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SÍNTESE REFLEXIVA Infância e Educação Infantil

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XII
Componente Curricular: Infância e Educação Infantil
Discente: Emilly Hervennys Teixeira Fernandes
Docente: Djanira Ribeiro e Jany Prado
SÍNTESE REFLEXIVA: 
AS ESPECIFICIDADES DA EDUCAÇÃO INFANTIL 
A partir do que foi estudado nas aulas remotas do componente curricular Infância e Educação Infantil, elaboro esta síntese reflexiva acerca das especificidades da Ed. Infantil com a finalidade de demonstrar compreensão dos textos lidos durante o semestre.
A Educação Infantil é dividida em creche (0 a 3 anos) e pré-escola (4 a 5 anos), e tem papel fundamental na formação humana das crianças e, o professor da EI tem função determinante para educar e cuidar delas, no entanto é necessário entender a historicidade deste termo, visto que, as crianças pequenas por muito tempo foram consideradas “pequenos adultos”, e a pouco foram introduzidas em espaços educacionais institucionalizados, e de acordo com a pesquisa de Silva (2017) o cuidar não pode ser visto apenas como um ato de preocupação, tendo sentido mais amplo que venha a garantir a integridade da vida, pois parte do sujeito para consigo mesmo, os outros e as coisas que o cercam. A autora ainda defende que o cuidado na Educação Infantil deve ser considerado como um fenômeno, um acontecimento que seja possível de observar e, além disso, o educar/cuidar não tem sentido enquanto função da educação infantil, ou seja, estes termos estão definitivamente ligados, uma vez que a ação de cuidar enquanto parte do comportamento humano, integra o educar.
Essa ideia de que educar e cuidar é indissociável e se completam nas instituições de educação infantil foi esclarecida por Cerisara (1999) haja vista que anteriormente algumas instituições havia um caráter assistencialista certos lugares nos quais as crianças eram recebidas, visavam somente o cuidado, e os profissionais que agiam nesses locais não traziam como objetivo a formação das crianças, enquanto outros diziam fazer um trabalho exclusivamente “educativo”.
Com a promulgação da Constituição Federal (1988), reconhecendo a criança como sujeito de direitos, deu-lhes acesso a educação nas creches e pré-escolas, um espaço conquistado através de muitas lutas sociais. Outra lei que também foi de fundamental importância para o avanço da Educação infantil foi a Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96.
Além das leis de garantias para a educação infantil, se faz necessário que a prática docente seja centrada para os verdadeiros atores da EI, são elas as crianças, e estas devem ter participação ativa, construindo progressivamente seu conhecimento através dos processos educativos, pois são eles os sujeitos sócio-histórico-cultural, Julia O. Formosinho (2007), em seu trabalho, nos mostra elementos de diferença entre uma pedagogia feita com o objetivo apenas de transmissão, aquela centrada no professor, no conteúdo, em corrigir erros, algo que é reconhecido como uma educação tradicional e mecânica, enquanto do outro lado ela nos mostra uma pedagogia que valoriza a participação, o questionamento, o envolvimento, que valoriza a investigação do aluno, planeja e avalia juntos, trabalhando coletivamente. É essa a educação infantil que tanto devemos buscar, e não apenas reproduzir o que já acontece no ensino fundamental, pois as crianças, como sujeitos ativos merecem se questionarem e participarem de todas as etapas que no fim diz respeito a elas mesmas.
É indispensável desenvolver práticas para o desenvolvimento integral da criança, dar oportunidades as experiências com suas diferentes linguagens de forma que ela possa conhecer a si própria, construindo seu próprio conhecimento, por meio das brincadeiras e interação com os demais.
Portanto, é perceptível que dentre as especificidades da Educação Infantil, o cuidar não é meramente reduzido aos cuidados de uma maneira simplista, é comprometimento, é tempo e proximidade vindo do professor, no qual ele precisa entender que a criança é um sujeito ativo e capaz, que deve ser ouvida e respeitada, para que possa se desenvolver de modo pleno, sendo assim, o ato de cuidar é para construir vínculos entre quem cuida e quem é cuidado.
O educar, por sua vez, exige que o professor procure estimular as crianças a ter curiosidade em aprender, despertando seu interesse para que assim seja o desenvolvimento de habilidades sociais, afetivas, entre outras, no qual o aluno adquire conhecimentos constantemente. O educar para a educação infantil vai além de uma educação formal, devendo ter a cooperação de todos e respeitando os limites de cada criança. 
Entendendo os percalços que o professor da educação infantil precisa enfrentar e compreender, este, necessita cada vez mais estar capacitado a desenvolver um trabalho com intencionalidade, que conheça as especificidades da infância, respeitando cada singularidade e interagindo com as crianças para fortalecer o desenvolvimento das mesmas.
É imprescindível que a Educação Infantil, deixe de ser vista como lugar de “deposito de crianças”, onde o importante é apenas que a criança seja cuidada, outra hora como um lugar que a prepara para o ensino fundamental e mais do que necessário é que brincadeiras parem de ser vistas de um jeito deturpado que não tem uma intenção pedagógica especificada.
REFERÊNCIAS
CERISARA, Ana Beatriz. Educar e cuidar: por onde anda a educação infantil? Perspectiva, Florianópolis, v. 7, n. Especial, p. 11-21, jul./dez. 1999.
SILVA, Elenice de Brito Teixeira. Do sentido filosófico à significação pedagógica do cuidado. Revista Contemporânea de Educação, Rio de Janeiro, v. 12, n. 25, p. 469-485, set. 2017.
OLIVEIRA-FORMOSINHO, J. Pedagogia(s) da infância: reconstruindo uma práxis de participação. In: OLIVEIRA-FORMOSINHO, J.; KISHIMOTO, T.; PINAZZA, M. (Org.). Pedagogia(s) da infância: dialogando com o passado, construindo o futuro, São Paulo: Artmed, 2007. p. 13-36.

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