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2° AVALIAÇÃO - CENTRO CIRURGICO E CME

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Centro Cirúrgico e 
CME 
2° AVALIAÇÃO 
AULA 9 – POSICIONAMENTO CIRURGICO 
Posicionamento do paciente: é aquela em que 
o paciente é colocado, depois de anestesiado, 
para ser submetido a intervenção cirúrgica, de 
modo a propiciar acesso fácil ao campo 
operatório. 
• Pele e tecidos subcutâneos 
• Sistema musculoesquelético 
• Sistema nervoso 
• Sistema vascular 
• Sistema respiratório 
• Mamas 
• Genitália 
• Dedos 
 
O que avaliar? 
• Anestesia geral 
• Idade e peso 
• Imobilidade 
• Problemas de controle na temperatura 
corporal 
• Condições de saúde pré-existentes 
• Tempo cirúrgico prolongado 
 
CUIDADOS NECESSÁRIOS DURANTE O 
POSICIONAMENTO 
• Impedir hiperextensão das terminações 
nervosas, prevenindo paralisias e/ou 
parestesias, que podem ser irreversíveis. 
• Aplicar movimentos formes, delicados e 
seguros em quaisquer partes do corpo, para 
evitar distensões musculares. 
• Evitar compressão de vasos, nervos e órgãos, 
que pode levar ao comprometimento de 
funções vitais. 
• Proteger proeminências ósseas, 
principalmente em pacientes idosos, crianças, 
obesos e desnutridos, para evitar a formação 
de LPP, tromboses e compressão da 
circulação. 
• Impedir contato direto do paciente com a 
superfície metálica da mesa de operação. 
• Impedir vícios de posicionamento 
(hiperextensão dos membros de fixação 
incorreta do paciente) 
• Cuidar para que os membros inferiores e 
superiores nunca fiquem pendentes na mesa 
de operação 
• Utilizar múltiplos apoios para melhor 
acomodar o paciente e evitar compressão de 
estruturas, bem como adaptar a posição 
necessária às reais condições do paciente. 
 
DECÚBITO DORSAL OU SUPINA 
É aquela em que o paciente se encontra deitado 
de costas, com as pernas e os braços estendidos. 
O dorso do paciente e a coluna vertebral estão 
repousados na superfície do colchão da mesa 
cirúrgica. 
Utilizados em: 
• Cirurgias craniana 
• Cirurgias torácicas 
• Cirurgias peritoneais 
Ex: colecistectomia, cesariana, craniotomia, 
tireoidectomia. 
 
 
Riscos: isquemia em proeminências ósseas, 
hiperextensão da cabeça, lesão do braço por 
abdução exagerada (>90°) 
 
Prevenção: uso de coxins, evitar contato com 
partes metálicas da mesa, evitar abdução 
excessiva (>90°). Utilização de travesseiros ou 
apoios de cabeça e abaixo dos joelhos, manter as 
pernas descruzadas, atenção para a 
hiperextensão dos pés. 
 
Cirurgias: abdominais abertas, neurocirurgias, 
cardíacas, plásticas, oftálmicas, 
otorrinolaringológicas, cabeça e pescoço. 
 
 
 
 
 
 
 
TRENDELENBURG 
É uma variação da posição de decúbito dorsal 
onde a parte superior do dorso é abaixada e os 
pés são elevados. Mantem as alças intestinais na 
parte superior da cavidade abdominal. 
 
Ex: cirurgias de órgãos pélvicos, laparotomia de 
abdômen inferior. 
 
 
• Riscos: alterações cardiovasculares, aumento 
da PIC, alterações respiratórias, lesão do 
plexo braquial devido aos apoios nos ombros. 
• Prevenção: retirar da posição o mais 
rapidamente possível, usar suporte 
acolchoados nos ombros para posições muito 
acentuadas. 
• Cirurgias: laparoscópicas abdominais e 
ginecológicas. 
 
TREDELEMBURG REVERSO OU PROCLIVE 
Posição com a cabeça elevada e os pés abaixados. 
 
Trendelemburg reversa, mantem as alças 
intestinais na parte inferior da cavidade 
abdominal, reduzindo a pressão sanguínea 
cerebral. 
Ex: posições de abdômen superior e cranianas. 
 
 
• Risco: lesão do nervo ciático, cisalhamento. 
• Prevenção: mantem contenção nas pernas 
• Cirurgias: ombro, cabeça e pescoço, plásticas 
otorrinolaringológicas, mamas. 
 
 
 
 
POSIÇÃO GINECOLÓGICA OU 
LITOTOMICA 
O paciente permanece em decúbito dorsal, com 
as pernas flexionadas, afastadas e apoiadas em 
perneiras acolchoadas, e os braços estendidos 
apoiados. 
Ex: Histerectomia vaginal, cirurgias ginecológicas. 
 
 
• Risco: pressão da região poplítea, 
estiramento muscular, rotação externa ou 
abdução indevida, disjunção da sínfise 
púbica, lesão vascular devido a pressão direta 
sobre os vasos. 
• Prevenção: uso de meias elásticas para 
procedimentos de longa duração, usar 
suporte de perna que evitem pressão na 
região poplítea, evitar pressão contra tecidos 
moles da perna, manter os braços em 
braçadeiras num ângulo de 90°, acolchoar 
quadril, nádegas e laterais do corpo, utilizar a 
menor elevação das pernas pelo menor 
tempo possível e minimizar o grau de 
abdução do quadril. 
• Cirurgias: ginecológicas, urológicas, 
obstétricas, hemorróidectomias. 
 
FOWLER E SEMI-FOWLER 
Paciente mantido sentado ou semi-sentado na 
mesa de operação. Posição utilizada para 
conforto quando há dispneia. 
Ex: dreno de tórax. 
 
• Riscos: queda, cisalhamento do 
proeminências ósseas. 
• Prevenção: flexiona-se os MMII para 
prevenção de quedas, cisalhamento e 
deslizamento. 
• Cirurgia: neurocirurgia, cirurgia de ombro e 
algumas técnicas de mamoplastia e suas 
variações. 
 
DECÚBITO LATERAL OU SIMS 
O paciente permanece em decúbito lateral, 
direito ou esquerdo, com a perna que esta do 
lado de cima flexionada, afastada e apoiada na 
superfície de repouso. 
Ex: cirurgias renais. 
 
 
 
• Riscos: lesão cervical, lesão de ombro, lesão 
de olho e ouvido, comprometimento 
pulmonar, lesão do nervo fibular, diminuição 
da perfusão periférica devido a compressão 
de artéria femural. 
• Prevenção: apoio de cabeça para 
alinhamento da coluna, apoio sob o tórax, 
lubrificar olhos, apoiar as cintar de fixação no 
quadril superior, observar perfusão de 
extremidades após colocar o posicionamento, 
observar orelhas, colocar um apoio sob a 
cabeça, região da axila e entre as pernas, 
manter a perna em contato com a mesa 
flexionada na região do quadril e a superior 
esticada. 
• Cirurgias: nefrectomia, artroplastia do 
quadril, toracotomia. 
 
DECÚBITO VENTRAL OU PRONA 
O paciente fica deitado de abdômen para baixo, 
com os braços estendidos para frente e apoiados 
em talas. 
Ex: cirurgias da coluna, hérnia de disco. 
 
 
• Risco: lesão cervical, prejuízo à ventilação, 
compressão genital, compressão de mamas e 
necrose isquêmica de pontos de pressão. 
• Prevenção: manter apoio para cabeça de 
maneira a diminuir a compressão em nariz e 
orelhas. Proteger rosto, olhos e queixo, 
manter o alinhamento do pescoço, colocar 
coxins em formato de rolos da clavícula à 
crista ilíaca e sob as pernas e pés, deixar as 
genitálias livres, proteger os pés de 
hiperflexão. 
• Cirurgias: cirurgias de coluna vertebral, 
neurocirurgias da fossa posterior vasculares, 
plásticas. 
 
POSIÇÃO DE CANIVETE - KRASKE 
O paciente se encontra em decúbito ventral, com 
as coxas e pernas para fora da mesa e o tórax 
sobre a mesa, a qual esta levemente inclinada no 
sentido aposto das pernas, e os braços 
estendidos e apoiados em talas. 
Ex: hemorróidectomias 
 
• Risco: lesão por pressão de proeminências 
ósseas, alteração respiratória e circulatória 
(risco de trombose) 
• Prevenção: os quadris são apoiados em um 
travesseiro, colocar travesseiro nas pernas, 
colocar faixa de contenção sobre as partes 
posteriores das coxas, utilizar meias 
antiembolíticas. 
• Cirurgia: proctológicas e coluna lombar. 
 
CUIDADOS COM O POSICIONAMENTO 
DO PACIENTE AO FINAL DO 
PROCEDIMENTO ANESTÉSICO-
CIRÚRGICO 
Manipular lentamente o paciente anestesiado, 
mas com movimentos firmes e seguros, pois a 
mudança repentina de posição pode provocar 
alterações muito rápidas nos sistemas 
cardiovasculares respiratórios. 
 
Retirar cuidadosamente as perneiras, a fim de 
prevenir o afluxo rápido do sangue da porção 
superior do corpo para os membros inferiores, o 
que poderá levar à queda brusca da pressão 
arterial. 
 
Manter a cabeça voltada para o lado, sempre que 
possível, quando o paciente permanecer em 
decúbitodorsal, a fim de prevenir aspiração de 
vomito ou secreções. 
 
Observar as reações do paciente, verificar sinais 
vitais e manter-se atento aos parâmetros de 
monitoração. 
 
Registrar intercorrências e situações de risco 
pode ser fundamental para permitir a 
continuidade da assistência no pós-operatório e 
assegurar assistência livre de riscos. 
 
 
 
 
 
Escala de avaliação de risco para o 
desenvolvimento de lesões decorrentes do 
posicionamento cirúrgico (ELPO) 
 
Cada ponto a mais na escala aumente em 44% a 
chance de o paciente desenvolver UPP e 28% a 
chance de dor, que é um sinal de lesão nervosa. 
 
 
 
 
TÉCNICAS DE ALINHAMENTO 
CORPORAL 
• Travesseiros: deve existir em grande numero 
nos hospitais e de diversos tamanhos, 
quando não há disponibilidade de tamanhos 
adequados pode-se dobrar lençóis ou 
cobertores para servirem de apoio. 
Determinar os tamanhos apropriados a cada 
caso. 
• Suporte para os pés: é colocado encostado 
aos pés encostados aos pés e perpendicular 
ao colchão do pé caído, pois mantem os pés 
em dorsiflexão. 
• Tubos plásticos preenchidos de areia que se 
moldam ao contorno do corpo; imobilizam 
uma extremidade ou mantêm o alinhamento. 
• Rolo para as mãos: são colocados nas 
palmas das mãos do paciente visando manter 
uma posição funcional. Podem ser feitos de 
toalhas pequenas ou ataduras. 
 
 
 
AULA 10 – LIMPEZA DO AMBIENTE 
O ambiente é apontado como reservatório de 
microrganismos nos serviços de saúde, 
especialmente dos multirresistentes; portanto, 
processos inadequados de limpeza e desinfecção 
de superfícies podem disseminar 
microrganismos, colocando em riso a segurança 
dos pacientes e dos profissionais. 
 
