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1 1 VAPORIZADORES Capítulo 9 04/2009 2 Capítulo 9 9.1. Conceito 9.2. Vaporização 9.3. Tipos de Refervedores 9.4. Comportamento Termofluidodinâmico 2 3 9.1. Conceito Vaporizadores São equipamentos destinados a promover a mudança de fase de uma corrente na fase líquida para fase vapor. 4 9.1. Conceito Exemplos � Uma caldeira (fired boiler) que transfere o calor liberado pela queima de um combustível para a vaporização da água. � Uma caldeira de recuperação de calor (waste heat boiler) que gera vapor através de uma corrente quente a alta temperatura oriunda de um reator. 3 5 9.1. Conceito Exemplos � Um refervedor (reboiler) que vaporiza uma corrente líquida oriunda do fundo de uma coluna de destilação. � Um trocador de calor que é responsável pela revaporização de um gás que foi anteriormente condensado para o seu transporte e armazenamento. 6 9.1. Conceito Exemplos � Um equipamento que obtém um componente puro na fase vapor a partir de uma mistura, tal como nos processos de dessalinização da água. � Um evaporador (evaporator) utilizado para concentrar uma solução ou mesmo efetuar a sua cristalização. � Um chiller que resfria um fluido através da vaporização de um fluido refrigerante. 4 7 No contexto do nosso curso, iremos focar o estudo dos vaporizadores basicamente como refervedores de colunas de destilação. Entretanto, os conceitos discutidos podem ser aplicados na análise de trocadores em geral, executando serviços de vaporização em linhas de processo, baseados na ebulição de uma corrente líquida. Evaporadores não serão incluídos no escopo do curso. 9.1. Conceito 8 9.2. Vaporização O termo vaporização é utilizado para definir o processo de transição da fase líquida para a fase vapor. Pode ocorrer de duas formas: � Ebulição; �Evaporação. 5 9 9.2. Vaporização � Ebulição: A transição da fase líquida para a fase vapor ocorre através da formação de bolhas sobre uma superfície aquecida. )( satw vap TT q h − = Excesso de temperatura 10 9.2. Vaporização � Evaporação: A transição da fase líquida para a fase vapor ocorre através da interface entre o líquido e seu vapor. )( ∞− = TT q h liq vap 6 11 9.2. Vaporização � Observações: A ebulição ocorre quando o líquido está em contato com uma superfície com temperatura acima a sua temperatura de saturação. A evaporação ocorre quando a temperatura do líquido alcança um pequeno superaquecimento em relação a sua saturação ou quando está em contato com seu vapor e um gás não condensável. Em determinadas situações a vaporização pode ocorrer através da ebulição e da evaporação simultaneamente. 12 9.2.1. Ebulição De acordo com o movimento do fluido, a ebulição pode ser caracterizada como: � Ebulição em piscina (pool boiling): O movimento do fluido ocorre devido às correntes de convecção natural e em função da ascensão das bolhas de vapor no seio do líquido. � Ebulição com convecção forçada (forced convective boiling): Além das correntes de convecção natural e das bolhas de vapor, o fluido se movimenta em função de um agente externo. 7 13 9.2.2. Ebulição em piscina Considerando o aquecimento gradativo de uma superfície em contato com um líquido, verifica-se que o fenômeno da ebulição passa por diferentes regimes: � Ebulição com convecção natural � Ebulição nucleada � Ebulição de transição � Ebulição em película Aumento do excesso de temperatura 14 9.2.2. Ebulição em piscina � Ebulição com convecção natural: Para baixos valores de excesso de temperatura, a transferência de calor ocorre através de convecção natural, uma vez que ainda não há a formação de bolhas de vapor. Neste regime, o aumento de temperatura da superfície aumenta o fluxo térmico. 