do sonho, uso de maiúsculas e otimismo.
 C musicalidade, diafaneidade e liberdade métrica.
 D refinamento poético, objetividade e aliteração.
 E musicalidade, refinamento poético e subjetividade.
QUESTÃO 41
— Não, mãe. Perde a graça. Este ano, a senhora vai 
ver. Compro um barato.
— Barato? Admito que você compre uma lembrancinha 
barata, mas não diga isso a sua mãe. É fazer pouco-caso de 
mim.
— Ih, mãe, a senhora está por fora mil anos. Não sabe 
que barato é o melhor que tem, é um barato!
— Deixe eu escolher, deixe...
— Mãe é ruim de escolha. Olha aquele blazer furado 
que a senhora me deu no Natal!
— Seu porcaria, tem coragem de dizer que sua mãe 
lhe deu um blazer furado?
— Viu? Não sabe nem o que é furado? Aquela cor já 
era, mãe, já era!
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998.
O modo como o filho qualifica os presentes é incompreendido 
pela mãe, e essas escolhas lexicais revelam diferenças entre 
os interlocutores, que estão relacionadas
 A às especificidades de cada idade.
 B à quebra de regras familiares.
 C à linguagem puerilizada.
 D ao grau de escolaridade.
 E à dicotomia de gêneros.
QUESTÃO 42
Você já deve ter experimentado algum refrigerante 
de guaraná, presença quase certa nas festas de 
aniversário. Mas você já parou para imaginar qual a 
origem do fruto?
O guaraná é originário da Amazônia e é fundamental 
na cultura e nos rituais dos Sateré Mawé, grupo indígena 
que vive no Amazonas, e que se consideram os “filhos do 
Guaraná”. Toda a sociedade se envolve nas etapas de 
beneficiamento do fruto, desde a colheita, no período das 
chuvas, entre novembro e março.
Este é um período de vida social intensa, quando 
os Sateré Mawé restauram as suas forças. Entre eles, o 
guaraná é consumido ralado na água e bebido em grandes 
quantidades por adultos e crianças. O preparo fica a cargo 
de uma mulher (esposa ou filha do anfitrião) que, quando 
chega à quantidade correta de guaraná ralado, passa a cuia 
com a bebida para o seu marido, que em seguida passa 
para todos os presentes – primeiramente os mais velhos ou 
visitantes ilustres – seguindo de mão em mão até retornar ao 
dono da casa e à sua mulher. Ela, então, prepara mais uma 
rodada da bebida.
Disponível em: https://tinyurl.com/zy6cmm6. 
Acesso em: 10 fev. 2017 (adaptado).
Frutos de guaraná
Disponível em: http://tinyurl.com/zwrvvpj. Acesso em: 10 fev. 2017. Original colorido.
Conforme o texto, pode-se inferir que 
 A o período da colheita do guaraná é de vida social intensa 
e, durante esse processo, os Sateré Mawé se revigoram. 
 B o consumo da bebida preparada com o guaraná ralado é 
restrito aos homens adultos e aos visitantes ilustres. 
 C os Sateré Mawé, do Pantanal, inventaram o refrigerante 
de guaraná a partir do fruto ralado na água. 
 D os homens mais velhos entre os Sateré Mawé preparam 
a bebida que dá energia aos mais jovens. 
 E o guaraná é um fruto colhido na primavera, quando ces-
sam as chuvas na Floresta Amazônica. 
LC - 1º dia | Página 19
QUESTÃO 43
Examine o cartum.
Frank e Ernest – Bob Thaves. O Estado de S. Paulo, 22 ago. 2017. 
O efeito de humor presente no cartum decorre, principalmente, 
da
 A semelhança entre a língua de origem e a local. 
 B falha de comunicação causada pelo uso do aparelho ele-
trônico. 
 C falta de habilidade da personagem em operar o localiza-
dor geográfico. 
 D discrepância entre situar-se geograficamente e dominar 
o idioma local. 
 E incerteza sobre o nome do ponto turístico onde as perso-
nagens se encontram. 