As superfícies carreiam um risco mínimo de 
transmissão direta de infecção, mas pode 
contribuir para a contaminação cruzada 
secundaria, por meio das mãos dos profissionais 
de saúde e de instrumentos ou produtos que 
poderão ser contaminados ao entrar em contato 
com essas superficiais e posteriormente, 
contaminar os pacientes ou outras superfícies. 
 
A limpeza e desinfecção de superfícies em 
serviços de saúde são elementos primários e 
eficazes nas medidas de controle para romper a 
cadeia epidemiológica das infecções. 
 
 
Matéria Orgânica: pode servir como substrato 
para a proliferação de microrganismos ou 
favorecer a presença de vetores, com a 
possibilidade de transportar passivamente esses 
agentes 
Sendo assim, toda área com presença de matéria 
orgânica deverá ser rapidamente limpa e 
desinfetada, independentemente da área do 
hospital. 
 
FINALIDADES DA LIMPEZA 
• Remoção da sujidade visível 
• Remoção, redução ou destruição de 
microrganismos. 
• Controle de disseminação de contaminação 
biológica, química e radioativa. 
• Remoção de substancia pirogênica. 
• Estética 
O SERVIÇO DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO 
• Extrema importância; 
• Compreende a limpeza, desinfecção e 
conservação das superfícies fixas e 
equipamentos permanentes das diferentes 
áreas; 
• atual percepção da existência do ambiente e 
de sua importância na prevenção de 
infecções relacionadas à assistência à saúde. 
• Número de profissionais adequados; 
 
A LIMPEZA DA SO 
É o procedimento de remoção de sujeira, detritos 
indesejáveis e microrganismos presentes nas 
superfícies dos equipamentos e acessórios, 
mobiliários, pisos, paredes mediante a aplicação 
de energia química, mecânica e térmica. 
▪ Enfermagem – Florence; 
▪ Fator importante nas ISC; CC área crítica; 
▪ CC: Local com segurança; 
▪ Toda cirurgia tem que ter limpeza 
depois? 
 - Profissional? 
 
ETAPAS DA LIMPEZA NO CENTRO 
CIRURGICO: LIMPEZA PRÉ OPERATÓRIA / 
PREPARATÓRIA 
Realizada antes do início das cirurgias 
programadas por dia; Noturno; 
Remoção de poeira das superfícies; dos 
mobiliários, focos cirúrgicos e equipamentos com 
solução detergente ou desinfetante (álcool 70%) 
com um pano úmido e branco 
1 hora antes do início da primeira cirurgia; 
 
LIMPEZA OPERATÓRIA/ LIMPEZA 
IMEDIATA 
Realizada durante o processo operatório; 
consistindo apenas na remoção mecânica da 
sujidade (sangue e secreções) utilizando um pano 
comum embebido em agente químico de amplo 
espectro para que não ocorra secagem da 
superfície e disseminação contaminando o ar; 
 
Remoção mecânica: pano; Cuidados da 
enfermagem para que isso não ocorra: trocar o 
Hamper, trocar o lixo da sala, atenção aos 
materiais; Secagem da matéria orgânica- 
turbulência do ar – não devemos ficar retirando 
materiais de uma sala pra outra; 
 
LIMPEZA CONCORRENTE 
• Termino de cada cirurgia 
o Retirados materiais (o saco do Hamper, 
o instrumental...), limpeza de superfícies 
horizontais, mobiliário e piso. Envolve 
os 3 profissionais (circulante, 
instrumentador, higienização) 
▪ Não há necessidade de limpeza 
de tetos e paredes, somente se 
houver contato direto com algum 
material biológico. 
 
 
LIMPEZA TERMINAL 
Mais completa que a concorrente. 
 
Diária: 
• Após a última cirurgia programada do dia; 
• As portas devem ser limpas diariamente, 
especialmente o local próximo à maçaneta. O 
chão deve ser lavado com água e sabão. As 
macas e os carros de transporte também 
devem ser limpos. Os lavabos devem ser 
limpos, trocar a solução antisséptica; 
• Limpeza do vestiário e do banheiro; 
 
Periódica ou programada: envolve itens cuja 
frequência de limpeza não necessita ser diária, 
por não se sujar com facilidade e ou por não 
estarem diretamente relacionados com a infecção 
direta do sítio cirúrgico. Dessa forma, rotinas de 
limpeza com periodicidades maiores podem ser 
estabelecidas. É o caso das superfícies verticais, 
janelas, portas, teto, grades de entrada e saída do 
ar condicionado, armários que permanecem 
fechados dentro e fora da sala de operação. 
 
 
 
LIMPEZA DA SRPA 
• Paredes, tetos, corredores, janelas, portas e 
pisos devem ser lavados caso ocorra algum 
respingo ou depósito de matéria orgânica; 
• Realizada limpeza concorrente após a saída 
do paciente; 
• Área crítica: terminal no mínimo uma vez por 
semana; 
• Incluir limpeza da unidade do paciente: cama, 
fluxômetro, monitor... 
 
EQUIPE 
• Higienização e equipe de enf (ex: chão, 
paredes... Equipamentos); 
• Movimentos unidirecionais; 
• Menos pro mais; 
• Por último o piso; dos fundos para a porta de 
entrada (de dentro pra fora); 
• POP: Visivel, acessível e revisado 
periodicamente. 
 
Microrganismo e transmissão -> porque limpar 
-> como limpar 
 
AULA 11 – INFECÇÃO DE SÍTIO 
CIRURGICO 
Infecção hospitalar é toda infecção adquirida 
durante a internaçãohospitalar ou então 
relacionada a algum procedimento realizado no 
hospital, podendo manifestar-se inclusive após a 
alta. 
Esse tem sido substituído por Infecção 
Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS). 
Essa mudança abrange não só a infecção 
adquirida no hospital, mas também aquela 
relacionada a procedimentos feitos em 
ambulatório, durante cuidados domiciliares e à 
infecção ocupacional adquirida por profissionais 
de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, 
entre outros). 
 
Para que ocorra uma infecção hospitalar, é 
necessário a exposição aos fatores de risco: 
• Necessidade de um indivíduo ser 
submetido a uma internação ou a um 
procedimento de saúde 
• Condição clínica do paciente, a virulência 
e inoculo dos microrganismos e fatores 
relacionados à hospitalização 
(procedimentos invasivos, condições do 
ambiente e atuação do profissional de 
saúde). 
• extremos de idade, duração da 
internação, diabetes mellitus, doenças 
vasculares, procedimentos invasivos, 
cirurgia 
 
Tipos de infecções hospitalares: 
• ISC 
• IPCS 
• ITU 
• ITR 
• Outras IH: ouvido, nariz, garganta e boca. 
• Sistema cardiovascular, pele e tecidos 
moles, TGI e trato reprodutivo. 
 
Infecção de sítio cirúrgico: 
• Um dos principaisriscos à segurança do 
paciente nos SS no brasil. 
• Ocupa o 3º lugar das IRAS; 
• Ocorrem no pós-operatório em cerca de 3% 
a 20% dos procedimentos; 
• Em 60% dos casos poderiam ser evitados; 
• Implantes resultam em: Sintomas dolorosos e 
persistentes; Reoperações; Perda do 
implante; Aumento dos custos; Óbito. 
 
O que é a CCIH? 
Um grupo de profissionais da área de saúde, de 
nível superior, formalmente designado para, 
juntamente com a Direção do Hospital, planejar, 
elaborar, implementar, manter e avaliar o 
Programa de Controle de Infecção Hospitalar 
• um conjunto de ações desenvolvidas com o 
objetivo de reduzir ao máximo possível a 
incidência das infecções hospitalares. 
 
As atividades da CCIH/ SCIH estão 
fundamentadas na Portaria nº 2616/1998 do 
Ministério da Saúde, na RDC 48/2000 
 
A Lei Federal n° 6.431, de 06 de janeiro de 1997, 
instituiu a obrigatoriedade da existência da 
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
(CCIH) e de um Programa de Controle de 
Infecções Hospitalares (PCIH); 
 
Os membros consultores deverão incluir 
representantes dos seguintes serviços: médico, 
enfermagem, farmácia, laboratório de 
microbiologia e administração. Em instituições 
com número igual ou menor que 70 leitos, a CCIH 
pode ser composta apenas por 01 (um) médico e 
01 (um) enfermeiro. 
 
Os membros executores representam a CCIH e 
são eles os responsáveis diretos pela execução 
das ações do PCIH. É recomendável que pelo 
menos 01 (um) membro executor seja um 
profissional de enfermagem. 
 
Ações desempenhadas pela CCIH: 
• Realização da vigilância epidemiológica 
para detecção de casos de infecção 
hospitalar 
• Elaboração de diretrizes para a prevenção 
das infecções relacionadas à assistência à 
saúde 
• Elaboração de orientações para prescrição 
adequada de antibióticos e implantação de 
ações que contribuam para o controle de 
seu uso 
• Estabelecimento de recomendações quanto 
às medidas de precaução e isolamento para 
pacientes com doenças transmissíveis ou 
portadores de bactérias resistentes a 
antibióticos 
• Oferecer apoio técnico à administração 
hospitalar para a aquisição correta de 
materiais e equipamentos e para o 
planejamento adequado da área física dos 
estabelecimentos de saúde. 
 
ISC 
As Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC) são infecções 
relacionadas a procedimentos cirúrgicos, com ou 
sem colocação de implantes, em pacientes 
internados e ambulatoriais, sendo classificadas 
conforme os planos acometidos ilustrados na 
figura: 
Tipos: conforme quadro 
 
 
 
 
 
Cirurgia em paciente internado: paciente 
submetido a um procedimento dentro do centro 
cirúrgico, que consista em pelo menos uma 
incisão em regime de internação superior a 24 
horas, excluindo-se procedimentos de 
desbridamento cirúrgico, drenagem, episiotomia 
e biópsia que não envolvam vísceras ou 
cavidades. 
 
Cirurgia ambulatorial: paciente submetido a um 
procedimento cirúrgico em regime ambulatorial 
(hospital-dia) ou com permanência no serviço de 
saúde inferior a 24 horas que consista em, pelo 
menos, uma incisão, excluindo-se procedimentos 
de desbridamento cirúrgico, drenagem e biópsias 
que não envolvam vísceras ou cavidades. 
 
Cirurgia endovascular: paciente submetido a 
procedimento terapêutico por acesso 
percutâneo, por via endovascular, com inserção 
de prótese, com exceção de stents. 
 
Cirurgia endoscópica com penetração de 
cavidade: paciente submetido a um 
procedimento terapêutico, por via endoscópica, 
com manipulação de cavidade ou víscera através 
da mucosa. Estão incluídas aqui cirurgias 
transvaginais e cirurgias transnasais. 
 
