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ANALISE_ECONOMICO_FINANCEIRA_COM_ELABORA

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UniSALESIANO 
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium 
Curso de Ciências Contábeis 
 
 
 
 
 
Caroline Aparecida Camaçari Ribeiro 
Priscila Cintra 
Tamiris Honório Lemos 
 
 
 
 
ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA COM 
ELABORAÇÃO DOS DEMONSTRATIVOS 
CONTÁBEIS 
Pé Direito Acabamentos e Construção 
Promissão – SP 
 
 
 
 
 
 
 
LINS – SP 
2016
CAROLINE APARECIDA CAMAÇARI RIBEIRO 
PRISCILA CINTRA 
TAMIRIS HONÓRIO LEMOS 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA COM ELABORAÇÃO DOS 
DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Banca Examinadora do 
Centro Universitário Católico Salesiano 
Auxilium, curso de Ciências Contábeis, 
sob a orientação do Prof. Me. Irso Tófoli e 
orientação técnica da Profª Esp. Érica 
Cristiane dos Santos Campaner. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINS - SP 
2016 
 
 
Ribeiro, Caroline Aparecida Camaçari; Cintra, Priscila; Lemos, 
Tamiris Honório. 
Análise econômico-financeira com elaboração dos 
demonstrativos contábeis: Pé Direito Acabamentos e Construção / 
Caroline Aparecida Camaçari Ribeiro; Priscila Cintra; Tamiris Honório 
Lemos. – – Lins, 2016. 
87p. il. 31cm. 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico 
Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em 
Ciências Contábeis, 2016. 
Orientadores: Irso Tófoli; Érica Cristiane dos Santos Campaner. 
 
1. Análise Financeira. 2. Demonstrações Contábeis. 3. 
Indicadores Financeiros. 4. Tomada de Decisão. I Título. 
 
CDU 657 
 
R368a 
CAROLINE APARECIDA CAMAÇARI RIBEIRO 
PRISCILA CINTRA 
TAMIRIS HONÓRIO LEMOS 
 
 
 
ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA COM ELABORAÇÃO DOS 
DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS 
 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, 
para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. 
 
 
Aprovada em: _____/______/_____ 
 
Banca Examinadora: 
 
Prof. Orientador: Me. Irso Tófoli 
Titulação: Mestre em Administração pela CNEC – FACECA - MG 
 
Assinatura: _________________________________ 
 
1º Prof.: Euclides Reame Junior 
Titulação: Mestre em Engenharia da Produção pela Escola de Engenharia de 
São Carlos - USP 
 
Assinatura: _________________________________ 
 
2º Profª: Rosiane Cristina Sozzo Gouvêa 
Titulação: Mestra em Contabilidade Avançada pela Universidade de Marília - 
UNIMAR 
Assinatura: _________________________________ 
Agradeço primeiramente a Deus e Nossa Senhora por sempre estarem 
ao meu lado, guiando-me, dando-me forças, e me levantando todas as vezes 
que cai, por me ajudarem a enfrentar todas as dificuldades que tive no decorrer 
destes 4 anos, por ter me concedido a realização desde sonhos. “Que até aqui 
sua mão me sustentou”. Obrigada Pai e Mãe do céu. 
Aos meus pais Zemilda e Joaquim por todo esforço e sacrifício que 
fizeram para que eu conseguisse cursar essa faculdade, por toda força e 
conselhos nas horas difíceis, por me segurarem quando cai me dando o apoio 
necessário para me levantar. A vocês toda minha gratidão. 
A minha irmã Maria Gabriela por todo o apoio, ao namorado William por 
sempre estar do meu lado me apoiando e dando força para que eu não 
desistisse. 
A todos os meus amigos e em especial as amigas e parceiras deste 
trabalho Priscila e Tamiris que fizeram parte da minha formação me ajudando 
em todos os momentos de dúvidas e dificuldade. 
Aos Professores: Rosiane Sozzo Gouveia, Irso Tófoli, Ricardo Santos, 
Andre Santos e Rogério Canuto, por terem me amparado no momento em que 
mais precisei e fizeram de tudo para que eu não desistisse, sou muito grata á 
vocês por tudo. Ao professor Irso Tófoli, pela orientação, apoio e confiança. 
A todos o meu muito obrigada. 
 
Caroline Aparecida Camaçari Ribeiro 
Dedico este trabalho em primeiro lugar а Deus ao qual durante toda a 
trajetória iluminou mеυ caminho, me sustentou e me deu coragem para a 
realização deste sonho. Aos meus pais, Carlos e Lucinéia Cintra, por sempre 
acreditarem em mim e não medirem esforços para tornar possível a minha 
graduação. A minha irmã, Jéssica, que aturou com paciência toda minha 
bagunça com papelada e livros neste último ano. Ao meu namorado, que 
sempre me apoiou e incentivou. Aos meus amigos e principalmente as minhas 
companheiras de TCC, Caroline e Tamiris, que com sua dedicação e esforço 
tornaram a realização deste trabalho possível. 
 
Priscila Cintra 
 
Dedico esse trabalho, primeiramente a Deus, pois Ele é o grande 
responsável por eu ter chegado até aqui. Por ter me concedido sabedoria, 
saúde, disposição e por sempre me levar a fazer o meu melhor ao longo desta 
jornada. É com muita gratidão que concluo mais essa etapa da minha vida. 
Aos meus familiares que sempre acreditaram em mim e não me 
deixaram desanimar perante os momentos difíceis. Em especial a minha mãe 
Teresa que sempre me apoiou e esteve pronta para me ajudar no que fosse 
preciso. Ao meu pai André (in memoriam) que partiu antes da conclusão dessa 
etapa da minha vida, mas que com certeza se orgulhou de mim. E a minha avó 
Cida, que sempre me ajudou com seus valiosos conselhos. 
Ao meu querido noivo, e melhor amigo, Vinícius, que sempre esteve 
presente me incentivando e não me deixando desistir. Obrigada pela infinita 
paciência, você trouxe a calmaria nos momentos em que me desesperei. 
Obrigada por sempre acreditar em mim. 
Aos professores que nos passaram tanto conhecimento, nos ensinando 
e motivando a sermos grandes profissionais. Em especial, ao querido 
orientador, Irso Tófoli, que sempre esteve disposto a nos auxiliar. Agradeço por 
ter acreditado no nosso potencial, por todo o incentivo e paciência durante toda 
a orientação. 
As minhas companheiras de grupo Caroline e Priscila, pela amizade 
construída ao longo desses anos. Obrigada por todo o esforço, dedicação e 
paciência na realização desse trabalho. 
Obrigada a todos! 
 
Tamiris Honório Lemos 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
Agradecemos primeiramente a Deus, pois sem Ele não conseguiríamos 
concluir mais esta etapa das nossas vidas. 
Aos nossos pais, por toda contribuição e incentivo para a realização 
deste sonho. 
À empresa Pé Direito Acabamentos e Construção, que desde o início 
nos recebeu de portas abertas, nos fornecendo todas as informações 
necessárias e precisas para a realização desse trabalho. 
À esta instituição e seu corpo docente que compartilharam 
conhecimento e experiências durante esses quatro anos de curso. 
Aos professores da banca examinadora pela contribuição a este 
trabalho. 
Em especial ao nosso querido orientador, Prof. Me. Irso Tófoli, com sua 
competência e carinho se prontificou a nos ajudar, não medido esforços para 
concluirmos esse trabalho. 
 À professora Profª Esp. Érica Cristiane dos Santos Campaner, que 
sempre se colocou a total disposição para nos ajudar no que fosse preciso. 
 Aos colegas de sala, pelas experiências trocadas e pelos momentos de 
alegria que compartilhamos durante esses anos. 
 
Caroline, Priscila e Tamiris 
RESUMO 
 
 
Em tempos onde a recessão econômica está crescendo em nosso país 
e com a competitividade entre as empresas cada vez mais acirrada, os 
gestores buscam por mecanismos que auxiliem na tomada de decisão de modo 
que não haja falhas que comprometam o futuro da organização, realizando 
avaliações periódicas. A Análise Financeira é uma ferramenta que proporciona 
uma avaliação constante dos negócios, possibilitando uma maior visão e 
permitindo a antecipação de cenários para planejar suas atividades, com isto, 
poderão tomar medidas corretivas, se assim for necessário. Através dos 
indicadores financeiros, é possível conhecer a real situação da empresa, saber 
se a empresa está lucrando ou não, e quais as suas deficiências e qualidades. 
Este trabalho teve como objetivo conhecer a importância da análise 
econômico-financeira em tempos de recessão econômica, para uma melhor 
gestão da empresa,em uma empresa do ramo da construção civil, na cidade 
de Promissão, SP. Para atingir os objetivos propostos, foi realizada uma 
revisão da literatura sobre o assunto abordado, e após o estudo bibliográfico, 
foi desenvolvida a pesquisa de campo com elaboração das demonstrações 
contábeis e aplicação da Análise Financeira Tradicional, Necessidade de 
Capital de Giro e Esquema Margem X Giro. Através da pesquisa realizada, 
comprovou-se que uma análise, com base em informações precisas, possibilita 
conhecer a saúde financeira da empresa proporcionando decisões mais 
acertadas. 
 
Palavras-chave: Análise financeira. Demonstrações contábeis. Indicadores 
financeiros. Tomada de decisão. 
ABSTRACT 
 
 
In times where the economic recession are growing in our country and 
the competitiveness between the companies increasingly fierce. The managers 
seek for mechanisms to assist in decision making so that there are no flaws that 
compromise the future of the organization, conducting periodic 
assessments.The Financial Analysis is a tool that provides a constant 
assessment of the business, making able increase the vision and allowing the 
anticipation of scenarios to plan their activities, this may take corrective 
measures, if so required. Through its financial indicators, it is possible to know 
the real situation of the company, whether the company is making money or 
not, and what its shortcomings and qualities. This study aimed to know the 
importance of economic and financial analysis in times of economic recession, 
for better management of the company, in a company of the construction 
industry in the city of Promissão, SP. To achieve the proposed objectives, a 
review of literature on the subject matter was held, and after the bibliographical 
study, field research was conducted with the preparation of financial statements 
and application of the Financial Analysis Traditional, Working Capital 
Requirement and Scheme Margin X Giro. Through the survey, it was found that 
an analysis based on accurate information possible to know the financial health 
of the company providing better decisions. 
 
