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Crescimento e Desenvolvimento infantil

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Emanuelly Lopes Cardoso – T9 Página 1 
 
 
 
CRESCIMENTO 
f Aumento do tamanho corporal  cessa com o término 
do ↑ em altura (crescimento linear) 
f É um processo dinâmico e contínuo que ocorre desde a 
concepção até o final da vida, considerando-se os 
fenômenos de substituição e regeneração de tecidos e 
órgãos 
f É um dos melhores indicadores de saúde da criança  
estreita dependência de fatores ambientais 
(alimentação + ocorrência de doenças + cuidados gerais 
e de higiene + condições de habitações e saneamento 
básico + acesso aos serviços de saúde)  reflete as 
condições de vida da criança no passado e presente 
f Processo biológico de multiplicação e aumento do 
tamanho celular, expresso pelo aumento do tamanho 
corporal 
f Fatores que influenciam o crescimento: 
⇨ Fatores intrínsecos = genéticos + metabólicos + 
malformações (pode ser correlacionados  
geneticamente determinados) 
⇨ Fatores extrínsecos = alimentação + saúde + 
higiene + habitação + cuidados gerais 
CRESCIMENTO CEREBRAL 
 
f Ao longo da gestação = acelerada 
f Pós parto = ↓ a velocidade de crescimento cerebral 
f Modificações do perímetro cefálico ↓ 
EVOLUÇÃO DO PESO CEREBRAL COM A IDADE POR SEXO 
Idade Homens (g) Mulheres (g) 
Recém-nascido 380 360 
1 ano 970 940 
2 anos 1120 1040 
3 anos 1270 1090 
10-12 anos 1440 1260 
19-21 anos 1450 1310 
56-60 anos 1370 1250 
PERÍODO EMBRIONÁRIO 
f Estabelecimento de estruturas rudimentares 
f Definição dos maiores compartimentos de SNC e SNP 
PERÍODO FETAL 
f Rápido crescimento e elaboração das estruturas 
corticais e subcorticais (inclui os rudimentos das vias 
nervosas principais) 
f Produção neuronal: de E42 até o meio da gestação 
PERÍODO PÓS-NATAL 
f Mudanças estruturais nas substâncias branca e 
cinzenta 
f Mielinização 
f Poda sináptica 
 
 
ESPECIALIZAÇÃO CEREBRAL 
f Audição: proliferação de redes neuronais muito ativas 
f Subtração: eliminação de redes neuronais pouco ou 
não ativas (poda neuronal) 
f Reorganização: reestruturação de redes neurais para 
acomodar novos conhecimentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crescimento e Desenvolvimento Infantil 
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Emanuelly Lopes Cardoso – T9 Página 2 
 
