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Artigo sobre a coisa julgada no processo civil brasileiro

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA 
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO 
ROBSON SILVA MELO 
ESTUDO SOBRE A COISA JULGADA NO PROCESSO CIVIL 
BRASILEIRO A LUZ DA OBRA “CASO JULGADO E 
TERCEIRO NO PROCESSO CIVIL” 
JUAZEIRO/BA 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA 
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO 
ROBSON SILVA MELO 
ESTUDO SOBRE A COISA JULGADA NO PROCESSO CIVIL 
BRASILEIRO A LUZ DA OBRA “CASO JULGADO E 
TERCEIRO NO PROCESSO CIVIL” 
Trabalho apresentado a Universidade do 
Estado da Bahia - UNEB, Campus III 
Juazeiro-BA, como requisito da 
disciplina de Tópicos Avançados de 
Direito Processual Civil do curso de 
Bacharelado em Direito. Realizado sob 
a orientação do(a) Prof. Iure Pedroza 
Menezes. 
JUAZEIRO/BA 
2020 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................... 4 
2. DESENVOLVIMENTO ....................................................................... 4 
2.1. Coisa Julgada Material .................................................................. 4 
2.2. Coisa Julgada Formal .................................................................... 5 
2.3. Terceiros no processo civil brasileiro ........................................... 5 
2.4. A coisa julgada diante de terceiros ............................................... 6 
3. CONCLUSÃO ....................................................................................... 7 
4. REFERÊNCIAS .................................................................................... 9 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O conceito de coisa julgada é um tema bastante complexo, a respeito do qual 
existem grandes divergências doutrinárias, literalmente ao longo dos séculos. Não existe 
um consenso entre os estudiosos do tema nem quanto ao nome do instituto. No Brasil, é 
consagrada pelo uso e pela legislação a expressão coisa julgada, que seria a tradução 
literal da expressão latina res judicata. Mas em Portugal, prefere-se falar em caso julgado 
– que, no mínimo, é um termo mais didático (e adotado por poucos autores brasileiros). 
A coisa julgada surge por força de uma necessidade prática: evitar a perpetuação 
dos litígios. Em determinado momento é necessário colocar um fim, um ponto final, às 
discussões a respeito de determinado conflito. Assim, o grande objetivo da coisa julgada é 
a estabilidade das relações sociais, a segurança jurídica. 
A coisa julgada está relacionada com a sentença judicial, sendo a mesma irrecorrível, 
ou seja, não admite mais a interposição de qualquer recurso, tornado esta, assim, imutável. 
A imutabilidade acima mencionada apenas se refere à possibilidade do juízo competente, 
a pedido da parte interessada, dar novo provimento judicial. 
Tem como objetivo dar segurança jurídica às decisões judiciais e evitar que os 
conflitos se perpetuem no tempo. A origem da coisa julgada é atribuída ao direito romano, 
a já mencionada "res judicata". A justificativa de tal instituto à época é muito semelhante à 
justificativa atual: pacificação social e segurança jurídica. Uma das finalidades da coisa 
julgada é imprimir segurança aos julgados, evitando que litígios idênticos sejam novamente 
ajuizados, o que geraria desordem e discussões infindáveis. 
A coisa julgada é uma garantia constitucional e encontra amparo no artigo 5º inciso 
XXXVI da Constituição da República Federativa do Brasil, conhecida também como Carta 
Magna, a saber: “A Lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa 
julgada.” 
O objetivo do presente trabalho é traçar concordâncias ou discordâncias a respeito 
da tese -trazida na obra em debate, “Coso Julgado e Terceiros no Processo Civil- de que 
seria possível a imposição da coisa julgada a terceiros. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
A coisa julgada pode ser material ou formal tendo cada uma delas repercussões 
jurídicas próprias e efeitos que lhe são particulares. 
 
2.1. Coisa Julgada Material 
 
Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e indiscutível a 
sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário. A coisa julgada material é 
aquela que advém de uma sentença de mérito, como nas hipóteses estabelecidas pelo 
diploma processual civil nos casos em que juiz decide com resolução do mérito, quando 
acolhe ou rejeita o pedido do autor, o réu reconhece a procedência do pedido; quando as 
5 
 
partes transigirem, quando o juiz pronuncia a decadência ou a prescrição, e quando o autor 
renuncia ao direito sobre que se funda a ação. 
O principal efeito de uma decisão de mérito é a “impossibilidade” da reforma do 
provimento judicial, seja no mesmo processo ou em outro. Verifica-se assim que não se 
pode submeter à mesma demanda ao judiciário, diferentemente da coisa julgada formal. 
Se o autor promove uma ação de reparação de danos, ou outra de qualquer 
natureza, em face do réu, e o juiz julga improcedente o pedido do autor, que não recorre, 
tal decisão é um exemplo de ocorrência da coisa julgada material. 
 