QUESTÃO 44
Dilacerações
Ó carnes que eu amei sangrentamente,
ó volúpias letais e dolorosas,
essências de heliotropos e de rosas
de essência morna, tropical, dolente…
Carnes, virgens e tépidas do Oriente
do Sonho e das Estrelas fabulosas,
carnes acerbas e maravilhosas,
tentadoras do sol intensamente…
Passai, dilaceradas pelos zelos,
através dos profundos pesadelos
que me apunhalam de mortais horrores…
Passai, passai, desfeitas em tormentos,
em lágrimas, em prantos, em lamentos
em ais, em luto, em convulsões, em dores…
CRUZ E SOUSA, J. Poesia completa. 
Os elementos formais e temáticos relacionados com o 
contexto cultural do Simbolismo encontrados no poema 
Dilacerações, de Cruz e Sousa, são o(a)
 A opção pela abordagem objetiva, em linguagem sinestési-
ca e direta, de temas filosóficos.
 B prevalência do lirismo amoroso e intimista em relação à 
temática nacionalista.
 C refinamento estético da forma poética e o tratamento me-
tafísico de temas universais.
 D evidente agonia decadentista do eu lírico, em forma de 
soneto, com a impossibilidade de uma vida material plena.
 E liberdade formal da estrutura poética que dispensa a rima 
e a métrica tradicionais em favor de temas do cotidiano.
QUESTÃO 45
“Não faças versos sobre acontecimentos.
……………………………………………
Não faças poesia com o corpo.
……………………………………………
Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.
……………………………………………
O canto não é a natureza
nem os homens em sociedade.
……………………………………………
Não recomponhas
tua sepultada e merencória infância.
……………………………………………
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.”
Explicitando uma atitude que ele próprio assume como 
escritor, Carlos Drummond de Andrade sugere, nos versos 
acima, que o poeta
 A faça do poema um meio de cantar atos humanos dignos 
de louvor.
 B busque transmitir suas emoções pessoais mais íntimas e 
os desejos de seu corpo.
 C procure as palavras e a sintaxe adequadas ao ritmo da 
vida urbana moderna.
 D recorra à linguagem coloquial como forma de fazer-se 
porta-voz dos anseios do povo.
 E entenda como essência do texto poético o debruçar-se 
sobre o enigma da palavra.
LC - 1º dia | Página 20
PROPOSTA DE REDAÇÃO
TEXTO I
CAPÍTULO I
DOS CRIMES
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a 
adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência física 
ou psíquica: (Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015)
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave. (Redação dada pela 
Lei nº 13.106, de 2015)
BRASIL. Lei nº 13.106, 2015. Disponível em: https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91764/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-lei-8069-90#art-243 
Acesso em: 8 dez. 2017 (fragmento).
TEXTO II
Infográfico que apresenta dados acerca do consumo de substâncias entre universitários brasileiros. 
Fonte: SENAD (2010) adaptado por NUTE-UFSC (2016).
LC - 1º dia | Página 21
TEXTO III
A família tem um importante papel social e pode contribuir na prevenção do uso de drogas, na busca de ajuda e no 
apoio ao tratamento de quem está tendo problemas com o consumo. Refletir sobre esse uso no contexto social tendo como 
foco a família é importante para se buscar melhores formas para lidar com esta questão.
É comum se relacionaro uso de drogas a filhos de pais separados, mas não existe nenhuma comprovação de que 
este seja um facilitador do uso. Não há ‘receita’ que mostre uma forma de evitar o consumo indevido de drogas nem uma 
combinação de fatores que irá, necessariamente, alcançar determinado resultado. Por isso, não se pode afirmar que um 
adolescente filho de pais que vivem juntos, que frequenta a escola e tira boas notas não será um usuário de drogas. 
Disponível em: http://drogasporque.miltoncampos.org.br/a-familia-e-o-uso-de-drogas. Acesso em: 12 dez. 2017 (adaptado).
TEXTO IV
Brasileiro considera fácil o acesso a drogas
Pesquisa da Escola Paulista de Medicina mostra como os brasileiros consideram fácil ter acesso a drogas, principalmente 
maconha e cocaína.