8 15 9.2.2. Ebulição em piscina � Ebulição com convecção natural: q ∆∆∆∆Te 16 9.2.2. Ebulição em piscina � Ebulição nucleada: Com o aumento do excesso de temperatura, surge a ebulição nucleada onde as bolhas se formam sobre a superfície aquecida e se desprendem para o interior do líquido. Caso o seio do líquido (bulk) esteja a uma temperatura inferior à temperatura de saturação estas bolhas podem condensar antes de chegar à superfície livre (ebulição nucleada subresfriada). 9 17 9.2.2. Ebulição em piscina � Ebulição nucleada: À medida que a temperatura da superfície aumenta, o fluxo térmico aumenta, com o vapor inicialmente se desprendendo na forma de bolhas individuais e, posteriormente, na forma de jatos e colunas. Atingindo um determinado valor de excesso de temperatura, o fluxo térmico atinge um valor máximo denominado fluxo crítico. 18 9.2.2. Ebulição em piscina � Ebulição nucleada: q ∆∆∆∆Te 10 19 9.2.2. Ebulição em piscina � Ebulição de transição: Neste regime, a formação de bolhas é tão intensa que a superfície passa a ser gradativamente tomada por uma camada de vapor. As condições em cada ponto da superfície oscilam entre ebulição nucleada e de película. Em função do crescente recobrimento da superfície por uma camada de vapor (vapor blanketing), o fluxo térmico cai com o aumento da temperatura. 20 9.2.2. Ebulição em piscina � Ebulição de transição: q ∆∆∆∆Te 11 21 9.2.2. Ebulição em piscina � Ebulição em película: Neste regime, a superfície de aquecimento está totalmente recoberta por um filme de vapor. Iniciando em um ponto de mínimo do fluxo térmico (Ponto de Leidenfrost), na ebulição em película o aumento da temperatura volta a levar a um aumento do fluxo térmico. 22 9.2.2. Ebulição em piscina q ∆∆∆∆Te � Ebulição em película: 12 23 9.2.2. Ebulição em piscina q ∆∆∆∆Te � Observação: Dispositivos com fluxo controlado 24 9.2.3. Ebulição com convecção forçada Na ebulição com convecção forçada, o fluido se movimenta através da superfície de transferência de calor em função de um agente externo (coluna de líquido, como no caso dos termossifões, ou uma bomba, como no caso dos refervedores com circulação forçada) associados aos movimentos naturais das correntes de convecção natural e das bolhas ascendentes de vapor. 13 25 9.2.3. Ebulição com convecção forçada Convecção sem mudança de fase Escoamento com bolhas Escoamento slug Escoamento anular Escoamento névoa (mist) 26 9.2.3. Ebulição com convecção forçada Névoa VaporTransiçãoAnular Líquido Bolhas e slug h Qualidade 14 27 9.3. Tipos de Refervedores São trocadores de calor cuja função é vaporizar uma corrente líquida do fundo de colunas de destilação, retornando o vapor ao fundo da própria coluna, propiciando assim energia para a realização do fracionamento. 28 A fonte de calor para a vaporização pode ser proveniente de uma utilidade (e.g. vapor d´água), de um fluido de processo (e.g.. recuperação de calor de uma corrente quente de um reator) ou mesmo da queima de um combustível (e.g. forno refervedor em refinarias). 9.3. Tipos de Refervedores 15 29 No escopo do nosso curso vamos enfocar refervedores na forma de trocadores de calor casco-e-tubos. Neste sentido, os refervedores podem ser classificados de acordo com a direção do escoamento em relação ao eixo principal da área de transferência de calor: ���� Escoamento transversal (cross-flow) ���� Escoamento longitudinal (axial-flow) 9.3. Tipos de Refervedores 30 As alternativas de refervedores envolvendo trocadores de calor casco-e-tubos são: ���� Refervedor tipo kettle ���� Refervedor interno à coluna ���� Termossifão horizontal ���� Termossifão vertical – lado dos tubos ���� Termossifão vertical – lado do casco ���� Refervedores com circulação forçada 9.3. Tipos de Refervedores 16 31 9.3.1. Refervedor tipo kettle Neste tipo de trocador o feixe de tubos fica imerso no líquido em ebulição. A corrente de alimentação escoa para o interior do trocador por gravidade. Os vapores formados são separados do líquido através de uma extensão do casco, correspondendo ao casco tipo K da TEMA. O feixe de tubos pode ser do tipo tubo em U ou cabeçote flutuante. 