2.2. Coisa Julgada Formal 
 
A coisa julgada formal, por sua vez é a impossibilidade de modificação da sentença 
no mesmo processo, como consequência da preclusão dos recursos. Depois de formada a 
coisa julgada, o juiz não pode mais modificar sua decisão, ainda que se convença de 
posição contrária a que tinha anteriormente adotado. 
Só tem eficácia dentro do processo em que surgiu e, por isso, não impede que o 
tema volte a ser agitado em nova relação processual. É o que se denomina Princípio da 
inalterabilidade do julgamento. 
Todas as sentenças fazem coisa julgada formal, mesmo que não tenham decidido à 
disputa existente entre as partes. 
A coisa julgada formal é aquela que advém de uma sentença terminativa, como nas 
hipóteses em que o processo será extinto pelo juiz, quando indeferir a petição inicial, 
quando o processo ficar parado por negligência das partes, quando, por não promover os 
atos e diligências que lhe competir, o autor abandonar a causa, quando se verificar a 
ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do 
processo, quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa 
julgada, quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade 
jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual, pela convenção de arbitragem, 
quando o autor desistir da ação, quando a ação for considerada intransmissível por 
disposição legal, quando ocorrer confusão entre autor e réu. 
Na obra ora resenhada, debate-se a possibilidade de oposição de um caso julgado 
a um terceiro, entretanto trata de um tipo de especifico de terceiro, aquele que é estranho 
à relação jurídica processual, e muitas vezes (ressalvadas as exceções) são alienígenas a 
relação substancial de direito, mas que acabam sofrendo consequências do efeito 
produzido por uma sentença judicial. Portanto, entendemos necessários fazer algumas 
intervenções sobre o que são terceiros no processo civil brasileiro. 
 
2.3. Terceiros no processo civil brasileiro 
 
No âmbito do processualismo civil brasileiro temos institutos de intervenção em 
procedimentos civis, tendo em vista que tais intervenções devem ser feitas de caráter 
especifico, dentro dos padrões processuais civis e à mercê do Código de Processo Civil 
brasileiro (CPC). 
6 
 
Terceiro em um processo é aquele que não é parte na ação, como autor (quem 
propõe a ação em face do réu, parte ativa no processo) ou réu (aquele a quem é proposta 
uma ação judicial, parte passiva do processo) podendo intervir (entrar/fazer parte) no 
processo quando for juridicamente interessado ou prejudicado no resultado da litis, ou 
quando é responsável e deve responder por algo em uma ação. 
A intervenção de terceiros é o instituto do processo civilque ocorre quando alguém 
entra em uma ação judicial a fim de assistir à parte, se opor ao direito disputado entre as 
partes, quando é corresponsável pelo resultado da ação, quando é nomeado ou chamado 
ao processo para responder sobre o direito que se versa, podendo até se tornar parte no 
processo posteriormente. 
Na obra “Caso Julgado e Terceiro no Processo Civil”, o professor Iure Pedroza, diz 
que o terceiro pode nem fazer parte do litigio na dimensão material da discursão sobre o 
direito em disputa e ainda assim estar limitado pelos efeitos da sentença construída no caso 
concreto: 
“Por vezes, também já o dissemos, esses efeitos ultra partes alcançam terceiros 
(para o processo) que não são terceiros para a relação de direito material. Vale 
dizer: sujeitos que se encontram de alguma forma engajados na relação 
substantiva, mas, com alguma razão, não compõem um dos pólos da relação 
processual. Contudo, há diversas situações em que o terceiro sequer tem ligação 
com a relação jurídica controvertida (PEDROZA, 2018, p.74)” 
Afirma ainda que é um mito a ideia de que a sentença é oponível apenas as partes 
componentes da relação jurídica processual. Vejamos: 
“De antemão, faz-se necessário desmistificar a ideia de que a sentença não produz 
efeitos perante terceiros. Não nos referimos, apenas, aos casos supra informados 
(herdeiros, cessionários, substituído), pois nestes, tais terceiros estão ligados à 
relação material litigiosa. Não queremos nos referir, também, apenas às ações de 
estado, que, por uma conveniência da política jurisdicional, é dotada de efeito erga 
omnes. Nessas situações, seja por uma decorrência lógica, seja por uma imposição 
legal, verifica-se a extensão dos efeitos subjetivos da decisão judicial. 
Pretendemos ir mais longe, para afirmar que todas as sentenças, pelo menos 
abstrata e potencialmente, tem efeitos perante todos. Toda sentença, enquanto ato 
do Estado-juiz, é uma sentença: é uma sentença para as partes e para qualquer 
outra pessoa (terceiros – não importando se se tratam de terceiros somente para o 
processo ou terceiros para a própria relação de direito substantivo). Como ato do 
Estado, a sentença é algo que existe no mundo jurídico e, como tal, não pode ser 
ignorada por qualquer pessoa que seja (PEDROZA, 2018, pp. 74-75).” 
 
