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1° AVALIAÇÃO - CENTRO CIRURGICO E CME

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Centro Cirúrgico e CME 
AULA 1 – CENTRO CIRURGICO 
O BLOCO CIRÚRGICO 
 
 
Definição: “conjunto de áreas de instalações que 
permite efetuar procedimentos anestésico-
cirúrgicos nas melhores condições de segurança 
para o paciente e conforto para equipe que o 
assiste” 
 
Hospital é um macro sistema -> Um dos 
microssistemas é o CC. 
• Próximos a áreas que possam contribuir 
com o fluxo. 
 
CC -> Definido como um conjunto de elementos 
destinado a atividade cirúrgica; a recuperação 
anestésica e o pós operatório imediato é 
composto pelas salas de CC, RPA e CME. 
 
Em estado permanente de alerta: 
• Nenhuma cirurgia é sem risco nenhum. 
• Otimização de custos 
 
HOSPITAL (macro sistema) 
• CENTRO CIRURGICO (sistema) 
o SUBSISTEMA: 
▪ Metas e Valores: Filosofia 
▪ Tecnológico: programas, 
atividades, tarefas, ambiente, 
materiais, equipamentos. 
▪ Estrutural: organograma, 
regimento, normas, descrição, 
desempenho 
▪ Psicossocial: interações, 
expectativa, opiniões 
▪ Administrativo: financeiro, 
controle, decisões. 
 
A unidade de Centro Cirúrgico é composta 
por: 
• Centro cirúrgico (CC) 
• Sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) 
• Centro de material e esterilização (CME) 
 
Farmácia satélite: 
 
 
Objetivos do CC: 
• Prestar cuidado integral ao paciente, em todo 
o período Perioperatório 
• Proporcionar recursos humanos e materiais 
para que o ate cirúrgico seja realizado dentro 
das condições ideais, não apenas técnicas, 
mas também assépticas. 
• Realizar cirurgias programadas para o dia, 
bem como as de urgência e emergência 
• Manter em ordem o arquivo e o registro das 
cirurgias 
• Favorecer o ensino e desenvolvimento da 
pesquisa. 
• Colaborar efetivamente no tratamento do 
paciente, no restabelecimento de sua saúde 
tanto quanto possível. 
 
Meta do CC: fazer com que o paciente operado, 
dentro de um ambiente terapêutico, conte com 
todos os recursos humanos e materiais 
necessários para minimizar as ocorrências de 
situações que possam colocar sua integridade 
física e psicológica em risco. 
 
Aspectos Gerais: 
• Localização 
• Ter fácil acesso a unidades fornecedoras-
CME 
• Conhecer as RDC’s (50/2002; 307/2002) e 
discutir a funcionalidade do serviço 
• Planejamento – n° de leitos média de 
cirurgias, hospital escola. 
 
O que compõe o CC? 
• Vestiário 
• Área de recepção dos pacientes 
• Secretária 
• Corredores 
• Área de escovação 
• Sala cirúrgica 
• Sala de apoio de matérias 
• Sala da enfermagem/sala dos anestesistas 
e cirurgiões 
• Deposito de materiais e sala de expurgo 
 
PERÍODO DESCRIÇÃO 
PERÍODO 
PERIOPERATÓRIO 
Todo o período cirúrgico 
(tudo) 
PERÍODO PRÉ-
OPERÁTORIO 
MEDIATO 
Quando ela descobre, e vai até 
24 horas antes da cirurgia 
PERÍODO PRÉ-
OPERATÓRIO 
IMEDIADO 
 
24 horas antes 
PERÍODO 
TRANSOPERATÓRIO 
OU 
INTRAOPERATÓRIO 
 
Durante a cirurgia 
PÓS-OPERATÓRIO 
IMEDIATO 
As primeiras 24 horas 
PÓS-OPERATÓRIO 
MEDIATO 
Quando o paciente já passou 
as primeiras 24 horas mais 
ainda está no hospital 
PÓS-OPERATÓRIO 
TARDIO 
Quando o paciente já está na 
casa dele. 
 
O CC É UMA ÁREA CRÍTICA? 
Áreas crítica: são os ambientes onde existe risco 
aumentado de transmissão de infecção, onde se 
realizam procedimentos de risco, com ou sem 
pacientes ou onde se encontram pacientes 
imunodeprimidos 
• São exemplos desse tipo de área: Centro 
Cirúrgico (CC), centro obstétrico (CO), 
unidade de terapia intensiva (UTI), unidade 
de diálise, laboratório de análises clínicas, 
banco de sangue, setor de hemodinâmica, 
unidade de transplante, unidade de 
queimados, unidades de isolamento, 
berçário de alto risco, central de material 
e esterilização (CME), lactário, serviço de 
nutrição e dietética (SND), farmácia e área 
suja de lavanderia. 
 
Áreas semicríticas: são todos os 
compartimentos ocupados por pacientes com 
doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e 
doenças não infecciosas. 
• São exemplos desse tipo de área: 
enfermarias e apartamentos, ambulatórios, 
banheiros, posto de enfermagem, elevador 
e corredores. 
 
 
 
Áreas não-críticas: são todos os demais 
compartimentos dos estabelecimentos 
assistenciais de saúde não ocupados por 
pacientes e onde não se realizam procedimentos 
de risco. 
• São exemplos desse tipo de área: vestiário, 
copa, áreas administrativas, almoxarifados, 
secretaria, sala de costura. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS DO CC: 
Áreas não restritas: Ex: elevadores; corredores 
externos que levam ao cc; vestiários, local de 
transferência de macas. 
 
Áreas semi-restritas: Ex: secretaria; sala de 
guarda de equipamentos, farmácia-satélite, copa 
e sala de conforto. 
 
Áreas restritas: Ex: corredor interno, lavabo, salas 
cirúrgicas. 
 
LEGISLAÇÃO SANITÁRIA 
Resoluções 
• RDC 50/2002: dispõe sobre o 
regulamento técnico para planejamento, 
programação, elaboração e avaliação de 
projetos físicos de estabelecimentos 
assistenciais de saúde. 
• RDC 307/2002: Altera a resolução – RDC 
n° 50 de 21 de fevereiro de 2002 que 
dispõe sobre o regulamento técnico para 
planejamento, programação, elaboração e 
avaliação de projetos físicos de 
estabelecimentos assistenciais de saúde. 
 
SALA DE CIRURGIA 
• Pequena: 20m² - dimensão mínima 3,45m 
• Média: 25m² - dimensão mínima 4,65m 
• Grande: 36m² - dimensão mínima 5,00m 
 
Sala de pequena cirurgia (oftalmologia, 
endoscopia, otorringolaringologia, cirurgia 
dermatológica etc.) para cada 50 leitos não 
especializados ou para cada 15 leitos cirúrgicos 
deve haver uma sala. Esta sala deve ser de pelo 
menos 20m². as instalações obrigatórias são as de 
oxigênio, óxido nitroso, ar comprimido medicinal, 
vácuo clínico, ar condicionado, elétrica 
diferenciada. Cada sala só deve conter uma única 
mesa cirúrgica. O pé-direito (altura do piso ao 
teto), deve ser no mínimo de 2,7m. 
Sala de média cirurgia (geral); deve haver 2 
salas para cada 50 leitos não especializados ou 15 
leitos cirúrgicos devem corresponder a uma sala 
de cirurgia. Esta sala deve ter no mínimo 25,0m². 
todas as salas devem ter as mesmas instalações 
obrigatórias das salas pequenas cirurgia. 
 
Sala de grande cirurgia (ortopedia, neurologia, 
cardiovascular). Esta sala deve ter 35,0m², com 
dimensão mínima de 5,00m. 
 
Sistemas de abastecimento e instalações: 
• Oxigênio - 2 
• oxido nitroso – 1 
• ar comprimido – 2 
• vácuo clínico – 1 
• tomadas 110 e 220w – 2 
• conjuntos c/ 4 tomadas (paredes distintas) 
• tomadas para aparelho RX portátil 
• foco 
 
Equipamentos básicos: 
• Mesa de operações com base e segmentos 
articulados. 
• Mesas auxiliares para colocação 
instrumental cirúrgico. 
 
Equipamentos: 
• Carro anestesia + monitores 
• Cestos (hampers) 
• Bacia + suportes 
• Bisturi elétrico 
 
Ar condicionado: 
 
De 30.000 a 60.000 microrganismos podem 
depositar-se no campo operatório por hora. 
• O ar é uma via de bactérias e fonte de 
contaminação; 
• Pessoas na SC são fonte de micro-
organismos: 
o Gotículas de ar expirado 
o Descamação de células de pele 
o Partículas transportadas nos sapatos. 
• Função de exaustão 
o Remoção de odores, calor e gases 
anestésicos voláteis. 
• Controle bacteriológico 
 
• Filtragem do ar 
o Retirar e impedir entrada de partículas 
contaminantes 
o Partículas menos de 5µ 
o Troca de ar 15 a 25x/hora 
• Conforto térmico 
o Controle da temperatura e umidade 
• Cada sala de operação (SO) deve possuir 
controle individual de temperatura 
• Devem ser utilizados filtros de ar específicos 
de alta eficiência, os high efficiency 
particulate air (HEPA) 
• É recomendável que haja pressão positiva 
dentro de cada SO para prevenir a entrada de 
ar potencialmente contaminado por meio de 
áreas adjacentes 
• Para as salas específicas de transplante asortopédicas, recomenda-se o uso de fluxo 
laminar 
 
Conforme norma Nbr 7256/82: 
 
 
Iluminação: 
o Eliminação de sombras: luz de várias 
direções 
o Redução de calor: lâmpadas ideais e filtros 
atérmicos 
o Intensidade adequada: conforto para a 
equipe 
o Eliminação de reflexos: material metálico 
fosco 
o Iluminação geral proporcional: diminuir 
contraste 
 
 
 
Durante uma cirurgia, o campo visual cirúrgico é 
vermelho (não é à toa que o isolamento do 
campo é feito com tecido verde, complementar 
ao vermelho) 
 
O uso da tonalidade verde nos tecidos de 
isolamento do campo cirúrgico, no revestimento 
do piso ou de qualquer outra superfície da SC 
atua como complementar da tonalidade 
vermelha, provocando o descanso visual dos que 
trabalham ali. 
 
