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GOVERNANCA E QUALIDADE DE DADOS_DESCOMPLICA

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Quem tem a informação tem o poder
Peter Drucker é um dos mais renomados pensadores e consultores do mundo corporativo e foi o primeiro a se referir ao período que ocorre após a Era Industrial como a Era da Informação. Esta expressão revela uma mudança na importância que a propriedade da informação passa a ter no mundo naquele momento, em comparação com os antigos meios de produção e trabalho.
Os donos dos meios de produção sempre possuem um poder associado a esta propriedade na sociedade onde vivem, portanto nos tempos em que a agricultura era essencialmente o principal meio de produção, proprietários de grandes porções produtivas de terra possuíam também grandes riquezas e muito poder. Com o surgimento da Era Industrial, foram os donos dos meios industriais de trabalho que passaram a exercer este maior poder sobre a sociedade.
Como observado por Drucker, conforme o mundo caminhava em uma direção onde a informação passava a ser considerado um bem mais precioso, o número de trabalhadores mecânicos ou braçais vinha sendo substituído pelos trabalhadores intelectuais. Em outras palavras, o trabalho operário passou a ser cada vez mais automatizado e o trabalho intelectual cada vez mais valorizado.
"Que poder operário que nada! A sociedade caminha em direção à predominância do setor de serviços.”
 Daniel Bell, sociólogo nascido nos Estados Unidos.
Cada vez mais o poder foi se direcionando para às mãos das pessoas que possuíam conhecimentos de interesse aos demais. Isso acabou criando um conceito claramente expresso pela frase “Quem tem a informação tem o poder”. Governos e corporações rapidamente perceberam que a captura de informações seria um diferencial competitivo e investiram nesta direção. Em todo mundo foram criadas, por exemplo, agências de inteligência que suportavam os países em suas disputas militares na chamada Guerra Fria (CIA, KGB, MI6 etc.).
Nas corporações, muitos investimentos na coleta, armazenamento e processamento de dados foram feitos. Um grande exemplo é o varejista Walmart, um dos maiores do mundo. A empresa criou em meados dos anos 1980 aquele se tornou mais tarde o maior banco de dados privado do planeta. Mas ter a informação, na verdade, não cria nenhuma vantagem competitiva se o seu proprietário não puder (ou não souber como) usar esta informação.
Por isso a maneira mais adequada de se proferir a frase anterior deveria ser “Quem tem e usa a informação, tem o poder”. Foi isso que a equipe de gestão da Walmart fez: utilizando algoritmos de inteligência artificial ela transformou o dado que estava armazenado seu Banco de Dados em conhecimento aplicado. Este conhecimento trouxe lucro e vantagem competitiva para a empresa.
A Era do Conhecimento
Porém, diferentemente das mercadorias que os grandes varejistas mantêm estocadas em seus depósitos, a informação é um bem abstrato. A observação e registro de fatos concretos e que ocorrem no mundo à nossa volta vai gerar aquilo que chamamos de “dado”. São os dados que ficam armazenados em algum meio ou tecnologia. Pode ser um caderno, a nossa memória ou um dispositivo eletrônico de armazenamento como o HD de um computador.
Mas precisamos pensar no “dado” como o estado mais básico deste bem. Assim como o diamante bruto já é, em parte, o brilhante lapidado, o “dado” também já é um pouco de “informação”. Mas para que um dado se transforme efetivamente em informação ele precisa ser trabalhado. Ou como se diz geralmente, ele deve ser processado.
Contudo a quantidade de dados e informações com os quais nós e as empresas precisam lidar, muitas vezes, é maior do que percebemos em um primeiro momento. Então para que, de fato, se tenha algum tipo de poder ou vantagem competitiva, é necessário transformar “dado” em “informação” e combinar as informações na construção do conhecimento.
Esta percepção nos levou a, mais uma vez, mudar o nome da era em que vivemos de “Era da Informação” para a “Era do Conhecimento”. Além disso, hoje é cada vez mais fácil ter acesso a um volume enorme de informações, a verdadeira vantagem está em se conseguir extrair desta montanha de informações um volume significativo de conhecimento relevante.
No caso do Walmart a equipe foi capaz de identificar uma tendência de compra casada, onde um grupo significativo de pessoas que iam até a loja comprar fraldas também levavam cerveja. De posse deste conhecimento a equipe comercial pode rearrumar os produtos expostos de forma a potencializar sua venda e obter mais lucro.
Dado se Transforma em Conhecimento
Processar um dado em informação significa dar contexto e significado a este dado. O número “38”, por exemplo, é um dado bruto. Sem contexto e significado não diz muita coisa. Porém ao dizer que “38ºC se refere à medição da temperatura corporal de uma criança, feita por um termômetro analógico de mercúrio” o dado passa a ter contexto e significado. Passa a ser informação.
Toda mãe e pai sabe que uma criança com 38ºC de temperatura está com febre. Mas imagine, apenas por um instante, que esta informação chegou para uma pessoa que nunca foi apresentada ao conhecimento de que existe uma tabela padrão de temperatura corporal e que esta tabela indica qual é a faixa considerada “normal” da temperatura de um ser-humano. A temperatura de 38ºC está acima desta faixa.
Isso significa que, apesar de ter contexto e significado, a informação não tem utilidade prática para quem acabou de recebê-la. Do mesmo jeito, se a informação de que a criança está com febre chega para alguém que não sabe o que é febre ou que existem medicamentos para controlar este estado do corpo, também não tem utilidade, não lhe confere o poder de resolver a situação.
Agora voltemos à situação onde uma série de conhecimentos são combinados e possibilitam que esta mãe ou este pai possam tomar uma atitude. Vamos ver:
Meu filho está com temperatura 38ºC.
38ºC é um estado de febre.
