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1 1 TROCADORES DE CALOR DE PLACAS Capítulo 7 04/2009 2 Capítulo 7 7.1. Conceito 7.2. Estrutura 7.3. Componentes Mecânicos 7.4. Aplicações 7.5. Vantagens e Desvantagens 7.6. Comportamento Termofluidodinâmico 2 3 7.1. Conceito Trocadores de calor de placas (Gasketed-plate heat exchangers, Plate and frame heat exchangers) A superfície de transferência de calor neste tipo de equipamento é formada por um conjunto de placas metálicas corrugadas, onde as correntes de fluido escoam através dos canais formados pelo espaçamento entre placas adjacentes. 4 7.2. Estrutura Estrutura: Fonte: www.alfalaval.com 3 5 7.2. Estrutura Estrutura: Fonte: Gut , 2003 6 7.2. Estrutura Estrutura: Fonte: www.apiheattransfer.com/.../GasketedPHE.htm 4 7 7.2. Estrutura Estrutura: Placas térmicas (Thermal plates) 8 7.2. Estrutura Estrutura: Placas terminais (End plates) 5 9 7.2. Estrutura Estrutura: Placa fixa (Fixed frame) Placa móvel (Pressure plate) 10 7.2. Estrutura Estrutura: Barramento inferior (Guide bar) Barramento superior (Carrier bar) 6 11 7.2. Estrutura Estrutura: Coluna de sustentação (End support column) 12 7.2. Estrutura Estrutura: Fonte: Gut , 2003 7 13 7.3. Componentes Mecânicos Os principais componentes mecânicos dos trocadores de calor de placas podem ser encontrados nas seguintes faixas de dimensões: Largura da placa (m): até 1,1 Altura da placa (m): até 4,3 Número de placas: até 700 Área de uma placa (m2): 0,01 a 3,6 Área total de transferência (m2): até 2500 14 As placas para transferência de calor correspondem a placas metálicas corrugadas com espessura de 0,5 mm a 1,0 mm. Estas placas são mantidas afastadas a uma distância de 2 mm a 5 mm, correspondendo a um diâmetro equivalente do canal de escoamento de 4 mm a 10 mm. 7.3.1. Placas 8 15 7.3.1. Placas Fonte: www.gea.co.za 16 7.3.1. Placas Fonte: Gut , 2003 9 17 Há uma variedade de modelos de placas de acordo com diferentes padrões de corrugação, normalmente associados a tecnologias patenteadas. As corrugações promovem turbulência no escoamento, aumentando desta forma os coeficientes de transferência. As corrugações também contribuem para uma maior resistência mecânica das placas. 7.3.1. Placas 18 De uma forma geral, os tipos básicos de corrugação mais utilizados são: - Chevron ou herringbone (“espinha de peixe”)* - Intermating ou washboard (“tábua de lavar”) * Alternativa mais comum 7.3.1. Placas 10 19 Placa corrugada tipo Chevron: 7.3.1. Placas Fonte: www.ittstandard.com/pdf/BRZBRO.PDF 20 Placa corrugada tipo Intermating: 7.3.1. Placas Fonte: www.tmec.co/tmecadvisor_articles 11 21 7.3.1. Placas Fonte: Gut , 2003 22 O direcionamento dos fluidos através dos canais de escoamento e a vedação para que não haja vazamentos são garantidos através da inserção adequada de gaxetas entre placas adjacentes. 7.3.1. Placas 12 23 7.3.1. Placas Fonte: www.foodprocessing-technology.com 24 7.3.1. Placas Fonte: www.engnetglobal.com 13 25 As placas podem ser organizadas de diferentes maneiras, propiciando várias alternativas de número de passes para cada corrente (considera-se um passe quando uma corrente atravessa o trocador verticalmente). Por exemplo: 1/1, 2/2, 2/1, etc. 7.3.1. Placas 26 7.3.1. Placas Arranjo 1-1: Contracorrente 14 27 7.3.1. Placas Arranjo 1-1: Cocorrente 28 7.3.1. Placas Arranjo 1-1: Contracorrente – Tipo U 15 29 7.3.1. Placas Arranjo 1-1: Contracorrente – Tipo Z 30 7.3.1. Placas Arranjo 2-2: 16 31 7.3.1. Placas Arranjo 2-1: 32 7.4. Aplicações Os trocadores de placas, tradicionalmente utilizados nas indústrias de alimentos, tem ganho cada vez mais espaço na execução de diversos serviços em indústrias químicas e petroquímicas. Uma restrição importante ao seu uso consiste na faixa de condições operacionais adequadas a sua operação, limitada pela resistência das gaxetas a vazamentos. 