Implantes: a resolução de diretora 
colegiada/anvisa no 185, de 22 de outubro de 
2013, incluiu os implantes e próteses na família 
dos produtos médicos e definiu os implantáveis 
como sendo: “qualquer produto médico 
projetado para ser totalmente introduzido no 
corpo humano ou para substituir uma superfície 
epitelial ou ocular, por meio da intervenção 
cirúrgica, e destinado a permanecer no local após 
a intervenção. Também é considerado um 
produto médico implantável, qualquer produto 
médico destinado a ser parcialmente introduzido 
no corpo humano através de intervenção 
cirúrgica e permanecer após esta intervenção por 
longo prazo.” 
Implante: todo corpo estranho implantável não 
derivado de tecido humano (ex.: válvula cardíaca 
protética, transplante vascular não-humano, 
coração mecânico ou implante ortopédico 
etc.), exceto drenos cirúrgicos. 
 
 
 
ISC INCISIONAL SUPERFICIAL (IS) 
Ocorre nos primeiros 30 dias após o 
procedimento cirúrgico (sendo o 1° dia a data do 
procedimento), envolve apenas pele e tecido 
subcutâneo e apresenta pelo menos um dos 
seguintes critérios: 
• Drenagem purulenta da incisão superficial 
• Cultura positiva de secreção ou tecido da 
incisão superficial, obtido assepticamente. 
• A incisão superficial é deliberadamente 
aberta pelo cirurgião na vigência de pelo 
menos um dos seguintes sinais ou sintomas: 
dor, aumento da sensibilidade, edema local, 
hiperemia ou calor, exceto se a cultura for 
negativa. 
• Diagnostico de infecção superficial pelo 
cirurgião ou outro médico assistente. 
 
Tipos: 
• Incisional superficial primária: identificada 
na incisão primária em paciente com mais de 
1 incisão. 
• Incisional superficial secundária: 
identificada na incisão secundária em 
paciente com mais de 1 incisão. 
 
ISC INCISIONAL PROFUNDA (IP) 
Ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia 
(sendo o 1° dia a data do procedimento) ou ate 
90 dias, se houver colocação de implantes, 
envolve tecidos moles profundos à incisão (Ex: 
fáscia e/ou músculos) e apresenta pelo menos 
UM dos seguintes critérios: 
• Drenagem purulenta da incisão profunda, 
mas não originada de órgão/cavidade. 
• Deiscência espontânea ou incisão aberta pelo 
cirurgião e cultura positiva ou não 
(temperatura ≥38°c), dor ou tumefação 
localizada. 
• Abscesso ou outra evidencia de infecção 
envolvendo tecidos profundos, detectado 
durante exame clínico, anatomopatológico 
ou de imagem. 
• Diagnóstico de infecção Incisional profunda 
feito pelo cirurgião ou outro médico 
assistente. 
 
Tipos: 
• Incisional profunda primária: identificada 
na incisão primária em paciente com mais de 
1 incisão. 
• Incisional profunda secundária: identificada 
na incisão secundária em paciente com mais 
de 1 incisão. 
ISC ÓRGÃO/CAVIDADE (OC) 
Ocorre nos primeiros 30 dias após cirurgia ou até 
90 dias, se houver colocação de implantes, 
envolve qualquer órgão ou cavidade que tenha 
sido aberta ou manipulada durante a cirurgia e 
apresenta pelo menos UM dos seguintes 
critérios: 
• Cultura positiva de secreção ou tecido do 
órgão/cavidade obtido assepticamente. 
• Presença de abscesso ou outra evidencia que 
a infecção envolve planos profundo da ferida 
identificada em reoperação, exame clínico, 
anatomopatológico ou de imagem 
• Diagnostico de infecção de órgão/cavidade 
pelo médico assistente. 
 
E atende pelo menos UM dos critérios de 
infecção em um sítio especifico de ISC/OC (tabela 
1 – sítio especifico de ISC/OC) 
 
Observações: 
• Osteomielites do esterno após cirurgia 
cardíaca ou endoftalmites são consideradas 
infecções de órgão/cavidade. 
• Em pacientes submetidos a cirurgias 
endoscópicas com penetração de cavidade, 
serão utilizados os mesmos critérios de ISC do 
tipo órgão-cavidade. 
• Toda infecção do trato urinário após cirurgia 
urológica será considerada ISC-OC 
• NÃO considerar que a eliminação de 
secreção purulenta através de drenos seja 
necessariamente sinal de ISC-OC. Sinais 
clínicos (febre, hiperemia, dor, calor, calafrios) 
ou laboratoriais (leucocitose, aumento de 
PCR quantitativa ou VHS) são inespecíficos, 
mas indicam infecção. 
 
SINTOMAS DE ISC 
Sintomas de ISC: edema e eritema local,dor e 
presença de secreção purulenta, deiscência. 
 
 
 
INDICADORES DE INFECÇÃO 
HOSPITALAR: 
Segundo a ANVISA, indicadores são 
“instrumentos utilizados para avaliar o 
desempenho hospitalar, envolvendo sua 
organização, recursos e metodologia de 
trabalho”. Ou seja, são ferramentas e 
metodologias que permitem medir determinados 
parâmetros de qualidade 
 
Importância: indicadores de infecção hospitalar 
tendem a ter uma função prática, social e 
educacional, além da função estratégica; 
 
É possível obter dados necessários ao 
planejamento e avaliação dos serviços saúde; 
identificar fatores determinantes a doenças e 
permitir sua prevenção; avaliar a eficácia dos 
métodos utilizados no controle de doenças e 
permite descrever a linha cronológica da doença 
instaurada. 
 
Para a ISC... 
• Indicadores de resultado 
o Indicadores de processo para a 
prevenção de ISC (pre e intra-
operatório) 
▪ Indicadores de estrutura. 
 
Indicadores de resultado: 
• Cálculo da taxa de ISC – escolha dos 
procedimentos para vigilância. 
 
Indicadores de processo para a prevenção de 
ISC (pre e intra-operatório) 
• Cirurgia eletiva com tempo de internação 
pré-operatória ≤ 24h 
• Tricotomia com intervalo ≤ 2h 
• Tricotomia com aparador ou tesoura 
• Antibioticoprofilaxia realizada até 1 hora 
antes da incisão 
• Duração da antibioticoprofilaxia 
• Antissepsia do campo operatório 
• Para cirurgias cardíacas recomenda-se a 
aplicação de um indicador de controle 
glicêmico no pós-operatório imediato 
• Para cirurgias colo-retais recomenda-se a 
utilização de um indicador de controle 
térmico no intra-operatório 
• Inspeção da caixa cirúrgica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INDICADORES DE ESTRUTURA 
INDIRADORES FONTE DE 
INFORMAÇÃO 
CRITÉRIOS 
PARA 
Um circulante para 
cada sala 
Observação direta, 
averiguação de 
escala diária de 
pessoal ou entrevista 
com a equipe do 
centro cirúrgico 
Considerar A 
(adequado) 
quando houver um 
circulante exclusivo 
para cada sala 
cirúrgica em 
atividade. 
Disposição 
adequada do 
antisséptico para a 
antissepsia cirúrgica 
das mãos 
Observação direta da 
disponibilidade do 
antisséptico 
Considerar A 
(adequado) se a 
dispensação do 
antisséptico for por 
meio das escovas 
embebidas com o 
produto ou de 
dispensadores sem 
contato manual. 
Mecanismo 
autônomo de 
manutenção das 
portas fechadas. 
Observação direta Considerar A 
(adequado) se 
houver um 
mecanismo de 
manutenção de 
todas as portas das 
salas de cirurgia 
fechadas. 
Nota: circulante é o 
profissional de saúde 
encarregado pelo 
apoio logístico 
dentro da sala 
cirúrgica 
 
 
 
AULA 12 – CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS 
• Propriedade defensiva dos seres-humanos; 
• Objetivo: Prevenção de ISC; 
• Complicações pós cirúrgicas 
 
Anatomia da pele 
• Maior órgão do corpo 
• Funções: proteção, secreção, excreção, 
absorção, metabolismo, termorregulação, 
sensação e imagem corporal. 
 
 
 
FERIDA: representada pela interrupção da 
continuidade de um tecido corpóreo, em maior 
ou em menor extensão. 
 
ETIOLOGIA DAS FERIDAS 
• Intencional ou cirúrgica: quando é 
realizada de acordo com um fim terapêutico 
proposto. 
• Traumáticas: Causadas por destruição 
mecânica, térmica ou química 
• Crônicas: causadas por condições 
fisiopatológicas subjacentes 
 
TIPOS DE FECHAMENTO DE FERIDAS 
• Criadas assepticamente, com destruição 
tecidual mínima; 
• Suturas, grampos, esparadrapos. 
• Cicatrização otimizada 
o Contaminação restrita, rigor técnico; 
o Não há perda de tecido; 
o Drenagem mínima. 
 
1° INTENÇÃO 
 
 
 
 
2° INTENÇÃO 
 
• Incapacidade de juntar as bordas; 
• Pode ser utilizado em feridas infectadas; 
• Há necessidade de formação de tecido de 
granulação no leito da lesão; 
• Processo mais demorado do que o de 1° 
Intenção; 
• Visto frequentemente em feridas crônicas, 
feridas sujas e feridas traumáticas onde há 
grande perda de área. 
 
3° INTENÇÃO 
 
 
Feridas que não foram suturadas inicialmente, 
que se romperam ou tiveram que ser reabertas 
para drenagens de exsudatos, e que após 3 a 5 
dias serão ressuturadas 
 
FASES DA CICATRIZAÇÃO 
Conceito: A cicatrização de feridas consiste na 
perfeita e coordenada cascata de eventos que 
culminam com a reconstituição tecidual. O 
processo cicatricial é comum a todas as feridas, 
independe do agente que a causou. 
 
FASE INFLAMATÓRIA 
• Inicia-se no exato momento da lesão. 
• Processo inflamatório 
• A inflamação é uma reação imediata dos 
organismos vivos, a uma lesão celular ou 
tecidual. 
• Normalmente dura de 1 a 4 dias. 
 
Exsudato 
 
• Sangue 
• Linfa Selar as bordas das 
• Fibrina feridas 
 
 
 Vedação 
 
Com a lesão tecidual, há liberação de histamina, 
serotonina e bradicinina que causam a 
vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo no 
local 
 
 
RUBOR E CALOR 
 
 
Aumento da permeabilidade capilar com 
extravasamento de líquidos para o espaço 
extracelular: EDEMA 
 
 
Ativação dos neutrófilos e monócitos que se 
transformam em macrófagos e limpam a ferida: 
FAGOCITOSE DE BACTÉRIAS 
 
FASE PROLIFERATIVA 
ANGIOGÊNESE: migração de células endoteliais 
e formação de capilares, que são essenciais para 
a cicatrização adequada 
 
PITELIZAÇÃO: migração de células epiteliais, 
facilitada em meio úmido. 
 
FORMAÇÃO DE TECIDO DE GRANULAÇÃO: Os 
fibroblastos dos tecidos vizinhos migram para a 
ferida, para produzirem colágeno e a 
transformarem-se em miofibroblastos, que 
promovem a contração da ferida. 
 