Contra febre podemos aplicar um medicamento antitérmico.
Porém a automedicação é perigosa, então devo consultar alguém.
A pessoa que tem conhecimento e capacidade para me responder é o médico.
Meu filho possui um médico pediatra que o acompanha.
Eu tenho o número telefônico deste médico.
Eu sei usar um telefone, então vou entrar em contato.
Perceba a quantidade e variedade de informações e conhecimentos que são utilizados, mesmo em um exemplo simples como este.
O Censo Americano
Conforme o mundo evoluiu, percebeu-se a importância do conhecimento e caminhamos da Era Industrial para a Era da Informação e depois a Era do Conhecimento. Isso significou que a sociedade precisou investir no desenvolvimento de novas ferramentas para processar tal volume de dados em um tempo tolerável. Foi exatamente o que fez Herman Hollerith ao inventar a sua máquina de contar usando cartões perfurados para dar suporte ao processamento do Censo Americano.
Nos Estados Unidos o censo da população é atualizado a cada dez anos e seus resultados interferem diretamente na política, já que o conhecimento gerado a partir dele é aplicado nas distribuições políticas do país. Porém no censo de 1880 foram necessários sete anos para apurar (contar) os dados coletados. Isso significa que o conhecimento só foi gerado sete anos após a coleta dos dados, quase no momento em que se precisava realizar uma outra coleta.
Identificando este prazo como um problema e, ao mesmo tempo, uma oportunidade, Herman Hollerith inventou uma máquina de contar que usava agulhas e cartões perfurados para processar os dados coletados. Como a implementação desta tecnologia, a apuração dos dados coletados no censo de 1890 levou apenas dois dias!
A máquina de contar inventada e comercializada pela empresa de Hollerith não era, ainda, um computador. Mas foi a base para o desenvolvimento alguns anos depois do IBM ASCC, também conhecido como MARK I. O primeiro computador comercial do mundo pesava 35 toneladas e tinha 16 metros de comprimento. Mas foi o grande precursor de toda a tecnologia que hoje nos permite viver em um mundo extremamente conectado e que gera e consome informação emuma velocidade extrema.
Atividade extra
Nome da atividade: Vídeo - Mario Sergio Cortella em A Era da Curadoria: O que Importa é Saber o que Importa
Link para assistir a atividade: https://www.youtube.com/watch?v=5TaaT30L8yg
Referência Bibliográfica
GUROVITZ, H.
O que cerveja tem a ver com fraldas? Revista EXAME
https://exame.abril.com.br/revista-exame/o-que-cerveja-tem-a-ver-com-fraldas-m0053931/
KIMBALL, R.
The Data Warehouse Toolkit: o Guia Completo para Modelagem Dimensional.
MÖDERLER, C.
1860: Nasce Herman Hollerith, "pai" do processamento de dados. DW
https://www.dw.com/pt-br/1860-nasce-herman-hollerith-pai-do-processamento-de-dados/a-312287
WIKIPEDIA. Era da informação
https://pt.wikipedia.org/wiki/Era_da_informa%C3%A7%C3%A3o
Por que Peter Drucker chamou o período que ocorreu após a Segunda Guerra Mundial de Era da Informação?
RESPOSTA-Porque houve uma transferência de poder dos proprietários de meios industriais de trabalho e produção para os detentores de informações.
Peter Drucker percebeu que havia um deslocamento na relevância da propriedade dos meios produtivos manuais e industriais para uma realidade onde a informação passa a ter um poder maior sobre a competitividade profissional e das organizações.
Qual das frases a seguir parece mais adequada para descrever aquilo que começou com “Quem tem a informação tem o poder”.
RESPOSTA-Quem tem e usa a informação tem o poder.
Com o passar do tempo percebeu-se que simplesmente armazenar a informação não gerava nenhum valor na forma de diferencial competitivo para as empresas e/ou profissionais. Mais que isso, a abundância da informação disponível fez com que se veja mais valor na capacidade de extrair conhecimento relevante do que na capacidade de armazenar tal informação.
O que Sam Walton e sua equipe fizeram usando o maior banco de dados privado do planeta e como isso se refletiu na companhia?
RESPOSTA-O Walmart construiu o maior Banco de Dados privado do planeta e, a partir deste BD, extraiu uma série de conhecimentos que permitiu rever a organização de produtos da loja com base no comportamento de um grupo significativo de clientes. Esta reorganização trouxe resultados financeiros positivos para sua operação.
A partir de uma análise de compra casada, em que as relações de compra foram coletadas, armazenadas e processadas, a empresa foi capaz de descobrir uma associação não intuitiva (cerveja e fraldas) e agir na organização da loja de forma a potencializar os resultados de venda dos dois produtos.
Como se prevê o futuro?
Estamos assolados por uma estatística que nos diz que a maioria dos empregos e profissões que existem hoje em dia deixarão de existir nos próximos anos. John Pugliano, autor do livro “Robots are Coming: A Human's Survival Guide to Profiting in the Age of Automation”, afirma que todos os trabalhos rotineiros ou previsíveis serão substituídos por algoritmos matemáticos até 2025.
Para avaliar se a nossa profissão continuará existindo e se continuarem “competitivos”, tentamos prever o futuro. Existe um dito popular que diz que “o futuro a Deus pertence”. Independentemente das crenças religiosas de cada um, a principal conotação deste dito é que o futuro não pertence a nós, ou seja, não está sob nosso controle. Assim como não podemos controlá-lo, não possuímos a capacidade de prevê-lo com 100% de assertividade. Mas isso nunca impediu a humanidade de tentar.
Tentar prever o futuro é sempre um exercício de adivinhação, mas esta adivinhação pode ser mais ou menos embasada em fatos, tendências e simulações de futuro. Para isso, recolhemos dados e olhamos para o passado, acompanhamos o que está acontecendo no presente e exercitamos caminhos possíveis no futuro.