Focos: 
➢ Focos de teto 
➢ Cúpula com revestimento de espelhos 
refletores x múltiplas lâmpadas conjugadas 
o Filtro atérmico 
o Verta externa e braços articulados 
para mobilidade 
o Focalização 
➢ Focos auxiliares 
o Bases sobre rodízios + baterias 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS 
Fixos: são aqueles adaptados à estrutura da SO 
➢ Foco cirúrgico 
➢ Negatocópio 
➢ Tomadas e interruptores 
➢ Régua para gás medicinal 
 
Móveis: são aqueles equipamentos úteis para 
todas as salas e podem ser deslocados. 
➢ Mesas auxiliares: mayo e instrumentadora 
➢ Carrinho de anestesia + monitores 
➢ Cestos (hampers) 
➢ Bacia + suportes 
➢ Bisturi elétrico 
➢ Carro de medicamentos 
➢ Escada com dois degraus 
➢ Balança para pesar compressas 
➢ Foco móvel 
➢ Braçadeiras 
 
Materiais 
➢ Pacotes de aventais 
➢ Pacote de LAP 
➢ Pacote de impermeável 
➢ Pacote de compressas 
➢ Cúpulas, cuba-rim, bacias. 
➢ Caixa de instrumentais 
➢ Bandeja de material de anestesia 
➢ Material de consumo diário 
 
Medicamentos usados em sala cirúrgica: 
➢ Anestésicos 
➢ Analgésicos 
➢ Pomadas 
➢ Soluções 
➢ Material para curativo 
➢ Psicotrópicos 
 
SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-
ANESTESICA -SRPA 
É a área destinada à permanência do paciente 
logo após o término do ato anestésico cirúrgico 
até a recuperação da consciência, eliminação de 
anestésicos e estabilização dos sinais vitais 
Deve estar instalada dentro do CC ou nas suas 
proximidades, favorecendo o transporte rápido 
do paciente anestesiado para este local. 
 
Dimensionamento: 
• Varia de acordo com o porte e 
complexidade do BC 
• Mínimo 2 macas 
• N° de macas: n° SC+1 (cirurgia alta 
complexidade a recuperação pode se dar 
na UTI) 
• Distância entre leitos = 0,9m 
• Distância entre leitos e parede (exceto 
cabeceira) = 0,6m 
 
Sistemas de abastecimento, instalações e 
equipamentos básicos: 
• Oxigênio c/ fluxômetro 
• Ar comprimido 
• Vácuo clínico 
• Sinalização de enfermagem 
• Tomadas 110 e 220w 
• Foco de luz 
• Monitor cardíaco 
• Oxímetro de pulso 
• Esfigmomanômetro 
 
Equipamentos e materiais de suporte 
respiratório: 
• Ventiladores mecânicos 
• Máscaras e cateteres (O2) 
• Sondas aspiração 
• Carrinho emergência (com material para 
intubação e ventilação manual) 
 
 
 
 
 
Acabamento: 
• Limpeza terminal constante: material 
resistente 
• Áreas críticas e semicríticas: material sem 
ranhura 
• Áreas restritas e semi restritas: sem 
tubulação aparente, se não embutida, com 
proteção 
• Sistema de emergência com gerador 
próprio, capaz de assumir automaticamente 
o suprimento de energia em, no máximo, 
meio segundo e mantê-lo por, no mínimo, 
uma hora. 
• Junção de rodapé e piso: sem ressaltos, 
acesso a dispositivos de limpeza 
• Acabamento e rejunte: material com índice 
de absorção de até 40% 
• Cores (psicológico): cores frias e tons pastéis 
• Tintas verdes: sem cheiro, atóxica, áreas 
críticas 
• Não são permitidos ralos nas SO 
• Nas áreas molhadas devem ter fechos 
hídricos e tampas com fechamento 
escamoteável 
• A janelas devem ser lacradas, com persianas 
cobertas por vidros, possibilitando a 
limpeza e o escurecimento da SO 
• O forro deve ser contínuo nas SO 
• As instalações elétricas têm de possuir 
sistema de aterramento 
 
Acabamento – portas 
• Visores de vidro 
• Dimensões mínimas de 1,20mx2,10m 
• Dispositivos que permitam sua abertura, 
sem que haja a necessidade de usar as 
mãos. 
 
Instalações mínimas do CC 
• Água fria 
• Água quente 
• Vapor 
• Oxigênio canalizado 
• Ar comprimido medicinal 
• Ar condicionado 
• Sistema elétrico de emergência e 
diferenciado 
• Exaustão 0,9% 
• Recomenda-se: instalações para 
prevenção e combate incêndio, sistema 
de telefonia, sistema para informática, sim 
e para equipamentos para de 
telemedicina 
Configuração física do CC 
• Características estruturais do prédio 
• Área física 
• Especialidades 
• Demanda 
 
 
 
CENTRO CIRURGICO AMBULATORIAL 
Número menor de ambientes, conforme a RDC 
50: 
• Recepção e preparo de pacientes 
• Área de escovação 
• Sala pequena ou média (pode ser única) 
• Sala de recuperação com posto de 
enfermagem 
• Sala de espera para pacientes e 
acompanhantes 
• Sala de prescrição e registro 
• Vestiário 
 
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO 
CENTRO CIRURGICO, ROTINAS GERAIS 
DO CENTRO CIRUGICO 
• As atividades devem ser marcadas mediante 
a entrega dos avisos de cirurgia pela clínica 
até 12 horas de véspera de operação. 
• Quando houver cirurgia às 7:00 horas o 
plantão noturno deve ser passado para o 
turno da manhã com o paciente na sala 
• O instrumentador e o circulante são 
responsáveis pelo transporte do paciente. 
• Nenhum paciente deverá sair do centro 
cirúrgico sem prontuário 
• Manter estoque da sala em dia 
• Não permitir circulação de pessoal no centro 
cirúrgico sem a devida paramentação 
 
 
 
 
 
 
VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
SETOR DE VIGILANCIA E CONTROLE DAS 
COMISSÕES DE INFECÇÃO HOSPITALAR 
 
Inspeção sanitária em estabelecimentos 
assistenciais de saúde para fins de liberação de 
funcionamento anualmente, nos setores 
fechados. 
 
O enfermeiro que for consultado sobre a 
construção de um centro cirúrgico, quando for 
responsável pela sua fiscalização ou quando for 
trabalhar em um, deve levar em conta os 
seguintes aspectos: 
• Qual o horário de funcionamento? 
• Qual a duração média de cirurgias? 
• Quantas cirurgias são feitas por dia? 
• Se trata de um hospital escola? 
• Quais são as especialidades cirúrgicas 
atendidas? 
• Quais os recursos tecnológicos que se 
farão necessários? 
 
EQUIPE DE ENFERMAGEM NA SALA DE 
OPERAÇÃO 
O centro cirúrgico visa atender a resolução de 
intercorrências cirúrgicas, por meio da ação de 
uma equipe integrada. 
Considerando-se o elevado número de 
procedimentos realizados e a complexidade da 
unidade, o papel do enfermeiro exige, além do 
conhecimento científico, responsabilidade, 
habilidade técnica e estabilidade emocional 
Organizar o processo de cuidar, coordenar e 
controlar o trabalho da equipe de enfermagem e 
as atividades que o centro cirúrgico mantém com 
outras seções do hospital e garantir uma 
assistência completa ao paciente são finalidades 
do trabalho de enfermagem em centro cirúrgico 
 
EQUIPE CIRURGICA: 
• Cirurgião 
• Assistente 
• Anestesiologista 
• Instrumentador 
• Circulante 
 
 
 
 
 
 
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO CC 
O papel do enfermeiro de centro cirúrgico é 
distribuído em quatro áreas: 
• Administrativo 
• Assistencial 
• Ensino 
• Pesquisa 
• Organizar e supervisionar o funcionamento 
do C.C 
• Prover o C.C de equipamentos, materiais, 
roupas e pessoal 
• Elaborar rotinas e revisar periodicamente as já 
existentes 
• Supervisionar a assiduidade, pontualidade e 
disciplina do pessoal 
• Executar e colaborar com programas de 
pesquisa e educação continuada 
• Receber plantão e verificar as ocorrências 
• Providenciar para que as cirurgias aconteçamno horário estabelecido 
• Avaliar periodicamente o pessoal do serviço 
• Planejar escalas de trabalho 
• Solicitar dos funcionários o uso do uniforme 
privativo 
• Verificar o funcionamento dos aparelhos 
• Supervisionar as salas de cirurgia 
• Realizar visita pré-operatória, e reuniões 
periódicas 
 
ATRIBUIÇÕES DO CIRCULANTE 
• Identificar o paciente pelo nome 
• Promover conforto 
• Verificar o preparo da área operatória 
• Verificar se o paciente está com dreno ou 
sonda 
• Promover o controle de infecção hospitalar 
destacando o uso correto do uniforme 
privativo, bem como os padrões de limpeza e 
decisões a serem tomadas após uma cirurgia 
contaminada. 
• Auxiliar na monitorização e anestesia 
• Preencher impressos adequadamente 
• Comunicar defeitos de equipamentos 
• Controlar materiais 
• Auxiliar a equipe na paramentação 
• Abrir materiais esterilizados 
• Encaminhar peças para exames 
• Encaminhar pacientes para RPA 
• Desmontar SO e realizar limpeza concorrente. 
 