32 Fonte: Heat Exchanger Design Handbook 9.3.1. Refervedor tipo kettle17 33 Fonte: www.distillationgroup.com 9.3.1. Refervedor tipo kettle 34 Fonte: http://lorien.ncl.ac.uk/ming/distil/reboil.htm 9.3.1. Refervedor tipo kettle 18 35 Fonte: http://engineering.wikia.com/wiki/Shell_and_tube_heat_exchanger 9.3.1. Refervedor tipo kettle 36 Fonte: http://engineering.wikia.com/wiki/Shell_and_tube_heat_exchanger 9.3.1. Refervedor tipo kettle 19 37 � Vantagens: - Sua operação é hidraulicamente mais simples e confiável. - No caso de fluidos perto do ponto crítico, a diferença entre as densidades do líquido e do vapor não é significativa, o que dificulta a utilização de um termossifão, neste caso, um refervedor tipo kettle pode ser uma boa opção. 9.3.1. Refervedor tipo kettle 38 9.3.1. Refervedor tipo kettle � Desvantagens: - Em relação às outras alternativas, são alcançados menores valores para os coeficientes de transferência. - São mais caros quando comparados com os modelos com termossifão, em função do tamanho do casco K. - São mais suscetíveis a problemas de deposição. 20 39 9.3.2. Refervedor interno à coluna Este tipo de refervedor é semelhante ao refervedor tipo kettle, porém ao invés da presença de um casco, o feixe de tubos é embutido no interior da coluna. 40 9.3.2. Refervedor interno à coluna Fonte: Heat Exchanger Design Handbook 21 41 9.3.2. Refervedor interno à coluna Fonte: www.distillationgroup.com 42 9.3.2. Refervedor interno à coluna Fonte: http://lorien.ncl.ac.uk/ming/distil/reboil.htm 22 43 � Vantagens: - Como não está conectado a tubulações externas, possui ainda menos problemas do ponto de vista hidráulico que um kettle. - Uma vez que é formado apenas por um feixe de tubos, é a alternativa mais barata. - Os problemas de deposição são menos importantes que em um kettle convencional. 9.3.2. Refervedor interno à coluna 44 � Desvantagens: - Em função da limitação imposta pelo diâmetro da coluna de destilação, a área máxima que pode ser utilizada pode ser uma restrição importante. - Caso seja preciso acessar o feixe de tubos para a manutenção do trocador, é necessário abrir a coluna de destilação. 9.3.2. Refervedor interno à coluna 23 45 9.3.3. Termossifão horizontal Nos termossifões, a circulação ocorre em função da diferença de densidade entre a coluna de líquido proveniente da torre e a mistura bifásica na saída do trocador. Em um termossifão horizontal, a corrente em ebulição escoa transversalmente ao feixe de tubos, por onde escoa o fluido de aquecimento através de um ou mais passes. 46 9.3.3. Termossifão horizontal Fonte: Heat Exchanger Design Handbook 24 47 9.3.3. Termossifão horizontal Fonte: www.distillationgroup.com 48 � Vantagens: - A disposição do feixe na horizontal, reduz a altura da coluna de líquido necessária para o escoamento. - Com recirculação, é possível alcançar maiores velocidades, o que permite diminuir a formação de depósitos, quando comparado com o kettle. 9.3.3. Termossifão horizontal 25 49 � Desvantagens: - Se houver problemas de deposição, estes irão exigir a limpeza do casco. - Em unidades maiores, torna-se necessário instalar sistemas de distribuição com vários bocais ao longo do casco para a uniformização do escoamento, o que pode penalizar os custos. 