DEPOSIÇÃO DE COLÁGENO: Dará resistência e 
suporte ao novo tecido que se forma 
 
 
 
FASE DE MATURAÇÃO OU 
REMODELAÇÃO 
Início na 2 a 4ª semana, com duração de até 2 
anos, dependendo do tamanho da ferida. 
• Caracteriza-se pela evolução da cicatriz que 
se torna mais clara e plana. 
• Perda de resistência a tração em comparação 
com o tecido antes de ser lesionado (perde 
cerca 20 %) 
 
FATORES QUE AFETAM A CICATRIZAÇÃO 
Estado Nutricional: 
• Proteína: necessária para a regulação da 
pressão osmótica. 
• Outros elementos necessários: Zinco, 
cálcio... Vitaminas... 
 
Oxigenação: temperatura normal 
ISC: manter princípios assépticos e técnicas 
cirúrgica adequada. 
• Idade do paciente 
• Estresse 
• Estado imunológico 
• Condições preexistentes 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS 
Feridas limpas: 
• Não infectadas; 
• Sem penetração no trato respiratório, 
digestivo e geniturinário; 
• Fechadas primariamente, podendo ter 
sistema de drenagem fechado; 
 
 
 
 
Contaminadas limpas: 
• penetração no trato respiratório, 
digestivo e geniturinário de maneira 
controlada; 
• Não há sinal de infecção, sem quebra de 
técnica asséptica 
 
Feridas Contaminadas 
• Feridas abertas, acidentais, trauma 
penetrante, com violações importantes de 
técnica asséptica. 
• São incluídas também as incisões com 
sinal de infecção e derramamento 
grosseiro do TGI 
 
Feridas Sujas e Infectadas 
• Infecção clínica já existente previamente; 
• Com tecido desvitalizado; 
 
COMPLICAÇÕES PÓS CIRÚRGICAS 
Hematoma: coleção de sangue sob a pele, na 
ferida cirúrgica, que resulta em formação de 
coágulo que pode levar horas. O sangramento 
pode advir de uma hemostasia inadequada, de 
doenças apresentadas pelo paciente, por uso de 
drogas que prejudicam a cascata de coagulação 
ou de algum distúrbio de coagulação 
 
Deiscência: abertura parcial ou total dos planos 
do abdome. Quando parcial, caracteriza-se pela 
ruptura de um plano de sutura superficial, 
denominadade Eventração, que ocorre quando o 
peritônio evita a saída das alças intestinais da 
cavidade abdominal. 
 
 
 
Evisceração: Quando se apresenta de forma mais 
grave, com exteriorização de vísceras, denomina-
se evisceração ou deiscência total 
 
 
Cicatriz hipertrófica e Quelóide: Ocorrem a 
partir de hiper proliferação de fibroblastos, com 
consequente acúmulo de matriz extracelular, 
especialmente pela excessiva formação de 
colágeno. 
• Quelóide: elevada, brilhante, pruriginosa ou 
dolorosa, de localização dérmica e que 
ultrapassa os limites da ferida original; 
• Cicatriz hipertrófica: elevadas, tensas e 
confinadas às margens da lesão original. Com 
frequência tendem à regressão espontânea, 
vários meses após o trauma inicial 
 
 
 
DRENOS 
• Promovem saída de ar, sangue, linfa, 
secreções, dentre outras, do sítio operatório; 
• Previne Infecção; 
• Inseridos no momento da cirurgia em um 
local próximo à ferida operatória; 
• Geralmente suturados à pele 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURATIVO 
É um meio terapêutico que consiste na limpeza e 
aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida, 
quando necessário, com a finalidade de 
promover a rápida cicatrização e prevenir a 
contaminação ou infecção. 
• Acolchoamento e proteção da ferida em 
relação a trauma e contaminação 
grosseira 
• Absorção da drenagem 
• Desbridamento da ferida/ Aplicação de 
medicações 
• Suporte, apoio ou imobilização de parte 
do corpo e área Incisional 
• Ajuda na hemostasia e na minimização de 
edema e espaço morto 
• Aumento do conforto físico/ estética 
 
Categorias: 
• Curativos primários: colocados diretamente 
sobre a ferida 
• Curativos secundários: colocados sobre o 
curativo primário 
 
Material: 
• Pacote de curativo contendo: 1 pinça 
anatômica, 1 pinça dente de rato, 1 pinça 
kelly, 1 pinça pean, 1 cuba redonda. 
• Luva estéril 
• Gazes ou compressa estéril 
• Soro fisiológico 0,9% 
• Transofix ou agulha 40x12 
• Solução recomendada ou cobertura indicada 
(conforme prescrição) 
• Fita adesiva (esparadrapo ou micropore) 
• Atadura (se necessário) 
• Bacia esterilizada ou cuba rim estéril (se 
necessário) 
• Saco para lixo; 
• Saco para pinças contaminadas; 
 
Técnica para realizar o curativo 
• preparar o material no posto de enfermagem; 
• Lavar as mãos; 
• Preparar o local para manuseio dos materiais; 
• Local de descarte; 
• Orientar o paciente acerca do procedimento; 
• Preparar o campo estéril e material utilizado; 
• Lavar a ferida, começando pelas áreas limpas 
e fechadas, seguindo-se de ferida aberta não 
infectada, drenos e por último as feridas 
infectadas, colostomias e fístulas em geral; 
Registrar tipo 
de dreno e 
observar o 
funcionamento 
do mesmo 
Monitorar 
esvaziamento 
0 
Cuidados no 
manuseio: 
porta de 
entrada 
Atenção para a 
retirada 
No 
transoperatório 
No POI e POM 
Enquanto o 
paciente estiver 
com o dreno 
• Em presença de tecido de granulação nunca 
friccione, apenas use jatos de soro fisiológico; 
• Mantenha sempre o leito da ferida úmido e 
as bordas levemente secas; 
• Recomposição do paciente e do ambiente; 
• Destinação dos materiais (colocar em sacos 
no carrinho de curativos encaminhando à 
C.M.E. de acordo com as rotinas do Setor); 
• Proceder a desinfecção da bandeja, carrinho, 
ou mesa auxiliar após a execução de cada 
curativo, com solução de álcool a 70%; 
• Lavar as mãos; 
• Evolução/ Anotação: Registro do 
procedimento incluindo avaliação da ferida; 
após cada curativo devem ser anotadas no 
prontuário do paciente. 
 
Feridas fechadas 
• Limpar incisão cirúrgica fechada, realizando 
movimento em sentido único; 
• Limpar da mesma maneira região perilesional; 
• Aplicar solução fisiológica para realizar a 
limpeza, na incisão cirúrgica e em seguida 
região perilesional; 
 
 
Outros cuidados com as feridas... 
• No caso de alta: orientar o paciente ou 
família a observar sinais de alerta 
• Orientar quanto a assepsia 
• Como realizar o curativo (se aplicável) 
• Orientar quanto a posicionamento 
(conforto) 
• Em caso de qualquer alteração, procurar o 
serviço 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 13 – ANESTESIAS 
Introdução e conceito histórico: Perda de 
Sensibilidade (patológica ou induzida por 
agentes anestésicos) 
• Extirpar a sensibilidade dolorosa durante 
a cirurgia 
• Promover relaxamento muscular 
• Proporcionar condições ideais para a 
atuação da equipe cirúrgica 
 
Enfermagem e anestesia: 
• Ajuda na contenção do paciente 
• Cuidados na RPA 
 
Ato anestésico... 
• Complicações para o paciente (atuação 
preventiva e curativa); 
• Efeitos dos fármacos e indicações de uso: 
influência direta no pós operatório 
 
Não existe um único fármaco capaz de promover 
todas as necessidades anestésicas de um 
paciente 
 
VISITA PRÉ OPERATÓRIA – MEDICAÇÃO 
PRÉ ANESTÉSICA 
Objetivos da administração de medicamentos 
pré-anestésicos: 
• Ansioliticos; 
• Sedação; 
• Analgesia; 
• Redução de secreções das vias aéreas; 
• Antieméticos; 
• Prevenção de respostas autonômicas 
(hipertensão, taquicardia, etc.); 
• Redução da necessidade de anestésicos; 
• Profilaxia de reações alérgicas; 
 
Medicamentos empregados: 
Classe Ex de medicamento 
Benzodiazepínicos Diazepam, midazolam 
Opiáceos Morfina 
Bloqueadores neuro 
musculares 
Pancurônio, 
atracurônio.. 
Antiácidos, protetores 
gástricos 
Ranitidina, omeprazol 
Monitorização contínua: oxigenação, 
ventilação, circulação, temperatura... 
ASA (AMERICAN SOCIETY OF 
ANESTESIOLOGY) 
Padrões básicos para a monitorização do 
paciente 
• Avaliação contínua da oxigenação; 
• Presença de anestesiologista na SO; 
• Ventilação; Circulação; Temperatura e 
ECG; 
• Acesso à via aérea, aspiração de vias; AVP 
ou CVC; 
 
Classificação do estado físico de acordo com a 
ASA. 
Classe 
da ASA 
Estágio da doença 
 
1 
Não há distúrbios orgânicos, 
fisiológicos, bioquímicos ou 
psiquiátricos. ‘ 
 
2 
Distúrbios sistêmicos, variados de 
discretos e moderados, que 
eventualmente não estão relacionados 
com o motivo da cirurgia. Ex: DM 
 
3 
Distúrbios sistêmicos graves que 
podem ou não estar relacionados com 
o motivo da cirurgia. Ex cirrose 
4 Distúrbios sistêmicos graves com risco 
de vida, com ou sem cirurgia. 
 
5 
Paciente moribundo com pouca 
chance de sobrevivência, mas que é 
submetido a cirurgia como último 
recurso (esforço ressucitativo) 
6 Paciente com morte cerebral cujo 
órgãos serão retirados para doação 
 
ESCALA DE MALLAMPATTI 
Avaliação para via aérea difícil - Prever a 
dificuldade de intubação traqueal 
 
 
• classe I: todas as estruturas são visualizadas, 
os pilares amigdalianos, a úvula, o palato duro 
e palato mole. 
• classe II são visualizados úvula, palatos duro 
e mole; 
• classe III somente os palatos duro e mole são 
visualizados. 
• classe IV somente o palato duro é 
visualizado. 
MAS O QUE SIGNIFICA CADA UM? 
Analgesia: é definida simplesmente como alívio 
da dor, sem afetar os níveis de consciência dos 
pacientes. As drogas capazes de produzir tais 
efeitos — os analgésicos — apenas provocam a 
ausência ou o amortecimento da dor sem alterar 
a consciência; 
 
Anestesia: cessação induzida da percepção 
dolorosa. 
 
Sedação: é a depressão também controlada da 
consciência, que torna o paciente um pouco 
menos consciente de si mesmo e do ambiente. 
Nesse estado, os pacientes podem estar 
sonolentos, mas não inconscientes. Não sentirão 
a dor, mas estarão cientes, embora 
confusamente, do que está acontecendo ao seu 
redor. 
 
