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Centro Cirúrgico e CME 2° AVALIAÇÃO AULA 9 – POSICIONAMENTO CIRURGICO Posicionamento do paciente: é aquela em que o paciente é colocado, depois de anestesiado, para ser submetido a intervenção cirúrgica, de modo a propiciar acesso fácil ao campo operatório. • Pele e tecidos subcutâneos • Sistema musculoesquelético • Sistema nervoso • Sistema vascular • Sistema respiratório • Mamas • Genitália • Dedos O que avaliar? • Anestesia geral • Idade e peso • Imobilidade • Problemas de controle na temperatura corporal • Condições de saúde pré-existentes • Tempo cirúrgico prolongado CUIDADOS NECESSÁRIOS DURANTE O POSICIONAMENTO • Impedir hiperextensão das terminações nervosas, prevenindo paralisias e/ou parestesias, que podem ser irreversíveis. • Aplicar movimentos formes, delicados e seguros em quaisquer partes do corpo, para evitar distensões musculares. • Evitar compressão de vasos, nervos e órgãos, que pode levar ao comprometimento de funções vitais. • Proteger proeminências ósseas, principalmente em pacientes idosos, crianças, obesos e desnutridos, para evitar a formação de LPP, tromboses e compressão da circulação. • Impedir contato direto do paciente com a superfície metálica da mesa de operação. • Impedir vícios de posicionamento (hiperextensão dos membros de fixação incorreta do paciente) • Cuidar para que os membros inferiores e superiores nunca fiquem pendentes na mesa de operação • Utilizar múltiplos apoios para melhor acomodar o paciente e evitar compressão de estruturas, bem como adaptar a posição necessária às reais condições do paciente. DECÚBITO DORSAL OU SUPINA É aquela em que o paciente se encontra deitado de costas, com as pernas e os braços estendidos. O dorso do paciente e a coluna vertebral estão repousados na superfície do colchão da mesa cirúrgica. Utilizados em: • Cirurgias craniana • Cirurgias torácicas • Cirurgias peritoneais Ex: colecistectomia, cesariana, craniotomia, tireoidectomia. Riscos: isquemia em proeminências ósseas, hiperextensão da cabeça, lesão do braço por abdução exagerada (>90°) Prevenção: uso de coxins, evitar contato com partes metálicas da mesa, evitar abdução excessiva (>90°). Utilização de travesseiros ou apoios de cabeça e abaixo dos joelhos, manter as pernas descruzadas, atenção para a hiperextensão dos pés. Cirurgias: abdominais abertas, neurocirurgias, cardíacas, plásticas, oftálmicas, otorrinolaringológicas, cabeça e pescoço. TRENDELENBURG É uma variação da posição de decúbito dorsal onde a parte superior do dorso é abaixada e os pés são elevados. Mantem as alças intestinais na parte superior da cavidade abdominal. Ex: cirurgias de órgãos pélvicos, laparotomia de abdômen inferior. • Riscos: alterações cardiovasculares, aumento da PIC, alterações respiratórias, lesão do plexo braquial devido aos apoios nos ombros. • Prevenção: retirar da posição o mais rapidamente possível, usar suporte acolchoados nos ombros para posições muito acentuadas. • Cirurgias: laparoscópicas abdominais e ginecológicas. TREDELEMBURG REVERSO OU PROCLIVE Posição com a cabeça elevada e os pés abaixados. Trendelemburg reversa, mantem as alças intestinais na parte inferior da cavidade abdominal, reduzindo a pressão sanguínea cerebral. Ex: posições de abdômen superior e cranianas. • Risco: lesão do nervo ciático, cisalhamento. • Prevenção: mantem contenção nas pernas • Cirurgias: ombro, cabeça e pescoço, plásticas otorrinolaringológicas, mamas. POSIÇÃO GINECOLÓGICA OU LITOTOMICA O paciente permanece em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, afastadas e apoiadas em perneiras acolchoadas, e os braços estendidos apoiados. Ex: Histerectomia vaginal, cirurgias ginecológicas. • Risco: pressão da região poplítea, estiramento muscular, rotação externa ou abdução indevida, disjunção da sínfise púbica, lesão vascular devido a pressão direta sobre os vasos. • Prevenção: uso de meias elásticas para procedimentos de longa duração, usar suporte de perna que evitem pressão na região poplítea, evitar pressão contra tecidos moles da perna, manter os braços em braçadeiras num ângulo de 90°, acolchoar quadril, nádegas e laterais do corpo, utilizar a menor elevação das pernas pelo menor tempo possível e minimizar o grau de abdução do quadril. • Cirurgias: ginecológicas, urológicas, obstétricas, hemorróidectomias. FOWLER E SEMI-FOWLER Paciente mantido sentado ou semi-sentado na mesa de operação. Posição utilizada para conforto quando há dispneia. Ex: dreno de tórax. • Riscos: queda, cisalhamento do proeminências ósseas. • Prevenção: flexiona-se os MMII para prevenção de quedas, cisalhamento e deslizamento. • Cirurgia: neurocirurgia, cirurgia de ombro e algumas técnicas de mamoplastia e suas variações. DECÚBITO LATERAL OU SIMS O paciente permanece em decúbito lateral, direito ou esquerdo, com a perna que esta do lado de cima flexionada, afastada e apoiada na superfície de repouso. Ex: cirurgias renais. • Riscos: lesão cervical, lesão de ombro, lesão de olho e ouvido, comprometimento pulmonar, lesão do nervo fibular, diminuição da perfusão periférica devido a compressão de artéria femural. • Prevenção: apoio de cabeça para alinhamento da coluna, apoio sob o tórax, lubrificar olhos, apoiar as cintar de fixação no quadril superior, observar perfusão de extremidades após colocar o posicionamento, observar orelhas, colocar um apoio sob a cabeça, região da axila e entre as pernas, manter a perna em contato com a mesa flexionada na região do quadril e a superior esticada. • Cirurgias: nefrectomia, artroplastia do quadril, toracotomia. DECÚBITO VENTRAL OU PRONA O paciente fica deitado de abdômen para baixo, com os braços estendidos para frente e apoiados em talas. Ex: cirurgias da coluna, hérnia de disco. • Risco: lesão cervical, prejuízo à ventilação, compressão genital, compressão de mamas e necrose isquêmica de pontos de pressão. • Prevenção: manter apoio para cabeça de maneira a diminuir a compressão em nariz e orelhas. Proteger rosto, olhos e queixo, manter o alinhamento do pescoço, colocar coxins em formato de rolos da clavícula à crista ilíaca e sob as pernas e pés, deixar as genitálias livres, proteger os pés de hiperflexão. • Cirurgias: cirurgias de coluna vertebral, neurocirurgias da fossa posterior vasculares, plásticas. POSIÇÃO DE CANIVETE - KRASKE O paciente se encontra em decúbito ventral, com as coxas e pernas para fora da mesa e o tórax sobre a mesa, a qual esta levemente inclinada no sentido aposto das pernas, e os braços estendidos e apoiados em talas. Ex: hemorróidectomias • Risco: lesão por pressão de proeminências ósseas, alteração respiratória e circulatória (risco de trombose) • Prevenção: os quadris são apoiados em um travesseiro, colocar travesseiro nas pernas, colocar faixa de contenção sobre as partes posteriores das coxas, utilizar meias antiembolíticas. • Cirurgia: proctológicas e coluna lombar. CUIDADOS COM O POSICIONAMENTO DO PACIENTE AO FINAL DO PROCEDIMENTO ANESTÉSICO- CIRÚRGICO Manipular lentamente o paciente anestesiado, mas com movimentos firmes e seguros, pois a mudança repentina de posição pode provocar alterações muito rápidas nos sistemas cardiovasculares respiratórios. Retirar cuidadosamente as perneiras, a fim de prevenir o afluxo rápido do sangue da porção superior do corpo para os membros inferiores, o que poderá levar à queda brusca da pressão arterial. Manter a cabeça voltada para o lado, sempre que possível, quando o paciente permanecer em decúbitodorsal, a fim de prevenir aspiração de vomito ou secreções. Observar as reações do paciente, verificar sinais vitais e manter-se atento aos parâmetros de monitoração. Registrar intercorrências e situações de risco pode ser fundamental para permitir a continuidade da assistência no pós-operatório e assegurar assistência livre de riscos. Escala de avaliação de risco para o desenvolvimento de lesões decorrentes do posicionamento cirúrgico (ELPO) Cada ponto a mais na escala aumente em 44% a chance de o paciente desenvolver UPP e 28% a chance de dor, que é um sinal de lesão nervosa. TÉCNICAS DE ALINHAMENTO CORPORAL • Travesseiros: deve existir em grande numero nos hospitais e de diversos tamanhos, quando não há disponibilidade de tamanhos adequados pode-se dobrar lençóis ou cobertores para servirem de apoio. Determinar os tamanhos apropriados a cada caso. • Suporte para os pés: é colocado encostado aos pés encostados aos pés e perpendicular ao colchão do pé caído, pois mantem os pés em dorsiflexão. • Tubos plásticos preenchidos de areia que se moldam ao contorno do corpo; imobilizam uma extremidade ou mantêm o alinhamento. • Rolo para as mãos: são colocados nas palmas das mãos do paciente visando manter uma posição funcional. Podem ser feitos de toalhas pequenas ou ataduras. AULA 10 – LIMPEZA DO AMBIENTE O ambiente é apontado como reservatório de microrganismos nos serviços de saúde, especialmente dos multirresistentes; portanto, processos inadequados de limpeza e desinfecção de superfícies podem disseminar microrganismos, colocando em riso a segurança dos pacientes e dos profissionais. As superfícies carreiam um risco mínimo de transmissão direta de infecção, mas pode contribuir para