Keywords: Financial analysis. Accounting statements. Financial indicators. 
Decision making. 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 Fachada da empresa .......................................................................... 19 
Figura 2: Estrutura organizacional .................................................................... 22 
Figura 3: Balanço Patrimonial ........................................................................... 29 
Figura 4: Demonstração do Resultado do Exercício ......................................... 30 
Figura 5: Cálculo Análise Vertical ..................................................................... 31 
Figura 6: Cálculo Análise Horizontal ................................................................. 32 
Figura 7: Balanço Patrimonial ........................................................................... 56 
Figura 8: Demonstração do Resultado do Exercício ......................................... 56 
Figura 9: Índices de Liquidez ............................................................................ 57 
Figura 10: Índices de Estrutura de Capital ........................................................ 60 
Figura 11: Índices de atividades ....................................................................... 62 
Figura 12: Giros ................................................................................................ 63 
Figura 13: Ciclo Operacional............................................................................. 64 
Figura 14: Ciclo Financeiro ............................................................................... 65 
Figura 15: Índices de Lucratividade e Rentabilidade ........................................ 66 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 - Cálculo do Saldo de Tesouraria. ..................................................... 69 
Quadro 2 - Taxa de Retorno sobre Investimento .............................................. 70 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
file:///G:/FACULDADE/2016/TCC/TCC/TCC.docx%23_Toc464040296
file:///G:/FACULDADE/2016/TCC/TCC/TCC.docx%23_Toc464040298
file:///G:/FACULDADE/2016/TCC/TCC/TCC.docx%23_Toc464040299
file:///G:/FACULDADE/2016/TCC/TCC/TCC.docx%23_Toc464040300
file:///G:/FACULDADE/2016/TCC/TCC/TCC.docx%23_Toc464040301
file:///G:/FACULDADE/2016/TCC/TCC/TCC.docx%23_Toc464040306
file:///G:/FACULDADE/2016/TCC/TCC/TCC.docx%23_Toc464040307
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
AC: Ativo Circulante 
ACF: Ativo Circulante Financeiro 
ACO: Ativo Circulante Operacional 
AH: Análise Horizontal 
AHa: Análise Horizontal sobre o Ano Anterior 
AHb: Análise Horizontal sobre o Ano Base 
ANC: Ativo Não Circulante 
AV: Análise Vertical 
CE: Composição do Endividamento 
CGL: Capital de Giro Líquido 
CGP: Capital de Giro Próprio 
CMPC: Custo Médio Ponderado de Capital 
DRE: Demonstração do Resultado do Exercício 
GA: Giro do Ativo 
GCR: Giro de Contas a Receber 
GE: Giro de Estoques 
GF: Giro de Fornecedores 
GI: Giro do Imobilizado 
IECP: Índice de Endividamento de Curto Prazo 
IEG: Índice de Endividamento Geral 
IIPL: Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido 
IIRñC: Índice de Imobilização de Recursos não Correntes 
ILC: Índice de Liquidez Corrente 
ILG: Índice de Liquidez Geral 
ILI: Índice de Liquidez Imediata 
ILS: Índice de Liquidez Seca 
IPCT: Índice de Participação de Capital de Terceiros 
LL: Lucro Líquido 
MB: Margem Bruta 
PL: Patrimônio Líquido 
MOP: Margem Operacional 
NCG: Necessidade de Capital de Giro 
PC: Passivo Circulante 
PCF: Passivo Circulante Financeiro 
PCO: Passivo Circulante Operacional 
PELP: Passivo Exigível a Longo Prazo 
PL: Patrimônio Líquido 
PMPC: Prazo Médio de Pagamento de Compras 
PMRE: Prazo Médio de Renovação de Estoques 
PMRV: Prazo Médio de Recebimento de Vendas 
PNC: Passivo Não Circulante 
ROA: Retorno sobre o Ativo Total 
ROE: Return On Equity (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) 
ROI: Retorno Sobre o Investimento 
RSPL: Retorno sobre o Patrimônio Líquido 
ST: Saldo de Tesouraria 
VEA: Valor Econômico Agregado 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 17 
 
CAPÍTULO I – PÉ DIREITO ACABAMENTOS E CONSTRUÇÃO .................. 19 
1 EMPRESA ........................................................................................... 19 
1.1 Evolução histórica ................................................................................ 19 
1.2 Missão, vocação, valores e visão ......................................................... 21 
1.2.1 Missão .................................................................................................. 21 
1.2.2 Vocação ............................................................................................... 21 
1.2.3 Valores ................................................................................................. 21 
1.2.4 Visão .................................................................................................... 21 
1.2.5 Visão futura .......................................................................................... 22 
1.3 Estrutura organizacional ....................................................................... 22 
1.4 Produtos ............................................................................................... 23 
1.5 Clientes ................................................................................................ 24 
1.6 Fornecedores ....................................................................................... 24 
1.7 Concorrência ........................................................................................ 25 
1.8 Propaganda .......................................................................................... 25 
1.9 Responsabilidade social .......................................................................26 
2 PERSPECTIVAS.................................................................................. 26 
 
CAPÍTULO II - ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA ................................... 27 
1 CONCEITO DA ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA ..................... 27 
1.1 A importância da análise econômico-financeira ................................... 27 
2 ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ...................... 28 
2.1 Balanço Patrimonial ............................................................................. 28 
2.2 Demonstração do Resultado do Exercício ........................................... 30 
3 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL ............................................... 31 
3.1 Análise Vertical .................................................................................... 31 
3.2 Análise Horizontal ................................................................................ 32 
4 INDICADORES FINANCEIROS .......................................................... 33 
4.1 Índices de Liquidez............................................................................... 33 
4.1.1 Índice de Liquidez Geral ....................................................................... 34 
4.1.2 Índice de Liquidez Corrente ................................................................. 34 
4.1.3 Índice de Liquidez Imediata .................................................................. 35 
4.1.4 Índice de Liquidez Seca ....................................................................... 35 
4.1.5 Capital de Giro Líquido ......................................................................... 36 
4.1.6 Capital de Giro Próprio ......................................................................... 36 
4.2 Índices de Estrutura de Capital ............................................................ 37 
4.2.1 Índice de Participação de Capital de Terceiros .................................... 37 
4.2.2 Índice de Endividamento Geral ............................................................ 38 
4.2.3 Índice de Endividamento de Curto Prazo ............................................. 38 
4.2.4 Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido ...................................... 39 
4.2.5 Índice de Imobilização de Recursos não Correntes ............................. 39 
4.2.6 Composição do Endividamento ............................................................ 40 
4.3 Índices de Atividades ........................................................................... 40 
4.3.1 Prazo Médio de Renovação de Estoques ............................................ 41 
4.3.2 Prazo Médio de Recebimento de Vendas ............................................ 41 
4.3.3 Prazo Médio de Pagamento das Compras ........................................... 42 
4.3.4 Ciclo Operacional ................................................................................. 42 
4.3.5 Ciclo Financeiro ................................................................................... 42 
4.3.6 Giro de Estoques ................................................................................. 43 
4.3.7 Giro de Conta a Receber ..................................................................... 43 
4.3.8 Giro de Fornecedores .......................................................................... 44 
4.3.9 Giro do Ativo ........................................................................................ 44 
4.3.10 Giro do Imobilizado .............................................................................. 45 
4.4 Índice de Lucratividade e Rentabilidade ............................................... 45 
4.4.1 Rentabilidade das Vendas ................................................................... 45 
4.4.1.1 Margem Bruta ....................................................................................... 46 
4.4.1.2 Margem Operacional............................................................................. 46 
4.4.1.3 Margem Líquida .................................................................................... 46 
4.4.2 Retorno sobre o Ativo Total .................................................................. 47 
4.4.3 Retorno sobre o Patrimônio Líquido ..................................................... 47 
4.5 Capital de Giro ..................................................................................... 48 
4.6 Necessidade de Investimento de Capital de Giro ................................ 48 
4.7 Saldo em Tesouraria ............................................................................ 49 
4.8 Efeito Tesoura ...................................................................................... 50 
4.9 Retorno Sobre o Investimento .............................................................. 50 
4.10 Custo Médio Ponderado de Capital ..................................................... 51 
4.11 Valor Econômico Agregado .................................................................. 51 
4.12 Sistema DuPont de Análise .................................................................. 52 
 