Ao longo da história nos convencemos de que o passado e presente são os melhores indicadores possíveis para o futuro. E são mesmo, já que são os únicos indicadores que temos para trabalhar. Neste ponto, pessoas envolvidas com o trabalho baseado em dados têm uma grande vantagem competitiva. Os ambientes analíticos são os espaços perfeitos para identificar e observar tendências.
Em nosso escopo aqui devemos tentar prever se a Qualidade dos Dados e a Governança de Dados continuarão representando um papel significativo nas organizações nos próximos anos. Seguindo a prática, devemos observar quais são as tendências que hoje apontam para o mundo no que se refere ao uso dos dados pelas organizações.
Tendências alavancadas pelos dados
Uma forma de olhar, portanto, é entender tendências que estão ocorrendo e avaliar até que ponto são alavancadas e/ou alavancadoras de uma prática centrada em dados. Neste sentido podemos apontar três tendências que vêm ganhando muita relevância: a Internet das Coisas (IoT – Internet of Things), a Inteligência Artificial (AI - Artificial Intelligence) e a Nanotecnologia.
Também podemos dizer que a Inteligência Competitiva e o BI são cada vez mais atividades estratégicas dentro das organizações e, portanto, têm o seu valor nas tendências de evolução do mundo corporativo. Estas tendências que precisam ser identificadas pelos gestores para que as organizações retirem conhecimento estratégico deste contexto e garanta os melhores investimentos possíveis na evolução de sua estrutura de BI.
Para mim está muito clara a tendência de o mundo produzir cada vez mais dados. Se antes os sistemas transacionais formais eram as principais origens de dados para os sistemas de BI, cada vez mais outras fontes são criadas e se tornam comuns. Desde sensores profissionais instalados com algum objetivo de negócio (ex.: sensores de movimento em estradas, sensores que medem a entrada de clientes em shoppings, câmeras que identificam o humor das pessoas em uma loja etc.) até devices de uso comum como celulares e relógios, cada vez mais se tornam máquinas de monitoramento.
Por falar em relógios, uma tendência que claramente incentiva este aumento da produção dos dados é o IoT. Como já citamos, IoT é a abreviação de Internet of Things (a tradução mais comum é “Internet das Coisas”, mas uma boa descrição seria “Internet nas coisas”). Trata-se de uma tendência de conectar itens usados no dia-a-dia à internet, incrementando suas funcionalidades e melhorando, com isso, a experiência. Mas é simples perceber que um item conectado, seja uma geladeira, uma fechadura ou um tênis, também se torna um importante gerador de dados.
Outra tendência a cada dia mais presente em nossas vidas é a Inteligência Artificial, que é a simulação de uma inteligência humana em mecanismos ou sistemas computacionais. Existem vários tipos e aplicações para a IA (ou AI, de Artificial Intelligence) mas todas elas se transformam em grandes geradoras de dados e, dependendo de quão sofisticada, até mesmo de conhecimento relevante.
Conjugada à IoT significa que cada vez teremos itens de nosso dia-a-dia operando com inteligência própria. Estes itens observarão o seu entorno, tomarão decisões e aprenderão sobre o ambiente e as pessoas que interagem com eles. Como estão conectados são capazes de criar uma grande inteligência universal, tendo acesso a mais ambientes e realidades do que um ser-humano teria de forma isolada.
Observamos, ainda, como uma forte tendência a miniaturização dos componentes digitais, chegando ao nível que chamamos de nanotecnologia. Segundo a Wikipedia, “nanotecnologia é uma ciência que se dedica ao estudo da manipulação da matéria numa escala atómica e molecular lidando com estruturas entre 1 e 1000 nanômetros”. Em outras palavras, trata-se de diminuir a um tamanho “nano” componentes digitais conectados à nuvem e com uma aplicação especializada.
Um exemplo muito comum de onde a nanotecnologia poderá ser usada é na área da saúde, onde nano componentes poderão ser implantados no corpo das pessoas e farão leituras constantes de indicadores que determinam as condições de saúde do usuário, podendo inclusive agir proativamente para combater entupimentos de artérias, infartos e acidentes vasculares.
Mais uma vez, do ponto de vista da informação, a quantidade e variedade denovos dados que poderão ser coletados é representativa. Em paralelo com a Internet das Coisas, a nanotecnologia funciona como uma Internet das Pessoas, ou seja, nós e nossos corpos estarão conectados em um nível que ainda não conseguimos prever.
Tendências para Qualidade e Governança de Dados
Com certeza estas três tendências se tornarão cada dia mais realidade no nosso mundo e no ambiente corporativo. Se dados em maior quantidade e variedade serão coletados e utilizados na geração de conhecimento estratégico, está claro que a necessidade de se garantir a qualidade destes dados será anda maior e sofisticada. Da mesma forma, aumentam as implicações sobre privacidade, segurança e uso ético dos dados, que é justamente o núcleo da política de Governança de Dados.
Além da necessidade destes dois conhecimentos aumentar ao longo dos próximos anos, é muito provável que empresas que antes não possuíam esta relação com os meandros da qualidade e governança de dados tenham que começar a se preocupar com o assunto em breve. Utensílios domésticos como geladeiras, fornos e porta-retratos, por exemplo, não possuíam uma interação intensa em troca de dados com seus usuários. Se passarão a ter, uma nova realidade se apresenta.
Isso significa que a atuação de profissionais especializados em Governança e Qualidade de Dados deve, ainda, se ampliar para novos mercados, com novos desafios e exigências cada vez maiores.
Como se preparar para o futuro?