a contaminação cruzada secundaria, por meio das mãos dos profissionais de saúde e de instrumentos ou produtos que poderão ser contaminados ao entrar em contato com essas superficiais e posteriormente, contaminar os pacientes ou outras superfícies. A limpeza e desinfecção de superfícies em serviços de saúde são elementos primários e eficazes nas medidas de controle para romper a cadeia epidemiológica das infecções. Matéria Orgânica: pode servir como substrato para a proliferação de microrganismos ou favorecer a presença de vetores, com a possibilidade de transportar passivamente esses agentes Sendo assim, toda área com presença de matéria orgânica deverá ser rapidamente limpa e desinfetada, independentemente da área do hospital. FINALIDADES DA LIMPEZA • Remoção da sujidade visível • Remoção, redução ou destruição de microrganismos. • Controle de disseminação de contaminação biológica, química e radioativa. • Remoção de substancia pirogênica. • Estética O SERVIÇO DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO • Extrema importância; • Compreende a limpeza, desinfecção e conservação das superfícies fixas e equipamentos permanentes das diferentes áreas; • atual percepção da existência do ambiente e de sua importância na prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde. • Número de profissionais adequados; A LIMPEZA DA SO É o procedimento de remoção de sujeira, detritos indesejáveis e microrganismos presentes nas superfícies dos equipamentos e acessórios, mobiliários, pisos, paredes mediante a aplicação de energia química, mecânica e térmica. ▪ Enfermagem – Florence; ▪ Fator importante nas ISC; CC área crítica; ▪ CC: Local com segurança; ▪ Toda cirurgia tem que ter limpeza depois? - Profissional? ETAPAS DA LIMPEZA NO CENTRO CIRURGICO: LIMPEZA PRÉ OPERATÓRIA / PREPARATÓRIA Realizada antes do início das cirurgias programadas por dia; Noturno; Remoção de poeira das superfícies; dos mobiliários, focos cirúrgicos e equipamentos com solução detergente ou desinfetante (álcool 70%) com um pano úmido e branco 1 hora antes do início da primeira cirurgia; LIMPEZA OPERATÓRIA/ LIMPEZA IMEDIATA Realizada durante o processo operatório; consistindo apenas na remoção mecânica da sujidade (sangue e secreções) utilizando um pano comum embebido em agente químico de amplo espectro para que não ocorra secagem da superfície e disseminação contaminando o ar; Remoção mecânica: pano; Cuidados da enfermagem para que isso não ocorra: trocar o Hamper, trocar o lixo da sala, atenção aos materiais; Secagem da matéria orgânica- turbulência do ar – não devemos ficar retirando materiais de uma sala pra outra; LIMPEZA CONCORRENTE • Termino de cada cirurgia o Retirados materiais (o saco do Hamper, o instrumental...), limpeza de superfícies horizontais, mobiliário e piso. Envolve os 3 profissionais (circulante, instrumentador, higienização) ▪ Não há necessidade de limpeza de tetos e paredes, somente se houver contato direto com algum material biológico. LIMPEZA TERMINAL Mais completa que a concorrente. Diária: • Após a última cirurgia programada do dia; • As portas devem ser limpas diariamente, especialmente o local próximo à maçaneta. O chão deve ser lavado com água e sabão. As macas e os carros de transporte também devem ser limpos. Os lavabos devem ser limpos, trocar a solução antisséptica; • Limpeza do vestiário e do banheiro; Periódica ou programada: envolve itens cuja frequência de limpeza não necessita ser diária, por não se sujar com facilidade e ou por não estarem diretamente relacionados com a infecção direta do sítio cirúrgico. Dessa forma, rotinas de limpeza com periodicidades maiores podem ser estabelecidas. É o caso das superfícies verticais, janelas, portas, teto, grades de entrada e saída do ar condicionado, armários que permanecem fechados dentro e fora da sala de operação. LIMPEZA DA SRPA • Paredes, tetos, corredores, janelas, portas e pisos devem ser lavados caso ocorra algum respingo ou depósito de matéria orgânica; • Realizada limpeza concorrente após a saída do paciente; • Área crítica: terminal no mínimo uma vez por semana; • Incluir limpeza da unidade do paciente: cama, fluxômetro, monitor... EQUIPE • Higienização e equipe de enf (ex: chão, paredes... Equipamentos); • Movimentos unidirecionais; • Menos pro mais; • Por último o piso; dos fundos para a porta de entrada (de dentro pra fora); • POP: Visivel, acessível e revisado periodicamente. Microrganismo e transmissão -> porque limpar -> como limpar AULA 11 – INFECÇÃO DE SÍTIO CIRURGICO Infecção hospitalar é toda infecção adquirida durante a internaçãohospitalar ou então relacionada a algum procedimento realizado no hospital, podendo manifestar-se inclusive após a alta. Esse tem sido substituído por Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS). Essa mudança abrange não só a infecção adquirida no hospital, mas também aquela relacionada a procedimentos feitos em ambulatório, durante cuidados domiciliares e à infecção ocupacional adquirida por profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros). Para que ocorra uma infecção hospitalar, é necessário a exposição aos fatores de risco: • Necessidade de um indivíduo ser submetido a uma internação ou a um procedimento de saúde • Condição clínica do paciente, a virulência e inoculo dos microrganismos e fatores relacionados à hospitalização (procedimentos invasivos, condições do ambiente e atuação do profissional de saúde). • extremos de idade, duração da internação, diabetes mellitus, doenças vasculares, procedimentos invasivos, cirurgia Tipos de infecções hospitalares: • ISC • IPCS • ITU • ITR • Outras IH: ouvido, nariz, garganta e boca. • Sistema cardiovascular, pele e tecidos moles, TGI e trato reprodutivo. Infecção de sítio cirúrgico: • Um dos principaisriscos à segurança do paciente nos SS no brasil. • Ocupa o 3º lugar das IRAS; • Ocorrem no pós-operatório em cerca de 3% a 20% dos procedimentos; • Em 60% dos casos poderiam ser evitados; • Implantes resultam em: Sintomas dolorosos e persistentes; Reoperações; Perda do implante; Aumento dos custos; Óbito. O que é a CCIH? Um grupo de profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente designado para, juntamente com a Direção do Hospital, planejar, elaborar, implementar, manter e avaliar o Programa de Controle de Infecção Hospitalar • um conjunto de ações desenvolvidas com o objetivo de reduzir ao máximo possível a incidência das infecções hospitalares. As atividades da CCIH/ SCIH estão fundamentadas na Portaria nº 2616/1998 do Ministério da Saúde, na RDC 48/2000 A Lei Federal n° 6.431, de 06 de janeiro de 1997, instituiu a obrigatoriedade da existência da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e de um Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH); Os membros consultores deverão incluir representantes dos seguintes serviços: médico, enfermagem, farmácia, laboratório de microbiologia e administração. Em instituições com número igual ou menor que 70 leitos, a CCIH pode ser composta apenas por 01 (um) médico e 01 (um) enfermeiro. Os membros executores representam a CCIH e são eles os responsáveis diretos pela execução das ações do PCIH. É recomendável que pelo menos 01 (um) membro executor seja um profissional de enfermagem. Ações desempenhadas pela CCIH: • Realização da vigilância epidemiológica para detecção de casos de infecção hospitalar • Elaboração de diretrizes para a prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde • Elaboração de orientações para prescrição adequada de antibióticos e implantação de ações que contribuam para o controle de seu uso • Estabelecimento de recomendações quanto às medidas de precaução e isolamento para pacientes com doenças transmissíveis ou portadores de bactérias resistentes a antibióticos • Oferecer apoio técnico à administração hospitalar para a aquisição correta de materiais e equipamentos e para o planejamento adequado da área física dos estabelecimentos de saúde. ISC As Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC) são infecções relacionadas a procedimentos cirúrgicos, com ou sem colocação de implantes, em pacientes internados e ambulatoriais, sendo classificadas conforme os planos acometidos ilustrados na figura: Tipos: conforme quadro Cirurgia em paciente internado: paciente submetido a um procedimento dentro do centro cirúrgico, que consista em pelo menos uma incisão em regime de internação superior a 24 horas, excluindo-se procedimentos de desbridamento cirúrgico, drenagem, episiotomia e biópsia que não envolvam vísceras ou cavidades. Cirurgia ambulatorial: paciente submetido a um procedimento cirúrgico em regime ambulatorial (hospital-dia) ou com permanência no serviço de saúde inferior a 24 horas que consista em, pelo menos, uma incisão, excluindo-se procedimentos de desbridamento cirúrgico, drenagem e biópsias que não envolvam vísceras ou cavidades. Cirurgia endovascular: paciente submetido a procedimento terapêutico por acesso percutâneo, por via endovascular, com inserção de prótese, com exceção de stents. Cirurgia endoscópica com penetração de cavidade: paciente submetido a um procedimento terapêutico, por via endoscópica, com manipulação de cavidade ou víscera