CAPÍTULO III – PESQUISA DE CAMPO ......................................................... 54 
1 ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DA EMPRESA PÉ DIREITO 
ACABAMENTOS E CONSTRUÇÃO ................................................... 54 
1.1 Demonstrações contábeis .................................................................... 55 
2 ANÁLISE DOS INDICADORES FINANCEIROS ................................. 56 
2.1 Índice de Liquidez ................................................................................ 57 
2.1.1 Índice de Liquidez Geral ....................................................................... 57 
2.1.2 Índice de Liquidez Corrente ................................................................. 58 
2.1.3 Índice de Liquidez Imediata .................................................................. 58 
2.1.4 Índice de Liquidez Seca ....................................................................... 58 
2.1.5 Capital de Giro Líquido ......................................................................... 59 
2.1.6 Capital de Giro Próprio ......................................................................... 59 
2.2 Índices de Estrutura de Capital ............................................................ 59 
2.2.1 Índice de Participação de Capital de Terceiros .................................... 60 
2.2.2 Índice de Endividamento Geral ............................................................ 60 
2.2.3 Índice de Endividamento de Curto Prazo ............................................. 61 
2.2.4 Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido ...................................... 61 
2.2.5 Índice de Imobilização de Recursos não Correntes ............................. 61 
2.2.6 Composição do Endividamento ............................................................ 62 
2.3 Índice de Atividades ............................................................................. 62 
2.3.1 Prazo Médio de Renovação de Estoques ............................................ 63 
2.3.2 Prazo Médio de Recebimento de Vendas ............................................ 63 
2.3.3 Prazo Médio de Pagamento de Compras ............................................ 64 
2.3.4 Ciclo Operacional ................................................................................. 64 
2.3.5 Ciclo Financeiro ................................................................................... 64 
2.3.6 Giro do Ativo ........................................................................................ 65 
2.3.7 Giro do Imobilizado .............................................................................. 66 
2.4 Índice de Lucratividade e Rentabilidade ............................................... 66 
2.4.1 Rentabilidade das Vendas ...................................................................66 
2.4.1.1 Margem Bruta ...................................................................................... 67 
2.4.1.2 Margem Operacional............................................................................ 67 
2.4.1.3 Margem Líquida ................................................................................... 67 
2.4.2 Retorno sobre o Ativo Total .................................................................. 67 
2.4.3 Retorno sobre o Patrimônio Líquido ..................................................... 68 
2.5 Necessidade de Investimento em Capital de Giro ............................... 68 
2.6 Saldo em Tesouraria ............................................................................ 68 
2.7 Efeito Tesoura ...................................................................................... 69 
2.8 Sistema DuPont de Análise .................................................................. 69 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................. 70 
 
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 72 
CONCLUSÃO ................................................................................................... 73 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 75 
APÊNDICES ..................................................................................................... 77 
 
 
17 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Diante de um cenário onde a recessão econômica está crescendo em 
nosso país e com a competitividade entre as empresas cada vez mais acirrada, 
os gestores necessitam de um conhecimento aprofundado nas informações 
para a tomada de decisão de modo que não haja falhas que comprometam o 
futuro da organização. 
Para que a empresa possa sobreviver diante desse cenário, é 
necessário que os gestores se utilizem de ferramentas que proporcionem uma 
avaliação constante de seus negócios, possibilitando uma maior visão sobre 
eles e permitindo a antecipação de cenários para planejar suas atividades, com 
isto, poderão tomar medidas corretivas, se assim for necessário. 
A análise econômico-financeira, por exemplo, é uma ferramenta que 
possibilita a avaliação de desempenho de uma empresa em vários contextos. 
Permite, através dos indicadores, conhecer a real situação da empresa, saber 
se a empresa está lucrando ou não, e quais as suas deficiências e qualidades. 
Além da análise dos indicadores é oportuno que as empresas trabalhem, 
também, com a análise da Necessidade de Capital de Giro e da Taxa de 
Retorno Esquema Margem e Giro. 
Conhecendo a importância desses elementos, estabeleceu-se como 
objetivo a busca de um aprofundamento do conhecimento da importância da 
análise econômico-financeira em tempos de recessão econômica, para uma 
melhor gestão da empresa, em uma organização do ramo da construção civil, 
na cidade de Promissão, SP. 
Durante a pesquisa exploratória surgiu o seguinte questionamento: em 
períodos de crises de mercado, conhecer a situação econômico-financeira da 
empresa proporciona gestão com decisões mais acertadas? 
 Com a necessidade de resposta, surgiu, a priori, a seguinte hipótese: a 
análise econômico-financeira proporciona aos gestores informações que 
revelam a atual situação da empresa, apontando seus pontos fortes e fracos, 
proporcionando fundamentos essenciais para a tomada de decisões mais 
acertadas. 
E, para demonstrar a veracidade da hipótese foi realizado um estudo de 
18 
 
caso na empresa Pé Direito Acabamentos e Construção, que gentilmente 
prontificou-se a disponibilizar documentos necessários avulsos para o efetivo 
desempenho dos trabalhos, haja vista não dispor de dados contábeis, no 
momento, que selecionados, ajustados e agrupados transformaram-se no 
Balanço Patrimonial e na Demonstração de Resultados, que fundamentam a 
análise. 
Os métodos e técnicas utilizados na pesquisa de campo estão descritos 
no capítulo III. 
O trabalho contempla três capítulos, assim distribuídos: 
Capítulo I – apresenta dados e informações da empresa analisada, 
como a história de seu surgimento e expansão, seus proprietários, sua 
estrutura organizacional e suas perspectivas. 
Capítulo II – aborda os conceitos das demonstrações contábeis e de sua 
análise econômico-financeira, demonstrando sua aplicação e detalhando cada 
índice, afim de auxiliar na realização do estudo de caso. 
Capítulo III – relata a estruturação das demonstrações contábeis e a 
aplicação da análise econômico-financeira, bem como os resultados obtidos no 
período de fevereiro a outubro de 2016. 
Finalizando o trabalho, são apresentadas a proposta de intervenção e 
conclusão. 
 
19 
 
CAPÍTULO I 
 
PÉ DIREITO ACABAMENTOS E CONSTRUÇÃO 
 
 
1 EMPRESA 
 
1.1 Evolução histórica 
 
Inaugurada em 04 de março de 2011, localizada no município de 
Promissão/SP, a Pé Direito Acabamentos e Construção, situa-se na Praça 
Primeiro de Maio, Centro, surgiu da vontade de dois irmãos Márcio e Emerson 
Baptista em possuírem seu próprio negócio. 
 
Figura 1 Fachada da empresa 
 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2016 
 
A escolha do nome Pé Direito surgiu por tratar-se de uma expressão 
20 
 
comumente utilizada em arquitetura, engenharia e construção em geral, que 
indica a distância da base do pavimento (solo) ao teto, além, do bordão popular 
que tudo aquilo que começa bem e vai bem, começa com o Pé Direito. 
A princípio devido ao pouco capital, a empresa oferecia uma limitada 
variedade de produtos contando com apenas 43 itens, contudo, graças ao 
conhecimento que os irmãos já possuíam na época no ramo de construção, ao 
planejamento e os contatos que fizeram ao longo do tempo na área, a 
quantidade de produtos oferecidos não impediu a boa aceitação que a empresa 
obteve na cidade. 
Trabalhando para ganharem cada vez mais o mercado e alcançar seus 
objetivos financeiros, os proprietários Márcio e Emerson apostaram no 
aperfeiçoamento de sua equipe, na inovação do atendimento para as vendas 
dos materiais de construção, apresentação de soluções criativas para as obras 
de seus clientes aos quais buscam estabelecer um relacionamento de 
confiança e respeito, para isso, procuram oferecer preços mais competitivos, 
produtos de excelente qualidade, trazer as novidades do ramo e principalmente 
priorizar as vontades, sugestões e críticas de seus clientes para contribuição 
no crescimento do negócio. 
Com o aumento das vendas surgiu à ideia da abertura de uma segunda 
loja, que foi inaugurada em setembro de 2012, localizada na Avenida Francisco 
Gimenes, na cidade de Promissão. Devido algumas deficiências na gestão de 
pessoas e apesar do aumento das vendas, o faturamento da loja 2 não era o 
suficiente para manter-se, sendo necessário muitas vezes uma intervenção 
financeira da sede para cobrir as despesas, desta forma em abril de 2014 a 
segunda loja encerrou suas atividades. 
Sem perder o foco nunca, hoje, a Pé Direito conta com uma gama de 10 
mil itens em sua loja, distribuídos em 1.200m², além, do Centro de Distribuição 
que foi necessário ser criado para tornar possível o crescimento da empresa e 
armazenagem de seus produtos brutos, ou seja, aqueles que ocupam maior 
espaço, e da própria madeireira onde é realizado o processamento da madeira, 
além, da fabricação de alguns produtos como mesas e bancos. Juntos o centro 
de distribuição e a madeireira somam uma área de mais de 10.000m². 
Oferecendo produtos desde o básico, acabamento, hidráulica, elétrica, 
madeira, metais até decoração, a empresa já conquistou um lugar entre as 
21 
 
principais lojas de materiais de construção da cidade e da região. 
 
1.2 Missão, vocação, valores e visão 
 
Para que uma empresa possa obter sucesso no mercado é necessário 
que antes de qualquer coisa trace com muita clareza os caminhos que deseja 
trilhar, serãoestes os pilares da organização. Com a Pé Direito não foi 
diferente, a empresa sabe muito bem aonde quer chegar e tem bem delineadas 
a missão, a visão, a vocação e os valores que servem para toda a estrutura 
organizacional como um guia motivador. 
 
1.2.1 Missão 
 
Estabilizar-se no mercado de construção de Promissão e região, 
aumentar de forma controlada o crescimento do faturamento, mix, veículos e 
imobilizados, sem perder o foco econômico. Honrar os compromissos com 
fornecedores, funcionários e clientes, ter excelência no atendimento. 
 
1.2.2 Vocação 
 
Vender materiais de qualidade e variedade, a preços competitivos, 
atender bem para atender sempre, cumprir com os prazos e produtos 
combinados com o cliente. 
 
1.2.3 Valores 
 
Respeitar cada pessoa, prazos e acordo, valorizar qualidade acima do 
preço, união dos sócios e colaboradores, ambiente familiar. 
 
1.2.4 Visão 
 
Buscar constantemente a inovação por meio da procura de novos 
negócios no ramo, agregando desta forma maior valor a empresa. Ganhar cada 
vez mais espaço entre seus concorrentes e aumentar continuamente a gama 
22 
 
de produtos oferecidos. 
 
1.2.5 Visão futura 
 
Almeja tornar-se uma empresa cada vez mais sólida no mercado, 
possibilitando desta forma a expansão de novos estabelecimentos comerciais e 
investimento em novos negócios no ramo de construção. Ser reconhecida 
como um grupo que agrega valores para a região, obras e também para seus 
funcionários, oferecendo não somente produtos de qualidade, mas também 
respeito com seus colaboradores e clientes, transparência e comprometimento 
sempre. 
 
