Buscar

Apostila de Liderança Militar na Marinha do Brasil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 93 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 93 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 93 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EMN-008 OSTENSIVO
LIDERANÇA MILITAR
MARINHA DO BRASIL
ESCOLA DE APRENDIZES-MARINHEIROS DO ESPÍRITO SANTO
2017
 
LIDERANÇA MILITAR
MARINHA DO BRASIL
ESCOLA DE APRENDIZES-MARINHEROS DO ESPÍRITO SANTO
2017
FINALIDADE: DIDÁTICA
2ª REVISÃO
OSTENSIVO EMN-008
ATO DE APROVAÇÃO
Aprovo, para emprego nas Escolas de Aprendizes-Marinheiros, a 2ª revisão da publicação
EMN-008 – APOSTILA DE LIDERANÇA MILITAR.
VILA VELHA, ES.
Em, de janeiro de 2017.
FÁBIO CASES PASSOS
Capitão de Fragata
Comandante
ASSINADO DIGITALMENTE 
AUTENTICADO
PELO ORC
RUBRICA
Em _____/___/____
OSTENSIVO - II - REV 2
OSTENSIVO EMN-008
ÍNDICE
PÁGINAS
Folha de Rosto............................................................................................................................... I
Ato de Aprovação.......................................................................................................................... II
Índice ............................................................................................................................................ III
Introdução ..................................................................................................................................... VII
CAPÍTULO 1 - ETIMOLOGIA DO TERMO ÉTICA
1.1.1 - Introdução 1-1
1.1.2 – Definição de ética 1-1
1.2 – CONCEITOS DE ÉTICA 1-3
1.3 – MISSÃO CONSTITUCIONAL DAS FORÇAS ARMADAS 1-3
1.4 – PRINCIPIOS ÉTICOS 1-4
1.5 – A ÉTICA MILITAR 1-5
1.5.1 – Preceitos da Ética Militar 1-4
1.5.2 – Deveres Militares 1-7
1.6 – RESPONSABILIDADE MORAL E LEGAL 1-7
CAPÍTULO 2 - COMPORTAMENTO MILITAR NAVAL E SOCIAL
2.1 - COMPORTAMENTO SOCIAL 2-1
2.1.1 - Breve histórico 2-1
2.2 - CONDUTA ÉTICO-MILITAR E COMPORTAMENTO SOCIAL 2-2
2.2.1-Ética Militar 2-3
2.3 - EDUCAÇÃO E POSTURA 2-3
2.3.1 - Boas maneiras 2-3
2.3.2 - Inimigos da etiqueta 2-3
2.3.3 - Onde começa a etiqueta 2-5
2.3.4 - Cuidados Importantes 2-5
2.3.5 - Postura e Elegância 2-7
2.3.6 - Afabilidade 2-9
2.4 - REUNIÕES, ENCONTROS E CERIMÔNIAS: AMBIENTE CIVIL E MILITAR 2-9
2.4.1 - Tradição 2-9
2.4.2 - Reuniões, Encontros e Cerimônias 2-10
2.4.3 - Auditório 2-11
2.4.4 - Na Marinha do Brasil 2-11
2.5 - SALÃO DE RECREIO E REFEITÓRIO 2-11
OSTENSIVO - III- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
2.5.1 – Salão de recreio 2-11
2.5.2 – Refeitório ou coberta de rancho 2-12
2.6 – POSTURA À MESA 2-12
2.6.1 - Imprevistos 2-14
2.6.2 - Inconvenientes 2-14
2.7 – CUMPRIMENTOS MILITARES E SOCIAIS 2-14
2.7.1 - Cumprimentos militares e sociais 2-14
2.7.1.1 – Cumprimentos Militares 2-14
2.7.1.2 – Cumprimentos Sociais (em ambiente civil e sem uso de farda) 2-15
2.7.2 – Apresentações 2-16
2.8 – CONVERSAÇÃO 2-16
2.9 – FOTOGRAFIAS 2-17
2.10 – TELEFONEMAS 2-17
2.11 – SÍTIOS DE RELACIONAMENTO SOCIAL 2-18
2.11.1 – Cuidados com a exposição pessoal na internet 2-19
2.11.2 – Agradecimentos 2-19
2.12 – VESTUÁRIOS E TRAJES 2-19
2.13 – UNIFORMES E TRAJE CIVIL 2-19
2.13.1 – Comportamento de militares uniformizados em cerimônias e eventos sociais 2-20
2.13.2 – Traje civil 2-21
2.14 - CUIDADOS IMPORTANTES COM OS TRAJES 2-21
2.15 – CAVALHEIRISMO X HIERARQUIA 2-22
2.15.1 - O que faz um cavalheiro 2-22
2.15.2 - Cavalheirismo X Hierarquia 2-22
CAPÍTULO 3 - HIERARQUIA, DISCIPLINA, AUTORIDADE E RESPONSABILIDADE
3.1 – ASPECTOS PRIMORDIAIS DA HIERARQUIA, AUTORIDADE E
RESPONSABILIDADE.
3-1
3.1.1 - Hierarquia 3-1
3.1.2 - Autoridade 3-2
3.1.3 – Delegação de autoridade 3-2
3.1.4 - Responsabilidade 3-3
3.2 – IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA E DA AUTODISCIPLINA 3-4
3.2.1 – Disciplina 3-4
3.2.2 – Autodisciplina 3-5
OSTENSIVO - IV- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
3.2.3 – Decálogo de Liderança 3-6
CAPÍTULO 4 - 
4.1 – Ética militar naval 4-1
CAPÍTULO 5 - LIDERANÇA
5.1 – CONCEITO DE LIDERANÇA 5-1
5.1.1 – Fatores a considerar 5-1
5.1.2 – Teorias e abordagens 5-1
5.1.3 – Definições 5-2
5.2 – IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA COMO ATRIBUTO ESSENCIAL AO 
MILITAR
5-3
5.2.1 – Importância da Liderança 5-3
5.2.1.1 – A importância de uma liderança transformadora 5-3
5.2.2 – Rendimento do elemento humano 5-4
5.2.3 – Desenvolvimento da Liderança 5-4
5.3 – A TEORIA DOS GRUPOS HUMANOS 5-5
5.3.1 – Introdução 5-5
5.3.2 – Definição de grupo 5-5
5.3.3 – O indivíduo e o grupo 5-5
5.3.4 – Classificação do grupos 5-6
5.3.5 – Características de uma participação eficiente no grupo 5-7
5.3.6 – Comunicação no grupo 5-7
5.3.7 – Formação da personalidade do grupo 5-8
5.3.8 – Dinâmica de grupo 5-8
5.4 – BASES DA LIDERANÇA 5-10
5.4.1 – Bases Filosóficas da Liderança 5-10
5.4.2 – Bases Psicológicas da Liderança 5-14
5.4.3 – Bases Sociológicas da Liderança 5-20
5.5 – TIPOS DE LIDERANÇA E SUAS CARACTERÍSTICAS 5-26
5.5.1 – Estilos de liderança 5-26
5.5.2 – Níveis de liderança 5-29
5.5.3 – Manifestações patológicas da liderança 5-30
5.6 – FORMAS DO LÍDER TRABALHAR COM OS PROBLEMAS COMUNS NA
DI- NÂMICA DE UM GRUPO
5-30
5.6.1 – Formas de exercer influência no grupo Aspectos psicológicos a considerar 5-30
5.6.2 - Processos de influenciação 5-31
5.7 – COMPORTAMENTO DOS ELEMENTOS DE UM GRUPO DIANTE DOS
ES- TILOS DE LIDERANÇA
5-33
5.7.1 - Introdução 5-33
OSTENSIVO - V- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
5.7.2 – Comportamento diante da liderança autocrática ou autoritária 5-34
5.7.3 – Comportamento diante da liderança democrática ou participativa 5-34
5.7.4 – Comportamento diante da liderança delegativa ou liberal 5-35
5.7.5 – Repercussões da experiência e Iowa 5-35
5.8 – ATRIBUTOS E CARACTERÍSTICAS PESSOAIS DO LÍDER 5-35
5.8.1 - Introdução 5-35
5.8.2 – Principais atributos de um líder 5-36
5.8.3 – Procedimentos para se tornar um líder 5-39
ANEXO – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A-1
A-2
A-3
OSTENSIVO - VI- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
INTRODUÇÃO
 
1 – PROPÓSITO
Esta publicação tem o propósito de apresentar uma síntese dos conceitos e princípios que regem o
processo de liderança, extraída das publicações relacionadas na bibliografia, em conformidade com
o Sumário da Disciplina, ministrada no Curso de Formação de Marinheiros para a Ativa. Permite
aos Aprendizes-Marinheiros, utilizando uma única fonte de referência, a obtenção dos
conhecimentos iniciais, formando as bases para o desenvolvimento de sua capacidade de liderança
no decorrer da carreira naval. Além disso, contribui para a padronização do conteúdo ministrado
pelos diversos instrutores, espelhando, de forma homogênea, a doutrina da Marinha sobre a matéria.
2 - DESCRIÇÃO
No capítulo 1, são apresentados os elementos conceituais, os princípios básicos de liderança, sua
importância, bem como noções das ciências humanas que lhe dão suporte.
No capítulo 2, a ênfase está voltada para o contexto militar, os estilos e níveis de liderança,
destacando-se os valores cultuados pela Marinha, o desenvolvimento de atributos pessoais, o cultivo
da disciplina e o respeito à hierarquia.
 As referências bibliográficas encontradas entre parênteses, no texto, possuem o seguinte
significado: o primeiro algarismo refere-se ao número de ordem das publicações conforme
aparecem no Anexo A; os demais algarismos, após o sinal de dois pontos, significam a página em
que o assunto pode ser encontrado na citada referência.
