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1° AVALIAÇÃO - CENTRO CIRURGICO E CME

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Centro Cirúrgico e CME 
aula 1 – centro cirurgico 
O BLOCO CIRÚRGICO
Definição: “conjunto de áreas de instalações que permite efetuar procedimentos anestésico-cirúrgicos nas melhores condições de segurança para o paciente e conforto para equipe que o assiste” 
Hospital é um macro sistema -> Um dos microssistemas é o CC. 
· Próximos a áreas que possam contribuir com o fluxo. 
CC -> Definido como um conjunto de elementos destinado a atividade cirúrgica; a recuperação anestésica e o pós operatório imediato é composto pelas salas de CC, RPA e CME. 
Em estado permanente de alerta: 
· Nenhuma cirurgia é sem risco nenhum. 
· Otimização de custos 
HOSPITAL (macro sistema) 
· CENTRO CIRURGICO (sistema) 
· SUBSISTEMA:
· Metas e Valores: Filosofia 
· Tecnológico: programas, atividades, tarefas, ambiente, materiais, equipamentos. 
· Estrutural: organograma, regimento, normas, descrição, desempenho 
· Psicossocial: interações, expectativa, opiniões
· Administrativo: financeiro, controle, decisões. 
A unidade de Centro Cirúrgico é composta por: 
· Centro cirúrgico (CC)
· Sala de recuperação pós-anestésica (SRPA)
· Centro de material e esterilização (CME) 
Farmácia satélite: 
Objetivos do CC:
· Prestar cuidado integral ao paciente, em todo o período Perioperatório 
· Proporcionar recursos humanos e materiais para que o ate cirúrgico seja realizado dentro das condições ideais, não apenas técnicas, mas também assépticas. 
· Realizar cirurgias programadas para o dia, bem como as de urgência e emergência 
· Manter em ordem o arquivo e o registro das cirurgias
· Favorecer o ensino e desenvolvimento da pesquisa. 
· Colaborar efetivamente no tratamento do paciente, no restabelecimento de sua saúde tanto quanto possível.
Meta do CC: fazer com que o paciente operado, dentro de um ambiente terapêutico, conte com todos os recursos humanos e materiais necessários para minimizar as ocorrências de situações que possam colocar sua integridade física e psicológica em risco. 
Aspectos Gerais:
· Localização 
· Ter fácil acesso a unidades fornecedoras-CME 
· Conhecer as RDC’s (50/2002; 307/2002) e discutir a funcionalidade do serviço 
· Planejamento – n° de leitos média de cirurgias, hospital escola. 
O que compõe o CC? 
· Vestiário 
· Área de recepção dos pacientes 
· Secretária 
· Corredores 
· Área de escovação 
· Sala cirúrgica 
· Sala de apoio de matérias 
· Sala da enfermagem/sala dos anestesistas e cirurgiões
· Deposito de materiais e sala de expurgo 
	PERÍODO
	DESCRIÇÃO
	PERÍODO PERIOPERATÓRIO
	Todo o período cirúrgico (tudo)
	PERÍODO PRÉ-OPERÁTORIO MEDIATO
	Quando ela descobre, e vai até 24 horas antes da cirurgia
	PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIADO
	
24 horas antes 
	PERÍODO TRANSOPERATÓRIO OU INTRAOPERATÓRIO 
	
Durante a cirurgia 
	PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO 
	As primeiras 24 horas 
	PÓS-OPERATÓRIO MEDIATO 
	Quando o paciente já passou as primeiras 24 horas mais ainda está no hospital 
	PÓS-OPERATÓRIO TARDIO 
	Quando o paciente já está na casa dele. 
O CC é uma área crítica?
Áreas crítica: são os ambientes onde existe risco aumentado de transmissão de infecção, onde se realizam procedimentos de risco, com ou sem pacientes ou onde se encontram pacientes imunodeprimidos 
· São exemplos desse tipo de área: Centro Cirúrgico (CC), centro obstétrico (CO), unidade de terapia intensiva (UTI), unidade de diálise, laboratório de análises clínicas, banco de sangue, setor de hemodinâmica, unidade de transplante, unidade de queimados, unidades de isolamento, berçário de alto risco, central de material e esterilização (CME), lactário, serviço de nutrição e dietética (SND), farmácia e área suja de lavanderia. 
Áreas semicríticas: são todos os compartimentos ocupados por pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas. 
· São exemplos desse tipo de área: enfermarias e apartamentos, ambulatórios, banheiros, posto de enfermagem, elevador e corredores. 
Áreas não-críticas: são todos os demais compartimentos dos estabelecimentos assistenciais de saúde não ocupados por pacientes e onde não se realizam procedimentos de risco. 
· São exemplos desse tipo de área: vestiário, copa, áreas administrativas, almoxarifados, secretaria, sala de costura. 
classificação das áreas do cc: 
Áreas não restritas: Ex: elevadores; corredores externos que levam ao cc; vestiários, local de transferência de macas. 
Áreas semi-restritas: Ex: secretaria; sala de guarda de equipamentos, farmácia-satélite, copa e sala de conforto. 
Áreas restritas: Ex: corredor interno, lavabo, salas cirúrgicas. 
legislação sanitária 
Resoluções 
· RDC 50/2002: dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. 
· RDC 307/2002: Altera a resolução – RDC n° 50 de 21 de fevereiro de 2002 que dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. 
sala de cirurgia 
· Pequena: 20m² - dimensão mínima 3,45m 
· Média: 25m² - dimensão mínima 4,65m
· Grande: 36m² - dimensão mínima 5,00m 
Sala de pequena cirurgia (oftalmologia, endoscopia, otorringolaringologia, cirurgia dermatológica etc.) para cada 50 leitos não especializados ou para cada 15 leitos cirúrgicos deve haver uma sala. Esta sala deve ser de pelo menos 20m². as instalações obrigatórias são as de oxigênio, óxido nitroso, ar comprimido medicinal, vácuo clínico, ar condicionado, elétrica diferenciada. Cada sala só deve conter uma única mesa cirúrgica. O pé-direito (altura do piso ao teto), deve ser no mínimo de 2,7m.
Sala de média cirurgia (geral); deve haver 2 salas para cada 50 leitos não especializados ou 15 leitos cirúrgicos devem corresponder a uma sala de cirurgia. Esta sala deve ter no mínimo 25,0m². todas as salas devem ter as mesmas instalações obrigatórias das salas pequenas cirurgia. 
Sala de grande cirurgia (ortopedia, neurologia, cardiovascular). Esta sala deve ter 35,0m², com dimensão mínima de 5,00m. 
Sistemas de abastecimento e instalações:
· Oxigênio - 2 
· oxido nitroso – 1
· ar comprimido – 2 
· vácuo clínico – 1 
· tomadas 110 e 220w – 2 
· conjuntos c/ 4 tomadas (paredes distintas)
· tomadas para aparelho RX portátil
· foco 
Equipamentos básicos: 
· Mesa de operações com base e segmentos articulados. 
· Mesas auxiliares para colocação instrumental cirúrgico. 
Equipamentos:
· Carro anestesia + monitores 
· Cestos (hampers) 
· Bacia + suportes
· Bisturi elétrico 
Ar condicionado:
De 30.000 a 60.000 microrganismos podem depositar-se no campo operatório por hora. 
· O ar é uma via de bactérias e fonte de contaminação; 
· Pessoas na SC são fonte de micro-organismos:
· Gotículas de ar expirado 
· Descamação de células de pele 
· Partículas transportadas nos sapatos. 
· Função de exaustão 
· Remoção de odores, calor e gases anestésicos voláteis. 
· Controle bacteriológico 
· Filtragem do ar 
· Retirar e impedir entrada de partículas contaminantes 
· Partículas menos de 5µ
· Troca de ar 15 a 25x/hora 
· Conforto térmico 
· Controle da temperatura e umidade 
· Cada sala de operação (SO) deve possuir controle individual de temperatura 
· Devem ser utilizados filtros de ar específicos de alta eficiência, os high efficiency particulate air (HEPA) 
· É recomendável que haja pressão positiva dentro de cada SO para prevenir a entrada de ar potencialmente contaminado por meio de áreas adjacentes 
· Para as salas específicas de transplante as ortopédicas, recomenda-se o uso de fluxo laminar 
Conforme norma Nbr 7256/82: 
Iluminação:
· Eliminação de sombras: luz de várias direções 
· Redução de calor: lâmpadas ideais e filtros atérmicos 
· Intensidade adequada: conforto para a equipe 
· Eliminação de reflexos: material metálico fosco 
· Iluminação geral proporcional: diminuir contraste
Durante uma cirurgia, o campo visual cirúrgico é vermelho (não é à toa que o isolamento do campo é feito com tecido verde, complementar ao vermelho)
O uso da tonalidadeverde nos tecidos de isolamento do campo cirúrgico, no revestimento do piso ou de qualquer outra superfície da SC atua como complementar da tonalidade vermelha, provocando o descanso visual dos que trabalham ali.