CRESCIMENTO INTRAUTERINO 
f Maior velocidade de crescimento, ilustrada pelos 
seguintes fatos: 
1. No curto período que vai da concepção até o 
momento da implantação no útero, o ovo 
apresenta várias divisões celulares  ao 
implantar-se, já possui 150 células 
2. Ao final da 8ª semana após a fertilização (cerca 
da 12ª semana de gestação)  termina o período 
embrionário e o concepto já apresenta a forma 
humana com braços e pernas + um coração que 
bate + um sistema nervoso que mostra sinais de 
início de respostas reflexas ao estímulo táctil 
⇨ É neste período (de maior velocidade de 
crescimento) que os riscos externos (agentes 
infecciosos, mal nutrição materna, uso pela mãe 
de tabaco e outras drogas, insuficiente irrigação 
placentária, enfermidades maternas, entre 
outros) de agressão para o feto são maiores, mais 
graves e com repercussões mais generalizadas 
f Exame clínico da gestante  altura do fundo de 
útero para idade gestacional = uma das medidas 
mais importantes para avaliar o crescimento do feto 
⇨ Sua medida padronizada é comparada com um 
padrão de crescimento de peso para idade 
gestacional = permite detectar crianças de risco 
⇨ Valores abaixo do percentil 10 da referência ↑ em 
3,5% do risco de retardo de crescimento 
intrauterino 
⇨ Associação da altura uterina com o ganho de 
peso materno durante a gestação = sensibilidade 
de 75% para predizer bebês pequenos para a 
idade gestacional 
⇨ No caso desses dois indicadores apresentarem 
valores abaixo dos limites padronizados como de 
normalidade, a gestante deve ser referida para 
um nível de maior complexidade assistencial 
DESACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO 
INTRAUTERINO 
f Crescimento em comprimento + peso do feto seguem 
o mesmo padrão  o pico de velocidade de ganho 
ponderal é atingido mais tarde ( 32ª semana – 3º 
trimestre) 
f 34ª-36ª semana = velocidade de crescimento do feto 
começa ↓ devido a influência do espaço da cavidade 
uterina 
f Fetos gemelares ↓ sua velocidade de crescimento 
mais cedo que o feto único  ocorre quando a soma 
do peso dos 2 fetos é ao peso do feto único com 36 
semanas 
f Mecanismo de desaceleração do crescimento 
intrauterino = permite a uma criança geneticamente 
grande crescer no útero de uma mulher pequena e 
apresentar peso de nascimento nos percentis mais 
baixos do que deveria ter pelo seu potencial genético 
de crescimento 
⇨ Crianças geneticamente grandes nascidas de 
mães pequenas que a partir dos primeiros meses 
de vida alcançam percentis de crescimento mais 
altos; 
⇨ Crianças geneticamente pequenas nascidas de 
mães grandes tendem a direcionarem-se para 
percentis mais baixos 
⇨ Durante os 18 primeiros meses de vida muitos 
bebês podem mudar seu canal de crescimento 
para comprimento e peso, mesmo sem a 
ocorrência de patologias ou alterações na sua 
nutrição 
CRESCIMENTO PÓS-NATAL 
AO NASCER 
f Meninos medem 50 cm e meninas 49 cm de 
comprimento (variação de +/- 2 cm) 
f Peso 3.300g 
⇨ Peso < 2.500g  baixo peso 
⇨ Peso entre 2.500g – 3.000g = peso insuficiente 
f Tamanho ao nascer pode indicar se ocorreu algum 
comprometimento no final da gestação ou durante 
um período mais prolongado 
⇨ Pico da velocidade de crescimento em 
comprimento no período intrauterino = 2º 
trimestre da gravidez + do peso no último 
trimestre  se o RN apresenta 
comprometimento só do peso = maior 
probabilidade do agravo ter ocorrido nos meses 
finais da gestação + se há ↓ do comprimento = 
agravo ocorreu há mais tempo 
⇨ Implicação no crescimento  uma lesão crônica 
pode comprometer de forma mais acentuada  
leva à baixa estatura 
f Correlação do tamanho ao nascer é baixa em relação 
à estatura final  o crescimento intrauterino é mais 
dependente das condições nutricionais, de saúde e 
do tamanho da mãe do que do seu potencial genético 
f Durante os 2 primeiros anos de vida  curva de 
crescimento pode mudar de canal mudando de 
percentis = canalização 
⇨ Lactentes em percentis mais baixos da curva + 
potencial genético para serem mais altos  
recuperação a partir das primeiras semanas de 
vida em direção a percentis mais alto 
⇨ Lactentes em percentis mais baixos da curva + 
potencial genético para serem mais baixos  
mudança de canal a partir dos 6 meses 
f Crescimento pós-natal pode ser dividido em 3 fases: 
1. Fase de crescimento rápido + desaceleração 
rápida = 2,5 anos até 3 anos 
2. Fase de crescimento mais estável + 
desaceleração lenta = vai até o início da 
puberdade 
3. Fase puberal + estirão (crescimento rápido até 
atingir o pico + desaceleração posterior) = até 
atingir a altura adulta 
** Em algumas crianças = é observado um pequeno 
estirão entre 7-8 anos de idade = estirão do meio da 
infância 
f A criança cresce: 
⇨ 25cm no primeiro ano  15 cm no 1º semestre 
+ 10 cm no 2º 
Emanuelly Lopes Cardoso – T9 Página 3 
 