1.3 Estrutura organizacional 
 
Atualmente, a Pé Direito opera as suas atividades com a colaboração de 
26 funcionários. 
A figura 2 ilustra como os seus departamentos estão organizados: 
 
Figura 2: Estrutura organizacional 
 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2016 
 
GERÊNCIA 
ADMINISTRATIVA
GERÊNCIA DE 
VENDAS
CAIXA
VENDEDORES
AUXILIAR DE 
LIMPEZA
SUPERVISOR DE 
ESTOQUE
AJUDANTE 
GERAL
MARCENEIRO
SUPERVISOR DE 
LOGÍSTICA
MOTORISTAS
23 
 
a) gerência administrativa: é responsabilidade do sócio Emerson, onde 
são tomadas todas as decisões e realizados todos os processos 
burocráticos da empresa. Responsável por toda a parte financeira, 
compras, marketing e recursos humanos, dando suporte a todos os 
outros setores da empresa; 
b) gerência de vendas: é responsabilidade do sócio Márcio, onde seu 
papel é liderar a loja, coordenar o trabalho dos vendedores, 
gerenciando equipes, delegando atribuições, cobrando resultados e 
avaliando desempenho; 
c) supervisor de estoque: responsável por todo o controle de entrada e 
saída, armazenamento, e inventário anual de todos os produtos. 
Também tem a responsabilidade de liderar a equipe de ajudantes do 
centro de distribuição; 
d) supervisor de logística: responsável pela supervisão da entrega do 
produtos aos clientes e pela liderança dos motoristas; 
e) vendedores: responsáveis pelo atendimento aos clientes, pela 
efetivação das vendas e pela fidelização dos clientes; 
f) operadores de caixa: responsável por registrar a venda, receber do 
cliente e controlar e organizar o fluxo de dinheiro do seu caixa; 
g) auxiliares de limpeza: responsáveis pela limpeza e manutenção da 
loja; 
h) ajudantes gerais: responsáveis por auxiliar nas atividades 
relacionadas ao estoque e entrega de mercadorias; 
i) motoristas: responsáveis pelas entregas a domicílio; 
j) marceneiros: responsáveis pelos pela fabricação de batentes, mesas, 
bancos e outros produtos. 
 
1.4 Produtos 
 
Com a competitividade no mercado cada vez mais acirrada, as 
empresas buscam produtos de qualidade, lançamentos, atrativos e marcas que 
ofereçam garantia, para a maior satisfação dos seus clientes. E na Pé Direito 
não é diferente, a empresa se preocupa em oferecer o melhor produto aos 
seus clientes. 
24 
 
A Pé Direito comercializa produtos direcionados a construção civil, 
suprindo as necessidades de todas as fases da obra, da construção até ao 
acabamento em geral. Conta com um portfólio com mais de 10 mil produtos, 
sendo alguns de fabricação própria como: coxos, mesas, bancos entre outros 
produtos fabricados da madeira. 
 
1.5 Clientes 
 
O lema é: “aqui na Pé Direito o cliente é o patrão.” Dando ênfase no bom 
atendimento antes, durante e depois da venda. 
A construção de um bom relacionamento entre o cliente e a empresa é 
fundamental, é uma forma de a empresa manter-se no mercado. Além de um 
produto de qualidade, preços e prazos, o cliente busca um bom atendimento, 
isso o fideliza e conquista uma maior gama de clientes. 
Atualmente, a loja conta com aproximadamente 4 mil clientes, onde 
passam por dia cerca de 200 deles. Movimentando assim uma média de 140 
vendas por dia, sendo 95% das vendas destinadas a pessoa física e apenas 
5% a pessoa jurídica. 
 
1.6 Fornecedores 
 
Os fornecedores são grandes parceiros da empresa desde o início de 
suas atividades. Quando a empresa ainda não possuía capital para investir no 
seu estoque, alguns dos fornecedores forneceram os seus produtos em forma 
de consignação, o que foi de grande ajuda para o crescimento da organização. 
A Pé Direito acredita que manter uma boa relação com seus fornecedores 
ajuda a melhorar o desempenho da empresa. 
Hoje, a Pé Direito conta com mais de 380 fornecedores cadastrados 
para atender seu portfólio de venda, que cresce a cada dia. Os principais 
fatores levados em consideração na hora da escolha do fornecedor são 
qualidade, menor preço e melhor condição de pagamento. 
Atualmente destaca-se como principais fornecedores a Votorantim, 
Amanco, Tramontina, Sasazaki e Embramaco. 
 
25 
 
1.7 Concorrência 
 
Dada a atual conjuntura da economia do país, o número de empresas 
vem reduzindo gradualmente tornando desta forma a concorrência ainda mais 
estreita. 
A Pé Direito sempre fez parte do grupo de empresas que acompanham 
de perto seus concorrentes identificando-os em três grupos: grupo direto, 
indireto e de mercado profissional. 
Conforme Kotler (2000), concorrentes diretos, são aqueles que vendem 
a mesma linha de produtos que a Pé Direito, atingem o mesmo público alvo e 
possuem uma faixa de preço próxima da oferecida pela empresa. Neste grupo 
foram listados seus maiores concorrentes, tais como, Grupo Marelli Promad e 
Finóka Center, ambos situados na cidade de Promissão, contando ainda com a 
Madeireira Linense localizada na cidade de Lins. 
No grupo dos concorrentes indiretos, encontram-se aqueles que não 
oferecem os mesmos produtos, porém, atingem o mesmo público alvo. Este 
grupo é representado pelas construtoras que apesar de não fazerem a venda 
dos materiais, ao serem contratadas para determinada obra conseguem 
negociar diretamente com os fornecedores de materiais de construção por 
preços bem melhores, desta forma, não haverá a necessidade de compras em 
depósitos de construção. 
Concorrência de mercado profissional trata-se de uma excelente 
estratégia e uma forma de garantir o crescimento do faturamento, baseia-se em 
ter o profissional que atua no ramo de construção civil fidelizado a loja, pois, 
este poderá influenciar o cliente a comprar na loja na qual ele possui um bom 
relacionamento. 
 
1.8 Propaganda 
 
A propaganda é uma ferramenta que procura estimular o poder de 
compra das pessoas e atrair novos clientes. A Pé Direito investe mensalmente 
na divulgação da loja na cidade de Promissão e região, através de: rádios, 
carro de som, panfletos, redes sociais e visitas em obras. 
Todas estas ferramentas auxiliam e atraem novos públicos para 
26 
 
compras 
 
1.9 Responsabilidade social 
 
Uma empresa que valoriza a importância da responsabilidade social 
aumenta a satisfação de grande parcela dos seus clientes e ganha vantagem 
competitiva perante os seus concorrentes. 
A Pé Direito aposta nos benefícios na atuação do desenvolvimentoda 
sociedade, adotando uma postura séria e ética que prioriza a prática da 
responsabilidade social. Acreditando em seus valores, a empresa tem o 
comprometimento em ajudar mensalmente a APAE, Asilos Vicentinos e 
projetos esportivos. 
 
2 PERSPECTIVAS 
 
No início a meta era estar entre as três maiores empresas do ramo da 
construção da cidade, hoje essa meta já foi alcançada e com isso se tem a 
proposição de triar novos objetivos, ou seja, traçar novos caminhos, investir em 
outros negócios e ampliar em médio/longo prazo. 
 
 
27 
 
CAPÍTULO II 
 
ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA 
 
 
1 CONCEITO DA ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA 
 
1.1 A importância da análise econômico-financeira 
 
A análise de balanços trata-se de uma técnica datada desde a segunda 
metade do século passado, muito utilizada pelos banqueiros daquela época, 
tem por finalidade acompanhar, avaliar e interpretar a real situação econômico-
financeira da empresa. (IUDÍCIBUS, 2008) 
“A análise de balanços permite uma visão da estratégia e da visão da 
empresa analisada, permite estimar o seu futuro, limitações e potencialidades. ” 
(BRANCO apud MARION, 2012, p. 11) 
A análise financeira por se tratar de um procedimento que avalia as 
mutações patrimoniais, permitindo aos gestores uma visão ampla sobre a real 
situação da saúde econômico e financeira da empresa, potencializando desta 
forma tomada de decisões mais acertadas, deverá ser uma ferramenta de uso 
contínuo pela empresa possibilitando conhecimento dos problemas já 
existentes e soluções para os mesmos e trará conhecimento sobre todos os 
riscos envolvidos em negócios futuros. 
Segundo o autor: 
 
A análise de balanços é fundamentalmente comparativa. Ou seja, 
determinado índice, quando avaliado isoladamente não produz 
informações suficientes para uma correta conclusão. É indispensável 
que se conheça como evoluiu esse resultado nos últimos anos e em 
que nível ele se situa em relação aos concorrentes e aos padrões de 
mercado. (ASSAF NETO, 2007, p. 63) 
 
A análise econômico-financeira não se restringe a apenas um tipo de 
empresa, podendo ser aplicada em qualquer tipo de organização, pois, seus 
resultados possibilitam a comparação com empresas do mesmo ramo, 
revelando desta forma se seus índices encontram-se dentro dos limites de 
normalidade. 
28 
 
Diante do exposto, este trabalho teve o objetivo de conhecer os 
procedimentos e técnicas utilizados na análise econômico-financeira e analisar 
as demonstrações contábeis da empresa. 
 