OSTENSIVO - VII- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
CAPÍTULO 1
FUNDAMENTOS DA ÉTICA
1.1 – ETIMOLOGIA DO TERMO ÉTICA
1.1.1 - Introdução
É próprio de a Marinha apresentar singular dicotomia que, no decorrer dos séculos, se
mantém como característica muito perene e rejuvenescedora: Se, por um lado, cultua o passado com
incomum devoção, por outro se dedica, com audácia de pioneiros, a averiguar o futuro. Mantém
tradições como talvez nenhuma outra instituição brasileira e, com o mesmo afã, lança-se à linha de
frente nas fronteiras da pesquisa e do desenvolvimento tecnológico.
Sem choque de mentalidades, os usos e costumes formadores de nossa rica tradição naval
convivem, com a busca metódica e contínua dos mais avançadosconhecimentos da ciência e, em
decorrência, da arte da guerra no mar e do mar para a terra. É o passado e o futuro em perfeita
harmonia.
Assim é a Marinha. É da sua própria natureza esse extraordinário contraste, que em nada a
abala como instituição nacional permanente e em nada lhe esmorece a coesão como instituição
profissional-militar.
As múltiplas e rápidas mudanças ocorrem nas organizações e grupos humanos, consequência
da exponencial evolução da ciência e da tecnologia em todos os campos do conhecimento humano.
Elas influenciam inevitavelmente nossa instituição naval. Negar isto é negar o óbvio.
Por esses motivos, devemos cuidar com perseverança de nossas tradições, usos e costumes
navais como uma espécie de elo a nos tornar um grupo distinto, seja na paz, seja nas crises e
conflitos armados, se porventura para tal formos chamados pela Nação. 
No decorrer de séculos, a cultura de nossa Marinha nos dá fantástica lição de sabedoria ao ter
permanentemente harmonizado “o tradicional” com “o inovador”. O encontro desse justo
denominador comum, o ponto ideal de equilíbrio característico do nosso modo de vida institucional,
advém da forma marinheira de cuidar de nossos navios e pensar a Defesa da Pátria - mais uma
herança de nossa História Naval.
1.1.2 – Definição de ética
Ética, do grego ethos, que significa modo de ser, caráter, comportamento, é o ramo da
OSTENSIVO - 1-1- REV 2
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CL%25C3%25ADngua_grega
OSTENSIVO EMN-008
filosofia que busca estudar e indicar o melhor modo de viver no cotidiano e na sociedade.
Diferencia-se da moral, pois enquanto esta se fundamenta na obediência a normas, tabus, costumes
ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos recebidos, a ética, ao contrário, busca
fundamentar o bom modo de viver pelo pensamento humano.
Na filosofia clássica, a ética não se resume ao estudo da moral, entendida como "costume", do
latim mos, mores, mas a todo o campo do conhecimento que não é abrangido na física, metafísica,
estética, na lógica e nem na retórica. Assim, a ética abrangia os campos que atualmente são
denominados antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia, educação física, dietética e
até mesmo política, em suma, campos direta ou indiretamente ligados a maneiras de viver.
Porém, com a crescente profissionalização e especialização do conhecimento que se seguiu à
revolução industrial, a maioria dos campos que eram objeto de estudo da filosofia, particularmente
da ética, foram estabelecidos como disciplinas científicas independentes. Assim, é comum que
atualmente a ética seja definida como "a área da filosofia que se ocupa do estudo das normas morais
nas sociedades humanas" e busca explicar e justificar os costumes de um determinado agrupamento
humano, bem como fornecer subsídios para a solução de seus dilemas mais comuns. Neste sentido,
ética pode ser definida como a ciência que estuda a conduta humana e a moral é a qualidade desta
conduta, quando julga-se do ponto de vista do Bem e do Mal.
A ética também não deve ser confundida com a lei, embora com certa frequência a lei tenha
como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum indivíduo pode ser
compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer
sanção pela desobediência a estas; por outro lado, a lei pode ser omissa quanto a questões
abrangidas no escopo da ética.
Hoje em dia, a maioria das profissões tem o seu próprio
código de ética profissional, que é um conjunto de normas de
cumprimento obrigatório, derivadas da ética, e que por ser um
código escrito e frequentemente incorporado à lei pública não
deveria se chamar de "código de ética" e sim "Legislação da
Profissão". Nesses casos, os princípios éticos passam a ter força
de lei; note-se que, mesmo nos casos em que esses códigos não
estão incorporados à lei, seu estudo tem alta probabilidade de
exercer influência, por exemplo, em julgamentos nos quais se
OSTENSIVO - 1-2- REV 2
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CLei
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CDilema
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CRevolu%25C3%25A7%25C3%25A3o_industrial
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CPol%25C3%25ADtica
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CDiet%25C3%25A9tica
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CEduca%25C3%25A7%25C3%25A3o_f%25C3%25ADsica
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CPedagogia
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CEconomia
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CSociologia
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CPsicologia
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CAntropologia
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CRet%25C3%25B3rica
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CL%25C3%25B3gica
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CEst%25C3%25A9tica
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CMetaf%25C3%25ADsica
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CFilosofia_natural
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CL%25C3%25ADngua_latina
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CFilosofia_cl%25C3%25A1ssica
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CPensamento
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CMoralidade
file:///E:/SOP/C:%5CUsers%5Ceames-604%5CDocuments%20and%20Settings%5Cwiki%5CFilosofia
OSTENSIVO EMN-008
discutam fatos relativos à conduta profissional. Ademais, o seu não cumprimento pode resultar em
sanções executadas pela sociedade profissional, como censura pública e suspensão temporária ou
definitiva do direito de exercer a profissão, situações essas algumas vezes revertidas pela justiça
comum, principalmente quando os "códigos de ética" de certas profissões apresentam viés que
contraria a lei ordinária.
1.2 – CONCEITOS DE ÉTICA
É a ciência do comportamento moral dos
homens em sociedade.
É o conjunto de normas de comportamento e
formas de vida através do qual o homem tende a
realizar o valor do bem.
É um padrão aplicável à conduta de um grupo
bem definido, padrão esse que nos permite aprovar ou
desaprovar agentes e suas ações. (Comissão de Ética
da Presidência da República).
É o conjunto de princípios, valores, costumes, tradições, normas estatutárias e regulamentos
que regem o juízo de conduta do militar. Na Marinha do Brasil esse conceito é entendido como
Ética Militar Naval.
1.3 – MISSÃO CONSTITUCIONAL DAS FORÇAS ARMADAS
As Forças Armadas, essenciais à execução da
política de segurança nacional, são constituídas pela
Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, e destinam-
se a defender a Pátria e garantir os poderes
constituídos, a lei e a ordem. São Instituições
nacionais, permanentes e regulares, organizadas com
base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade
suprema do Presidente da República e dentro dos limites da lei.
Os membros das Forças Armadas, em razão de sua destinação constitucional, formam uma
categoria especial de servidores da Pátria e são denominados militares.
São considerados reserva das Forças Armadas:
OSTENSIVO - 1-3- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
I – individualmente:
a) os militares da reserva remunerada;e
b) os demais cidadãos em condições de convocação ou de mobilização para a ativa;
II – no seu conjunto:
a) as polícias militares; e
b) os corpos de bombeiros militares.
A Marinha Mercante, a Aviação Civil e as empresas declaradas diretamente relacionadas com
a segurança nacional são, também, consideradas, para efeitos de mobilização e de emprego, reserva
das Forças Armadas.
O pessoal componente da Marinha Mercante, da Aviação Civil e das empresas declaradas
diretamente relacionadas com a segurança nacional, bem como os demais cidadãos em condições de
convocação ou mobilização para a ativa, só serão considerados militares quando convocados ou
mobilizados para o serviço das Forças Armadas.
A carreira militar é caracterizada por atividade continuada e inteiramente devotada às
finalidades precípuas das Forças Armadas, denominada atividade militar.
1.4 – PRINCIPIOS ÉTICOS 
1.4.1- Diferença entre a ética normativa (institucionalizada) e a ética moral. 
A Ética pode ser entendida como a Ciência da Moral. E se divide na ética normativa e na
teoria da moral. A primeira investiga o problema do bem e do mal, estabelece o código moral do
comportamento, identifica aspirações dignas e a boa conduta, e qual o sentido da vida.
Normalmente dá origem a códigos ou estatutos. A teoria da moral enfoca a essência da vida, sua
origem e desenvolvimento, as leis que prescrevem suas normas e a origem e a essência das virtudes,
seu caráter histórico e cultural, distinguindo o indivíduo do grupo. Está relacionada com o
comportamento individual.
1.5 – A ÉTICA MILITAR
O militar deve se esforçar na preservação das manifestações essenciais do valor militar,
estabelecidas no Estatuto dos Militares:
• o patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever militar e pelo
solene juramento de fidelidade à Pátria até com o sacrifício da própria vida;
• o civismo e o culto das tradições históricas;
• a fé na missão elevada das Forças Armadas;
OSTENSIVO - 1-4- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
• o espírito de corpo, orgulho do militar pela organização onde serve;
• o amor à profissão das armas e o entusiasmo com que é exercida; e
• o aprimoramento técnico-profissional.
Além dessas, inclui-se a “obediência aos superiores” - virtude essencial ao cumprimento
pronto e eficiente das ordens legais dos legítimos superiores hierárquicos. Entretanto, para permitir
desempenhos adequados, deve ser alicerçada num ideal de competência profissional, fundamentada
nas tradições e no espírito de servir ao País, fatores unificadores e motivadores das Forças Armadas.
Consequentemente, a obediência não pode estar subordinada aos prazeres ou às afinidades sociais,
econômicas, políticas ou religiosas de cada indivíduo; deve resultar, sim, de um padrão coerente de
atitudes, valores e visões que fazem parte da ética militar.
1.5.1 – Preceitos da Ética Militar
A Ética Militar Naval é um atributo que induz ao
atendimento das regras de conduta compatíveis com o
comportamento militar naval desejado. 