2.4. A coisa julgada diante de terceiros 
 
Partido de uma análise do arcabouço normativo nacional, o novo texto processual 
não mais associa ao conceito de coisa julgada material uma espécie de eficácia que torne 
imutável a sentença. A expressão “eficácia”, que nunca foi do agrado dos doutrinadores (no 
sentido que lhe atribuiu o art. 467, sob menção, porque não poderia ter espaço no mesmo 
rol das outras eficácias conhecidas e consentidas por robusta parcela da doutrina: 
declaratória, condenatória, constitutiva, executiva e mandamental), foi suprimida e 
substituída pela expressão “autoridade”. 
Assim, a coisa julgada não é o efeito ou dos efeitos da sentença, e sim uma 
qualidade, uma qualificação particular de tais efeitos, isto é, a sua imutabilidade. 
Independentemente da coisa julgada, a sentença tem sua eficácia natural obrigatória e 
7 
 
imperativa, que deriva simplesmente de sua natureza de ato de autoridade, de ato do 
Estado, mas que está destinada a desaparecer, quando se demonstra que a sentença é 
injusta; a coisa julgada reforça essa eficácia porque torna impossível ou inoperante a 
demonstração de injustiça da sentença. A eficácia natural da sentença atua com relação a 
todos; por outro lado, a coisa julgada só vale entre as partes, pelo que estas suportam a 
sentença sem remédio, ao passo que os terceiros podem destruí-la, demonstrando a sua 
injustiça. Porém, nem todos os terceiros estão habilitados a fazê-lo, e, sim, somente 
aqueles que têm interesse jurídico legítimo em tal sentido. 
Como já esboçado, a coisa julgada em sentido formal é qualidade da sentença, 
quando já não é recorrível por força da preclusão dos recursos, ao passo que a coisa 
julgada em sentido material seria, por sua vez, a sua eficácia específica, e, propriamente, 
a autoridade da coisa julgada, e estaria condicionada à formação da primeira. Todas as 
sentenças são suscetíveis à coisa julgada formal; somente as sentenças que acolhem ou 
rejeitam a demanda no mérito obtêm o resguardo da coisa julgada material. 
A regra romana conservou-se como princípio fundamental: a coisa julgada atinge 
somente as partes não terceiros. Esses não podem ser prejudicados. 
A doutrina, no direito comum, concebia a extensão da autoridade da coisa julgada a 
algumas categorias de terceiros que tivessem, em face da relação jurídica decidida, um 
interesse secundário. A sentença dizia respeito diretamente às partes, mas prejudicava, em 
certa consequência necessária, àqueles, mesmo estranhos ao processo, aos quais o 
negócio jurídico decidido tocasse acessoriamente, mas tão somente a eles. 
Por outro lado, não há que falar em coisa julgada em termos de tutela de urgência, 
seja cautelar ou satisfativa ou ainda de evidência (envolve situações em que se opera mais 
do que o fumus boni iuris, aliada à injustificada demora ao longo de todo o processo 
ordinário até a satisfação do interesse do demandante, com grave desprestígio para o 
Poder Judiciário, porquanto injusta a espera determinada). 
Na tutela de aparência busca-se o provável não a certeza. 
No artigo 303, §6º, do novo Código de Processo Civil atesta-se que a decisão que 
concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será 
afastada por decisão que a rever, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma 
das partes, nos termos do §2º deste artigo. Isso porque qualquer das partes poderá solicitar 
a revisão da decisão concedida por conta de uma tutela de urgência (§2º), mas esse direito 
de rever, reformar, invalidar a tutela antecipada (hipótese de tutela de urgência) extingue-
se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos 
do parágrafo primeiro daquele dispositivo, dando-se a chamada preclusão pro iudicato. 
 