17 33 7.4. Aplicações Em geral, pode-se estabelecer os seguintes limites de severidade relativos às condições operacionais do serviço para utilização de trocadores de placas: Pressão inferior a 30 bar Temperatura inferior a 180 ºC 34 7.4. Aplicações Os trocadores de placas são principalmente utilizados para operações envolvendo líquidos, ou até mesmo, condensação e vaporização. Seu emprego é bem menos comum em serviços envolvendo correntes gasosas. No caso de valores mais limitados de queda de pressão disponível, a utilização de trocadores de placas também apresenta restrições. 18 35 7.5. Vantagens e Desvantagens Em várias situações, os trocadores de placas, quando comparados a trocadores de calor casco-e- tubos, permitem executar um determinado serviço térmico a um custo significativamente inferior. ���� Investimento: 36 Em trocadores de calor de placas, é possível alcançar valores de coeficientes de convecção até três vezes maiores que em trocadores de calor casco-e-tubos em condições equivalentes. Este desempenho privilegiado pode ser explicado pela turbulência promovida no escoamento entre as placas, ausência de correntes de vazamento e diminutos valores de diâmetro equivalente. ���� Desempenho térmico: 7.5. Vantagens e Desvantagens 19 37 Em função da sua alta efetividade, é possível utilizar trocadores de placas em serviços com approaches significativamente pequenos, de até 2 ºC. ���� Desempenho térmico: 7.5. Vantagens e Desvantagens 38 Através da inclusão ou retirada de placas, a área de troca térmica pode ser facilmente modificada. Alterações na organização das placas também permitem modificar o número de passes de cada fluido no interior do trocador. ���� Flexibilidade: 7.5. Vantagens e Desvantagens 20 39 Os trocadores de calor de placas são mais compactos, reduzindo sensivelmente o espaço ocupado em relação a uma determinada área de troca térmica (↑↑↑↑ m2/m3). Através da utilização de placas conectoras, é possível transferir calor entre três ou mais fluidos, abrindo a possibilidade de diminuição do número de equipamentos térmicos necessários para a execução de um determinado serviço. ���� Espaço físico: 7.5. Vantagens e Desvantagens 40 Os problemas de deposição são reduzidos através do uso de trocadores de placas (autores sugerem adotar resistências de depósito equivalentes a 20% dos valores relativos a trocadores casco-e-tubos). Este fato ocorre devido à ausência de espaços mortos nos canais e baixo tempo de residência dos fluidos no interior do equipamento. ���� Deposição: 7.5. Vantagens e Desvantagens 21 41 Caso seja necessário, é possível abrir o trocador e efetuar a limpeza em ambos os lados da superfície de troca térmica. Placas danificadas também podem ser facilmente substituídas. ���� Manutenção: 7.5. Vantagens e Desvantagens 42 Trocadores de calor de placas resistem a choques térmicos e não apresentam problemas de vibração. ���� Integridade estrutural: 7.5. Vantagens e Desvantagens 22 43 Devido a restrições nas gaxetas, trocadores de placas não podem ser utilizados em condições de operação mais severas. ���� Limitação de uso: 7.5. Vantagens e Desvantagens 44 Trocadores de calor de placas implicam em valores mais elevados de queda de pressão. ���� Perda de carga: 7.5. Vantagens e Desvantagens 23 45 A identificação de vazamentos devido a furos nas placas pode ser uma tarefa difícil. ���� Vazamentos: 7.5. Vantagens e Desvantagens 46 7.6. Comportamento Termofluidodinâmico As metodologias de cálculo mais rigorosas são mantidas em sigilo pelo fabricantes de trocadores de placas, não havendo interesse em sua divulgação. Adicionalmente, os cálculos térmicos e hidráulicos envolvem correlações específicas para cada determinado layout de placa. 