⇨ 2º ano = 10 a 12 cm 
⇨ A partir do 3º ano = 5-7 cm por ano  de forma 
oscilante + com ligeiro decréscimo 
⇨ Crescimento ocorre com paradas e saltos = 
podem ocorrer períodos em que a criança não 
cresce 
f Durante a infância = meninas e meninos crescem de 
forma bastante semelhante 
f Durante a puberdade = meninas apresenta o estirão 
 2 anos antes que os meninos + param de crescer 
mais cedo 
f Durante o estirão puberal = pico de velocidade de 
crescimento das meninas = 8,5cm/ano + meninos = 
9,5cm/ano 
f Ao avaliar se uma criança está crescendo bem ou não 
= considerar a velocidade de crescimento do que a 
altura atual 
f Uma forma indireta de se inferir a velocidade é pela 
disposição de mais de uma medida na curva com 
algum intervalo que se exclua o erro de medida: 
⇨ Se as medidas registradas no gráfico 
acompanharem a inclinação das curvasdo gráfico 
= sugestivo de que a criança está crescendo bem 
A velocidade de crescimento geral não é uniforme ao 
longo dos anos e os diferentes órgãos, tecidos e partes do 
corpo não crescem com a mesma velocidade. 
 
MATURAÇÃO ESQUELÉTICA 
f Diferenças no ritmo de crescimento podem ser 
agrupadas em 3 grupos genéticos genéricos: 
1. Maturadores rápidos 
2. Maturadores médios 
3. Maturadores lentos 
f Essas diferenças de maturação refletem-se inclusive 
nos estirões puberais  os rápidos e os médios 
apresentam picos mais altos, e os lentos, picos mais 
baixos 
f Maturadores lentos = estirão puberal mais tarde  
chega a ter alturas abaixo da distribuição da 
referência + apresentam velocidades abaixo de 5 
cm/ano (velocidade de alerta a partir dos 3,5 anos 
para suspeitar de alguma doença endócrina) 
f Maneira mais adequada de avaliar a maturação = 
radiografia da mão e do punho esquerdos (avaliação 
de Greulich-Pyle + método de Tanner – TW2 foram 
elaborados com radiografias desse lado) 
f Método de Greulich-Pyle = radiologista compara a 
radiografia do paciente com os modelos 
apresentados no atlas + avalia com qual idade se 
parece 
f TW2 = menos utilizado  emprega um 
procedimento mais trabalhoso = envolve atribuir 
pontos para os diferentes estágios de 
desenvolvimento dos ossos do punho e da mão 
f Ao final da avaliação = procede-se à soma dos pontos 
e uma tabela informa a idade provável 
f Aceita-se que a idade óssea apresenta, em relação à 
idade cronológica, uma variação de +/- 2 anos 
f A maioria das doenças atrasa a idade óssea, mas 
hipertireoidismo, obesidade e hormônios sexuais 
adiantam 
f Fechamento completo das epífises = indica que a 
pessoa parou de crescer  esses métodos sugerem é 
o quanto ainda o paciente pode crescer 
PUBERDADE 
Na avaliação da puberdade, costuma-se utilizar a 
avaliação das características das mamas e dos pelos 
púbicos nas meninas e das características dos genitais e 
dos pelos púbicos nos meninos 
MAMAS 
⇨ Estágio 1: pré-adolescente, apenas elevação do 
mamilo. 
⇨ Estágio 2: estágio do botão mamário, elevação da 
mama e do mamilo, como um pequeno monte. O 
diâmetro da aréola apresenta-se um pouco maior que 
no estágio 1. 
⇨ Estágio 3: tanto a mama quanto a aréola estão maiores 
e mais elevadas que no estágio 2, mas sem distinção. 
⇨ Estágio 4: a aréola e a papila formam um contorno 
secundário, destacando-se do resto da mama. 
⇨ Estágio 5: estágio maduro, apenas o mamilo se 
projetando, com a aréola seguindo o contorno da 
mama. 
GENITAIS 
⇨ Estágio 1: pré-adolescente, testículos, escroto e pênis 
de tamanho e forma infantis. 
⇨ Estágio 2: escroto apresenta-se levemente aumentado, 
com pele mais escura e mudança de textura. Pênis sem 
aumento ou pouco aumentado. 
⇨ Estágio 3: pênis apresenta aumento, principalmente 
em comprimento. Escroto maior que no estágio 
anterior. 
⇨ Estágio 4: pênis aumentado em comprimento e 
largura, e desenvolvimento da glande. Escroto maior 
que no estágio 3; pele do escroto mais escura e 
enrugada que nos estágios anteriores. 
⇨ Estágio 5: genitália adulta em tamanho e forma. 
 