ANESTESIA GERAL 
Inconsciência reversível do SNC, produzidapor 
fármacos, que determinarão graus variados de 
bloqueio sensorial, motor, reflexo e cognição; 
 
5 elementos da boa anestesia: inconsciência, 
analgesia, amnésia, relaxamento muscular e 
controle de reflexos autonômicos 
 
• Inalatória 
• Intravenosa 
• Balanceada 
 
Pode ser divida em 3 fases: 
• 1° fase – indução: período desde a 
administração da medicação ate o inicio 
do procedimento cirúrgico. 
• 2° fase – manutenção: período do 
procedimento ate o fim do mesmo 
• 3° fase – reversão: Também chamado de 
emergência ou despertar; período de 
reversão da anestesia, paciente começa a 
acordar até quando ele já está pronto 
para deixar a SO.; 
 
Estágios ou profundidade: Planos de 
Guedel 
• Plano I (fase de analgesia e perda de 
consciência): administração de 
analgésico até a perda da consciência 
• Plano II (Fase de excitação ou delírio): 
perda de consciência e início padrão 
rítmico; 
• Plano III (Anestesia Cirúrgica); 
• Plano IV (Fase de Parada Respiratória): 
choque bulbar e morte 
 
I – INALATÓRIA 
• Fármacos anestésicos voláteis são 
administrados sob pressão 
• Estado de anestesia = agente inalado 
atinge a concentração adequada no 
cérebro 
• Resulta em anestesia, inconsciência e 
amnésia 
• Mais comumente utilizados: óxido nitroso 
e halogerados (halotano) 
 
Anestésicos Inalatórios: Anestésico absorvido 
pelos alvéolos e depois distribuída para os 
tecidos através da circulação 
 
 
pressão efetuada pelo vaporizador do 
equipamento de anestesia 
 
II – INTRAVENOSA 
• Anestésicos venosos não opioides: 
barbitúricos (tiopental); cetamina; propofol; 
benzodiazepínicos; 
• Anestésicos opioides: fentanil 
• Bloqueadores neuromusculares 
 
Tiopental: 
• Induzir ou manter a anestesia; 
• A dose varia de sedação à inconsciência 
 
Cetamina: 
• Age rapidamente no SNC 
• Intensa analgesia e amnésia 
 
Propofol 
• Aspecto leitoso 
• Poucas náuseas e vômitos 
 
Benzodiazepínicos 
• Sedativo, ansiolítico, anticonvulsivante 
 
Fentanil 
• Analgesia, sonolência, hipotermia, 
• Queda de débito urinário, náuseas e vômitos 
 
VANTAGENS E DESVANTAGENS 
Vantagens: 
• Indução, manutenção e despertar suaves, 
• Não exposição aos anestésicos voláteis, 
• Uso de droga com ação antiemética, 
• Estabilidade cardiorrespiratória 
• Mínimos efeitos colaterais 
 
Desvantagens 
• Custo, 
• Ausência de mensuração em tempo real 
das concentrações 
• Altos índices de apneia (não ideal para 
cirurgias em que se pretende manutenção 
da ventilação espontânea) 
 
Riscos relacionados a anestesia geral 
• Condições físicas dos pacientes, cirurgia, 
característica dos fármacos, técnica utilizada e 
a habilidade do anestesista. 
o Eventos adversos com relação a 
anestesia costumam acontecer 
 
ANESTESIA REGIONAL 
Perda reversível da sensibilidade em decorrência 
da administração de um agente anestésico para 
bloquear ou anestesiar a condução nervosa a 
uma extremidade ou região do corpo 
 
Meninges Nome no espaço 
Entre coluna/Crânio 
e Dura-máter 
Epidural/extradural 
Entre dura-máter e 
aracnóide 
Subdural 
Entre aracnóide e 
pia-máter 
Subaracnóide 
 
1 – RAQUIDIANA 
• Anestésico local é injetado no espaço 
subaracnóideo e se mistura ao líquido 
cefalorraquidiano (LCR ou líquor) (SOBECC, 
2013); 
• Contato direto com a medula espinhal; 
• Resultando em bloqueio simpático, motor, 
analgesia e insensibilidade a estímulos. 
• A punção raquidiana é feita entre L2-L3, L3-
L4 ou L4-L5. 
INDICAÇÕES: cirurgias abaixo da cicatriz 
umbilical. 
 
 
 
 
Complicações 
• Cefaleia Pós-Raqui 
• Extravasamento de líquor através da 
punção espinhal; 
• Posição ortostática; 
• Tensão intracraniana nos vasos e nervos 
meníngeos na dura máter; 
• Pode durar até duas semanas; 
• Tratamento: repouso + hidratação 
 
2 – PERIDURAL (EPIDURAL) 
Espaço subaracnóideo (1) – líquor 
Espaço peridural (2) – vasos, gordura e nervos 
 
 
Mais fácil entre L3 e L5, onde o espaço peridural 
é maior. 
 
Anestesia Peridural – espaço epidural: mais 
externo. 
 
Qualquer nível!! 
 
A escolha do nível da punção e do volume a ser 
injetado dependerá do procedimento cirúrgico 
realizado. 
 
O anestésico sofre inicialmente uma difusão no 
espaço, e posteriormente vai para outros locais, 
como o espaço subaracnóide. Após a difusão, o 
anestésico local se fixa ao tecido nervoso, 
bloqueando raízes nervosas intra e extradurais. 
 
Medicamentos empregados em anestesias 
raquidiana e peridural: 
• Lidocaína; 
• Bupivacaina; 
• Procaina; 
• Rapivacaina 
 
 
 
 
 
Vantagens: 
• Menor incidência de cefaleia 
• Bloqueios mais restritos 
• Utilização de cateter 
• Uso de cateter (anestesia peridural 
contínua) -> analgesia pós-operatória 
prolongada -> alívio da dor + 
restabelecimento do paciente 
 
Desvantagens: 
• Maior tempo de latência 
• Menor intensidade de bloqueio 
• Maior possibilidade de toxicidade pelo 
anestésico local (são utilizados em 
volumes maiores) 
• É mais complexa que a raquianestesia -> 
maior habilidade do anestesista. 
 
 
 
Peridural: atinge as raízes nervosas e a medula 
espinhal. 
 
Raquianestesia: difunde-se pelos forames 
intervertebrais. 
 
 
 
3- BLOQUEIOS DE NERVOS PERIFÉRICOS 
Consiste na administração de um anestésico 
local, provocando perda de sensibilidade local. O 
início e a duração do bloqueio estão relacionados 
com o fármaco usado, sua concentração e seu 
volume 
• Ex: bloqueio do plexo braquial: envolve a 
anestesia de todo o braço 
• Bloqueio caudal: envolve anestesia de 
todo o abdome inferior, períneo-peridural 
 
ANESTESIA REGIONAL DO PLEXO 
BRAQUIAL 
 
 
ANESTESIA LOCAL 
Infiltração de um anestésico local, realizada pelo 
médico, que é responsável pela prescrição e 
administração de todas as drogas anestésicas na 
área a ser manipulada; 
 
Os anestésicos locais bloqueiam a condução de 
impulsos nos tecidos nervosos em virtude da 
afinidade que possuem por tal tecido, sendo essa 
ação reversível. 
 
A durabilidade depende do paciente, da dose, 
concentração e difusibilidade do fármaco; -> 
Lidocaína 
 
Tópica: via mucosa: oral, nasal, esofágica... 
 
Infiltrativa: via meio intra e/ou extracelular 
 
ESTAÇÃO DE ANESTESIA: 
Destinada à administração de gases e/ou vapores 
anestésicos, através de respiração espontânea ou 
controlada, manual ou mecânica. 
 
A - Seção de fluxo contínuo: Conexões de 
fontes de gases (oxigênio, óxido nitroso e ar 
comprimido) vaporizador. 
 
B - Sistema respiratório 
• Oferece mistura de gases e/ou vapores 
anestésicos 
• Renovação da fração expirada de gás 
carbônico 
• Aquecimento e umidade das vias aéreas 
 
C – Ventilador mecânico 
 
Finalidade da estação de anestesia: 
• Obter uma mistura gasosa de composição 
conhecida e de forma precisa; 
• Proporcionar fluxo controlado de O2, 
óxido nitroso, ar comprimido e gás 
anestésico sob pressão positiva; 
• Controlar o CO2 alveolar. 
 
RPA – ÁREA CRÍTICA 
• Mínimo 2 macas 
• Nº de macas = nº SC+1 (cirurgia alta 
complexidade a recuperação pode se dar 
na UTI) 
• Distância entre leitos = 0,8m 
• Distância entre leitos e parede (exceto 
cabeceira) = 0,6m 
- Todos os pacientes vão pra Rpa? 
 
 
Recebeu anestesia geral; Alterações severas de 
sinais vitais; se teve hemorragias, ou corre o risco 
de ter novamente; sofreu alguma intercorrência 
(erro) durante a cirurgia; Critério médico 
 
UNIDADE DE RECUPERAÇÃO PÓS- 
ANESTÉSICA 
Fase I: Fase de recuperação Imediata e cuidados 
de enfermagem intensivos. Monitorização 
frequente de pulso (a cada 15 minutos), do 
eletrocardiograma, F.R, P.A e oximetria de pulso 
 
Fase II: Pacientes que exigem menor frequência 
de observação e menos cuidados de 
enfermagem. Permanecem por um tempo 
máximo de 4-6 horas ou no mínimo de 1-2 h. 
Alivio da dor, recuperaçãodos reflexos e da 
consciência, normalização dos SSVV. 
 
ADMISSÃO DO PACIENTE NA 
RECUPERAÇÃO PÓS- ANESTÉSICA 
A enfermeira que admite o paciente na RPA 
precisa revisar as seguintes informações: 
✓ O Diagnostico medico, tipo de cirurgia e a 
idade do paciente; 
✓ Condições gerais, permeabilidade das vias 
aéreas e sinais vitais; 
✓ Anestésicos e outros medicamentos 
utilizados; 
✓ Quaisquer problemas ocorridos na sala de 
operação que possam influenciar o cuidado 
pós-operatório; 
✓ Liquido Administrado, perda sanguínea 
estimada e reposição; 
✓ Quaisquer tubos, drenos, cateteres ou 
outros dispositivos de apoio; 
✓ Informações especificas sobre o que o 
cirurgião ou anestesista deseja que seja 
observado 
✓ Receber e identificar o paciente; 
✓ Verificar: SaO2, permeabilidade de vias 
aéreas, instalar nebulização 
Verificar sinais vitais: 15 em 15 na primeira 
hora, 30 em 30 na segunda e depois de hora 
em hora 
• Conter, se necessário; 
• Manter aquecido; 
• Verificar a consciência e reflexos 
• Observar a conexão de tubos, 
sondas, drenos; coloração... 
• Verificar a perfusão; hemorragia, 
sinais de choque; coloração da pele; 
• Avaliar respostas musculares; 
• Aplicar escalas de avaliação; 
• Registrar; checar os impressos; 
 
AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE 
RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA DO 
PACIENTE 
ÍNDICE DE ALDRETE E KROULIK 
 
• Igual ou superior a 8: Seguro; 
• Pode ser aplicado a qualquer paciente (geral, 
regional...) 
• Determina o estado do paciente e o 
progresso do mesmo 
• Guia de registro 
• Apto para a alta da Rpa 
 
PÓS OPERATÓRIO IMEDIATO: 
• Dor 
• Laringite Pos-entubaçao; 
• Náuseas; 
• Vômitos; 
• Retenção Urinaria; 
• Flebite Pos-venoclise 
 
 
 
COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO 
• Respiratórias 
o Obstrução de vias aéreas 
o Laringoespasmo/ broncoespasmo 
• Cardiovascular 
o Hipotensão e hipovolemia 
Hipertensão e arritmias 
• Termorregulação 
o Hipotermia ou Hipertermia 
• Desorientação, confusão... 
• Náuseas, vômitos 
o bronca aspiração 
 
A DOR... 
Subjetiva, pode não ser verbalizada; relativa; 
avaliada na chegada na RPA e em intervalos 
frequentes. 
1- Relato 
2- estimulo doloroso 
3- Sinais comportamentais (choro ou agitação...) 
4- Indicadores fisiológicos (sinais vitais) 
 
• Tranquilização verbal; 
• Massagem 
• Analgesia quando necessária. 
• Troca de Curativo ou afrouxar; 
• Avaliar retenção de urina e/ou fezes; 
• Mudança de Decúbito; 
• Aplicar compressas; 
 
Tempo de permanência na RPA? 
• Depende do estado do paciente, da 
necessidade de receber maior cuidado e 
tratamento 
• Sinais vitais: PA, FR e Temp. estáveis. 
 