A Marinha precisa de militares, homens e
mulheres, que observem em suas vidas,
permanentemente, os preceitos da ética militar
estabelecidos no Estatuto dos Militares: 
a) amar a verdade e a responsabilidade como
fundamento de dignidade pessoal;
b) exercer, com autoridade, eficiência e probidade,
as funções que lhe couberem em decorrência do cargo;
c) respeitar a dignidade da pessoa humana;
d) cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades
competentes;
e) ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados;
f) zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e, também, pelo dos subordinados,
tendo em vista o cumprimento da missão comum;
g) empregar todas as suas energias em benefício do serviço;
OSTENSIVO - 1-5- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
h) praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o espírito de cooperação;
i) ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada;
j) abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa de qualquer natureza;
k) acatar as autoridades civis;
l) cumprir seus deveres de cidadão;
m) proceder de maneira ilibada na vida pública e na particular:
n) observar as normas da boa educação;
o) garantir assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de família
modelar;
p) conduzir-se, mesmo fora do serviço ou quando já na inatividade, de modo que não sejam
prejudicados os princípios da disciplina, do respeito e do decoro militar;
q) abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer
natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
r) abster-se, na inatividade, do uso das designações hierárquicas;
• em atividades político-partidárias;
• em atividades comerciais;
• em atividades industriais;
• para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos políticos ou
militares, excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se devidamente
autorizado; 
• no exercício de cargo ou função de natureza civil, mesmo que seja na administração
pública; e
s) zelar pelo bom nome das Forças Armadas e de cada um de seus integrantes; obedecendo e
fazendo obedecer os preceitos da ética militar.
Além dos preceitos acima elencados, fazem parte ainda, dentre outros, o código de honra
expresso na “Rosa das Virtudes” e os dizeres do juramento à Bandeira. 
Todos os preceitos da Ética Militar Naval constituem um poderoso instrumento para o
OSTENSIVO - 1-6- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
exercício da liderança naval e devem, sempre que possível, serem exaltados.
1.5.2 – Deveres Militares
Como estabelecido no Estatuto dos Militares, não deve ser esquecido que “os deveres
militares emanam de um conjunto de vínculos racionais e morais que ligam o militar à Pátria e ao
seu serviço, e compreendem, essencialmente:
• a dedicação e a fidelidade à Pátria, cuja honra, integridade e instituições devem ser
defendidas, mesmo com o sacrifício da própria vida;
• o culto aos Símbolos Nacionais;
• a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;
• a disciplina e o respeito à hierarquia;
• o rigoroso cumprimento das obrigações e das ordens; e
• a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade.”
1.6 – RESPONSABILIDADE MORAL E LEGAL
Entende-se por responsabilidade a
obrigação de responder por certos atos, próprios
ou de outrem. É inquestionável que sem
responsabilidade não há liderança.
Distinguem-se, nitidamente, dois tipos de responsabilidade: a responsabilidade moral e a
legal.
A responsabilidade moral, conhecida também como senso de responsabilidade, é a capacidade
que o militar deve ter para cumprir as suas atribuições e as que sejam requeridas pela administração
e de assumir e enfrentar as consequências de seus atos e omissões, de suas atitudes e decisões.
A responsabilidade moral não tem limites fixados. Está na consciência de cada um, no senso
OSTENSIVO - 1-7- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
de moralidade, na sua assimilação dos padrões de moral da sociedade, em determinada época e
cultura. 
A responsabilidade moral significa um indivíduo senhor de
suas ações, respondendo por elas perante a própria consciência e
de acordo com o padrão de moralidade existente, mesmo sem estar
obrigado a prestar contas por força de lei ou regulamento.
A responsabilidade legal, por sua vez, é a estabelecida por lei ou regulamento, fruto da função
exercida pelo militar. 
O líder assume a responsabilidade legal e moral, e tem plena consciência de quando cabem as
duas e em que extensão. Tal fato lhe acarreta dignidade e autoridade moral.
A responsabilidade moral é um processo de avanço na batalha pessoal contra a fraqueza, a
conveniência e a relutância pessoais. Ela traz como recompensao ganho em força de caráter,
decisão e conquista de confiança quer dos outros, quer de si mesmo.
Um procedimento é considerado moralmente ou eticamente correto não somente por ser fiel
aos regulamentos e manuais, ou seja, ser legal, mas também por ser basicamente forjado no dia a
dia, na rotina de bordo e nos adestramentos, e serem, finalmente, considerados como parte
inalienável de nossas tradições e costumes. Nem todas as decisões envolvem um problema moral ou
ético; inclusive, a maioria é eticamente neutra. Entretanto, isto não significa que devemos
desconsiderar as consequências de nossos atos.
Quando refletimos sobre nossos pensamentos e ações estamos desenvolvendo o senso de certo
e errado, característica fundamental das pessoas eticamente sensíveis, como o são os grandes
líderes.
OSTENSIVO - 1-8- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
CAPÍTULO 2
COMPORTAMENTO MILITAR NAVAL E SOCIAL
2.1 - COMPORTAMENTO SOCIAL 
2.1.1 - Breve histórico 
Quando se fala em etiqueta, é comum a
associação da palavra a regras restritas aos
extratos mais elevados da sociedade, fora do
alcance da maior parte das pessoas. Por muito
tempo esta foi a ideia de etiqueta, porém, hoje,
deve ser entendida como um importante
elemento de formação individual que engloba
um conjunto de regras e hábitos sociais capaz
de disciplinar a atitude de cada um em relação
ao próximo.
Os indivíduos que sabem se portar em cada circunstância e ocasião acabam se sentindo mais
seguros e proporcionam em seus meios sociais um lugar mais agradável ao convívio e também à
produção. No campo profissional vale ressaltar a importância das boas maneiras para melhorar as
relações no trabalho e a capacidade de representação de instituições pelos indivíduos que as
compõem, principalmente num mundo globalizado.
De pouco adianta um profissional extremamente qualificado, mas que não tenha aptidão para
se relacionar com as pessoas. O ser humano precisa compreender qual o seu grau de
comprometimento e sua inserção social para ter uma melhor qualidade de vida.
As regras de etiqueta variam no tempo e no espaço. As regras mudam conforme as mudanças
da própria sociedade e de sociedade para sociedade porque refletem hábitos, tradições, crenças,
concepções, influências etc.
A palavra francesa étiquette, adotada pelo português, significa rótulo, tarja, bilhete de
qualidade. Desta forma, etiqueta é o resultado de uma boa educação acrescida do bom senso para
discernir e decidir as melhores escolhas.
A etiqueta tem como objetivos: promover maior segurança em situações sociais diversas;
propiciar a melhoria nos relacionamentos interpessoais (convívio social harmônico); promover uma
OSTENSIVO -2-1- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
maior respeitabilidade entre os membros de uma família ou do trabalho; e promover uma boa
imagem social (fator diferencial entre os indivíduos).
A função básica da etiqueta social é possibilitar um convívio social agradável. Preservar bons 
hábitos e costumes pode ser relevante e possibilita que a vida em sociedade seja mais harmônica. 
A inspiração da etiqueta está no cuidado e respeito com o próximo, baseada em regras 
simples, no bom senso e na cordialidade. 
2.2 - CONDUTA ÉTICO-MILITAR E COMPORTAMENTO SOCIAL
Conforme consta na publicação Normas
Para a Conduta Ético-Militar e Atividades
Sociais no âmbito Militar (DGPM-319), o
comportamento militar deverá ser sempre
orientado pelas prescrições constantes do
Estatuto dos Militares, pelos deveres do
pessoal estipulados na Ordenança Geral para
o Serviço da Armada, pelo respeito à
condição do militar, homem ou mulher, pela
dignidade de seu papel na família, pelo seu compromisso profissional, bem como pelas tradições de
disciplina, decoro e dedicação, características da vida naval.
As boas normas aplicadas ao comportamento social estão intimamente relacionadas à conduta
ético-militar e são complementares entre si. São procedimentos e atitudes transmitidas pelos
ascendentes ou adquiridos pela observação rigorosa do que é moralmente aceito no seio de uma
sociedade, na vida familiar e na vida militar.
Os militares da MB devem, em todas as circunstâncias da vida privada e profissional, nas
cerimônias militares e nos eventos sociais, de cunho militar ou não, proceder à constante
autocrítica, pautando seu comportamento pela discrição, elegância, fidalguia e primor em suas
atitudes e maneiras, de modo a zelar pelo bom nome da Instituição e de cada um de seus
integrantes. Nesse sentido, deverá informar-se e observar atentamente as regras de etiqueta
referentes à postura, aos cumprimentos, à linguagem e ao modo de se expressar, aos procedimentos
à mesa, à movimentação no ambiente, aos modos de sentar, evitando todo e qualquer excesso.
OSTENSIVO -2-2- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
2.2.1-Ética Militar
Segundo o Art.28, da Seção II do Estatuto dos Militares, o sentimento do dever, o pundonor
militar e o decoro da classe impõem, a cada um dos integrantes das Forças Armadas, conduta moral
e profissional irrepreensíveis, com a observância de alguns preceitos de ética militar, entre eles:
amar a verdade e a responsabilidade como fundamento de dignidade pessoal; respeitar a dignidade
humana; zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e, também, pelo dos subordinados;
ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada; proceder de maneira
ilibada na vida pública e particular; observar as normas da boa educação; garantir assistência moral
e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de família modelar.
2.3 - EDUCAÇÃO E POSTURA
2.3.1 - Boas maneiras
Etiqueta, boas maneiras e postura são
quesitos aprimorados ao longo da vida, porém,
a base de tudo é a educação. Educação que nos
é ensinada desde tenra idade. Nada é muito
novo: respeitar as pessoas para ser respeitado,
lembrar dos limites, ser gentil, ser agradável
numa conversa, fazer o melhor possível, ouvir
mais em vez de falar e tantas outras
delicadezas pertinentes a uma pessoa educada. Educação não depende de classe social. Uma pessoa
com bons recursos financeiros e status social pode não ser educada e certamente fechará algumas
portas em seu caminho por sua arrogância. Por outro lado, pessoas esforçadas, com poucos recursos,
podem crescer por força de sua educação e bons modos. E num ambiente militar tudo é observado e
até mesmo avaliado.