Emanuelly Lopes Cardoso – T9 Página 4 
 
PELOS PÚBICOS NAS MENINAS E NOS MENINOS 
⇨ Estágio 1: pré-adolescente, sem pelos púbicos. 
⇨ Estágio 2: pelos finos, longos, lisos ou curvos, 
esparsos, mas com maior concentração próximo à 
base do pênis ou ao longo dos lábios. 
⇨ Estágio 3: mais escuros, espessos e curvos, os pelos 
espalham-se pelo púbis. 
⇨ Estágio 4: pelos do tipo adulto, mas em menor 
quantidade. Não atingem as coxas. 
⇨ Estágio 5: pelos do tipo adulto em quantidade e tipo. 
 
f Tamanho dos testículos pode ser avaliado pelo 
orquidômetro de Prader = conjunto de bolas de forma 
elíptica, que vão de 1 cm3 até 25 cm3 
f Até 3 cm3 considera-se que o menino ainda tem 
características infantis 
f Puberdade = começa com o aumento do testículo e isso se 
inicia com 4 cm3 
f Estirão puberal =tem início quando o volume testicular 
atinge 8 cm3 
f Na menina, a puberdade começa com o aumento da 
velocidade de crescimento e a menarca normalmente 
ocorre quando a velocidade já ultrapassou o pico 
MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO 
f Avaliação do crescimento da criança = fundamental 
f Acompanhamento do peso + da altura 
(comprimento) + do perímetro craniano (3 
primeiros anos de vida) = orienta sobre as condições 
de saúde do paciente 
f OMS + UNICEF (década de 80) = monitorização do 
crescimento como uma das ações básicas de saúde 
f MS + SBP = defendem a prática de realizar o 
acompanhamento do crescimento como rotina do 
atendimento à criança 
f A avaliação do crescimento na rotina de atenção à 
criança visa a três aspectos fundamentais: 
⇨ Detectar precocemente o que está afetando o 
crescimento do paciente para inferir e obter a sua 
recuperação; 
⇨ Identificar as variações da normalidade, 
tranquilizar a criança e a família, evitando 
possíveis intervenções prejudiciais; 
⇨ Identificar problemas que não podem ser 
curados, mas que possam ser minimizados, e 
prover apoio ao paciente e à família ao lidar com 
as dificuldades. 
CURVAS DE CRESCIMENTO 
Atualmente, têm ampla divulgação dois conjuntos de 
curvas: um elaborado pelo Centers for Disease Control 
and Prevention (CDC 2000) e outro pela OMS 
CURVA DO CDC 2000 
f Reelaboração da curva do NCHS 1977 
f Após alguns anos de uso e uma série de críticas à sua 
representatividade das condições de crescimento em 
geral, tentando corrigir essas críticas 
 