Utilizando a própria filosofia de tomar decisões baseadas em informação é possível observar e identificar que tendências estão acontecendo e, a partir destas tendências deixar a organização mais preparada para crescer e sobreviver no futuro. Da mesma forma, o profissional pode direcionar os seus investimentos em educação e treinamento a partir da percepção destas tendências. Esta é a melhor maneira de se preparar para o futuro.
 
 
Atividade extra
Nome da atividade: Assista ao documentário “O Futuro em 2111 - Mundo Inteligente” do Discovery Channel e reflita sobre as quantidades e variedades de novos dados que poderão ser gerados para o BI conforme são apresentadas as previsões de como será o mundo e a vida cotidiana no próximo século.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=LNcn2YUt1Ho
 
Referência Bibliográfica
GABRIEL, M. Você, Eu e os Rôbos - Pequeno Manual do Mundo Digital.
Editora Atlas, 2017.
UOL. Empregos e Carreiras. As profissões ameaçadas pelos avanços tecnológicos.
https://economia.uol.com.br/noticias/bbc/2018/12/20/as-profissoes-ameacadas-pelos-avancos-tecnologicos.htm
WIKIPEDIA. Inteligência artificial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Intelig%C3%AAncia_artificial
WIKIPEDIA. Nanotecnologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nanotecnologia
ZAMBARDA, P. ‘Internet das Coisas’: entenda o conceito e o que muda com a tecnologia.
https://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2014/08/internet-das-coisas-entenda-o-conceito-e-o-que-muda-com-tecnologia.html
Prever o futuro é algo bastante difícil, ainda mais em um tempo onde as coisas mudam a uma velocidade estonteante, como estamos vivendo hoje em dia. Porém, sobre o futuro da Governança de Dados, podemos afirmar que:
RESPOSTA -As tendências apontam para um aumento contínuo do valor da Governança de Dados na medida que novos dados são coletados, novos tipos de negócio passam a ter contato com dados e novas aplicações para estes dados são criadas.
O mundo demonstrou nos últimos anos uma tendência a criar novos dados e dar utilidades inovadoras para estes dados. Conforme a sociedade se torna mais conectada e mais digital, esta tendência acelera ainda mais a necessidade de se estruturar um ambiente de inteligência como o proposto pelo BI.
Uma das principais tendências que podem afetar a forma como lidamos com os dados é IoT. O que é IoT?
RESPOSTA-IoT é o acrônimo para internet das coisas e trata-se de uma tendência tecnológica onde os itens e objetos do dia-a-dia passam a estar conectados à internet.
IoT é o acrônimo em inglês para Internet das coisas (Internet of Things) e, além de ser uma tendência, é uma realidade já observada em nosso dia-a-dia quando temos smartwatches que se conectam à internet, fechaduras controladas por um app de celular etc. Cada vez mais itens (devices) serão conectados à internet para melhorar a sua experiência de uso.
Nos itens apresentados nas alternativas a seguir, qual não faz sentido conectar-se à internet e entrar na tendência do IoT?
RESPOSTA - Todas as alternativas anteriores apresentam itens onde faz sentido conectar-se à internet e fazem parte da tendência de IoT.
Com o aumento da realidade IoT, virtualmente qualquer item pode estar conectado à internet e, com isso, ganhar utilizações que melhoram a sua experiência de uso e geram dados adicionais para um BI de comportamento.
Sociedade do Conhecimento
Já deve estar claro que na Era do Conhecimento as empresas que não apenas possuem, mas usam a informação para gerar conhecimento estratégico, têm uma baita vantagem competitiva em relação às empresas que ainda não estão preparadas para este novo tempo. Mas não são apenas as empresas que estão preparando-se e ajustando-se à Era do Conhecimento. As pessoas, e por consequência, toda a sociedade já vive este momento de forma intensa.
Vivemos em uma sociedade digital, extremamente conectada e ávida pela produção e troca de informações. Nesta sociedade, uma grande parte das relações humanas se estabelecem por um meio digital como as redes sociais, sites de relacionamento, aplicativos de mensagens, e-mail etc. Casamentos são formados (e desfeitos) através da rede, amigos se mantém conectados e até mesmo pessoas que moram juntos realizam pelo menos uma parte de suas conversas usando um celular ou outro device.
Uma consequência direta e imediata desde jeito de se relacionar é que tudo isso fica registrado, pode ser rastreado e gera uma imensa quantidade de dados. Além disso cada um de nós tem um perfil, uma impressão digital pública, universal e eterna. Vivemos hiperconectados e nos tornamos cada vez mais dependentes das informações que produzimos e colhemos desta rede.
Pessoas e Organizações data centric
Estas características da nossa sociedade acabam nos moldando em pessoas muito mais dependentes da informação compartilhada. Passamos a fazer as nossas escolhas com base em reviews, recomendações e buscas. Raramente nos aventuramos em uma nova experiência sem antes checar a reputação da empresa ou das pessoas envolvidas em fornecer aquela experiência, antes de tentar alguma coisa nova pesquisamos se alguns dos nossos mais de um milhão de amigos da rede social já têm uma opinião formada sobre aquilo. Tão logo experimentamos algo, rapidamente corremos para compartilhar, avaliar, recomendar, ranquear etc.
Isso só fortalece as nossas pegadas digitais e enriquece o nosso profile (perfil) disponível na rede. Cada vez mais, nossos passos estão registrados, contabilizados e disponibilizados para que as organizações possam utilizá-los de forma estratégica. E estes registros cada vez extrapolam o mundo digital para o mundo real, quando passamos a ser monitorados por tecnologias como o GPS, contadores de passos, câmeras com reconhecimento facial e sensores de sinais vitais. Basta lembrar do exemplo discutido há pouco em outro material onde uma pessoa praticava corrida usando devices como um smartphone e um smartwatch rodando apps de monitoramento.