através da mucosa. Estão incluídas aqui cirurgias transvaginais e cirurgias transnasais. Implantes: a resolução de diretora colegiada/anvisa no 185, de 22 de outubro de 2013, incluiu os implantes e próteses na família dos produtos médicos e definiu os implantáveis como sendo: “qualquer produto médico projetado para ser totalmente introduzido no corpo humano ou para substituir uma superfície epitelial ou ocular, por meio da intervenção cirúrgica, e destinado a permanecer no local após a intervenção. Também é considerado um produto médico implantável, qualquer produto médico destinado a ser parcialmente introduzido no corpo humano através de intervenção cirúrgica e permanecer após esta intervenção por longo prazo.” Implante: todo corpo estranho implantável não derivado de tecido humano (ex.: válvula cardíaca protética, transplante vascular não-humano, coração mecânico ou implante ortopédico etc.), exceto drenos cirúrgicos. ISC INCISIONAL SUPERFICIAL (IS) Ocorre nos primeiros 30 dias após o procedimento cirúrgico (sendo o 1° dia a data do procedimento), envolve apenas pele e tecido subcutâneo e apresenta pelo menos um dos seguintes critérios: • Drenagem purulenta da incisão superficial • Cultura positiva de secreção ou tecido da incisão superficial, obtido assepticamente. • A incisão superficial é deliberadamente aberta pelo cirurgião na vigência de pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: dor, aumento da sensibilidade, edema local, hiperemia ou calor, exceto se a cultura for negativa. • Diagnostico de infecção superficial pelo cirurgião ou outro médico assistente. Tipos: • Incisional superficial primária: identificada na incisão primária em paciente com mais de 1 incisão. • Incisional superficial secundária: identificada na incisão secundária em paciente com mais de 1 incisão. ISC INCISIONAL PROFUNDA (IP) Ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia (sendo o 1° dia a data do procedimento) ou ate 90 dias, se houver colocação de implantes, envolve tecidos moles profundos à incisão (Ex: fáscia e/ou músculos) e apresenta pelo menos UM dos seguintes critérios: • Drenagem purulenta da incisão profunda, mas não originada de órgão/cavidade. • Deiscência espontânea ou incisão aberta pelo cirurgião e cultura positiva ou não (temperatura ≥38°c), dor ou tumefação localizada. • Abscesso ou outra evidencia de infecção envolvendo tecidos profundos, detectado durante exame clínico, anatomopatológico ou de imagem. • Diagnóstico de infecção Incisional profunda feito pelo cirurgião ou outro médico assistente. Tipos: • Incisional profunda primária: identificada na incisão primária em paciente com mais de 1 incisão. • Incisional profunda secundária: identificada na incisão secundária em paciente com mais de 1 incisão. ISC ÓRGÃO/CAVIDADE (OC) Ocorre nos primeiros 30 dias após cirurgia ou até 90 dias, se houver colocação de implantes, envolve qualquer órgão ou cavidade que tenha sido aberta ou manipulada durante a cirurgia e apresenta pelo menos UM dos seguintes critérios: • Cultura positiva de secreção ou tecido do órgão/cavidade obtido assepticamente. • Presença de abscesso ou outra evidencia que a infecção envolve planos profundo da ferida identificada em reoperação, exame clínico, anatomopatológico ou de imagem • Diagnostico de infecção de órgão/cavidade pelo médico assistente. E atende pelo menos UM dos critérios de infecção em um sítio especifico de ISC/OC (tabela 1 – sítio especifico de ISC/OC) Observações: • Osteomielites do esterno após cirurgia cardíaca ou endoftalmites são consideradas infecções de órgão/cavidade. • Em pacientes submetidos a cirurgias endoscópicas com penetração de cavidade, serão utilizados os mesmos critérios de ISC do tipo órgão-cavidade. • Toda infecção do trato urinário após cirurgia urológica será considerada ISC-OC • NÃO considerar que a eliminação de secreção purulenta através de drenos seja necessariamente sinal de ISC-OC. Sinais clínicos (febre, hiperemia, dor, calor, calafrios) ou laboratoriais (leucocitose, aumento de PCR quantitativa ou VHS) são inespecíficos, mas indicam infecção. SINTOMAS DE ISC Sintomas de ISC: edema e eritema local,dor e presença de secreção purulenta, deiscência. INDICADORES DE INFECÇÃO HOSPITALAR: Segundo a ANVISA, indicadores são “instrumentos utilizados para avaliar o desempenho hospitalar, envolvendo sua organização, recursos e metodologia de trabalho”. Ou seja, são ferramentas e metodologias que permitem medir determinados parâmetros de qualidade Importância: indicadores de infecção hospitalar tendem a ter uma função prática, social e educacional, além da função estratégica; É possível obter dados necessários ao planejamento e avaliação dos serviços saúde; identificar fatores determinantes a doenças e permitir sua prevenção; avaliar a eficácia dos métodos utilizados no controle de doenças e permite descrever a linha cronológica da doença instaurada. Para a ISC... • Indicadores de resultado o Indicadores de processo para a prevenção de ISC (pre e intra- operatório) ▪ Indicadores de estrutura. Indicadores de resultado: • Cálculo da taxa de ISC – escolha dos procedimentos para vigilância. Indicadores de processo para a prevenção de ISC (pre e intra-operatório) • Cirurgia eletiva com tempo de internação pré-operatória ≤ 24h • Tricotomia com intervalo ≤ 2h • Tricotomia com aparador ou tesoura • Antibioticoprofilaxia realizada até 1 hora antes da incisão • Duração da antibioticoprofilaxia • Antissepsia do campo operatório • Para cirurgias cardíacas recomenda-se a aplicação de um indicador de controle glicêmico no pós-operatório imediato • Para cirurgias colo-retais recomenda-se a utilização de um indicador de controle térmico no intra-operatório • Inspeção da caixa cirúrgica INDICADORES DE ESTRUTURA INDIRADORES FONTE DE INFORMAÇÃO CRITÉRIOS PARA Um circulante para cada sala Observação direta, averiguação de escala diária de pessoal ou entrevista com a equipe do centro cirúrgico Considerar A (adequado) quando houver um circulante exclusivo para cada sala cirúrgica em atividade. Disposição adequada do antisséptico para a antissepsia cirúrgica das mãos Observação direta da disponibilidade do antisséptico Considerar A (adequado) se a dispensação do antisséptico for por meio das escovas embebidas com o produto ou de dispensadores sem contato manual. Mecanismo autônomo de manutenção das portas fechadas. Observação direta Considerar A (adequado) se houver um mecanismo de manutenção de todas as portas das salas de cirurgia fechadas. Nota: circulante é o profissional de saúde encarregado pelo apoio logístico dentro da sala cirúrgica AULA 12 – CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS • Propriedade defensiva dos seres-humanos; • Objetivo: Prevenção de ISC; • Complicações pós cirúrgicas Anatomia da pele • Maior órgão do corpo • Funções: proteção, secreção, excreção, absorção, metabolismo, termorregulação, sensação e imagem corporal. FERIDA: representada pela interrupção da continuidade de um tecido corpóreo, em maior ou em menor extensão. ETIOLOGIA DAS FERIDAS • Intencional ou cirúrgica: quando é realizada de acordo com um fim terapêutico proposto. • Traumáticas: Causadas por destruição mecânica, térmica ou química • Crônicas: causadas por condições fisiopatológicas subjacentes TIPOS DE FECHAMENTO DE FERIDAS • Criadas assepticamente, com destruição tecidual mínima; • Suturas, grampos, esparadrapos. • Cicatrização otimizada o Contaminação restrita, rigor técnico; o Não há perda de tecido; o Drenagem mínima. 1° INTENÇÃO 2° INTENÇÃO • Incapacidade de juntar as bordas; • Pode ser utilizado em feridas infectadas; • Há necessidade de formação de tecido de granulação no leito da lesão; • Processo mais demorado do que o de 1° Intenção; • Visto frequentemente em feridas crônicas, feridas sujas e feridas traumáticas onde há grande perda de área. 3° INTENÇÃO Feridas que não foram suturadas inicialmente, que se romperam ou tiveram que ser reabertas para drenagens de exsudatos, e que após 3 a 5 dias serão ressuturadas FASES DA CICATRIZAÇÃO Conceito: A cicatrização de feridas consiste na perfeita e coordenada cascata de eventos que culminam com a reconstituição tecidual. O processo cicatricial é comum a todas as feridas, independe do agente que a causou. FASE INFLAMATÓRIA • Inicia-se no exato momento da lesão. • Processo inflamatório • A inflamação é uma reação imediata dos organismos vivos, a uma lesão celular ou tecidual. • Normalmente dura de 1 a 4 dias. Exsudato • Sangue • Linfa Selar as bordas das • Fibrina feridas Vedação Com a lesão tecidual, há liberação de histamina, serotonina e bradicinina que causam a vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo no local RUBOR E CALOR Aumento da permeabilidade capilar com extravasamento de líquidos para o espaço extracelular: EDEMA Ativação dos neutrófilos e monócitos que se transformam em macrófagos e limpam a ferida: FAGOCITOSE DE BACTÉRIAS FASE PROLIFERATIVA ANGIOGÊNESE: migração de células endoteliais e formação de capilares, que são essenciais para a cicatrização adequada PITELIZAÇÃO: migração de células epiteliais, facilitada em meio úmido. FORMAÇÃO DE TECIDO DE GRANULAÇÃO: Os fibroblastos dos tecidos