2 ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
A demonstração contábil é a apresentação dos principais 
acontecimentos registrados pela contabilidade em dado período, tem o objetivo 
de fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, desempenho 
e fluxo de caixa da organização. 
A Lei das Sociedades por Ações, Lei nº 6.404/76, alterada pela Lei 
11.638/07, estabelece que ao final de cada período social o gestor deve 
elaborar as respectivas demonstrações e determina a estrutura das quatro 
demonstrações essenciais: Balanço Patrimonial, Demonstração dos Lucros ou 
Prejuízos Acumulados, Demonstração do Resultado do Exercício e 
Demonstração de Origem e Aplicação de Recursos. Destaca-se que além da 
elaboração dessas quatro demonstrações, será necessária a complementação 
obrigatória por meio de Notas Explicativas. (ASSAF NETO; LIMA, 2011) 
Segundo o autor: 
 
Somente pelo entendimento da estrutura contábil das demonstrações 
é que se pode desenvolver avaliações mais acuradas das empresas. 
Mais especificamente, todo processo de análise requer 
conhecimentos sólidos da forma de contabilização e apuração das 
demonstrações contábeis, sem os quais ficam seriamente limitadas 
as conclusões extraídas sobre o desempenho da empresa. (ASSAF 
NETO, 2007, p. 65) 
 
Portanto, os relatórios contábeis são um meio obrigatório de prestações 
de contas das organizações e a interpretação destes é fundamental para a 
análise de balanços. 
 
2.1 Balanço Patrimonial 
 
Esta demonstração é responsável por evidenciar a situação financeira e 
patrimonial de uma organização em determinado momento. 
De acordo com Tófoli (2012), o Balanço Patrimonial é a demonstração 
29 
 
contábil que apresenta todos os bens e direitos da empresa (Ativo) e suas 
obrigações (Passivo). Embora cada empresa seja livre para escolher a data do 
encerramento do seu balanço, a maioria das empresas brasileiras encerram 
seus balanços no final do ano civil. 
 
Fonte: Tófoli, 2012, p. 25 
 
O Balanço Patrimonial encontra-se estruturado da seguinte forma: Ativo, 
Passivo e Patrimônio Líquido. 
O grupo do Ativo apresenta-se da seguinte forma: 
a) Ativo Circulante (AC): representando os bens e direitos que serão 
convertidos em dinheiro até a data de encerramento do exercício 
seguinte; 
b) Ativo Não Circulante (ANC): neste grupo encontram-se as contas de 
baixa liquidez e aquelas que não se destinam à venda. 
O Passivo está subdivido em: 
a) Passivo Circulante (PC): compreende as obrigações que terão seu 
vencimento até a data de encerramento do exercício seguinte ou até 
o final do ciclo operacional; 
Figura 3: Balanço Patrimonial 
30 
 
b) Passivo Não Circulante (PNC): composto pelas obrigações vencíveis 
após a data de encerramento do exercício seguinte ao encerramento 
do balanço ou após o ciclo operacional da empresa; 
c) Patrimônio Líquido (PL): onde estão representados os recursos 
próprios dos acionistas ou proprietários. 
 
2.2 Demonstração do Resultado do Exercício 
 
Segundo Tófoli (2012), é formada pelas receitas e despesas incorridas 
no exercício social, demonstrando desta forma desde as Receitas Brutas até o 
Lucro Final. 
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é realizada na forma 
dedutiva, sendo elaborada pelo regime de competência, seu objetivo é 
evidenciar se o resultado líquido do exercício foi de lucro ou prejuízo. 
 
Figura 4: Demonstração do Resultado do Exercício 
 
Fonte: Tófoli, 2012, p. 26 
31 
 
3 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL 
 
A técnica de análise vertical e horizontal é considerada uma das mais 
simples de ser aplicada, consiste na comparação da evolução das contas 
conforme o passar do tempo. 
De acordo com o autor: 
 
Os métodos de análise vertical e horizontal prestam valiosa 
contribuição na interpretação da estrutura e da tendência dos 
números de uma empresa. Podem ainda auxiliar na análise dos 
índices financeiros e em outros métodos de análise. (SILVA, 2008, p. 
203) 
 
3.1 Análise Vertical 
 
A Análise Vertical (AV) é responsável por evidenciar qual a porcentagem 
de participação relativa que cada conta possui na demonstração analisada. 
Conforme Iudícibus (2008, p. 83): “Este tipo de análise é importante para 
avaliar a estrutura de composição e sua evolução no tempo.” 
De acordo com Tófoli (2012), o cálculo de participação é feito dividindo-
se o valor de cada conta pelo Total do Ativo ou do Passivo. 
No caso da Demonstração de Resultados, o cálculo é realizado com 
base nas Vendas Líquidas ou Receita Líquida. Assim como no Ativo Total e no 
Passivo Total, as Vendas Líquidas serão iguais a 100. 
O cálculo é realizado por meio de regra de 3 simples, conforme figura 
abaixo: 
 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2016 
Figura 5: Cálculo Análise Vertical 
32 
 
Matarazzo (2003, p. 243) afirma que: “O percentual de cada conta 
mostra sua real importância no conjunto”. Através deste exemplo, é possível 
observar que a conta caixa e bancos representam 2% do Ativo Total. 
 
3.2 Análise Horizontal 
 
Conforme Assaf Neto (2008, p. 111): “Permite que se avalie a evolução 
dos vários itens de cada demonstração financeira em intervalos sequenciais de 
tempo.” 
Composta por duas análises, sendo elas a análise horizontal sobre o 
ano base (AHb), considera-se como ano base o primeiro ano e análise 
horizontal sobre o ano anterior (AHa), será aplicada no resultado das contas do 
ano anterior.A Análise Horizontal (AH) permite a comparação dos valores de uma 
mesma conta em diferentes exercícios, sendo necessários no mínimo dois 
exercícios para que a comparação possa ser realizada. 
De acordo com Silva (2008, p. 210): “O propósito da análise horizontal é 
permitir o exame da evolução histórica de cada uma das contas que compõem 
as demonstrações contábeis.” 
 
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2016 
 
A Análise Horizontal possibilita visualizar de forma clara o crescimento 
de 50% da conta Estoques do ano 2 em relação ao ano 1. 
Segundo Tófoli (2012), algumas orientações devem ser seguidas 
Figura 6: Cálculo Análise Horizontal 
33 
 
durante a aplicação das técnicas da análise horizontal: 
a) quando o valor da conta, na data-base, é zero não se efetua o 
cálculo. Avalia-se, considerando o valor absoluto; 
b) quando a conta, data-base apresentar um valor negativo e o ano 
seguinte um valor positivo, a expressão matemática será realizada 
normalmente e ao final o sinal será desprezado; 
c) deve-se redobrar a atenção quando um dos anos for negativo. 
 
4 INDICADORES FINANCEIROS 
 
Os indicadores econômico-financeiros são os elementos que 
tradicionalmente representam o conceito de análise de balanço. São 
cálculos matemáticos efetuados a partir do balanço patrimonial e da 
demonstração de resultados, procurando números que ajudem no 
processo de clarificação do entendimento da situação da empresa, 
em seus aspectos patrimoniais, financeiros e de rentabilidade. 
(PADOVEZE, 2010, p. 213) 
 
Os indicadores financeiros são grandes aliados dos analistas em 
comparação com uma análise apenas com a observação da evolução dos 
valores das contas, pois, por intermédio deles é possível visualizar o real 
cenário econômico-financeiro que a empresa se encontra, servindo como base 
para os gestores na tomada de decisão e correções necessárias. 
 
Os índices financeiros são relações entre contas ou grupo de contas 
das demonstrações contábeis, que têm por objetivo fornecer-nos 
informações que não são fáceis de serem visualizadas de forma 
direta nas demonstrações contábeis. (SILVA, 2008, p. 225) 
 
Será por meio dos objetivos que a empresa pretende alcançar que a 
periodicidade da análise será definida. A análise gerencial interna é que 
precisará de maior atenção, alguns índices merecerão acompanhamento 
mensal, outros podem chegar a precisar de intervalos mais curtos, dependendo 
de quão crítico seja o índice como um dos sinais de alarme do sistema de 
informação contábil – financeiro, quanto a análise para finalidades externas, um 
cálculo anual ou semestral bastará. (IUDÍCIBUS, 2008) 
 
4.1 Índices de Liquidez 
 
34 
 
A liquidez de uma empresa é medida por meio de sua folga financeira, 
ou seja, a diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante que resulta 
na capacidade de pagamento das obrigações assumidas que a organização 
possui. 
 
Os índices de liquidez não são índices extraídos do fluxo de caixa 
que comparam as entradas com as saídas de dinheiro. São índices 
que, a partir do confronto dos Ativos Circulantes com as Dívidas, 
procuraram medir quão sólida é a base financeira de uma empresa. 
(MATARAZZO, 2003, p. 164) 
 
De acordo com Marion (2006), a capacidade da empresa para saldar 
seus compromissos pode ser avaliada em: prazo imediato, curto prazo e longo 
prazo. 
Os índices de liquidez são caracterizados pela relação que fazem dos 
bens e direitos com as obrigações da organização, os índices mais usados são: 
Índice de Liquidez Geral, Liquidez Corrente, Liquidez Seca e Liquidez Imediata. 
 