9.3.3. Termossifão horizontal 50 9.3.4. Termossifão vertical – lado dos tubos Nos termossifões, a circulação ocorre em função da diferença de densidade entre a coluna de líquido proveniente da torre e a mistura bifásica na saída do trocador. Neste tipo de refervedor, a corrente em ebulição escoa no interior do feixe de tubos recebendo calor do fluido quente proveniente de um casco tipo E. 26 51 9.3.4. Termossifão vertical – lado dos tubos Fonte: Heat Exchanger Design Handbook 52 9.3.4. Termossifão vertical – lado dos tubos Fonte: www.distillationgroup.com 27 53 9.3.4. Termossifão vertical – lado dos tubos Fonte: http://lorien.ncl.ac.uk/ming/distil/reboil.htm 54 9.3.4. Termossifão vertical – lado dos tubos � Observações: Recomenda-se a utilização de frações vaporizadas na saída do refervedor da ordem de 0,10 a 0,35 para hidrocarbonetos e 0,02 a 0,10 para água e soluções aquosas. Deve-se estar atento para uma adequada circulação, principalmente para refervedores envolvendo longos comprimentos de tubos, sob o risco de dry-out. 28 55 � Vantagens: - As maiores velocidades alcançadas no escoamento no interior dos tubos reduzem os problemas associados à deposição. - Em geral, apresentam maiores valores de coeficiente de convecção. - Se houver a formação de depósitos, estes estarão nos tubos, facilitando a limpeza. 9.3.4. Termossifão vertical – lado dos tubos 56 � Desvantagens: - Devido à orientação vertical do feixe, torna-se necessário uma maior altura de coluna de líquido, implicando na necessidade de uma maior elevação da torre. - Seu desempenho é bastante dependente das condições fluidodinâmicas, o que pode acarretar problemas operacionais. 9.3.4. Termossifão vertical – lado dos tubos 29 57 9.3.5. Termossifão vertical – lado do casco Neste tipo de refervedor, a corrente em ebulição escoa no casco com o fluido quente escoando no feixe de tubos. 58 9.3.5. Termossifão vertical – lado do casco Fonte: Heat Exchanger Design Handbook 30 59 � Vantagens: Termosifões verticais são usualmente construídos com a vaporização no lado dos tubos, porém em certas situações a alocação do fluido de aquecimento no lado do casco pode não ser viável (e.g. aquecimento com um fluido de processo corrosivo ou que requeira materiais especiais). 9.3.5. Termossifão vertical – lado do casco 60 � Desvantagens: A construção do casco deve ser feita com o mínimo de restrições possíveis ao escoamento, evitando espaços mortos onde pode haver acúmulo de vapor, o que costuma implicar em problemas operacionais de superaquecimento, especialmente junto ao espelho superior. 9.3.5. Termossifão vertical – lado do casco 31 61 9.3.6. Refervedores com circulação forçada Nos refervedores com circulação forçada, o movimento do fluido ocorre em função de uma bomba. Podem ser utilizados com orientação vertical ou horizontal, onde a vaporização é usualmente conduzida no interior dos tubos. 62 9.3.6. Refervedores com circulação forçada Fonte: Heat Exchanger Design Handbook 32 63 9.3.6. Refervedores com circulação forçada Fonte: www.distillationgroup.com 64 � Vantagens: A utilização de uma bomba para manter o escoamento pode ser a única alternativa economicamente viável de vaporização em refervedores no caso de correntes líquidas de alta viscosidade e/ou com severos problemas de deposição. 9.3.6. Refervedores com circulação forçada 33 65 � Desvantagens: A necessidade de bombeamento penaliza o investimento e o custo operacional do sistema (velocidades de 5 m/s a 6 m/s podem ser necessárias para um serviço efetivo). 9.3.6. Refervedores com circulação forçada 66 9.4. Comportamento Termofluidodinâmico ���� Kettle e termossifão horizontal Equações para um dimensionamento preliminar: ���� Termossifão vertical 34 67 Para o kettle, serão adotadas equações relativas à ebulição nucleada (pool boiling), incluindo fatores de correção pertinentes à presença do feixe de tubos. No caso dos termossifões horizontais, será adotada como abordagem preliminar e conservadora, ignorar os efeitos relativos à circulação externa de fluido. 