 
 
 
ATRIBUIÇÕES DO INSTRUMENTADOR 
• Conferir o material a ser utilizado durante o 
procedimento cirúrgico. 
• Escovar-se 15 minutos antes da cirurgia 
• Paramentar-se 
• Preparar a mesa cirúrgica 
• Auxiliar na colocação dos campos quando 
solicitado 
• Conservar as mãos sempre acima da cintura 
• Acompanhar com atenção os tempo 
cirúrgicos 
• Entregar o material com destreza 
• Não deixar instrumentos em cima do paciente 
• Auxiliar no curativo cirúrgico 
• Contar e preparar material para a primeira 
lavagem no expurgo 
 
O PAPEL DA ENFERMAGEM NA GESTÃO DO 
CENTRO CIRÚRGICO 
O serviço de enfermagem tem como principal 
função a prática da assistência de enfermagem ao 
paciente. O enfermeiro, no desempenho de suas 
atribuições dentro do centro cirúrgico e na busca 
da qualidade do atendimento, realiza atividades 
tanto assistências como administrativas. 
 
ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO 
A organização do serviço de enfermagem 
engloba tudo aquilo que é feito com finalidade 
de permitir seu perfeito funcionamento, o alcance 
dos objetivos e o perfeito desenvolvimento das 
atividades. 
 
MODALIDADE DA ASSISTÊNCIA 
É necessário que haja pelo menos 1 enfermeiro 
assistencial para cada 3 salas de cirurgia 
eletiva, além do enfermeiro gerente 
(coordenador) que é responsável pelas ações 
administrativas (resolução COFEN 543/2017) 
 
O modelo de assistência utilizado é o cuidado 
integral, onde o profissional de enfermagem 
assume a responsabilidade pela execução de 
todos os cuidado que devem ser realizados com 
os pacientes, a ele designados, no seu horário de 
trabalho 
• LIDERANÇA/ CONDUÇÃO/ HIERARQUIA DA 
EQUIPE 
 
 
 
 
 
AULA 2 – ASPECTOS HISTÓRICOS 
PRIMEIRAS CIRURGIAS 
• Trepanação (pré-histórica) 
o Esse procedimento consistia em perfurar 
o crânio 
o Era realizado para tratar casos de 
enxaqueca, epilepsia e doenças mentais 
o Intuito de “expulsar os maus espíritos” 
causadores do problema. 
 
HISTÓRIA DA CIRURGIA 
CIRURGIÕES E BARBEIROS-CIRURGIÕES 
Barbeiros-cirurgiões e cirurgiões propriamente 
ditos formavam uma só categoria – 1540 a 
companhia dos barbeiros-cirurgiões de 
Londres foi formada pela união da companhia 
de barbeiros com a sociedade dos cirurgiões 
 
Os barbeiros-cirurgiões eram treinados através 
de guildas – treinamento prático para lidar com 
procedimentos mais simples (sangrias, colocação 
de bandagens, drenagem de abscessos) 
 
Os barbeiros-cirurgiões também foram 
chamados de “médicos da bata curta”, que se 
distinguiam dos cirurgiões, denominados 
“médicos da bata longa”, embora o status 
universitário ainda não fosse concebido aos 
cirurgiões, mas apenas aos médicos. 
 
Os médicos seguiam um programa de educação 
dirigido pelas universidades, com conhecimento 
dos clássicos e estudos de autores médicos 
antigos como Galeno, os médicos consideravam 
indigno realizar procedimento cirúrgico. 
 
• Os barbeiros também foram os precursores 
dos dentistas. 
 
PRIMEIRAS CIRURGIAS: 
• 2 em cada 3 pacientes morriam 
• Dor, hemorragia e a infecção 
• Cirurgias-relâmpagos (sem anestesia) 
• Aberta ao público 
• Ausência de métodos assépticos 
 
 
COMO ERAM FEITAS AS CIRURGIAS SEM 
ANESTESIA NO SÉCULO 19 
 
 
Anestesia: ervas, e fazer o paciente desmaiar. 
• Joseph Priestley: o óxido nitroso (N2O) 
em 1773 
o O gás produzia uma sensação agradável, 
acompanhada de um desejo incontido de 
rir (por isso o nome de gás hilariante) 
o Sedação consciente, ou seja, o gás age 
relaxando o paciente. 
• Anestesia (1846) 
o na cidade de Boston, nos estados unidos, 
Thomas Green Morton, pela primeira vez 
usou éter para realizar uma cirurgia 
o provoca vômitos no pós operatório 
gerando desidratação. 
• Novembro de 1847 
o James Simpson, obstetra em Edimburgo 
(Escócia) usou clorofórmio para alívio da 
dor no parto vaginal – suscitou diversos 
debates médicos e religiosos – a dor do 
parto era então considerada um 
“castigo”. 
o Jhon Snow, médico epidemiologista 
inglês administrou clorofórmio à rainha 
Vitória em deu parto -1857 
• Anestesia (1884) 
o A cocaína foi introduzida como um 
anestésico em 1884 pelo Dr. Karl Koller. 
o Este era um estagiário de oftalmologia no 
hospital geral de Viena e em um 
experimento público, ele aplicou no seu 
próprio olho uma solução de cocaína e 
depois, para o espanto da plateia, o picou 
com alfinetes sem problema. 
 
HISTÓRIA DA CME 
 
• Antes 1840 – os instrumentos eram limpos 
com qualquer pano ou na aba do casaco dos 
cirurgiões, sem nenhuma assepsia. 
• Semmelwis 1848 – rigorosa lavagem das 
mãos e instrumentos na cal clorada. 
• Florence 1857 – na guerra da Criméia. 
Melhorou as condições sanitárias do hospital 
de atendimento de feridos de guerra, 
instalando condições adequadas de higiene 
na cozinha, lavanderia e quartos dos 
pacientes. Com isto, obteve significativa 
redução de mortalidade. 
• (Louis) Pasteur (1874) – Joseph Listrer 
(1880) 
o Instrumentais submersos em água 
ferventes e passados sobre uma chama. 
o Conseguiu diminuir a mortalidade de 
seus pacientes, tratando os fios de sutura 
e as compressas com solução de fenol. 
• Charles Chamberland (1876 – 1880) 
o Colaborador de Pasteur, foi responsável 
por desenvolver o primeiro esterilizador 
à pressão de vapor, ou autoclave. 
o Este equipamento pode ser considerado 
o precursor de nossos esterilizadores 
modernos. 
 
• Robert Koch (1881) 
o Médico bacteriologista, pioneiro na 
comprovação de que as bactérias podem 
provocar doenças nos seres vivos. 
o Descobriu o agente etiológico de muitas 
doenças 
o Estudou propriedades do vapor para 
matar bactérias; esterilização dos 
instrumentais cirúrgicos pelo vapor. 
• Halstes (1890) 
o Estabeleceu rigor na técnica cirúrgica ao 
invés da rapidez 
o Todos os integrantes da sua equipe, além 
de lavar, deveriam mergulhar as mãos em 
uma solução de ácido fênico antes das 
operações 
o Introduziu o uso de luvas de borracha nas 
cirurgias 
 
 
 
 
 
 
AULA 3 – RECURSOS MATERIAIS E 
HUMANOS PARA CENTRO CIRÚRGICO 
RECURSOS HUMANOS E FINANCEIROS 
Recursos humanos e financeiros são 
necessários para o funcionamento de 
qualquer organização 
• C.C: diversos materiais, com preços 
diferentes 
• Custos hospitalares aumentando 
• Produto final: prestação de serviço ao 
cliente 
• Reestabelecimento racional de artigos 
médico-hospitalares: previsão, provisão, 
padronização de artigos. 
 
Previsão: levantamento de necessidades para 
atender a programação cirúrgica 
• Necessidade de diagnóstico situacional: 
quais são as minhas UI? UPA? 
Ambulatório? Paciente externos? 
• Especificidade do tipo de artigo 
• Característica das clínicas e do meu 
usuário – Ex: cirúrgico x oncológico 
• Frequência do uso dos artigos – atentar 
durante 90 dias 
• Número de procedimentosrealizados 
• Local de armazenamento; durabilidade do 
artigo (de vida útil e também de 
esterilização) 
• Periodicidade de reposição do artigo – Ex: 
Lap cirúrgico: considere 4 
• Descartáveis: previsão de 48 horas. 
 
Provisão de artigos: reposição dos produtos 
necessários para as atividades no CC 
• TEMPO: reposição feita em tempo pré-
determinado (ex: 1 vez na semana) 
• QUANTIDADE: quando chega ao nível 
mínimo, é feita a reposição 
• TEMPO E QUANTIDADE: Determinada 
“cota” que será gasta em um período de 
tempo. A solicitação possui uma 
quantidade pré-determinada. 
• REPOSIÇÃO IMEDIATA: utilizada em 
serviços privados, débitos na hora. 
 
 
Padronização dos Artigos: 
Objetivo da padronização: simplificar, 
minimizar o número de componentes do produto 
final a ser mantido em estoque, sem prejudicar as 
características e exigências técnicas, eliminando o 
que não for necessário. 
• Vantagens: 
o Simplifica a conferência, controle e 
manuseio 
o Elimina os desperdícios 
o Evita a aquisição de emergência 
 
Controle de estoque dos artigos: 
• Envolve: desde a quantidade (consumo), a 
qualidade, a conservação e reparos 
(instrumental), ate a proteção contra roubos e 
extravios dentro do CC. 
• fichas, cadernos de entrada e saída, sistema 
informatizado. 
• Colaborar na redução de custos 
• Facilitar o bom funcionamento da política de 
reposição e estocagem de artigos 
• Prevenir sobre os riscos de vencimento 
• Apresentar estatística objetivas 
 
Manutenção do instrumental: preventiva ou 
corretiva. Promove segurança ao cliente e a 
equipe. 
 
Controle ABC do estoque: 3 grandes classes, de 
acordo com seu valor aquisitivo, 
consequentemente com tratamento diferenciado 
para cada classe: 
• A: maior importância (maior custo, não 
necessariamente unitário), representa 
cerca de 20% do total de artigos, 65% dos 
investimentos 
• B: intermediários, representa cerca de 
50% do total de artigos, 10% dos 
investimentos. 
• C: menor importância: representa cerca 
de 30% do total de artigos, 25% dos 
investimentos. 
 