4.1.1 Índice de Liquidez Geral 
 
Este indicador é muito usado pelas empresas na hora de detectar sua 
liquidez de curto e longo prazo. 
O autor, descreve: 
 
Mostra a capacidade de pagamento da empresa a Longo Prazo, 
considerando tudo o que ela converterá em dinheiro (a Curto e Longo 
Prazo), relacionando-se com tudo o que já assumiu como dívida (a 
Curto e Longo Prazo). (MARION, 2006, p.89) 
 
O Índice de Liquidez Geral (ILG) revela quanto dos compromissos de 
curto e longo prazo a empresa poderá saldar, sem utilizar o seu Ativo 
Permanente e ainda demonstra se a empresa conta com uma folga financeira. 
Sendo o cálculo, segundo Tófoli (2012): 
 
ILG = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo x 100 
 Passivo Circulante + Passivo Não Circulante 
 
4.1.2 Índice de Liquidez Corrente 
35 
 
Tófoli (2012, p. 67) afirma: “É a relação entre os grupos patrimoniais do 
Ativo Circulante e o Passivo Circulante.” 
O Índice de Liquidez Corrente (ILC) é responsável por evidenciar o 
quanto a empresa dispõe em disponível e conversível em curto prazo, com 
relação as suas dívidas de mesmo período, ou seja, indicará quanto a empresa 
possui de Ativo Circulante para cada R$ 1,00 de dívida a curto prazo. 
Iudicíbus (2008), alerta que neste quociente é necessário redobrar a 
atenção para os prazos de vencimentos das contas a receber e a pagar, além, 
do grau variado de conversibilidade dos vários itens que compõem o ativo 
circulante. 
Conforme Iudícibus (2008), abaixo sua fórmula: 
 
ILC = Ativo Circulante x100 
 Passivo Circulante 
 
4.1.3 Índice de Liquidez Imediata 
 
O Índice de Liquidez Imediata (ILI) evidencia a capacidade da empresa 
em liquidar de imediato suas dívidas de curto prazo, com o que possui de 
disponibilidades. Quanto maior for seu índice, maiores serão os recursos 
disponíveis pela empresa. 
Tófoli (2012) afirma que este índice costuma ser muito baixo, devido ao 
pouco interesse das empresas em manter numerários em caixas e bancos. 
Abaixo cálculo de ILI, conforme Tófoli (2012): 
 
ILI = Disponível x 100 
 Passivo Circulante 
 
4.1.4 Índice de Liquidez Seca 
 
Representa a porcentagem da capacidade que a empresa possui de 
liquidar suas dívidas de curto prazo, sem utilizar-se dos estoques. 
Diferencia-se por excluir de seu ativo o montante dos estoques, pela 
demora da sua conversão em dinheiro e das despesas antecipadas, visto que, 
36 
 
não representam um valor a receber. 
 
Esta é uma variante muito adequada para se avaliar 
conservadoramente a situação de liquidez da empresa. Eliminando-
se os estoques do numerador, estamos eliminando uma fonte de 
incerteza. (IUDICÍBIUS, 2008, p.93) 
 
Tendo o Índice de Liquidez Seca (ILS) como fórmula, conforme 
demonstrado por Tófoli (2012): 
 
ILS = Ativo Circulante – Estoques - Despesas Antecipadas x 100 
 Passivo Circulante 
 
4.1.5 Capital de Giro Líquido 
 
O Capital de Giro Líquido (CGL) trata-se da diferença entre os ativos e 
Passivos Circulantes, sendo o seu resultado denominado como folga 
Financeira, montante que a empresa possui para saldar seus compromissos de 
curto prazo. 
Tófoli (2012, p. 48) descreve: “Capital de Giro Líquido é aquela porção 
os ativos circulantes de uma empresa, financiada com fundos de longo prazo.” 
Representado o CGL, segundo Tófoli (2012), pela fórmula: 
 
CGL = Ativo Circulante – Passivo Circulante 
 
4.1.6 Capital de Giro Próprio 
 
Também conhecido como Capital Circulante Próprio, seu conceito é 
baseado na diferença do Patrimônio Líquido e Passivo Não Circulante, ou seja, 
corresponde a parcela do Ativo Circulante que está sendo financiada com 
recursos próprios. 
Tófoli (2012, p. 50), afirma: “O Capital Circulante Próprio revela, 
basicamente, os recursos próprios da empresa que estão financiando suas 
atividades correntes – o ativo circulante.” 
Logo, o cálculo, segundo Tófoli (2012): 
 
37 
 
Capital de Giro Próprio = Patrimônio Líquido – Ativo Não Circulante 
 
4.2 Índices de Estrutura de Capital 
 
Uma empresa tem sua estrutura de capital formada da seguinte forma: 
Capital Próprio - formado pelo Patrimônio Líquido e o Capital de Terceiros - 
formado pelo Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo. 
 
Esseindicador ilustra a forma pela qual os recursos de terceiros são 
usados pela empresa e sua participação relativa em relação ao 
capital próprio. Fornecem, ainda, elementos para avaliar o grau de 
comprometimento financeiro de uma empresa perante seus credores 
(principalmente instituições financeiras) e sua capacidade de cumprir 
os compromissos financeiros assumidos a longo prazo. (ASSAF 
NETO, 2008, p. 122) 
 
Os índices de endividamento medem o quanto a empresa se encontra 
endividada e de que modo seu Ativo está sendo financiado, se por meio de 
recursos próprios ou de terceiros. 
Segundo Marion (2006), é vital que o analista durante a análise dos 
índices de endividamento, observe de que maneira a empresa vem 
empregando seus recursos decorrentes do Capital de Terceiros, se este estará 
sendo utilizado para aplicações em ativos, financiando uma expansão, trata-se 
de um endividamento benéfico que gerará receita para empresa que poderá 
ser usada na liquidação do compromisso assumido; ou se este servirá para 
pagar dívidas prestes a vencer, o que será extremamente prejudicial para a 
empresa, que possivelmente recorrerá a mais empréstimos para serem usados 
com o mesmo fim, podendo até mesmo gerar uma situação de insolvência para 
empresa. 
 
4.2.1 Índice de Participação de Capital de Terceiros 
 
 Evidencia o percentual de dependência que a empresa possui em 
relação ao capital de terceiros, ou seja, demonstra o quanto a empresa tomou 
de recursos externos para cada R$1,00 de seu capital próprio. 
 
Do ponto de vista estritamente financeiro, quanto maior a relação dos 
capitais de terceiros com o patrimônio líquido, menor a liberdade de 
38 
 
decisões financeiras da empresa ou maior a dependência a esses 
terceiros. Do ponto de vista da obtenção do lucro, pode ser vantajoso 
para a empresa trabalhar com capitais de terceiros se a remuneração 
paga a esses recursos for menor que o lucro conseguido com sua 
aplicação no negócio. (TÓFOLI, 2012, p. 63) 
 
O Índice de Participação de Capital de Terceiros (IPCT) é representado, 
conforme Tófoli (2012), pela fórmula: 
 
IPCT = Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo x 100 
 Patrimônio Líquido 
 
4.2.2 Índice de Endividamento Geral 
 
A finalidade deste indicador é medir a estrutura de financiamento da 
companhia. É um número que evidencia o reflexo das políticas de 
alavancagem financeira da empresa e financiamento do capital de 
giro a cada final de período. (PADOVEZE, 2010, p. 220) 
 
O Índice de Endividamento Geral (IEG) refere-se ao endividamento 
proveniente de recursos externos que a empresa possui no financiamento de 
seu Ativo, de curto e longo prazo. 
Conforme Padoveze (2010), sendo sua fórmula: 
 
IEG = Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo x100 
 Ativo Total 
 
4.2.3 Índice de Endividamento de Curto Prazo 
 
O Índice de Endividamento de Curto Prazo (IECP) demonstra a 
quantidade de dívidas a curto prazo que poderá ser paga no prazo de até 360 
dias, com relação ao capital próprio investido no Patrimônio Líquido. 
Trata-se de um índice de quanto menor seu percentual for, melhor é. 
Segundo Tófoli (2012), representado pela fórmula: 
 
IECP = Passivo Circulante x100 
 Ativo Total 
 
39 
 
4.2.4 Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido 
 
Evidencia a dependência de recursos próprios que a empresa utiliza 
para a manutenção dos negócios, ou seja, quanto o Patrimônio Líquido está 
financiando do Ativo Permanente. 
A empresa deve ser prudente no uso do Patrimônio Líquido em seu 
Ativo Permanente, este deve ser suficiente para financiar o Ativo Não 
Circulante e ainda realizar aplicações em seu Ativo Circulante. 
 
Quanto mais a empresa investir em Ativo Permanente com recursos 
do Patrimônio Líquido, menos recursos próprios sobrarão para o Ativo 
Circulante, logo, maior a dependência dos capitais de terceiros para 
financiamentos do Ativo Circulante. O ideal, em termos financeiros, é 
a empresa dispor de Patrimônio Líquido suficiente para cobrir o Ativo 
Permanente, e ainda sobrar uma parcela de Capital Circulante 
Próprio. (TÓFOLI, 2012, p. 56) 
 
O Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido (IIPL) é do tipo quanto 
menor, melhor. 
Conforme Tófoli (2012), a fórmula: 
 
IIPL = Ativo Não Circulante x100 
 Patrimônio Líquido 
 
4.2.5 Índice de Imobilização de Recursos não Correntes 
 
De acordo com Assaf Neto (2007), o Índice de Imobilização de Recursos 
não Correntes (IIRñC) permite identificar o percentual dos recursos não 
permanentes (Passivo não Circulante + Patrimônio Líquido) que estão sendo 
aplicados nos ativos permanentes (Ativo não Circulante). 
Segundo Tófoli (2012), quanto menor for a porcentagem do índice, 
melhor é, visto que um alto grau de imobilização compromete a liquidez da 
empresa. 
 
Se o índice apresentar um resultado superior a 1,0 (100%), indica que 
o patrimônio líquido e o exigível a longo prazo não são suficientes 
para cobrir os investimentos em ativos permanentes. Nessa situação, 
conclui-se que o passivo circulante (dívidas em curto prazo) está 
financiando uma parte dos investimentos permanentes, o que revela 
40 
 
um sinal de desequilíbrio financeiro. (ASSAF NETO, 2007, p. 166) 
 
Sua fórmula, conforme Tófoli (2012): 
 
IIRñC = Ativo não Circulante x 100 
 Passivo não Circulante + Patrimônio Líquido 
 
4.2.6 Composição do Endividamento 
 
De acordo com Silva (2008), a Composição do Endividamento (CE) é a 
comparação das dívidas da empresa com vencimento a curto prazo (passivo 
circulante) com a dívidas totais (Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo 
Prazo (PELP)). Quanto maior for o índice do CE pior é para empresa, pois 
indica que suas dívidas a curto prazo estão com um valor alto, o que gera uma 
pressão para gerar recursos para saldar seus compromissos. 
Sua fórmula de cálculo, conforme Silva (2010): 
 
CE = Passivo Circulante x 100 
 Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo 
 
Para Marion (2006, p. 106): “A proporção favorável seria de maior 
participação de dívidas a Longo Prazo, propiciando à empresa tempo maior 
para gerar recursos que saldarão os compromissos.” 
 