 
Alta do paciente da RPA? 
Além da estabilidade de sinais vitais, deve ter: 
o Retorno da consciência, dos reflexos 
protetores, ausência de náuseas e vômitos 
Além disso: 
o Manter saturação de oxigênio; orientado em 
T/E; ferida operatória sem sangramento 
ativo; dor controlada 
o Escore acima de 8 na escala de Aldrete 
Koulik; Sensibilidade cutânea em membros 
inferiores 
o Apresentar atividade e força muscular em 
MMSS e MMII; não apresentar retenção 
urinária 
 
ADMISSÃO NA UNIDADE DE 
INTERNAÇÃO 
Repassar para a enfermeira da clínica: 
- Nome do paciente; 
- Tipo de anestesia e cirurgia realizada; 
- Intercorrências ocorridas na sala de operação, 
e na recuperação anestésica; 
- Informações relevantes quanto as sondas, 
drenos e cateteres; 
- Evolução do paciente no período de Rpa; 
- Necessidades pós-operatórias 
(oxigenoterapia, posicionamento e 
frequência de observações) 
- Administrar os medicamentos prescritos; 
- Observar e controlar eliminações; 
- Cuidados com o curativo; 
- Fazer higiene oral; 
- Estimular a movimentação e mudança de 
decúbito; 
- Promover conforto e segurança 
 
PÓS OPERATÓRIO MEDIATO: 
• Higienizar e Prestar Conforto; 
• Observar e anotar os aspectos da ferida 
operatória; 
• Controlar Sinais Vitais; 
• Estimular a deambulação precoce; 
• Observar o funcionamento de sondas, drenos 
e cateteres 
 
PÓS-OPERATÓRIO TARDIO 
Orientar o paciente para os exercícios que deverá 
realizar, conforme a cirurgia realizada; Orientar o 
paciente e a família sobre a alta hospitalar 
 
 
AULA 14 – FLUXO, ESTRUTURA E 
FUNCIONAMENTO DO CME 
A Central de Material e Esterilização (CME), é uma 
unidade de apoio técnico, consiste no serviço, 
que possa assegurar o controle, preparo e 
esterilização de artigos médicos hospitalares, 
assim como a distribuição de material estéril para 
todo o hospital, garantindo sua qualidade e 
contribuindo para a prevenção e controle da 
infecção hospitalar 
 
Todo EAS tem que ter CME -> deve existir 
quando houver centros cirúrgico, obstétrico e/ou 
ambulatorial, hemodinâmica, emergência de alta 
complexidade e urgência 
 
RESOLUÇÃO – RDC ANVISA N°15, DE 15 
DE MARÇO DE 2012 
Dispõe sobre requisitos de boas práticas para 
o processamento de produtos para saúde e dá 
outras providências. 
A diretoria colegiada da agência nacional de 
vigilância sanitária, no uso da atribuição que lhe 
confere o inciso IV do art. 11 do regulamento 
aprovado pelo decreto n° 3.029, de 16 de abril de 
1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e 
nos 1° e 3° do art. 54 do regimento interno 
aprovado nos termos do anexo I da portaria n° 
354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, 
republicada no DOU de 21 de agosto, em reunião 
realizada em 14 de março de 2012, adota a 
seguinte resolução da diretoria colegiada e eu, 
Diretor – Presidente, determino a sua publicação: 
Art.1° fica aprovado o regulamento técnico 
que estabelece os requisitos de boas práticas 
para o processamento de produtos para 
saúde, nos termos desta resolução. 
 
CME – CLASSE I 
é aquele que realiza o processamento de 
produtos para a saúde não-críticos, semicríticos e 
críticos de conformação não complexa, passíveis 
de processamento. 
• XX – Produto para saúde de conformação 
não complexa: produtos para saúde cujas 
superfícies internas e externas podem ser 
atingidas por escovação durante o 
processo de limpeza e tenham diâmetros 
superiores a cinco milímetros nas 
estruturas tubulares 
 
 
CME – CLASSE II 
é aquele que realiza o processamento de 
produtos para a saúde não críticos, semicríticos e 
críticos de conformação complexa e não 
complexa, passíveis de processamento 
• XIX – produto para saúde crítico de 
conformação complexa: produtos para 
saúde que possuam lúmen inferior a cinco 
milímetros ou com fundo cego, espaços 
infernos inacessíveis para fricção direta, 
reentrâncias ou válvulas. 
 
CLASSIFICAÇÃO DE SPAULDING 
Em 1968, o Dr. Spaulding desenvolveu 
abordagem racional para desinfecção e 
esterilização. 
• é aquele que realiza o processamento de 
produtos para a saúde não críticos, 
semicríticos e críticos de conformação 
complexa e não complexa, passíveis de 
processamento 
 
artigos não críticos: são todos aqueles que 
entram em contato com a pele íntegra do 
paciente. 
• Ex: termômetro clínico, comadres, 
papagaios, etc... 
 
Artigos semi-críticos: são aqueles que entram 
em contato com mucosa e pele lesada 
• Ex: circuitos respiratórios, inaladores, 
nebulizadores, endoscópios, etc... 
 
Artigos críticos: são aqueles que penetram na 
pele e mucosa, sistema vascular e tecidos sub 
epiteliais. 
• Ex: instrumentais cirúrgicos. 
 
FLUXO ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO 
DO CME 
Os 3 tipos de funcionamento de uma CME: 
• 1° - descentralizada 
• 2° - semi-centralizada 
• 3° - centralizada 
 
Décadas de 40 e 50: a limpeza, preparo e 
armazenamento dos materiais utilizados na 
assistência, eram realizados pela equipe de 
Enfermagem na própria unidade de atendimento, 
ou seja, cada unidade (PS, UTI, Clínica Médica 
etc..) limpava e armazenava seus materiais e 
artigos, e mandava para esterilização. 
Exigência de um local único e apropriado para o 
processamentodos materiais e produtos, assim 
como pessoal mais bem qualificado 
 
 
 
ÁREA FÍSICA PLANEJADA 
Estrutura física: 
• Paredes: devem ser laváveis, resistentes, de 
cor clara, fácil limpeza e não podem ter nada 
que favoreça o acúmulo de sujidades, isso 
também serve para o piso. 
• Tetos e portas: materiais com superfície lisa, 
clara, lavável, sem dobradiças, cantos e 
saliências. 
• Na sala programada para realização da 
lavagem e descontaminação: bancadas 
devem possuir cubas fundas para evitar que 
aja a incidência de respingos no trabalhador, 
as torneiras devem ter disposição de água 
quente e fria, adaptações para que se possa 
realizar a limpeza dos tubos e artigos com 
lúmens e os balcões devem ser de aço 
inoxidável para que os materiais sejam 
depositados para secagem e separação. 
 
Art. 44 o CME classe I deve possuir, 
minimamente, os seguintes ambientes: 
I- Áreas de recepção e limpeza (setor sujo) 
II- Área de preparo e esterilização (setor 
limpo) 
III- Sala de desinfecção química, quando 
aplicável (setor limpo) 
IV- Área de monitoramento do processo de 
esterilização (setor limpo) 
V- Área de armazenamento e distribuição de 
materiais esterilizados (setor limpo) 
 
Art. 47 o CME classe II e a empresa 
processadora devem possuir, minimamente, 
os seguintes ambientes: 
I- Sala de recepção e limpeza (setor sujo) 
II- Sala de preparo e esterilização (setor 
limpo) 
III- Sala de desinfecção química, quando 
aplicável (setor limpo) 
IV- Área de monitoramento do processo de 
esterilização (setor limpo) 
V- Sala de armazenamento e distribuição de 
materiais esterilizados (setor limpo) 
 
Conjunto de elementos destinados a recepção 
(expurgo), preparo e esterilização, guarda e 
distribuição do material 
• Missão da CME: Fornecer material 
seguramente processado; 
• Garantir que os parâmetros pré-
estabelecidos para o reprocessamento 
foram atingidos e que são reproduzíveis, 
conferindo segurança na prática utilizada; 
• Áreas devem ser separadas fisicamente 
para o desempenho das funções. 
 
Área física: 
• Área de Recepção e Expurgo (setor sujo); 
• Área de Preparo e Empacotamento do 
Material (setor limpo); 
• Área de Esterilização (setor limpo); 
• Área de guarda e Distribuição (setor 
limpo). 
O fluxo de trabalho deve ser contínuo sem que 
ocorra um cruzamento do material limpo com o 
sujo. 
 
 
Fluxo continuo e unidirecional, de materiais e 
pessoas! 
 
Setor sujo! área de lavagem e 
descontaminação: 
• Receber, conferir e anotar a quantidade e 
espécie do material recebido; 
• desinfetar e separar os materiais 
• verificar o estado de conservação do material 
• proceder a limpeza do material 
• encaminhar o material para área de preparo. 
 
 
 
 
 
recebimento
limpeza
preparo
acondicioname
nto
esterilização
armazenament
o distribuição
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Limpeza sempre precede esterilização 
 
Importância: 
• Risco de Infecção de Patógenos que estão 
relacionados a transmissão pelo sangue; 
• Virus da Hepatite B, Virus da Hepatite C 
• HIV 
 
Materiais biológicos de Risco: 
• Sangue e Seus Derivados; 
• Sêmen; 
• Secreção Vaginal; 
• Fluidos orgânicos com sangue; 
• Líquor; 
• Leite Materno; 
• Liquido Pericárdico; 
• Liquido Sinovial; 
• Líquido Amniótico 
 
USO DE EPI’S 
É indispensável e obrigatório!! 
• De acordo com a sala/área; 
• Para a descarga de secadoras e 
termodesinfetadoras e carga e descarga 
de autoclaves é obrigatória a utilização de 
luvas de proteção térmica impermeável. 
• Na sala de recepção e limpeza, o protetor 
facial pode substituir o uso de máscara e 
óculos. 
• Quando não especificado, o equipamento 
de proteção deve ser compatível com o 
risco inerente à atividade. 
• Os trabalhadores não devem deixar o 
local de trabalho com os equipamentos 
de proteção individual e as vestimentas 
utilizadas em suas atividades. 
 