Focos:
· Focos de teto 
· Cúpula com revestimento de espelhos refletores x múltiplas lâmpadas conjugadas 
· Filtro atérmico 
· Verta externa e braços articulados para mobilidade 
· Focalização 
· Focos auxiliares 
· Bases sobre rodízios + baterias 
classificação dos equipamentos 
Fixos: são aqueles adaptados à estrutura da SO 
· Foco cirúrgico 
· Negatocópio 
· Tomadas e interruptores 
· Régua para gás medicinal 
Móveis: são aqueles equipamentos úteis para todas as salas e podem ser deslocados. 
· Mesas auxiliares: mayo e instrumentadora 
· Carrinho de anestesia + monitores 
· Cestos (hampers) 
· Bacia + suportes 
· Bisturi elétrico 
· Carro de medicamentos 
· Escada com dois degraus 
· Balança para pesar compressas
· Foco móvel 
· Braçadeiras 
Materiais 
· Pacotes de aventais 
· Pacote de LAP 
· Pacote de impermeável 
· Pacote de compressas 
· Cúpulas, cuba-rim, bacias. 
· Caixa de instrumentais 
· Bandeja de material de anestesia 
· Material de consumo diário 
Medicamentos usados em sala cirúrgica:
· Anestésicos 
· Analgésicos 
· Pomadas 
· Soluções 
· Material para curativo
· Psicotrópicos 
sala de recuperação pós-anestesica -SRPA
É a área destinada à permanência do paciente logo após o término do ato anestésico cirúrgico até a recuperação da consciência, eliminação de anestésicos e estabilização dos sinais vitais 
Deve estar instalada dentro do CC ou nas suas proximidades, favorecendo o transporte rápido do paciente anestesiado para este local. 
Dimensionamento:
· Varia de acordo com o porte e complexidade do BC 
· Mínimo 2 macas 
· N° de macas: n° SC+1 (cirurgia alta complexidade a recuperação pode se dar na UTI) 
· Distância entre leitos = 0,9m
· Distância entre leitos e parede (exceto cabeceira) = 0,6m 
Sistemas de abastecimento, instalações e equipamentos básicos: 
· Oxigênio c/ fluxômetro 
· Ar comprimido 
· Vácuo clínico 
· Sinalização de enfermagem 
· Tomadas 110 e 220w 
· Foco de luz
· Monitor cardíaco 
· Oxímetro de pulso 
· Esfigmomanômetro 
Equipamentos e materiais de suporte respiratório:
· Ventiladores mecânicos 
· Máscaras e cateteres (O2)
· Sondas aspiração 
· Carrinho emergência (com material para intubação e ventilação manual) 
Acabamento: 
· Limpeza terminal constante: material resistente
· Áreas críticas e semicríticas: material sem ranhura
· Áreas restritas e semi restritas: sem tubulação aparente, se não embutida, com proteção
· Sistema de emergência com gerador próprio, capaz de assumir automaticamente o suprimento de energia em, no máximo, meio segundo e mantê-lo por, no mínimo, uma hora.
· Junção de rodapé e piso: sem ressaltos, acesso a dispositivos de limpeza
· Acabamento e rejunte: material com índice de absorção de até 40%
· Cores (psicológico): cores frias e tons pastéis 
· Tintas verdes: sem cheiro, atóxica, áreas críticas 
· Não são permitidos ralos nas SO 
· Nas áreas molhadas devem ter fechos hídricos e tampas com fechamento escamoteável 
· A janelas devem ser lacradas, com persianas cobertas por vidros, possibilitando a limpeza e o escurecimento da SO 
· O forro deve ser contínuo nas SO 
· As instalações elétricas têm de possuir sistema de aterramento 
Acabamento – portas 
· Visores de vidro 
· Dimensões mínimas de 1,20mx2,10m 
· Dispositivos que permitam sua abertura, sem que haja a necessidade de usar as mãos. 
Instalações mínimas do CC 
· Água fria 
· Água quente 
· Vapor 
· Oxigênio canalizado 
· Ar comprimido medicinal 
· Ar condicionado 
· Sistema elétrico de emergência e diferenciado 
· Exaustão 0,9% 
· Recomenda-se: instalações para prevenção e combate incêndio, sistema de telefonia, sistema para informática, sim e para equipamentos para de telemedicina 
Configuração física do CC 
· Características estruturais do prédio 
· Área física 
· Especialidades 
· Demanda 
centro cirurgico ambulatorial 
Número menor de ambientes, conforme a RDC 50: 
· Recepção e preparo de pacientes 
· Área de escovação 
· Sala pequena ou média (pode ser única) 
· Sala de recuperação com posto de enfermagem 
· Sala de espera para pacientes e acompanhantes 
· Sala de prescrição e registro 
· Vestiário 
estrutura organizacional do centro cirurgico, rotinas gerais do centro cirugico 
· As atividades devem ser marcadas mediante a entrega dos avisos de cirurgia pela clínica até 12 horas de véspera de operação. 
· Quando houver cirurgia às 7:00 horas o plantão noturno deve ser passado para o turno da manhã com o paciente na sala
· O instrumentador e o circulante são responsáveis pelo transporte do paciente. 
· Nenhum paciente deverá sair do centro cirúrgico sem prontuário 
· Manter estoque da sala em dia 
· Não permitir circulação de pessoal no centro cirúrgico sem a devida paramentação 
vigilância sanitária 
SETOR DE VIGILANCIA E CONTROLE DAS COMISSÕES DE INFECÇÃO HOSPITALAR 
Inspeção sanitária em estabelecimentos assistenciais de saúde para fins de liberação de funcionamento anualmente, nos setores fechados. 
O enfermeiro que for consultado sobre a construção de um centro cirúrgico, quando for responsável pela sua fiscalização ou quando for trabalhar em um, deve levar em conta os seguintes aspectos: 
· Qual o horário de funcionamento?
· Qual a duração média de cirurgias? 
· Quantas cirurgias são feitas por dia?
· Se trata de um hospital escola?
· Quais são as especialidades cirúrgicas atendidas?
· Quais os recursos tecnológicos que se farão necessários?
equipe de enfermagem na sala de operação 
O centro cirúrgico visa atender a resolução de intercorrências cirúrgicas, por meio da ação de uma equipe integrada. 
Considerando-se o elevado número de procedimentos realizados e a complexidade da unidade, o papel do enfermeiro exige, além do conhecimento científico, responsabilidade, habilidade técnica e estabilidade emocional 
Organizar o processo de cuidar, coordenar e controlar o trabalho da equipe de enfermagem e as atividades que o centro cirúrgico mantém com outras seções do hospital e garantir uma assistência completa ao paciente são finalidades do trabalho de enfermagem em centro cirúrgico 
EQUIPE CIRURGICA:
· Cirurgião 
· Assistente 
· Anestesiologista 
· Instrumentador 
· Circulante 
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NO CC 
O papel do enfermeiro de centro cirúrgico é distribuído em quatro áreas:
· Administrativo 
· Assistencial 
· Ensino 
· Pesquisa 
· Organizar e supervisionar o funcionamento do C.C
· Prover o C.C de equipamentos, materiais, roupas e pessoal
· Elaborar rotinas e revisar periodicamente as já existentes 
· Supervisionar a assiduidade, pontualidade e disciplina do pessoal 
· Executar e colaborar com programas de pesquisa e educação continuada 
· Receber plantão e verificar as ocorrências 
· Providenciar para que as cirurgias aconteçam no horário estabelecido 
· Avaliar periodicamente o pessoal do serviço 
· Planejar escalas de trabalho 
· Solicitar dos funcionários o uso do uniforme privativo 
· Verificar o funcionamento dos aparelhos 
· Supervisionar as salas de cirurgia 
· Realizar visita pré-operatória, e reuniões periódicas 
ATRIBUIÇÕES DO CIRCULANTE
· Identificar o paciente pelo nome 
· Promover conforto 
· Verificar o preparo da área operatória 
· Verificar se o paciente está com dreno ou sonda 
· Promover o controle de infecção hospitalar destacando o uso correto do uniforme privativo, bem como os padrões de limpeza e decisões a serem tomadas após uma cirurgia contaminada. 
· Auxiliar na monitorização e anestesia 
· Preencher impressos adequadamente 
· Comunicar defeitos de equipamentos 
· Controlar materiais 
· Auxiliar a equipe na paramentação 
· Abrir materiais esterilizados 
· Encaminhar peças para exames 
· Encaminhar pacientes para RPA 
· Desmontar SO e realizar limpeza concorrente. 
