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Emanuelly Lopes Cardoso – T9 Página 1 CRESCIMENTO f Aumento do tamanho corporal cessa com o término do ↑ em altura (crescimento linear) f É um processo dinâmico e contínuo que ocorre desde a concepção até o final da vida, considerando-se os fenômenos de substituição e regeneração de tecidos e órgãos f É um dos melhores indicadores de saúde da criança estreita dependência de fatores ambientais (alimentação + ocorrência de doenças + cuidados gerais e de higiene + condições de habitações e saneamento básico + acesso aos serviços de saúde) reflete as condições de vida da criança no passado e presente f Processo biológico de multiplicação e aumento do tamanho celular, expresso pelo aumento do tamanho corporal f Fatores que influenciam o crescimento: ⇨ Fatores intrínsecos = genéticos + metabólicos + malformações (pode ser correlacionados geneticamente determinados) ⇨ Fatores extrínsecos = alimentação + saúde + higiene + habitação + cuidados gerais CRESCIMENTO CEREBRAL f Ao longo da gestação = acelerada f Pós parto = ↓ a velocidade de crescimento cerebral f Modificações do perímetro cefálico ↓ EVOLUÇÃO DO PESO CEREBRAL COM A IDADE POR SEXO Idade Homens (g) Mulheres (g) Recém-nascido 380 360 1 ano 970 940 2 anos 1120 1040 3 anos 1270 1090 10-12 anos 1440 1260 19-21 anos 1450 1310 56-60 anos 1370 1250 PERÍODO EMBRIONÁRIO f Estabelecimento de estruturas rudimentares f Definição dos maiores compartimentos de SNC e SNP PERÍODO FETAL f Rápido crescimento e elaboração das estruturas corticais e subcorticais (inclui os rudimentos das vias nervosas principais) f Produção neuronal: de E42 até o meio da gestação PERÍODO PÓS-NATAL f Mudanças estruturais nas substâncias branca e cinzenta f Mielinização f Poda sináptica ESPECIALIZAÇÃO CEREBRAL f Audição: proliferação de redes neuronais muito ativas f Subtração: eliminação de redes neuronais pouco ou não ativas (poda neuronal) f Reorganização: reestruturação de redes neurais para acomodar novos conhecimentos Crescimento e Desenvolvimento Infantil M a tu ra ç ã o n e u ro n a l D e se n v o lv im e n to si n á p ti c o c e re b ra l Emanuelly Lopes Cardoso – T9 Página 2 CRESCIMENTO INTRAUTERINO f Maior velocidade de crescimento, ilustrada pelos seguintes fatos: 1. No curto período que vai da concepção até o momento da implantação no útero, o ovo apresenta várias divisões celulares ao implantar-se, já possui 150 células 2. Ao final da 8ª semana após a fertilização (cerca da 12ª semana de gestação) termina o período embrionário e o concepto já apresenta a forma humana com braços e pernas + um coração que bate + um sistema nervoso que mostra sinais de início de respostas reflexas ao estímulo táctil ⇨ É neste período (de maior velocidade de crescimento) que os riscos externos (agentes infecciosos, mal nutrição materna, uso pela mãe de tabaco e outras drogas, insuficiente irrigação placentária, enfermidades maternas, entre outros) de agressão para o feto são maiores, mais graves e com repercussões mais generalizadas f Exame clínico da gestante altura do fundo de útero para idade gestacional = uma das medidas mais importantes para avaliar o crescimento do feto ⇨ Sua medida padronizada é comparada com um padrão de crescimento de peso para idade gestacional = permite detectar crianças de risco ⇨ Valores abaixo do percentil 10 da referência ↑ em 3,5% do risco de retardo de crescimento intrauterino ⇨ Associação da altura uterina com o ganho de peso materno durante a gestação = sensibilidade de 75% para predizer bebês pequenos para a idade gestacional ⇨ No caso desses dois indicadores apresentarem valores abaixo dos limites padronizados como de normalidade, a gestante deve ser referida para um nível de maior complexidade assistencial DESACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO INTRAUTERINO f