A imensa disponibilidade de informações e o acesso facilitado a esta informação tem mudado não apenas a forma como as pessoas se relacionam entre si. Mudou também a forma como se relacionam com o aprendizado e com a forma de pensar. Se antes uma das capacidades mais valorizados do cérebro humano era a capacidade de memorização, hoje em dia é muito mais importante ter uma boa capacidade de pesquisa.
Por séculos toda a estrutura educacional da sociedade foi baseada na memorização. Era a figura de um mestre (ou professor), detentor do conhecimento e que mostrava ao aluno como algo deveria ser feito para que este memorizasse o jeito certo de fazere se tornasse, ele próprio, um mestre para outros aprendizes.
Atualmente os conceitos mais modernos de ensino e educação pressupõem um modelo de “ensinar o aluno a aprender”. Treiná-los nas habilidades para que este possa utilizar-se das ferramentas disponíveis de acesso ao conhecimento. Hoje, para aprender sobre qualquer assunto, as pessoas podem buscar informações na internet ou nas redes sociais, por exemplo. E o conhecimento passar a ser criado de forma coletiva porque a partir do momento que todos podem ser detentores de uma parte do conhecimento, todos são mestres e aprendizes ao mesmo tempo.
A pesquisa e a busca passam a ser tão importante que em 2006 a palavra “google” é incluída no dicionário, alçando o nome de uma ferramenta de buscas a um verbo que descreve uma ação cada vez mais comum em nossas vidas. Se temos alguma dúvida, “googlamos” sobre o assunto.
Toda esta disponibilidade e informações e o grande número de opções deveria, intuitivamente, nos deixar mais livres. Hoje não dependemos do conhecimento ou da opinião de um pequeno grupo de pessoas, pois temos acesso a milhões de opiniões e conhecimentos à distância de apenas um clique de mouse. Porém, como bem observou Barry Schwartz, este excesso de opções pode ser, muitas vezes, extremamente opressor criando um efeito que ele chamou de “Paradoxo da Escolha”. Temos tantas opções que ficamos perdidos e passamos a ter, na verdade, menos liberdade.
É, portanto, uma realidade que também cria novos comportamentos e gera ansiedades que não tínhamos antes. Uma dessas é conhecida pela sigla FOMO, que significa Fear Of Missing Out. Em uma tradução livre seria algo como o temor de perder uma oportunidade. É a ansiedade de deixar alguma coisa passar porque estava desconectado ou desconectada.
De fato, pesquisas revelam que um terço das pessoas, quando estão sem acesso à internet, têm o sentimento de “perda de controle” e que 36% já ficam nervosas se o celular está próximo de ficar sem bateria. Isso é mais uma prova de que o ser-humano cria uma tecnologia e esta tecnologia molda um novo jeito de viver do próprio ser-humano, como se “criasse” de volta um novo ser-humano.
Esta é sociedade em que vivemos, uma sociedade onde o conhecimento coletivo, universal e compartilhado já faz tão parte de nossas vidas que desconectar-se dele passa a ser um grande problema para muitas pessoas.
Impressão Digital
Esta relação de hiperconexão, monitoramento e compartilhamento de informações criam para cada indivíduo da Sociedade do Conhecimento uma espécie de “impressão digital”. Neste caso o termo “impressão digital” não está relacionado ao uso comum que se refere ao desenho único formado pelas papilas dos dedos das mãos. Aqui estamos usando o termo para denotar a impressão, ou as pegadas, que cada um dos indivíduos deixa no mundo digital.
Note que, neste caso, a impressão deixada no mundo digital também é única para cada pessoa, permanente ou eterna dado que é quase impossível excluir um conteúdo que tenha sido espalhado pela nuvem da internet e virtualmente universal, já que é muito difícil controlar quem tem acesso ao que é compartilhado em redes sociais, sites etc.
Esta “impressão digital”, apesar de viver no mundo virtual digital, cada vez menos trata apenas da nossa persona digital e passa a englobar características do mundo real a partir do momento que nossos hábitos passam a separar cada vez menos estes “dois mundos”. Usamos devices reais como o telefone celular para ser um ponto de acesso permanente ao mundo virtual. Isso significa que, cada vez mais, pessoas, empresa e/ou governos passam a ter acesso a parte ou à totalidade desta impressão digital.
Eu, Você e os Robôs
E o mundo não tem demonstrando tendências de que esta característica irá arrefecer. Ao contrário, vemos cada vez mais oportunidade de interação com o mundo virtual em nosso dia-a-dia. Envolvendo cada vez mais sistemas, computadores e robôs em nosso cotidiano.
Antigamente tínhamos a impressão de que robôs viveriam misturados em nossa sociedade no futuro, mas prevíamos basicamente duas realidades: uma em que os robôs de fato pareciam robôs humanoides, onde estava claro que se tratavam de robôs que estavam postos ali para nos auxiliar (como a robô doméstica da família Jetson) ou imitações tão perfeitas do ser-humanos que, muitas vezes, teríamos dificuldades de identificá-los como robôs (como os androids do filme Blade Runner).
Mas o que a realidade tem nos mostrado é um pouco diferente. Os robôs, na verdade, não necessariamente se parecerão com robôs ou com seres-humanos. Quer dizer, alguns sim, mas a maioria será como um eletrodoméstico, um carro ou um item comum do dia-a-dia, mas com inteligência. Além disso não se trata mais de ficção científica. Os robôs já estão entre nós.
Sabe aquela máquina de autosserviço para venda de refrigerantes que fica no seu caminho para o trabalho? Que de vez em quando você para por ali para comprar alguma coisa, de vez em quando você apenas passa em frente dela? Pois bem, ela pode ser um “robô” com inteligência artificial capaz de lhe reconhecer e aprender com seus hábitos.