ATRIBUIÇÕES DO INSTRUMENTADOR 
· Conferir o material a ser utilizado durante o procedimento cirúrgico. 
· Escovar-se 15 minutosantes da cirurgia 
· Paramentar-se 
· Preparar a mesa cirúrgica 
· Auxiliar na colocação dos campos quando solicitado 
· Conservar as mãos sempre acima da cintura 
· Acompanhar com atenção os tempo cirúrgicos 
· Entregar o material com destreza 
· Não deixar instrumentos em cima do paciente
· Auxiliar no curativo cirúrgico 
· Contar e preparar material para a primeira lavagem no expurgo 
O PAPEL DA ENFERMAGEM NA GESTÃO DO CENTRO CIRÚRGICO 
O serviço de enfermagem tem como principal função a prática da assistência de enfermagem ao paciente. O enfermeiro, no desempenho de suas atribuições dentro do centro cirúrgico e na busca da qualidade do atendimento, realiza atividades tanto assistências como administrativas. 
ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO
A organização do serviço de enfermagem engloba tudo aquilo que é feito com finalidade de permitir seu perfeito funcionamento, o alcance dos objetivos e o perfeito desenvolvimento das atividades. 
MODALIDADE DA ASSISTÊNCIA 
É necessário que haja pelo menos 1 enfermeiro assistencial para cada 3 salas de cirurgia eletiva, além do enfermeiro gerente (coordenador) que é responsável pelas ações administrativas (resolução COFEN 543/2017)
O modelo de assistência utilizado é o cuidado integral, onde o profissional de enfermagem assume a responsabilidade pela execução de todos os cuidado que devem ser realizados com os pacientes, a ele designados, no seu horário de trabalho 
· LIDERANÇA/ CONDUÇÃO/ HIERARQUIA DA EQUIPE 
aula 2 – aspectos históricos 
primeiras cirurgias 
· Trepanação (pré-histórica) 
· Esse procedimento consistia em perfurar o crânio
· Era realizado para tratar casos de enxaqueca, epilepsia e doenças mentais 
· Intuito de “expulsar os maus espíritos” causadores do problema. 
HISTÓRIA DA CIRURGIA
CIRURGIÕES E BARBEIROS-CIRURGIÕES
Barbeiros-cirurgiões e cirurgiões propriamente ditos formavam uma só categoria – 1540 a companhia dos barbeiros-cirurgiões de Londres foi formada pela união da companhia de barbeiros com a sociedade dos cirurgiões 
Os barbeiros-cirurgiões eram treinados através de guildas – treinamento prático para lidar com procedimentos mais simples (sangrias, colocação de bandagens, drenagem de abscessos) 
Os barbeiros-cirurgiões também foram chamados de “médicos da bata curta”, que se distinguiam dos cirurgiões, denominados “médicos da bata longa”, embora o status universitário ainda não fosse concebido aos cirurgiões, mas apenas aos médicos. 
Os médicos seguiam um programa de educação dirigido pelas universidades, com conhecimento dos clássicos e estudos de autores médicos antigos como Galeno, os médicos consideravam indigno realizar procedimento cirúrgico. 
· Os barbeiros também foram os precursores dos dentistas. 
PRIMEIRAS CIRURGIAS: 
· 2 em cada 3 pacientes morriam
· Dor, hemorragia e a infecção 
· Cirurgias-relâmpagos (sem anestesia)
· Aberta ao público 
· Ausência de métodos assépticos 
COMO ERAM FEITAS AS CIRURGIAS SEM ANESTESIA NO SÉCULO 19 
Anestesia: ervas, e fazer o paciente desmaiar. 
· Joseph Priestley: o óxido nitroso (N2O) em 1773
· O gás produzia uma sensação agradável, acompanhada de um desejo incontido de rir (por isso o nome de gás hilariante) 
· Sedação consciente, ou seja, o gás age relaxando o paciente. 
· Anestesia (1846)
· na cidade de Boston, nos estados unidos, Thomas Green Morton, pela primeira vez usou éter para realizar uma cirurgia 
· provoca vômitos no pós operatório gerando desidratação. 
· Novembro de 1847 
· James Simpson, obstetra em Edimburgo (Escócia) usou clorofórmio para alívio da dor no parto vaginal – suscitou diversos debates médicos e religiosos – a dor do parto era então considerada um “castigo”.
· Jhon Snow, médico epidemiologista inglês administrou clorofórmio à rainha Vitória em deu parto -1857
· Anestesia (1884)
· A cocaína foi introduzida como um anestésico em 1884 pelo Dr. Karl Koller.
· Este era um estagiário de oftalmologia no hospital geral de Viena e em um experimento público, ele aplicou no seu próprio olho uma solução de cocaína e depois, para o espanto da plateia, o picou com alfinetes sem problema. 
HISTÓRIA DA CME
· Antes 1840 – os instrumentos eram limpos com qualquer pano ou na aba do casaco dos cirurgiões, sem nenhuma assepsia. 
· Semmelwis 1848 – rigorosa lavagem das mãos e instrumentos na cal clorada. 
· Florence 1857 – na guerra da Criméia. Melhorou as condições sanitárias do hospital de atendimento de feridos de guerra, instalando condições adequadas de higiene na cozinha, lavanderia e quartos dos pacientes. Com isto, obteve significativa redução de mortalidade. 
· (Louis) Pasteur (1874) – Joseph Listrer (1880) 
· Instrumentais submersos em água ferventes e passados sobre uma chama. 
· Conseguiu diminuir a mortalidade de seus pacientes, tratando os fios de sutura e as compressas com solução de fenol. 
· Charles Chamberland (1876 – 1880)
· Colaborador de Pasteur, foi responsável por desenvolver o primeiro esterilizador à pressão de vapor, ou autoclave. 
· Este equipamento pode ser considerado o precursor de nossos esterilizadores modernos. 
· Robert Koch (1881) 
· Médico bacteriologista, pioneiro na comprovação de que as bactérias podem provocar doenças nos seres vivos. 
· Descobriu o agente etiológico de muitas doenças 
· Estudou propriedades do vapor para matar bactérias; esterilização dos instrumentais cirúrgicos pelo vapor.
· Halstes (1890)
· Estabeleceu rigor na técnica cirúrgica ao invés da rapidez 
· Todos os integrantes da sua equipe, além de lavar, deveriam mergulhar as mãos em uma solução de ácido fênico antes das operações 
· Introduziu o uso de luvas de borracha nas cirurgias
aula 3 – recursos materiais e humanos para centro cirúrgico 
RECURSOS HUMANOS E FINANCEIROS 
Recursos humanos e financeiros são necessários para o funcionamento de qualquer organização
· C.C: diversos materiais, com preços diferentes 
· Custos hospitalares aumentando 
· Produto final: prestação de serviço ao cliente 
· Reestabelecimento racional de artigos médico-hospitalares: previsão, provisão, padronização de artigos. 
Previsão: levantamento de necessidades para atender a programação cirúrgica
· Necessidade de diagnóstico situacional: quais são as minhas UI? UPA? Ambulatório? Paciente externos? 
· Especificidade do tipo de artigo 
· Característica das clínicas e do meu usuário – Ex: cirúrgico x oncológico 
· Frequência do uso dos artigos – atentar durante 90 dias 
· Número de procedimentos realizados 
· Local de armazenamento; durabilidade do artigo (de vida útil e também de esterilização) 
· Periodicidade de reposição do artigo – Ex: Lap cirúrgico: considere 4 
· Descartáveis: previsão de 48 horas. 
Provisão de artigos: reposição dos produtos necessários para as atividades no CC
· TEMPO: reposição feita em tempo pré-determinado (ex: 1 vez na semana) 
· QUANTIDADE: quando chega ao nível mínimo, é feita a reposição 
· TEMPO E QUANTIDADE: Determinada “cota” que será gasta em um período de tempo. A solicitação possui uma quantidade pré-determinada. 
· REPOSIÇÃO IMEDIATA: utilizada em serviços privados, débitos na hora. 
Padronização dos Artigos: 
Objetivo da padronização: simplificar, minimizar o número de componentes do produto final a ser mantido em estoque, sem prejudicar as características e exigências técnicas, eliminando o que não for necessário. 
· Vantagens:	
· Simplifica a conferência, controle e manuseio
· Elimina os desperdícios 
· Evita a aquisição de emergência 
Controle de estoque dos artigos: 
· Envolve: desde a quantidade (consumo), a qualidade, a conservação e reparos (instrumental), ate a proteção contra roubos e extravios dentro do CC. 
· fichas, cadernos de entrada e saída, sistema informatizado. 
· Colaborar na redução de custos 
· Facilitar o bom funcionamento da política de reposição e estocagem de artigos
· Prevenir sobre os riscos de vencimento 
· Apresentar estatística objetivas 
Manutenção do instrumental: preventiva ou corretiva. Promove segurança ao cliente e a equipe. 