4.3 Índices de Atividades 
 
Os Índices de Atividades (Prazo Médio de Renovação de Estoque, Prazo 
Médio de Recebimento de Vendas e Prazo Médio de Pagamento de Compras) 
permitem que seja analisado o desempenho operacional da empresa e suas 
necessidades de investimento em giro. (ASSAF NETO, 2007) 
Através dos prazos médios é possível verificar a média de tempo que a 
empresa demora para renovar seus estoques, receber suas vendas a prazo e 
pagar seus fornecedores. Os índices de atividades medem o prazo com que as 
contas são convertidas em vendas ou em entradas e saídas de caixa. 
41 
 
(TÓFOLI, 2012) 
 
Os indicadores devem refletir as políticas de administração do fluxo 
de caixa, bem como da capacidade de manter o fluxo contínuo de 
atividade operacionais. São indicadores que buscam também 
evidenciar a produtividade dos ativos da companhia. (PADOVEZE, 
2010, p. 221) 
 
Segundo Tófoli (2012), é importante que os indicadores sejam 
analisados conjuntamente, pois isoladamente não apresentam uma informação 
importante e sim um simples dado. 
 
4.3.1 Prazo Médio de Renovação de Estoques 
 
O Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMRE) representa quantos 
dias a empresa demora para renovar seus estoques por causa da venda. 
Quanto maior a rotatividade dos estoques, melhor. Desde que a margem de 
lucro sobre as vendas se mantenha ou se diminuir que seja menos do que o 
aumento da rotatividade dos estoques. (IUDÍCIBUS, 2008) 
 Sua fórmula, segundo Tófoli (2012): 
 
 PMRE = Estoque x 360 
 Custo das MercadoriasVendidas 
 
4.3.2 Prazo Médio de Recebimento de Vendas 
 
 O objetivo do Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV) é indicar 
quantos dias a empresa leva para receber suas vendas a prazo. (SILVA, 2008) 
 Sua fórmula de cálculo, segundo Tófoli (2012): 
 
 PMRV = Duplicatas a Receber x 360 
 Vendas Líquidas 
 
O fato de uma empresa demorar mais ou menos para receber suas 
vendas a prazo pode derivar de vários fatores, tais como: usos e 
costumes do ramo de negócios, política de maior ou menor abertura 
para crédito, eficiência do serviço de cobranças, situação financeira 
de liquidez dos clientes (do mercado) etc. (IUDÍCIBUS, 2008, p. 99) 
 
42 
 
4.3.3 Prazo Médio de Pagamento das Compras 
 
 Conforme Tófoli (2012): “O Prazo Médio de Pagamento de Compras 
(PMPC) indica, em média, quantos dias a empresa demora a pagar seus 
fornecedores.” 
 
Se uma empresa demora muito mais para receber suas vendas a 
prazo do que para pagar suas compras a prazo, irá necessitar mais 
capital de giro adicional para sustentar suas vendas, criando um 
círculo vicioso difícil de romper. (IUDÍCIBUS, 2008, p. 100) 
 
 Seu cálculo para PMPC, conforme Tófoli (2012): 
 
PMPC = Fornecedores x 360 
 Custo da Mercadoria Vendida 
 
4.3.4 Ciclo Operacional 
 
 O Ciclo Operacional pode ser definido como o intervalo entre a compra 
de mercadoria e o recebimento das vendas a prazo. (ASSAF NETO; LIMA, 
2011) 
 Representa o período de tempo em que não ocorre o recebimento de 
vendas a prazo, sendo necessário capital de giro para suprir esse período. 
Parte desse capital é financiada pelos fornecedores que concederam prazo 
para pagamento. (TÓFOLI, 2012) 
 Sua fórmula de cálculo, conforme Tófoli (2012): 
 
 Ciclo Operacional = PMRE + PMRV 
 
4.3.5 Ciclo Financeiro 
 
 O Ciclo Financeiro, ou Ciclo de Caixa, representa o intervalo de tempo 
entre o pagamento dos fornecedores e a data do recebimento das vendas a 
prazo. (ASSAF NETO, 2007) 
 Seu cálculo, segundo Tófoli (2012): 
 
43 
 
 Ciclo Financeiro = PMRE + PMRV – PMPC 
 
 O Ciclo Financeiro é o período em que a empresa financia suas 
operações sem a participação dos fornecedores. Quanto maior for esse 
período, mais recursos próprios e de terceiros, com exceção dos fornecedores, 
estarão aplicados nas operações, provocando custos financeiro e afetando a 
rentabilidade. (TÓFOLI, 2012) 
 De acordo com Assaf Neto e Lima (2011) algumas das estratégias para 
gerenciar o ciclo financeiro são: 
a) diminuir os investimentos em estoque (promover maior giro aos 
estoques). Tendo o cuidado de não ocorrer perda de vendas ou 
atrasos na produção; 
b) controle eficiente sobre as contas a receber; e 
c) negociar maiores prazos de pagamentos aos fornecedores. 
 
4.3.6 Giro de Estoques 
 
 O objetivo do indicador Giro de Estoques (GE) é medir a quantidades de 
vezes que os estoques foram comprados e vendidos em um determinado 
exercício, ou seja, quantas vezes o estoque girou. (ASSAF NETO; LIMA, 2011) 
 Segundo Tófoli (2012) o GE: “É a relação entre o custo de mercadoria 
vendida e o estoque. Quanto maior for o giro dos estoques, melhor.” 
 Logo, sua fórmula de cálculo, segundo Tófoli (2012): 
 
 GE = Custo da Mercadoria Vendida ou GE = _360_ 
 Estoques PMRE 
 
 
 Conforme Gitman (2007, p.47), “O giro resultante só tem algum 
significado quando comparado ao de outras empresas pertencentes ao mesmo 
setor ou então ao valor passado do giro de estoques da própria empresa.” 
 
4.3.7 Giro de Conta a Receber 
44 
 
 A finalidade do indicador Giro de Contas a Receber (GCR) é mensurar a 
média da quantidade de vezes em que os valores a receber (Duplicatas a 
Receber ou Clientes) são recebidos na empresa. Quanto maior for o giro, 
melhor. (TÓFOLI, 2012) 
 Sua fórmula de cálculo, segundo Tófoli (2012): 
 
 GCR = Vendas Líquidas ou GCR = _360_ 
 Duplicatas a Receber PMRV 
 
4.3.8 Giro de Fornecedores 
 
 Segundo Tófoli (2012), o Giro de Fornecedores (GF) é a relação entre o 
custo das mercadorias vendidas e os fornecedores, com o objetivo de medir a 
média do número de vezes em que as contas a pagar giram no período. E 
quanto menor o giro de fornecedores, melhor. 
 O GF tem como fórmula, segundo Tófoli (2012): 
 
 GF = Custo da Mercadoria Vendida ou GF = 360_ 
 Fornecedores PMPC 
 
Para este giro, observar se o resultado for baixo, isto é, está girando 
pouco (logo, demorando em pagar fornecedores), não é 
consequência de atrasos nos pagamentos efetuados (ou não 
pagamentos). Da mesma forma, se o giro for alto, isto é, está girando 
muito (pagando rapidamente os fornecedores), se não é resultado de 
falta de crédito junto àqueles que vendem a prazo. (TÓFOLI, 2012, p. 
59) 
 
4.3.9 Giro do Ativo 
 
 O indicador Giro do Ativo (GA) tem o objetivo de medir, em média, a 
quantidade de vezes que o Ativo Total se renovou (transformou-se em dinheiro) 
pelas vendas realizadas. Quanto maior for o giro, indica a eficiência com a qual 
a empresa usa seus ativos para gerar vendas. (TÓFOLI, 2012) 
 
O giro do ativo (turnover asset) é um dos principais indicadores da 
atividade da empresa. Estabelece relação entre as vendas do período 
e os investimentos totais efetuados na empresa, que estão 
representados pelo ativo total médio. (SILVA, 2008, p. 235) 
45 
 
Logo, sua fórmula de cálculo, segundo Tófoli (2012): 
 
 GA = Venda Líquidas 
 Ativo Total 
 
De acordo com o autor: 
 
Este indicador também é conhecido como “produtividade”. Quanto 
mais o Ativo gerar em vendas reais, mais eficiente a gerência está 
sendo na administração dos investimentos (Ativo). A ideia é produzir 
mais, vender mais, numa proporção maior que os investimentos no 
Ativo. (MARION, 2006, p. 166) 
 
4.3.10 Giro do Imobilizado 
 
 O indicador Giro do Imobilizado (GI) é a relação entre as vendas líquidas 
e o imobilizado. Tem por objetivo expressar a eficiência com que a empresa 
tem utilizado seus imobilizados para gerar receita. (TÓFOLI, 2012) 
 Sua fórmula, conforme Tófoli (2012): 
 
 GI = Vendas Líquidas 
 Imobilizado 
 
4.4 Índice de Lucratividade e Rentabilidade 
 
 O índice de Lucratividade e Rentabilidade tem a finalidade de medir o 
retorno do capital investido na empresa, e apontar os fatores que geraram essa 
rentabilidade. Permite-se conhecer o desempenho econômico da empresa. 
(PADOVEZE; BENEDICTO, 2007) 
 
Existem inúmeras medições da rentabilidade. Como grupo, essas 
medições permitem ao analista avaliar os lucros da empresa em 
relação a certo nível de vendas, a certo nível de ativos ou volume de 
capital investido pelos proprietários. Sem lucros, uma empresa não 
poderia atrair capital externo. Os proprietários, credores e 
administradores preocupam-se muito com o aumento do lucro, pois 
isso é visto como algo muito importante no mercado. (GITMAN, 2007, 
p.52) 
 