9.4.1. Kettle e Termossifão horizontal 68 9.4.1. Kettle e Termossifão horizontal Correlação de Mostinski: ���� Ebulição nucleada em um tubo isolado: Pcnb FqPh 7,069,0 1 00417,0= onde hnb1 é o coeficiente de convecção para ebulição nucleada em um tubo isolado em W/m2, Pc é a pressão crítica em kPa, q é o fluxo térmico em W/m2, Fp é um fator de correção relativo à pressão: ( ) 17,0/8,1 cP PPF = 35 69 9.4.1. Kettle e Termossifão horizontal Em função da presença de vários tubos confinados, há uma intensificação do fluxo mássico, contribuindo para um aumento do coeficiente de convecção. ���� Efeitos convectivos devido ao feixe: 709.4.1. Kettle e Termossifão horizontal ���� Efeitos convectivos devido ao feixe: nccbnbb hFFhh += 1 onde hb é o coeficiente de convecção para ebulição nucleada no feixe, Fb é um fator de correção devido aos efeitos de convecção no feixe, Fc é um fator de correção relativo à presença de uma mistura e hnc é o coeficiente de convecção associado às correntes líquidas de convecção natural. 36 71 9.4.1. Kettle e Termossifão horizontal Este fenômeno é complexo e exige um conjunto de cálculos especiais, entretanto é possível adotar algumas premissas simplificadoras adequadas para fins de projeto preliminar. ���� Efeitos convectivos devido ao feixe: 72 9.4.1. Kettle e Termossifão horizontal ���� Efeitos convectivos devido ao feixe: Fb pode variar entre 2 e 3, porém para fins de projeto, recomenda-se utilizar conservadoramente 1,5. hnc corresponde a 250 W/m2K para correntes de hidrocarbonetos e 1000 W/m2K para correntes aquosas. 37 73 9.4.1. Kettle e Termossifão horizontal Verifica-se que os valores dos coeficientes de convecção associados a misturas são inferiores aos valores correspondentes de substâncias puras. Uma alternativa de cálculo deste fator pode ser dada por (se Fc < 0,1 então Fc = 0,1): ���� Efeitos de mistura: )](027,0exp[ PBPOc TTF −−= onde TPO e TPB são, respectivamente, a temperatura do ponto de orvalho e a temperatura do ponto de bolha. 74 9.4.1. Kettle e Termossifão horizontal Para fluidos puros ou misturas com faixa de ebulição estreita, utiliza-se a média logarítmica da diferença de temperatura (LMTD). Se a faixa de ebulição for considerável, a utilização da LMTD fornece resultados muito otimistas. ���� Diferença de temperatura média: 38 75 9.4.1. Kettle e Termossifão horizontal De forma conservadora, em refervedores do tipo kettle, adota-se a LMTD baseada na temperatura de saída do vapor. No caso de termossifões, a adoção desta abordagem fornece valores muito baixos. Neste caso, recomenda-se a utilização da LMTD co- corrente ou o valor equivalente para escoamento cruzado. ���� Diferença de temperatura média: 76 9.4.1. Kettle e Termossifão horizontal Observação: Deve-se levar em conta que a temperatura de ebulição é afetada pela pressão, fator especialmente importante no caso de operações a vácuo. ���� Diferença de temperatura média: 39 77 9.4.1. Kettle e Termossifão horizontal No projeto de vaporizadores, o fluxo térmico deve estar, em geral, abaixo do fluxo crítico (<70%). ���� Fluxo crítico: 78 9.4.1. Kettle e Termossifão horizontal Fluxo crítico para um tubo isolado: Correlação de Mostinski ���� Fluxo crítico: 9,035,0 max,1 1367 − = cc c P P P P Pq onde q1,max é o fluxo crítico para um tubo isolado em W/m2, P é a pressão do sistema em kPa, Pc é a pressão crítica em kPa. 40 79 9.4.1. Kettle e Termossifão horizontal Efeito do feixe de tubos: Correlação de Palen e Small ���� Fluxo crítico: bb qq φmax,1max, = onde qb,max é o fluxo crítico para o feixe em W/m2 e φφφφb é um fator de correção ligado à geometria do feixe (φφφφb ≤≤≤≤ 1). 