Processo de compra dos artigos: 
• Administração publica seleciona a proposta 
mais interessante para os seus interesses. 
• No serviço privado, a compra é através de 
negociação direta 
• Pode existir também compra de emergência 
 
Dimensionamento de pessoal no CC 
• Quantos profissionais devem ser lotados no 
setor 
• Dimensionamento inadequado causa 
prejuízo assistência 
• Enfermagem: maior quantitativo – alvo para 
redução de custos 
 
No cc: 
• Leva em conta as horas de enfermagem por 
cirurgia, no período eletivo 
• Considere o tempo de limpeza, por cada 
cirurgia 
• Tempo de espera, entre as cirurgias 
• Proporção profissional/ categoria: 1 a cada 3 
SO (variável) 
• Resolução COFEN 543/2017 
 
 
Treinamento e desenvolvimento da equipe de 
enfermagem no CC 
• Necessidade importante 
• Há cursos, porem não há interesse – será que 
é o método errado? 
• CC e CME: áreas muito especificas. 
 
Educação permanente em CC: 
• Implantado em diversos hospitais: justifica-
se pela força de trabalho da categoria, a 
necessidade de elevar a melhoria da 
assistência e das relações interpessoais. 
• Treinamento incompleto: botamos em 
prática, necessidade de programas de 
capacitação. 
 
 AVALIAÇÃO DO TREINAMENTO: 
• Avaliação do programa 
• Feedback 
 
 
 PLANEJAMENTO 
• Palestrante, público, custo, espaço físico, 
horário, datas, estratégias, recursos e 
execução 
 
 
 AVALIAÇÃO DE NECESSIDADES 
o Necessidade da equipe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 4 – O QUE É SEGURANÇA DO 
PACIENTE? 
Segurança do Paciente é o rol de ações 
promovidas pelas instituições de saúde para 
prevenir e reduzir a um mínimo aceitável o risco 
de quaisquer danos relacionados aos cuidados de 
saúde, de acordo com as Seis Metas preconizadas 
pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 
 
 
Essa Aliança tem o objetivo de despertar a 
consciência profissional e o comprometimento 
político para uma melhor segurança na 
assistência à saúde e apoiar os Estados Membros 
no desenvolvimento de políticas públicas e na 
indução de boas práticas assistenciais 
 
Metas e desafios globais para a qualidade e 
segurança do paciente: 
• Um marco importante nesse sentido se 
deu em outubro de 2004, quando a OMS 
lançou formalmente a Aliança Mundial 
para a Segurança do Paciente; 
• Esta Aliança tem como objetivo despertar 
a consciência e o comprometimento 
político para melhorar a segurança na 
assistência, além de apoiar os países no 
desenvolvimento de políticas públicas e 
práticas para segurança do paciente em 
todo o mundo. 
 
Formulação de desafios globais... 
O Primeiro Desafio Global focou as infecções 
relacionadas com a assistência à saúde, 
envolvendo: 
1) higienização das mãos; 
2) procedimentos clínicos e cirúrgicos seguros; 
3) segurança do sangue e de hemoderivados; 
4) administração segura de injetáveis e de 
imunobiológicos; 
5) segurança da água, saneamento básico e 
manejo de resíduos 
 
2° desafio global para a segurança do 
paciente: cirurgias seguras salvam vidas (2007) 
 
 
 
 
Assembleia 
mundial da 
saúde 2002
crescimento 
dos casos de 
erros com o 
paciente 
aliança 
mundial para 
segurança do 
paciente 2004
 
No Brasil... 
 atualmente, a melhoria da segurança do 
paciente e da qualidade da assistência à 
saúde tem recebido atenção especial em 
âmbito global; 
 esses danos podem ser incapacitantes, com 
sequelas permanentes, além de levar ao 
aumento do custo e da permanência 
hospitalar e, até mesmo, resultar em morte 
prematura como consequência direta das 
práticas em saúde inseguras (WHO, 2008). 
 Antes de fazer a medicação, antes de 
administrar o sangue 
 Ler de volta o exame 
 Prevenção de erros de medicação 
 Utilizar checklist: marcar o local de cirurgia 
 Incentivar a diminuição de IH 
 Ex: avaliar medicações que levam a queda 
 
OBEJTIVOS: 
1- Prevenção de infecções de sítio cirúrgico 
2- Anestesia segura 
3- Equipes cirúrgicas seguras 
4- Indicadores da assistência cirúrgica 
 
Abordagem abrangendo todos os sistemas 
para melhora da segurança cirúrgica: Não há 
somente uma única solução que proverá a 
melhora da segurança cirúrgica. Requer-se a 
conclusão de uma sequência de etapas 
necessárias na assistência, não apenas pelo 
cirurgião, mas pela equipe de profissionais de 
assistência à saúde, trabalhando juntos em um 
sistema de saúde que os apoie para benefício do 
paciente. 
 
Como foi criado esse “desafio”: Anestesia 
segura: Três décadas atrás, um paciente 
submetido à anestesia geral tinha chance de 
morte estimada em 1 em 5.000. Com o progresso 
do conhecimento e das padronizações básicas de 
assistência, o risco caiu para 1 em 200.000 no 
mundo desenvolvido – uma melhora de quarenta 
vezes. Infelizmente, a taxa de mortalidade 
associada à anestesia nos países em 
desenvolvimento parece ser 100-1.000 vezes 
mais alta 
 
Equipes cirúrgicas eficientes: a equipe de 
trabalho é o centro de todos os sistemas que 
funcionam de maneira eficaz e que envolvem 
muitas pessoas. Na sala de operações, onde as 
tensões podem ser altas e vidas estão em jogo, a 
equipe de trabalho é um componente essencial 
da prática segura 
 
Mensuração da assistência cirúrgica: um 
problema na segurança cirúrgica tem sido a 
escassez de dados básicos, 
Não existe nenhuma padronização 
 
4 maneiras de promover a melhoria da 
segurança: 
fornecendo informação sobre a função e os 
padrões da segurança cirúrgica na saúde 
pública para médicos, administradores de 
hospitais e funcionários da saúde pública; 
• definindo um conjunto mínimo de 
indicadores cirúrgicos, para a vigilância 
nacional e internacional da assistência 
cirúrgica 
• identificando um conjunto simplesde 
padrões de segurança cirúrgica que seja 
aplicável em todos os países e cenários e 
que esteja compilado em uma lista de 
verificação para uso nas salas de 
operações; 
• avaliando e difundindo a Lista de 
Verificação e as medidas de vigilância em 
locais piloto em todas as regiões da OMS 
inicialmente e depois em hospitais pelo 
mundo 
 
Checklist 
 
 
 
 
 
 
Maior chance de ocorrer: procedimentos 
bilaterais. 
• Falhas na comunicação e problemas de 
liderança 
• Esforço dos ortopedistas em mudar essa 
ideia: marcar o local com caneta (1994) 
• Em 2003, a Comissão Conjunta formulou 
e obrigou o uso de um protocolo 
universal para prevenção dos erros 
relacionados ao local errado, ao paciente 
errado e ao procedimento errado, o qual 
foi adotado por muitas organizações 
profissionais, incluindo o Colégio 
Americano de Cirurgiões: Protocolo 
Universal 
 
ETAPA 1: Consiste na verificação do paciente, 
local e procedimento corretos em todas as 
etapas, desde o momento da decisão de operar 
até o momento em que o paciente é submetido 
à cirurgia. Isto deve ser feito: • quando o 
procedimento é marcado, no momento da 
admissão ou entrada na sala de operações, a 
qualquer momento em que a responsabilidade 
pela assistência ao paciente seja transferida para 
outra pessoa; e antes que o paciente deixe a área 
pré-operatória ou entre na sala de 
procedimentos ou cirúrgica. 
 
ETAPA 2: demarcação 
 
ETAPA 3: Pausa Cirúrgica: breve pausa antes da 
incisão para confirmar o paciente, o 
procedimento e o local da operação. É também 
uma oportunidade para assegurar que o paciente 
esteja corretamente posicionado e que quaisquer 
implantes necessários ou equipamento especial 
estejam disponíveis 
 
Objetivo 2: A equipe usará métodos conhecidos 
para impedir danos na administração de 
anestésicos, enquanto protege o paciente da dor 
 Primeiras discussões sobre segurança do 
paciente; 
 Utilização de oxímetro e do capnógrafo; 
 Aparelhos sempre em constante vigilância 
 Avaliação de risco do paciente 
 
 
 
 
Objetivo 3: A equipe reconhecerá e estará 
efetivamente preparada para perda de via aérea 
ou de função respiratória que ameacem a vida 
• fracasso na obtenção de via aérea: 
definido pela ocorrência de três tentativas 
fracassadas de intubação orotraqueal por 
um praticante hábil ou pela falha na 
manutenção de uma saturação aceitável 
de oxigênio (geralmente ≥ 90%) em um 
paciente que de outra maneira seria 
normal 
• Avaliação das vias aéreas 
 
Objetivo 4: A equipe reconhecerá e estará 
efetivamente preparada para o risco de grandes 
perdas sanguíneas 
 Previsão de perda... 
 Cirurgia de grande porte? 
 Usa anti coagulante? 
 Verifique se tem hemoderivados 
 
Objetivo 5: A equipe evitará a indução de reação 
adversa a drogas ou reação alérgica sabidamente 
de risco ao paciente 
• Definição da OMS: “qualquer efeito 
prejudicial ou indesejável, não intencional, 
que aparece após a administração de um 
medicamento em doses normalmente 
utilizadas no homem para a profilaxia, o 
diagnóstico e o tratamento de uma 
enfermidade” 
o omissão: não se administrou a droga 
desejada; 
o repetição: administrou-se uma dose extra 
involuntária da droga desejada; 
o substituição: administrou-se a droga 
errada; 
o dose ou taxa de infusão incorreta; 
o via incorreta: administrou-se a droga pela 
via errada; e 
o paciente incorreto: administrou-se a 
droga no paciente errado. 
 