Controle ABC do estoque: 3 grandes classes, de acordo com seu valoraquisitivo, consequentemente com tratamento diferenciado para cada classe:
· A: maior importância (maior custo, não necessariamente unitário), representa cerca de 20% do total de artigos, 65% dos investimentos 
· B: intermediários, representa cerca de 50% do total de artigos, 10% dos investimentos. 
· C: menor importância: representa cerca de 30% do total de artigos, 25% dos investimentos. 
Processo de compra dos artigos:
· Administração publica seleciona a proposta mais interessante para os seus interesses.
· No serviço privado, a compra é através de negociação direta
· Pode existir também compra de emergência 
Dimensionamento de pessoal no CC
· Quantos profissionais devem ser lotados no setor 
· Dimensionamento inadequado causa prejuízo assistência
· Enfermagem: maior quantitativo – alvo para redução de custos 
No cc:
· Leva em conta as horas de enfermagem por cirurgia, no período eletivo 
· Considere o tempo de limpeza, por cada cirurgia 
· Tempo de espera, entre as cirurgias 
· Proporção profissional/ categoria: 1 a cada 3 SO (variável)
· Resolução COFEN 543/2017
Treinamento e desenvolvimento da equipe de enfermagem no CC 
· Necessidade importante 
· Há cursos, porem não há interesse – será que é o método errado? 
· CC e CME: áreas muito especificas. 
Educação permanente em CC: 
· Implantado em diversos hospitais: justifica-se pela força de trabalho da categoria, a necessidade de elevar a melhoria da assistência e das relações interpessoais. 
· Treinamento incompleto: botamos em prática, necessidade de programas de capacitação. 
 AVALIAÇÃO DO TREINAMENTO: 
· Avaliação do programa 
· Feedback 
 PLANEJAMENTO
· Palestrante, público, custo, espaço físico, horário, datas, estratégias, recursos e execução 
 AVALIAÇÃO DE NECESSIDADES 
· Necessidade da equipe 
aula 4 – o que é segurança do PACIENTE? 
Segurança do Paciente é o rol de ações promovidas pelas instituições de saúde para prevenir e reduzir a um mínimo aceitável o risco de quaisquer danos relacionados aos cuidados de saúde, de acordo com as Seis Metas preconizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Essa Aliança tem o objetivo de despertar a consciência profissional e o comprometimento político para uma melhor segurança na assistência à saúde e apoiar os Estados Membros no desenvolvimento de políticas públicas e na indução de boas práticas assistenciais
Metas e desafios globais para a qualidade e segurança do paciente: 
· Um marco importante nesse sentido se deu em outubro de 2004, quando a OMS lançou formalmente a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente;
· Esta Aliança tem como objetivo despertar a consciência e o comprometimento político para melhorar a segurança na assistência, além de apoiar os países no desenvolvimento de políticas públicas e práticas para segurança do paciente em todo o mundo.
Formulação de desafios globais... 
O Primeiro Desafio Global focou as infecções relacionadas com a assistência à saúde, envolvendo: 
1) higienização das mãos;
2) procedimentos clínicos e cirúrgicos seguros; 
3) segurança do sangue e de hemoderivados; 
4) administração segura de injetáveis e de imunobiológicos; 
5) segurança da água, saneamento básico e manejo de resíduos
2° desafio global para a segurança do paciente: cirurgias seguras salvam vidas (2007)
No Brasil...
· atualmente, a melhoria da segurança do paciente e da qualidade da assistência à saúde tem recebido atenção especial em âmbito global;
· esses danos podem ser incapacitantes, com sequelas permanentes, além de levar ao aumento do custo e da permanência hospitalar e, até mesmo, resultar em morte prematura como consequência direta das práticas em saúde inseguras (WHO, 2008). 
· Antes de fazer a medicação, antes de administrar o sangue 
· Ler de volta o exame 
· Prevenção de erros de medicação 
· Utilizar checklist: marcar o local de cirurgia 
· Incentivar a diminuição de IH 
· Ex: avaliar medicações que levam a queda
OBEJTIVOS:
1- Prevenção de infecções de sítio cirúrgico 
2- Anestesia segura 
3- Equipes cirúrgicas seguras 
4- Indicadores da assistência cirúrgica 
Abordagem abrangendo todos os sistemas para melhora da segurança cirúrgica: Não há somente uma única solução que proverá a melhora da segurança cirúrgica. Requer-se a conclusão de uma sequência de etapas necessárias na assistência, não apenas pelo cirurgião, mas pela equipe de profissionais de assistência à saúde, trabalhando juntos em um sistema de saúde que os apoie para benefício do paciente. 
Como foi criado esse “desafio”: Anestesia segura: Três décadas atrás, um paciente submetido à anestesia geral tinha chance de morte estimada em 1 em 5.000. Com o progresso do conhecimento e das padronizações básicas de assistência, o risco caiu para 1 em 200.000 no mundo desenvolvido – uma melhora de quarenta vezes. Infelizmente, a taxa de mortalidade associada à anestesia nos países em desenvolvimento parece ser 100-1.000 vezes mais alta
Equipes cirúrgicas eficientes: a equipe de trabalho é o centro de todos os sistemas que funcionam de maneira eficaz e que envolvem muitas pessoas. Na sala de operações, onde as tensões podem ser altas e vidas estão em jogo, a equipe de trabalho é um componente essencial da prática segura
Mensuração da assistência cirúrgica: um problema na segurança cirúrgica tem sido a escassez de dados básicos, 
Não existe nenhuma padronização
4 maneiras de promover a melhoria da segurança: 
fornecendo informação sobre a função e os padrões da segurança cirúrgica na saúde pública para médicos, administradores de hospitais e funcionários da saúde pública;
· definindo um conjunto mínimo de indicadores cirúrgicos, para a vigilância nacional e internacional da assistência cirúrgica
· identificando um conjunto simples de padrões de segurança cirúrgica que seja aplicável em todos os países e cenários e que esteja compilado em uma lista de verificação para uso nas salas de operações;
· avaliando e difundindo a Lista de Verificação e as medidas de vigilância em locais piloto em todas as regiões da OMS inicialmente e depois em hospitais pelo mundo
Checklist 
Maior chance de ocorrer: procedimentos bilaterais. 
· Falhas na comunicação e problemas de liderança
· Esforço dos ortopedistas em mudar essa ideia: marcar o local com caneta (1994)
· Em 2003, a Comissão Conjunta formulou e obrigou o uso de um protocolo universal para prevenção dos erros relacionados ao local errado, ao paciente errado e ao procedimento errado, o qual foi adotado por muitas organizações profissionais, incluindo o Colégio Americano de Cirurgiões: Protocolo Universal
ETAPA 1: Consiste na verificação do paciente, local e procedimento corretos em todas as etapas, desde o momento da decisão de operar até o momento em que o paciente é submetido à cirurgia. Isto deve ser feito: • quando o procedimento é marcado, no momento da admissão ou entrada na sala de operações, a qualquer momento em que a responsabilidade pela assistência ao paciente seja transferida para outra pessoa; e antes que o paciente deixe a área pré-operatória ou entre na sala de procedimentos ou cirúrgica.
ETAPA 2: demarcação 
ETAPA 3: Pausa Cirúrgica: breve pausa antes da incisão para confirmar o paciente, o procedimento e o local da operação. É também uma oportunidade para assegurar que o paciente esteja corretamente posicionado e que quaisquer implantes necessários ou equipamento especial estejam disponíveis
Objetivo 2: A equipe usará métodos conhecidos para impedir danos na administração de anestésicos, enquanto protege o paciente da dor
· Primeiras discussões sobre segurança do paciente;
· Utilização de oxímetro e do capnógrafo;
· Aparelhos sempre em constante vigilância
· Avaliação de risco do paciente 
Objetivo 3: A equipe reconhecerá e estará efetivamente preparada para perda de via aérea ou de função respiratória que ameacem a vida
· fracasso na obtenção de via aérea: definido pela ocorrência de três tentativas fracassadas de intubação orotraqueal por um praticante hábil oupela falha na manutenção de uma saturação aceitável de oxigênio (geralmente ≥ 90%) em um paciente que de outra maneira seria normal
· Avaliação das vias aéreas 
Objetivo 4: A equipe reconhecerá e estará efetivamente preparada para o risco de grandes perdas sanguíneas
· Previsão de perda...
· Cirurgia de grande porte?
· Usa anti coagulante? 