A Coca-cola possui um projeto de inteligência artificial implantada em máquinas de autosserviço onde clientes podem combinar ingredientes para criar o seu refrigerante favorito. Podem, por exemplo, misturar um refrigerante de cola com um pouco de suco de laranja ou, quem sabe, misturar sabores de frutas diferentes em um único copo de refrigerante.
Com o tempo espera-se que a máquina reconheça os clientes e suas preferências, melhorando a experiência de compra, mas também aprendendo e alimentando a companhia com sugestões de novos refrigerantes que podem ser oferecidos em cada região.
Extrapolando as funcionalidades, e aqui estou usando uma liberdade de imaginação sem qualquer compromisso com o que a empresa realmente está fazendo, podemos imaginar que estas máquinas também “observam” as pessoas que passam por ela, mas não param para realizar uma compra. Existe uma série de questões éticas sobre privacidade que precisam ser levadas em conta, é claro, mas imaginem o tipo de inteligência que poderia ser criada caso todas as máquinas de autosserviço passassem a ser observadores ativos do fluxo de pessoas que caminham diante delas?
 
 
Atividade extra
Nome da atividade: Assista à palestra de Ben Schwartz no TEDGlobal 2005 sobre o paradoxo da escolha.
Endereço para assistir ao vídeo: https://digitalks.com.br/noticias/hiperconectividade-como-e-relacao-do-usuario-com-os-meios-digitais/#
 
Referência Bibliográfica
BEATRIZ, C. JOMO é o novo FOMO: desconectando para conectar com o que realmente importa!
https://www.aprendizdeviajante.com/jomo-e-o-novo-fomo-desconectando-para-conectar-com-o-que-realmente-importa/
DIGITALKS. Hiperconectividade: Como é a relação do usuário com os meios digitais
https://digitalks.com.br/noticias/hiperconectividade-como-e-relacao-do-usuario-com-os-meios-digitais/#
GABRIEL, M. Você, Eu e os Robôs
https://www.martha.com.br/livros/voce-eu-e-os-robos-por-martha-gabriel/
SCHWARTZ, B. TEDGlobal 2005 Barry Schwartz sobre o paradoxo da escolha
https://digitalks.com.br/noticias/hiperconectividade-como-e-relacao-do-usuario-com-os-meios-digitais/#
VARELA, T. Para século 21, o importante é 'aprender a aprender' https://educacao.uol.com.br/noticias/2016/04/23/para-seculo-21-o-importante-e-aprender-a-aprender.htm
O que é a Sociedade do Conhecimento?
RESPOSTA -É a sociedade da Era do Conhecimento, formado por pessoas e empresas cada vez mais data centric.
A percepção de vantagens em basear uma grande parte de suas decisões com base no conhecimento que
pode ser criado a partir do grande volume de dados e informação que está disponível não criou a cultura do
conhecimento apenas nas empresas, mas a sociedade como um todo passou a mover-se em uma direção
mais data centric. Com isso novos comportamentos foram sendo criados e passaram a reforçar ainda mais
as características da Sociedade do Conhecimento.
Dentre as alternativas abaixo, qual não foi citada comouma característica da Sociedade do Conhecimento?
RESPOSTA-Mais educada.
Apesar da Sociedade do Conhecimento ter criado novos hábitos que estão mudando a forma como as pessoas são educadas, reforçando habilidades de pesquisa e criando novas relações de aprendizagem, não é certo que estas mudanças tenha feito com que as pessoas se tornem mais educadas no sentido cultural (mais cultura) ou comportamental (mais gentis e educadas umas com as outras).
Somos uma sociedade uma sociedade digital, extremamente conectada e ávida pela produção e troca de informações. Estabelecemos grande parte de nossas relações usando um canal digital que gera e armazena rastros sobre tudo que fazemos. Nas alternativas a seguir, qual representa um ato que fortalece estas características?
RESPOSTA -Todas as alternativas anteriores registram comportamentos que reforçam as características da Sociedade do Conhecimento.
Em todas as alternativas são apresentados hábitos comuns das pessoas de nossa sociedade e estes hábitos reforçam o que é a Sociedade do Conhecimento, demonstrando o impacto de ferramentas e tecnologias de produção do conhecimento a partir de dados e informações têm sobre a nossa sociedade.
Planejamento Estratégico, o que e como irei fazer?
Esta etapa dividiremos o planejamento estratégico em duas partes, frente a sua importância dentro do processo de desenvolvimento de uma organização. 
Iremos abordar os conceitos de planejamento, assim como as definições e exemplos de missão, visão e valores.
Conceito de Planejamento Estratégico
Segundo Chiavenato (2004), o planejamento estratégico é um importante processo interno organizacional onde o mesmo traça as diretrizes para o estabelecimento dos planos de ação que resultam em vantagens competitivas. Ele reconhece pontos fortes, fraquezas, oportunidades, ameaças, caminhos a serem seguidos, caminhos a serem evitados, ou seja, de uma forma macro é traçado o caminho que a organização irá percorrer no intuito de alcançar seus objetivos. 
É importante entender que o planejamento estratégico é um processo contínuo e interativo, não possibilitando hoje nos tempos atuais, efetuar planejamentos que sirvam para longos períodos frente às constantes mudanças e várias modificações que ocorrem frequentemente no ambiente externo.
De acordo com Rezende (2008) é relevante discutir coletivamente o conceito e significados, adotar e vivenciar o que foi proposto, não deixando que fique apenas em planos e diretrizes e não seja praticado o proposto.
Quando nos referimos às ações que a empresa deve tomar, podemos nos direcionar para três diferentes dimensões: estratégica, tática e operacional. De acordo com a imagem relacionada abaixo e suas dimensões e atuais para cada camada.