O trabalhador do CME e da empresa 
processadora deve utilizar vestimenta privativa, 
touca e calçado fechado em todas as áreas 
técnicas e restritas. 
 
Áreas de preparo de materiais: 
Revisar e selecionar os materiais, verificando suas 
condições de conservação e limpeza; prepara, 
empacotar ou acondicionar os materiais e roupas 
a serem esterilizados. 
• Encaminhar o material para esterilização 
devidamente identificado. 
• Inspecionar, montar, acondicionar e 
identificar o material para ser esterilizado. 
 
Área de esterilização: 
Executar o processo de esterilização nas 
autoclaves, conforme instrução do fabricante. 
Observar os cuidados necessários com o 
carregamento e descarregamento das autoclaves. 
Fazer o controle microbiológico e de validade dos 
produtos esterilizados. Manter junto com o 
serviço de manutenção, os equipamentos em 
bom estado de conservação e uso. 
 
Área de armazenagem e distribuição de 
materiais e roupas esterilizadas: 
• Estocar o material esterilizado 
• Proceder à distribuição do material às 
unidades 
• Registrar saída do material 
 
Armazenagem: 
• “Todo material processado deve possuir 
local adequado para armazenagem de 
forma que não haja risco de 
recontaminação e que facilite a 
distribuição.” 
• Os produtos esterilizados devem ser 
armazenados em local limpo e seco (pouca 
umidade), sob proteção da luz solar direta. 
• O local de armazenagem dos materiais 
esterilizados deve ser na área de 
armazenamento somente, e nunca em 
outras áreas, como o expurgo ou sala de 
preparo 
• “O prazo de validade de esterilização está 
diretamente relacionado à qualidade da 
Separação 
do material 
Limpeza com 
detergentes 
enzimáticos 
desinfecção esterilização 
embalagem, da selagem, das condições de 
armazenagem e transporte” 
• Trânsito limitado de pessoas, manipulação 
mínima e cuidadosa; 
• Em cestos aramados, sem empilhamento, 
de forma a facilitar a identificação dos 
itens; 
• A embalagem é capaz de proteger o 
conteúdo esterilizado em condições de 
temperatura e umidades altas (Camila 
Quartim Bruna, 2010 - teses.usp.br). 
 
PRAZO DE VALIDADE DO PRODUTO 
Deve-se considerar: O método de esterilização, o 
tipo e a configuração dos artigos, o tipo de 
embalagem, o método de selagem, o local de 
guarda e a frequência de manipulação do pacote 
antes do uso. 
 
 
 
prazo estabelecido em cada instituição, baseado 
em um plano de avaliação da integridade das 
embalagens, fundamentado na resistência das 
embalagens, eventos relacionados ao seu 
manuseio (estocagem em gavetas, 
empilhamento de pacotes, dobras das 
embalagens), condições de umidade e 
temperatura, segurança da selagem e 
rotatividade do estoque armazenado. 
• Manuseie o mínimo possível os pacotes 
esterilizados 
• Guarde em gavetas, prateleiras fechadas ou 
caixas plásticas 
• Não sobrecarregue o compartimento para 
um pacote não danificar o outro. 
• Proteja as pontas dos instrumentos 
• Organize o arsenal de modo que seja lógico 
para quem o manipula 
• Estabeleça critérios para guarda colocando 
sempre o mais novo numa posição mais 
remota, para facilitar que o mais antigo seja 
utilizado em primeiro lugar 
• Separe os pacotes com embalagem 
secundária com maior prazo de validade 
• Coloque na posição de acesso mais fácil os 
kits que são utilizados com maior frequência 
• Lembre-se de colocar a data de esterilização 
e o prazo de validade. 
 
 
 
 
No momento da utilização certifique-se: 
 
• Aprovação do indicador químico de 
processo; 
• Integridade do pacote; 
• Validade do prazo; 
• Ausência de ferrugem no pacote. 
 
Transporte do Artigo: O transporte de produtos 
para saúde processados deve ser feito em 
recipientes fechados e em condições que 
garantam a manutenção da identificação e a 
integridadeda embalagem 
 
 
E O ENFERMEIRO NA CME? 
• Coordenação do setor; Previsão e provisão de 
materiais para as unidades consumidoras; 
• Elaborar relatórios mensais de custo e 
produtividade; 
• Planejar e fazer o orçamento da CME com 
antecedência de 4 a 6 meses; 
• Elaborar e atualizar o manual de normas, 
rotinas e procedimentos da CME e 
disponibilizar para os colaboradores; 
Desenvolver pesquisas e trabalhos de cunho 
científico para o crescimento das boas 
práticas de Enfermagem, participar e 
colaborar para o andamento destes; 
• Se manter atualizado conforme as técnicas e 
ciências relacionados ao controle de infecção 
hospitalar; estar atualizado em relação aos 
procedimentos que englobem os 
processamentos realizados na CME; Participar 
de comissões institucionais que interfiram na 
dinâmica de trabalho da CME. 
 
 
Enfermeiro deve realizar treinamento! 
• Ergonomia 
• Equipamento de proteção individual (EPI) 
• Descarte de materiais 
• Preparação para situação de emergências 
e catástrofes 
• Riscos elétricos e de incêndio 
• Líquidos voláteis 
• Estresse e Burnout 
 
FALHAS ÉTICAS NA CME! 
• Imprudência: não se atentar e entregar uma 
caixa não esterilizada, por exemplo 
• Imperícia: Não esterilizou o material porque 
não sabia manusear a autoclave 
• Negligência: Deixar de atender as 
solicitações de material do CC, mesmo 
possuindo o material, mapa de risco, 
equipamento, etc 
 
E PRECISO MONITORAR A 
ESTERILIZAÇÃO? 
MÉTODOS DE VALIDAÇÃO DOS 
PROCESSOS 
1. Conferir segurança ao processo 
2. Reduzir taxas de infecção do sitio 
cirúrgico 
3. Agregar credibilidade à instituição 
 
“um programa de controle da esterilização, 
incluindo métodos físicos, químicos e biológicos 
deve ser utilizado para demonstrar a eficiência do 
processo” 
 
MAS O QUE É A VALIDAÇÃO DO 
PROCESSO! 
a validação dos processos de esterilização de 
materiais hospitalares é definida como o 
estabelecimento de evidência documentada de 
um processo que, com alto grau de segurança, 
produzirá consistentemente um produto que 
atenda à especificação predeterminada e aos 
atributos de qualidade (Food and Drug 
Administration - FDA) 
 
a qualificação constitui parte da validação e pode 
ser dividida em quatro estágios: 
1. Qualificação do projeto 
2. Da instalação 
3. Da operação 
4. Desempenho do equipamento 
Usados em conjunto! 
INDICADORES FÍSICOS 
• Temperatura 
• Tempo 
• Vapor 
 
INDICADOR QUÍMICO 
Dispositivos usados para monitorar a presença ou 
alcance de um ou mais parâmetros requeridos 
para um processo de esterilização satisfatório ou 
para uso em testes específicos de equipamentos 
de esterilização 
Classe 1: indicador de processo 
• Indicam materiais processados e os 
diferenciam dos processados. São 
indicadores externos. 
 
Classe 2: teste de Bowie e Dick 
indicadores para uso em ensaios específicos, 
destinam-se ao uso em processamentos de 
ensaio específicos conforme normas relevantes 
para esterilizador/esterilização. 
 
Testa a eficácia do sistema de vácuo da autoclave 
pré-vácuo. Uso diário no 1° ciclo, sem carga, a 
134°C por 3,5 a 4 min sem secagem: 
• Monitorar a performance da bomba de 
vácuo, detectar a presença de ar residual, 
mensurar a penetração do vapor. 
• Excesso de aquecimento ou tempo 
prolongado de exposição. 
o Presença de vapor muito úmido dentro da 
câmara 
o Presença de gases não condensáveis 
o Vazamento 
 
colocar a folha/teste numa autoclave com a 
câmara vazia e correr um ciclo (1º ciclo do dia), 
conforme recomendação, 134ºC durante 3 a 3,5 
minutos. Durante o processamento o ciclo deverá 
remover ou deslocar o ar de dentro da barreira, e 
substituí-lo por vapor ao longo do pacote. A 
alteração uniforme de azul para rosa indica a 
penetração de vapor adequada; 
 
Simula pacotes de 7kg de carga com as seguintes 
características: 
• Campos regulares 100% algodão 90 cm x120 
cm, algodão com 57 fios; 
• Dobrar em 3 vezes em meia; 
• Colocar um sobre o outro e no centro da pilha 
colocar uma folha teste de BD 
 
Condições de teste: 
• Cada dia que o esterilizador é usado 
• Após ciclo de aquecimento 
• Antes do primeiro ciclo com carga 
• Pacote teste na câmara vazia, sobre o dreno 
10 a 20cm acima 
• 134°C – 3,5 minutos – máximo de 4 minutos, 
sem secagem 
• Não recomendado para autoclaves 
gravitacionais 
 
Se resultado apresentar falha: repetir o teste. Se 
persistir, parar o equipamento acionar a 
manutenção. Fazer novo teste. Em grandes 
reparos: realizar a qualificação de desempenho – 
03 testes consecutivos 
 
 
 
Classe 3: indicador único parâmetro 
• Controla um único parâmetro: a 
temperatura pré-estabelecida 
 
 
 
Classe 4: indicador multi parâmetro 
Dois ou mais parâmetros críticos -> controla a 
temperatura e o tempo necessário para o 
processo 
 
 
Classe 5: indicadores integradores 
controla temperatura, tempo e qualidade do 
vapor. Reagem com todos os parâmetros 
 
 
 
Classe 6: indicadores emuladores 
Integrador mais preciso por oferecer margem de 
segurança maior. Reage quando 95% do ciclo é 
concluído. 
 
 
 
Um indicador Classe 5 responde a todos os 
parâmetros de esterilização, dentro de uma faixa 
específica de temperatura de esterilização, e seu 
desempenho é comparado à inativação de um 
microrganismo de teste. 
 
RESUMO INDICADORES QUÍMICOS 
• Classe 1: Tiras impregnadas com tinta 
termo-química que muda de coloração 
quando exposto a temperatura. 
 
• Classe 2: Teste de Bowie & Dick testa a 
eficácia do sistema de vácuo da autoclave 
pré-vácuo. Uso diário no 1° ciclo, sem carga, 
a 134°C por 3,5 a 4 minutos sem secagem. 
 
• Classe 3: Controla um único parâmetro: a 
temperatura pré-estabelecida. 
 