· Verifique se tem hemoderivados
Objetivo 5: A equipe evitará a indução de reação adversa a drogas ou reação alérgica sabidamente de risco ao paciente
· Definição da OMS: “qualquer efeito prejudicial ou indesejável, não intencional, que aparece após a administração de um medicamento em doses normalmente utilizadas no homem para a profilaxia, o diagnóstico e o tratamento de uma enfermidade”
· omissão: não se administrou a droga desejada;
· repetição: administrou-se uma dose extra involuntária da droga desejada;
· substituição: administrou-se a droga errada;
· dose ou taxa de infusão incorreta;
· via incorreta: administrou-se a droga pela via errada; e
· paciente incorreto: administrou-se a droga no paciente errado.
Objetivo 6: A equipe usará de maneira sistemática, métodos conhecidos para minimizar o risco de infecção do sítio cirúrgico
· Ocorrem após procedimentos invasivos nas camadas superficiais ou profundas da incisão ou no órgão ou espaço que foi manipulado;
· Gera aumento do custo;
· Contaminação pelas bactérias;
· Correto preparo da pele;
· Uso dos profiláticos;
· Minimizando a contaminação da sala operatória;
· Uso de Epi’s
· Correta limpeza, desinfecção e esterilização dos equipamentos
Objetivo 7: A equipe impedirá a retenção inadvertida de compressas ou instrumentos nas feridas cirúrgicas
· Contagens devem ser feitas para qualquer procedimento no qual compressas, perfurocortantes, itens variados e instrumentais possam ficar retidos no paciente. Estas contagens devem ser realizadas pelo menos no início e ao final de todo caso
Objetivo 8: A equipe manterá seguros e identificará precisamente todos os espécimes cirúrgicos
· A equipe deve confirmar que todos os espécimes cirúrgicos estejam corretamente identificados/etiquetados com a identidade do paciente, o nome do espécime e a localização (local e lado) da qual o espécime foi obtido; para tal deve ter um membro da equipe que leia em voz alta a etiqueta/identificação do espécime e outro que confirme verbalmente a concordância.
Objetivo 9: A equipe se comunicará efetivamente e trocará informações críticas para a condução segura da operação
· As falhas humanas mais do que as falhas técnicas são a maior ameaça a sistemas complexos. Embora a falha humana possa ser moderada, não pode ser eliminada.
Objetivo 10: Os hospitais e os sistemas de saúde pública estabelecerão vigilância de rotina sobre a capacidade, volume e resultados cirúrgicos
· A avaliação sobre o sucesso, as falhas e o progresso na prestação e sobre a segurança da assistência cirúrgica depende da informação sobre o estado da assistência.
· A ausência de dados sobre cirurgia pelas medidas de avaliação da OMS provavelmente contribuiu para falhas no reconhecimento do enorme volume de cirurgias que são realizadas pelo mundo e sua contribuição para incapacidades preveniveis e óbitos
· o número de salas de operação do país;
· o número de cirurgias realizadas em salas de operação no país;
· o número de cirurgiões e anestesiologistas habilitados no país;
· o número de mortes nas primeiras 24h após cirurgia e
· o número de mortes de pacientes internados após cirurgia.
O Manual para Cirurgia Segura – OMS
· Revisão;
· Médicos e pacientes
· Lista de Verificação é uma ferramenta prática e simples que qualquer equipe cirúrgica no mundo pode usar para assegurar que as etapas pré, trans e pós-operatórias que já demonstraram benefícios sejam cumpridas de uma maneira oportuna e eficiente.
· Estrutura estabelecida;
· avaliação pré-operatória do paciente, intervenção cirúrgica e preparação correta para assistência pós-operatória
fase pré-operatória, a obtenção do consentimento informado, a confirmação da identidade do paciente, do sítio a ser operado, da demarcação do local a ser operado e do procedimento a ser realizado, a verificação da segurança dos equipamentos de anestesia e dos medicamentos e a existência e disponibilidade de exames diagnósticos bem como prontuário completo do paciente (anamnese e exame físico, avaliação pré-anestésica, etc.) e o preparo adequado para ocorrências transoperatórias são todas etapas suscetíveis à intervenção
Durante a fase operatória, o uso adequado e sensato de antimicrobianos, a disponibilidade
de imagens essenciais, a monitorização adequada do paciente, um trabalho de equipe eficiente, relatórios competentes da anestesia e da cirurgia, técnica cirúrgica meticulosa e a comunicação eficiente entre os membros das equipes de várias áreas (cirurgia, anestesia e enfermagem)
Na fase pós-operatória, um claro plano de assistência, a compreensão a respeito de ocorrências transoperatórias e um comprometimento com a melhoria da qualidade podem fomentar a assistência cirúrgica, aumentando desta forma a segurança do paciente e melhorando os resultados
A Lista... 
· não é “oficial”
· simples
· ampla aplicabilidade 
· possibilidade de mensuração 
Como aplicar? 
· Somente uma pessoa lidera todo o processo
· Três fases: antes da indução anestésica, após a indução e antes da incisão e durante ou imediatamente após o fechamento da ferida
· Enquanto a fase anterior não for concluída, não pode avançar
· A lista é adaptável, mas não o item anterior
· Testes confirmaram a eficácia do processo
Quais os indicadores que a lista gera? 
Indicadores cirúrgicos (considerar se a intenção foi de urgência ou eletiva)
Passa assegurar a vigilância cirúrgica básica, os membros-estados da OMS devem coletar as seguintes informações: 
· O número de salas de operação do país 
· O número de cirurgias realizadas em salas de operação no país 
· Os números de cirurgiões e de profissionais de anestesia habilitados no país
· O número de mortes nas primeiras 24 horas após cirurgia e 
· O número de mortes de pacientes internados após cirurgia 
Os dois últimos itens permitirão calcular as taxas de mortalidade associadas aos procedimentos cirúrgicos: 
A Lista de Verificação tem a intenção de fornecer as equipes um conjunto eficiente e simples de verificações prioritárias para promover o trabalho de equipe efetivo e a comunicação e de encorajar a consideração ativa pela segurança dos pacientes em todas as cirurgias realizadas. 
aula 5 - HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, PARAMENTAÇÃO CIRURGICA, ANTISSEPSIA, DEGERMAÇÃO
Microbiota Humana: A microbiota normal é adaptada ao seu ambiente local, inofensiva quando permanece nele, porém, torna-se potencialmente patogênica quando invade os tecidos
Classificação da microbiota 
· Residente: 
· Colonizam camadas mais profundas da epiderme. 
· Mais resistentes à remoção pelas técnicas de higienização. 
· É composta por bactérias normalmente presentes na superfície presentes na superfície cutânea. 
· Transitória 
· Colonizam camadas mais superficiais da epiderme 
· Removíveis pelas técnicas de higienização 
· Adquiridos durante o cuidado aos pacientes e estão relacionados frequentemente às infecções hospitalares. 
Microbiota Hospitalar: principais causadores de infecção hospitalar (EUA):
· E. coli 
· S. aureus 
· S. epidermidis 
Principais causadores de infecção: 
qual a diferença entre assepsia e antissepsia? 
Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de micro-organismos num ambiente que logicamente é aquele que está livre de infecção 
Antissepsia: é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de micro-organismos ou removê-los de um determinado ambiente, podendo ou não os destruir e para tal fim utilizamos antissépticos ou desinfetantes. 
Degermação: vem do inglês degermation, ou desinquimação, e significa a diminuição do número de micro-organismos patogênicos ou não, após a escovação da pele com água e sabão. 
As medidas de assepsia abrangem:
· Desinfecção da unidade 
· Desinfecçãodos materiais 
· Desinfecção dos mobiliários cirúrgicos e equipamentos 
· Desinfecção do piso e áreas externas 
Antissepsia: consiste na utilização de produtos (microbicidas ou microbioestáticos) sobre a pele ou mucosas com o objetivo de reduzir os micro-organismos em sua superfície (ANVISA)
5 MOMENTOS DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
ANTISSÉPTICOS: como escolher o ideal?
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Portaria n° 2.616, de 12 de maio de 1998
Programa de controle de infecção hospitalar 
ANEXO V 
Recomendações gerais
1. A utilização dos antissépticos, desinfetantes e esterilizantes seguirá as determinações da Portaria nº 15, de 23 de agosto de 1988, da Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS) do Ministério da Saúde e o Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde/MS, 2ª edição, 1994, ou outras que as complementem ou substituam.
1. Não são recomendadas, para a finalidade de antissepsia, as formulações contendo mercúrios orgânicos, acetona, quaternário de amônio, líquido de Dakin, éter e clorofórmio.
· Aquoso: mucosa
· Alcoólico: pele íntegra
· Degermante: Degermação de pele, diminuir sujidades... “sabão”
ANTISSÉPTICO: INDICAÇÕES DE USO 
· Higiene antisséptica das mãos de profissionais da saúde (situações especiais) 
· Preparo pré-operatório das mãos da equipe cirúrgica (Por que usar luva?)