vizinhos migram para a ferida, para produzirem colágeno e a transformarem-se em miofibroblastos, que promovem a contração da ferida. DEPOSIÇÃO DE COLÁGENO: Dará resistência e suporte ao novo tecido que se forma FASE DE MATURAÇÃO OU REMODELAÇÃO Início na 2 a 4ª semana, com duração de até 2 anos, dependendo do tamanho da ferida. • Caracteriza-se pela evolução da cicatriz que se torna mais clara e plana. • Perda de resistência a tração em comparação com o tecido antes de ser lesionado (perde cerca 20 %) FATORES QUE AFETAM A CICATRIZAÇÃO Estado Nutricional: • Proteína: necessária para a regulação da pressão osmótica. • Outros elementos necessários: Zinco, cálcio... Vitaminas... Oxigenação: temperatura normal ISC: manter princípios assépticos e técnicas cirúrgica adequada. • Idade do paciente • Estresse • Estado imunológico • Condições preexistentes CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Feridas limpas: • Não infectadas; • Sem penetração no trato respiratório, digestivo e geniturinário; • Fechadas primariamente, podendo ter sistema de drenagem fechado; Contaminadas limpas: • penetração no trato respiratório, digestivo e geniturinário de maneira controlada; • Não há sinal de infecção, sem quebra de técnica asséptica Feridas Contaminadas • Feridas abertas, acidentais, trauma penetrante, com violações importantes de técnica asséptica. • São incluídas também as incisões com sinal de infecção e derramamento grosseiro do TGI Feridas Sujas e Infectadas • Infecção clínica já existente previamente; • Com tecido desvitalizado; COMPLICAÇÕES PÓS CIRÚRGICAS Hematoma: coleção de sangue sob a pele, na ferida cirúrgica, que resulta em formação de coágulo que pode levar horas. O sangramento pode advir de uma hemostasia inadequada, de doenças apresentadas pelo paciente, por uso de drogas que prejudicam a cascata de coagulação ou de algum distúrbio de coagulação Deiscência: abertura parcial ou total dos planos do abdome. Quando parcial, caracteriza-se pela ruptura de um plano de sutura superficial, denominadade Eventração, que ocorre quando o peritônio evita a saída das alças intestinais da cavidade abdominal. Evisceração: Quando se apresenta de forma mais grave, com exteriorização de vísceras, denomina- se evisceração ou deiscência total Cicatriz hipertrófica e Quelóide: Ocorrem a partir de hiper proliferação de fibroblastos, com consequente acúmulo de matriz extracelular, especialmente pela excessiva formação de colágeno. • Quelóide: elevada, brilhante, pruriginosa ou dolorosa, de localização dérmica e que ultrapassa os limites da ferida original; • Cicatriz hipertrófica: elevadas, tensas e confinadas às margens da lesão original. Com frequência tendem à regressão espontânea, vários meses após o trauma inicial DRENOS • Promovem saída de ar, sangue, linfa, secreções, dentre outras, do sítio operatório; • Previne Infecção; • Inseridos no momento da cirurgia em um local próximo à ferida operatória; • Geralmente suturados à pele CURATIVO É um meio terapêutico que consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida, quando necessário, com a finalidade de promover a rápida cicatrização e prevenir a contaminação ou infecção. • Acolchoamento e proteção da ferida em relação a trauma e contaminação grosseira • Absorção da drenagem • Desbridamento da ferida/ Aplicação de medicações • Suporte, apoio ou imobilização de parte do corpo e área Incisional • Ajuda na hemostasia e na minimização de edema e espaço morto • Aumento do conforto físico/ estética Categorias: • Curativos primários: colocados diretamente sobre a ferida • Curativos secundários: colocados sobre o curativo primário Material: • Pacote de curativo contendo: 1 pinça anatômica, 1 pinça dente de rato, 1 pinça kelly, 1 pinça pean, 1 cuba redonda. • Luva estéril • Gazes ou compressa estéril • Soro fisiológico 0,9% • Transofix ou agulha 40x12 • Solução recomendada ou cobertura indicada (conforme prescrição) • Fita adesiva (esparadrapo ou micropore) • Atadura (se necessário) • Bacia esterilizada ou cuba rim estéril (se necessário) • Saco para lixo; • Saco para pinças contaminadas; Técnica para realizar o curativo • preparar o material no posto de enfermagem; • Lavar as mãos; • Preparar o local para manuseio dos materiais; • Local de descarte; • Orientar o paciente acerca do procedimento; • Preparar o campo estéril e material utilizado; • Lavar a ferida, começando pelas áreas limpas e fechadas, seguindo-se de ferida aberta não infectada, drenos e por último as feridas infectadas, colostomias e fístulas em geral; Registrar tipo de dreno e observar o funcionamento do mesmo Monitorar esvaziamento 0 Cuidados no manuseio: porta de entrada Atenção para a retirada No transoperatório No POI e POM Enquanto o paciente estiver com o dreno • Em presença de tecido de granulação nunca friccione, apenas use jatos de soro fisiológico; • Mantenha sempre o leito da ferida úmido e as bordas levemente secas; • Recomposição do paciente e do ambiente; • Destinação dos materiais (colocar em sacos no carrinho de curativos encaminhando à C.M.E. de acordo com as rotinas do Setor); • Proceder a desinfecção da bandeja, carrinho, ou mesa auxiliar após a execução de cada curativo, com solução de álcool a 70%; • Lavar as mãos; • Evolução/ Anotação: Registro do procedimento incluindo avaliação da ferida; após cada curativo devem ser anotadas no prontuário do paciente. Feridas fechadas • Limpar incisão cirúrgica fechada, realizando movimento em sentido único; • Limpar da mesma maneira região perilesional; • Aplicar solução fisiológica para realizar a limpeza, na incisão cirúrgica e em seguida região perilesional; Outros cuidados com as feridas... • No caso de alta: orientar o paciente ou família a observar sinais de alerta • Orientar quanto a assepsia • Como realizar o curativo (se aplicável) • Orientar quanto a posicionamento (conforto) • Em caso de qualquer alteração, procurar o serviço AULA 13 – ANESTESIAS Introdução e conceito histórico: Perda de Sensibilidade (patológica ou induzida por agentes anestésicos) • Extirpar a sensibilidade dolorosa durante a cirurgia • Promover relaxamento muscular • Proporcionar condições ideais para a atuação da equipe cirúrgica Enfermagem e anestesia: • Ajuda na contenção do paciente • Cuidados na RPA Ato anestésico... • Complicações para o paciente (atuação preventiva e curativa); • Efeitos dos fármacos e indicações de uso: influência direta no pós operatório Não existe um único fármaco capaz de promover todas as necessidades anestésicas de um paciente VISITA PRÉ OPERATÓRIA – MEDICAÇÃO PRÉ ANESTÉSICA Objetivos da administração de medicamentos pré-anestésicos: • Ansioliticos; • Sedação; • Analgesia; • Redução de secreções das vias aéreas; • Antieméticos; • Prevenção de respostas autonômicas (hipertensão, taquicardia, etc.); • Redução da necessidade de anestésicos; • Profilaxia de reações alérgicas; Medicamentos empregados: Classe Ex de medicamento Benzodiazepínicos Diazepam, midazolam Opiáceos Morfina Bloqueadores neuro musculares Pancurônio, atracurônio.. Antiácidos, protetores gástricos Ranitidina, omeprazol Monitorização contínua: oxigenação, ventilação, circulação, temperatura... ASA (AMERICAN SOCIETY OF ANESTESIOLOGY) Padrões básicos para a monitorização do paciente • Avaliação contínua da oxigenação; • Presença de anestesiologista na SO; • Ventilação; Circulação; Temperatura e ECG; • Acesso à via aérea, aspiração de vias; AVP ou CVC; Classificação do estado físico de acordo com a ASA. Classe da ASA Estágio da doença 1 Não há distúrbios orgânicos, fisiológicos, bioquímicos ou psiquiátricos. ‘ 2 Distúrbios sistêmicos, variados de discretos e moderados, que eventualmente não estão relacionados com o motivo da cirurgia. Ex: DM 3 Distúrbios sistêmicos graves que podem ou não estar relacionados com o motivo da cirurgia. Ex cirrose 4 Distúrbios sistêmicos graves com risco de vida, com ou sem cirurgia. 