Objetivo 6: A equipe usará de maneira 
sistemática, métodos conhecidos para minimizar 
o risco de infecção do sítio cirúrgico 
 Ocorrem após procedimentos invasivos 
nas camadas superficiais ou profundas da 
incisão ou no órgão ou espaço que foi 
manipulado; 
 Gera aumento do custo; 
 Contaminação pelas bactérias; 
 Correto preparo da pele; 
 Uso dos profiláticos; 
 Minimizando a contaminação da sala 
operatória; 
 Uso de Epi’s 
 Correta limpeza, desinfecção e 
esterilização dos equipamentos 
 
Objetivo 7: A equipe impedirá a retenção 
inadvertida de compressas ou instrumentos nas 
feridas cirúrgicas 
• Contagens devem ser feitas para qualquer 
procedimento no qual compressas, 
perfurocortantes, itens variados e 
instrumentais possam ficar retidos no 
paciente. Estas contagens devem ser 
realizadas pelo menos no início e ao final de 
todo caso 
 
Objetivo 8: A equipe manterá seguros e 
identificará precisamente todos os espécimes 
cirúrgicos 
• A equipe deve confirmar que todos os 
espécimes cirúrgicos estejam corretamente 
identificados/etiquetados com a identidade 
do paciente, o nome do espécime e a 
localização (local e lado) da qual o espécime 
foi obtido; para tal deve ter um membro da 
equipe que leia em voz alta a 
etiqueta/identificação do espécime e outro 
que confirme verbalmente a concordância. 
 
Objetivo 9: A equipe se comunicará 
efetivamente e trocará informações críticas para 
a condução segura da operação 
• As falhas humanas mais do que as falhas 
técnicas são a maior ameaça a sistemas 
complexos. Embora a falha humana possa ser 
moderada, não pode ser eliminada. 
 
Objetivo 10: Os hospitais e os sistemas de saúde 
pública estabelecerão vigilância de rotina sobre a 
capacidade, volume e resultados cirúrgicos 
 A avaliação sobre o sucesso, as falhas e o 
progresso na prestação e sobre a segurança 
da assistência cirúrgica depende da 
informação sobre o estado da assistência. 
 A ausência de dados sobre cirurgia pelas 
medidas de avaliação da OMS 
provavelmente contribuiu para falhas no 
reconhecimento do enorme volume de 
cirurgias que são realizadas pelo mundo e 
sua contribuição para incapacidades 
preveniveis e óbitos 
 o número de salas de operação do país; 
 o número de cirurgias realizadas em salas de 
operação no país; 
 o número de cirurgiões e anestesiologistas 
habilitados no país; 
 o número de mortes nas primeiras 24h após 
cirurgia e 
 o número de mortes de pacientes 
internados após cirurgia. 
 
O Manual para Cirurgia Segura – OMS 
 Revisão; 
 Médicos e pacientes 
 Lista de Verificação é uma ferramenta 
prática e simples que qualquer equipe 
cirúrgica no mundo pode usar para 
assegurar que as etapas pré, trans e pós-
operatórias que já demonstraram benefícios 
sejam cumpridas de uma maneira oportuna 
e eficiente. 
 Estrutura estabelecida; 
 avaliação pré-operatória do paciente, 
intervenção cirúrgica e preparação correta 
para assistência pós-operatória 
 
fase pré-operatória, a obtenção do 
consentimento informado, a confirmação da 
identidade do paciente, do sítio a ser operado, da 
demarcação do local a ser operado e do 
procedimento a ser realizado, a verificação da 
segurança dos equipamentos de anestesia e dos 
medicamentos e a existência e disponibilidade de 
exames diagnósticos bem como prontuário 
completo do paciente (anamnese e exame físico, 
avaliação pré-anestésica, etc.) e o preparo 
adequado para ocorrências transoperatórias são 
todas etapas suscetíveis à intervenção 
 
Durante a fase operatória, o uso adequado e 
sensato de antimicrobianos, a disponibilidade 
de imagens essenciais, a monitorização 
adequada do paciente, um trabalho de equipe 
eficiente, relatórios competentes da anestesia e 
da cirurgia, técnica cirúrgica meticulosa e a 
comunicação eficiente entre os membros das 
equipes de várias áreas (cirurgia, anestesia e 
enfermagem) 
 
Na fase pós-operatória, um claro plano de 
assistência, a compreensão a respeito de 
ocorrências transoperatórias e um 
comprometimento com a melhoria da qualidade 
podem fomentar a assistência cirúrgica, 
aumentando desta forma a segurança do 
paciente e melhorando os resultados 
 
A Lista... 
• não é “oficial” 
• simples 
• ampla aplicabilidade 
• possibilidade de mensuração 
 
Como aplicar? 
• Somente uma pessoa lidera todo o processo 
• Três fases: antes da indução anestésica,após 
a indução e antes da incisão e durante ou 
imediatamente após o fechamento da ferida 
• Enquanto a fase anterior não for 
concluída, não pode avançar 
• A lista é adaptável, mas não o item 
anterior 
• Testes confirmaram a eficácia do 
processo 
 
Quais os indicadores que a lista gera? 
Indicadores cirúrgicos (considerar se a 
intenção foi de urgência ou eletiva) 
Passa assegurar a vigilância cirúrgica básica, os 
membros-estados da OMS devem coletar as 
seguintes informações: 
• O número de salas de operação do país 
• O número de cirurgias realizadas em salas 
de operação no país 
• Os números de cirurgiões e de 
profissionais de anestesia habilitados no 
país 
• O número de mortes nas primeiras 24 
horas após cirurgia e 
• O número de mortes de pacientes 
internados após cirurgia 
 
Os dois últimos itens permitirão calcular as taxas 
de mortalidade associadas aos procedimentos 
cirúrgicos: 
 
 
 
A Lista de Verificação tem a intenção de fornecer 
as equipes um conjunto eficiente e simples de 
verificações prioritárias para promover o trabalho 
de equipe efetivo e a comunicação e de encorajar 
a consideração ativa pela segurança dos 
pacientes em todas as cirurgias realizadas. 
AULA 5 - HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, 
PARAMENTAÇÃO CIRURGICA, 
ANTISSEPSIA, DEGERMAÇÃO 
Microbiota Humana: A microbiota normal é 
adaptada ao seu ambiente local, inofensiva 
quando permanece nele, porém, torna-se 
potencialmente patogênica quando invade os 
tecidos 
 
Classificação da microbiota 
• Residente: 
o Colonizam camadas mais profundas da 
epiderme. 
o Mais resistentes à remoção pelas técnicas 
de higienização. 
o É composta por bactérias normalmente 
presentes na superfície presentes na 
superfície cutânea. 
• Transitória 
o Colonizam camadas mais superficiais da 
epiderme 
o Removíveis pelas técnicas de higienização 
o Adquiridos durante o cuidado aos 
pacientes e estão relacionados 
frequentemente às infecções hospitalares. 
 
Microbiota Hospitalar: principais causadores de 
infecção hospitalar (EUA): 
• E. coli 
• S. aureus 
• S. epidermidis 
 
Principais causadores de infecção: 
 
 
QUAL A DIFERENÇA ENTRE ASSEPSIA E 
ANTISSEPSIA? 
Assepsia: é o conjunto de medidas que 
utilizamos para impedir a penetração de micro-
organismos num ambiente que logicamente é 
aquele que está livre de infecção 
 
Antissepsia: é o conjunto de medidas propostas 
para inibir o crescimento de micro-organismos 
ou removê-los de um determinado ambiente, 
podendo ou não os destruir e para tal fim 
utilizamos antissépticos ou desinfetantes. 
 
Degermação: vem do inglês degermation, ou 
desinquimação, e significa a diminuição do 
número de micro-organismos patogênicos ou 
não, após a escovação da pele com água e sabão. 
 
As medidas de assepsia abrangem: 
• Desinfecção da unidade 
• Desinfecção dos materiais 
• Desinfecção dos mobiliários cirúrgicos e 
equipamentos 
• Desinfecção do piso e áreas externas 
 
Antissepsia: consiste na utilização de produtos 
(microbicidas ou microbioestáticos) sobre a pele 
ou mucosas com o objetivo de reduzir os micro-
organismos em sua superfície (ANVISA) 
 
5 MOMENTOS DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
 
 
ANTISSÉPTICOS: como escolher o ideal? 
 
 
 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
Portaria n° 2.616, de 12 de maio de 1998 
Programa de controle de infecção hospitalar 
ANEXO V 
Recomendações gerais 
1. A utilização dos antissépticos, desinfetantes e 
esterilizantes seguirá as determinações da 
Portaria nº 15, de 23 de agosto de 1988, da 
Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS) do 
Ministério da Saúde e o Processamento de 
Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de 
Saúde/MS, 2ª edição, 1994, ou outras que as 
complementem ou substituam. 
1. Não são recomendadas, para a finalidade de 
antissepsia, as formulações contendo 
mercúrios orgânicos, acetona, quaternário de 
amônio, líquido de Dakin, éter e clorofórmio. 
 
 
• Aquoso: mucosa 
• Alcoólico: pele íntegra 
• Degermante: Degermação de pele, diminuir 
sujidades... “sabão” 
 
ANTISSÉPTICO: INDICAÇÕES DE USO 
• Higiene antisséptica das mãos de 
profissionais da saúde (situações especiais) 
• Preparo pré-operatório das mãos da equipe 
cirúrgica (Por que usar luva?) 
• Preparo pré-operatório da pele 
 
FICÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS (COM 
PREPARAÇÕES ALCOÓLICAS) 
Finalidade 
Reduzir a carga microbiana das mãos (não há 
remoção de sujidades). A utilização de gel 
alcoólico a 70% ou de solução alcoólica a 70% 
com 1-3% de glicerina pode substituir a 
higienização com água e sabão quando as mãos 
não estiverem visivelmente sujas. 
Duração do Procedimento: 20 a 30 segundos. 
 