· Preparo pré-operatório da pele
FICÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS (COM PREPARAÇÕES ALCOÓLICAS) 
Finalidade
Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel alcoólico a 70% ou de solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode substituir a higienização com água e sabão quando as mãos não estiverem visivelmente sujas.
Duração do Procedimento: 20 a 30 segundos.
ÁGUA E SABÃO (HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS) 
As mãos devem ser lavadas com água e sabonete (líquido ou espuma) quando estiverem visivelmente sujas de sangue ou outros fluidos corporais, quando a exposição a potenciais organismos formadores de esporos é fortemente suspeita ou comprovada, ou depois de utilizar o banheiro
· Finalidade: Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos.
· Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.
ANTISSEPSIA CIRURGICA DAS MÃOS
A antissepsia cirúrgica das mãos é o procedimento que tem como objetivo eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do profissional
INDICAÇÕES
· Pré operatório
· Antes de qualquer procedimento cirúrgico
· Indicado para toda equipe cirúrgica
ANTISSEPSIA CIRURGICA DAS MÃOS OU PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO DAS MÃOS 
I. Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do profissional
II. As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser de cerdas macias e descartáveis, impregnadas ou não com antisséptico e de uso exclusivo em leito ungueal subungueal
III. Para este procedimento, recomenda- se: antissepsia cirúrgica das mãos e antebraços com antissépticos Degermante
IV. Duração do procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes	(sempre seguir o tempo de duração recomendado pelo fabricante)
LEMBRETES:
· Retirar sempre anéis, pulseiras, relógios e quaisquer outros adornos das mãos e punhos antes da lavagem das mãos;
· Manter as unhas curtas e esmaltes íntegros;
· Nunca usar unhas artificiais;
· Comunicar a chefia do setor em caso de doença periungueal;
· O uso de creme hidratante é estimulado;
· O uso de luvas nunca substitui a higienização das mãos.
ANTISSEPSIA DA PELE DO PACIENTE
Banho com sabão ou antisséptico na noite anterior ou no dia da cirurgia (cirurgias de cabeça e pescoço-orientar o paciente a lavar o cabelo antes da cirurgia) -CHG4%
O paciente deve ser orientado após o banho preparatório a não usar loções, produtos à base de álcool ou cosméticos
NO PACIENTE - DEGERMAÇÃO
· Solução Degermante
· Solução tópica para determinar o campo
paramentação cirurgica 
A paramentação cirúrgica é um processo específico e padronizado, que envolve as técnicas
de degermar as mãos, vestir avental ou roupa esterilizados e calçar luvas.
Após o término da escovação a equipe deverá encaminhar-se para a sala de cirurgia com os antebraços fletidos, elevados e afastados do corpo.
Na sala de cirurgia já estará aberto o LAP (pacote contendo campos e aventais estéreis), cada avental possui no seu interior uma compressa.
LAP CIRURGICO 
PARAMENTAÇÃO 
 
TÉCNICA DE CALÇAR LUVA ESTÉRIL 
AULA 6 – BIOSSEGURANÇA 
Conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes as atividades profissionais, os quais podem comprometer a saúdo do homem, dos animais, do meio-ambiente ou a qualidade dos trabalhos envolvidos
Lei de Biossegurança (Lei nº 11.105 de 2005)
PERIGOS PARA A SAÚDE ASSOCIADOS AO AMBIENTE CIRURGICO 
NR-32: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM ESTABELECIMENTO DE SAÚDE 
É uma Norma Regulamentadora que estabelece as diretrizes BÁSICAS para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos TRABALHADORES EM SERVIÇOS DE SAÚDE.
Fatores de risco podem ser classificados, segundo sua natureza, em: 
· AMBIENTAL: 
· FÍSICO: alguma forma de energia: radiação, ruído, vibração etc.
· QUÍMICO: substâncias químicas, poeira etc. 
· BIOLÓGICO: bactérias, vírus, fungos etc. 
· SITUACIONAL: instalações, ferramentas, equipamentos, materiais, operações etc. 
· HUMANO OU COMPORTAMENTAL: decorrentes da ação ou omissão humana. 
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO BIOLÓGICO: 
RISCO 1: Risco baixo individual e para comunidade. 
· Agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças
RISCO 2: Risco individual moderado e limitado para a comunidade
· Agentes biológicos que causam infecção
RISCO 3: Alto risco individual e risco moderado para a comunidade
· Agentes biológicos com capacidade de transmissão por via respiratória, letais.
RISCO 4: Alto risco individual e para a comunidade
· agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade por via respiratória ou de transmissão desconhecida.
NR-32: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM ESTABELECIMENTO DE SAÚDE
Os trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem iniciar suas atividades após avaliação médica obrigatória com emissão de documento de liberação para o trabalho
O empregador deve vedar:
· O uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos de trabalho;
· O consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho;
· Guarda de alimentos em locais não destinados para este fim;
· Uso de calçados abertos.
BIOSSEGURANÇA NA SAÚDE 
Todo profissional que trabalha com substâncias químicas de risco, com material biológico ou que manipule material perfurocortante ou, ainda, equipamentos com bases de funcionamento físico (ultrassom, autoclaves etc.), deve:
· Ler a recomendação da biossegurança de saúde e procedimentos operacionais padrão do setor. 
· Prevenir-se de eventuais acidentes utilizando, de acordo a sua necessidade, os equipamentos de proteção individual e coletivo (jaleco, avental, óculos, protetor facial, cabelos presos, luvas, botas, máscara, avental de chumbo, câmara de exaustão, cabina de segurança biológica e química).
LUVAS: sempre que houver possibilidade de contato com: 
· Sangue ou líquidos corporais 
· Secreções 
· Membranas mucosas 
· Pele lesada 
· Artigos e superfícies contaminado com material biológico
Calcar luvas no local do procedimento, trocar após cada procedimento realizado no paciente. 
AVENTAL: sempre que houver possibilidade de contato com: 
· Respingos de sangue, fluidos, secreções e excreções corpóreas
· Remover e desprezar imediatamente no Hamper após o uso. 
MÁSCARA COMUM: possibilidade de respingos de material biológico sobre a membranas mucosas da boca e olhos durante a realização e procedimentos no pacienteou de manuseio de artigos/materiais contaminados. 
Descarte de Perfuro- Cortantes
· Todo material perfurocortante (agulhas, scalp, lâminas de bisturi, vidrarias) mesmo que estéril, utilizado no cuidado de qualquer paciente, deve ser descartado em recipientes resistentes a perfuração e com tampa;
· Esses recipientes devem estar disponíveis o mais próximo possível do local onde está sendo prestado o atendimento ao paciente;
· Não recapar, quebrar ou entortar agulhas, desprezar juntamente com as seringas sem desconectá-las. 
· Os recipientes específicos para descarte de material não devem ser preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total;
· Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que envolvam materiais perfurocortantes
aula 7 – terminologia cirúrgica e classificação das cirurgias 
classificação das cirurgias 
· Definição de conduta da equipe 
· Quais materiais vão ser usados?
CLASSIFICAÇÃO CIRUÚRGICA – QUANTO A ORDEM DE PRIORIDADE
Emergência: a gravidade do quadro exige intervenção imediata (hemorragias, perfuração de vísceras por acidentes; craniotomia) 
Urgência: a intervenção cirúrgica mediata será realizada em até 24 horas, nas quais o paciente é mantido sob observações rigorosas (abdome agudo inflamatório) 
· O paciente deve ser operado de acordo com o agendamento da sala de operação 
· O paciente deve ser operado após o consentimento dos familiares 
· O paciente será operado após a correção de distúrbios hemodinâmicos. 
· O paciente deve aguardar ate que esteja fora de perigo imediato, e assim operar. 
Eletivo: O paciente pode ser operado. A não realização da cirurgia não é catastrófica. Ex: reparação de cicatrizes; hérnia simples; reparação vaginal. 
Requerida: o paciente precisa realizar a cirurgia, dentro de algumas semanas ou meses. É planejado dentro de algumas semanas ou meses; Ex: Hiperplasia prostática sem obstrução de bexiga; distúrbios da tireoide; cataratas. 
Opcional: essa decisão é do paciente (Preferência pessoal) Cirurgia cosmética.
CLASSIFICAÇÃO CIRÚRGICA – QUANTO A FINALIDADE 
· Curativa: extirpar ou corrigir a causa da doença. Ex: apendicectomia 
· Paliativa: atenuar ou buscar alternativa para melhora da condição, aliviar a dor ou correção do problema. Ex: Gastrostomia 
· Diagnostica: esclarecer o processo patológico; Ex: laparotomia exploratória 
· Reparatória: reconstruir artificialmente uma parte do corpo lesada por enfermidade ou traumatismo. Ex: enxerto de pele em queimados. 