3. CONCLUSÃO 
 
O Autor da obra conclui que: 
“1. Toda e qualquer sentença tem o potencial de surtir efeitos perante terceiros, 
assim considerados os sujeitos que não participam da relação processual, sejam 
sujeitos da relação substantiva ou não; 
2. Reconhecendo esse fenômeno, os sistemas processuais permitem que terceiros 
estranhos à lide ingressem no processo, medida comumente denominada 
8 
 
intervenção de terceiros, sendo que cada ordenamento a regulamenta considerando 
as peculiaridades do direito substantivo e do direito processual; 
3. O caso julgado é instituto necessário para a segurança jurídica, evitando a 
enternização dos conflitos; 
4. Uma vez que o caso julgado torna indiscutível o conteúdo da sentença, em 
princípio, só se aplica às partes; destarte, não obstante possa a sentença implicar 
efeitos para terceiros, estes não devem ser alcançados pelo caso julgado, sob pena 
de ofensa ao princípio do contraditório; 
5. Em certas situações, contudo, o caso julgado alcança terceiros, podendo se tratar 
de terceiros titulares de relação jurídica substantiva indiretamente afetada pela 
sentença e, por vezes, de terceiros que sequer participam da relação material 
litigiosa; 
6. Tal se dá em nome da segurança jurídica, seja pela natureza do direito 
substantivo, seja para evitar conflitos de casos julgados; 
7. As hipóteses de formação de caso julgado em relação a terceiros tem espectro 
menor que o aparentado, pois há terceiros que se convolam em parte processual, 
com a intervenção na lide (terceiros intervenientes); 
8. As situações em que o caso julgado se forma perante terceiro não-interveniente 
são excepcionais, reclamando expressa disposição de lei, que deve estar fundada 
em premissas de manutenção de higidez do sistema jurisdicional. (PEDROZA, 
2018, p.125)” 
A coisa julgada pode ter limites objetivos e subjetivos.Como limites objetivos, 
embora restrita ao julgamento o pedido, a imutabilidade da coisa julgada pode ser 
estendida, se uma das partes o requerer, por meio da chamada ação declaratória incidental, 
a uma questão de direito material que constitua pressuposto necessário do julgamento do 
pedido, a questão prejudicial. 
Como limites subjetivos dizem respeito às pessoas que, em razão da coisa julgada, 
não podem mais discutir a certeza do direito apreciada na sentença. A regra geral, 
decorrente das garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, é a de que a 
coisa julgada somente vincula as partes, porque ninguém pode perder um direito em 
decorrência de um processo judicial em que não teve ampla oportunidade de se defender. 
Portanto, como base em tudo até aqui exposto, não concordamos com a tese de que a 
coisa julgada possa se estender à terceiros completamente estranhos a relação jurídica 
controvertida. É necessário que o terceiro seja tangenciado por algum interesse, seja ele 
processual ou material, para que sofra os efeitos de um provimento jurisdicional emanado 
de sentença. 
9 
 
4. REFERÊNCIAS 
 
Diniz, M. H. Curso de Direito Civil Brasileiro: teoria geral das obrigações. 2004. Vol. 2. 
19 edição. São Paulo: Saraiva. 
 
MENEZES, Iure Pedroza. Caso julgado e terceiros no processo civil: Ensaio 
comparativo entre o direito português e brasileiro. 2ª Ed. Lisboa: Legit Edições, 2018. 
131p. 
 
MOREIRA, José Carlos Barbosa. Eficácia da sentença e autoridade da coisa julgada. 
Revista brasileira de direito processual, v. 32. 
 
RIBEIRO, Adilson Pires. Breves considerações acerca do instituto da coisa julgada à 
luz do novo Código de Processo Civil (Lei 13.105 de 16 de março de 2015). Revista 
Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 23, n. 5425, 9 maio 2018. Disponível em: 
https://jus.com.br/artigos/65936. Acesso em: 17 dez. 2020. 
 
ROMANO, Rogério Tadeu. Limites subjetivos da coisa julgada. Revista Jus Navigandi, 
ISSN 1518-4862, Teresina, ano 23, n. 5443, 27 maio 2018. Disponível em: 
<https://jus.com.br/artigos/62565>. Acesso em: 17 dez. 2020. 
 
PLANALTO. Constituição Federal. 1988. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 17 dez. 
2020. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

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