Segundo o levantamento, encomendado pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), 60,9% dos entrevistados 
consideram muito fácil conseguir maconha, sendo mais da metade desse total composto por jovens de 12 a 17 anos.
Em relação à cocaína, 45,8% disseram acreditar que é fácil obter a droga, e 36,1% apontaram a facilidade de comprar 
crack.
A heroína – entorpecente de efeito mais devastador presente na pesquisa – é vista como de fácil acesso por um em 
cada cinco brasileiros.
Um resultado preliminar da pesquisa foi divulgado em junho, revelando que mais de 9 milhões de brasileiros já haviam 
consumido alguma droga – seja ilícita ou permitida, como álcool e tabaco.
Disponível em: https://www.antidrogas.com.br/mostraartigo.php?c=61&msg=Brasileiro%20considera%20f%E1cil%20o%20acesso%20a%20drogas
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija 
um texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema Desafios 
para combater o consumo de drogas por adolescentes no Brasil, apresentando proposta de intervenção que respeite 
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do seu 
ponto de vista.
CH - 1º dia | Página 22
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
QUESTÃO 46
O Ocidente havia conhecido somente três modos de 
acesso ao poder: o nascimento, o mais importante, a riqueza, 
muito secundário até o século XIII salvo na Roma Antiga, o 
sorteio, de alcance limitado entre os cidadãos das cidades 
gregas da Antiguidade.
LE GOFF, J. Os intelectuais na Idade Média, 1985 (adaptado).
O excerto sustenta que o acesso ao poder por meio da riqueza 
era secundário na Europa Ocidental até o século XIII, quando 
 A as monarquias nacionais sobrepuseram-se aos direitos 
da nobreza senhorial sobre os seus feudos. 
 B o esfacelamento do poder imperial romano transferiu as 
funções de defesa militar para os burgueses das cidades. 
 C os reis absolutistas constituíram seus exércitos com re-
cursos de impostos arrecadados de banqueiros e comer-
ciantes. 
 D as atividades comerciais e artesanais produziram novos 
grupos sociais no interior das cidades medievais. 
 E a fragmentação econômica do continente europeu foi 
substituída por um só padrão monetário. 
QUESTÃO 47
Segundo a OIM, a migração entre países latino- 
-americanos (continentais) e caribenhos teve alta de 51% 
entre 2009 e 2014, com 36 milhões de migrantes. Desse 
total, 64% migraram entre países da região e 36% tiveram 
como destino nações de outros continentes. 
Governo de Roraima e prefeitura de Boa Vista afirmam
que governo federal ainda não apresentou plano
prático para lidar com a imigração. 
Enquanto o governo federal não apresenta um plano 
e não viabiliza recursos, o estado e a prefeitura querem a 
interiorização de parte desses imigrantes que estão em Boa 
Vista para outros estados do país.
A ideia é levá-los para cidades que tenham trabalho 
para ofertar à demanda de venezuelanos que entram no 
Brasil em busca de emprego, já que em Roraima o setor 
industrial é praticamente inexistente e a economia é baseada 
no serviço público.
G1 (adaptado).
A realidade migratória da América Latina narrada em 
complemento com a notícia se refere 
 A aos venezuelanos que chegam fugindo da fome, da se-
vera escassez de remédios, da instabilidade política e de 
uma inflação galopante de 700% na Venezuela.
 B aos africanos de origem angolana e sul-africana que chegam 
a todos os estados do Norte do Brasil a partir de um programa 
conjunto das Nações Unidas e do governo brasileiro.
 C a chegada de venezuelanos que fogem devido à guer-
ra civil que tomou o país através de ataques propagados 
pelas FARCs, grupo guerrilheiro originado no país de ori-
gem destes.
 D aos haitianos que deixaram seu país devido ao terremoto 
de 2010 e às promessas do governo brasileiro de aceitá-
-los como cidadãos nas áreas de exploração mineral na 
Amazônia.