· Reconstrutora ou Plástica: estético e/ou reparador. Ex: Rinoplastia. 
Radical: Retirada total de alguma parte do corpo.
· Ex: Histerectomia 
Ablativa: retirada parcial de alguma parte do corpo. Ex: amputação, colecistectomia 
CLASSIFICAÇÃO CIRURGICA – QUANTO AO PORTE CIRURGICO OU RISCO CARDIOLÓGICO
Grande porte: grande probabilidade de perda de fluido e sangue. 
· Cirurgias de emergência, vasculares arteriais. 
Médio porte: média probabilidade de perda de fluido e sangue. 
· Ressecção de carcinoma espinocelular, prótese de quadril 
Pequeno porte: pequena probabilidade de perda de fluido e sangue. 
· Plástica, mamoplastia e endoscopia digestiva. 
CLASSIFICAÇÃO CIRÚRGICA – QUANTO AO TEMPO DE DURAÇÃO 
Porte I: duração de até 2 horas. 
· Rinoplastia, blefaroplastia, amigdalectomia, colecistectomia. 
Porte II: Duração a partir de 2 a 4 horas: 
· Laparotomia exploratória, gastrectomia. 
Porte III: duração a partir de 4 até 6 horas:
· Craniotomia, revascularização do miocárdio. 
Porte IV: duração acima de 6 horas. 
· Transplante, cirurgia neurológica em geral. 
CLASSIFICAÇÃO CIRURGICA – QUANTO AO POTENCIAL CIRÚRGICO 
Limpas: Realizadas em tecidos estéreis ou possíveis de descontaminação. São Cirurgias onde não ocorrem penetrações nos tratos digestivos, respiratório ou urinário;
· Na ausência de processo infeccioso e inflamatório local
· Cirurgias sem penetração nos tratos digestivos, respiratórios, urinários ou ginecológico. 
· Ausência de falhas técnicas 
· Cirurgia eletiva atraumáticas com cicatrização de primeira intenção. 
Potencialmente Contaminadas: Realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminação, em tecidos cavitários com comunicação com o meio externo; na ausência de processo infeccioso e inflamatório (supuração local), com falhas técnicas discretas no transoperatório, com penetração nos tratos digestório, respiratório ou urinário sem contaminação significativa.
· Ausência de processo infeccioso e inflamatório
· Falhas técnicas discretas no transoperatório. 
· Cirurgias limpas com drenagem.
· Penetração nos tratos digestivos, respiratórios, reprodutor e urinário sem contaminação significativa 
· Tecidos colonizados por flora pouco numerosa ou área de difícil descontaminação. 
Contaminadas: Realizadas em tecidos traumatizados recentemente abertos, colonizados por flora bacteriana abundante cuja descontaminação seja difícil ou impossível; bem como aquelas em que tenha ocorrido falha técnica grosseira, na ausência de supuração local
· Cirurgias com falha técnica grosseira sem supuração local. 
· Grande contaminação a partir do tubo digestivo. 
· Obstrução biliar ou urinária.
· Presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção. 
· Tecidos colonizados por flora abundante com descontaminação impossível. 
Infectadas: Realizadas em qualquer tecido ou órgão em presença de processo infeccioso, tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja.
· Tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja. 
· Qualquer tecido ou órgão, em presença de processo infeccioso (supuração local)
Exercícios:
1. É considerada cirurgia potencialmente contaminada: 
a) cirurgia cardíaca para inserção de marca-passo definitivo.
b) cirurgia de mediastino.
c) neurocirurgia com acesso através da nasofaringe.
d) cirurgia ortopédica eletiva.
e) cirurgia para retirada de nódulos da mama.
2. Classificam-se como infectadas as cirurgias realizadas em tecidos com supuração local, em tecido necrótico, em feridas traumáticas sujas 
a) Certo 
b) Errado 
3. Classificam-se como contaminadas as cirurgias que se realizam em tecidos estéreis e na ausência de processo infeccioso local, sem que haja penetração nos tratos digestório, respiratório ou urinário, em sala de cirurgia que apresente condições ideais.
a) Certo 
b) Errado 
4. São consideradas potencialmente contaminadas as cirurgias realizadas em tecidos que, embora não apresentem supuração local, sejam de difícil descontaminação e as cirurgias em que haja penetração nos tratos digestório, respiratório ou urinário, sem contaminação significativa, como, por exemplo, a redução de fratura exposta.
a) Certo 
b) Errado 
Termos técnicos – é o conjunto de termos que expressam o segmento corpóreo afetado e a intervenção realizada. 
aula 8 – tempos cirúrgicos 
São procedimentos ou manobras consecutivas realizadas pelo cirurgião, desde o início até o término da cirurgia. De um modo geral as intervenções cirúrgicas são realizadas em 4 tempos básicos.
· Diérese;
· Hemostasia;
· Exérese;
· Síntese
Algumas vezes apenas um tempo cirúrgico pode estar presente, como por exemplo, na abertura de um abscesso ou na sutura de um corte ocasionado acidentalmente
1.Diérese (abertura): consiste na separação de tecidos ou planos anatômicos com o objetivo de possibilitar a abordagem de um órgão ou região. 
· Mecânica (instrumentos cortantes) / Física (recursos especiais) 
· Punção 
· Secção 
· Divulsao
· Curetagem 
· Dilatação 
2.Hemostasia (hemo=sangue; stasis=deter): Processo pelo qual se previne, detém ou impede o sangramento. Pode ser feito por meio de:
· Pinçamento de vasos 
· Ligadura de vasos
· Eletrocoagulação 
· Compressão 
· Hemostasia prévia, preventiva ou pré-operatória (Medicamentosa = baseada nos exames laboratoriais- antifibrinolíticos, coagulantes e vasoconstritores...);
· Cirúrgica = interromper em caráter provisório o fluxo de sangue para a ferida cirúrgica para prevenir ou diminuir a perda sanguínea;· Hemostasia temporária – Feita durante a intervenção cirúrgica para deter ou impedir temporariamente o fluxo de sangue no local da cirurgia (compressão por instrumentais – pinças, aplicação de medicações, uso de hemostáticos);
· Hemostasia definitiva – Obliteração do vaso sanguíneo em caráter permanente (sutura, bisturi – eletrocoagulação, laqueadura, uso de hemostáticos).
3.Exérese ou cirurgia propriamente dita: Tempo cirúrgico fundamental, onde efetivamente é realizado o tratamento cirúrgico - momento em que o cirurgião realiza a intervenção cirúrgica no órgão ou tecido desejado, visando o diagnóstico, o controle ou a resolução da intercorrência, reconstituindo a área, procurando deixá-la da forma mais fisiológica possível.
4.Síntese (sutura): Aproximação de tecidos de uma ferida. Finalidade de facilitar as fases do processo de cicatrização
Classificada em: 
· Imediata: logo após a cirurgia 
· Mediata: algum tempo após a cirurgia 
· Completa: aproximação dos tecidos em toda a extensão da incisão
· Incompleta: aproximação dos tecidos em (quase) toda a extensão de incisão 
· Incruenta: Aproximação dos tecidos da ferida cirúrgica com o auxílio de gesso, ataduras e adesivos;
· Cruenta: Aproximação por meio de sutura
O processo mais comum de síntese é a sutura que pode ser: 
· Temporária – quando há necessidade de remover os fios cirúrgicos da ferida após fechamento ou aderência dos bordos desta. 
· Definitiva ou permanente – quando os fios cirúrgicos não precisam ser removidos, pois, permanecem encapsulados no interior dos tecidos.
instrumentais cirúrgicos 
Instrumental e todo material utilizado na realização de intervenções cirúrgicas, retirada de pontos, exames, tratamentos e curativos;
São definidos como: básicos e especiais
FABRICAÇÃO 
· Aço inoxidável, pois apresentam maior durabilidade, com conteúdo variável de ferro, carbono e cromo
· Polimento com ácido nítrico para retirar resíduos de carbono e criar uma camada protetora.
· Podem ser: Espelhado, brilhante, altamente polido, acetinado ou fosco e base de ebanização com acabamento em preto (evita reflexão).
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO INSTRUMENTAL CIRÚRGICO 
Anatomia de um instrumento cirúrgico:
· Padronizados de acordo com a função;
· Existe o design-padrão (articulações, hastes e cabos) – pode variar
Partes que compõem:
1. na extremidade que entra em contato com o paciente
2. o mecanismo funcional que faz com que o instrumento funcione
3. o cabo ou empunhadura 
Instrumentais:
· Não podem ser pesados demais 
· Materiais de qualidade 
· Permitir a limpeza adequada 
· Materiais com custo elevado 
· Específicos por cirurgia.
