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Prezado(a) Aluno(a), Siga com atenção as orientações abaixo: 1. Você terá 5h para realização desta prova. Tenha atenção para o uso desse tempo e evite distrações! 2. Nos horários agendados para as avaliações, guarde o material didático, o celular e outros aparelhos eletrônicos. São proibidas as consultas e as comunicações indevidas durante esse momento. Não será permitido o uso de boné e fone de ouvido. 3. A prova constará de 90 questões objetivas, possuindo, cada uma delas, cinco opções de resposta, em que apenas uma é correta, distribuídas da seguinte forma: • as questões de número 1 a 45 são relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; • as questões de número 1 a 5 são relativas à área de Língua Estrangeira; • as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. 4. A interpretação das questões faz parte da resolução. É importante que, em caso de dúvidas, leia novamente o enunciado para compreender o que está sendo solicitado. Dúvidas sobre questões serão resolvidas, posteriormente, junto à Coordenação Pedagógica. 5. Resolva todas as questões da prova, não deixando nenhuma sem resposta. 6. Após ter resolvido todas as questões da prova, clique em ENTENDI e depois em ENVIAR. Caso contrário, suas respostas não serão salvas. 7. Caso sua conexão de internet falhe, será necessário recomeçar a prova. 8. Caso ocorra algum problema técnico durante a realização da prova, comunique-se imediatamente com a Coordenação Pedagógica. 9. Este é um momento de avaliação do conteúdo aprendido e deve ser realizado com ética e respeito. Contamos com seu comprometimento! 10. Não haverá tempo adicional para prova. Finalize-a no horário estabelecido. “Sempre que você fizer algo, mesmo que ninguém venha a saber, faça como se o mundo estivesse olhando para você.” Thomas Jefferson Boa prova! OSG.: 5127/20 Página 2 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 45 Questões de 01 a 05 (opção inglês) Disponível em: https://www.azcentral.com. Acesso em: 29 jul. 2020. Polissemia é um fenômeno linguístico caracterizado pela existência de um termo que apresenta mais de um significado. Com base no cartum acima, o uso da palavra kind, na fala da personagem, enfatiza A urgência de se resgatar a gentileza, tão necessária nas relações humanas. B intolerância demonstrada pelas pessoas em relação aos seus semelhantes. C dificuldade que os seres humanos apresentam de respeitar a opinião alheia. D incapacidade generalizada de demonstrar empatia nas situações cotidianas. E linguagem ofensiva que é empregada por adultos na presença das crianças. QUESTÃO 01 OSG.: 5127/20 Página 3 Quadruple-stranded dna seen in healthy human cells for the first time The world’s most famous molecule – the DNA double helix – sometimes doubles up again. Researchers have now found this quadruple-stranded form in healthy human cells for the first time. Four-stranded DNA has been seen before in some cancer cells and in lab-based chemistry experiments, but this is the first time the molecule has been visualised in healthy, living human cells, as a stable structure created by normal cellular processes. “We’ve undoubtedly demonstrated that the quadruple-strand DNA forms in living cells,” says Marco Di Antonio at Imperial College London. “This forces us to rethink the biology of DNA.” The DNA molecule is made up of four nucleobases – adenine, cytosine, guanine and thymine – and can configure itself in a number of ways. It creates a four-stranded structure when four guanine bases form a square – guanine is the only base able to bond with itself. HOOPER, R. Disponível em: https://www.newscientist.com/. Acesso em: 29 jul. 2020. Pesquisadores da Cambridge University descobriram que a hélice dupla do DNA (onde toda a informação genética dos seres vivos está guardada) pode dobrar sobre si mesma, formando uma cadeia quádrupla. Com base na leitura do texto, o DNA quádruplo A abre uma gigantesca possibilidade de cura para várias doenças de fundo genético. B não deve promover grandes transformações no estudo atual da biologia molecular. C é uma estrutura bastante instável que não pode ser gerada por processos naturais. D tinha sido observado antes em células com câncer e em experimentos laboratoriais. E apresenta bases nucleares totalmente distintas daquelas encontradas no DNA duplo. QUESTÃO 02 OSG.: 5127/20 Página 4 The history behind Japan’s love of face masks In Japan, it’s sometimes said that the eyes speak as much as the mouth. Perhaps the proverbial phrase captures the essence of the nation’s affinity for face masks, a relationship that can be traced back centuries and a custom to which is attributed Japan’s lower number of deaths from COVID-19 compared with Western nations — in particular the United States, where wearing a mask has recently become a politically charged issue. Masks are now omnipresent in Japan as a result of the pandemic, thanks in part to an inherent mask-wearing culture. Besides being sporadically worn during hay fever and influenza seasons, masks have expanded beyond their traditional role over the years and have even been adopted by the fashion and beauty industries. There are masks that cut ultraviolet rays and prevent glasses from fogging, and masks that make the face look slimmer. There’s even a term for women who look good in masks — masuku bijin (masked beauty) — and contests are held to decide who among them looks the most attractive donning one. The key, apparently, is the enhancement of the eyes. MARTIN, A. Disponível em: https://www.japantimes.co.jp. Acesso em: 29 jul. 2020. A pandemia do novo coronavírus trouxe para o brasileiro novos hábitos. Entre eles, usar máscara de proteção. De acordo com o texto, a cultura das máscaras no Japão A impede que as indústrias da moda e da beleza se apropriem dessa tradição secular. B ganhou espaço, muito recentemente, por causa de uma epidemia de “febre do feno”. C inibe uma característica milenar dos japoneses que é a expressão através do sorriso. D transformou-se em uma questão de natureza puramente política e ideológica no país. E pode ter sido um fator que contribuiu para um número menor de mortes por Covid-19. QUESTÃO 03 OSG.: 5127/20 Página 5 Disponível em: https://www.forbes.com. Acesso em: 29 jul. 2020. A pandemia de coronavírus está impactando globalmente as estratégias publicitárias de grandes marcas. Com base na imagem acima, a função do texto é A incentivar as pessoas a não desistirem dos seus sonhos em virtude das adversidades. B divulgar uma nova linha de produtos voltada para aqueles que treinam em suas casas. C reforçar a importância do distanciamento social como uma estratégia para salvar vidas. D anunciar uma liquidação para a compra de produtos da Nike por um valor promocional. E destacar uma ação social da empresa que auxilia atletas que perderam patrocinadores. Epitaph on a tyrant Perfection, of a kind, was what he was after, And the poetry he invented was easy to understand; He knew human folly like the back of his hand, And was greatly interested in armies and fleets; When he laughed, respectable senators burst with laughter, And when he cried the little children died in the streets. AUDEN, W.H. Disponível em: https://allpoetry.com. Acesso em: 29 jul. 2020. Wystan Hugh Auden (1907 – 1973), que escrevia como W. H. Auden, foi um poeta anglo- -americano, tido como um dos grandes autores do século XX. Com base no poema acima, o eu lírico A descreve os tiranos como seres completamente destituídos de senso de humor. B enaltece o papel da arte como um instrumento essencial no combate aos tiranos. C revela como os tiranos fazem uso das crianças para disfarçarsua enorme vilania. D demonstra o grande interesse que os tiranos possuem por exércitos e esquadras. E retrata o total desinteresse dos tiranos em relação ao estudo da natureza humana. QUESTÃO 05 QUESTÃO 04 OSG.: 5127/20 Página 6 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 45 Questões de 01 a 05 (opção espanhol) Rescatan a una gaviota atrapada en una mascarilla Esta gaviota quedó enredada en una mascarilla desechable en el Reino Unido. Los veterinarios que la atendieron afirmaron que sus patas pudieron haber estado mucho tiempo atrapadas en las tiras elásticas del tapabocas. Por CNN Español. Publicado a las 10:09 ET (14:09 GMT) 23 July, 2020. O texto apresenta a notícia de um fato ocorrido recentemente no Reino Unido. Tal fato pode ser resumido no que segue: A Uma gaivota foi capturada por pescadores por meio de uma rede elástica. B Uma pessoa mascarada capturou uma gaivota indesejável no Reino Unido. C Uma gaivota ficou presa em uma máscara descartável no Reino Unido. D Alguns veterinários conseguiram segurar uma gaivota pelas patas. E Uma gaivota foi atendida por veterinários que prenderam suas patas com tiras. QUESTÃO 01 OSG.: 5127/20 Página 7 Según Benjamín Franklin, invertir en conocimientos produce siempre los mejores intereses, por lo que espero que obtengas, a través de este libro, las más grandes ganancias para tu futuro profesional. SANTANA, A. Matemáticas Simplificadas, p. 12. O pensamento de Benjamim Franklin apresentado no texto acima transcrito corresponde, em português, à ideia de que A com um livro, podemos obter nossas ganâncias profissionais. B os melhores interesses se produzem ao inverter conhecimentos. C por meio de um