 
ÁGUA E SABÃO (HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS 
MÃOS) 
As mãos devem ser lavadas com água e sabonete 
(líquido ou espuma) quando estiverem 
visivelmente sujas de sangue ou outros fluidos 
corporais, quando a exposição a potenciais 
amplo espectro de 
ação
PVPI, clorexidina, 
álcool..
destroem ou 
inibem o 
crescimento
organismos formadores de esporos é fortemente 
suspeita ou comprovada, ou depois de utilizar o 
banheiro 
• Finalidade: Remover os microrganismos que 
colonizam as camadas superficiais da pele, 
assim como o suor, a oleosidade e as células 
mortas, retirando a sujidade propícia à 
permanência e à proliferação de 
microrganismos. 
• Duração do procedimento: 40 a 60 segundos. 
 
 
ANTISSEPSIA CIRURGICA DAS MÃOS 
A antissepsia cirúrgica das mãos é o 
procedimento que tem como objetivo eliminar a 
microbiota transitória da pele e reduzir a 
microbiota residente, além de proporcionar 
efeito residual na pele do profissional 
 
INDICAÇÕES 
• Pré operatório 
• Antes de qualquer procedimento cirúrgico 
• Indicado para toda equipe cirúrgica 
 
 
ANTISSEPSIA CIRURGICA DAS MÃOS OU 
PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO DAS MÃOS 
I. Eliminar a microbiota transitória da pele e 
reduzir a microbiota residente, além de 
proporcionar efeito residual na pele do 
profissional 
II. As escovas utilizadas no preparo cirúrgico 
das mãos devem ser de cerdas macias e 
descartáveis, impregnadas ou não com 
antisséptico e de uso exclusivo em leito 
ungueal subungueal 
III. Para este procedimento, recomenda- se: 
antissepsia cirúrgica das mãos e antebraços 
com antissépticos Degermante 
IV. Duração do procedimento: de 3 a 5 minutos 
para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos 
para as cirurgias subsequentes (sempre 
seguir o tempo de duração recomendado 
pelo fabricante) 
 
 
 
LEMBRETES: 
▪ Retirar sempre anéis, pulseiras, relógios e 
quaisquer outros adornos das mãos e 
punhos antes da lavagem das mãos; 
▪ Manter as unhas curtas e esmaltes íntegros; 
▪ Nunca usar unhas artificiais; 
▪ Comunicar a chefia do setor em caso de 
doença periungueal; 
▪ O uso de creme hidratante é estimulado; 
▪ O uso de luvas nunca substitui a 
higienização das mãos. 
 
ANTISSEPSIA DA PELE DO PACIENTE 
Banho com sabão ou antisséptico na noite 
anterior ou no dia da cirurgia (cirurgias de cabeça 
e pescoço-orientar o paciente a lavar o cabelo 
antes da cirurgia) -CHG4% 
O paciente deve ser orientado após o banho 
preparatório a não usar loções, produtos à base 
de álcool ou cosméticos 
 
NO PACIENTE - DEGERMAÇÃO 
• Solução Degermante 
• Solução tópica para determinar o 
campo 
 
 
PARAMENTAÇÃO CIRURGICA 
A paramentação cirúrgica é um processo 
específico e padronizado, que envolve as técnicas 
de degermar as mãos, vestir avental ou roupa 
esterilizados e calçar luvas. 
 
Após o término da escovação a equipe deverá 
encaminhar-se para a sala de cirurgia com os 
antebraços fletidos, elevados e afastados do 
corpo. 
 
Na sala de cirurgia já estará aberto o LAP (pacote 
contendo campos e aventais estéreis), cada 
avental possui no seu interior uma compressa. 
 
LAP CIRURGICO 
 
 
 
 
PARAMENTAÇÃO 
 
 
 
TÉCNICA DE CALÇAR LUVA ESTÉRILAULA 6 – BIOSSEGURANÇA 
Conjunto de procedimentos, ações, técnicas, 
metodologias, equipamentos e dispositivos 
capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes 
as atividades profissionais, os quais podem 
comprometer a saúdo do homem, dos animais, 
do meio-ambiente ou a qualidade dos trabalhos 
envolvidos 
Lei de Biossegurança (Lei nº 11.105 de 2005) 
 
PERIGOS PARA A SAÚDE ASSOCIADOS AO 
AMBIENTE CIRURGICO 
 
 
NR-32: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO 
EM ESTABELECIMENTO DE SAÚDE 
É uma Norma Regulamentadora que estabelece 
as diretrizes BÁSICAS para a implementação de 
medidas de proteção à segurança e à saúde dos 
TRABALHADORES EM SERVIÇOS DE SAÚDE. 
 
Fatores de risco podem ser classificados, 
segundo sua natureza, em: 
• AMBIENTAL: 
o FÍSICO: alguma forma de energia: 
radiação, ruído, vibração etc. 
o QUÍMICO: substâncias químicas, poeira 
etc. 
o BIOLÓGICO: bactérias, vírus, fungos etc. 
 
• SITUACIONAL: instalações, ferramentas, 
equipamentos, materiais, operações etc. 
 
• HUMANO OU COMPORTAMENTAL: 
decorrentes da ação ou omissão humana. 
 
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO BIOLÓGICO: 
RISCO 1: Risco baixo individual e para 
comunidade. 
• Agentes biológicos conhecidos por não 
causarem doenças 
Risco individual moderado e limitado 
para a comunidade 
• Agentes biológicos que causam infecção 
RISCO 3: Alto risco individual e risco moderado 
para a comunidade 
• Agentes biológicos com capacidade de 
transmissão por via respiratória, letais. 
RISCO 4: Alto risco individual e para a 
comunidade 
• agentes biológicos com grande poder de 
transmissibilidade por via respiratória ou 
de transmissão desconhecida. 
 
NR-32: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO 
EM ESTABELECIMENTO DE SAÚDE 
Os trabalhadores com feridas ou lesões nos 
membros superiores só podem iniciar suas 
atividades após avaliação médica obrigatória 
com emissão de documento de liberação para o 
trabalho 
 
O empregador deve vedar: 
✓ O uso de adornos e o manuseio de lentes 
de contato nos postos de trabalho; 
✓ O consumo de alimentos e bebidas nos 
postos de trabalho; 
✓ Guarda de alimentos em locais não 
destinados para este fim; 
✓ Uso de calçados abertos. 
 
BIOSSEGURANÇA NA SAÚDE 
Todo profissional que trabalha com substâncias 
químicas de risco, com material biológico ou que 
manipule material perfurocortante ou, ainda, 
equipamentos com bases de funcionamento 
físico (ultrassom, autoclaves etc.), deve: 
• Ler a recomendação da biossegurança de 
saúde e procedimentos operacionais 
padrão do setor. 
• Prevenir-se de eventuais acidentes 
utilizando, de acordo a sua necessidade, 
os equipamentos de proteção individual e 
coletivo (jaleco, avental, óculos, protetor 
facial, cabelos presos, luvas, botas, 
máscara, avental de chumbo, câmara de 
exaustão, cabina de segurança biológica e 
química). 
 
 
LUVAS: sempre que houver possibilidade de 
contato com: 
• Sangue ou líquidos corporais 
• Secreções 
• Membranas mucosas 
• Pele lesada 
• Artigos e superfícies contaminado com 
material biológico 
Calcar luvas no local do procedimento, trocar 
após cada procedimento realizado no paciente. 
 
AVENTAL: sempre que houver possibilidade de 
contato com: 
• Respingos de sangue, fluidos, secreções e 
excreções corpóreas 
• Remover e desprezar imediatamente no 
Hamper após o uso. 
 
MÁSCARA COMUM: possibilidade de respingos 
de material biológico sobre a membranas 
mucosas da boca e olhos durante a realização e 
procedimentos no paciente ou de manuseio de 
artigos/materiais contaminados. 
 
 
 
Descarte de Perfuro- Cortantes 
➢ Todo material perfurocortante (agulhas, 
scalp, lâminas de bisturi, vidrarias) mesmo 
que estéril, utilizado no cuidado de qualquer 
paciente, deve ser descartado em recipientes 
resistentes a perfuração e com tampa; 
➢ Esses recipientes devem estar disponíveis o 
mais próximo possível do local onde está 
sendo prestado o atendimento ao paciente; 
➢ Não recapar, quebrar ou entortar agulhas, 
desprezar juntamente com as seringas sem 
desconectá-las. 
➢ Os recipientes específicos para descarte de 
material não devem ser preenchidos acima do 
limite de 2/3 de sua capacidade total; 
➢ Jamais utilizar os dedos como anteparo 
durante a realização de procedimentos que 
envolvam materiais perfurocortantes 
 
AULA 7 – TERMINOLOGIA CIRÚRGICA E 
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS 
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS 
• Definição de conduta da equipe 
• Quais materiais vão ser usados? 
 
CLASSIFICAÇÃO CIRUÚRGICA – QUANTO A 
ORDEM DE PRIORIDADE 
Emergência: a gravidade do quadro exige 
intervenção imediata (hemorragias, perfuração 
de vísceras por acidentes; craniotomia) 
 
Urgência: a intervenção cirúrgica mediata será 
realizada em até 24 horas, nas quais o paciente é 
mantido sob observações rigorosas (abdome 
agudo inflamatório) 
• O paciente deve ser operado de acordo com 
o agendamento da sala de operação 
• O paciente deve ser operado após o 
consentimento dos familiares 
• O paciente será operado após a correção de 
distúrbios hemodinâmicos. 
• O paciente deve aguardar ate que esteja fora 
de perigo imediato, e assim operar. 
 
Eletivo: O paciente pode ser operado. A não 
realização da cirurgia não é catastrófica. Ex: 
reparação de cicatrizes; hérnia simples; reparação 
vaginal. 
 
Requerida: o paciente precisa realizar a cirurgia, 
dentro de algumas semanas ou meses. É 
planejado dentro de algumas semanas ou meses; 
Ex: Hiperplasia prostática sem obstrução de 
bexiga; distúrbios da tireoide; cataratas. 
 
Opcional: essa decisão é do paciente (Preferência 
pessoal) Cirurgia cosmética. 
 