 
• Classe 4: indicador multiparâmetro: 
controla a temperatura e o tempo 
necessário para o processo 
 
• Classe 5: integrador: controla temperatura, 
tempo e qualidade do vapor 
 
• Classe 6: intervalo de confiança que classe 5 
 
INDICADOR BIOLÓGICO 
“preparado padronizado contendo 
microrganismos vivos e viáveis, 
reconhecidamente resistentes ao método de 
esterilização a ser monitorado, e tem por objetivo 
demonstra se as condições do esterilizador estão 
adequadas para produzir a esterilização” 
 
Microrganismos com capacidade de 
reprodução: estão vivos viáveis 
 
Microrganismos que perderam sua 
capacidade de reprodução: estão mortos não 
viáveis 
 
 
 
Este indicador consiste em uma preparação 
padronizada de esporos bacterianos em 
suspensões que contém em torno de 106 esporos 
por unidade de papel. 
Os microrganismos utilizados são de acordo com 
o processo de esterilização avaliado (APECIH, 
1998): 
• autoclave a vapor: B. stearothermophilus; 
• calor seco: B. subtilis var. niger; 
• autoclave a óxido de etileno: B. subtilis var. 
niger; 
• plasma de peróxido de hidrogênio: B. 
subtilis var. niger; 
• radiação gama: Bacillus pumilus; 
CLASSIFICAÇÃO DOS INDICADORES 
BIOLÓGICOS 
• primeira geração: tiras de papel inoculadas 
com esporos. 
o (antes de 1970) 
o Acondicionado em envelope de papel 
o 7 dias 
 
• Segunda geração 
o Tiras de papel inoculadas com esporos 
o Auto-contidas com meio de cultura 
o 48 horas 
 
• Terceira geração 
o Tiras de papel inoculadas com esporos 
o Auto-contidas com meios de cultura 
o Baseada em identificação de enzimas 
o 3 horas 
 
no processo de esterilização dos produtos para 
saúde implantáveis, deve ser adicionado um 
indicador biológico a cada carga e o produto só 
deve ser liberado para uso após o resultado 
negativo do indicador biológico. 
 
AULA 15 – PROCESSO DE 
ESTERILIZAÇÃO 
as técnicas padronizadas, assegurando melhor 
qualidade, redução de riscos e otimização do 
tempo 
• O que for de uso único, não se reprocessa. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS, 
SEGUNDO SPAUULDING 
Artigos não críticos:são todos aqueles que 
entram em contato com a pele íntegra do 
paciente. Ex: termômetro clínico, comadres, 
papagaios, etc... 
• Limpeza – desinfecção de baio nível. 
 
Artigos semi-críticos: são aqueles que entram 
em contato com mucosas e pele lesada. 
Ex: circuitos respiratórios, inaladores, 
nebulizadores, endoscópios, etc. 
• Desinfecção – alto nível 
 
Artigos críticos: são aqueles que penetram na 
pele e mucosas, sistema vascular e tecidos sub 
epiteliais. 
Ex: instrumentais cirúrgicos 
• Esterilização 
 
LIMPEZA 
Ação mecânica e soluções adequadas: 
• Aumenta a eficiência da limpeza 
• Processo de desinfecção esterilização eficaz 
• Eliminação de microrganismos ao final do 
processo 
• Aumenta o contato do agente esterilizante 
ou desinfetante com o artigo 
• Aumenta a vida útil dos artigos 
• Consiste na remoção de sujidade visível 
• Contribui para redução da carga microbiana 
 
Manualmente 
 
 
Equipamentos (Lavadoras) 
 
 
Deve preceder a desinfecção e a esterilização. 
 
Manual: Remoção de sujidades por meio de 
fricção aplicada sobre uma superfície utilizando 
detergente, escova, água e dispositivo de limpeza 
para materiais canulados. 
 
Automatizada: Remoção de sujidades por meio 
de ação física (jato d´água) e química 
(detergente). 
• Lavadora Ultra-Sônica - ação 
combinada da energia mecânica (vibração 
sonora), térmica (temperatura entre 50° e 
55°C) e química (detergente). 
• Lavadora Termodesinfectadora: jatos 
de água e turbilhonamento, associados a 
ação de detergentes. A desinfecção se dá 
por meio de ação térmica ou 
termoquímica. 
 
 
 
DETERGENTE ENZIMÁTICOS 
Finalidade: facilitar a remoção de sujidades, 
desde gorduras até sujeiras que estão 
impregnadas nos artigos. 
 
Características: não causam danos por corrosão, 
são atóxicos, baixa produção de espuma, PH 
neutro, ação instantânea, fácil enxague, 
compatibilidade com artigos, biodegradáveis e 
de fácil manipulação. 
• Média: 5 minutos; 
• Indicação: limpeza manual e 
automatizada. 
 
 
 
Do que é composto o enzimático? 
• Surfactantes: diminuem a tensão 
superficial da água e facilitam a suspensão 
de partículas insolúveis 
• Solubilizantes: agentes alcalinos que 
ajudam a remover gorduras 
• Enzimas: moléculas proteicas que catalisam 
reações químicas 
 
Promove a remoção da matéria orgânica em 
curto período de tempo através da ação de 
enzimas que decompõe o sangue e fluídos 
corporais aderidos aos artigos, facilitando sua 
remoção. 
 
Facilita a limpeza de locais de difícil acesso ou 
lúmen estreito. Seu uso não substitui a fricção dos 
artigos durante o processo de limpeza. 
 
 
Resíduos desse produto pode provocar eventos 
adversos ao paciente caso não sejam 
adequadamente removidos. 
 
 
Os materiais não devem ficar expostos a solução 
de enzimático por tempo prolongado, pelo fato 
dessa solução tornar-se substrato para as 
bactérias, após esse período, propiciando um 
aumento da contaminação dos artigos. 
 
 
Verificar o modo de diluição, o prazo de validade 
após a diluição, o tempo de imersão e o método 
de utilização do produto, conforme 
recomendações do fabricante; 
 
 
A troca da solução deve ser feita conforme 
orientação do fabricante, privilegiar o uso de 
recipientes que evitem gasto excessivo do 
produto; 
 
 
A solução de enzimático deve ser identificada 
com nome do produto utilizado, data e horário 
do preparo, data e horário da validade da solução 
e nome do funcionário que preparou 
 
LIMPEZA DE ARTIGOS 
• Iniciar limpeza o quanto antes; 
• Separar os artigos; 
• Desmontar material, suas articulações devem 
permanecer abertas dentro da solução 
enzimática; 
• Acessórios / equipamentos; 
• Enxágue com água; 
• Secagem dos artigos de maneira completa! 
• Inspeção rigorosa; 
 
Desmontar para limpar e para esterilizar 
• Tempo 
• Técnica 
 
 
 
LIMPEZA DE ARTIGOS COMPLEXOS 
 
 
FLUXOGRAMA DE RECEBIMENTO E 
LIMPEZA MANUAL DE MATERIAIS NO 
EXPURGO DO CME 
• Receber o material no expurgo do CME 
através de requisição 
• Separar o material de inaloterapia e 
instrumentais 
• Colocar na solução enzimática 
• Escovar, enxaguar e realizar a inspeção visual 
de limpeza e secar 
• Encaminhar para o preparo 
 
DESINFECÇÃO DE ARTIGOS 
“É o processo de eliminação e destruição de 
micro-organismos, patogênicos ou não, em sua 
forma vegetativa, que estejam presentes nos 
artigos e objetos inanimados, mediante a 
aplicação de agentes físicos ou químicos, 
chamados desinfectantes ou germicidas, capazes 
de destruir esses agentes em um intervalo de 
tempo operacional de 10 a 30 minutos.” (BRASIL, 
2001) 
 
 
 
 
TIPOS DE DESINFECÇÃO 
• Físico: ação térmica. Ex: lavadora 
termodesinfectadora, pasteurizador, 
lavadoras de descarga 
• Químicos: desinfetantes químicos 
• Físico-Químicos: associam agente químicos 
e parâmetros físicos em processos 
automatizados. Ex: água eletrolisada 
 
DESINFECÇÃO FÍSICA 
Vantagens: 
• Realiza desinfecção de maior nível 
• Permite padronização e reprodutividade do 
procedimento 
• Favorece monitoração e registro do processo 
• Minimiza erros humanos, não deixa resíduos 
no material 
• Não tóxica para o paciente ou meio ambiente 
• Baixo risco ocupacional, baixo custo 
operacional 
 
LAVADORAS TERMODESINFECTADORAS 
Limpeza e desinfecção de uma gama de 
materiais. 
• Agem por meio de jatos de água sob 
pressão e turbilhonamento. 
o Associados a detergentes não 
espumantes 
 
 
 
• Pré-lavagem e lavagem (jatos de água fria 
ou morna com detergente) 
• Enxague 
• Desinfecção térmica: água quente ou 
vapor 
• Secagem 
 
 
 
 
 
NÍVEIS DE DESINFECÇÃO 
Desinfecção de alto nível: exceto bactérias 
esporuladas – alguns esporos 
• Ácido perácetico, glutaraldeido 
• Destrói todos os microrganismos 
• Exceto um n° elevado de esporos 
bacterianos. 
 
Desinfecção de nível intermediário: vírus, 
bactérias (vegetativas), fungos, bacilos de 
tuberculose 
• Álcool 70% hipoclorito de sódio 1° 
• Elimina bactérias vegetativas, 
micobactérias, maioria dos vírus e 
fungos. 
 
Desinfecção de baixo nível: bactérias 
(vegetativas), vírus não lipídicos 
• itens não críticos e superfícies “pelo 
menos” 
• Hipoclorito de sódio 0,025% 
• Elimina bactérias vegetativas, alguns 
vírus e fungos 
• Exceto micobactérias ou esporos 
bacterianos 
 
QUAL PRODUTO DEVO ESCOLHER? 
• A forma de utilização do produto interfere na 
seleção do desinfetante; 
• Para o registro dos germicidas são 
necessários laudos de ação microbicida com 
metodologia padronizada realizados em 
laboratórios confiáveis; 
• inspecionados previamente, visando a 
segurança do paciente e do profissional que 
irá utilizá-lo. 
• A escolha do desinfetante deve considerar 
poder de corrosão, custo, facilidade de uso, 
dentre outros – laudo de aprovação dos 
fabricantes; 
• Presença matéria orgânica no material a ser 
processado pode interferir na ação do 
desinfetante 
• Biofilme: Dificultam o processamento 
eficiente e representam desafio no reúso de 
materiais – tolerantes a desinfetantes 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICA DE UM DESINFETANTE 
IDEAL 
• Largo espectro de ação 
• Ação rápida 
• Pouco afetado por condições ambientais 
• Não ser inativado por matéria orgânica 
• Compatível com detergentes 
• Fácil de utilizar 
• Baixo nível de odor 
• Estável 
• Monitorável 
• Inúcuo ao meio ambiente 
• Econômico 
 
Aldeídos: Glutaraldeido 
A solução de glutaraldeido em concentração 
maior a 2% -> ativada contra bactérias 
vegetativas, micobactérias de tuberculose, 
fungos e vírus, esporos de bacillus sp. E 
clostridium. 
• Desvantagens: fixa matéria orgânica nos 
materiais, tóxico para pacientes, 
profissionais e meio ambiente 
 
Formaldeído 
As soluções a base de formaldeído têm espectro 
de ação

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