Missão, Visão e Valores
A missão, visão e valores são a base para se estabelecer uma orientação e norte para a organização, mas para se tornarem realidades elas devem ser traduzidas em objetivos e orientações estratégicas, táticas e operacionais, conforme vimos através da figura do último item.
Missão: Razão, propósito pela qual a empresa foi criada, sua principal função, sua principal e fundamental tarefa. Na missão iremos escrever o que espera-se desta organização. 
Para a composição de uma missão eu devo responder às seguintes questões: 
Para que minha organização existe?
O que ela se propõe a fazer?
Como ela deve fazer?
Onde atuar?
Qual o papel da minha organização no mercado e na sociedade?
Quem ela quer atingir?
Qual a responsabilidade social do meu negócio?
Exs:
Google
“Organizar as informações do mundo todo e torná-las acessíveis e úteis em caráter universal.”
Microsoft
“Na Microsoft, a nossa função é ajudar as pessoas e empresas em todo o mundo a concretizarem todo o seu potencial. Esta é a nossa missão. Tudo o que fazemos reflete-se nesta missão e nos valores que a tornam possível.”
Natura
“Para ser percebida como uma empresa social e ambientalmente responsável e atuante, a Natura parte da premissa de que os impactos ambientais de sua atividade decorrem de uma cadeia de transformações, da qual representa somente uma parte. Por isso, acredita que, para ter eficácia, as ações ambientais precisam: considerar cada cadeia produtiva de maneira integral.”
Nestlé
“Oferecer ao consumidor brasileiro produtos reconhecidamente líderes em qualidade e valor nutricional, que contribuam para uma alimentação equilibrada, gerando sempre oportunidades de negócios para a empresa e valor compartilhado com a sociedade brasileira.”
Visão: A visão é uma posição futura, onde que a empresa gostaria de chegar? Como ela gostaria de ser vista e em que espaço de tempo?
Ao identificar e moldar a visão organizacional, o processo decisório em todos os níveis da empresa fica menos complicado. Se temos com clareza a nossa posição futura, não só por parte dos cargos estratégicos, mas através de todos os cargos e qual o papel e objetivo de cada um nessa empreitada, fica muito mais fácil de conseguir alcançar a posição futura almejada pela organização.
Portanto, um importante papel da diretoria, também, é o de comunicar a sua visão e sua posição almejada para o futuro.
Exs:
Disney
Visão – “Criar um mundo onde todos possam se sentir crianças.”.
Coca-Cola
Visão – “Matar a sede do mundo.”.
Petrobrás
Visão 2030 – “Ser uma das cinco maiores empresas integradas de energia do mundo e a preferida dos seus públicos de interesse.”.
Kopenhagen
Visão – “Ser um grupo competitivo que atue de forma abrangente no segmento alimentício, através de um portfólio de produtos com qualidade, representado por marcas fortes, com características e propostas únicas.”.
Duratex
Visão – “Ser empresa de referência, reconhecida como a melhor opção por clientes, colaboradores, comunidade, fornecedores e investidores, pela qualidade de nossos produtos, serviços e relacionamento.”.
Embraer
Visão – “A Embraer continuará a se consolidar como uma das principais forças globais dos mercados: aero​náutico e de defesa e segurança, sendo líder nos seus segmentos de atuação e reconhecida pelos níveis de excelência em sua ação empresarial.”.
PepsiCo
Visão – “A responsabilidade da PepsiCo é melhorar continuamente os aspectos ambientais, sociais e econômicos das comunidades onde operamos, criando um amanhã melhor que hoje. Colocamos a nossa visão em prática por meio de programas e foco em gestão ambiental, atividades que beneficiam a sociedade e compromisso de construir valor para o acionista ao fazer da PepsiCo uma empresa verdadeiramente sustentável.”.
Cacau Show
Visão – “Ser a maior e melhor rede de chocolates finos do mundo, oferecendo aos seus clientes e parceiros uma relação duradoura, com foco no crescimento, rentabilidade e responsabilidade socioambiental.”.
Vale
Visão – “Ser a empresa de recursos naturais global número um em criação de valor de longo prazo, com excelência, paixão pelas pessoas e pelo planeta.”.
Gerdau
Visão – “Ser global e referência nos negócios em que atua.”.
O Boticário
Visão – “Ser a empresa que melhor atende e satisfaz as necessidades de produto, serviço e auto realização de seus clientes.”.
Brasil Cacau
Visão – “Ser uma marca com espírito de liderança, que promete um forte e arrojado crescimento para atender com originalidade e de forma democrática todos os brasileiros, oferecendo produtos de qualidade a preços acessíveis.”.
Apple
Visão – “Mudar o mundo através da tecnologia.”.
Arcor
Visão – “Ser a empresa nº 1 de guloseimas e biscoitos da América Latina e consolidar a participação no mercado internacional.”.
BNDES
Visão – “Ser o Banco do Desenvolvimento do Brasil, instituição de excelência, inovadora e proativa ante os desafios da nossa sociedade.”.
Mercedes Benz
Grupo Pão de Açúcar
Visão – “O GPA almeja ampliar a participação no mercado brasileiro de varejo e tornar-se a empresa mais admirada por sua rentabilidade, inovação, eficiência, responsabilidade social e contribuição para o desenvolvimento do Brasil.”.
Seara
Visão – “Ser reconhecida como uma empresa de excelência no mercado brasileiroe internacional, por processar e comercializar produtos de alta qualidade, em todos os seus segmentos e marcas comerciais, e continuando a se expandir no mercado em que atua no Brasil e no Exterior, com o compromisso de aperfeiçoamento contínuo de seus produtos e com o desenvolvimento sustentável e rentabilidade nos seus negócios.”.
Valores: Valores correspondem ao que é importante para a organização e devem ser considerados guias para o comportamento no dia-a-dia. Assim como uma pessoa física, as empresas devem possuir valores que permeiam as suas relações internas e externas. Existem determinados comportamentos que são basilares para algumas empresas, assim como para outras a base está em outros valores escolhidos. 