Cuidados com manuseio de Instrumentais:
Manusear com cautela o material esterilizado, não colocando as mãos na parte interna do pacote
· Dispor o material de modo a evitar o cruzamento do campo estéril 
Observar no pacote: o lacre, a data de esterilização, a integridade da embalagem, a presença do integrador
· Manusear o manual estéril somente com a pinça ou mão enluvada 
· Considerar contaminado qualquer material que toque em locais não esterilizados
· Procurar reduzir o tempo de exposição do material estéril
CLASSIFICAÇÃO 
ESPECIAIS
· São os instrumentos utilizados apenas em determinadas cirurgias e em tempos específicos
COMUNS 
· Instrumentais básicos utilizados em qualquer tipo de intervenção cirúrgica nos tempos fundamentais como diérese (corte), hemostasia (Pinçamento dos vasos sangrantes) e síntese (sutura).
Classificação dos Instrumentais:
· Instrumental para diérese 
· Instrumental para hemostasia 
· Instrumental para síntese 
· Instrumentos auxiliares
· Pinça de campo 
· Afastadores 
· Preensão 
· Instrumentos especiais
INSTRUMENTAL PARA DIÉRESE 
1. Bisturi convencional
· Cabo reto + lâmina descartável 
· Classificam-se basicamente em:
· cabo nº 3: lâminas menores, incisões mais delicadas (nº 10, 11, 12, 15) 
· cabo nº 4: lâminas maiores, usados em grandes procedimentos (nº 20, 21, 22, 23, 24, 25)
Tesoura: cortar tecidos orgânicos e materiais cirúrgicos, além de dissecar e divulsionar tecidos 
· tamanhos (longa, média e curtas)
· formato (pontiagudas, rombas ou mistas)
· curvatura (retas ou curtas) 
instrumental para hemostasia 
PINÇA DE KOCHER: para pinçamentos transversais em tecidos ou pinçamentos pela pinta da tração de aponeurose. 
PINÇA MIXTER: ponta curva com extrema utilidade para auxiliar na dissecção dos vasos e para passar fio para ligadura em torno dos mesmo. 
instrumental para síntese 
Destinados à reunião de tecidos entre si (suturar) 
· Fios de sutura 
· Agulhas 
· Porta-agulhas 
FIOS DE SUTURA: É uma estrutura flexível, com formato circular e que apresenta um diâmetro reduzido. Pode ser de material sintético, de fibras vegetais ou de material orgânico.
· Os fios podem ser divididos em:
· Absorvíveis 
· Não absorvíveis 
Configuração, manuseabilidade, força de tensão e reação tecidual 
cLASSIFICAÇÃO 
· Quando a estrutura: 
· Monofilamentar: cada fio é composto de um único filamento compacto. 
· Multifilamentar: cada fio é composto por vários filamentos trançados ou torcidos entre si. Monofilamentar Multifilamentar. 
ABSORVÍVEIS: 
· Origem animal - Categute (catgut) simples e cromado
· Origem sintética – Ácido poliglicólico (Dexon), Poligliconato (Maxon), Poliglactina (Vicryl), Poliglecaprona 25 (Monocryl), Polidioxanona (PDS)
NÃO ABSORVÍVEIS 
· Origem orgânica ou biológico – Seda 
· Origem vegetal – Algodão
· Origem sintética – Poliamida (Nylon), Poliéster (Ethibond, Mersilene), Polipropileno (Prolene). 
· Origem metálica – prata, cobre, aço
Quanto ao diâmetro do Fio:
· O diâmetro do fio é determinado em milímetros e expresso em zeros. Quanto menor o calibre do fio, maior o número de zeros. 
· Menor calibre: n° 12-0 (diâmetro de 0,001 a 0,01 mm). 
· Maior calibre: n° 3 (diâmetro de 0,60 a 0,80 mm).
AGULHAS 
São utilizadas para com o objetivo de transfixar os tecidos, servindo de guia para os fios de sutura. 
· Material: geralmente são produzidas em aços inoxidável.
Divisão da agulha:
· Ponta 
· Corpo 
· Fundo 
Classificação das agulhas: 
Quanto ao trauma que produzem: 
· Traumáticas (tem que passar o fio pela agulha) 
· Atraumáticas (já vem com o fio montado) 
Quanto ao fundo da agulha
· O fundo da agulha: é o furo transversal da agulha para a passagem do fio, geralmente está situado na extremidade posterior da agulha.
· Agulhas atraumáticas: não possuem o fundo
· Agulhas traumáticas: possuem fundo
Quanto a forma e comprimento:
· Reta
· Curva (angulação de 180°)
· Semi-curva (ângulos menores do que 180º e maiores do que 0º)
SÍNTESE: Posta-agulha 
Detalhe da face interna do porta-agulha permite identificá-lo rapidamente.
INSTRUMENTOS AUXILIARES 
Servem para facilitar o uso de outros instrumentos. 
AFASTADORES CIRURGICOS 
Afastam as bordas da feridas cirúrgicas, expondo os planos anatômicos ou órgãos subjacentes.
Tipos: 
· Dinâmicos (Farabeuf, Doyen, Espátulas). 
· Auto-estáticos (Gosset, Balfour, Finochietto).
Dinâmicos (manuais) 
· Farabeuf 
· Doyen 
· Deaver 
· Suprapúbica 
Afastadores Auto-estáticos: servem para afastar os tecidos abertos. Podem ser ortostáticos:
Preensão: servem para segurar e suspender vísceras e órgãos. 
Foerster
Cheron 
Allis 
Collin 
Duval 
INSTRUMENTOS ESPECIAIS 
São instrumentos específicos usados em cada tipo de cirurgia. 
Serão sempre diferentes para cada tipo de cirurgia e usado no momento nobre dela.
Exemplos: 
Pinça de Abadie: utilizada nas cirurgias do trato digestivo. 
Constituída de duas pinças intestinais articuladas entre si para facilitar a exposição para a secção e sínteses nas anastomoses intestinais
Instrumentos especiais: Exérese (retirada) – utilizados somente no tempo principal da cirurgia, diferenciando-se para cada especialidade cirúrgica. 
· Sacafibroma 
· Fórceps 
· Pinça de Goiva 
INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA 
Atividade desenvolvida no intraoperatório relacionada com o material que compõe a mesa cirúrgica e é utilizado durante o ato operatório 
A Resoluçãonº214/1998 / COFEN: 
“a instrumentação cirúrgica é uma atividade de enfermagem, não sendo, entretanto, ato privativo da mesma” e “o profissional de enfermagem, atuando como instrumentador cirúrgico, por força de Lei, subordina-se exclusivamente ao responsável técnico pela unidade” 
Montagem da Mesa:
É ato de dispor os instrumentos cirúrgicos em ordem lógica sobre as mesas auxiliares de forma a racionalizar e tornar mais eficiente o trabalho da equipe. 
Mesa do instrumental: 
· montada em local de menor circulação na SO;
· Após a antissepsia da área operatória e colocação dos campos estéreis, a mesa do instrumental é posicionada de acordo com o tipo de cirurgia. 
· Os instrumentais são colocados de acordo com o tempo cirúrgico.
· São dispostas de acordo com o seu tipo, iniciando-se o arranjo pelas curvas e continuando pelas retas do mesmo modelo;
· São dispostas com a ponta virada para o abdome do instrumentador e o cabo apontado para frente- Isso facilita a passagem dos instrumentos na cirurgia;
· São colocados com a ponta virada para baixo (em contato com a mesa)
Mesa auxiliar: 
Conhecida como Mesa de Mayo. Diferente da Mesa Principal ela fica ao lado do cirurgião, portanto ele e o responsável por pegar os instrumentais:
· Médio e Grande Porte;
· Urgência.
Ordem 
· Mais próximo da mesa operatória os instrumentos que serão utilizados com mais frequência no decorrer da cirurgia;
· O instrumentador obrigatoriamente deve prestar atenção ao campo operatório para antecipar as necessidades da cirurgia 
POSICIONAMENTO DA CIRURGIA 
POSIÇÃO USUAL 
Quando o cirurgião fica à esquerda? 
· Cirurgião sinistro 
· Sítio operatório à esquerda 
· Hérnia/ rim/ MSE ou MIE 
· Cirurgia pélvica 
· Visualização melhor 
ALTERAÇÃO USUAL 
O instrumentador fica ao lado do cirurgião
SITUAÇÕES ESPECIAIS - Cirurgião de cabeça e pescoço 
SITUAÇÕES ESPECIAIS – cirurgia pélvica
SITUAÇÕES ESPECIAIS – cirurgia em posição de litotomia 
 
Assembleia mundial da saúde 2002
crescimento dos casos de erros com o paciente 
aliança mundial para segurança do paciente 2004
amplo espectro de ação
PVPI, clorexidina, álcool..
destroem ou inibem o crescimento

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