4.4.1 Rentabilidade das Vendas 
46 
 
 A Rentabilidade das vendas expressa a eficiência da empresa em 
produzir lucro por meio de suas vendas. É contemplada por três margens: 
Margem Bruta, Margem Operacional e Margem Líquida. (TÓFOLI, 2012) 
 
4.4.1.1 Margem Bruta 
 
A Margem Bruta (MB) mede a porcentagem monetária das vendas 
restantes após o pagamento do Custo dos Produtos Vendidos (CPV). Quanto 
maior for a margem melhor para empresa. (GITMAN, 2007). 
Sua fórmula, conforme Tófoli (2012): 
 
MB = Lucro Bruto x 100 
 Vendas Líquidas 
 
4.4.1.2 Margem Operacional 
 
Representa a proporção monetária de cada venda e o que sobra após a 
dedução dos custos e despesas. Este lucro operacional é o lucro puro, mede o 
resultado que foi obtido nas operações. Quanto maior for a margem de lucro 
melhor. (GITMAN, 2007) 
Conforme Gitman (2007), a Margem Operacional (MOP) é calculada da 
seguinte maneira: 
 
MOP = Resultado operacionalx 100 
 Receita de vendas 
 
4.4.1.3 Margem Líquida 
 
Representa a intensidade de cada unidade monetária das receitas sobre 
as vendas, que restam após a dedução de todos os custos e despesas. Quanto 
mais alta for essa margem melhor. (GITMAN, 2007) 
Sua fórmula, conforme Gitman (2007) é: 
 
 
47 
 
Margem de lucro líquido = Lucro líquido aos acionistas ordinários x 100 
 Receita de vendas 
 
4.4.2 Retorno sobre o Ativo Total 
 
O Retorno sobre o Ativo Total (ROA), que geralmente é chamado de 
Retorno do Investimento, mensura a eficácia da administração da empresa, ou 
seja, verifica se a mesma gerou lucros com os ativos disponíveis. Esse valor 
quanto mais alto melhor para empresa. (GITMAN, 2007) 
 
Como critério de decisão, o retorno sobre o ativo (ROA) – do inglês 
Return of Assets - pode ser interpretado como o custo financeiro 
máximo que uma empresa poderia incorrer em suas captações de 
fundos. Evidentemente, se uma empresa consegue obter um retorno 
de 15% ao ano em seus investimentos (ativos), o custo de seus 
financiamentos não pode superar este percentual. Se financiar-se 
pagando jurus de 10% ao ano, por exemplo, o resultado positivo 
auferido irá reforçar o retorno dos proprietários. (ASSAF NETO, LIMA, 
2011, p. 229) 
 
Ou seja, quando a empresa pegou dinheiro emprestado pagando 10% 
de juros ao ano, e aplica o valor financiado em seus ativos e oferecem 15% de 
retorno ao ano, essa diferença de 5% positiva pertence aos acionistas de 
acordo com o capital investido. (ASSAF NETO; LIMA, 2011) 
Logo, sua fórmula, conforme Gitman (2007) é: 
 
ROA = Lucro disponível para os acionistas e ordinários x 100 
 Ativo Total 
 
4.4.3 Retorno sobre o Patrimônio Líquido 
 
São os retornos dos recursos aplicados na empresa pelos proprietários, 
ou seja, mede o percentual dos sócios de acordo com o investimento. 
(TÓFOLI, 2012) 
O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) é obtido pela relação entre 
o Lucro Líquido (após o Imposto de Renda) e o Patrimônio Líquido. (ASSAF 
NETO; LIMA, 2011) 
 Logo, sua fórmula, conforme Assaf Neto e Lima (2011): 
48 
 
ROE= Lucro Líquido_____x 100 
 Patrimônio Líquido Médio 
 
Conforme Silva: 
 
Podemos calcular o retorno sobre o PL utilizando um fórmula mais 
simples, RSPL = LL/(PL-LL), desde que não tenham ocorrido novos 
aportes de capital ou outras modificações expressivas ao patrimônio 
líquido ao longo do período considerado. A formula que utiliza o 
patrimônio líquido médio é mais elaborada, porém um pouco mais 
trabalhosa e precisa do patrimônio líquido inicial. (SILVA, 2008, 
p.245) 
 
4.5 Capital de Giro 
 
Capital de Giro direciona os valores investidos no Ativo Circulante. São 
os recursos utilizados pela empresa para exercer suas atividades diariamente. 
Seu valor tem origem do capital da empresa, capital de terceiros de longo 
prazo e fornecedores aplicados no Ativo Circulante. 
 
A gestão do Capital de giro compreende ao processo continuo de 
tomada de decisões envolvendo a liquidez (risco) e a rentabilidade da 
empresa e busca administrar de forma coerente as atividades 
compreendidas desde a compra de matéria-prima, sua produção (ou 
mercadorias, no caso de empresas comerciais), a venda e o 
recebimento correspondente, incluindo a administração dos 
compromissos gerados pela atividade. (TÓFOLI, 2012, p. 46) 
 
Segundo Tófoli (2012), existem dois meios de formação do Capital de 
giro, sendo o Fixo e o Variável. O Fixo corresponde ao volume mínimo 
necessário do Ativo Circulante para manter a empresa em funcionamento. Já o 
Variável são as necessidades temporais e adicionais de determinado período, 
ou seja, quando houver um atraso no recebimento dos clientes ou antecipação 
de compras. 
 
4.6 Necessidade de Investimento de Capital de Giro 
 
A Necessidade de Capital de Giro (NCG) são os recursos utilizados 
pelas empresas para financiar suas operações, ou seja, se existem recursos 
suficientes para pagar seus compromissos em dia. Essas necessidades 
utilizam geralmente os recursos do Patrimônio Líquido e do Passivo Não 
49 
 
Circulante. (TÓFOLI, 2012) 
Conforme Assaf Neto: 
 
A necessidade de investimento em capital de giro, ou simplesmente 
em giro, reflete o volume liquido e recursos demandado pelo ciclo 
operacional da empresa, determinado em função de suas políticas de 
compras, vendas e estocagem. É necessariamente os investimentos 
cíclicos – que se repetem periodicamente - em cada capital de giro. 
(ASSAF NETO, 2008, p. 537) 
 
Logo, sua fórmula, conforme Tófoli (2012): 
 
NCG = ACO – PCO 
 
 Segundo Tófoli (2012), o Ativo Circulante Operacional (ACO) é 
identificado pelas contas ligadas diretamente aos negócios da empresa– ao 
ciclo operacional. Como: valores a receber, estoques, adiantamentos a 
empregados e despesas do exercício seguinte. O Passivo Circulante 
Operacional (PCO) é representado pelas operações de curto prazo ligadas aos 
negócios da empresa. Como: fornecedores, salários e encargos a pagar, 
tributos a pagar, adiantamentos a clientes. 
 
4.7 Saldo em Tesouraria 
 
Saldo de Tesouraria (ST) é a diferença entre Ativo Circulante Financeiro 
(ACF) e Passivo Circulante Financeiro (PCF). Um saldo positivo representa que 
a empresa possui recursos financeiros suficientes para honrar com suas 
obrigações financeiras de curto prazo. 
 
O Saldo de Tesouraria, quando menor que zero, indica que a 
empresa depende de empréstimos de curto prazo, descontos de 
duplicatas e/ou dívidas de curto prazo não relacionado com seu ciclo 
operacional (dividendos a distribuir, por exemplo). (TÓFOLI, 2012, 
p.178) 
 
Quando a empresa começa a apresentar saldos de tesouraria negativos 
cada vez maiores, significa que é insustentável a situação financeira da 
empresa a longo prazo. Por conta de financiar os bens do Ativo Não Circulante 
com empréstimos de curto prazo, a empresa passa a ter cada vez mais 
dependência dos recursos externos de curto prazo, criando o efeito tesoura. 
50 
 
(TÓFOLI, 2012) 
Logo, seu cálculo, conforme Tófoli (2012): 
 
ST = ACF – PCF 
 
Segundo Tófoli (2012), o ACF é representado pelas contas caixa, 
bancos e aplicações financeiras, que são ligadas às operações táticas de curto 
prazo. O PCF é representado pelas obrigações da empresa junto às 
instituições financeiras e com outro que não tenham vínculo direto com as 
operações da empresa. É representado pelas contas: empréstimos bancários, 
financiamentos, duplicatas descontadas e dividendos a distribuir. 
 
4.8 Efeito Tesoura 
 
O Efeito Tesoura é percebido quando o Saldo de Tesouraria é negativo 
com tendência crescente com as taxas maiores que na Necessidade de Capital 
Giro. O equilíbrio é encontrado na satisfação da necessidade não prevista 
pelos recursos permanentes, assim gerando empréstimos de curto prazo. 
(TÓFOLI, 2012) 
É importante ressaltar, uma vez mais, que um saldo de disponível 
negativo, característica do efeito tesoura, revela que a empresa é 
incapaz de financiar adequadamente seus investimentos operacionais 
em giro, operando com recursos de maturidade incompatível com 
suas efetivas necessidades financeiras. (ASSAF NETO, 2007, p.219) 
 
Segundo Assaf Neto (2007, p.219): “O efeito tesoura pode ocorrer por 
várias razões, ou seja: Crescimento elevado do nível de atividade empresarial 
(overtrade); Desvio de recursos do giro para imobilizações; Inflação etc”. 
 
4.9 Retorno Sobre o Investimento 
 
O Retorno Sobre o Investimento (ROI) representa os recursos 
levantados pela empresa e aplicados em seus negócios, conhecidos como 
passivos onerosos. (TÓFOLI, 2012) 
O capital investido é formado pelo passivo oneroso que são as dívidas 
financeiras que produzem juros, e pelo capital investido pelos acionistas, onde 
51 
 
todos os valores são registrados

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