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Mastocitomas caninos

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Mastocitomas caninos
Os mastocitoma são neoplasias que se originam de mastocitos
Os mastocitos são células de célula tronco hematopoiética, esses são leucócitos residentem de tecido conjuntivo, residindo em pulmões, fígado, TGI e pele
Atuando em glândulas, musculo liso, fibroblastos, nervos e vasos
A maior quantidade nos cães esta presente na pele, intestinos, fígado, interdigito e orelhas
Etiologia
Exercem suas funções através de seus produtos ativos, também chamados de mediadores
Estoque: histamina, heparina, proteases
Estimulação: prostaglandinas, leucotrienos, fatores de crescimento, quimiocinas, citocinas
Atuando na parte fisiológica e também na patológica 
Etiologia e pouco conhecida 
As mutações no exon 11 no gene KIT apenas 30% dos casos 
Incidencia 
Segundo o consenso brasileiro são a segunda neoplasia maligna mais incidentes em cães perdendo apenas para o tumor de mama, sendo cerca de 20,9% a 22,4%, sendo a incidência maior entre 7 a 9 anos, maior quantidade de tumores se desenvolve na região do tronco e membros posteriores, pescoço
Outros locais como: conjuntiva, glândula salivar, nasofaringe, laringe, cavidade oral, TGI, ureter e medula espinhal
Potencial metastáticos, ate 96%, principalmente MCTs pouco diferenciados, da região posterior e sítios extracutaneos. Ocorrem em medula óssea, linfonodos regionais, fígado e baco. 
Embora os MCTs possam acometer cães de todas as racas uma maior predisposição nos animais braquicefalicos.
Outras racas: weimaraner, bernese, amstaff, pit bull, Golden, labrador, setter, Cocker, dashund sendo nos labradores o mais agressivos sendo assim desfavoravel 
Apresentação clinica 
Os mastocitoma caninos podem ocorrer de 3 formas: 
· Forma cutânea – se desenvolvem em mastocitos da derme ou epiderme
· Forma subcutânea – mastocitos da região subcutânea
· Forma visceral – devido a metástase da forma cutânea, e sendo raro a primaria em cães e ocorre mais em gatos 
Prognostico e tratamento atualmente estabelecidos para a forma cutânea 
Comportamento e aparência variáveis – não se pode avaliar macroscopicamente 
Nódulos pequenos, não ucerado e podem ou não causar prurido e são alopecicos, e crescem ate 30 cm de diametro
Sinais clínicos: reações inflamatórias, irritação, prurido, edema, pápulas eritematosas, e pode acontecer sinais sistêmicos 
Abordagem diagnostica 
Três objetivos principais:
· Estabelecimento do diagnostico definido
· Extadiamento clinico e documentacao de metástase 
· Documentação dos sinais paraneoplasicos
Estabelecimento do diagnostico definido pode ser alcançado por citologia do tumor ou histolopatolgica (por biopsia Incisional ou excisional)
· Citologia: PAF – PAAF – imprinting, ate 96% de acurácia diagnostica, não dispensa analise histopatológica, recomenda-se anteceder intervenção cirúrgica, 1 a 2mg/kg difenidramina SC 30 a 60 minutos antes. 
MCTs de alto grau de malignidade:
Pequena ou nenhuma quantidade de grânulos
Duas das seguintes características: figuras de mitose, células bi ou multinucleadas, pleomorfismo nuclear ou anisocariose ( variação nuclear maior que 50 %)
Entretanto 
88% sensibilidade e 94% de especificidade
Sugere-se que a citologia seja utilizada como ferramenta de triagem e que o exme histopatológico realize a confirmação diagnostica e a graduação dos tumores.
Histopatologia
· Biopsias incisionais: melhor planejamento da cirurgia definitiva, impossibilidade de excisão completa do tumor localização e aspectos clínicos
Alto custo em relação a citologia e possibilidade de deiscência 
· Biopsia excional: excisao cirúrgica completa do tumor, sempre deve ser realizada quando possível. Efeito curativo para MCTs bem ou moderadamente diferenciado desde que as margens estejam livres de células neoplásicas.
Graduacao histopatológica 
· Sistema proposto por Patnaik et.al em 1984 – PADRAO OURO
Grau de celularidade do tumor, localização das células cancerosas, quantidade de grânulos citoplasmáticos, tamanho e formato das células, tamanho e formato do núcleo, quantidade de figuras de mitose
A diferença entre o grau 2 para o grau 3 não permite que se faca um diagnostico variado, devido ter variação entre os avaliadores
· Sistema proposto por Kiupel et al. Em 2011 – complementa o sistema de patnaik
Tumores de alto grau atendem a pelo menos um dos seguintes critérios: presenca de pelo menos 7 figuras de mitoses em 10 campos; 3 células multinucleadas em 10 campos; 3 celulas com necleo aberrante em 10 campos; e cariomegalia.