Este texto servirá como um manual, abordando vários tópicos pertinentes à educação e à
postura, que não devem ser nunca descuidados.
2.3.2 - Inimigos da etiqueta
Existem alguns impasses para a Etiqueta como um todo:
a) Impaciência 
Uma pessoa nervosa, que não pode esperar, nem para receber algo e nem para fazer,
OSTENSIVO -2-3- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
negligencia fatores importantes como a cautela, a prudência, a coerência, a parcimônia, a calma nas
decisões, a firmeza nas atitudes porque faz tudo às pressas ou quer tudo para ontem, sem refletir nas
consequências das escolhas e na qualidade do trabalho desenvolvido. Quando se trabalha numa
equipe, sendo chefe, afoba-se, acaba atropelando-se, levando imensos prejuízos para os
profissionais que ali se esmeram.
b) Intolerância
Um profissional que não tolera nada além das suas ordens restritas, não se abre à
possibilidade do novo, do criativo, do mais produtivo e eficiente, fica limitado à sua própria
fraqueza, e, certamente, nunca será um líder. 
c) Egoísmo
O egoísta é alguém que só pensa em si mesmo. Vivemos num meio social, cercados de
pessoas das mais diferentes esferas, com os mais diversos pensamentos e formas de agir. O sujeito
egoísta não vai além dele mesmo, o mundo gira em torno de si. Ele não vê o horizonte, não olha ao
lado, não caminha lado-a-lado com ninguém, é absolutamentesolitário. Atropela sentimentos e só
se importa em lucrar nas situações.
d) Arrogância
A arrogância é prima-irmã do egoísmo e da vaidade. Quem acha alguma coisa não tem certeza de
nada. O arrogante acha muito: acha que está certo, acha que sabe fazer melhor, acha que os outros
só erram, acha, acha. A arrogância nada mais é do que uma defesa da incompetência.
e) Vaidade
Quando uma pessoa, por vaidade, faz algo para obter prestígio e reconhecimento, desprezando o
trabalho e o esforço de muitos ao redor, desqualifica todo o serviço.
f) Ostentação
Eu é uma palavra muito pequena para significar tanta coisa. Eu faço, eu consigo, eu quero,
eu posso, eu exijo, eu sou, eu tenho... Porém, tudo piora quando aliado ao pronome eu vem o mais:
eu faço mais, eu consigo mais, eu quero mais, eu posso mais, eu exijo mais, eu sou mais, eu tenho
mais. Existem pessoas que numa conversa informal cortam assuntos para introduzir o “eu”, seguido
da ideia de sempre algo melhor ou maior. Talvez, para disfarçar a pequenice que deve ser a vida
delas.
OSTENSIVO -2-4- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
g) Excesso de intimidade e naturalidade
Sempre se peca nos extremos: excesso ou nada. Em relação à intimidade, o excesso
transgride o limite alheio e pode acabar constrangendo. Assim como a naturalidade excessiva. O
meio social nos obriga a regras de convívio e educação, a questões éticas e morais, leis e costumes.
Portanto, para usufruir direitos é necessário cumprir os deveres. Não se pode tudo, em qualquer
tempo, em qualquer lugar, para qualquer um. O respeito é fundamental em todas as relações sociais,
é preciso saber medir a magnitude dos comportamentos e assumir a consequência de todos os atos.
2.3.3 - Onde começa a etiqueta
O princípio da etiqueta é o respeito ao próximo, logo: nunca entre num ambiente sem
anunciar-se, podem estar tratando assuntos confidenciais, segredos de família ou outros que podem
não lhe dizer respeito; não se comunique aos brados, nem murmurando, você tem que se comunicar
de forma clara, objetiva e sem insinuações; seja pontual (especial atenção em cerimônias militares e
à chegada de autoridades), afinal contam com todos para o início de uma solenidade, evento,
refeições, reunião, casamento etc; evite invasão de privacidade de qualquer espécie:
• nunca leia correspondências de outros;
• nunca mexa em “material alheio” sem expresso consentimento;
• não ouça conversa de terceiros;
• não abra outra geladeira que não a sua.
2.3.4 - Cuidados Importantes
a) Uso de perfumes
Perfume é algo particular, não público. Cada pessoa tem um gosto.
Não se deve saturar um ambiente com o seu cheiro, pois se todos sentiram
o perfume é porque está forte, exagerado. Lembre-se da questão do limite.
O mesmo deve ser em relação ao desodorante, loção de barba, cremes de
beleza etc. O perfume deve ser agradável ao chegar perto. Quando bom,
faz lembrar uma pessoa, um ambiente, uma geração, uma época da vida, logo, não transforme uma
lembrança num desastre.
OSTENSIVO -2-5- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
a) Fumo 
Lembre-se de que o fumo é um vício pessoal, não um castigo
coletivo. Se você fuma, deve ter alguns cuidados importantes,
como não fumar em lugares públicos, perto de gestantes, durante
um evento ou refeições etc. O hálito de um fumante não é muito
agradável, portanto procure por pastilhas para amenizar o cheiro.
O fumante fica com as roupas mal cheirosas, o cabelo fedido, as
mãos meio amareladas e a saúde totalmente prejudicada. Se você fuma, repense este hábito.
Quando a necessidade de fumar for irresistível e nos locais onde for permitido, peça licença às
pessoas com quem estiver conversando, principalmente às senhoras, antes de acender um cigarro.
Em ambientes militares, em que for permitido o fumo, peça permissão ao mais antigo presente antes
de acender um cigarro.
b) Uso de óculos escuros 
Óculos escuros servem para proteger os olhos do sol e ponto. É
uma indelicadeza conversar com uma pessoa usando óculos escuros,
isto porque você não vê os olhos de quem fala e não tem certeza para
onde ela está olhando. Ao conversar, retire os óculos e os reponha
quando a conversa terminar. Se você sofre de algum mal e precisa
usar os óculos escuros regularmente, peça desculpa pelo
inconveniente. Após o sol se pôr não se tem motivo para continuar usando os óculos escuros.
Em ambientes militares só devem usar óculos escuros os que tiverem problemas de fotofobia
ou estiverem com recomendação médica. De qualquer forma, em ambos os casos, só será permitido
seu uso com autorização do Comando.
c) Bocejos
São imperdoáveis em qualquer circunstância. Em
formaturas militares são inaceitáveis, em sala de aula são de uma
grosseria sem igual para com o professor/ instrutor, em eventos e
refeições são da maior indelicadeza. Todos os exemplos são para
explicar que não se deve bocejar em hipótese alguma. Mas,
quando eles simplesmente acontecem, o que fazer? Deve-se pedir desculpas, colocar a mão na
OSTENSIVO -2-6- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
frente da boca e tentar o uso da técnica de apertar a língua sob o céu da boca com força. Se puder se
ausentar por alguns instantes, procure um lugar para lavar o rosto.
e) Chicletes 
O hábito de mascar chiclete não é elegante, reserve este hábito para
ambientes mais descontraídos e informais. Mascar deve ser com a boca
fechada, afinal você não é um camelo! Quando você fala com alguém
mascando um chiclete, a pessoa com quem você fala não consegue
prestar atenção ao que você diz, pois a atenção fica condicionada aos
movimentos com o chiclete. No final você falou sozinho porque o outro não entendeu nada do que
você disse e ainda deve estar distraído, procurando o chiclete em sua boca.
f) Guarda-chuva
O guarda-chuva serve para proteger você da chuva, então não converse
mexendo-o, apontando-o (caso ele seja grande e pontudo), revirando-o. Isto
incomoda, atrapalha e pode até machucar alguém. Os militares fardados,
geralmente, não usam guarda-chuva, mas, sim, capa de chuva.
g) Não fure filas 
Dizem que furar filas é uma mania de brasileiro. Mentira. Isto é mania de pessoas mal
educadas, seja de qualquer naturalidade e sob qualquer pretexto (até de antiguidade).
Se você estiver numa fila e chegar algum militar mais antigo, você deve, por cortesia, ceder
seu lugar a ele. Mas não insista: se ele não quiser, seja cortês e mantenha seu lugar.
h) Limpe o nariz no banheiro!
Limpe o nariz em casa, no banheiro, sozinho, com a porta fechada.
Ninguém precisa ver. Se você precisar limpar num momento inoportuno,
procure um sanitário para resolver seu problema, mas nunca com o dedo
encravado dentro do nariz!
2.3.5 - Postura e Elegância
a) Mantenha uma postura adequada a cada ambiente.
Viver bem começa por sentir-se bem. E postura é fundamental. Costas retas, queixo erguido,
elegância e fluidez no andar.
OSTENSIVO -2-7- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
Em cada ambiente você se colocará de forma diferente: uns formais, outros mais informais,
mais descontraídos, outros relaxados etc. O importante é saber como se portar em cada momento,
na apresentação com as pessoas com as quais você se relaciona.
b) Costas retas, mãos, como sentar-se, como ficar em pé, olhos nos olhos.
As costas devem ficar retas, mas não esticadas demais,
causando uma sensação de artificialidade. As mãos podem
revelar muito de nós: insegurança, timidez, confiança, alegria,
entusiasmo e tristeza, pela forma como gesticulamos. Porém, é
perfeitamente possível treinar para aprender a usar os gestos com
moderação. Ombros erguidos e braços pendentes com suavidade, as mãos devem ficar à frente do
corpo, podendo ficar uma sobre a outra. Evite balançá-las, prendê-las, imitar um açucareiro, enrolar
os cabelos ou roer unha!
Ande com naturalidade e sente-se confortavelmente com as pernas fechadas, cruzando-as sem
encostar nosoutros. Os homens devem ter atenção à sola do sapato que não deve ficar à mostra.
Ao parar em pé, o ideal é apoiar o peso do corpo nas duas pernas porque transmite uma
sensação de tranquilidade e segurança, tornando a conversa mais agradável, além de preservar a
coluna.
Em ambientes militares observe antes: se existem mais antigos sentados, se é permitido
sentar no momento, se existem mais antigos em pé a procura de assentos, onde se localiza seu
círculo hierárquico etc.