Crescimento em comprimento + peso do feto seguem o mesmo padrão o pico de velocidade de ganho ponderal é atingido mais tarde ( 32ª semana – 3º trimestre) f 34ª-36ª semana = velocidade de crescimento do feto começa ↓ devido a influência do espaço da cavidade uterina f Fetos gemelares ↓ sua velocidade de crescimento mais cedo que o feto único ocorre quando a soma do peso dos 2 fetos é ao peso do feto único com 36 semanas f Mecanismo de desaceleração do crescimento intrauterino = permite a uma criança geneticamente grande crescer no útero de uma mulher pequena e apresentar peso de nascimento nos percentis mais baixos do que deveria ter pelo seu potencial genético de crescimento ⇨ Crianças geneticamente grandes nascidas de mães pequenas que a partir dos primeiros meses de vida alcançam percentis de crescimento mais altos; ⇨ Crianças geneticamente pequenas nascidas de mães grandes tendem a direcionarem-se para percentis mais baixos ⇨ Durante os 18 primeiros meses de vida muitos bebês podem mudar seu canal de crescimento para comprimento e peso, mesmo sem a ocorrência de patologias ou alterações na sua nutrição CRESCIMENTO PÓS-NATAL AO NASCER f Meninos medem 50 cm e meninas 49 cm de comprimento (variação de +/- 2 cm) f Peso 3.300g ⇨ Peso < 2.500g baixo peso ⇨ Peso entre 2.500g – 3.000g = peso insuficiente f Tamanho ao nascer pode indicar se ocorreu algum comprometimento no final da gestação ou durante um período mais prolongado ⇨ Pico da velocidade de crescimento em comprimento no período intrauterino = 2º trimestre da gravidez + do peso no último trimestre se o RN apresenta comprometimento só do peso = maior probabilidade do agravo ter ocorrido nos meses finais da gestação + se há ↓ do comprimento = agravo ocorreu há mais tempo ⇨ Implicação no crescimento uma lesão crônica pode comprometer de forma mais acentuada leva à baixa estatura f Correlação do tamanho ao nascer é baixa em relação à estatura final o crescimento intrauterino é mais dependente das condições nutricionais, de saúde e do tamanho da mãe do que do seu potencial genético f Durante os 2 primeiros anos de vida curva de crescimento pode mudar de canal mudando de percentis = canalização ⇨ Lactentes em percentis mais baixos da curva + potencial genético para serem mais altos recuperação a partir das primeiras semanas de vida em direção a percentis mais alto ⇨ Lactentes em percentis mais baixos da curva + potencial genético para serem mais baixos mudança de canal a partir dos 6 meses f Crescimento pós-natal pode ser dividido em 3 fases: 1. Fase de crescimento rápido + desaceleração rápida = 2,5 anos até 3 anos 2. Fase de crescimento mais estável + desaceleração lenta = vai até o início da puberdade 3. Fase puberal + estirão (crescimento rápido até atingir o pico + desaceleração posterior) = até atingir a altura adulta ** Em algumas crianças = é observado um pequeno estirão entre 7-8 anos de idade = estirão do meio da infância f A criança cresce: ⇨ 25cm no primeiro ano 15 cm no 1º semestre + 10 cm no 2º Emanuelly Lopes Cardoso – T9 Página 3 ⇨ 2º ano = 10 a 12 cm ⇨ A partir do 3º ano = 5-7 cm por ano de forma oscilante + com ligeiro decréscimo ⇨ Crescimento ocorre com paradas e saltos = podem ocorrer períodos em que a criança não cresce f Durante a infância = meninas e meninos crescem de forma bastante semelhante f Durante a puberdade = meninas apresenta o estirão 2 anos antes que os meninos + param de crescer mais cedo f Durante o estirão puberal = pico de velocidade de crescimento das meninas = 8,5cm/ano + meninos = 9,5cm/ano f Ao avaliar se uma criança está crescendo bem ou não = considerar a velocidade de crescimento do que a altura atual f Uma forma indireta de se inferir a velocidade é pela disposição de mais de uma medida na curva com algum intervalo que se exclua o erro de medida: ⇨ Se as medidas registradas no gráfico