5 Paciente moribundo com pouca chance de sobrevivência, mas que é submetido a cirurgia como último recurso (esforço ressucitativo) 6 Paciente com morte cerebral cujo órgãos serão retirados para doação ESCALA DE MALLAMPATTI Avaliação para via aérea difícil - Prever a dificuldade de intubação traqueal • classe I: todas as estruturas são visualizadas, os pilares amigdalianos, a úvula, o palato duro e palato mole. • classe II são visualizados úvula, palatos duro e mole; • classe III somente os palatos duro e mole são visualizados. • classe IV somente o palato duro é visualizado. MAS O QUE SIGNIFICA CADA UM? Analgesia: é definida simplesmente como alívio da dor, sem afetar os níveis de consciência dos pacientes. As drogas capazes de produzir tais efeitos — os analgésicos — apenas provocam a ausência ou o amortecimento da dor sem alterar a consciência; Anestesia: cessação induzida da percepção dolorosa. Sedação: é a depressão também controlada da consciência, que torna o paciente um pouco menos consciente de si mesmo e do ambiente. Nesse estado, os pacientes podem estar sonolentos, mas não inconscientes. Não sentirão a dor, mas estarão cientes, embora confusamente, do que está acontecendo ao seu redor. ANESTESIA GERAL Inconsciência reversível do SNC, produzidapor fármacos, que determinarão graus variados de bloqueio sensorial, motor, reflexo e cognição; 5 elementos da boa anestesia: inconsciência, analgesia, amnésia, relaxamento muscular e controle de reflexos autonômicos • Inalatória • Intravenosa • Balanceada Pode ser divida em 3 fases: • 1° fase – indução: período desde a administração da medicação ate o inicio do procedimento cirúrgico. • 2° fase – manutenção: período do procedimento ate o fim do mesmo • 3° fase – reversão: Também chamado de emergência ou despertar; período de reversão da anestesia, paciente começa a acordar até quando ele já está pronto para deixar a SO.; Estágios ou profundidade: Planos de Guedel • Plano I (fase de analgesia e perda de consciência): administração de analgésico até a perda da consciência • Plano II (Fase de excitação ou delírio): perda de consciência e início padrão rítmico; • Plano III (Anestesia Cirúrgica); • Plano IV (Fase de Parada Respiratória): choque bulbar e morte I – INALATÓRIA • Fármacos anestésicos voláteis são administrados sob pressão • Estado de anestesia = agente inalado atinge a concentração adequada no cérebro • Resulta em anestesia, inconsciência e amnésia • Mais comumente utilizados: óxido nitroso e halogerados (halotano) Anestésicos Inalatórios: Anestésico absorvido pelos alvéolos e depois distribuída para os tecidos através da circulação pressão efetuada pelo vaporizador do equipamento de anestesia II – INTRAVENOSA • Anestésicos venosos não opioides: barbitúricos (tiopental); cetamina; propofol; benzodiazepínicos; • Anestésicos opioides: fentanil • Bloqueadores neuromusculares Tiopental: • Induzir ou manter a anestesia; • A dose varia de sedação à inconsciência Cetamina: • Age rapidamente no SNC • Intensa analgesia e amnésia Propofol • Aspecto leitoso • Poucas náuseas e vômitos Benzodiazepínicos • Sedativo, ansiolítico, anticonvulsivante Fentanil • Analgesia, sonolência, hipotermia, • Queda de débito urinário, náuseas e vômitos VANTAGENS E DESVANTAGENS Vantagens: • Indução, manutenção e despertar suaves, • Não exposição aos anestésicos voláteis, • Uso de droga com ação antiemética, • Estabilidade cardiorrespiratória • Mínimos efeitos colaterais Desvantagens • Custo, • Ausência de mensuração em tempo real das concentrações • Altos índices de apneia (não ideal para cirurgias em que se pretende manutenção da ventilação espontânea) Riscos relacionados a anestesia geral • Condições físicas dos pacientes, cirurgia, característica dos fármacos, técnica utilizada e a habilidade do anestesista. o Eventos adversos com relação a anestesia costumam acontecer ANESTESIA REGIONAL Perda reversível da sensibilidade em decorrência da administração de um agente anestésico para bloquear ou anestesiar a condução nervosa a uma extremidade ou região do corpo Meninges Nome no espaço Entre coluna/Crânio e Dura-máter Epidural/extradural Entre dura-máter e aracnóide Subdural Entre aracnóide e pia-máter Subaracnóide 1 – RAQUIDIANA • Anestésico local é injetado no espaço subaracnóideo e se mistura ao líquido cefalorraquidiano (LCR ou líquor) (SOBECC, 2013); • Contato direto com a medula espinhal; • Resultando em bloqueio simpático, motor, analgesia e insensibilidade a estímulos. • A punção raquidiana é feita entre L2-L3, L3- L4 ou L4-L5. INDICAÇÕES: cirurgias abaixo da cicatriz umbilical. Complicações • Cefaleia Pós-Raqui • Extravasamento de líquor através da punção espinhal; • Posição ortostática; • Tensão intracraniana nos vasos e nervos meníngeos na dura máter; • Pode durar até duas semanas; • Tratamento: repouso + hidratação 2 – PERIDURAL (EPIDURAL) Espaço subaracnóideo (1) – líquor Espaço peridural (2) – vasos, gordura e nervos Mais fácil entre L3 e L5, onde o espaço peridural é maior. Anestesia Peridural – espaço epidural: mais externo. Qualquer nível!! A escolha do nível da punção e do volume a ser injetado dependerá do procedimento cirúrgico realizado. O anestésico sofre inicialmente uma difusão no espaço, e posteriormente vai para outros locais, como o espaço subaracnóide. Após a difusão, o anestésico local se fixa ao tecido nervoso, bloqueando raízes nervosas intra e extradurais. Medicamentos empregados em anestesias raquidiana e peridural: • Lidocaína; • Bupivacaina; • Procaina; • Rapivacaina Vantagens: • Menor incidência de cefaleia • Bloqueios mais restritos • Utilização de cateter • Uso de cateter (anestesia peridural contínua) -> analgesia pós-operatória prolongada -> alívio da dor + restabelecimento do paciente Desvantagens: • Maior tempo de latência • Menor intensidade de bloqueio • Maior possibilidade de toxicidade pelo anestésico local (são utilizados em volumes maiores) • É mais complexa que a raquianestesia -> maior habilidade do anestesista. Peridural: atinge as raízes nervosas e a medula espinhal. Raquianestesia: difunde-se pelos forames intervertebrais. 3- BLOQUEIOS DE NERVOS PERIFÉRICOS Consiste na administração de um anestésico local, provocando perda de sensibilidade local. O início e a duração do bloqueio estão relacionados com o fármaco usado, sua concentração e seu volume • Ex: bloqueio do plexo braquial: envolve a anestesia de todo o braço • Bloqueio caudal: envolve anestesia de todo o abdome inferior, períneo-peridural ANESTESIA REGIONAL DO PLEXO BRAQUIAL ANESTESIA LOCAL Infiltração de um anestésico local, realizada pelo médico, que é responsável pela prescrição e administração de todas as drogas anestésicas na área a ser manipulada; Os anestésicos locais bloqueiam a condução de impulsos nos tecidos nervosos em virtude da afinidade que possuem por tal tecido, sendo essa ação reversível. A durabilidade depende do paciente, da dose, concentração e difusibilidade do fármaco; -> Lidocaína Tópica: via mucosa: oral, nasal, esofágica... Infiltrativa: via meio intra e/ou extracelular ESTAÇÃO DE ANESTESIA: Destinada à administração de gases e/ou vapores anestésicos, através de respiração espontânea ou controlada, manual ou mecânica. A - Seção de fluxo contínuo: Conexões de fontes de gases (oxigênio, óxido nitroso e ar comprimido) vaporizador. B - Sistema respiratório • Oferece mistura de gases e/ou vapores anestésicos • Renovação da fração expirada de gás carbônico • Aquecimento e umidade das vias aéreas C – Ventilador mecânico Finalidade da estação de anestesia: • Obter uma mistura gasosa de composição conhecida e de forma precisa; • Proporcionar fluxo controlado de O2, óxido nitroso, ar comprimido e gás anestésico sob pressão positiva; • Controlar o CO2 alveolar. RPA – ÁREA CRÍTICA • Mínimo 2 macas • Nº de macas = nº SC+1 (cirurgia alta complexidade a recuperação pode se dar na UTI) • Distância entre leitos = 0,8m • Distância entre leitos e parede (exceto cabeceira) = 0,6m - Todos os pacientes vão pra Rpa? Recebeu anestesia geral; Alterações severas de sinais vitais; se teve hemorragias, ou corre o risco de ter novamente; sofreu alguma intercorrência (erro) durante a cirurgia; Critério médico UNIDADE DE RECUPERAÇÃO PÓS- ANESTÉSICA Fase I: Fase de recuperação Imediata e cuidados de enfermagem intensivos. Monitorização frequente de pulso (a cada 15 minutos), do eletrocardiograma, F.R, P.A e oximetria de pulso Fase II: Pacientes que exigem menor frequência de observação e menos cuidados de enfermagem. Permanecem por um tempo máximo de 4-6 horas ou no mínimo de 1-2 h. Alivio da dor, recuperaçãodos reflexos e da consciência, normalização dos SSVV. ADMISSÃO DO PACIENTE NA RECUPERAÇÃO PÓS- ANESTÉSICA A enfermeira que admite o paciente na RPA precisa revisar as seguintes informações: ✓ O Diagnostico medico, tipo de cirurgia e a idade do paciente; ✓ Condições gerais, permeabilidade das vias aéreas e sinais vitais; ✓ Anestésicos e outros medicamentos utilizados; ✓ Quaisquer problemas ocorridos na sala de operação que possam influenciar o cuidado pós-operatório; ✓ Liquido Administrado, perda sanguínea estimada e reposição; ✓ Quaisquer tubos, drenos, cateteres ou outros dispositivos de apoio; ✓ Informações especificas sobre o que o cirurgião ou anestesista deseja que seja observado ✓ Receber e identificar o paciente; ✓ Verificar: SaO2, permeabilidade de vias aéreas, instalar nebulização Verificar sinais vitais: 15 em 15 na primeira hora, 30 em 30 na segunda e depois de hora em hora • Conter, se necessário; • Manter aquecido; • Verificar a consciência e reflexos • Observar a conexão de tubos, sondas, drenos; coloração... • Verificar a perfusão; hemorragia, sinais de choque; coloração da pele; • Avaliar respostas musculares; • Aplicar escalas de avaliação; • Registrar; checar os impressos; AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA DO PACIENTE ÍNDICE DE ALDRETE E KROULIK • Igual ou superior a 8: Seguro; • Pode ser aplicado a qualquer paciente (geral, regional...) • Determina o estado do paciente e o progresso do mesmo • Guia de registro • Apto para a alta da Rpa PÓS OPERATÓRIO IMEDIATO: • Dor • Laringite Pos-entubaçao; • Náuseas; • Vômitos; • Retenção Urinaria; • Flebite Pos-venoclise COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO • Respiratórias o Obstrução de vias aéreas o Laringoespasmo/ broncoespasmo • Cardiovascular o Hipotensão e hipovolemia Hipertensão e arritmias • Termorregulação o Hipotermia ou Hipertermia • Desorientação, confusão... • Náuseas, vômitos o bronca aspiração A DOR... Subjetiva, pode não ser verbalizada; relativa; avaliada na chegada na RPA e em intervalos frequentes. 