O olhar é muito importante. O primeiro contato deve transmitir simpatia, interesse e
confiança. As pessoas sentem a diferença entre um olhar caloroso e um olhar indiferente. Outro fato
marcante em relação aos olhos: ao falar com alguém mantenha sempre contato com os olhos,
transmita segurança, firmeza nas atitudes, convicções e decisão. Não use o choro como defesa para
seus erros ou incompetência, principalmente em ambiente militar. Assuma seus erros e possíveis
deslizes com um “desculpa, vou me esforçar, vou providenciar”, é mais digno.
Mantenha também uma certa distância das pessoas ao falar. Nem muito longe, criando
uma verdadeira barreira para o entendimento, nem muito perto, invadindo a intimidade do
outro. Evite toques, puxões, segurar a pessoa com quem conversa e respingar saliva devido ao
entusiasmo do assunto.
OSTENSIVO -2-8- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
d) Palestras em presença de militares de maior precedência
Atenção com o horário de chegada, com o lugar de sentar, com seu comportamento e com os
bocejos.
2.3.6 - Afabilidade 
a) Simpatia: é fundamental em qualquer situação, aproxima as
pessoas e torna a convivência mais fácil;
b) “Palavras Mágicas”: “obrigado(a), desculpe e por favor”. 
Estas expressões podem transformar o mundo num lugar melhor
para viver. Abuse delas e você só ganhará;
c) Saber perdoar: ninguém é perfeito, nem você. As pessoas que
erram tentaram acertar e isto é que torna o processo válido. Confusões, enganos acontecem e, se
viram problemas, terão solução. “Tem poder quem também sabe perdoar”, seja tolerante;
d) Bom humor: sorria, mantenha o astral nas nuvens. Isto
transforma qualquer ambiente, melhora os relacionamentos, o modo de ver o mundo e os
problemas, e você ainda ficará jovem por mais tempo; e
e) Gentileza: ser gentil é diferente de ser cortês, afável ou
simpático. É mais sutil, é estar mais atento aos pequenos problemas cotidianos dos outros e fazer o
possível para amenizá-los.
2.4 - REUNIÕES, ENCONTROS E CERIMÔNIAS: AMBIENTE CIVIL E MILITAR
2.4.1 - Tradição
A Publicação “Normas a Respeito das Tradições Navais, do
Comportamento Pessoal e dos Cuidados Marinheiros” (EMA-
207) ressalta que algumas tradições e costumes derivam dos
fundamentos militares da hierarquia e disciplina, binômio este
considerado a base institucional das Forças Armadas. Entende-se
por hierarquia a ordenação da autoridade em níveis diferentes, por postos ou graduações e, dentro
de um mesmo nível, pela antiguidade relativa de cada militar. O respeito à hierarquia é
consubstanciado no espírito de acatamento à sequência de autoridade. Disciplina é a rigorosa
observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições que fundamentam
OSTENSIVO -2-9- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo
perfeito cumprimento do dever por parte de todos os seus componentes.
As tradições navais remontam aos primórdios da navegação à vela, quando se mantinham um 
conjunto de práticas, normas de cortesias, saudações, valores éticos e morais, honras, sinais de 
respeito, em uso nas marinhas de guerra. As tradições navais devem ser cultivadas por todos, num 
ambiente de respeito e cortesia de todos os militares para com seus superiores, em todas as 
circunstâncias. A espontaneidade e a correção dos gestos, atitudes e procedimentos são indicadores 
não só do grau de disciplina, mas também da educação moral e militar dos componentes de uma 
organização. Desta forma, os usos, costumes e tradições navais compõem a Etiqueta Naval.
2.4.2 - Reuniões, Encontros e Cerimônias
a) Nunca apareça em casa alheia sem prévio contato: se quiser fazer uma visita, ligue antes
para ver se a pessoa tem algum compromisso ou se está disposta a atendê-lo. Não apareça de súbito.
Se for uma visita a uma Organização Militar (OM), ligue com antecedência para verificar a
possibilidade da visita, se o dia e a hora são adequados, se a OM tem alguma solenidade, qual o
uniforme adequado e se os militares estão disponíveis para atendê-lo. 
b) Em reuniões, dê atenção a todos: se você convida ou foi convidado para algum evento,
procure conversar com todos, circular pelo ambiente, evitando patotas. Na hora de sentar, não
marque seu lugar antecipadamente, fechando um círculo de companheiros. 
c) Em visita de pêsames ou a doentes, seja breve: evite comentários e detalhes sobre a
doença/morte, machucando as pessoas que estão doloridas pela doença ou pela perda de alguém
querido. Em enterro/missa, evite roupas e acessórios extravagantes. Seja discreto, coerente com a
ocasião, respeite a dor alheia;
d) Apresentação: um homem sempre se levanta ao ser apresentado a uma mulher, a um
homem mais velho ou a um superior hierárquico. Em sociedade, a mulher tem precedência sobre o
homem. O subordinado, homem ou mulher, é sempre apresentado ao superior hierárquico. A
iniciativa de estender a mão para o cumprimento deve partir sempre da pessoa mais importante, da
mulher, da pessoa mais velha ou do superior hierárquico. As apresentações devem ser feitas
indicando os nomes completos; e
Despedidas: nestas ocasiões aguarde que o dono da casa abra a porta. Se você é militar,
aguarde o mais antigo se retirar ou dar a permissão para sair. Caso tenha que sair antes, peça
OSTENSIVO -2-10- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
permissão a ele com uma pequena justificativa, sem entrar em detalhes.
2.4.3 - Auditório
Todos os militares, quando em cerimônias, palestras ou eventos
em auditórios devem se portar de maneira educada: prestar atenção
ao que está sendo explanado e não conversar paralelamente. Os celulares
devem ser desligados ou mantidos no modo silencioso. É importante
também que demonstrem interesse no assunto e, ao final da apresentação,
levantem questões pertinentes, inteligentes e adequadas ao palestrante.
2.4.4 - Na Marinha do Brasil
Sempre baseado no princípio da hierarquia:
a) Os mais modernos sempre cedem lugar aos mais antigos, abrem a porta aos mais antigos,
cedem passagem a eles e levantam-se na sua presença;
b) Em cerimônias, as autoridades se apresentam de acordo com a antiguidade, os mais
modernos chegam antes que os mais antigos; e
c) Se você é militar e chegou num evento onde tenha um militar mais antigo, é mandatório ir
cumprimentá-lo.
2.5 - SALÃO DE RECREIO E REFEITÓRIO 
2.5.1 – Salão de recreio
É o local de lazer dos Cabos e Marinheiros a bordo, normalmente dotado de aparelhos de 
televisão e som, local destinado à leitura e a jogos lícitos, como jogos de damas, xadrez, dominó, 
pebolim (totó), sinuca, etc. Ali também são realizadas algumas cerimônias de confraternização, 
como: embarques, desembarques, promoções etc.
Apesar de ser um lugar de descanso e lazer, não se esqueça que você é um militar dentro de 
uma organização militar, sujeito a todas as normas e regulamentos (disciplina) e convivendo com 
militares mais antigos (hierarquia). 
Procure preservar o compartimento, o mobiliário e os equipamentos. Lembre-se de que esse 
espaço existe para o seu lazer, e que um local limpo, adequadamente mobiliado e dotado de 
equipamentos destinados à diversão funcionando adequadamente irá tornar a sua estadia a bordo 
mais agradável.
OSTENSIVO -2-11- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
2.5.2 – Refeitório ou cobertade rancho
É o local onde são feitas as refeições. Normalmente, denomina-se refeitório nas Organizações
Militares (OM) de terra e coberta de rancho nos navios.
São dotados de balcões térmicos, do tipo self-service.
Normalmente, o almoço e o jantar são divididos em “rancho para
serviço”, destinado aos militares que entrarão de efetivo serviço, e
“rancho geral”, para os demais militares. Na maioria das organizações
militares, é respeitada a ordem de chegada, por graduação, controlada
por um militar de serviço com a função de manter a ordem na entrada do rancho. 
Durante a refeição, procure não falar com um tom de voz muito alto, respeitando seus
vizinhos. Considerando que o próprio militar se serve, procure colocar no prato/bandeja a
quantidade de alimentos que realmente irá consumir, diminuindo, deste modo, o desperdício. 
Não esqueça de que estará ranchando com militares de graduação superior, visto que o
refeitório/coberta de rancho também é destinado aos cabos, deste modo, tenha atenção à disciplina e
à hierarquia.
As mesas de rancho da guarnição serão chefiadas pelo mais antigo de cada uma delas,
cabendo-lhe manter a ordem na mesa. 
2.6 – POSTURA À MESA
A maneira como você se senta e se coloca à mesa torna-se um
fator diferencial de civilidade. Manter o corpo nem muito próximo
nem afastado da borda da mesa é a postura correta ao sentar. As mãos
ficam colocadas sobre a mesa, com os braços apoiados e não os
cotovelos. As costas apoiam-se levemente no encosto da cadeira.
Você deve se inclinar ligeiramente e não se curvar em direção ao prato. Os cotovelos devem
permanecer junto ao corpo sem bater nos vizinhos da mesa. Cuidado com as pernas, pois elas não
devem bater nos demais ocupantes da mesa, ficar esticadas ou balançando. Se precisar de algo que
esteja fora do seu alcance, peça gentilmente ou peça desculpa pelo inconveniente. Gestos
expansivos na mesa não são de bom tom, dedinhos levantados ao levantar xícaras são desastrosos e
assuntos íntimos têm lugar e hora para serem discutidos. Dê atenção a todos os vizinhos na mesa,
OSTENSIVO -2-12- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
mantendo uma conversa sadia e agradável e corrija-se quando cometer uma indelicadeza.
Algumas recomendações nunca são demais: comer sempre de boca fechada, as garfadas são
decentes, sem entupir a boca com alimentos, não cuspa no prato ou no talher que está comendo, não
deseje “saúde” a alguém resfriado, não cutuque o nariz à mesa, seja cortês, gesticule
comedidamente, não faça comentários maldosos, respeite a todos e, acima de tudo, aproveite!