bom livro, alguém pode controlar suas ganâncias. D o investimento em conhecimento produz os melhores juros. E inverter conhecimentos é ter interesse e ganância profissional. La filosofía es una disciplina que estudia e intenta responder algunas cuestiones fundamentales para los seres humanos: cuál es el sentido de la existencia, la búsqueda de la verdad, la moral, la ética, la belleza, el lenguaje, la mente, entre muchas otras. A muy grandes rasgos, en occidente, hemos dividido a la filosofía en algunas etapas (por ejemplo, la filosofía griega, la filosofía medieval y la filosofía moderna) y dentro de cada una hemos ubicado a distintos pensadores que nos han ayudado a comprender y producir cambios sociales y culturales. Disponível em: https://psicologiaymente.com/cultura/filosofos-mas-famosos-importantes. O texto acima transcrito apresenta, nos dois parágrafos, duas ideias importantes, relativas à Filosofia, que são o(a) A sentido da existência humana e a busca da verdade entre outras coisas. B busca de respostas a questões básicas e a divisão do estudo filosófico em etapas. C estudo das questões morais e éticas, e a preocupação com o tema da beleza. D divisão da Filosofia em etapas e a localização de pensadores distintos. E compreensão e a consequente produção das mudanças sociais e culturais. QUESTÃO 03 QUESTÃO 02 OSG.: 5127/20 Página 8 中国历史 Zhōngguó lìshǐ (História da China, em mandarim) ¡Son tantos los prejuicios y las afirmaciones ligeras sobre todo lo de China! Cuando no se la concibe con tonos mágicos y casi sobrenaturales, la civilización china es denigrada por ignorancia o mala fe. BEJA, F. B. China: su historia y cultura hasta 1800, p. 19. No seu estudo sobre a história e a cultura chinesa, Flora Botton Beja começa afirmando que A sobre a China, há muitos preconceitos e concepções fantasiosas por ignorância ou má fé. B as afirmações rápidas e fantasiosas sobre a China causam muitos prejuízos àquele país. C são muitos os prejuízos e afirmações ligeiras e mágicas sobre toda a civilização chinesa. D a civilização chinesa é denegrida pelos mágicos exploradores de coisas sobrenaturais. E os prejuízos causados pela China se devem à ignorância e à má fé da civilização chinesa. La cabeza y el cuello son un área especialmente difícil de dominar para los estudiantes, residentes y profesores, debido no sólo al gran número de estructuras que se concentran en esta región relativamente pequeña del cuerpo, sino también a la complejidad de su organización anatómica en las tres dimensiones. El viejo dicho de que “hay más anatomía por encima del hioides que por debajo” plantea un reto sin igual a cualquiera que trate de representar la anatomía de esa región de forma simple, visualmente atractiva y clínicamente relevante. NETTER. Atlas de Anatomía Humana, p. 7. Na introdução do célebre Atlas de Anatomia Humana, de Frank H. Netter (edição em espanhol), o autor afirma que A os estudantes apresentam dificuldade em dominar a área da cabeça de um coelho. B um velho já dizia que havia mais ossos por baixo da língua do que por cima dela. C por possuir uma região pequena, a cabeça não concentra um número elevado de estruturas. D o osso hioide apresenta um formato reto sem igual em sua anatomia de forma simples. E é um desafio inigualável representar de forma simples a região da cabeça e do pescoço. QUESTÃO 05 QUESTÃO 04 OSG.: 5127/20 Página 9 Questões de 06 a 45 Disponível em: http://migre.me/jzYsH. “A censura, seja qual for, parece-me uma monstruosidade, algo pior que o homicídio; o atentado contra o pensamento é um crime de lesa-alma.” Flaubert (1821-1880) A imagem, aliada à citação de Flaubert, promove um conceito extremamente crítico acerca da censura que muitos países promovem como forma de cercear a liberdade de seus habitantes quanto A o acesso à informação no universo digital. B à exposição de suas vidas privadas nas redes sociais. C à divulgação de literatura engajada. D à prevenção de usos indevidos da internet. E à unificação de redes comunicativas analógicas. QUESTÃO 06 OSG.: 5127/20 Página 10 Motivo Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta. Irmão das coisas fugidias, não sinto gozo nem tormento. Atravesso noites e dias no vento. Se desmorono ou se edifico, se permaneço ou me desfaço, — não sei, não sei. Não sei se fico ou passo. Sei que canto. E a canção é tudo. Tem sangue eterno a asa ritmada. E um dia sei que estarei mudo: — mais nada. MEIRELES, C. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2001. Na literatura de Cecília Meireles, há muitas discussões sobre a efemeridade da vida e sua relação com a morte. Dentre os vários recursos utilizados pela autora para consolidar seu diálogo com as temáticas citadas, destacamos o uso da figura de linguagem denominada eufemismo, popularmente conhecida como figura da suavização. No poema acima, podemos identificar que houve suavização da ideia da morte na seguinte passagem: A “Sei que canto. E a canção é tudo. Tem sangue eterno a asa ritmada.” B “Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa.” C “Atravesso noites e dias no vento.” D “Não sou alegre nem sou triste: sou poeta.” E “E um dia sei que estarei mudo: — mais nada.” QUESTÃO 07 OSG.: 5127/20 Página 11 Rima Rondo pela noite Imaginando mil coisas Meditando sozinho Até a madrugada Isto tudo é tão contrário Medo e coragem Amor e ódio Revolta e compreensão Mas nada rima nesse mundo Apenas eu e você restávamos Resto do que o mundo já foi Intensamente, imensamente, eternamente Até mesmo nós sucumbimos Reavaliamos nossa condição Indiferentes, deixamos de rimar Menos um casal no mundo Agora ando sozinho Meditando noite adentro Imaginando e esquecendo mil e uma coisas Rondando até a madrugada Raimundo Correia Reconhecidamente parnasiano, Raimundo Correia, nos versoslidos, rompe com preceitos dessa escola porque ele A contrapõe a rima presente no poema e a falta de harmonia entre as pessoas. B utiliza a palavra rima com um único sentido. C opta pelo refinamento formal, retomando preceitos clássicos. D confirma a ideia fundamental da Arte pela Arte. E apresenta a vida de forma pessimista, utilizando a subjetividade da palavra rima. Um prêmio chamado Sharp, ou Shell, Deus me livre! Não quero. Acho esses nomes feios. Não recebo prêmios de empresas ligadas a grupos multinacionais. Não sou traidor do meu povo nem estou à venda. SUASSUNA, A., criador do Movimento Armorial. Veja, 3 jul. 1996. Pelo que se pode inferir, o autor de O auto da compadecida não recebia prêmios de empresas multinacionais porque A achou os nomes das empresas muito feios. B estaria prestando um desserviço à cultura linguística do seu país. C detestava qualquer empresa que não fosse brasileira. D achava que esses prêmios não tinham valor. E rejeitava a ideia de ficar devendo favores às empresas. QUESTÃO 09 QUESTÃO 08 OSG.: 5127/20 Página 12 Sobre o processo de formação da palavra “macarronívoro”, podemos inferir que é um(a) A arcaísmo, pois usa elementos linguísticos originados em outras línguas e representativos de outras culturas. B neologismo formado pela composição de dois radicais semelhante ao que ocorre na palavra “herbívoro”. C gíria infantil, visto que a criança formou uma palavra que não obedece a uma lógica interna da língua portuguesa. D neologismo formado por derivação parassintética cujo sufixo apresenta sentido de “devorar, comer”. E gíria, por expressar um termo característico da fala de determinada faixa etária. Procura da poesia Não faças versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia. Diante dela, a vida é um sol estático, não aquece nem ilumina. As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam. Não faças poesia com o corpo, esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica. Carlos Drummond de Andrade Observando os versos de Drummond, em Procura da poesia, podemos observar que A o autor preocupa-se com a forma em detrimento do conteúdo. B não há relação entre o título e o corpo do poema. C o aspecto referencial se sobressai em relação ao poético. D há indícios de metatextualidade na estrutura poética. E há um forte apelo em dialogar com um destinatário desiludido. QUESTÃO 11 QUESTÃO 10 OSG.: 5127/20 Página 13 TEXTO I 1. Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. 