CURVA DA OMS 
f Elaborada dentro de um projeto envolvendo 6 
cidades de 6 países: Brasil (Pelotas), Gana (Accra), 
Índia (Nova Déli), Noruega (Oslo), Omã (Muscat) e 
Estados Unidos (Davis) 
** Os dois conjuntos de curvas são obtidos livremente 
acessando os sites específicos do CDC e da OMS. 
f O MS do Brasil adotou as curvas da OMS, e são elas 
que fazem parte da caderneta de saúde da criança 
f São apresentadas curvas do nascimento até 2 anos, 
dos 3 aos 5 e dos 5 aos 20 (para comprimento/altura 
+ IMC) + para o peso até os 10 anos (para os sexos 
masculino e feminino) 
f Curvas dos 2 primeiros anos de vida = foram 
construídas acompanhando o crescimento de forma 
longitudinal, desde o nascimento até os 2 anos de 
idade, de crianças de bom nível social, cujas mães 
não fumaram durante a gravidez e que foram 
amamentadas de forma exclusiva ou predominante 
até 4 a 6 meses de idade 
f A partir dos 2 anos, o estudo foi transversal 
DESENVOLVIMENTO 
f Capacidade do indivíduo de realizar funções com 
crescente complexidade ou como uma sequência de 
mudanças na conduta sensorial e motora, na 
resposta afetiva, na inteligência, na linguagem, no 
aprendizado + tem como finalidade tornar a criança 
capaz de responder às suas necessidades e às do seu 
meio, considerando seu contexto familiar e social. 
f O desenvolvimento humano emerge da interação 
com os fatores ambientais  é fundamental que 
ocorra uma ampla + adequada variação de estímulos 
e experiências para favorecer todo o seu potencial 
f O sucesso do desenvolvimento depende (ponto de 
vista biológico) da integridade dos vários órgãos e 
sistemas que concorrem para lhe condicionar  
principalmente o sistema nervoso (participa de toda 
a ordenação funcional que o individuo experimenta) 
f Tecido nervoso cresce + amadurece principalmente 
nos primeiros anos de vida  período mais 
vulnerável aos agravos e adversidades que podem 
ocasionar prejuízos nos processos em 
desenvolvimentos 
f Primeiros anos de vida = período de grande 
plasticidade  época em que a crianças melhor 
responde aos estímulos que recebe e às intervenções 
AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO 
f Processo contínuo de acompanhamento das 
atividades relativas ao potencial de cada criança 
f Tem em vista à detecção precoce de desvios ou 
atrasos 
f Pode ser realizada de forma sistemática por meio de 
testes ou escalas 
f Caderneta de Saúde da Criança = disponibiliza uma 
sistematização para vigilância do desenvolvimento 
infantilaté os 3 anos de idade  permite 
Emanuelly Lopes Cardoso – T9 Página 5 
 
acompanhar a aquisição dos principais marcos do 
desenvolvimento + com base na presença ou 
ausência de alguns fatores de risco e de alterações 
fenotípicas, a caderneta orienta para tomadas de 
decisão 
f Deve ser realizada em todas as visitas de 
puericultura de forma individualizada + 
compartilhada com a família 
f É necessário o conhecimento do contexto familiar + 
social no qual a criança está inserida: 
⇨ Desde quando foi gerada + se foi planejada ou 
não 
⇨ As fantasias da mãe durante a gestação 
⇨ Quem é o responsável pelos seus cuidados 
⇨ Como é a rotina da criança 
⇨ Quais mudanças ocorreram nas relações 
familiares após seu nascimento 
⇨ Saber qual a opinião da mãe em relação ao 
processo de desenvolvimento de seu filho 
f A análise processa-se por toda a duração do 
atendimento  observar o comportamento da 
família e da criança: 
⇨ Quem traz a criança 
⇨ Como ela é carregada + sua postura + seu 
interesse pelo ambiente 
⇨ Interação com as pessoas 
⇨ Observar o vínculo entre a criança e a mãe 
TIPOS/DOMÍNIOS 
f Desenvolvimento auditivo 
f Desenvolvimento visual 
f Desenvolvimento motor 
⇨ Habilidades motoras grosseiras 
⇨ Habilidades motoras finas 
f Desenvolvimento da função manual 
f Desenvolvimento cognitivo 
f Desenvolvimento de linguagem 
f Desenvolvimento da motricidade orofacial 
Esses domínios influenciam-se entre si + têm como eixo 
integrador a subjetividade, função de dimensão psíquica 
que se particulariza e possibilita a singularidade de cada 
um dos seres humanos. 
DESENVOLVIMENTO MOTOR 
f Funções relacionadas ao desenvolvimento do SNC 
⇨ Funções reflexas 
⇨ Funções complexas e voluntárias 
f As etapas do desenvolvimento motor evoluem de 
forma gradativa e organizada, sendo consequências 
das precedentes e necessária para aquisição da 
próxima 
Avaliação do desenvolvimento motor: 
f Motricidade 
f Tônus muscular 
⇨ Primeiro padrão flexor (padrão flexor próprio do 
RN) 
⇨ Primeiro padrão extensor (4 meses) 
⇨ Segundo padrão flexor (6 meses) 
⇨ Segundo padrão extensor (definitivo) 
Desenvolvimento Motor 
0 meses Postura fetal 
1 mês Levantar o queixo 
2 meses Levantar o peito 
3 meses Procurar agarrar + deixar escapar 
4 meses Sentar-se com apoio 
5 meses Sentar-se no colo 
6 meses Sentar em cadeira alta + agarrar objetos/móveis 
7 meses Sentar-se sozinho 
8 meses Ficar com ajuda 
9 meses Ficar em pé apoiado na mobília 
10 meses Engatinhar 
11 meses Andar quando guiado 
12 meses Ficar em pé com auxilio da mobília 
13 meses Subir degraus de escada 
14 meses Ficar em pé sozinho 
15 meses Andar sozinho 
 