24 47 7.6. Comportamento Termofluidodinâmico Desta forma, é comum basear o dimensionamento deste tipo de unidade através de consultas a fabricantes ou a utilização de softwares disponibilizados pelos mesmos. 48 7.6. Comportamento Termofluidodinâmico Entretantohá correlações disponibilizadas na literatura que permitem a realização de cálculos térmicos envolvendo trocadores de placas com um certo grau de acurácia. Nesta disciplina, vamos discutir uma metodologia de cálculo baseada nos trabalhos de Bond (1981) e Kumar (1984), válida para trocadores com placas do tipo Chevron sem mudança de fase. 25 49 ���� Ângulo Chevron (ββββ): Em geral: 25º < ββββ < 65º 7.6.1. Parâmetros geométricos 50 ���� Fator de ampliação (µµµµ): Razão entre os comprimentos real e projetado ao longo das corrugações (normal à concavidade): Comprimento projetado Comprimento real µµµµ = (Comprimento real / Comprimento projetado) 1,10 < µµµµ < 1,25 µµµµ = 1,17 (típico) 7.6.1. Parâmetros geométricos 26 51 ���� Espaço médio dos canais (b): 7.6.1. Parâmetros geométricos t N L N tNL b p epa p pepa −≈ − − = cotcot 1 p (plate pitch)t (thickness) b = p – t Chevron: 52 ���� Largura efetiva da placa (w): 7.6.1. Parâmetros geométricos w 27 53 L 7.6.1. Parâmetros geométricos ���� Comprimento efetivo de troca térmica (L): 54 Lp Observação: No caso de múltiplos passes, este valor deve ser multiplicado pelo número de passes nos cálculos hidráulicos. 7.6.1. Parâmetros geométricos ���� Comprimento efetivo do escoamento (Lp): 28 55 Observação: Em cálculos práticos, muitas vezes utiliza-se a área projetada. 7.6.1. Parâmetros geométricos ���� Área de troca térmica (Aproj e Atot): wLAproj =Área projetada: Área real: wLAtot µ= 56 Dp 7.6.1. Parâmetros geométricos ���� Diâmetro do orifício da placa (Dp): 29 57 ���� Diâmetro equivalente (Deq): 7.6.1. Parâmetros geométricos w c eq P A D 4= bwAc = )(2 µ+= wbPw )(2 4 wb bw Deq µ+ = Em geral: w >> b µ = b Deq 2 58 ���� Correlação – Kumar (1984) : 7.6.2. Coeficiente de convecção 17,033,0 )/(PrRe p a CNu µµ= Em um canal: 30 59 7.6.2. Coeficiente de convecção ββββ Re C y ≤30º ≤10 0,718 0,349 >10 0,348 0,663 45º ≤10 0,718 0,349 10 - 100 0,400 0,598 >100 0,300 0,663 50º < 20 0,630 0,333 20 – 300 0,291 0,591 > 300 0,130 0,732 60º < 20 0,562 0,326 20 – 400 0,306 0,529 > 400 0,108 0,703 ≥ 65º < 20 0,562 0,326 20 – 500 0,331 0,503 >500 0,087 0,718 Parâmetros: 60 ���� Correlação – Kumar (1984) : 7.6.3. Fator de atrito z Kf −= Re Em um canal: 31 61 ββββ Re K z ≤30º ≤10 200 1 10-100 77,60 0,589 >100 11,96 0,183 45º ≤10 188 1 10 - 100 73,16 0,652 >100 5,764 0,206 50º < 20 136 1 20 – 300 45 0,631 > 300 3,088 0,161 60º < 20 96 1 20 – 400 12,96 0,457 > 400 3,04 0,215 ≥ 65º < 20 96 1 20 – 500 11,2 0,451 >500 2,556 0,213 Parâmetros: 7.6.3. Fator de atrito 62 Perda de carga no orifício da placa : g v KN g P p 2 2 = ρ ∆ onde Np é o número de passes e K = 1,3 7.6.4. Observações 32 63 7.6.5. Diferença de temperatura As placas podem ser organizadas para garantir escoamento contracorrente. Neste caso, é possível utilizar o método LMTD nos cálculos térmicos, adotando um fator de correção unitário. Entretanto, esta abordagem só pode ser utilizada se o número de canais por passe é superior a 20, quando os efeitos das extremidades do trocador e/ou da placa central em um arranjo 2-2 tornam-se desprezíveis. 64 7.6.5. Diferença de temperatura Para configurações diferentes, pode-se utilizar o método LMTD associado ao fator de correção correspondente. 33 65 7.6.5. Diferença de temperatura ���� Fator de correção 2 passes/1 passe Fonte: Saunders , 1988
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