4. O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Coríntios 13. TEXTO II Monte Castelo O amor é o fogo que arde sem se ver É ferida que dói e não se sente É um contentamento descontente É dor que desatina sem doer Ainda que eu falasse A língua dos homens E falasse a língua dos anjos Sem amor, eu nada seria É um não querer mais que bem querer É solitário andar por entre a gente É um não contentar-se de contente É cuidar que se ganha em se perder É um estar-se preso por vontade É servir a quem vence, o vencedor É um ter com quem nos mata a lealdade Tão contrário a si é o mesmo amor Estou acordado e todos dormem Todos dormem, todos dormem Agora vejo em parte Mas então veremos face a face É só o amor! É só o amor Que conhece o que é verdade Ainda que eu falasse A língua dos homens E falasse a língua dos anjos Sem amor, eu nada seria Renato Russo Ocorre entre os dois textos uma intertextualidade temática por meio da paráfrase. No entanto, é possível perceber ainda um recurso denominado A paródia. B pastiche. C estilização. D bricolagem. E epígrafe. QUESTÃO 12 OSG.: 5127/20 Página 14 Charles Darwin, o único e aristocrático passageiro do HMS Beagle (His Majesty’s Ship Beagle), teve uma feliz e venturosa estada nas ilhas Galápagos ao largo do Equador, no oceano Pacífico, naquele longínquo ano de 1835. Foram quatro semanas de muito sol, passeios de barco pelas praias e enseadas, incursões pelas ilhas, onde a insaciável curiosidade do naturalista amador se deliciou observando e colecionando fantástico espécimes animais e vegetais. Uma tarde, caminhando pela ilha, Charles surpreendeu-se com a declaração do governador Nicholas Lawson de que seria capaz de dizer exatamente de qual ilha provinha cada uma das inumeráveis tartarugas que encontravam pelo caminho. “Está sugerindo que cada ilha produz seu tipo especial de tartaruga?”, perguntou Darwin. O governador não tinha dúvidas, pois há mais de ano aprendera a identificá-las observando as carapaças, com os gomos mais altos ou mais baixos, a espessura, o colorido, o comprimento do pescoço e das pernas. Abismado, Darwin perguntou se o governador sabia por que isso acontecia. Os olhos do próprio Darwin já haviam visto algo parecido, ali mesmo nas ilhas Galápagos. Ele observara que os tentilhões, pequenos pássaros que lá existem aos milhares, tinham bicos diferentes, maiores ou menores, conforme fosse a ilha de origem. [...] Disponível em: https://super.abril.com.br/comportamento/darwin-a-evolucao-de-um-homem/. Na reportagem, entre os recursos usados para organizar a sequência dos eventos apresentados e descritos, destaca-se a A alternância de tempos do pretérito para ordenar os acontecimentos. B inclusão de enunciado com comentário e avaliação do pesquisador. C construção de frases curtas a fim de conferir dinamicidade ao texto. D presença de advérbios de lugar para indicar a progressão dos fatos. E referência a pessoas marcantes na trajetória da pesquisa do cientista. A partir da representatividade do quadrinho acima, percebe-se que há a presença marcante da função da linguagem A apelativa. B metalinguística. C expressiva. D referencial. E fática. QUESTÃO 14 QUESTÃO 13 OSG.: 5127/20 Página 15 TEXTO I Amor No outro dia me despedi dos camaradas. O vento balançava os campos e pela primeira vez senti a beleza ambiente. Olhei sem saudades para a casa-grande. O amor pela minha classe, pelos trabalhadores e operários, amor humano e grande, mataria o amor mesquinho pela filha do patrão. Eu pensava assim e com razão. Na curva da estrada voltei-me. Honório acenava adeus com a mão enorme. Na varanda da casa-grande o vento agitava os cabelos de Mária. Eu partia para a luta de coração limpo e feliz. AMADO, J. Cacau. São Paulo: Ática, 2000. TEXTO II Amor Um pouco cansada, com as compras deformando o novo saco de tricô, Ana subiu no bonde. Depositou o volume no colo e o bonde começou a andar. Recostou-se então no banco procurando conforto, num suspiro de meia satisfação. Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas. E cresciam árvores. Crescia sua rápida conversa com o cobrador de luz, crescia a água enchendo o tanque, cresciam seus filhos, crescia a mesa com comidas, o marido chegando com os jornais e sorrindo de fome, o canto importuno das empregadas do edifício. Ana dava a tudo, tranquilamente, sua mão pequena e forte, sua corrente de vida. LISPECTOR, C. Laços de Família. São Paulo: Rocco, 2012. A partir da leitura comparativa dos textos I e II, pode-se inferir que, entre eles, ocorre A intertextualidade por paráfrase – ambos trabalham o mesmo tema. B intertextualidade por paródia – o textoI ironiza o sentido do texto II. C intertextualidade por citação – um texto alude ao outro indiretamente. D intertextualidade por epígrafe – uma frase antecipa o conteúdo de ambos. E intertextualidade por pastiche – o autor do texto I imita o autor do texto II. QUESTÃO 15 OSG.: 5127/20 Página 16 Para os concretistas, a arte é autônoma e a sua forma remete às da realidade, logo, as poesias, por exemplo, estão cada vez mais próximas das formas arquitetônicas ou esculturais. As artes visuais não figurativas começam a ser mais evidentes, a fim de mostrar que, no mundo, há uma realidade palpável, a qual pode ser observada de diferentes ângulos. A percepção que melhor se enquadra no poema acima é o(a) A referente ao conceito imagético de poesia, explorando diferentes planos de expressão, quebrando as limitações do academicismo. B modismo imposto pela poesia puramente metatextual, em que a linguagem é o único recurso válido. C subjetividade extremada, anulando quaisquer outros valores estéticos a serem discutidos. D valoração de um aspecto formal clássico, desconstruindo o conceito de modernidade e vanguarda. E indução de um pensamento unificado e limitado quanto aos diferentes eixos expressivos do concretismo. QUESTÃO 16 OSG.: 5127/20 Página 17 Queixas noturnas (...) Bati nas pedras dum tormento rude E a minha mágoa de hoje é tão intensa Que eu penso que a Alegria é uma doença E a Tristeza é minha única saúde. As minhas roupas, quero até rompê-las! Quero, arrancado das prisões carnais, Viver na luz dos astros imortais, Abraçado com todas as estrelas! A Noite vai crescendo apavorante E dentro do meu peito, no combate, A Eternidade esmagadora bate Numa dilatação exorbitante! E eu luto contra a universal grandeza Na mais terrível desesperação É a luta, é o prélio enorme, é a rebelião Da criatura contra a natureza! Para essas lutas uma vida é pouca Inda mesmo que os músculos se esforcem; Os pobres braços do mortal se torcem E o sangue jorra, em coalhos, pela boca. (...) Augusto dos Anjos Conhecido como poeta do mau gosto, no texto lido, Augusto dos Anjos A utiliza recursos simbolistas, como as maiúsculas alegorizantes e elementos simbólicos que confirmam uma visão negativa da vida. B oscila entre o Arcadismo e o Pré-Modernismo, pois revela preocupação social sutil mesclada com o pessimismo nítido. C encontra na morte a saída para as dores sofridas, retomando elementos do Realismo, como a noite e a natureza. D escolhe os astros e as estrelas como símbolos de renovação e de otimismo, amenizando, assim, o sofrimento e despertando para uma existência otimista. E preocupa-se exclusivamente com o refinamento formal e com a erudição, já que trata de um assunto tão complexo: a morte. QUESTÃO 17 OSG.: 5127/20 Página 18 Sobre as estruturas linguísticas presentes na peça acima, pode-se depreender que A a estrutura “o coronavírus” complementa os sentidos do nome “Fortaleza”. B “Tudo”, ainda que seja um pronome, tem natureza substantiva, uma vez que agrega (sem ser preciso) uma série de substantivos que poderiam estar presentes na peça, mas que não estão por se tratar apenas do título de site. C “que” é um pronome relativo, mas não estabelece relação anafórica no texto em que ocorre. D “você” é um pronome pessoal reto, razão pela qual desempenha função sintática de sujeito. E a supressão do artigo “o” em “Tudo o que você precisa (...)” não prejudicaria a correção gramatical. QUESTÃO 18 OSG.: 5127/20 Página 19 Em uma relação comparativa entre os dois textos, destaca-se como diferença A a temática da seca. B o discurso social. C a linguagem utilizada. D os indivíduos retratados. E o espaço destacado. — Feiosa, baixa, entroncada, carrancuda ao menor enfado, disse ele, não admito que homem algum se apaixone pela filha do Capitão-Mor, salvo se não é aquela que eu tenho visto no Poço da Moita, onde cheguei a passar mais de uma semana com as febres. Vão ver que ela usou de feitiçaria... Ora se não é isso! Vão ver. Margarida era muitíssimo do seu sexo, mas das que são pouco femininas, pouco mulheres, pouco damas, e muito fêmeas. Mas aquilo tinha artes do Capiroto. Transfigurava-se ao vibrar de não sei que diacho de molas. (...) Esposando ao Major Joaquim Damião de Barros, uns dezesseis anos mais avançado que ela na idade, passou a chamar-se Margarida Reginaldo de Oliveira Barros. Se, recebendo o nome do marido, ela fez tudo o mais que ordena a Santa Madre Igreja, a Deus pertence. PAIVA, O. Dona Guidinha do Poço (fragmento). Considerado um clássico da literatura brasileira, Dona Guidinha do Poço apresenta uma linguagem acessível que aproveita muito das tradições orais e do folclorismo nordestino. No fragmento acima, essas características aparecem materializadas quando o(a) A personagem feminina é descrita de forma transcendental, sendo exaltada por agir conforme ordena a Igreja. B apresentação da personagem feminina passa a ocorrer por meio de uma linguagem simples e de elementos místicos, como a influência do diabo. C uso de palavras como diacho ressalta uma influência naturalista ainda incipiente. D descrição da personagem feminina apresenta resquícios de Romantismo tardio pelo uso de superlativos. E modo pejorativo como a mulher é descrita indica uma contradição entre os modos populares e o que a Igreja impõe. QUESTÃO 20 2. Vidas Secas (1963), filme de Nelson Pereira dos Santos, inspirado no romance homônimo de Graciliano Ramos. 