1- Relato 2- estimulo doloroso 3- Sinais comportamentais (choro ou agitação...) 4- Indicadores fisiológicos (sinais vitais) • Tranquilização verbal; • Massagem • Analgesia quando necessária. • Troca de Curativo ou afrouxar; • Avaliar retenção de urina e/ou fezes; • Mudança de Decúbito; • Aplicar compressas; Tempo de permanência na RPA? • Depende do estado do paciente, da necessidade de receber maior cuidado e tratamento • Sinais vitais: PA, FR e Temp. estáveis. Alta do paciente da RPA? Além da estabilidade de sinais vitais, deve ter: o Retorno da consciência, dos reflexos protetores, ausência de náuseas e vômitos Além disso: o Manter saturação de oxigênio; orientado em T/E; ferida operatória sem sangramento ativo; dor controlada o Escore acima de 8 na escala de Aldrete Koulik; Sensibilidade cutânea em membros inferiores o Apresentar atividade e força muscular em MMSS e MMII; não apresentar retenção urinária ADMISSÃO NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO Repassar para a enfermeira da clínica: - Nome do paciente; - Tipo de anestesia e cirurgia realizada; - Intercorrências ocorridas na sala de operação, e na recuperação anestésica; - Informações relevantes quanto as sondas, drenos e cateteres; - Evolução do paciente no período de Rpa; - Necessidades pós-operatórias (oxigenoterapia, posicionamento e frequência de observações) - Administrar os medicamentos prescritos; - Observar e controlar eliminações; - Cuidados com o curativo; - Fazer higiene oral; - Estimular a movimentação e mudança de decúbito; - Promover conforto e segurança PÓS OPERATÓRIO MEDIATO: • Higienizar e Prestar Conforto; • Observar e anotar os aspectos da ferida operatória; • Controlar Sinais Vitais; • Estimular a deambulação precoce; • Observar o funcionamento de sondas, drenos e cateteres PÓS-OPERATÓRIO TARDIO Orientar o paciente para os exercícios que deverá realizar, conforme a cirurgia realizada; Orientar o paciente e a família sobre a alta hospitalar AULA 14 – FLUXO, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO CME A Central de Material e Esterilização (CME), é uma unidade de apoio técnico, consiste no serviço, que possa assegurar o controle, preparo e esterilização de artigos médicos hospitalares, assim como a distribuição de material estéril para todo o hospital, garantindo sua qualidade e contribuindo para a prevenção e controle da infecção hospitalar Todo EAS tem que ter CME -> deve existir quando houver centros cirúrgico, obstétrico e/ou ambulatorial, hemodinâmica, emergência de alta complexidade e urgência RESOLUÇÃO – RDC ANVISA N°15, DE 15 DE MARÇO DE 2012 Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências. A diretoria colegiada da agência nacional de vigilância sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 do regulamento aprovado pelo decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos 1° e 3° do art. 54 do regimento interno aprovado nos termos do anexo I da portaria n° 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto, em reunião realizada em 14 de março de 2012, adota a seguinte resolução da diretoria colegiada e eu, Diretor – Presidente, determino a sua publicação: Art.1° fica aprovado o regulamento técnico que estabelece os requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde, nos termos desta resolução. CME – CLASSE I é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não-críticos, semicríticos e críticos de conformação não complexa, passíveis de processamento. • XX – Produto para saúde de conformação não complexa: produtos para saúde cujas superfícies internas e externas podem ser atingidas por escovação durante o processo de limpeza e tenham diâmetros superiores a cinco milímetros nas estruturas tubulares CME – CLASSE II é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não críticos, semicríticos e críticos de conformação complexa e não complexa, passíveis de processamento • XIX – produto para saúde crítico de conformação complexa: produtos para saúde que possuam lúmen inferior a cinco milímetros ou com fundo cego, espaços infernos inacessíveis para fricção direta, reentrâncias ou válvulas. CLASSIFICAÇÃO DE SPAULDING Em 1968, o Dr. Spaulding desenvolveu abordagem racional para desinfecção e esterilização. • é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não críticos, semicríticos e críticos de conformação complexa e não complexa, passíveis de processamento artigos não críticos: são todos aqueles que entram em contato com a pele íntegra do paciente. • Ex: termômetro clínico, comadres, papagaios, etc... Artigos semi-críticos: são aqueles que entram em contato com mucosa e pele lesada • Ex: circuitos respiratórios, inaladores, nebulizadores, endoscópios, etc... Artigos críticos: são aqueles que penetram na pele e mucosa, sistema vascular e tecidos sub epiteliais. • Ex: instrumentais cirúrgicos. FLUXO ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO CME Os 3 tipos de funcionamento de uma CME: • 1° - descentralizada • 2° - semi-centralizada • 3° - centralizada Décadas de 40 e 50: a limpeza, preparo e armazenamento dos materiais utilizados na assistência, eram realizados pela equipe de Enfermagem na própria unidade de atendimento, ou seja, cada unidade (PS, UTI, Clínica Médica etc..) limpava e armazenava seus materiais e artigos, e mandava para esterilização. Exigência de um local único e apropriado para o processamentodos materiais e produtos, assim como pessoal mais bem qualificado ÁREA FÍSICA PLANEJADA Estrutura física: • Paredes: devem ser laváveis, resistentes, de cor clara, fácil limpeza e não podem ter nada que favoreça o acúmulo de sujidades, isso também serve para o piso. • Tetos e portas: materiais com superfície lisa, clara, lavável, sem dobradiças, cantos e saliências. • Na sala programada para realização da lavagem e descontaminação: bancadas devem possuir cubas fundas para evitar que aja a incidência de respingos no trabalhador, as torneiras devem ter disposição de água quente e fria, adaptações para que se possa realizar a limpeza dos tubos e artigos com lúmens e os balcões devem ser de aço inoxidável para que os materiais sejam depositados para secagem e separação. Art. 44 o CME classe I deve possuir, minimamente, os seguintes ambientes: I- Áreas de recepção e limpeza (setor sujo) II- Área de preparo e esterilização (setor limpo) III- Sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo) IV- Área de monitoramento do processo de esterilização (setor limpo) V- Área de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor limpo) Art. 47 o CME classe II e a empresa processadora devem possuir, minimamente, os seguintes ambientes: I- Sala de recepção e limpeza (setor sujo) II- Sala de preparo e esterilização (setor limpo) III- Sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo) IV- Área de monitoramento do processo de esterilização (setor limpo) V- Sala de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor limpo) Conjunto de elementos destinados a recepção (expurgo), preparo e esterilização, guarda e distribuição do material • Missão da CME: Fornecer material seguramente processado; • Garantir que os parâmetros pré- estabelecidos para o reprocessamento foram atingidos e que são reproduzíveis, conferindo segurança na prática utilizada; • Áreas devem ser separadas fisicamente para o desempenho das funções. Área física: • Área de Recepção e Expurgo (setor sujo); • Área de Preparo e Empacotamento do Material (setor limpo); • Área de Esterilização (setor limpo); • Área de guarda e Distribuição (setor limpo). O fluxo de trabalho deve ser contínuo sem que ocorra um cruzamento do material limpo com o sujo. Fluxo continuo e unidirecional, de materiais e pessoas! Setor sujo! área de lavagem e descontaminação: • Receber, conferir e anotar a quantidade e espécie do material recebido; • desinfetar e separar os materiais • verificar o estado de conservação do material • proceder a limpeza do material • encaminhar o material para área de preparo. recebimento limpeza preparo acondicioname nto esterilização armazenament o distribuição Limpeza sempre precede esterilização Importância: • Risco de Infecção de Patógenos que estão relacionados a transmissão pelo sangue; • Virus da Hepatite B, Virus da Hepatite C • HIV Materiais biológicos de Risco: • Sangue e Seus Derivados; • Sêmen; • Secreção Vaginal; • Fluidos orgânicos com sangue; • Líquor; • Leite Materno; • Liquido Pericárdico; • Liquido Sinovial; • Líquido Amniótico USO DE EPI’S É indispensável e obrigatório!! • De acordo com a sala/área; • Para a descarga de secadoras e termodesinfetadoras e carga e descarga de autoclaves é obrigatória a utilização de luvas de proteção térmica impermeável. • Na sala de recepção e limpeza, o protetor facial pode substituir o uso de máscara e óculos. • Quando não especificado, o equipamento de proteção deve ser compatível com o risco inerente à atividade. • Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades. O trabalhador do CME e da empresa processadora deve utilizar vestimenta privativa, touca e calçado