Palito é uma heresia à etiqueta. Ele não aparece em mesas finas, pois seu uso é um ato
privado e contestado por dentistas, por isso foi abolido terminantemente das boas
maneiras.
O comportamento nos serviços de bufê exige controle e atenção. Siga a fila e respeite as
pessoas. Não misture tudo no prato e nem embaralhe os talheres de servir nos recipientes. Ao
compor seu prato principal, faça-o harmonizando os alimentos, podendo servir-se novamente, se
assim desejar. Sirva-se comedidamente e siga para mesa segurando firmemente o prato, sem deixá-
lo cair. Com as sobremesas é um pouco diferente: você pode agrupar até três tipos delas.
Simpatia e boa aparência contribuem muito para causar boa impressão, mas, sem boas
maneiras à mesa, toda impressão inicialmente favorável se desvanece. O comportamento ao comer
é um teste infalível do grau de civilidade de uma pessoa, pois o manuseio com os talheres e a
postura durante uma refeição falam mais que palavras. 
Apenas alguns pratos devem ser comidos com as mãos, como, por exemplo: frango a
passarinho, asinha de frango, costeletinha de porco e espiga de milho. Em geral, os talheres devem
ser sempre utilizados durante as refeições.
A bebida servida não deve ser para saciar a sua sede nem para empurrar os alimentos,
fazendo-o virar o copo. Tenha compostura! Saboreie-a em pequenos goles sentindo seu sabor.
O domínio da etiqueta à mesa é cheio de pequenos gestos e atitudes, frutos de um longo
aprendizado, que não deve ser esquecido, negligenciado ou desleixado, pois estamos a todo instante
sendo observados, mesmo que a distância.
O importante é que comportamentos inapropriados podem e devem ser modificados. Mesmo 
só com observação, aprendemos regras de conduta com pessoas mais experientes. Desta forma, 
boas maneiras à mesa são regras de civilidade praticadas diariamente para que possamos assumir, 
com o tempo, uma postura correta e natural, sem artificialidades, tanto em família com em 
ambientes mais refinados que exigem mais cerimônias. A naturalidade e espontaneidade nas 
OSTENSIVO -2-13- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
atitudes transmitem confiança, tornando o ambiente mais descontraído e aprazível.
Em resumo:
DURANTE a refeição:
✔ Atenção à postura;
✔ Cuidado com os cotovelos; 
✔ Ao tomar sopa, cuidado com ruídos;
✔ Não mastigue de boca aberta e não fale de boca cheia;
✔ Come-se pão/ torrada com as mãos;
✔ Antes de beber água/comer pão, descanse os talheres; e
✔ Antes de levar o copo/taça à boca, limpe os lábios com o guardanapo.
2.6.1 - Imprevistos
Para tratar os imprevistos: fique calmo e seja discreto. Às vezes, por sua postura, mesmo que
o imprevisto seja grande, poderá passar despercebido. Tudo depende da forma como você o tratar.
Aja sempre com discrição.
2.6.2 - Inconvenientes
Com os inconvenientes a situação muda um pouco. Se uma pessoa está sendo inconveniente
com você, seja discreto e afaste-se. Se você perceber que alguém está sendo vítima de um
inconveniente, disfarce e tente apaziguar a situação, afastando as pessoas e, na pior das hipóteses,
peça para o “engraçadinho” se retirar.
2.7 – CUMPRIMENTOS MILITARES E SOCIAIS
2.7.1 - Cumprimentos militares e sociais 
2.7.1.1 – Cumprimentos Militares
Quando fardado, a saudação militar a outro militar é a continência, em postura marcial. Deve
ser feita com: elegância, energia, franqueza, correção e vivacidade. Os três elementos da
continência são: atitude, gesto e duração.
OSTENSIVO -2-14- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
A saudação militar nasceu nos tempos medievais. Os
cavaleiros costumavam se apresentar ao Rei antes das batalhas. Sua
Majestade queria ver nos olhos dos soldados "o brilho da confiança
e do amor ao Rei". Como estavam sempre de armadura, os
soldados eram obrigados a levantar a viseira que lhes cobriam os olhos. Faziam isso com a mão
direita, pois a esquerda conduzia a espada. Desde então, em respeito às autoridades, surgiu o sinal
de continência.
Como mostrado anteriormente, quando fardado, a saudação militar a outro militar é a
continência, em postura marcial. Admite-se o aperto de mão após a saudação militar, desde que a
iniciativa para tal tenha sido tomada pelo superior hierárquico. Ao cumprimentar um civil, o militar
fardado poderá fazer-lhe uma continência, como cortesia, além de lhe dar o usual aperto de mão, ao
que se descobrirá, em se tratando de uma senhora. Se for uma militar, não se descobrirá para efetuar
qualquer cumprimento.
No exercício de suas atribuições, fardado ou à paisana, é vedado ao pessoal militar qualquer
intimidade ou manifestação de respeito, apreço, sentimentos ou cumprimentos que não estejam
previstos nos regulamentos. Deverão ser evitadas demonstrações excessivas de afetividade, que
contrariem a ética, a moral, os bons costumes e o pundonor militar (DGPM-319).
Não estão autorizados os seguintes atos: “abraçar-se”, “beijar-se” ou outras manifestações
afetivas ou cumprimentos não previstos como saudação entre militares ou entre estes e indivíduos à
paisana, militares ou não.
2.7.1.2 – Cumprimentos Sociais (em ambiente civil e sem uso de farda)
Como fazê-los:
A maneira como tratamos as pessoas revelaa nossa educação. Qualquer que seja o
cumprimento, deve ser honesto. O cumprimento pode ser um aceno, um aperto de mão, um beijo na
mão ou uma troca de beijos.
O aperto de mão deve ser equilibrado: nem frouxo nem apertado. O beijo é uma forma
educada de cumprimento na nossa sociedade. Às vezes diferem na quantidade, no lugar a ser
beijado, na forma ou na execução. Todo cumprimento deve dizer algo de positivo, como “bom dia,
boa tarde, como vai, seja bem-vindo, entre, sente, olá” etc. 
a) Aperto de mão
OSTENSIVO -2-15- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
O aperto de mão deve ser forte e firme. Não precisa
esmigalhar a mão do outro ou segurá-la indefinidamente. Por
outro lado, não segure a mão de uma pessoa como se não tivesse
firmeza do propósito e segurança em suas atitudes. O aperto deve
ser rápido, forte, firme, seguro e sincero, demonstrando estima e
confiança. Durante o aperto de mão, não se deve sacudir o braço e nem deixá-lo esticado. O
cotovelo deve estar ligeiramente flexionado, formando um ângulo de noventa graus. O outro braço
deve estar estendido ao lado.
Não se deve estender a mão quando se está à mesa, pois se pressupõe que as pessoas tenham
lavado as mãos antes da refeição. Também não se deve estender a mão para enfermos.
b) Beijo social
Os beijos devem ser rápidos, naturais e sem marcas no rosto. Para as mulheres, atenção ao uso
de batons que mancham a pele e aos beijos melados.
2.7.2 – Apresentações
a) As apresentações devem ser feitas indicando os nomes completos;
b) Os mais jovens são apresentados aos mais velhos, assim como o mais moderno (seja
homem ou mulher) ao mais antigo;
c) O homem é apresentado à mulher (a iniciativa do cumprimento é da mulher);
d) Mulher solteira é apresentada à mulher casada;
e) Deve ser feita pelo anfitrião; e
f) O homem sempre se levanta para cumprimentar.
2.8 – CONVERSAÇÃO 
a) Atenção ao excesso de gestos, tom de voz, expressões, saber o que falar, saber,
principalmente, ouvir. Aprenda a não interromper as pessoas e a ouvi-las atentamente;
b) No meio social: é facultativo à mulher permanecer sentada enquanto o homem fica de pé;
c) Em ambiente militar: independentemente do sexo, caso o mais antigo esteja de pé, é
mandatário que o mais moderno também esteja;
d) Adeque o vocabulário e a informação a cada grupo (evite maneirismos, gírias,
OSTENSIVO -2-16- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
obscenidade);
e) A formalidade está relacionada ao nível de intimidade com os convidados. Evite excessos;
f) Evite falar de: doenças, problemas íntimos, consultas profissionais, piadas;
g) Não entre em seara religiosa, política e esportiva (evite conflitos com os convidados); e
h) Seja discreto e não seja arrogante nem maledicente.
2.9 – FOTOGRAFIAS 
Saiba o que fotografar, se o momento é oportuno, se é permitido, se tem permissão. Não use
fotos de terceiros sem a devida concordância. Cuidado com as exposições na internet e com as fotos
pessoais trazidas a bordo.
2.10 – TELEFONEMAS 
É importante saber:
a) Horário indesejável: antes das 9h e após as 22h, durante o
almoço/jantar;
b) Se o assunto for longo, pergunte antes se a pessoa tem tempo;
c) Em caso de chamadas de longa distância, não prolongue a conversa;
d) Se o telefone não se encontra em lugar privado, as pessoas próximas devem evitar ouvir o
diálogo e, por elegância, devem abaixar o tom de voz;
e) Em ambientes públicos ou no trabalho, evite conversas longas;
f) Não use o celular em cinemas, teatros, reuniões, auditórios, salas de aula etc;
g) Os celulares em ambientes militares devem ser desligados ou colocados no modo vibrar
durante cerimônias, palestras ou em presença de autoridades;
h) Se alguém liga para fazer um convite, não prolongue a conversa;
i) Se alguém ligar e a pessoa procurada não puder atender, anote o recado; e
j) Nos e-mails mantenha um nível inteligente de conversa (Netiqueta).
Na Marinha do Brasil: o mais moderno aguarda na linha até que o mais antigo atenda,
não deixando que o militar de maior precedência aguarde na linha.