1. Cândido Portinari (1903-1962), com a série Os retirantes, foi o artista plástico que melhor retratou o Nordeste da década de 1930. QUESTÃO 19 OSG.: 5127/20 Página 20 Posologia do Ibuprofeno Suspensão Oral e Gotas Uso oral. Agite antes de usar. Não precisa diluir. Suspensão 30 mg/mL A posologia recomendada para crianças a partir de 6 meses deve seguir o quadro 1, conforme o peso da criança, em intervalos de 6 a 8 horas, ou seja, de 3 a 4 vezes ao dia, não excedendo o máximo de 7 mL por dose. Pacientes pediátricos com mais de 30 kg não devem exceder a dose máxima de 7 mL. Bula é o nome que se dá ao conjunto de informações sobre um medicamento que obrigatoriamente os laboratórios farmacêuticos devem acrescentar à embalagem de seus produtos vendidos no varejo. As informações podem ser direcionadas aos usuários dos medicamentos, aos profissionais de saúde ou a ambos. Ao analisar os aspectos do gênero acima, nota-se que, na parte conhecida como “posologia”, há um predominante caráter A missivo. B argumentativo. C narrativo. D injuntivo. E coercitivo. QUESTÃO 21 OSG.: 5127/20 Página 21 Cântico das árvores Quem planta uma árvore enriquece A terra, mãe piedosa e boa: E a terra aos homens agradece, A mãe os filhos abençoa. A árvore, alçando o colo, cheio De seiva forte e de esplendor Deixa cair do verde seio, A flor e o fruto, a sombra e o amor. Crescei, crescei na grande festa Da luz, de aroma e da bondade, Árvores, glória da floresta! Árvores vida da cidade! Crescei, crescei sobre os caminhos, Árvores belas, maternais, Dando morada aos passarinhos, Dando alimento aos animais! Outros verão os vossos pomos: Se hoje sois fracas e crianças, Nós, esperanças também somos Plantamos outras esperanças! Para o futuro trabalhamos: Pois, no porvir, novos irmãos, Hão de cantar sob estes ramos, E bendizer as nossas mãos! Olavo Bilac Considerado o príncipe dos poetas brasileiros devido à sua popularidade nos salões e saraus, Olavo Bilac, no poema lido, confirma sua presença na escola parnasiana porqueA demonstra forte sentimentalismo ao utilizar a árvore como metáfora do amor. B utiliza de descritivismo para evidenciar a função das árvores. C apresenta uma relação pessoal e emotiva com as árvores. D retoma a exaltação romântica da natureza. E mostra a funcionalidade das árvores nas grandes cidades. Um anjo dorme aqui; na aurora apenas, disse adeus ao brilhar das açucenas em ter da vida alevantado o véu. – Rosa tocada do cruel granizo Cedo foi-se e no infantil sorriso passou do berço para brincar no céu! ABREU, C. In Primaveras. A partir da leitura integral do texto, pode-se dizer que tem como tema central o(a) A inocência de uma criança. B nascimento de uma criança. C sofrimento pela dor de uma criança. D desalento pela viagem de uma criança. E morte prematura de uma criança. QUESTÃO 23 QUESTÃO 22 OSG.: 5127/20 Página 22 Se essa rua, se essa rua fosse minha Eu mandava, eu mandava ladrilhar Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes Para o meu, para o meu amor passar Nessa rua, nessa rua tem um bosque Que se chama, que se chama solidão Dentro dele, dentro dele mora um anjo Que roubou, que roubou meu coração Mario Lago / Roberto Martins Na canção Se essa rua fosse minha, a utilização dos vocábulos “Se” e “fosse” indicam um(a) A fato histórico vinculado à memória nacional. B certeza que consolida a afirmativa feita. C hipotética condição sobre algo que poderia ser feito. D realidade a ser confirmada num futuro próximo e datado. E ação habitual e repetitiva, em relação à declaração do próprio artista. TEXTO I Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. TEXTO II Anedota futebolística – Minha terra tem Corinthians Onde canta o sabiá! – Tá sendo besta. O certo é Minha terra tem Palmeiras... – Besta é você. Ora mais, meu bom. Cada um canta o time que quiser. Dalmo Rosanno O texto II, em relação ao texto I, é um tipo de A imitação. B paráfrase. C paródia. D cópia. E plágio. QUESTÃO 25 QUESTÃO 24 OSG.: 5127/20 Página 23 Disponível em: http://migre.me/jzYzw. Na imagem acima, a pintura nos fornece um olhar crítico baseado A no pensamento de que a fadiga humana é decorrente da exploração de estratos sociais mais favorecidos. B em uma relação complexa entre exploradores e explorados, mostrando que as relações de poder determinam as posições sociais. C na apresentação de ideais de liberdade, nos quais o grupo que descansa não mantém qualquer vínculo com o dos explorados. D em uma organização igualitária, em que privilégios são distribuídos fraternalmente entre as classes sociais. E na ideia de justiça e igualdade, mostrando que o trabalho transforma a vida das classes menos favorecidas. É impossível idear-se cavaleiro mais chucro e deselegante; sem posição, pernas coladas ao bojo da montaria, tronco pendido para a frente e oscilando à feição da andadura dos pequenos cavalos do sertão, desferrados e maltratados, resistentes e rápidos como poucos. Nesta atitude indolente, acompanhando morosamente, a passo, pelas chapadas, o passo tardo das boiadas, o vaqueiro preguiçoso quase transforma o “campeão” que cavalga na rede amolecedora em que atravessa dois terços da existência. Mas se uma rês “alevantada” envereda, esquiva, adiante, pela caatinga garranchenta, ou se uma ponta de gado, ao longe, se trasmalha, ei-lo em momentos transformado, cravando os acicates de rosetas largas nas ilhargas da montaria e partindo como um dardo, atufando-se velozmente nos dédalos inextricáveis das juremas. CUNHA, E. Os sertões, Cap. III, O sertanejo (fragmento). Publicado em 1902, cinco anos depois da destruição de Canudos pelas tropas da recém- -proclamada República, Os sertões é considerado um marco literário que descreve um momento importante da história do Brasil. No trecho acima, o narrador A ridiculariza o sertanejo, descrevendo-o de forma jocosa. B exalta o sertanejo tal como era exaltado o personagem do romance regionalista. C faz uma crítica social ao governo da República que negligencia o sertanejo. D indica o paradoxo das ações do sertanejo, já que, por um lado, revela um grupo frágil e, por outro, corajoso e decidido. E confirma o ideal pré-modernista, por meio de uma linguagem metafórica e subjetiva. QUESTÃO 27 QUESTÃO 26 OSG.: 5127/20 Página 24 O canto do índio Quando o sol vai dentro d'água Seus ardores sepultar, Quando os pássaros nos bosques Principiam a trinar; Eu a vi, que se banhava... Era bela, ó Deuses, bela, Como a fonte cristalina, Como luz de meiga estrela. Ó Virgem, Virgem dos Cristãos formosa, Porque eu te visse assim, como te via, Calcara agros espinhos sem queixar-me, Que antes me dera por feliz de ver-te. O tacape fatal em terra estranha Sobre mim sem temor veria erguido; Dessem-me a mim somente ver teu rosto Nas águas, como a lua, retratado. Eis que os seus loiros cabelos Pelas águas se espalhavam, Pelas águas, que de vê-los Tão loiros se enamoravam. Ela erguia o colo ebúrneo, Por que melhor os colhesse; Níveo colo, quem te visse, Que de amores não morresse! (...) DIAS, G. Primeiros Cantos. Os versos lidos retratam as palavras de um chefe indígena encantado por uma moça branca – a “Virgem dos Cristãos formosa” – vista ao se banhar em um lago. Nos versos lidos, a estética romântica é A confirmada devido à forma como a virgem é retratada, confundida com os elementos da natureza. B fragilizada, já que a mulher descrita é uma europeia loira, branca e cristã. C menosprezada, por aproximar-se das cantigas líricas trovadorescas. D intensificada pela presença dominante do branco europeu. E ridicularizada, devido ao uso de recursos como ironia. QUESTÃO 28 OSG.: 5127/20 Página 25 Disponível em: cheiadecharme.blog.br. Podemos notar que o humor da tirinha acima reside na A insensatez com que se trata o tema, criando uma perspectiva ilógica de compreensão. B na quebra de expectativa gerada pela justificativa apresentada para não pisar na balança. C no medo que a personagem demonstra das novas tecnologias. D na ausência de criticidade no vazio diálogo entre as amigas. E na visão supérflua que evita tecer críticas aos males contemporâneos. Dar-te-ei Não te darei flores Não te darei Elas murcham Elas morrem [...] Não te darei festas Não te darei Elas terminam Elas choram Elas se vão Dar-te-ei, finalmente, os beijos meus Deixarei que esses lábios sejam meus, sejam teus Esses embalam Esses secam Mas esses ficam [...] Não te darei casacos Não te darei Nem essas coisas que te resguardam E que se vão [...] Marcelo Jeneci Sobre a colocação dos pronomes oblíquos átonos no texto, podemos depreender que o(a) A emprego dos pronomes oblíquos sugere a intenção do compositor de valorizar a variante regional da língua, mesmo contrariando a orientação prescrita pela gramática normativa. B opção pelo uso de pronomes oblíquos é um indício das tentativas do autor de demonstrar seu domínio da norma culta e gerar duplo sentido em seus enunciados. C mesóclise, mesmo em desuso no atual estágio da língua, foi empregada, pois há um verbo conjugado no futuro no início da oração. D próclise, por ser a colocação preferida pelos falantes brasileiros, pode ser sempre usada independentemente do contexto. E ênclise não foi empregada no texto, visto que essa colocação, apesar de promover elegância e estilo, torna o texto mais rebuscado. QUESTÃO 30 QUESTÃO 29 OSG.: 5127/20 Página 26 “Na legislação interna dos países, a espionagem costuma ser juridicamente entendida como a obtenção sub-reptícia e indevida de informação sigilosa do Estado. Esse tipo de conduta é criminalizado pela legislação de cada país. O mesmo se pode dizer do vazamento,que guarda estreita relação com a espionagem e que consiste na divulgação indevida de informações por quem tem o dever legal do sigilo. A espionagem é um dos poucos crimes na legislação brasileira que podem, em tempo de guerra, levar à pena de morte, seja