fechado em todas as áreas técnicas e restritas. Áreas de preparo de materiais: Revisar e selecionar os materiais, verificando suas condições de conservação e limpeza; prepara, empacotar ou acondicionar os materiais e roupas a serem esterilizados. • Encaminhar o material para esterilização devidamente identificado. • Inspecionar, montar, acondicionar e identificar o material para ser esterilizado. Área de esterilização: Executar o processo de esterilização nas autoclaves, conforme instrução do fabricante. Observar os cuidados necessários com o carregamento e descarregamento das autoclaves. Fazer o controle microbiológico e de validade dos produtos esterilizados. Manter junto com o serviço de manutenção, os equipamentos em bom estado de conservação e uso. Área de armazenagem e distribuição de materiais e roupas esterilizadas: • Estocar o material esterilizado • Proceder à distribuição do material às unidades • Registrar saída do material Armazenagem: • “Todo material processado deve possuir local adequado para armazenagem de forma que não haja risco de recontaminação e que facilite a distribuição.” • Os produtos esterilizados devem ser armazenados em local limpo e seco (pouca umidade), sob proteção da luz solar direta. • O local de armazenagem dos materiais esterilizados deve ser na área de armazenamento somente, e nunca em outras áreas, como o expurgo ou sala de preparo • “O prazo de validade de esterilização está diretamente relacionado à qualidade da Separação do material Limpeza com detergentes enzimáticos desinfecção esterilização embalagem, da selagem, das condições de armazenagem e transporte” • Trânsito limitado de pessoas, manipulação mínima e cuidadosa; • Em cestos aramados, sem empilhamento, de forma a facilitar a identificação dos itens; • A embalagem é capaz de proteger o conteúdo esterilizado em condições de temperatura e umidades altas (Camila Quartim Bruna, 2010 - teses.usp.br). PRAZO DE VALIDADE DO PRODUTO Deve-se considerar: O método de esterilização, o tipo e a configuração dos artigos, o tipo de embalagem, o método de selagem, o local de guarda e a frequência de manipulação do pacote antes do uso. prazo estabelecido em cada instituição, baseado em um plano de avaliação da integridade das embalagens, fundamentado na resistência das embalagens, eventos relacionados ao seu manuseio (estocagem em gavetas, empilhamento de pacotes, dobras das embalagens), condições de umidade e temperatura, segurança da selagem e rotatividade do estoque armazenado. • Manuseie o mínimo possível os pacotes esterilizados • Guarde em gavetas, prateleiras fechadas ou caixas plásticas • Não sobrecarregue o compartimento para um pacote não danificar o outro. • Proteja as pontas dos instrumentos • Organize o arsenal de modo que seja lógico para quem o manipula • Estabeleça critérios para guarda colocando sempre o mais novo numa posição mais remota, para facilitar que o mais antigo seja utilizado em primeiro lugar • Separe os pacotes com embalagem secundária com maior prazo de validade • Coloque na posição de acesso mais fácil os kits que são utilizados com maior frequência • Lembre-se de colocar a data de esterilização e o prazo de validade. No momento da utilização certifique-se: • Aprovação do indicador químico de processo; • Integridade do pacote; • Validade do prazo; • Ausência de ferrugem no pacote. Transporte do Artigo: O transporte de produtos para saúde processados deve ser feito em recipientes fechados e em condições que garantam a manutenção da identificação e a integridadeda embalagem E O ENFERMEIRO NA CME? • Coordenação do setor; Previsão e provisão de materiais para as unidades consumidoras; • Elaborar relatórios mensais de custo e produtividade; • Planejar e fazer o orçamento da CME com antecedência de 4 a 6 meses; • Elaborar e atualizar o manual de normas, rotinas e procedimentos da CME e disponibilizar para os colaboradores; Desenvolver pesquisas e trabalhos de cunho científico para o crescimento das boas práticas de Enfermagem, participar e colaborar para o andamento destes; • Se manter atualizado conforme as técnicas e ciências relacionados ao controle de infecção hospitalar; estar atualizado em relação aos procedimentos que englobem os processamentos realizados na CME; Participar de comissões institucionais que interfiram na dinâmica de trabalho da CME. Enfermeiro deve realizar treinamento! • Ergonomia • Equipamento de proteção individual (EPI) • Descarte de materiais • Preparação para situação de emergências e catástrofes • Riscos elétricos e de incêndio • Líquidos voláteis • Estresse e Burnout FALHAS ÉTICAS NA CME! • Imprudência: não se atentar e entregar uma caixa não esterilizada, por exemplo • Imperícia: Não esterilizou o material porque não sabia manusear a autoclave • Negligência: Deixar de atender as solicitações de material do CC, mesmo possuindo o material, mapa de risco, equipamento, etc E PRECISO MONITORAR A ESTERILIZAÇÃO? MÉTODOS DE VALIDAÇÃO DOS PROCESSOS 1. Conferir segurança ao processo 2. Reduzir taxas de infecção do sitio cirúrgico 3. Agregar credibilidade à instituição “um programa de controle da esterilização, incluindo métodos físicos, químicos e biológicos deve ser utilizado para demonstrar a eficiência do processo” MAS O QUE É A VALIDAÇÃO DO PROCESSO! a validação dos processos de esterilização de materiais hospitalares é definida como o estabelecimento de evidência documentada de um processo que, com alto grau de segurança, produzirá consistentemente um produto que atenda à especificação predeterminada e aos atributos de qualidade (Food and Drug Administration - FDA) a qualificação constitui parte da validação e pode ser dividida em quatro estágios: 1. Qualificação do projeto 2. Da instalação 3. Da operação 4. Desempenho do equipamento Usados em conjunto! INDICADORES FÍSICOS • Temperatura • Tempo • Vapor INDICADOR QUÍMICO Dispositivos usados para monitorar a presença ou alcance de um ou mais parâmetros requeridos para um processo de esterilização satisfatório ou para uso em testes específicos de equipamentos de esterilização Classe 1: indicador de processo • Indicam materiais processados e os diferenciam dos processados. São indicadores externos. Classe 2: teste de Bowie e Dick indicadores para uso em ensaios específicos, destinam-se ao uso em processamentos de ensaio específicos conforme normas relevantes para esterilizador/esterilização. Testa a eficácia do sistema de vácuo da autoclave pré-vácuo. Uso diário no 1° ciclo, sem carga, a 134°C por 3,5 a 4 min sem secagem: • Monitorar a performance da bomba de vácuo, detectar a presença de ar residual, mensurar a penetração do vapor. • Excesso de aquecimento ou tempo prolongado de exposição. o Presença de vapor muito úmido dentro da câmara o Presença de gases não condensáveis o Vazamento colocar a folha/teste numa autoclave com a câmara vazia e correr um ciclo (1º ciclo do dia), conforme recomendação, 134ºC durante 3 a 3,5 minutos. Durante o processamento o ciclo deverá remover ou deslocar o ar de dentro da barreira, e substituí-lo por vapor ao longo do pacote. A alteração uniforme de azul para rosa indica a penetração de vapor adequada; Simula pacotes de 7kg de carga com as seguintes características: • Campos regulares 100% algodão 90 cm x120 cm, algodão com 57 fios; • Dobrar em 3 vezes em meia; • Colocar um sobre o outro e no centro da pilha colocar uma folha teste de BD Condições de teste: • Cada dia que o esterilizador é usado • Após ciclo de aquecimento • Antes do primeiro ciclo com carga • Pacote teste na câmara vazia, sobre o dreno 10 a 20cm acima • 134°C – 3,5 minutos – máximo de 4 minutos, sem secagem • Não recomendado para autoclaves gravitacionais Se resultado apresentar falha: repetir o teste. Se persistir, parar o equipamento acionar a manutenção. Fazer novo teste. Em grandes reparos: realizar a qualificação de desempenho – 03 testes consecutivos Classe 3: indicador único parâmetro • Controla um único parâmetro: a temperatura pré-estabelecida Classe 4: indicador multi parâmetro Dois ou mais parâmetros críticos -> controla a temperatura e o tempo necessário para o processo Classe 5: indicadores integradores controla temperatura, tempo e qualidade do vapor. Reagem com todos os parâmetros Classe 6: indicadores emuladores Integrador mais preciso por oferecer margem de segurança maior. Reage quando 95% do ciclo é concluído. Um indicador Classe 5 responde a todos os parâmetros de esterilização, dentro de uma faixa específica de temperatura de esterilização, e seu desempenho é comparado à inativação de um microrganismo de teste. RESUMO INDICADORES QUÍMICOS • Classe 1: Tiras impregnadas com tinta termo-química que muda de coloração quando exposto a temperatura. • Classe 2: Teste de Bowie & Dick testa a eficácia do sistema de vácuo da autoclave pré-vácuo. Uso diário no 1° ciclo, sem carga, a 134°C por 3,5 a 4 minutos sem secagem. • Classe 3: Controla um único parâmetro: a temperatura pré-estabelecida. • Classe 4: indicador multiparâmetro: controla a temperatura e o tempo necessário para o processo • Classe 5: integrador: controla temperatura, tempo e qualidade do vapor • Classe 6: intervalo de confiança que classe 5 INDICADOR BIOLÓGICO “preparado padronizado contendo microrganismos vivos e viáveis, reconhecidamente resistentes ao método de esterilização a ser monitorado, e tem por objetivo demonstra se as condições do esterilizador estão adequadas para produzir a esterilização” Microrganismos com capacidade de reprodução: estão vivos viáveis Microrganismos que perderam sua capacidade de reprodução: estão mortos não viáveis Este indicador consiste em uma preparação padronizada de esporos bacterianos em suspensões que contém em torno de 106 esporos por unidade de papel. Os microrganismos utilizados são de acordo com o processo de esterilização avaliado (APECIH, 1998): • autoclave a vapor: B. stearothermophilus; • calor seco: B. subtilis var. niger; • autoclave a óxido de etileno: B. subtilis var. niger; • plasma de peróxido de hidrogênio: B. subtilis var. niger; • radiação gama: Bacillus pumilus; CLASSIFICAÇÃO DOS INDICADORES BIOLÓGICOS • primeira geração: tiras de papel inoculadas com esporos. o (antes de 1970) o Acondicionado em envelope de papel o 7 dias • Segunda geração o Tiras de papel inoculadas com esporos o Auto-contidas com meio de cultura o 48 horas • Terceira geração o Tiras de papel inoculadas com esporos o Auto-contidas com meios de cultura o Baseada em identificação de enzimas o 3 horas no processo de esterilização dos produtos para saúde implantáveis, deve ser adicionado um indicador biológico a cada carga e o produto só deve ser liberado para uso após o resultado negativo do indicador biológico. AULA 15 – PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO as técnicas padronizadas, assegurando melhor qualidade, redução de riscos e otimização do tempo • O que for de uso único, não se reprocessa. CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS, SEGUNDO SPAUULDING Artigos não críticos:são todos aqueles que entram em contato com a pele íntegra do paciente. Ex: termômetro clínico, comadres, papagaios, etc... • Limpeza – desinfecção de baio nível. Artigos semi-críticos: são aqueles que entram em contato com mucosas e pele lesada. Ex: circuitos respiratórios, inaladores, nebulizadores, endoscópios, etc. • Desinfecção – alto nível Artigos críticos: são aqueles que penetram na pele e mucosas, sistema vascular e tecidos sub epiteliais. Ex: instrumentais cirúrgicos • Esterilização LIMPEZA Ação mecânica e soluções adequadas: • Aumenta a eficiência da limpeza • Processo de desinfecção esterilização eficaz • Eliminação de microrganismos ao final do processo • Aumenta o contato do agente esterilizante ou desinfetante com o artigo • Aumenta a vida útil dos artigos • Consiste na remoção de sujidade visível • Contribui para redução da carga microbiana Manualmente Equipamentos (Lavadoras) Deve preceder a desinfecção e a esterilização. Manual: Remoção de sujidades por meio de fricção aplicada sobre uma superfície utilizando detergente, escova, água e dispositivo de limpeza para materiais canulados. Automatizada: Remoção de sujidades por meio de ação física (jato d´água) e química (detergente). • Lavadora Ultra-Sônica - ação combinada da energia mecânica (vibração sonora), térmica (temperatura entre 50° e 55°C) e química (detergente). • Lavadora Termodesinfectadora: jatos de água e turbilhonamento, associados a ação de detergentes. A desinfecção se dá por meio de ação térmica ou termoquímica. DETERGENTE ENZIMÁTICOS Finalidade: facilitar a remoção de sujidades, desde gorduras até sujeiras que estão impregnadas nos artigos. Características: não causam danos por corrosão, são atóxicos, baixa produção de espuma, PH neutro, ação instantânea, fácil enxague, compatibilidade com artigos, biodegradáveis e de fácil manipulação. • Média: 5 minutos; • Indicação: limpeza manual e automatizada. Do que é composto o enzimático? • Surfactantes: diminuem a tensão superficial da água e facilitam a suspensão de partículas insolúveis • Solubilizantes: agentes alcalinos que ajudam a remover gorduras • Enzimas: moléculas proteicas que catalisam reações químicas Promove a remoção da matéria orgânica em curto período de tempo através da ação de enzimas que decompõe o sangue e fluídos corporais aderidos aos artigos, facilitando sua remoção. Facilita a limpeza de locais de difícil acesso ou lúmen estreito. Seu uso não substitui a fricção dos artigos durante o processo de limpeza. Resíduos desse produto pode provocar eventos adversos ao paciente caso não sejam adequadamente removidos. Os materiais não devem ficar expostos a solução de enzimático por tempo prolongado, pelo fato dessa solução tornar-se substrato para as bactérias, após esse período, propiciando um aumento da contaminação dos artigos. Verificar o modo de diluição, o prazo de validade após a diluição, o tempo de imersão e o método de utilização do produto, conforme recomendações do fabricante; A troca da solução deve ser feita conforme orientação do fabricante, privilegiar o uso de recipientes que evitem gasto excessivo do produto; A solução de enzimático deve ser identificada com nome do produto utilizado, data e horário do preparo, data e horário da validade da solução e nome do funcionário que preparou LIMPEZA DE ARTIGOS • Iniciar limpeza o quanto antes; • Separar os artigos; • Desmontar material, suas articulações devem permanecer abertas dentro da solução enzimática; • Acessórios / equipamentos; • Enxágue com água; • Secagem dos artigos de maneira completa! • Inspeção rigorosa; Desmontar para limpar e para esterilizar • Tempo • Técnica LIMPEZA DE ARTIGOS COMPLEXOS FLUXOGRAMA DE RECEBIMENTO E LIMPEZA MANUAL DE MATERIAIS NO EXPURGO DO CME • Receber o material no expurgo do CME através de requisição • Separar o material de inaloterapia e instrumentais • Colocar na solução enzimática • Escovar, enxaguar e realizar a inspeção visual de limpeza e secar • Encaminhar para o preparo DESINFECÇÃO DE ARTIGOS “É o processo de eliminação e destruição de micro-organismos, patogênicos ou não, em sua forma vegetativa, que estejam presentes nos artigos e objetos inanimados, mediante a aplicação de agentes físicos ou químicos, chamados desinfectantes ou germicidas, capazes de destruir esses agentes em um intervalo de tempo operacional de 10 a 30 minutos.” (BRASIL, 2001) TIPOS DE DESINFECÇÃO • Físico: ação térmica. Ex: lavadora termodesinfectadora, pasteurizador, lavadoras de descarga • Químicos: desinfetantes químicos • Físico-Químicos: associam agente químicos e parâmetros físicos em processos automatizados. Ex: água eletrolisada DESINFECÇÃO FÍSICA Vantagens: • Realiza desinfecção de maior nível • Permite padronização e reprodutividade do procedimento • Favorece monitoração e registro do processo • Minimiza erros humanos, não deixa resíduos no material • Não tóxica para o paciente ou meio ambiente • Baixo risco ocupacional, baixo custo operacional LAVADORAS TERMODESINFECTADORAS Limpeza e desinfecção de uma gama de materiais. • Agem por meio de jatos de água sob pressão e turbilhonamento. o Associados a detergentes não espumantes • Pré-lavagem e lavagem (jatos de água fria ou morna com detergente) • Enxague • Desinfecção térmica: água quente ou vapor • Secagem NÍVEIS DE DESINFECÇÃO Desinfecção de alto nível: exceto bactérias esporuladas – alguns esporos • Ácido perácetico, glutaraldeido • Destrói todos os microrganismos • Exceto um n° elevado de esporos bacterianos. Desinfecção de nível intermediário: vírus, bactérias (vegetativas), fungos, bacilos de tuberculose • Álcool 70% hipoclorito de sódio 1° • Elimina bactérias vegetativas, micobactérias, maioria dos vírus e fungos. Desinfecção de baixo nível: bactérias (vegetativas), vírus não lipídicos • itens não críticos e superfícies “pelo menos” • Hipoclorito de sódio 0,025% • Elimina bactérias vegetativas, alguns vírus e fungos • Exceto micobactérias ou esporos bacterianos QUAL PRODUTO DEVO ESCOLHER? • A forma de utilização do produto interfere na seleção do desinfetante; • Para o registro dos germicidas são necessários laudos de ação microbicida com metodologia padronizada realizados em laboratórios confiáveis; • inspecionados previamente, visando a segurança do paciente e do profissional que irá utilizá-lo. • A escolha do desinfetante deve considerar poder de corrosão, custo, facilidade de uso, dentre outros – laudo de aprovação dos fabricantes; • Presença matéria orgânica no material a ser processado pode interferir na ação do desinfetante • Biofilme: Dificultam o processamento eficiente e representam desafio no reúso de materiais – tolerantes a desinfetantes CARACTERÍSTICA DE UM DESINFETANTE IDEAL • Largo espectro de ação • Ação rápida • Pouco afetado por condições ambientais • Não ser inativado por matéria orgânica • Compatível com detergentes • Fácil de utilizar • Baixo nível de odor • Estável • Monitorável • Inúcuo ao meio ambiente • Econômico Aldeídos: Glutaraldeido A solução de glutaraldeido em concentração maior a 2% -> ativada contra bactérias vegetativas, micobactérias de tuberculose, fungos e vírus, esporos de bacillus sp. E clostridium. • Desvantagens: fixa matéria orgânica nos materiais, tóxico para pacientes, profissionais e meio ambiente Formaldeído As soluções a base de formaldeído têm espectro de ação
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