 E A chegada de bolivianos e venezuelanos em números 
cada vez mais expressivos às capitais do Norte do país, 
com destaque para Belém e Manaus, onde passam a 
morar nas ruas e a sofrer cada vez mais xenofobia. 
QUESTÃO 48
Mas se nos desvencilharmos do que Nietzsche 
chamava “a ilusão dos trás-mundos” e não acreditarmos 
mais no ser-detrás-da-aparição, esta se tornará, ao contrário, 
plena positividade, e sua essência um “aparecer” que já não 
se opõe ao ser, mas, ao contrário, é a sua medida. Porque o 
ser de um existente é exatamente o que o existente aparenta. 
SARTRE, J. P. O Ser e o Nada. Editora y vozes, Petrópolis-RJ, 1943, p. 16.
Segunda a concepção filosófica de Jean-Paul Sartre, é 
possível inferir que a existência é
 A compreendida pela fé popular como produto das relações 
sociais.
 B construída pela vivência do indivíduo em um determinado 
meio social.
 C desenvolvida pela ética da sociedade construída em tor-
no de valores cristãos.
 D precedida pela essência dos seres-em-si, que são os ver-
dadeiros atores sociais.
 E definida pela religiosidade do clero católico, que colabora 
para a coesão da sociedade.
QUESTÃO 49
Para a Organização das Nações Unidas para a 
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), é importante 
promover e proteger monumentos, sítios históricos e 
paisagens culturais. Mas não só de aspectos físicos se 
constitui a cultura de um povo. As tradições, o folclore, os 
saberes, as línguas, as festas e diversos outros aspectos e 
manifestações devem ser levados em consideração. Os afro-
-brasileiros contribuíram e ainda contribuem fortemente na 
formação do patrimônio imaterial do Brasil, que concentra o 
segundo contingente de população negra do mundo, ficando 
atrás apenas da Nigéria.
MENEZES, S. A força da cultura negra: Iphan reconhece manifestações 
como patrimônio imaterial. Disponível em: www.ipea.gov.br. 
Acesso em: 29 set. 2015.
Considerando a abordagem do texto, os bens imateriais 
enfatizam a importância das representações culturais para a 
 A construção da identidade nacional. 
 B elaboração do sentimento religioso. 
 C dicotomia do conhecimento prático. 
 D reprodução do trabalho coletivo. 
 E reprodução do saber tradicional. 
CH - 1º dia | Página 23
QUESTÃO 50
A Igreja foi responsável direta por mais uma 
transformação, formidável e silenciosa, nos últimos séculos 
do Império: a vulgarização da cultura clássica. Essa façanha 
fundamental da Igreja nascente indica seu verdadeiro lugar 
e função na passagem para o Feudalismo. A condição de 
existência da civilização da Antiguidade em meio aos séculos 
caóticos da Idade Média foi o caráter de resistência da Igreja. 
Ela foi a ponte entre duas épocas.
ANDERSON, P. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 2016 (adaptado).
O excerto permite afirmar corretamente que a Igreja cristã 
 A tornou-se uma instituição do Império Romano e sobre-
viveu à sua derrocada quando da invasão dos bárbaros 
germânicos. 
 B limitou suas atividades à esfera cultural e evitou participar 
das lutas políticas durante o Feudalismo. 
 C manteve-se fiel aos ensinamentos bíblicos e proibiu re-
presentações de imagens religiosas na Idade Média. 
 D reconheceua importância da liberdade religiosa na Euro-
pa Ocidental e combateu a teocracia imperial. 
 E combateu o universo religioso do Feudalismo e propa-
gou, em meio aos povos sem escrita, o paganismo greco-
-romano. 
QUESTÃO 51
Os americanos criaram a agricultura mais produtiva
do mundo
Os agricultores estão colhendo a primeira safra 
desde que a pior seca em 56 anos destruiu quase 30% da 
produção, em 2012. Estima-se que cerca de 100 milhões de 
toneladas, mais que a colheita brasileira de milho, tenham 
sido destruídas. Com menos oferta, os preços atingiram as 
máximas históricas.