o condenado nacional ou estrangeiro, civil ou militar, além de, em tempo de paz, sujeitar o militar que a pratique à indignidade para o oficialato”. (...) CONDEIXA, F. M. S. P. Espionagem e direito. In: Revista Brasileira de Inteligência, nº 10, 2015, p. 25-6 (fragmento adaptado). A respeito das palavras destacadas no texto acima, é possível inferir que A introduzem sentenças de valor retórico, por isso podem ser consideradas passagens aristotélicas. B introduzem sentenças explicativa e restritiva, respectivamente, em função do tipo de pronome que cada “que” representa. C ambas introduzem circunstância de modo, pois explicam como cada referente funciona no texto. D têm função anafórica e indicam relação de posse entre as orações. E ambas são formais e introduzem orações de valor retórico e aristotélico, respectivamente. Fez a corte, não deixava a moça, trazia-lhe mimos, encheu as tias (Cogominho era viúvo) de presentes; mas a moça parecia não atinar com os desejos daquele bacharelinho baço, pequenino, feio e tão roceiramente vestido. Ele não desanimou; e, por fim, a moça descobriu que aquele homenzinho estava mesmo apaixonado por ela. Em começo, o seu desprezo foi grande; achava até ser injúria que aquele tipo a olhasse; mas, vieram os aborrecimentos da vida da província, a sua falta de festas, o tédio daquela reclusão em palácio, aquela necessidade de namoro que há em toda a moça, e ela deu-lhe mais atenção. Casaram-se, e Numa Pompílio de Castro foi logo eleito deputado pelo Estado de Sernambi (...) Ela lhe havia descoberto a simulação do talento e o seu desgosto foi imenso porque contava com um verdadeiro sábio, para que o marido lhe desse realce na sociedade e no mundo. Ser mulher de deputado não lhe bastava; queria ser mulher de um deputado notável, que falasse, fizesse lindos discursos, fosse apontado nas ruas. BARRETO, L. Numa e a Ninfa (fragmento). Representante do Pré-Modernismo, Lima Barreto é um exímio observador da realidade. No trecho lido, tal análise se dá devido ao(à) A uso de uma linguagem clara, objetiva, prolixa e simples, própria para um texto com teor de denúncia. B desconstrução da idealização do casamento e ao destaque de sentimentos pouco nobres. C construção de um estereótipo de beleza que é necessária para contrair o matrimônio. D força avassaladora do sentimento amoroso, o qual vence todas as diferenças para que os amantes fiquem juntos. E perspectiva feminina idealizada de amor, levando a mulher a apaixonar-se pelo marido tardiamente. QUESTÃO 32 QUESTÃO 31 OSG.: 5127/20 Página 27 Disponível em: pensarenlouquece.com. A partir da tirinha acima, nota-se que a visão construída por Calvin a respeito da Morte A guarda uma profunda relação com aspectos místicos diretamente conectados com um sagrado desvinculado de diálogo com a ciência. B aparece apoiada em princípios da Teoria do Desenvolvimento Humano, que enxergam a morte como a etapa final do ciclo da vida. C apresenta um forte apelo teológico desvinculado de pretensões reflexivas sobre o estar no mundo existencialista. D expõe sua completa incapacidade de compreender a convergência de raciocínios complementares. E evidencia o traço da opinião arraigada, aprimorada por valores dogmáticos e intransponíveis da personagem. Era de manhã. D. Camila estava ao espelho, a janela aberta, a chácara verde e sonora de cigarras e passarinhos. Ela sentia em si a harmonia que a ligava às coisas externas. Só a beleza intelectual é independente e superior. A beleza física é irmã da paisagem. D. Camila saboreava essa fraternidade íntima, secreta, um sentimento de identidade, uma recordação da vida anterior no mesmo útero divino. Nenhuma lembrança desagradável, nenhuma ocorrência vinha turvar essa expansão misteriosa. Ao contrário, tudo parecia embebê-la de eternidade, e os quarenta e dois anos em que ia não lhe pesavam mais do que outras tantas folhas de rosa. Olhava para fora, olhava para o espelho. De repente, como se lhe surdisse uma cobra, recuou aterrada. Tinha visto, sobre a fonte esquerda, um cabelinho branco. Ainda cuidou que fosse do marido; mas reconheceu depressa que não, que era dela mesma, um telegrama da velhice, que aí vinha a marchas forçadas. O primeiro sentimento foi de prostração. D. Camila sentiu faltar-lhe tudo, tudo, viu-se encanecida e acabada no fim de uma semana. ASSIS, M. Uma senhora (fragmento). Representante do Realismo brasileiro, Machado de Assis, no trecho lido, A apresenta indícios claros da estética anterior, uma vez que compara a beleza de dona Camila à paisagem e faz referência ao divino. B aponta indícios naturalistas, já que a descrição do aspecto físico supera a perturbação interior da personagem. C confirma o viés da escola realista, porque destaca a sondagem psicológica como cerne da problemática sugerida: o drama devido ao envelhecimento. D rompe com a estética realista, ao dramatizar um assunto como o processo de envelhecimento. E destaca a vaidade excessiva como uma patologia de natureza científica, alertando para os riscos da velhice. QUESTÃO 34 QUESTÃO 33 OSG.: 5127/20 Página 28 Que delícia! Aquisição à vista. A Bauducco, maior fabricante de panetones do país, está negociando a compra de sua maior concorrente, a Visconti, subsidiária brasileira da italiana Visagis. O negócio vem sendo mantido sob sigilo pelas duas empresas em razão da proximidade do Natal. Seus controladores temem que o anúncio dessa união – resultando numa espécie de AmBev dos panetones – melindre os varejistas. VASSALLO, C. Exame. O texto lido tem como base o gênero A crônica – apresenta um fato do cotidiano. B conto – apresenta uma situação insólita. C reportagem – apresenta detalhadamente um tema. D notícia – apresenta resumidamente um fato. E propaganda – apresenta persuasivamente um produto. Soneto torresmista Não basta a ditadura que já dura e vem a ditadura antigordura! Saímos do regime militar, caímos no regime do regime. Censuram-nos até no paladar! Trabalho, horário, imposto, compromisso. Orgasmo não se tem como se quer. Só sobra o bom do garfo e da colher, e os nazis nariz metem até nisso. Maldita seja a mídia, sempre a dar Espaço à medicina que reprime! Gestapo da "saúde" e "bem-estar"! Resista! Coma! Abaixo a ditadura! A luta tem um símbolo: FRITURA! MATTOSO, G., 1951. Sobre as ideias e as estruturas do poema acima, é possível inferir que A a ironia do poema mostra-se dissociada da realidade, o que revela, inclusive, uma alienação sanitária do eu lírico. B a concordância nominal seria estabilizada se, em vez de “e os nazis nariz metem até nisso”, o autor tivesse optado por “e os nazis narizes metem até nisso”. C a última estrofe combina vocábulos e expressões de teor subversivo com um aparato repressivo. Essa ideia pode ser ilustrada com, por exemplo, o uso dos verbos no modo imperativo e da palavra “Gestapo”. D a substituição dos verbos “Resista!” e “Coma!” por “Resiste!” e “Come!” prejudicaria a coerência interna do poema, pois o propósito da interlocução seria alterado. E a ironia do poema é questionável, haja vista que os fatos históricos citados confirmam a tese proposta pelo autor desde o título. Isso leva a crer que o tema “ditadura” não passa de um pano de fundo para o eu lírico expor sua opinião. QUESTÃO 36 QUESTÃO 35 OSG.: 5127/20 Página 29 Disponível em: mundogospelblog.wordpress.com. O texto acima é uma receita que orienta o leitor acerca de como melhorar seus hábitos e comportamentos. A passagem textual em que as orientações são explicitadas reforçam,no texto acima, o caráter A descritivo. B narrativo. C expositivo. D injuntivo. E missivo. QUESTÃO 37 OSG.: 5127/20 Página 30 Capítulo IV Um dever amaríssimo! José Dias amava os superlativos. Era um modo de dar feição monumental às ideias; não as havendo, servia a prolongar as frases. Levantou-se para ir buscar o gamão, que estava no interior da casa. Cosi-me muito à parede, e vi-o passar com as suas calças brancas engomadas, presilhas, rodaque e gravata de mola. Foi dos últimos que usaram presilhas no Rio de Janeiro, e talvez neste mundo. Trazia as calças curtas para que lhe ficassem bem esticadas. A gravata de cetim preto, com um arco de aço por dentro, imobilizava-lhe o pescoço; era então moda. O rodaque de chita, veste caseira e leve, parecia nele uma casaca de cerimônia. Era magro, chupado, com um princípio de calva; teria os seus cinquenta e cinco anos. Levantou-se com o passo vagaroso do costume, não aquele vagar arrastado dos preguiçosos, mas um vagar calculado e deduzido, um silogismo completo, a premissa antes da consequência, a consequência antes da conclusão. Um dever amaríssimo! ASSIS, M. Dom Casmurro. Sobre o fragmento acima, pode-se depreender que A as estruturas destacadas, quanto ao estilismo do autor, mostram como é possível burlar as convenções da norma culta e, ao mesmo tempo, ser elegante na locução. B entre as estruturas destacadas, apenas uma fere aquilo que a norma chama de colocação estilística. C em “...que lhe ficassem...” e “...imobilizava-lhe...”, os dois pronomes destacados apresentam valor semântico de posse. D “amaríssimo” significa, no contexto, “relativo ao amor, amoroso”. E as estruturas destacadas não ferem o padrão culto da linguagem e mostram uma variedade bastante formal da língua portuguesa. QUESTÃO 38 OSG.: 5127/20 Página 31 Siderações Para as Estrelas de cristais gelados As ânsias e os desejos vão