OSTENSIVO -2-17- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
2.11 – SÍTIOS DE RELACIONAMENTO SOCIAL
De forma a minimizar a exposição da MB e de seu pessoal, os militares
devem seguir as seguintes orientações (DCTIMARINST Nº 31-01, 2009):
a) nunca postar ou publicar informações sigilosas da MB ou pessoais;
b) nunca nomear ou utilizar, na titulação do grupo, símbolos, siglas, brasões, indicativos ou
nome de OM da MB;
c) nunca postar informação que possa ser explorada em ação contra o pessoal ou contra a MB;
d) nunca postar nada que não queira que se torne público. Todas as informações veiculadas
em sítios de relacionamento devem ser consideradas como públicas;
e) ter o mesmo comportamento dentro do sítio de relacionamento que se tem quando em uma
reunião social com presença física;
f) seguir os padrões de comportamento navais orientados pelos bons costumes;
h) limitar a quantidade de informação pessoal postada;
i) lembrar que a internet é pública;
j) desconfiar que algum componente possa ser um estranho;
k) cuidado ao falar com estranhos em chats, blogs, comunidades;
l) não participar de comunidade virtual criminosa que “odeia” alguma coisa, pois se a mesma
for investigada por conduta indevida ou pratica de crime, todos os participantes podem ser
envolvidos;
m) não acreditar em tudo que se lê online;
n) manter os grupos sempre fechados e protegidos por fortes senhas de forma a restringir o
acesso às informações somente ao pessoal do grupo;
o) não criar grupos sociais vinculados ou que denotem vínculo à Marinha ou suas OM; e
p) usar e manter os antivírus e sistemas operacionais atualizados.
OSTENSIVO -2-18- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
2.11.1 – Cuidados com a exposição pessoal na internet
Uma vez interligado à internet, o usuário tem, virtualmente, acesso a
diversas informações contidas em redes de computadores em todo o mundo,
mas, a recíproca também é verdadeira, ou seja, informações sobre sua vida
tornam-se públicas de maneira descontrolada. 
Privacidade: palavra valorizada por muitos, desconhecida por outros. Tem gente que
simplesmente não teme em se expor. Para elas, existe um mundo ideal, onde a discrição não tem
vez. A internet é um mundo infinito, onde cada palavra também é eterna. Caiu na rede, é de todos.
Cuidado: pode ser usado contra você no futuro.
Quem usa, sabe ou deveria saber que a internet não perdoa. Ela registra tudo: fotos,
mensagens, blogs... Os arquivos digitais são públicos e, atenção, permanentes. A internet não
esquece. Um comentário malicioso sobre uma pessoa, uma foto inadequada, um posicionamento
contrário aos bons costumes fica eternamente e pode, inclusive, ter consequências judiciais.
2.11.2 – Agradecimentos 
Ao fazer um agradecimento, tenha em mente para quem o está fazendo. Se for um
agradecimento para autoridade, mantenha as formas adequadas de tratamento e seja objetivo. Seja
claro, sucinto, muito respeitoso e siga o protocolo e trâmites administrativos cabíveis.
2.12 – VESTUÁRIOS E TRAJES
"A carreira militar não é uma atividade inespecífica e descartável, um simples emprego, uma
ocupação, mas um ofício absorvente e exclusivista, que nos condiciona. Ela não nos exige as horas
de trabalho da lei, mas todas as horas da vida, impondo-nos também nossos destinos. A farda não é
uma veste, que se despe com facilidade e até com indiferença, mas uma outra pele, que adere à
própria alma, irreversivelmente para sempre".
2.13 – UNIFORMES E TRAJE CIVIL
A correção do uniforme militar nunca é excessiva. O andar
corretamente trajado, de acordo com o RUMB (Regulamento de
Uniformes da Marinha do Brasil), é uma obrigação do militar.
Para os homens, a barba bem feita e os cabelos cortados são
essenciais. 
OSTENSIVO -2-19- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
Sendo assim, um militar não deve cederespaço ao desleixo, mantendo sua dignidade em
todos os momentos, tanto fardado como à paisana.
Todo militar deve ter uma andaina completa de uniformes. Os uniformes diários devem
ser trocados e lavados sempre que necessário. Ter mais de uma peça a bordo é bem aconselhável.
Em casos de acidentes, o uniforme deve ser trocado assim que possível. Com o tempo, o tom do
uniforme, devido à exposição e às lavagens constantes, acaba se modificando. Repare
constantemente seu uniforme e observe se a sua coloração não está destoando dos demais.
No RUMB existe a correspondência entre os uniformes das Forças Armadas e entre estes e as
roupas civis. 
2.13.1 – Comportamento de militares uniformizados em cerimônias e eventos sociais
Em cerimônias militares e eventos sociais, o comportamento de militares da ativa 
uniformizados deve estar baseado nas normas e regulamentos vigentes, tais como: 
a) saudações entre militares fardados por meio de continência ou aperto de mão, se a
iniciativa do cumprimento de estender a mão for do mais antigo;
b) apresentação pessoal com o devido apuro e utilização de uniformes em alinho e de acordo
com as normas em vigor, contribuindo para a compostura social, a saber: 
I. atenção ao uniforme previsto para o evento;
II. uniformes bem passados e com as cores corretas, isto é, calça e camisa da mesma tonalidade; 
III. calças em comprimento regulamentar, sem estarem apertadas no corpo; 
IV. camisas sociais com colarinhos fechados e bem ajustados; 
V. sapatos com as cores corretas, sem estarem desbotados; 
VI. barba, costeleta e pé do cabelo devem estar bem feitos; e
VII. lenço e gola de marinheiro alinhados.
Nas cerimônias em que o militar comparecer como convidado ou acompanhante de parente,
cônjuge, companheiro ou pessoa de seu relacionamento afetivo, também militar, deverá fazê-lo no
uniforme previsto para a cerimônia, no caso de pertencerem ao mesmo Círculo (Círculo de oficiais
e praças). Quando os militares forem de círculos diferentes (Círculo de oficiais e praças), aquele
que comparecer na condição de convidado deverá fazê-lo em traje civil.
OSTENSIVO -2-20- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
2.13.2 – Traje civil 
Para cada ocasião há um traje e uma forma de se vestir. Tudo deve ter coerência e o senso
crítico é essencial (adequando tipo físico, estilo, ocasião, clima, horário).
A indumentária (vestuário) tem forte poder de influência nos contatos sociais e profissionais.
Toda pessoa bem vestida tem melhor performance, impõe respeito, é bem tratada e bem atendida, e
recebe atendimento preferencial.
Ao escolher seu guarda-roupa, leve em consideração o seu tipo físico, idade e personalidade.
Você não é obrigado a vestir determinada roupa só porque está na moda. Estar na moda nem sempre
significa estar bem vestido. A vestimenta também muda de acordo com a situação, o lugar, o horário
e a companhia. Você pode ter um armário diversificado e saber usar adequadamente as roupas. As
roupas não precisam ser de grife, mas de bom gosto. A combinação e o saber usá-las é que faz a
diferença. Por fim, a postura correta e os movimentos harmoniosos valorizam todo o conjunto.
Desta forma, Elegância é o conjunto harmonioso de gestos, atitudes, expressões, palavras,
tom de voz, procedimentos civilizados, normas de conduta, postura física e de vida, bom gosto,
senso, discrição etc. Quem tem de ser sensual é você e não sua roupa. A roupa deve ser um
instrumento para provocar a imaginação e não os sentidos.
2.14 - CUIDADOS IMPORTANTES COM OS TRAJES
a) Use no máximo três tons de cores diferentes;
b) Evite estampas diferentes e/ou animalescas;
c) Cuidado com as bainhas das calças;
d) Abrigos de moletom só devem ser usados para a prática de exercícios;
e) Evite deixar que peças íntimas fiquem à mostra;
f) Cuidado com as botas e óculos escuros;
g) Roupas apertadas NÃO são sensuais, nem charmosas e muito menos elegantes;
h) Os cabelos devem estar penteados de acordo com a ocasião; 
i) Para os homens: usando um traje mais fino, a meia combina com o sapato. Já com traje
esporte, a meia pode combinar com a camisa; 
j) Sempre verifique suas roupas antes de vestir, pode estar faltando um botão, estar 
OSTENSIVO -2-21- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
manchada, desfiada etc; e
k) Confira seu desodorante, seu zíper e seu hálito.
2.15 – CAVALHEIRISMO X HIERARQUIA
Quando primeiro usado, o termo “cavalheirismo”
significava habilidade em lidar com cavalos. O guerreiro de
elite da Idade Média se distinguia dos camponeses, clérigos e
deles mesmos por sua habilidade como cavaleiro e guerreiro.
Cavalos fortes e velozes, armas bonitas e eficientes, e
armaduras bem-feitas eram o símbolo de status.
Por volta do século XII, o cavalheirismo se tornou um estilo de vida. As principais regras do
código de cavalaria eram as seguintes: proteger as mulheres e os fracos; defender a justiça contra a
injustiça e o mal; amar sua terra natal e defender a Igreja, mesmo com risco de morte. 
2.15.1 - O que faz um cavalheiro
Cavalheiros abrem a porta do carro para as senhoras entrarem
e saírem; protegem as mulheres nas escadas; ao caminharem
zelam pelo amparo das mulheres; no restaurante, provam
elegância; são sempre solícitos e bem-humorados; no táxi, as
senhoras sentam do lado esquerdo e os homens à direita; nas
escadas, cuidam para que as mulheres não caiam, servindo de amparo tanto na subida como na
descida. No restaurante, os cavalheiros puxam a cadeira e a ajeitam delicadamente para as senhoras
se sentarem.
Na relação entre um casal, o homem deve tratar com deferência sua mulher, principalmente 
em público, e vice-versa. Havendo contenda, não deve pedir a opinião de terceiros, o que é 
constrangedor. Estando ambos em casa de amigos, mesmo que não se deem bem, devem ser gentis. 
A delicadeza é imperiosa.
2.15.2 - Cavalheirismo X Hierarquia
Um homem cavalheiro, educado, prestativo e gentil com as mulheres não deve se descuidar e
romper com o princípio da hierarquia militar. Ser mulher nas Forças Armadas não garante sua
hierarquia superior aos homens.