Recém-nascido 
f Padrão motor muito imaturo  presença do reflexo tônico 
cervical assimétrico = confere postura assimétrica, com 
predomínio do tônus flexor nos membros + intensa hipotonia na 
musculatura paravertebral 
f Reflexos = sucção + preensão palmar + plantar e da marcha = 
passarão em poucos meses a ser atividades voluntárias 
f Reflexos como o de Moro + tônico cervical assimétrico 
desaparecem em breve  não devem persistir no 2º semestre de 
vida 
f Durante os primeiros meses = ↓ progressiva do tônus flexor + 
substituição pelo padrão extensor  direção craniocaudal 
 
A partir do 2º semestre 
f Não ocorre mais predomínio de padrão flexor ou extensor  
alternância entre os tônus: 
⇨ Primeiramente = a criança consegue rolar 
⇨ Posteriormente (após dissociação dos movimentos entre as 
cinturas escapular pélvica) = a criança consegue mudar da 
posição deitada para sentada 
3º trimestre 
f Criança adquire a posição ortostática 
f Apoio progressivo na musculatura dos braços  permite o apoio 
nos antebraços + primeiras tentativas de engatinhar 
f Algumas crianças podem andar sem engatinhas 
Desenvolvimento motor fino = sentido proximodistal 
f Nascimento = criança fica com as mãos fechadas na maior parte 
do tempo 
f 3 meses (↓ do tônus flexor) = mãos ficam abertas por período 
maior de tempo + conseguem agarrar objetos (mas são incapazes 
de soltá-los) 
f 5º-6º meses = conseguem apreender um objeto voluntariamente 
+ iniciam o movimento de pinça (será aprimorado 
progressivamente até tornar-se completo  polpa com polpa) 
 
Emanuelly Lopes Cardoso – T9 Página 6 
 
f Do ponto de vista da maturação, o desenvolvimento 
neurológico não acontece de maneira arbitrária, mas 
de acordo com um plano contido no potencial 
genético, através de etapas previsíveis e pré-
determinadas, no sentido cefalocaudal e do centro 
para a periferia 
⇨ Primeira musculatura a ser controlada = ocular + 
depois há controle progressivo da musculatura 
para a sustentação da cabeça e depois do tronco 
⇨ Quadril + os membros inferiores = últimos a 
amadurecer 
REFLEXOS PRIMITIVOS 
f Padrões estereotipados de resposta motora sob 
estímulos específicos presentes desde a vida 
intrauterina de origem mesoencefálica + 
desaparecem por inibição progressiva da 
organização cervical superior em períodos definidos 
f Sua persistência + ausência + intensidade de 
aparecimento pode levantar suspeita de alguma 
disfunção neurológica 
 