acompanharem a inclinação das curvasdo gráfico = sugestivo de que a criança está crescendo bem A velocidade de crescimento geral não é uniforme ao longo dos anos e os diferentes órgãos, tecidos e partes do corpo não crescem com a mesma velocidade. MATURAÇÃO ESQUELÉTICA f Diferenças no ritmo de crescimento podem ser agrupadas em 3 grupos genéticos genéricos: 1. Maturadores rápidos 2. Maturadores médios 3. Maturadores lentos f Essas diferenças de maturação refletem-se inclusive nos estirões puberais os rápidos e os médios apresentam picos mais altos, e os lentos, picos mais baixos f Maturadores lentos = estirão puberal mais tarde chega a ter alturas abaixo da distribuição da referência + apresentam velocidades abaixo de 5 cm/ano (velocidade de alerta a partir dos 3,5 anos para suspeitar de alguma doença endócrina) f Maneira mais adequada de avaliar a maturação = radiografia da mão e do punho esquerdos (avaliação de Greulich-Pyle + método de Tanner – TW2 foram elaborados com radiografias desse lado) f Método de Greulich-Pyle = radiologista compara a radiografia do paciente com os modelos apresentados no atlas + avalia com qual idade se parece f TW2 = menos utilizado emprega um procedimento mais trabalhoso = envolve atribuir pontos para os diferentes estágios de desenvolvimento dos ossos do punho e da mão f Ao final da avaliação = procede-se à soma dos pontos e uma tabela informa a idade provável f Aceita-se que a idade óssea apresenta, em relação à idade cronológica, uma variação de +/- 2 anos f A maioria das doenças atrasa a idade óssea, mas hipertireoidismo, obesidade e hormônios sexuais adiantam f Fechamento completo das epífises = indica que a pessoa parou de crescer esses métodos sugerem é o quanto ainda o paciente pode crescer PUBERDADE Na avaliação da puberdade, costuma-se utilizar a avaliação das características das mamas e dos pelos púbicos nas meninas e das características dos genitais e dos pelos púbicos nos meninos MAMAS ⇨ Estágio 1: pré-adolescente, apenas elevação do mamilo. ⇨ Estágio 2: estágio do botão mamário, elevação da mama e do mamilo, como um pequeno monte. O diâmetro da aréola apresenta-se um pouco maior que no estágio 1. ⇨ Estágio 3: tanto a mama quanto a aréola estão maiores e mais elevadas que no estágio 2, mas sem distinção. ⇨ Estágio 4: a aréola e a papila formam um contorno secundário, destacando-se do resto da mama. ⇨ Estágio 5: estágio maduro, apenas o mamilo se projetando, com a aréola seguindo o contorno da mama. GENITAIS ⇨ Estágio 1: pré-adolescente, testículos, escroto e pênis de tamanho e forma infantis. ⇨ Estágio 2: escroto apresenta-se levemente aumentado, com pele mais escura e mudança de textura. Pênis sem aumento ou pouco aumentado. ⇨ Estágio 3: pênis apresenta aumento, principalmente em comprimento. Escroto maior que no estágio anterior. ⇨ Estágio 4: pênis aumentado em comprimento e largura, e desenvolvimento da glande. Escroto maior que no estágio 3; pele do escroto mais escura e enrugada que nos estágios anteriores. ⇨ Estágio 5: genitália adulta em tamanho e forma. Emanuelly Lopes Cardoso – T9 Página 4 PELOS PÚBICOS NAS MENINAS E NOS MENINOS ⇨ Estágio 1: pré-adolescente, sem pelos púbicos. ⇨ Estágio 2: pelos finos, longos, lisos ou curvos, esparsos, mas com maior concentração próximo à base do pênis ou ao longo dos lábios. ⇨ Estágio 3: mais escuros, espessos e curvos, os pelos espalham-se pelo púbis. ⇨ Estágio 4: pelos do tipo adulto, mas em menor quantidade. Não atingem as coxas. ⇨ Estágio 5: pelos do tipo adulto em quantidade e tipo. f Tamanho dos testículos pode ser avaliado pelo orquidômetro de Prader = conjunto de bolas de forma elíptica, que vão de 1 cm3 até 25 cm3 f Até 3 cm3 considera-se que o menino ainda tem características infantis f Puberdade = começa com o aumento do testículo e isso se inicia com 4 cm3 f Estirão puberal =tem início