CLASSIFICAÇÃO CIRÚRGICA – QUANTO A 
FINALIDADE 
• Curativa: extirpar ou corrigir a causa da 
doença. Ex: apendicectomia 
• Paliativa: atenuar ou buscar alternativa 
para melhora da condição, aliviar a dor ou 
correção do problema. Ex: Gastrostomia 
• Diagnostica: esclarecer o processo 
patológico; Ex: laparotomia exploratória 
• Reparatória: reconstruir artificialmente 
uma parte do corpo lesada por 
enfermidade ou traumatismo. Ex: enxerto 
de pele em queimados. 
• Reconstrutora ou Plástica: estético e/ou 
reparador. Ex: Rinoplastia. 
 
Radical: Retirada total de alguma parte do corpo. 
• Ex: Histerectomia 
 
Ablativa: retirada parcial de alguma parte do 
corpo. Ex: amputação, colecistectomia 
 
CLASSIFICAÇÃO CIRURGICA – QUANTO AO 
PORTE CIRURGICO OU RISCO CARDIOLÓGICO 
Grande porte: grande probabilidade de perda de 
fluido e sangue. 
• Cirurgias de emergência, vasculares 
arteriais. 
 
Médio porte: média probabilidade de perda de 
fluido e sangue. 
• Ressecção de carcinoma espinocelular, 
prótese de quadril 
 
Pequeno porte: pequena probabilidade de 
perda de fluido e sangue. 
• Plástica, mamoplastia e endoscopia 
digestiva. 
 
CLASSIFICAÇÃO CIRÚRGICA – QUANTO AO 
TEMPO DE DURAÇÃO 
Porte I: duração de até 2 horas. 
• Rinoplastia, blefaroplastia, 
amigdalectomia, colecistectomia. 
 
Porte II: Duração a partir de 2 a 4 horas: 
• Laparotomia exploratória, gastrectomia. 
 
Porte III: duração a partir de 4 até 6 horas: 
• Craniotomia, revascularização do 
miocárdio. 
 
Porte IV: duração acima de 6 horas. 
• Transplante, cirurgia neurológica em 
geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO CIRURGICA – QUANTO AO 
POTENCIAL CIRÚRGICO 
Limpas: Realizadas em tecidos estéreis ou 
possíveis de descontaminação. São Cirurgias 
onde não ocorrem penetrações nos tratos 
digestivos, respiratório ou urinário; 
• Na ausência de processo infeccioso e 
inflamatório local 
• Cirurgias sem penetração nos tratos 
digestivos, respiratórios, urinários ou 
ginecológico. 
• Ausência de falhas técnicas 
• Cirurgia eletiva atraumáticas com 
cicatrização de primeira intenção. 
 
Potencialmente Contaminadas: Realizadas em 
tecidos colonizados por flora microbiana pouco 
numerosa ou em tecidode difícil 
descontaminação, em tecidos cavitários com 
comunicação com o meio externo; na ausência de 
processo infeccioso e inflamatório (supuração 
local), com falhas técnicas discretas no 
transoperatório, com penetração nos tratos 
digestório, respiratório ou urinário sem 
contaminação significativa. 
• Ausência de processo infeccioso e 
inflamatório 
• Falhas técnicas discretas no 
transoperatório. 
• Cirurgias limpas com drenagem. 
• Penetração nos tratos digestivos, 
respiratórios, reprodutor e urinário sem 
contaminação significativa 
• Tecidos colonizados por flora pouco 
numerosa ou área de difícil 
descontaminação. 
 
Contaminadas: Realizadas em tecidos 
traumatizados recentemente abertos, 
colonizados por flora bacteriana abundante cuja 
descontaminação seja difícil ou impossível; bem 
como aquelas em que tenha ocorrido falha 
técnica grosseira, na ausência de supuração local 
• Cirurgias com falha técnica grosseira sem 
supuração local. 
• Grande contaminação a partir do tubo 
digestivo. 
• Obstrução biliar ou urinária. 
• Presença de inflamação aguda na incisão 
e cicatrização de segunda intenção. 
• Tecidos colonizados por flora abundante 
com descontaminação impossível. 
Infectadas: Realizadas em qualquer tecido ou 
órgão em presença de processo infeccioso, 
tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de 
origem suja. 
• Tecido necrótico, corpos estranhos e 
feridas de origem suja. 
• Qualquer tecido ou órgão, em presença 
de processo infeccioso (supuração local) 
 
Exercícios: 
1. É considerada cirurgia potencialmente 
contaminada: 
a) cirurgia cardíaca para inserção de marca-
passo definitivo. 
b) cirurgia de mediastino. 
c) neurocirurgia com acesso através da 
nasofaringe. 
d) cirurgia ortopédica eletiva. 
e) cirurgia para retirada de nódulos da mama. 
 
2. Classificam-se como infectadas as cirurgias 
realizadas em tecidos com supuração local, 
em tecido necrótico, em feridas 
traumáticas sujas 
a) Certo 
b) Errado 
 
3. Classificam-se como contaminadas as 
cirurgias que se realizam em tecidos 
estéreis e na ausência de processo 
infeccioso local, sem que haja penetração 
nos tratos digestório, respiratório ou 
urinário, em sala de cirurgia que apresente 
condições ideais. 
a) Certo 
b) Errado 
 
4. São consideradas potencialmente 
contaminadas as cirurgias realizadas em 
tecidos que, embora não apresentem 
supuração local, sejam de difícil 
descontaminação e as cirurgias em que 
haja penetração nos tratos digestório, 
respiratório ou urinário, sem 
contaminação significativa, como, por 
exemplo, a redução de fratura exposta. 
a) Certo 
b) Errado 
 
Termos técnicos – é o conjunto de termos que 
expressam o segmento corpóreo afetado e a 
intervenção realizada. 
 
AULA 8 – TEMPOS CIRÚRGICOS 
São procedimentos ou manobras consecutivas 
realizadas pelo cirurgião, desde o início até o 
término da cirurgia. De um modo geral as 
intervenções cirúrgicas são realizadas em 4 
tempos básicos. 
• Diérese; 
• Hemostasia; 
• Exérese; 
• Síntese 
 
Algumas vezes apenas um tempo cirúrgico pode 
estar presente, como por exemplo, na abertura de 
um abscesso ou na sutura de um corte 
ocasionado acidentalmente 
 
1.Diérese (abertura): consiste na separação de 
tecidos ou planos anatômicos com o objetivo de 
possibilitar a abordagem de um órgão ou região. 
• Mecânica (instrumentos cortantes) / Física 
(recursos especiais) 
o Punção 
o Secção 
o Divulsao 
o Curetagem 
o Dilatação 
 
2.Hemostasia (hemo=sangue; stasis=deter): 
Processo pelo qual se previne, detém ou impede 
o sangramento. Pode ser feito por meio de: 
o Pinçamento de vasos 
o Ligadura de vasos 
o Eletrocoagulação 
o Compressão 
 
o Hemostasia prévia, preventiva ou pré-
operatória (Medicamentosa = baseada 
nos exames laboratoriais- 
antifibrinolíticos, coagulantes e 
vasoconstritores...); 
 
o Cirúrgica = interromper em caráter 
provisório o fluxo de sangue para a ferida 
cirúrgica para prevenir ou diminuir a 
perda sanguínea; 
 
o Hemostasia temporária – Feita durante 
a intervenção cirúrgica para deter ou 
impedir temporariamente o fluxo de 
sangue no local da cirurgia (compressão 
por instrumentais – pinças, aplicação de 
medicações, uso de hemostáticos); 
 
o Hemostasia definitiva – Obliteração do 
vaso sanguíneo em caráter permanente 
(sutura, bisturi – eletrocoagulação, 
laqueadura, uso de hemostáticos). 
 
 
 
3.Exérese ou cirurgia propriamente dita: 
Tempo cirúrgico fundamental, onde efetivamente 
é realizado o tratamento cirúrgico - momento em 
que o cirurgião realiza a intervenção cirúrgica no 
órgão ou tecido desejado, visando o diagnóstico, 
o controle ou a resolução da intercorrência, 
reconstituindo a área, procurando deixá-la da 
forma mais fisiológica possível. 
 
4.Síntese (sutura): Aproximação de tecidos de 
uma ferida. Finalidade de facilitar as fases do 
processo de cicatrização 
 
Classificada em: 
o Imediata: logo após a cirurgia 
o Mediata: algum tempo após a cirurgia 
o Completa: aproximação dos tecidos em 
toda a extensão da incisão 
o Incompleta: aproximação dos tecidos em 
(quase) toda a extensão de incisão 
o Incruenta: Aproximação dos tecidos da 
ferida cirúrgica com o auxílio de gesso, 
ataduras e adesivos; 
o Cruenta: Aproximação por meio de 
sutura 
 
 
 
 
O processo mais comum de síntese é a sutura 
que pode ser: 
➢ Temporária – quando há necessidade de 
remover os fios cirúrgicos da ferida após 
fechamento ou aderência dos bordos 
desta. 
➢ Definitiva ou permanente – quando os 
fios cirúrgicos não precisam ser 
removidos, pois, permanecem 
encapsulados no interior dos tecidos. 
 
 
 
 
INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS 
Instrumental e todo material utilizado na 
realização de intervenções cirúrgicas, retirada de 
pontos, exames, tratamentos e curativos; 
São definidos como: básicos e especiais 
 
 
 
 
FABRICAÇÃO 
o Aço inoxidável, pois apresentam maior 
durabilidade, com conteúdo variável de ferro, 
carbono e cromo 
o Polimento com ácido nítrico para retirar 
resíduos de carbono e criar uma camada 
protetora. 
o Podem ser: Espelhado, brilhante, altamente 
polido, acetinado ou fosco e base de 
ebanização com acabamento em preto (evita 
reflexão). 
 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO 
INSTRUMENTAL CIRÚRGICO 
Anatomia de um instrumento cirúrgico: 
- Padronizados de acordo com a função; 
- Existe o design-padrão (articulações, 
hastes e cabos) – pode variar 
 
Partes que compõem: 
1. na extremidade que entra em contato com o 
paciente 
2. o mecanismo funcional que faz com que o 
instrumento funcione 
3. o cabo ou empunhadura 
 
Instrumentais: 
o Não podem ser pesados demais 
o Materiais de qualidade 
o Permitir a limpeza adequada 
o Materiais com custo elevado 
o Específicos por cirurgia. 
 