Aí, para tentar ganhar com a alta, quem podia saiu 
plantando milho. Se nada der errado, essa pode ser a maior 
safra de milho dos Estados Unidos, de cerca de 350 milhões 
de toneladas.
Ao longo de um século e meio, os Estados Unidos se 
transformaram na maior potência agrícola da história. O clima 
favorável e o solo fértil explicam só parte da impressionante 
expansão do cinturão do milho desde o começo do século 19. 
Disponível em: exame.abril.com.br. Acesso em: 12 dez. 2013 (adaptado).
A notícia narra entre outras coisas o “arranco” da agricultura 
norte-americana logo após um longo período de secas 
catastróficas. Esperava-se uma safra de milho realmente 
épica de acordo com a notícia, mas a razão de uma agricultura 
tão produtiva não pode ser explicada somente pela posse de 
solos férteis e climas favoráveis, visto que
 A nos Estados Unidos, existem grandes áreas desérticas 
que impedem a prática da agropecuária.
 B os norte-americanos investiram em tecnologia em escala 
jamais vista na história da agricultura.
 C a inexistência de fenômenos naturais catastróficos, como 
furacões e tornados, ajuda na produção agrícola.
 D novas áreas agricultáveis vêm sendo criadas ano após 
ano pela derrubada de novas áreas de florestas outrora 
preservadas.
 E a organização de terras em grandes latifúndios produti-
vos nas mãos de grandes corporações agrícolas aumen-
tou sua produção.
QUESTÃO 52
“É um dos principais responsáveis pela formação 
do pensamento social contemporâneo, sobretudo do 
ponto de vista metodológico, quanto à constituição de uma 
epistemologia das ciências sociais que, segundo sua visão, 
devem ter um modelo de explicação próprio, diferente do das 
ciências naturais. É de grande importância sua distinção entre 
a razão instrumental e a razão valorativa, sendo que os juízos 
de valor não podem ter sua origem nos dados empíricos. 
Em sua análise da formação da sociedade contemporânea, 
Max Weber investigou os traços fundamentais do Estado 
Moderno, da sociedade industrial que o caracteriza e da 
burocracia que tem nele um papel central.”
JAPIASSÚ, H.; MARCONDES, D. Dicionário básico de filosofia. 
3ª edição revista e ampliada, Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro-RJ,
2001, p. 274.
O modelo desenvolvido por Max Weber, considerado um 
dos fundadores da Sociologia, fundamenta-se numa forma 
de pensamento tida como
 A positivista.
 B teocêntrica.
 C materialista.
 D pragmática.
 E compreensiva.
QUESTÃO 53
SUERTEGARAY, D. M. A. (Org.). Terra: feições ilustradas. Porto Alegre: 
UFRGS, 2008.
As características morfológicas do terreno estão representadas 
no diagrama, que mostra uma região acometida por 
processos erosivos decorrentes da
 A resistência geológica.
 B instabilidade do terreno.
 C profundidade do solo.
 D intervenção antrópica.
 E ação de cursos de água.
CH - 1º dia | Página 24
QUESTÃO 54
Entre o século XII e XIII, a recrudescência das 
condenações da usura é explicada pelo temor da Igreja ao 
ver a sociedade abalada pela proliferação da usura, quando 
muitos homens abandonam sua condição social, sua 
profissão, para tornarem-se usuários. No século XIII, o papa 
Inocêncio IV teme a deserção dos campos, devido ao fato 
de os camponeses terem se tornado usurários ou estarem 
privados de gado e de instrumentos de trabalho pertencentes 
aos possuidores de terras, eles próprios atraídos pelos 
ganhos da usura. A atração pela usura ameaça a ocupação 
dos solos e da agricultura e traz o espectro da fome.
LE GOFF, J. A bolsa e a vida: economia e religião na Idade Média. São Paulo: 
Brasiliense, 2004 (adaptado).
A atitude da Igreja em relação à prática em questão era 
motivada pelo interesse em 
 A suprimir o debate escolástico. 
 B regular a extração de dízimos. 
 C diversificar o padrão alimentar. 