subindo, Galgando azuis e siderais noivados De nuvens brancas a amplidão vestindo... Num cortejo de cânticos alados Os arcanjos, as cítaras ferindo, Passam, das vestes nos troféus prateados, As asas de ouro finamente abrindo... Dos etéreos turíbulos de neve Claro incenso aromal, límpido e leve, Ondas nevoentas de Visões levanta... E as ânsias e os desejos infinitos Vão com os arcanjos formulando ritos Da Eternidade que nos Astros canta... Cruz e Sousa Como poeta simbolista, Cruz e Sousa é antinaturalista e anticientificista, além disso cultua o vago em substituição à descrição. No poema lido, além das características citadas, destaca-se o(a) A presença de elementos palpáveis e concretos, utilizados como uma maneira racional para atingir os objetivos. B estado de aniquilamento repentino causado pela ação escapista do suicídio, retomando, assim, a escola romântica. C uso da maiúscula alegorizante por meio das palavras “Estrelas” e “Visões”, as quais representam, respectivamente, um meio para atingir as essências e o etéreo. D recurso da aliteração e da assonância para atingir a musicalidade, dando cadência melódica ao texto. E ordem direta, revelando um texto que trata do tema da morte de forma objetiva e racional, a fim de minimizar o sofrimento. Ia satisfeito com a visita, com a alegria de Capitu, com os louvores de Gurgel, a tal ponto que não acudi logo a uma voz que me chamava: [...] — Sr. Bentinho, disse-me ele chorando; sabe que meu filho Manduca morreu? — Morreu? — Morreu há meia hora, enterra-se amanhã. Mandei recado a sua mãe agora mesmo, e ela fez-me a caridade de mandar algumas flores para botar no caixão. Meu pobre filho! Tinha de morrer, e foi bom que morresse, coitado, mas apesar de tudo sempre dói. Que vida que ele teve! O emprego da forma verbal grifada acima indica, considerando-se o contexto, A futuro, com um fato em desenvolvimento inicial. B presente, com uma certeza de um processo futuro. C futuro, com uma certeza de um processo contínuo. D presente, com um fato consumado há pouco tempo. E presente, com uma incerteza de um processo posterior. QUESTÃO 40 QUESTÃO 39 OSG.: 5127/20 Página 32 TEXTO I A ilusão do migrante Quando vim da minha terra, não vim, perdi-me no espaço, na ilusão de ter saído. Ai de mim, nunca saí. Carlos Drummond de Andrade TEXTO II Xilogravura – No país da incerteza. A partir da leitura dos textos I e II, é possível sintetizar seus conteúdos semânticos em duas palavras. São elas, respectivamente, A acolhimento e saudade. B esperança e oportunidade. C inadequação e esperança. D esforço e recompensa. E alienação e desalento. QUESTÃO 41 OSG.: 5127/20 Página 33 Virgília? Mas então era a mesma senhora que alguns anos depois?... A mesma; era justamente a senhora que, em 1869 devia assistir aos meus últimos dias, e que antes, muito antes, teve larga parte nas minhas mais íntimas sensações. Naquele tempo, contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que ia lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação. Era isto Virgília, e era clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia de uns ímpetos misteriosos; muita preguiça e alguma devoção, — devoção, ou talvez medo; creio que medo. Aí tem o leitor, em poucas linhas, o retrato físico e moral da pessoa que devia influir mais tarde na minha vida; era aquilo com dezesseis anos. ASSIS, M. Memórias Póstumas de Brás Cubas, Capítulo XVII. Machado de Assis é considerado um dos principais nomes do Realismo brasileiro e sua obra reflete um olhar crítico sobre os costumes e gostos da sociedade carioca burguesa do século XIX. No trecho acima, ao afirmar que não sobredoura a realidade, o narrador machadiano se refere ao A Arcadismo, já que faz uma descrição dos instintos de Virgília, cujas atitudes eram animalescas. B Naturalismo, uma vez que Virgília acompanha o narrador até o momento de sua morte, tornando-a algo idílico. C Realismo, porque as características físicas e psicológicas de Virgília são bastante exaltadas. D Romantismo, pois afirma que, de acordo com essa estética, a mulher deve ser exaltada com devoção. E Simbolista, pois há um desvio do estilo realista, percebido pelo uso de palavras pejorativas ao se referir à mulher. QUESTÃO 42 OSG.: 5127/20 Página 34 Disponível em: http://goo.gl/uUAuu5. A partir da imagem acima, nota-se que ela manifesta uma figura de linguagem caracterizada pela oposição ideológica de elementos não coexistentes, no caso, A antítese. B metonímia. C catacrese. D paradoxo. E hipérbato. Horas mortas Breve momento, após comprido dia De incômodos, de penas, de cansaço, Inda o corpo a sentir quebrado e lasso, Posso a ti me entregar, doce Poesia. Desta janela aberta, à luz tardia Do luar em cheio a clarear o espaço, Vejo-te vir, ouço-te o leve passo Na transparência azul da noite fria. Chegas. O ósculo teu me vivifica. Mas é tão tarde! Rápido flutuas, Tornando logo à etérea imensidade; E na mesa em que escrevo, apenas fica Sobre o papel – rastro das asas tuas, Um verso, um pensamento, uma saudade. Alberto de Oliveira Representante da escola parnasiana, aquele que é considerado o mais ortodoxo da tríade parnasiana brasileira, confirma esse título devido ao(à) A uso de palavras cotidianas, já que mostra como sesente após um dia de trabalho. B presença de palavras simples, como mesa, janela e noite. C apelo metafísico, ao citar o luar clareando o espaço. D sacralização da poesia, reservando a ela o poder de renovar suas forças. E subjetividade remanescente da escola romântica, ao falar da saudade. QUESTÃO 44 QUESTÃO 43 OSG.: 5127/20 Página 35 Quadrilha João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história. Considerando os aspectos formais deste poema de Carlos Drummond de Andrade e a semântica possível para a conjunção QUE, pode-se inferir que o sentido A proposto é de subordinação de um indivíduo a outro. B observado é de explicação de uma ação individual. C proposto é de generalização do ato de amar dos indivíduos. D encontrado no texto é de particularização de um só indivíduo. E reiterado é de alusão ao jeito de amar de um dos indivíduos. QUESTÃO 45 OSG.: 5127/20 Página 36 CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 46 a 90 O incêndio de grandes proporções que atingiu a Floresta Nacional do Araripe deixou uma área destruída que levará, aproximadamente, 30 anos para ser recuperada. Segundo especialistas, as chamas atingiram cerca de 2 mil hectares, o equivalente a dois mil campos de futebol, na região da Chapada do Araripe, interior do Ceará. A Floresta Nacional do Araripe é uma Unidade de Conservação (UC) brasileira, situada na Chapada do Araripe e administrada pelo ICMBio. A área corresponde a um importante reduto da Mata Atlântica brasileira e é fundamental para manutenção de espécies nativas e garantia hídrica no semiárido cearense. A prática mencionada no texto anterior influencia o comportamento do solo, pois potencializa diretamente o processo de A deslizamento de terra. B infiltração da pluviosidade. C erosão laminar. D recarga de aquífero. E formação de dolinas. WOLF, E. A Europa e os povos sem História (trad.). São Paulo: Edusp, 2005. As rotas comerciais representadas no mapa A indicam que a melhoria das condições ambientais do Saara permitiu a construção de estradas pelo deserto. B foram construídas pelo poder islâmico do Cairo, que promoveu a unificação de toda a África do Norte. C mostram a decadência econômica do comércio do Saara oriental, em razão da crise do Império Egípcio. D atingem a região ao sudoeste do Saara, local de origem do ouro que chegava aos portos do Mediterrâneo. E representam o poder do Império de Songai, cuja capital era Timbuctu, que unificou todo o território entre o Atlântico e o mar Vermelho. QUESTÃO 47 QUESTÃO 46 OSG.: 5127/20 Página 37 Toda ação ética é orientada por um fim único (télos), em vista do qual todo o resto é meio ou fim parcial. O fim último é a felicidade (eudaimonía) daquele que vive bem porque realiza plenamente sua natureza. Os estoicos consideram que a virtude basta para a felicidade, da qual ela é causa, mas não é ela o télos ou o sumo bem, que é viver em conformidade (homologia) com a natureza, isto é, consigo mesmo e com o mundo. A infelicidade, portanto, é o desacordo ou o conflito consigo mesmo e com a natureza. CHAUÍ, M. Introdução à História da Filosofia, vol. 2, As Escolas Helenísticas. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 156. Acerca da filosofia estoica, tomando como referência o fragmento acima, é válido afirmar que esta representou uma A valorização do prazer como fundamento da felicidade. B conclusão da necessidade de ruptura com a natureza. C aceitação racional do destino como meio da paz espiritual. D associação entre a dúvida absoluta e verdadeira sabedoria. E consolidação da virtude como meta fundamental do homem. Técnica agrícola implantada em áreas de vertente muito íngreme a fim de conter processos erosivos pelo escoamento acelerado das águas de chuvas. Consiste no parcelamento do terreno, dividindo-se em “degraus” de modo que a velocidade da água seja reduzida e seus impactos, minimizados. Este manejo agrícola demanda uma grande quantidade de mão de obra, exige elevado conhecimento técnico e não permite um grande uso de maquinários em razão da dificuldade de acesso. A preservação do solo exige manejos que reduzam o escoamento superficial da água, inibindo atividades erosivas. A técnica agrícola conservacionista descrita no texto é o A plantio direto. B sombreamento. C terraceamento. D sistema de curvas de nível. E sistema de rotação de cultura. QUESTÃO 49 QUESTÃO 48 OSG.: 5127/20 Página 38 (...) Se as mulheres são realmente capazes de agir como criaturas racionais, que não sejam tratadas como escravas, nem como animais que, submetidos ao homem, dependem de sua razão; mas, ao contrário, cultivem sua mente, deem a elas o limite sublime e salutar dos princípios e deixem que alcancem a dignidade consciente, sentindo elas próprias que dependem apenas de Deus. Ensinem-nas, como aos homens, a se submeter à necessidade, em vez de atribuírem a um sexo a moral para torná-las mais agradáveis. WOLLSTONECRAFT, M. Reivindicação dos Direitos da Mulher. São Paulo: Boitempo, 2016. p. 57. O fragmento escrito pela filósofa inglesa Mary Wollstonecraft, no século XVIII, expressa ideais do A Absolutismo. B Iluminismo. C Socialismo. D Romantismo. E Darwinismo. A ética epicurista é um hedonismo. Na Carta a Meneceu, na qual se encontram as principais ideias éticas de Epicuro, este afirma que o prazer (hedoné) é o princípio e a finalidade da vida feliz. Princípio, porque é o primeiro bem conforme à natureza e por isso dele partimos para acolher ou repelir as coisas, segundo a norma da sensação. (...) Embora todo prazer seja corpóreo, nem por isso todo prazer é um verdadeiro bem, sendo necessário distinguir entre o prazer estável, ou em repouso, e prazer em movimento, ou prazeres que acabam em pesares e dores ou que partem de carências sempre insatisfeitas. CHAUÍ, M. Introdução à História da Filosofia, vol. 2, As Escolas Helenísticas. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 105-107 (adaptado). Durante o período helenístico da filosofia antiga, o epicurismo representou uma corrente de natureza essencialmente A ontológica, em virtude de seu aspecto metafísico de investigação da realidade. B sofista, por conta da necessidade da realização dos prazeres imediatos do ser. C cosmológica, por entender a origem do universo e o aspecto principal da filosofia. D ética, porquanto buscasse nas ações humanas o fundamento de sua felicidade. E pragmática, uma vez que encontrava o sentido da existência no prazer corpóreo. QUESTÃO 51 QUESTÃO 50 OSG.: 5127/20 Página 39 Enoturismo no Sertão de Pernambuco cresce e atrai cada vez mais visitantes Os visitantes conhecem todas as etapas da produção dos vinhos e espumantes da região. Os vinhos e espumantes produzidos em pleno sertão pernambucano são os responsáveis pelo número cada vez maior de turistas na região. São sete vinícolas espalhadas nas cidades de Santa Maria da Boa Vista e Lagoa Grande, que gosta de ostentar o título de “Terra da uva e do vinho”. O enoturismo cresce na sub-região do sertão nordestino enfrentando problemas tradicionais, como o(a)(s) A secas periódicas juntamente com a grande concentração fundiária. B agricultura como base monocultora e tradicional e a ampla desertificação. C processo de arenização que toma conta do litoral e os longos períodos de estiagem. D migrações cada vez maiores para a região Sudeste, tendo ainda como centro de atração a cidade do Rio de Janeiro. E luta por terra que geragrandes conflitos armados entre posseiros e empreiteiros juntamente com a desertificação dos solos. O delineamento de uma grande lagoa que conectava a bacia platina com a amazônica já era visível nas primeiras descrições geográficas e mapas produzidos por Gaspar Viegas, no Atlas de Lopo Homem (1519), nas cartas de Diogo Ribeiro (1525-27), no planisfério de André Homen (1559), nos mapas de Bartolomeu Velho (1561). KANTOR, Í. Usos diplomáticos da ilha-Brasil: polêmicas cartográficas e historiográficas. Varia Historia, n. 37, 2007 (adaptado). Um dos objetivos das representações cartográficas mencionadas no texto era A garantir o domínio da metrópole sobre o território cobiçado. B demarcar os limites precisos do Tratado de Tordesilhas. C afastar as populações nativas do espaço demarcado. D respeitar a conquista espanhola sobre o Império Inca. E demonstrar a viabilidade comercial do empreendimento colonial. Pirro não propõe uma ontologia negativa ao dizer que as coisas são indiferentes, instáveis e indeterminadas, pois a ontologia pressupõe a distinção entre ser e não ser e exatamente essa distinção está sendo afastada. (...) Pirro afirma que ‘em toda parte reina o fenômeno, seja onde for’ (...), ou seja, abandonada a oposição entre ser e não ser, resta somente o aparecer das coisas, sua manifestação, sem qualquer referência a algo em si que nos escaparia. CHAUÍ, M. Introdução à História da Filosofia, vol. 2. As Escolas Helenísticas. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 56-57 (adaptado). O nome do pensador grego Pirro, natural de Élis, está diretamente ligado à corrente de pensamento conhecida por ceticismo, identificada por A assumir o caráter instável das coisas. B reconhecer a identidade imutável do ser. C estabelecer a felicidade derivada do prazer. D buscar a essência da realidade na metafísica. E defender uma vida livre de convenções sociais. QUESTÃO 54 QUESTÃO 53 QUESTÃO 52 OSG.: 5127/20 Página 40 Mamãe É bom ser experiente Ainda mais independente Não ser nem velho nem novo Só falta Ser capa da Rolling Stone O hype dos ringtones O megahit no YouTube E as Cantoras que há de sobra Festejarão minha obra Não saio mais desse clube BALEIRO, Z. Álbum: O Disco do Ano, 2012. De forma brilhante, Zeca Baleiro construiu uma letra bastante interessante sobre a internet para seu último disco de estúdio. Apesar do nome Mamãe no Face, o cantor aborda blogs, revistas, jornais e outras mídias musicais que poderiam divulgar o seu “disco do ano”. Sua letra faz referência ao contexto histórico do período em que A as redes sociais, como o Facebook, YouTube e Twiter possibilitam a aproximação das pessoas, eliminando o isolamento que estas teriam sem a presença dessas redes e as diferenças socio- culturais. B a “era digital” desencadeia a socioeconômica, pela relação direta entre a existência de ampla tecnologia da informação e comunicação e a realidade de um mundo sem quaisquer tipos de conflitos. C com a internet, as pessoas buscam esconder seus sentimentos e emoções nas redes sociais, o que, na realidade, não é algo novo no comportamento humano, estando presente desde da primeira revolução industrial. D a internet, no processo de evolução da comunicação, possibilitou uma menor interação entre as pessoas, as quais buscam alternativas, como um contato mais intimista com o meio ambiente. E as redes sociais ganharam poder a ponto de transformar a maneira com que as pessoas se relacionam, se informam e se comunicam. A separação dos poderes do Estado tem suas bases definidas por meio de uma teoria, que se desenvolveu ao longo do tempo, mediante a reflexão de filósofos que remontam à Antiguidade, consagrando-se efetivamente após a análise de Montesquieu, no século XVIII. BARBOSA, M. C. Revisão da Teoria da Separação dos Poderes do Estado. Escola Superior do Ministério Público do Ceará. (adaptado). O texto expressa como ideia central A combater a expansão dos ideais socialistas. B possibilitar a exploração dos trabalhadores. C garantir a manutenção do Antigo Regime. D propiciar a expansão da industrialização. E assegurar a liberdade dos indivíduos. QUESTÃO 56 QUESTÃO 55 OSG.: 5127/20 Página 41 Partindo da oposição que os sofistas haviam estabelecido entre natureza (phýsis) e convenção (nómos), mas não aceitando a conclusão sofística de que tudo era convencional e nada natural, os cínicos circunscrevem a convenção às leis e aos valores da pólis e os rejeitaram em nome de uma vida conforme à natureza. CHAUÍ, M. Introdução à História da Filosofia, vol. 1. Dos pré-socráticos a Aristóteles. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 323. Os pensadores cínicos, na filosofia antiga, notabilizaram-se por A defender a estrutura social da cidade. B ignorar a necessidade da felicidade. C ver na cultura a natureza humana. D combater as convenções sociais. E perceber artificialidade em tudo. Embrapa Semiárido. Desertificação: áreas afetadas. A desertificação é a perda da capacidade nutricional do solo, a partir da associação de fatores naturais com a expansão de práticas econômicas inadequadas, sendo que no Sertão Nordestino já existe uma predisposição ao agravamento desse fenômeno em função do(a)(s) A cobertura vegetal do tipo florestal. B rios perenes. C semiaridez. D topografia irregular. E permeabilidade dos solos. QUESTÃO 58 QUESTÃO 57 OSG.: 5127/20 Página 42 Disponível em: http://caminhosdosaberhistorico.blogspot.com/2011/11/entendendo-republica-velha-19891930.html. A charge sugere que o fim do segundo reinado no Brasil e a implantação do novo regime republicano foi marcado pelo(a) A defesa do movimento republicano pela manutenção e continuidade da união entre o Estado e a Igreja Católica. B expulsão de Pedro II, que foi a solução para agradar os fazendeiros de café que desejavam o poder moderador do Rei e eram contra a divisão dos três poderes. C instauração da República, que teve influência do ideário iluminista e da Revolução Francesa representada pela defesa da monarquia parlamentarista. D unidade da federação, que estava ameaçada pelas crises do Segundo Reinado entre proprietários de café a favor ou contra a