f Reflexo de Moro = durante este, observa-se uma 
abdução e extensão dos membros superiores com 
abertura das mãos seguida de uma adução e flexão 
cruzada destes membros  naturalmente é 
desencadeado por um susto/barulho/movimento 
brusco 
f Reflexos de busca = abre a boca e vira a cabeça em 
direção ao estímulo 
DESENVOLVIMENTO AUDITIVO 
Resposta ao som 
f 0-3 meses = resposta de sobressalto ou de Moro 
f 3-6 meses = pode virar lentamente a cabeça 
f 6-9 meses = gira a cabeça para a fonte 
f 9-13 meses = começa a localizar o som acima e 
abaixo 
f > 16 meses = localiza diretamente os sons para o 
lado + para baixo + para cima 
f > 24 meses = responde diretamente para todos os 
lados 
Avaliação da audição 
⇨ Audição inicia-se no 5º mês de gestação 
⇨ Ao nascimento a criança já está familiarizada cm ruídos do 
organismo materno + com as vozes de seus familiares 
⇨ Perguntar se o bebê se assusta/chora/acorda com sons intensos e 
repentinos + se é capaz de reconhecer e se acalmar com a voz 
materna + se procura a origem dos sons 
⇨ Avaliação objetiva = pode ser feita com várias frequências de 
estímulos sonoros  Brasil = obrigatória a realização da triagem 
auditiva neonatal para todos os RNs (teste da orelhinha  
emissões otoacústicas evocadas) 
DESENVOLVIMENTO VISUAL 
f Ao nascimento a densidade de cones é bastante 
baixa (às vezes metade do número do adulto) 
f Mielinização do nervo óptico termina entre os 7 
meses e os 2 anos de vida 
f Integridade da retina (ponto de vista 
histofisiológico) = pode ocorrer até os 4 anos de 
idade 
f Maturação do sistema visual = continua ocorrendo 
até aproximadamente o 8º ou 10º ano de vida  os 
5 primeiros anos são os mais importantes 
f Ao nascer = breve fixação visual + tentativas de 
seguir objeto em trajetória vertical 
f 1 mês = contato e fixação visual por alguns 
segundos + seguimento visual horizontal – 60 graus 
f 2 meses = fixação visual estável + seguimento visual 
vertical 
f 3 meses = desenvolve acomodação e convergência + 
observa as mãos + tenta alcançar objetos + segue luz 
e objetos 
f 6 meses = acuidade visual bem desenvolvida + 
reconhece familiar 
f 12 meses = reconhece figuras + explora detalhes de 
objetos 
f 24 meses = muda o foco da visão + reconhece 
lugares e o próprio rosto + aponta objetos distantes 
f 36 meses = percepção de profundidade + tenta 
copiar retas e círculos 
Avaliação do sistema visual 
⇨ Perguntar aos familiares se a criança focaliza objetos e os segue 
com o olhar + se prefere o rosto materno 
⇨ Desde os primeiros dias de vida o RN consegue focalizar um objeto 
a poucos centímetros de seu campo visual + preferência pelo rosto 
humano 
⇨ Exame dos olhos = atentar ao tamanho das pupilas + pesquisar o 
reflexo fotomotor bilateralmente + reflexo vermelho (avalia a 
transparência dos meios  se suspeita de opacidades =encaminhar para exame oftalmológico minucioso) 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E LINGUAGEM 
f 1 mês = vocaliza 
f 3 meses = grita 
f 5 meses = vira para voz 
f 7 meses = imita sons de conversa 
f 12 meses = diz uma palavra (fim da fase pré-
linguística) 
f 18 meses = diz 6 palavras 
f 21 meses = combina palavras 
f 3 anos = sabe 2 adjetivos + fala tudo entendível + 
relata eventos 
f 4 anos = diz palavras opostas 
Comunicação 
⇨ Interação social + olhar + sorriso (presentes desde o 
nascimento) = formas de comunicação 
⇨ Entre a 4ª-6ª semana de vida = surge o “sorriso social”  
desencadeado por estímulos (principalmente pela face humana) 
⇨ 2º semestre de vida = criança não responde mais com um sorriso 
a qualquer adulto  passa a distinguir o familiar do estranho 
Emanuelly Lopes Cardoso – T9 Página 7 
 