 D conservar a ordem estamental. 
 E evitar a circulação de mercadorias. 
QUESTÃO 55
De repente, ouve-se uma explosão. Espanto! Num 
instante, todos estão na rua. Espetáculo alucinante, o topo 
do Vesúvio havia se partido em dois. Uma coluna de fogo 
escapa dali. Logo depois é a agitação. Em volta começa a 
desabar uma chuva de projéteis: pedras-pomes, lapíli e, às 
vezes, pedaços de rochas — fragmentos arrancados do topo 
da montanha e da tampa que obstruía a cratera.
GUERDAN, R. A tragédia de Pompeia. Disponível em: www2.uol.com.br. 
Acesso em: 24 out. 2015 (adaptado).
A destruição da cidade relatada no texto foi decorrente do 
seguinte fenômeno natural:
 A Atuação de epirogênese recente.
 B Emissão de material magmático.
 C Rebaixamento da superfície terrestre.
 D Decomposição de estruturas cristalinas.
 E Metamorfismo de horizontes sedimentares.
QUESTÃO 56
Campos achava grande prazer na viagem que íamos 
fazendo em trem de ferro. Eu confessava-lhe que tivera 
maior gosto quando ali ia em caleças tiradas a burros, 
porque ia vendo, ao longe, cá embaixo, aparecer a pouco e 
pouco o mar e a cidade. O trem leva a gente de corrida, de 
afogadilho, desesperado, até à própria estação de Petrópolis. 
Campos continuou a dizer todo o bem que achava no trem 
de ferro. Só o tempo que a gente poupa! Falei do progresso, 
ele também, e chegamos satisfeitos à cidade da serra.
ASSIS, M. Memorial de Aires, 1988 (adaptado).
A trama do romance, publicado em primeira edição em 1908, 
transcorre na sociedade carioca do ano de 1888. O excerto 
reproduz o diálogo de dois amigos, referindo-se à 
 A tendência do governo imperial de evitar os relacionamen-
tos da sociedade brasileira com as novidades europeias. 
 B incompatibilidade das tecnologias importadas com uma 
sociedade sustentada pelo trabalho escravo. 
 C questão das mudanças de costumes sociais provocadas 
por processos de modernização histórica. 
 D consciência do atraso histórico do Império no quadro das 
repúblicas democráticas da América. 
 E imitação pela sociedade da Corte dos comportamentos 
antieconômicos das elites europeias. 
QUESTÃO 57
A substância é um Ser capaz de Ação. Ela é simples 
ou composta. A substância simples é aquela que não tem 
partes. O composto é a reunião das substâncias simples 
ou Mônadas. Monas é uma palavra grega que significa 
unidade ou o que é uno. Os compostos ou os corpos são 
Multiplicidades, e as Substâncias simples, as Vidas, as 
Almas, os Espíritos são unidades. É preciso que em toda 
parte haja substâncias simples porque sem as simples não 
haveria as compostas, nem movimento. Por conseguinte, 
toda natureza está plena de vida. 
LEIBNIZ, G. W. Discurso de metafísicas e outros textos. São Paulo: 
Matins Fontes, 2004 (adaptado). 
Dentre suas diversas reflexões, Leibniz voltou sua atenção 
para o tema da metafísica, que trata basicamente do 
fundamento de realidade das coisas do mundo. A busca 
por esse fundamento muitas vezes é resumida a partir do 
conceito de substância, que para ele se refere a algo que é 
 A complexo por natureza, constituindo a unidade mínima 
do cosmo. 
 B estabilizador da realidade, dada a exigência de perma-
nência desta. 
 C desdobrado no composto, em vez de gerá-lo unindo-se a 
outras substâncias simples. 
 D essencial na estrutura do que existe no mundo, sem dei-
xar de contribuir para o movimento.
 E considerado simples e múltiplo a um só tempo, por ser 
um todo indecomponível constituído de partes. 
CH - 1º dia | Página 25
QUESTÃO 58
A cena ilustrada na imagem pode ser relacionada a um 
contexto de
 A rivalidade

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