Estadiamento clinico e documentação de metástases
Exame físico e analises clinicas Hemograma completo e perfil bioquímico e urinalise 
Avaliação dos linfonodos 
Ultrassom abdominal
Radiografia de tórax em três projeções 
Sistema de estadiamento da OMS
· Estádio 1: um tumor confinado a derme, sem envolver linfonodo regional
· Estádio 2: um tumor confinado a derme, com envolvimento de linfonodo regional
· Estádio 3: tumores dérmicos múltiplos/grandes/infiltrativos, com ou sem envolvimento do linfonodos
· Estádio 4: qualquer tumor com metástase distante, incluindo envolvimento de medula ossea
Sistema da SEVC
· Estadio 1: tumor único, < 3 cm, bem circunscrito. Linfonodo regional (-) e metástase (-).
· Estádio 2: + 1 tumor, < 3 cm, distancia interlesional > 10 cm regional, vem circunscrito. L (-) e M (-)
· Estádio 3: 1 tumor ou +, > 3cm, distancia interlesional < 10 cm, mal circunscrito ou ulcerado . L (-) e M (-).
· Estádio 4: qualquer tipo de lesão L (+)
· Estádio 5: qualquer tipo de lesão L (+)
Estadiamento clinico e documentação de metástases 
Sistema de estadiamento da OMS (1980)
Sistema de SEVC (2008) sufixo (a): sem sinais sistêmicos; sufixo (b): com sinais sistêmicos 
Documentação dos sinais paraneoplasicos sinais sistêmicos
São: eosinifilia, basofilia, trombocitose, hemorragia e doença glomerular, podendo ocorrer choque anafilativo ( sendo raro), ulceras gatricas e duodenais.
Anorexia, hemorragia do TGI, melena, dor abdominal e anemia. Achado post mortem em ate 83% dos casos, em peritonite secundaria
Fatores prognósticos 
Vai depender do estado clinico e idade
Predisposição clinica e idade
Grau histopatológico, estadiamento, tamanho, recorrência, KIT, KI-67 e MI
Atualmente, há consenso sobre: graduação histopatológica, metástases e tamanho tumoral,densidade intravascular tumoral, índice mitotido, índice de marcação para ki 67, mutação do gene c-KIT, padrões morfológicos de imunomarcacao da proteína KIT.
Graduação histopatológica 
No grau 2 tem bom resultado na cirurgia, mas pode levar a formação de metástase. São os mais benefiados pelo sistem a Kiupel, grau 2 muito menos agressivo e vai ser curado na cirurgia, agora o grau 2 e alto grau são necessários mais cuidado, assim uma terapia ajuvuvante e as vida do paciente.
Metastases: a presenca de metástases e um fator proganostico negativo
Tamanho rural: tumores > 3cm estão relacionados com os piores proagnostico.
Tratamento 
Opções disponíveis 
Cirúrgia
Quimioterapia
Radioterapia
Inibidores do receptor de tirosina-quinase
Tratamento de escolha: mesmo quando o tumor não pode ser completamente excisado e há presenca de metástase nodal ou visceral, a remoção parcial pode aumentar a sobrevida (10 meses) + terapia adjuvante;
Bloqueadores H1 e H2 são recomendados antes da excisao de tumores grandes; prevenir o efeito deletério degrânulacao produzido pelos mastocitos.
Recomendacoes de margem: 3cm de tecido circundante ( em todas as direções) e excisao de pelo menos um plano fascial como margem profunda; remover linfonodo sentinela ANTES de remover o tumor.
Avaliação das margens
· Excisao cirúrgica completa = ausência de celulas neoplásicas a 1mm de margem;
· Completa com margem próxima = mastocitos a 1 mm da margem;
· Excisao cirúrgica imcompleta: mastocitos podem ser encontrados na margem;
Quimioterapia 
Tratamento adjuvante por excisao cirurgica e nao uma margem cirurgica completa, pode se fazer um tratamento neoadjuvante antes da excisao cirurgica para assim a excisao completa;
MCTs de grau 3
MCTs que apresentem fatores prognosticos negativos 
Radioterapia 
Indicações:TTO antes da excisao cirúrgica (diminuir tumor); controle local de tumores grau 2 ou 3 com excisao cirúrgica imcompleta; tto de metástases nodais 
Inibidores de tirosina-quinase
São receptores de superfície que promovem proliferação, crescimento, sobrevivência, angiogenese e motilidade;
Carcinogenese e metástase, especialmente quando mutações aumentam sua função 
Mutação no gente c-KIT levam a ativação espontânea do receptor KIT e essa ativação anormal esta associada ao desenvolvimento dos MCTs.
Mecanismos: TKIs competem com o ATP em seu local de ligação dentro do domínio TK, impedindo a ativação da via de sinalização do receptor (proliferação celular e angiogenese) 
Indicações:
Mcts inoperáveis ou recorrentes;
Presenca de mutação em c-KIT;
Padrão imunohistoquimico 2 ou 3 de KIT;
Atuacao menor em VEGFR e PDGFR
Mastocitomas são tumores malignos com comportamento variável e que apresentam inúmeras dificuldades terapêuticas. Por este motivo, a pesquisa voltada para a descoberta de novos fatores preditivos e prognósticos e fundamental quanto buscamos alcançar o melhor desfecho para nosso pacientes caninos.

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