quando o volume testicular atinge 8 cm3 f Na menina, a puberdade começa com o aumento da velocidade de crescimento e a menarca normalmente ocorre quando a velocidade já ultrapassou o pico MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO f Avaliação do crescimento da criança = fundamental f Acompanhamento do peso + da altura (comprimento) + do perímetro craniano (3 primeiros anos de vida) = orienta sobre as condições de saúde do paciente f OMS + UNICEF (década de 80) = monitorização do crescimento como uma das ações básicas de saúde f MS + SBP = defendem a prática de realizar o acompanhamento do crescimento como rotina do atendimento à criança f A avaliação do crescimento na rotina de atenção à criança visa a três aspectos fundamentais: ⇨ Detectar precocemente o que está afetando o crescimento do paciente para inferir e obter a sua recuperação; ⇨ Identificar as variações da normalidade, tranquilizar a criança e a família, evitando possíveis intervenções prejudiciais; ⇨ Identificar problemas que não podem ser curados, mas que possam ser minimizados, e prover apoio ao paciente e à família ao lidar com as dificuldades. CURVAS DE CRESCIMENTO Atualmente, têm ampla divulgação dois conjuntos de curvas: um elaborado pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC 2000) e outro pela OMS CURVA DO CDC 2000 f Reelaboração da curva do NCHS 1977 f Após alguns anos de uso e uma série de críticas à sua representatividade das condições de crescimento em geral, tentando corrigir essas críticas CURVA DA OMS f Elaborada dentro de um projeto envolvendo 6 cidades de 6 países: Brasil (Pelotas), Gana (Accra), Índia (Nova Déli), Noruega (Oslo), Omã (Muscat) e Estados Unidos (Davis) ** Os dois conjuntos de curvas são obtidos livremente acessando os sites específicos do CDC e da OMS. f O MS do Brasil adotou as curvas da OMS, e são elas que fazem parte da caderneta de saúde da criança f São apresentadas curvas do nascimento até 2 anos, dos 3 aos 5 e dos 5 aos 20 (para comprimento/altura + IMC) + para o peso até os 10 anos (para os sexos masculino e feminino) f Curvas dos 2 primeiros anos de vida = foram construídas acompanhando o crescimento de forma longitudinal, desde o nascimento até os 2 anos de idade, de crianças de bom nível social, cujas mães não fumaram durante a gravidez e que foram amamentadas de forma exclusiva ou predominante até 4 a 6 meses de idade f A partir dos 2 anos, o estudo foi transversal DESENVOLVIMENTO f Capacidade do indivíduo de realizar funções com crescente complexidade ou como uma sequência de mudanças na conduta sensorial e motora, na resposta afetiva, na inteligência, na linguagem, no aprendizado + tem como finalidade tornar a criança capaz de responder às suas necessidades e às do seu meio, considerando seu contexto familiar e social. f O desenvolvimento humano emerge da interação com os fatores ambientais é fundamental que ocorra uma ampla + adequada variação de estímulos e experiências para favorecer todo o seu potencial f O sucesso do desenvolvimento depende (ponto de vista biológico) da integridade dos vários órgãos e sistemas que concorrem para lhe condicionar principalmente o sistema nervoso (participa de toda a ordenação funcional que o individuo experimenta) f Tecido nervoso cresce + amadurece principalmente nos primeiros anos de vida período mais vulnerável aos agravos e adversidades que podem ocasionar prejuízos nos processos em desenvolvimentos f Primeiros anos de vida = período de grande plasticidade época em que a crianças melhor responde aos estímulos que recebe e às intervenções AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO f Processo contínuo de acompanhamento das atividades relativas ao potencial de cada criança f Tem em vista à detecção precoce de desvios ou atrasos f Pode ser realizada de forma sistemática por meio de testes ou escalas