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Túneis Introdução ES C A V A Ç Ã O Explosivo TBM (Tatuzão) • O objetivo dos túneis é permitir uma passagem direta através de certos obstáculos, que podem ser elevações, rios, canais, áreas densamente povoadas; • A locação exata é controlada pelos fatores geológicos e hidrológicos particulares da área do túnel. A tendência para a implantação de um alinhamento de túnel é mantê-lo o mais reto possível, não só por seu percurso menor, custos inferiores, melhor visibilidade, mais também pela simplificação da construção e de sua locação topográfica. Obra 1 – Estação Paulista (Metrô de São Paulo) Localização da obra • A estação Paulista faz parte da Linha 4 - Amarela do Metrô de São Paulo e situa-se na Rua da Consolação, próximo ao cruzamento desta com a Avenida Paulista; • Neste local ocorre também o cruzamento da Linha 4 com a Linha 2 - Verde Detalhes da obra • Foram realizadas escavações para o túnel da estação; • Além do túnel as obras também englobavam as escavações dos poços de acesso e túnel de integração; • Extensão do túnel de 132 m; • Escavação pelo método TBM (Shield); • A obra foi instrumentada para medição de deformações durante e após a escavação; Seção Transversal • A seção transversal de escavação é elíptica, com largura máxima de 21,5 m na altura dos apoios das paredes e altura de 15,2 m entre as geratrizes superior e inferior; • A área total da seção escavada é de 230,5 m²; • O túnel do Corpo da Estação foi escavado em sua totalidade em solo, em avanços sucessivos com aplicação de concreto projetado após cada avanço; • Em função das grandes dimensões da seção transversal, a escavação do túnel foi realizada de forma parcializada, em três fases; Fotos da escavação • Foram utilizadas drenagens e Jet grouting para estabilizar a seção. Geologia local • Obra está localizada na bacia sedimentar de São Paulo (Espigão Paulista); • Presença de solos sedimentares; • Aterro (2 a 4 m); argila porosa vermelha (5 a 10 m); argila rija vermelha (0 a 6 m); argilas e areias variegadas; • Solo argiloso com coesão e permeabilidade mais baixa, solo arenoso, com coesão reduzida e permeabilidade mais elevada; Problemas da obra • Logo no início da escavação houve recalque (deformação) interno que refletiu em recalque superficial elevado; • O principal fator responsável foi, provavelmente, a degradação do solo por efeito da saturação; • Outro fator contribuinte para este comportamento é o fato de que a maior parte do efeito de drenagem local do lençol freático ocorre logo no início da escavação, acelerando os recalques devidos ao adensamento dos solos sujeitos à drenagem; Obra 2 – acidente ocorrido na Linha 4, junto à Estação de Pinheiros Metro de São Paulo - Janeiro/2007 O acidente • A Estação subterrânea de Pinheiros da Linha 4 do Metropolitano de São Paulo apresenta um vão de 18m, altura de 15m e comprimento de 47m para cada lado de um poço de acesso de 40m de diâmetro; • Às 14 horas do dia 12 de janeiro de 2007, uma violenta ruptura se verificou e se propagou bruscamente, atingindo o poço de acesso; Fotos após o ocorrido Geologia local Comportamento geomecânico essencialmente heterogêneo, anisotrópico, descontínuo e elasto- frágil do maciço Algumas Especulações • A rocha do teto do túnel da estação, não tinha a resistência ou espessura admitida no projeto; • A rocha tinha falhas geológicas ou descontinuidades localizadas; • O monitoramento dos recalques e deformações não foram adequados nem precisos; • Esse monitoramento foi adequado mas faltou rapidez no gerenciamento das informações; • A construção errou na dinamite; • O controle de qualidade geral do processo não era adequado nem rigoroso; • O projeto do túnel estava errado e inconsistente; • As fundações da grua, muito junto à parede do poço, podem ter exercido uma interferência negativa nas paredes do poço, ajudando na ruptura. Referências da pesquisa • ARRUDA, V. Túneis na Engenharia. Disponível em: https://www.inovacivil.com.br/tuneis-na- engenharia/. Acesso em: 05/07/2020. • DUARTE, J. M. G. et al. A escavação da estação paulista do metrô de São Paulo: Análise do seu desempenho com base na instrumentação. Disponível em: https://g5engenharia.com.br/wp- content/uploads/2019/06/Artigo_Escavacao-Estacao-Paulista_Metro-SP.pdf. Acesso em 07/07/2020. • FOLHA. Entenda como aconteceu o desabamento nas obras do metrô em SP. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u130487.shtml. Acesso em 08/07/2020. • MARANGON. Noções sobre escavações subterrâneas e túneis. Disponível em: https://www.ufjf.br/nugeo/files/2009/11/togot_Unid06EscavacoesTuneis-2007.pdf. Acesso em: 08/07/2020. • NIEBLE, C. M. et al. O acidente da estação subterrânea de pinheiros da linha 4 do Metropolitano de São Paulo. Disponível em: http://www.portaldageotecnia.com.br/wp-content/uploads/2018/06/O- ACIDENTE-DA-ESTA%C3%87%C3%83O-SUBTERR%C3%82NEA-DE-PINHEIROS-DA-LINHA-4-DO- METROPOLITANO-DE-S%C3%83O-PAULO.pdf. Acesso em 08/07/2020. https://www.inovacivil.com.br/tuneis-na-engenharia/ https://g5engenharia.com.br/wp-content/uploads/2019/06/Artigo_Escavacao-Estacao-Paulista_Metro-SP.pdf https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u130487.shtml https://www.ufjf.br/nugeo/files/2009/11/togot_Unid06EscavacoesTuneis-2007.pdf http://www.portaldageotecnia.com.br/wp-content/uploads/2018/06/O-ACIDENTE-DA-ESTA%C3%87%C3%83O-SUBTERR%C3%82NEA-DE-PINHEIROS-DA-LINHA-4-DO-METROPOLITANO-DE-S%C3%83O-PAULO.pdf
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