OSTENSIVO -2-22- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
Ao ceder um dos costumes do cavalheirismo a uma mulher mais moderna, perante um militar
mais antigo ou de mesma patente, rompe-se com a hierarquia vigente.
Dois exemplos: um cavalheiro, ao andar numa calçada com uma mulher, oferece o lado de
dentro, ficando na beira, próximo à rua. Porém, se forem militares, seguirão o costume, sendo ela
mais moderna, oferecerá sua direita ao mais antigo, mesmo que seja o lado da beirada da rua. Numa
cerimônia, sendo ela mais moderna, esta se levantará, cedendo seu lugar ao mais antigo. 
Em ambientes militares a hierarquia é a base e o cavalheirismo está na educação do militar, na
sua postura, sem protecionismos para com as mulheres, agindo com justiça, com respeito e exigindo
sempre de seus subordinados a disciplina.
OSTENSIVO -2-23- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
CAPÍTULO 3
HIERARQUIA, DISCIPLINA, AUTORIDADE E RESPONSABILIDADE
3.1 – ASPECTOS PRIMORDIAIS DA HIERARQUIA, AUTORIDADE E
RESPONSABILIDADE.
3.1.1 - Hierarquia
De acordo com o Estatuto dos Militares, “hierarquia
militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes,
dentro da estrutura das Forças Armadas”.
O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de
acatamento à sequência de autoridade.
a) Cadeia de Comando
É a sucessão de pessoas, em ordem hierárquica, por onde
passa, obrigatória e ordenadamente, o fluxo de comunicação,
autoridade e responsabilidade, dentro de uma organização
militar. Esse fluxo é vital para a boa ordem, o entendimento
harmonioso e eficaz.
A cadeia de comando é uma ordem a ser seguida normal
e obrigatoriamente. Todavia, quando por alguma razão especial
ela não for seguida, cumpre, de imediato, dar conhecimento da
alteração da ordem do fluxo às autoridades,
momentaneamente não consideradas na cadeia.
b) Mantendo os superioresinformados
O militar deve manter seu superior oportunamente informado a respeito de suas ações e as
de seu grupo.
Procedimento a adotar se um erro for cometido em alguma atividade sob sua
responsabilidade:
I) Assuma-o;
I) Trate de corrigi-lo o mais rápido possível; 
II) Dê conhecimento imediato a seu superior;
OSTENSIVO -3-1- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
IV) Conforme o caso e as circunstâncias, informe diretamente a seu comandante; e
V) Evite que o assunto chegue ao conhecimento dele por outras vias, e com matizes que não
sejam os da verdade.
3.1.2 - Autoridade
Autoridade legal ou organizacional é o direito legal de se fazer obedecer, é o poder de
mandar, de obrigar alguém a fazer alguma coisa.
Autoridade moral ou de liderança é valor pessoal; competência em determinado assunto;
prestígio, influência, domínio.
Segundo a Ordenança Geral para o Serviço da Armada (OGSA), “a autoridade de cada um
promana do ato de designação para o cargo que tiver que desempenhar, ou da ordem superior que
tiver recebido”.
Cumpre ao superior:
a) Manter a disciplina em todas as circunstâncias;
b) Exigir o respeito e a obediência que lhe são devidos por seus subordinados; e
c) Conduzir seus subordinados, estimulando-os, reconhecendo-lhes os méritos, instruindo-
os.
Autoridade é fundamental. Sem ela não haveria disciplina, e a hierarquia perderia
significado.
Autoridade é um direito e, ao mesmo tempo, um poder. Saber exercê-la apropriadamente é,
sem dúvida, a mais importante qualidade da liderança.
O exercício da autoridade exige equilíbrio, probidade, justiça, energia, integridade. Para o
bom uso da autoridade, é necessário um pouco de todos os valores da liderança, abordados
anteriormente. 
A autoridade de um militar sobre seus subordinados deve apoiar-se não só na legitimidade da
posição que ocupa como também nas suas elevadas e reconhecidas qualidades morais, força de
caráter e capacidade de liderança.
3.1.3 - Delegação de autoridade
Define-se delegação de autoridade como sendo a designação para o cumprimento de
tarefas, atribuindo-se ao designado, com as responsabilidades, a autoridade para a tomada de
decisões.
OSTENSIVO -3-2- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
Existem duas características fundamentais da delegação:
a) A cada responsabilidade correspondem poderes, estabelecidos pelo superior; e
b) A delegação de autoridade não exclui a responsabilidade do superior.
3.1.4 - Responsabilidade
Responsabilidade é obrigação – dever de fazer.
A responsabilidade está inseparavelmente ligada à autoridade. Por isso, assim como a
autoridade, a responsabilidade deriva de ato de designação para o cargo, exercendo-se com a plena
autoridade estabelecida legalmente para o mesmo e de ordem superior, exercendo-se com a
autoridade estabelecida pelo superior, para o cumprimento da atividade.
O que distingue um líder de um não-líder, entre outros fatores, é a propensão do primeiro para
procurar responsabilidades e as assumir se necessário.
A função militar gera responsabilidades que, por sua vez, implicam autoridade e acarretam
prestação de contas.
a) Delegação de responsabilidade
É comum dizer-se que autoridade pode ser delegada, mas responsabilidade não.
Tal afirmativa pode dar margem a uma interpretação dúbia. A responsabilidade imposta
pelo superior ao subordinado não exime o superior da plena responsabilidade sobre tudo o que se
passa na organização, porquanto ela é inerente ao seu cargo.
Assim, de acordo com a OGSA, ambos são responsáveis. O superior é responsável:
I) pelo acerto, oportunidade e consequências das ordens que der; e
II) pelas consequências da omissão de ordens, nos casos em que for de seu dever
providenciar.
O subordinado é responsável:
I) pela execução das ordens que receber; e
II) pelas consequências da omissão em participar ao superior, em tempo hábil, qualquer
ocorrência que reclame providência, ou que o impeça de cumprir a ordem recebida.
b) Nova ordem prejudicando o cumprimento de ordem recebida
O subordinado deixa de ser responsável pelo não cumprimento de uma ordem recebida de
superior quando outro superior lhe der outra ordem que prejudique o cumprimento da primeira e
nela insistir, apesar de cientificado pelo subordinado da existência da ordem anterior. Deve,
porém, participar a ocorrência ao primeiro, logo que possível.
OSTENSIVO -3-3- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
3.2 – IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA E DA AUTODISCIPLINA
3.2.1 – Disciplina
Um dos alicerces básicos de toda e qualquer
organização militar, em todas as nações do
mundo, é a disciplina.
Disciplina significa a sujeição de cada um,
e de todos, a regras estabelecidas para o bem
geral. Essas regras são estabelecidas em códigos,
leis, estatutos, regulamentos e ordens do
comando.
A disciplina propicia condições favoráveis para o desenvolvimento de atividades, mormente
as que exigem uma ação ordenada, organizada e sincronizada. Cada parte do processo age na
certeza de que as demais agirão corretamente, conforme planejado. Isso é fundamental para o
cumprimento de qualquer missão.
“Não há progresso sem ordem, não há ordem sem disciplina e não há disciplina sem
obediência, responsabilidade, noção de dever e lealdade.”
a) Como obter disciplina
Para obter disciplina é necessário:
I) Determinar cuidadosamente deveres específicos ou bem definidos, responsabilidades daí
decorrentes e direitos paralelos;
II) Fazer com que os subordinados conheçam o sistema de prêmio ou recompensa 
e de punições;
III) Assegurar a prática constante do comportamento e da conduta desejáveis, a fim de
desenvolver hábitos de pronta obediência às ordens;
IV) Supervisionar os subordinados, usando recompensas e punições quando necessário ou
razoável;
V) Certificar-se de que os subordinados saibam o que se espera de sua conduta e de seu
trabalho;
VI) Não exigir mais do que o seu treinamento permite que façam;
VII) Dobrar e amoldar lenta e progressivamente o pessoal, exigindo e mantendo uma
disciplina consciente, sólida, inabalável;
OSTENSIVO -3-4- REV 2
OSTENSIVO EMN-008
VIII) Saber distinguir as faltas involuntárias e de menor importância, das faltas graves,
premeditadas e intencionais; e
IX) Elogiar e louvar sempre que possível, e em público; censurar, punir ou reprimir quando
necessário, e em particular.
3.2.2 – Autodisciplina
Autodisciplina ou disciplina consciente é a capacidade de disciplinar a si mesmo adquirida
pelo militar firme, que cumpre corretamente suas responsabilidades, em quaisquer circunstâncias,
mesmo sem supervisão.
Obtém-se a disciplina consciente quando se deseja fazer o que é certo, por compreensão,
convicção, participação, cooperação, sentido de missão, senso de dever, lealda de orgulho e amor
à Marinha.
a) Manifestações da disciplina consciente
A disciplina consciente manifesta-se como uma
atitude, identificada pelos seguintes comportamentos:
I) Escolher fazer o que é correto, ainda que mais
difícil, em vez de fazer o que é menos trabalhoso;
II) Aceitar as regras consagradas, estabelecidas pela
Instituição; e
III) Agir em função do grupo a que pertence, e não
de forma egoísta, num individualismo nada construtivo.
O toque de licença, ou volta às faxinas, só toca, na cabeça do autodisciplinado, quando
seus compromissos e responsabilidades já foram absolutamente cumpridos.
b) Como desenvolver a autodisciplina
A autodisciplina é obtida pela conscientização, através dos seguintes passos:
I) Estabelecimento de padrões de conduta – determinar o que é certo fazer;
II) Formação de hábitos – fazer sistematicamente o que é certo, mesmo que difícil; e
III) Criação de código de conduta pessoal – incorporar os hábitos formados.
Para conhecer a si mesmo é recomendável: 
I) Ouvir seus chefes, companheiros, amigos e subordinados mais experientes;
II) Ouvir e não repelir abruptamente; mas sim, ouvir, filtrar,

Continue navegando