f Caderneta de Saúde da Criança = disponibiliza uma sistematização para vigilância do desenvolvimento infantilaté os 3 anos de idade permite Emanuelly Lopes Cardoso – T9 Página 5 acompanhar a aquisição dos principais marcos do desenvolvimento + com base na presença ou ausência de alguns fatores de risco e de alterações fenotípicas, a caderneta orienta para tomadas de decisão f Deve ser realizada em todas as visitas de puericultura de forma individualizada + compartilhada com a família f É necessário o conhecimento do contexto familiar + social no qual a criança está inserida: ⇨ Desde quando foi gerada + se foi planejada ou não ⇨ As fantasias da mãe durante a gestação ⇨ Quem é o responsável pelos seus cuidados ⇨ Como é a rotina da criança ⇨ Quais mudanças ocorreram nas relações familiares após seu nascimento ⇨ Saber qual a opinião da mãe em relação ao processo de desenvolvimento de seu filho f A análise processa-se por toda a duração do atendimento observar o comportamento da família e da criança: ⇨ Quem traz a criança ⇨ Como ela é carregada + sua postura + seu interesse pelo ambiente ⇨ Interação com as pessoas ⇨ Observar o vínculo entre a criança e a mãe TIPOS/DOMÍNIOS f Desenvolvimento auditivo f Desenvolvimento visual f Desenvolvimento motor ⇨ Habilidades motoras grosseiras ⇨ Habilidades motoras finas f Desenvolvimento da função manual f Desenvolvimento cognitivo f Desenvolvimento de linguagem f Desenvolvimento da motricidade orofacial Esses domínios influenciam-se entre si + têm como eixo integrador a subjetividade, função de dimensão psíquica que se particulariza e possibilita a singularidade de cada um dos seres humanos. DESENVOLVIMENTO MOTOR f Funções relacionadas ao desenvolvimento do SNC ⇨ Funções reflexas ⇨ Funções complexas e voluntárias f As etapas do desenvolvimento motor evoluem de forma gradativa e organizada, sendo consequências das precedentes e necessária para aquisição da próxima Avaliação do desenvolvimento motor: f Motricidade f Tônus muscular ⇨ Primeiro padrão flexor (padrão flexor próprio do RN) ⇨ Primeiro padrão extensor (4 meses) ⇨ Segundo padrão flexor (6 meses) ⇨ Segundo padrão extensor (definitivo) Desenvolvimento Motor 0 meses Postura fetal 1 mês Levantar o queixo 2 meses Levantar o peito 3 meses Procurar agarrar + deixar escapar 4 meses Sentar-se com apoio 5 meses Sentar-se no colo 6 meses Sentar em cadeira alta + agarrar objetos/móveis 7 meses Sentar-se sozinho 8 meses Ficar com ajuda 9 meses Ficar em pé apoiado na mobília 10 meses Engatinhar 11 meses Andar quando guiado 12 meses Ficar em pé com auxilio da mobília 13 meses Subir degraus de escada 14 meses Ficar em pé sozinho 15 meses Andar sozinho Recém-nascido f Padrão motor muito imaturo presença do reflexo tônico cervical assimétrico = confere postura assimétrica, com predomínio do tônus flexor nos membros + intensa hipotonia na musculatura paravertebral f Reflexos = sucção + preensão palmar + plantar e da marcha = passarão em poucos meses a ser atividades voluntárias f Reflexos como o de Moro + tônico cervical assimétrico desaparecem em breve não devem persistir no 2º semestre de vida f Durante os primeiros meses = ↓ progressiva do tônus flexor + substituição pelo padrão extensor direção craniocaudal A partir do 2º semestre f Não ocorre mais predomínio de padrão flexor ou extensor alternância entre os tônus: ⇨ Primeiramente = a criança consegue rolar ⇨ Posteriormente (após dissociação dos movimentos entre as cinturas escapular pélvica) = a criança consegue mudar da posição deitada para sentada 3º trimestre f Criança adquire a posição ortostática f Apoio progressivo na musculatura dos braços permite o apoio nos antebraços + primeiras tentativas de engatinhar f Algumas crianças podem andar sem engatinhas Desenvolvimento motor fino = sentido proximodistal f Nascimento = criança fica com as mãos