Cuidados com manuseio de Instrumentais: 
Manusear com cautela o material esterilizado, 
não colocando as mãos na parte interna do 
pacote 
• Dispor o material de modo a evitar o 
cruzamento do campo estéril 
 
Observar no pacote: o lacre, a data de 
esterilização, a integridade da embalagem, a 
presença do integrador 
• Manusear o manual estéril somente com 
a pinça ou mão enluvada 
• Considerar contaminado qualquer 
material que toque em locais não 
esterilizados 
• Procurar reduzir o tempo de exposição do 
material estéril 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
ESPECIAIS 
• São os instrumentos utilizados apenas em 
determinadas cirurgias e em tempos 
específicos 
 
COMUNS 
• Instrumentais básicos utilizados em qualquer 
tipo de intervenção cirúrgica nos tempos 
fundamentais como diérese (corte), 
hemostasia (Pinçamento dos vasos 
sangrantes) e síntese (sutura). 
 
Classificação dos Instrumentais: 
• Instrumental para diérese 
• Instrumental para hemostasia 
• Instrumental para síntese 
• Instrumentos auxiliares 
• Pinça de campo• Afastadores 
• Preensão 
• Instrumentos especiais 
 
INSTRUMENTAL PARA DIÉRESE 
1. Bisturi convencional 
• Cabo reto + lâmina descartável 
• Classificam-se basicamente em: 
o cabo nº 3: lâminas menores, incisões 
mais delicadas (nº 10, 11, 12, 15) 
o cabo nº 4: lâminas maiores, usados 
em grandes procedimentos (nº 20, 21, 
22, 23, 24, 25) 
 
 
Tesoura: cortar tecidos orgânicos e materiais 
cirúrgicos, além de dissecar e divulsionar tecidos 
• tamanhos (longa, média e curtas) 
• formato (pontiagudas, rombas ou mistas) 
• curvatura (retas ou curtas) 
 
 
 
INSTRUMENTAL PARA HEMOSTASIA 
 
 
PINÇA DE KOCHER: para pinçamentos 
transversais em tecidos ou pinçamentos pela 
pinta da tração de aponeurose. 
 
 
 
PINÇA MIXTER: ponta curva com extrema 
utilidade para auxiliar na dissecção dos vasos e 
para passar fio para ligadura em torno dos 
mesmo. 
 
 
INSTRUMENTAL PARA SÍNTESE 
Destinados à reunião de tecidos entre si 
(suturar) 
• Fios de sutura 
• Agulhas 
• Porta-agulhas 
 
FIOS DE SUTURA: É uma estrutura flexível, com 
formato circular e que apresenta um diâmetro 
reduzido. Pode ser de material sintético, de fibras 
vegetais ou de material orgânico. 
• Os fios podem ser divididos em: 
o Absorvíveis 
o Não absorvíveis 
Configuração, manuseabilidade, força de tensão 
e reação tecidual 
 
CLASSIFICAÇÃO 
• Quando a estrutura: 
o Monofilamentar: cada fio é composto 
de um único filamento compacto. 
o Multifilamentar: cada fio é composto 
por vários filamentos trançados ou 
torcidos entre si. Monofilamentar 
Multifilamentar. 
 
ABSORVÍVEIS: 
o Origem animal - Categute (catgut) 
simples e cromado 
o Origem sintética – Ácido poliglicólico 
(Dexon), Poligliconato (Maxon), 
Poliglactina (Vicryl), Poliglecaprona 25 
(Monocryl), Polidioxanona (PDS) 
 
NÃO ABSORVÍVEIS 
o Origem orgânica ou biológico – Seda 
o Origem vegetal – Algodão 
o Origem sintética – Poliamida (Nylon), 
Poliéster (Ethibond, Mersilene), 
Polipropileno (Prolene). 
o Origem metálica – prata, cobre, aço 
Quanto ao diâmetro do Fio: 
• O diâmetro do fio é determinado em 
milímetros e expresso em zeros. Quanto 
menor o calibre do fio, maior o número de 
zeros. 
• Menor calibre: n° 12-0 (diâmetro de 0,001 a 
0,01 mm). 
• Maior calibre: n° 3 (diâmetro de 0,60 a 0,80 
mm). 
 
 
AGULHAS 
São utilizadas para com o objetivo de transfixar 
os tecidos, servindo de guia para os fios de 
sutura. 
• Material: geralmente são produzidas em 
aços inoxidável. 
 
Divisão da agulha: 
• Ponta 
• Corpo 
• Fundo 
 
 
 
Classificação das agulhas: 
Quanto ao trauma que produzem: 
• Traumáticas (tem que passar o fio pela 
agulha) 
• Atraumáticas (já vem com o fio 
montado) 
 
Quanto ao fundo da agulha 
• O fundo da agulha: é o furo transversal da 
agulha para a passagem do fio, 
geralmente está situado na extremidade 
posterior da agulha. 
• Agulhas atraumáticas: não possuem o 
fundo 
• Agulhas traumáticas: possuem fundo 
 
 
 
 
Quanto a forma e comprimento: 
• Reta 
• Curva (angulação de 180°) 
• Semi-curva (ângulos menores do que 
180º e maiores do que 0º) 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÍNTESE: Posta-agulha 
 
 
Detalhe da face interna do porta-agulha permite 
identificá-lo rapidamente. 
INSTRUMENTOS AUXILIARES 
Servem para facilitar o uso de outros 
instrumentos. 
 
 
AFASTADORES CIRURGICOS 
Afastam as bordas da feridas cirúrgicas, expondo 
os planos anatômicos ou órgãos subjacentes. 
 
Tipos: 
• Dinâmicos (Farabeuf, Doyen, Espátulas). 
• Auto-estáticos (Gosset, Balfour, 
Finochietto). 
 
Dinâmicos (manuais) 
• Farabeuf 
• Doyen 
• Deaver 
• Suprapúbica 
 
 
Afastadores Auto-estáticos: servem para 
afastar os tecidos abertos. Podem ser 
ortostáticos: 
 
 
Preensão: servem para segurar e suspender 
vísceras e órgãos. 
 
 
 
 
Foerster 
 
 
Cheron 
 
 
Allis 
 
 
Collin 
 
 
Duval 
 
 
 
 
 
 
INSTRUMENTOS ESPECIAIS 
São instrumentos específicos usados em cada 
tipo de cirurgia. 
 
Serão sempre diferentes para cada tipo de 
cirurgia e usado no momento nobre dela. 
Exemplos: 
 
Pinça de Abadie: utilizada nas cirurgias do trato 
digestivo. 
 
 
Constituída de duas pinças intestinais articuladas 
entre si para facilitar a exposição para a secção e 
sínteses nas anastomoses intestinais 
 
Instrumentos especiais: Exérese (retirada) – 
utilizados somente no tempo principal da 
cirurgia, diferenciando-se para cada 
especialidade cirúrgica. 
• Sacafibroma 
• Fórceps 
• Pinça de Goiva 
 
 
INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA 
Atividade desenvolvida no intraoperatório 
relacionada com o material que compõe a mesa 
cirúrgica e é utilizado durante o ato operatório 
 
A Resolução nº214/1998 / COFEN: 
“a instrumentação cirúrgica é uma atividade de 
enfermagem, não sendo, entretanto, ato privativo 
da mesma” e “o profissional de enfermagem, 
atuando como instrumentador cirúrgico, por 
força de Lei, subordina-se exclusivamente ao 
responsável técnico pela unidade” 
 
 
 
 
Montagem da Mesa: 
É ato de dispor os instrumentos cirúrgicos em 
ordem lógica sobre as mesas auxiliares de forma 
a racionalizar e tornar mais eficiente o trabalho da 
equipe. 
Mesa do instrumental: 
• montada em local de menor circulação na SO; 
• Após a antissepsia da área operatória e 
colocação dos campos estéreis, a mesa do 
instrumental é posicionada de acordo com o 
tipo de cirurgia. 
• Os instrumentais são colocados de acordo 
com o tempo cirúrgico. 
• São dispostas de acordo com o seu tipo, 
iniciando-se o arranjo pelas curvas e 
continuando pelas retas do mesmo modelo; 
• São dispostas com a ponta virada para o 
abdome do instrumentador e o cabo 
apontado para frente- Isso facilita a 
passagem dos instrumentos na cirurgia; 
• São colocados com a ponta virada para baixo 
(em contato com a mesa) 
 
Mesa auxiliar: 
Conhecida como Mesa de Mayo. Diferente da 
Mesa Principal ela fica ao lado do cirurgião, 
portanto ele e o responsável por pegar os 
instrumentais: 
• Médio e Grande Porte; 
• Urgência. 
 
 
Ordem 
• Mais próximo da mesa operatória os 
instrumentos que serão utilizados com mais 
frequência no decorrer da cirurgia; 
• O instrumentador obrigatoriamente deve 
prestar atenção ao campo operatório para 
antecipar as necessidades da cirurgia 
 
 
 
 
POSICIONAMENTO DA CIRURGIA 
POSIÇÃO USUAL 
 
 
 
Quando o cirurgião fica à esquerda? 
• Cirurgião sinistro 
• Sítio operatório à esquerda 
o Hérnia/ rim/ MSE ou MIE 
• Cirurgia pélvica 
• Visualização melhor 
 
ALTERAÇÃO USUAL 
O instrumentador fica ao lado do cirurgião 
 
 
SITUAÇÕES ESPECIAIS - Cirurgião de cabeça e 
pescoço 
 
SITUAÇÕES ESPECIAIS – cirurgia pélvica 
 
 
 
SITUAÇÕES ESPECIAIS – cirurgia em posição de 
litotomia

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