80 9.4.1. Kettle e Termossifão horizontal Efeito do feixe de tubos: ���� Fluxo crítico: A LDb b π ψ = onde Db é o diâmetro do feixe de tubos em m, L é o comprimento do feixe em m e A é a área de transferência de calor em m2. bb ψφ 2,2= com 41 81 9.4.1. Kettle e Termossifão horizontal Problemas de fluxo térmico excessivo podem ser corrigidos através das seguintes alternativas: - Aumento do espaçamento entre os tubos; - Aumento no comprimento e redução do diâmetro do feixe; - Redução da temperatura do fluido de aquecimento. ���� Fluxo crítico: 82 Uma vez que, em um termossifão vertical, há uma alteração significativa da fração vaporizada ao longo da área de troca térmica, o cálculo rigoroso deste equipamento deve incluir sua divisão em seções e a análise de cada seção separadamente. Neste curso, serão discutidos cálculos simplificados preliminares. 9.4.2. Termossifão vertical 42 83 9.4.2. Termossifão vertical Correlação de Chen: ���� Ebulição nucleada e Convecção forçada: cbnbb hshh += onde hb é o coeficiente de convecção para a ebulição em W/m2, hnb é a contribuição da ebulição nucleada em W/m2, hcb é a contribuição da convecção forçada em W/m2 e s é o fator de supressão da ebulição nucleada. 84 9.4.2. Termossifão vertical Correlação de Chen: ���� Contribuição da ebulição nucleada: cnbnb Fhh 1= onde hnb é o coeficiente de convecção para a ebulição nucleada em W/m2, hnb1 é o coeficiente de convecção para ebulição nucleada em um tubo isolado em W/m2 (vide Correlação de Mostinski) e Fc é o fator de correção relativo à presença de uma mistura. 43 85 9.4.2. Termossifão vertical ���� Contribuição da convecção forçada: )( ttlcb Xfhh = onde hl é o coeficiente de convecção para o líquido escoando sozinho e Xtt é o parâmetro de Martinelli (raiz quadrada da razão entre a queda de pressão na fase líquida e vapor): 1,05,09,0 1 − = g l l g tt x x X µ µ ρ ρ tal que x é a fração vaporizada em base mássica. 86 9.4.2. Termossifão vertical ���� Contribuição da convecção forçada: + = 736,0)213,0/1(35,2 1 )( tt tt X Xf para 1/Xtt ≤≤≤≤ 1 para 1/Xtt > 1 44 87 9.4.2. Termossifão vertical ���� Fator de supressão da ebulição nucleada: 17,16 Re1053,21 1 tp s −⋅+ = com: 25,1)(ReRe ttltp Xf= 88 9.4.2. Termossifão vertical ���� Observação: No caso de operação à vácuo, a modificação do ponto de ebulição com a temperatura pode ser significativa e deve ser levada em conta nos cálculos térmicos. 45 89 ���� Fluxo crítico: − = cc c it P P P P P L D q 123660 25,0 61,0 35,0 2 , max onde Dt,i e L são o diâmetro interno e o comprimento da tubulação em m, respectivamente, P é a pressão em kPa e Pc é a pressão crítica em kPa. 9.4.2. Termossifão vertical 90 Como primeira aproximação pode ser utilizada a média logarítmica da diferença de temperatura (LMTD). ���� Diferença de temperatura média: 9.4.2. Termossifão vertical 46 91 � Fluido de aquecimento: Considerando a utilização de vapor como fluido de aquecimento, pode-se adotar um valor de coeficiente de película (sujo) igual a 8500 W/m2K 9.4.3. Observações 92 � Circuito hidráulico: O projeto de um termossifão deve incluir o cálculo hidráulico da circulação de fluido entre o trocador e a coluna de destilação. 9.4.3. Observações 47 93 9.4.3. Observações ���� Estimativa do diâmetro do casco: A relação entre o número de tubos (Ntt) e o diâmetro do casco (Ds) pode ser aproximada em cálculos preliminares pelo seguinte resultado: ctptt s FLN D 2 2 4 = π onde Ltp é o passo do feixe e Fc é um fator associado ao arranjo da matriz tubular, tal que Fc = 1, se arranjo quadrado e Fc = 0,866, se arranjo triangular.
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