fechadas na maior parte do tempo f 3 meses (↓ do tônus flexor) = mãos ficam abertas por período maior de tempo + conseguem agarrar objetos (mas são incapazes de soltá-los) f 5º-6º meses = conseguem apreender um objeto voluntariamente + iniciam o movimento de pinça (será aprimorado progressivamente até tornar-se completo polpa com polpa) Emanuelly Lopes Cardoso – T9 Página 6 f Do ponto de vista da maturação, o desenvolvimento neurológico não acontece de maneira arbitrária, mas de acordo com um plano contido no potencial genético, através de etapas previsíveis e pré- determinadas, no sentido cefalocaudal e do centro para a periferia ⇨ Primeira musculatura a ser controlada = ocular + depois há controle progressivo da musculatura para a sustentação da cabeça e depois do tronco ⇨ Quadril + os membros inferiores = últimos a amadurecer REFLEXOS PRIMITIVOS f Padrões estereotipados de resposta motora sob estímulos específicos presentes desde a vida intrauterina de origem mesoencefálica + desaparecem por inibição progressiva da organização cervical superior em períodos definidos f Sua persistência + ausência + intensidade de aparecimento pode levantar suspeita de alguma disfunção neurológica f Reflexo de Moro = durante este, observa-se uma abdução e extensão dos membros superiores com abertura das mãos seguida de uma adução e flexão cruzada destes membros naturalmente é desencadeado por um susto/barulho/movimento brusco f Reflexos de busca = abre a boca e vira a cabeça em direção ao estímulo DESENVOLVIMENTO AUDITIVO Resposta ao som f 0-3 meses = resposta de sobressalto ou de Moro f 3-6 meses = pode virar lentamente a cabeça f 6-9 meses = gira a cabeça para a fonte f 9-13 meses = começa a localizar o som acima e abaixo f > 16 meses = localiza diretamente os sons para o lado + para baixo + para cima f > 24 meses = responde diretamente para todos os lados Avaliação da audição ⇨ Audição inicia-se no 5º mês de gestação ⇨ Ao nascimento a criança já está familiarizada cm ruídos do organismo materno + com as vozes de seus familiares ⇨ Perguntar se o bebê se assusta/chora/acorda com sons intensos e repentinos + se é capaz de reconhecer e se acalmar com a voz materna + se procura a origem dos sons ⇨ Avaliação objetiva = pode ser feita com várias frequências de estímulos sonoros Brasil = obrigatória a realização da triagem auditiva neonatal para todos os RNs (teste da orelhinha emissões otoacústicas evocadas) DESENVOLVIMENTO VISUAL f Ao nascimento a densidade de cones é bastante baixa (às vezes metade do número do adulto) f Mielinização do nervo óptico termina entre os 7 meses e os 2 anos de vida f Integridade da retina (ponto de vista histofisiológico) = pode ocorrer até os 4 anos de idade f Maturação do sistema visual = continua ocorrendo até aproximadamente o 8º ou 10º ano de vida os 5 primeiros anos são os mais importantes f Ao nascer = breve fixação visual + tentativas de seguir objeto em trajetória vertical f 1 mês = contato e fixação visual por alguns segundos + seguimento visual horizontal – 60 graus f 2 meses = fixação visual estável + seguimento visual vertical f 3 meses = desenvolve acomodação e convergência + observa as mãos + tenta alcançar objetos + segue luz e objetos f 6 meses = acuidade visual bem desenvolvida + reconhece familiar f 12 meses = reconhece figuras + explora detalhes de objetos f 24 meses = muda o foco da visão + reconhece lugares e o próprio rosto + aponta objetos distantes f 36 meses = percepção de profundidade + tenta copiar retas e círculos Avaliação do sistema visual ⇨ Perguntar aos familiares se a criança focaliza objetos e os segue com o olhar + se prefere o rosto materno ⇨ Desde os primeiros dias de vida o RN consegue focalizar um objeto a poucos centímetros de seu campo visual + preferência pelo rosto humano ⇨ Exame dos olhos = atentar ao tamanho das pupilas + pesquisar o reflexo fotomotor bilateralmente + reflexo vermelho (avalia a transparência dos meios se suspeita de opacidades =encaminhar para exame oftalmológico minucioso) DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E LINGUAGEM f 1 mês = vocaliza f 3 meses = grita f 5 meses = vira para voz f 7 meses = imita sons de conversa f 12 meses = diz uma palavra (fim da fase pré- linguística) f 18 meses = diz 6 palavras f 21 meses = combina palavras f 3 anos = sabe 2 adjetivos + fala tudo entendível + relata eventos f 4 anos = diz palavras opostas Comunicação ⇨ Interação social + olhar + sorriso (presentes desde o nascimento) = formas de comunicação ⇨ Entre a 4ª-6ª semana de vida = surge o “sorriso social” desencadeado por estímulos (principalmente pela face humana) ⇨ 2º semestre de vida = criança não responde mais com um sorriso a qualquer adulto passa a distinguir o familiar do estranho Emanuelly Lopes Cardoso – T9 Página 7 ⇨ A criança pode manifestar um amplo espectro de comportamentos que expressam o medo e a recusa de entrar em contato com o estranho Linguagem ⇨ Primeiros meses de vida = bebê expressa-se por meio de sua mímica facial + pelo choro ⇨ 2º-3º mês = criança inicia a emissão de arrulhos ⇨ 6 meses = balbucio ou sons bilabiais repetições são realizadas pelo prazer de se escutar ⇨ 9-10 meses = emite balbucios com padrão de entonação semelhantes à linguagem de seu meio cultural ⇨ Linguagem gestual = aparece no 2º semestre de vida + é fruto da significação dada pelos adultos do seu meio f Comum a criança apontar + obedecer aos comandos verbais (bater palmas + acenar + jogar beijinhos) ⇨ 12 meses de idade = surgem as primeiras palavras palavras- frase ⇨ 18 meses = a criança inicia frases simples + a partir daí, ocorre um ↑ em seu repertório de palavras ⇨ Nessa fase, também começa o diálogo com troca de turnos a criança fala e depois aguarda a resposta do outro para nova interferência CONDIÇÕES BIOLÓGICAS DE RISCO PARA ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO f Prematuridade f Asfixia perinatal f Hemorragia intraventricular f Displasia broncopulmonar f Distúrbios bioquímicos hipoglicemia + policetemia + hiperbilirrubinemia f Malformações congênitas f Infecções congênitas f Restrição ao crescimento intrauterina f Mães usuárias de drogas INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO f Instrumentos de avaliação motora: ⇨ Test of Motor Performance (TIMP) ⇨ Alberta Infant Motor Scale ⇨ Motor Assesment of the Developmental Infant ⇨ General Movements f Métodos de avaliação de desenvolvimento: ⇨ Gessel ⇨ Escala de Nancy Bayley para bebês (Bayrey III) ⇨ Teste de Triagem de Desenvolvimento de Denver (Denver II) NORMATIZAÇÃO SEGUNDO GESSEL f Comportamento motor = aquisições motoras como: sustentar a cabeça, sentar, engatinhar, andar + atividades das mãos em pegar e manipular objetos f Comportamento adaptativo = organização e adaptação sensório-motora frente aos estímulos + estando intimamente relacionado aos aspectos cognitivos f Comportamento de linguagem = comunicação verbal e/ou não verbal para compreensão e expressão f Comportamento pessoal-social = reações da criança relacionadas a sua cultura social (influenciadas pelo ambiente) INTERPRETAÇÃO DO TESTE DE TRIAGEM DE DESENVOLVIMENTO DE DENVER (DENVER II) Resultados f Normal f Suspeito f Anormal f Não-testável Na anamnese = história fisiológica f Desenvolvimento (ficha de Denver/recordatário) atentar para os marcos do desenvolvimento, exemplo: ⇨ Pessoal-social = não sabe informar quando foi o sorriso social e “dar tchau” ⇨ Motor fino: rabiscos (1 ano) e movimento de pinça (10 meses) ⇨ Linguagem = falar mamãe e papai (10 meses) ⇨ Motor grosso = sentar sem apoio (5 meses) e andou (12 meses) ⇨ Condições neuropsíquicas = sono tranquilo, passa à tarde na escola
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