⇨ A criança pode manifestar um amplo espectro de 
comportamentos que expressam o medo e a recusa de entrar em 
contato com o estranho 
Linguagem 
⇨ Primeiros meses de vida = bebê expressa-se por meio de sua 
mímica facial + pelo choro 
⇨ 2º-3º mês = criança inicia a emissão de arrulhos 
⇨ 6 meses = balbucio ou sons bilabiais  repetições são realizadas 
pelo prazer de se escutar 
⇨ 9-10 meses = emite balbucios com padrão de entonação 
semelhantes à linguagem de seu meio cultural 
⇨ Linguagem gestual = aparece no 2º semestre de vida + é fruto da 
significação dada pelos adultos do seu meio 
f Comum a criança apontar + obedecer aos comandos verbais 
(bater palmas + acenar + jogar beijinhos) 
⇨ 12 meses de idade = surgem as primeiras palavras  palavras-
frase 
⇨ 18 meses = a criança inicia frases simples + a partir daí, ocorre um 
↑ em seu repertório de palavras 
⇨ Nessa fase, também começa o diálogo com troca de turnos  a 
criança fala e depois aguarda a resposta do outro para nova 
interferência 
CONDIÇÕES BIOLÓGICAS DE RISCO PARA 
ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO 
f Prematuridade 
f Asfixia perinatal 
f Hemorragia intraventricular 
f Displasia broncopulmonar 
f Distúrbios bioquímicos  hipoglicemia + 
policetemia + hiperbilirrubinemia 
f Malformações congênitas 
f Infecções congênitas 
f Restrição ao crescimento intrauterina 
f Mães usuárias de drogas 
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO 
f Instrumentos de avaliação motora: 
⇨ Test of Motor Performance (TIMP) 
⇨ Alberta Infant Motor Scale 
⇨ Motor Assesment of the Developmental Infant 
⇨ General Movements 
f Métodos de avaliação de desenvolvimento: 
⇨ Gessel 
⇨ Escala de Nancy Bayley para bebês (Bayrey III) 
⇨ Teste de Triagem de Desenvolvimento de Denver 
(Denver II) 
NORMATIZAÇÃO SEGUNDO GESSEL 
f Comportamento motor = aquisições motoras como: 
sustentar a cabeça, sentar, engatinhar, andar + 
atividades das mãos em pegar e manipular objetos 
f Comportamento adaptativo = organização e 
adaptação sensório-motora frente aos estímulos + 
estando intimamente relacionado aos aspectos 
cognitivos 
f Comportamento de linguagem = comunicação verbal 
e/ou não verbal para compreensão e expressão 
f Comportamento pessoal-social = reações da criança 
relacionadas a sua cultura social (influenciadas pelo 
ambiente) 
 
INTERPRETAÇÃO DO TESTE DE TRIAGEM DE 
DESENVOLVIMENTO DE DENVER (DENVER II) 
 
Resultados 
f Normal 
f Suspeito 
f Anormal 
f Não-testável 
 
Na anamnese = história fisiológica 
f Desenvolvimento (ficha de Denver/recordatário)  
atentar para os marcos do desenvolvimento, 
exemplo: 
⇨ Pessoal-social = não sabe informar quando foi o 
sorriso social e “dar tchau” 
⇨ Motor fino: rabiscos (1 ano) e movimento de 
pinça (10 meses) 
⇨ Linguagem = falar mamãe e papai (10 meses) 
⇨ Motor grosso = sentar sem apoio (5 meses) e 
andou (12 meses) 
⇨ Condições neuropsíquicas = sono tranquilo, passa 
à tarde na escola

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