influência dos Estados Unidos. E crise do império, que se juntou ao movimento republicano com um projeto de Estado não escravista, separado da Igreja e com equilíbrio dos três poderes. O helenismo fornece o pano de fundo político e cultural que permite a aproximação entre a cultura judaica e a filosofia grega, o que tornará possível, mais tarde, o surgimento de uma filosofia cristã. É significativo, portanto, que seja em Alexandria no séc. I a.C. que encontramos as primeiras iniciativas nessa direção. Nesse período, Alexandria é uma cidade cosmopolita, onde convivem várias culturas: a cultura egípcia característica da região, a cultura grega dos fundadores da cidade, a cultura romana dos que haviam recentemente conquistado o Egito e a cultura judaica da grande comunidade de judeus que lá viviam. Em Alexandria, essas culturas convivem e se integram, há grande tolerância religiosa, inclusive um espírito de sincretismo típico da cultura greco-romana, e se falam várias línguas. MARCONDES, D. Iniciação à História da Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein, 13ª edição revista e ampliada, p. 107 (adaptado). Tomando como referência o fragmento acima, dentro do processo de formação do pensamento filosófico medieval, é possível afirmar que foi A relevante a evidente hegemonia da cultura islâmica. B fundamental a intolerância presente na cultura egípcia. C indiferente a influência de elementos da cultura helênica. D inócua a expressão verificada por parte da cultura judaica. E essencial a relação entre a religião cristã e a cultura grega. QUESTÃO 60 QUESTÃO59 OSG.: 5127/20 Página 43 A evaporação das águas de infiltração com sais dissolvidos causa a cristalização em fissuras e outros tipos de descontinuidades, o que tem o mesmo efeito do congelamento da água, fragmentando as rochas. Essa cristalização pode chegar a exercer pressões enormes sobre as paredes das rochas, não somente em virtude do próprio crescimento dos cristais, mas também por sua expansão térmica quando a temperatura aumenta nas horas mais quentes do dia ou pela absorção de umidade. Todos os processos que causam desagregação e fragmentação das rochas, com separação dos grãos minerais antes coesos, transformando a rocha inalterada em material descontúnuo e friável, constituem o processo de A intemperismo físico. B laterização. C lixiviação. D formação de voçorocas. E ravinamento. Na segunda parte do desfile, preparando a multidão para as grandes sensações: um elefante (animal que Roma não via desde os tempos do império romano) coberto por um grande tapete oriental, sobre o qual repousava um cofre artisticamente trabalhado, contendo o pontifical que D. Manuel oferecia a Leão X; uma onça domesticada, deitada sobre um cavalo da Pérsia; e dois leopardos, carregados em gaiolas douradas. Não fora possível apresentar o rinoceronte, morto durante a viagem (mas depois empalhado), assim como os carregamentos de pimenta malagueta, cravo, canela e gengibre, caras especiarias transportadas em uma nau que naufragara. AMADO, J.; FIGUEIREDO, L. C. O Brasil no Império Português. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001, p. 8. O rei português D. Manuel seguiu com uma grandiosa embaixada rumo ao Vaticano para encontrar- se com o Papa Leão X. A descrição da comitiva de D. Manuel confirma a consolidação dos domínios portugueses sobre o(a) A comércio da região mediterrânica. B percurso africano para a Ásia. C exploração do leste asiático. D tráfico de produtos norte-americanos. E rota comercial das Antilhas. QUESTÃO 62 QUESTÃO 61 OSG.: 5127/20 Página 44 O primeiro representante significativo dessa tradição que se inicia é Fílon de Alexandria, também conhecido como Fílon, o Judeu (25 a.C.-50 d.C.), um judeu helenizado que viveu em Alexandria nesse período e produziu uma série de comentários ao Pentateuco, aproximando-o da filosofia grega, principalmente do platonismo (...) Podemos considerar que Fílon, embora sem ser cristão, abre o caminho para a síntese entre cristianismo e filosofia grega, que ocorre ao longo dos três primeiros séculos da religião cristã. MARCONDES, D. Iniciação à História da Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein, 13ª edição revista e ampliada. A partir do exposto acima, é possível perceber a importância desempenhada por Fílon, criando condições decisivas para o(a) A início das atividades relativas sofistas. B formação dos elementos da escolástica. C surgimento da tradição filosófica patrística. D gênese da doutrina conhecida por fideísmo. E começo da corrente de pensamento estoica. ECIÊNCIA USP. Disponível em: http://www.eciencia.usp.br. Acesso em: 24 jul. 2013. Trata-se da Pedra da Tartaruga, situada no Parque Nacional de Sete Cidades – PI, que retrata o resultado do processo de desagregação de uma rocha. Nela, os minerais constituintes se dilatam quando aquecidos e se contraem quando resfriados. Seus principais agentes de intemperismo são a variação de temperatura e a cristalização que ocorrem nas áreas de grande amplitude térmica, desérticas e semiáridas. Considerando esses aspectos, identifique o tipo de intemperismo e o agente que atua na degradação dessa rocha. A Pluvial, a partir do regime de chuva. B Fluvial, a partir da água de rios. C Químico, em função da acidez do solo. D Biológico, através das raízes e de plantas. E Termoclástico, através da ação do solo. QUESTÃO 64 QUESTÃO 63 OSG.: 5127/20 Página 45 Uma mudança ocorreu na função dos aldeamentos no século XIX. Nos séculos XVI e XVII “o índio é o ‘gentio’ que se contrapõe ao cristão. A missão é mais evangelizadora. Já no século XIX, o índio é o ‘selvagem’, e a missão católica ganha um conteúdo mais político que religioso, ou seja, pretendia-se a civilização à evangelização”, o que, para o autor, implicou no deslocamento do centro dos conflitos em torno da mão de obra indígena para as suas terras. Entendendo também que houve uma relação direta entre a questão das terras e a política indigenista no século XIX, especialmente com a promulgação da Lei de Terras de 1850, a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha enfatiza que “a questão indígena deixou de ser essencialmente uma questão de mão de obra para se tornar uma questão de terras”. OLIVEIRA, T. G. O aldeamento dos índios de Itambacuri e a política indigenista na província de Minas Gerais (1873-1889). Dissertação de História. Programa de Pós Graduação em História: UFJF, 2016 (adaptado). A leitura do fragmento nos leva a inferir que, no século XIX, A buscava-se a conversão dos indígenas para que estes se tornassem cristãos. B pensava-se em inserir os índios na sociedade para que estes tivessem direitos políticos. C planejava-se um programa de escolarização para que os índios deixassem de ser violentos. D pretendia-se controlar os índios para que se pudesse dominar suas terras. E visava-se perseguir e capturar os índios para que estes trabalhassem como escravizados. E como invocarei o meu Deus - meu Deus e meu Senhor -, se, ao invocá-Lo, O invoco sem dúvida dentro de mim? E que lugar há em mim, para onde venha o meu Deus, para onde possa descer o Deus que "fez o céu e a terra"? Pois será possível, Senhor meu Deus, que se oculte em mim alguma coisa que Vos possa conter? É verdade que o céu e a terra que criastes e no meio dos quais me criastes Vos encerram? Santo Agostinho. Confissões, Livro I. Pelo exposto acima, é possível perceber que Santo Agostinho defende uma A corrente de pensamento fideísta. B metafísica voltada à interioridade. C filosofia de paradigmas hedonistas. D visão materialista sobre a essência. E concepção maniqueísta da realidade. QUESTÃO 66 QUESTÃO 65 OSG.: 5127/20 Página 46 A área do confronto está exatamente na fronteira — chamada de Linha de Controle Real ou LAC (na sigla em inglês) — entre os dois países no vale de Galwan, em Ladakh. Isso ocorre na disputada região da Caxemira, que é altamente militarizada e ponto de frequentes conflitos por causa de reivindicações territoriais concorrentes. BBC NEWS, 16 jun. 2020. A região citada no texto representa uma área de intensa disputa territorial, iniciada A no século XIX, quando os britânicos entraram em confronto com os Cipaios, dominaram a região e se opuseram ao governo de Mao Tsé-tung. B a partir da separação entre Índia e China, em 1947, quando o Partido do Congresso, liderado por Gandhi, assumiu o poder da Índia. C após a revolta dos Boxers, um movimento nacionalista chinês contrário a presença de estrangeiros, cujas consequencias foram sentidas na Caxemira. D no período da Guerra Fria, quando Mao Tsé-tung avançou sobre o território reivindicado pelos chineses, chegando a uma sangrenta (mas breve) guerra em 1962. E durante uma forte divergência entre islâmicos e hinduístas na região, quando ocorreu a independência da Índia e Paquistão. Ontem a Serra Leoa, A guerra, a caça ao leão, O sono dormido à toa Sob as tendas d'amplidão! Hoje... o porão negro, fundo, Infecto, apertado, imundo, Tendo a peste por jaguar... E o sono sempre cortado Pelo arranco de um finado, E o baque de um corpo ao mar... ALVES, C. O navio negreiro, 1869. O texto relaciona-se com uma importante realidade presente na história da formação histórica do Brasil, quando A o país proibiu oficialmente a entrada de africanos escravizados e a sua comercialização em 1866, o que levou
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