Exs:
Agilidade
Comprometimento
Conhecimento
Entusiasmo
Espírito de equipe
Ética
Foco no cliente
Integridade
Valorização das pessoas
Fatores Críticos de Sucesso
Toda organização está inserida em uma indústria. Entenda indústria, como o conjunto de empresas que formam um mercado. E esse mercado e indústria possuem suas leis, sua demanda, sua forma de atuar e funcionar. Não se engane, quem determina o que é necessário para o sucesso de uma empresa são os clientes, relata Lúcio (2008). 
Exemplo: entrega em 24 horas, garantia, prazo para pagamento, linha de crédito, linha de produtos rentável, margens, certificado. Ou seja, repare que são critérios exigidos pelo mercado, não pela empresa, para que você sobreviva e consiga operar no mercado.
Entender os Fatores Críticos de Sucesso é essencial para a criação do planejamento estratégico da empresa e entender que cada ação arquitetada possui uma razão de existir, sem rodeios e gastos de energia desnecessários.
Estratégias Genéricas Competitivas
Em 1980, Michael E. Porter lançou o livro Estratégia Competitiva. Porter descreveu a estratégia competitiva como ações ofensivas e defensivas para criar uma posição sustentável dentro da indústria, ações que são uma resposta às cinco forças competitivas que veremos no decorrer do conteúdo.
Ele identificou três estratégias genéricas que podem ser usadas separadamente ou em conjunto para criar uma posição sustentável a longo prazo.
A primeira é de custo, na qual a empresa busca eficiência produtiva, na ampliação do volume de produção e na minimização de gastos com propaganda, assistência técnica, distribuição, pesquisa e desenvolvimento, e tem no preço um dos principais atrativos para o consumidor.
Já a diferenciação faz com que a empresa invista mais pesado em imagem, tecnologia, distribuição, pesquisa e desenvolvimento, recursos humanos, pesquisa de mercado e qualidade, com a finalidade de criar diferenciais para o consumidor.
A estratégia competitiva de foco significa escolher um alvo restrito, em que a firma atende necessidades específicas de um determinado grupo, dessa forma, a empresa pode oferecer algo considerado único.
 
 
Atividade Extra
Umas das empresas mais estudadas no tocante à sua missão, visão e valores é a Vale. Leia através deste texto quais são elas, link: http://www.vale.com/brasil/PT/aboutvale/mission/Paginas/default.aspx. 
Com base nos últimos acontecimentos envolvendo a empresa, por conta do rompimento da barragem de Brumadinho e Mariana, quais atitudes você tomaria para manter as promessas feitas através de sua declaração de missão, visão e valores.
 
Referência Bibliográfica
https://administradores.com.br/artigos/o-conceito-de-visao-organizacional
Site:
https://www.ibccoaching.com.br/portal/rh-gestao-pessoas/definicao-exemplos-missao-empresa/
CHIAVENATO, I.; SAPIRO, A. Planejamento Estratégico – Fundamentos e Aplicações. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2004.
PORTER, M. ESTRATÉGIA COMPETITIVA – Técnicas para Análise de indústrias e da concorrência. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2004.
REZENDE, D. Planejamento Estratégico para Organizações Públicas e Privadas. Rio de Janeiro: Editora Brasport, 2008.
Os valores são importantes para que possamos ter uma diretriz da forma que a empresa será conduzida. Qual dessas questões abaixo não contemplam a formação de valores organizacionais?
RESPOSTA –(NÃO CONTEMPLAM)Os valores devem ser seguidos apenas pelos colaboradores que possuem equipe, pois os colaboradores de nível operacional não possuem necessidade de seguir os valores corporativos
Na verdade, os valores devem ser seguidos e aplicados por toda empresa independente do cargo, pois todos colaboram para o alcance dos objetivos corporativos.
O que pode ser essencial na “missão” de uma empresa?
RESPOSTA -A razão de existir da empresa
A missão da empresa pode ser definida, também, como razão de existir dela.
Planejar é essencial. Toda organização deve ter planejado seus passos, seus objetivos e sua visão de futuro. Quais características estão presentes no processo de planejamento estratégico:
RESPOSTA -O planejamento estratégico é um documento que muda com o tempo, pois acompanha as variações de mercado e as variáveis internas.
A mais coerente é a resposta D. Pois o planejamento é mutável e acompanha as variações de mercado e internas.
Faça uma pesquisa e encontre uma empresa de sua preferência que tenha divulgado a sua missão, visão e valores. De preferência uma empresa onde você foi ou é usuária de seus produtos. Analise se essa empresa está aplicando na prática a sua promessa feita através das suas declarações. Faça uma narrativa de no máximo cinco linhas.
RESPOSTA -Magazine Luiza
Extraído do site: https://ri.magazineluiza.com.br/ShowCanal/Nossa-Cultura–Missao-e-Valores?=+CrwIdegGsV6bHjz6j8IdA== em 16/12/2020
"Nossa Missão
Ser uma empresa competitiva, inovadora e ousada, que visa sempre ao bem-estar comum.
Nossa Visão
Ser o grupo mais inovador do varejo nacional, oferecendo diversas linhas de produtos e serviços para a família brasileira. Estar presente onde, quando e como o cliente desejar, seja em lojas físicas, virtuais ou online. Encantar sempre o cliente com o melhor time do varejo, um atendimento diferenciado e preços competitivos.
Valores e Princípios
Respeito, Desenvolvimento e Reconhecimento: colocamos as pessoas em primeiro lugar, porque elas são a força e a vitalidade da nossa organização;
Ética: nossas ações e relações são baseadas na verdade, integridade, honestidade, transparência, justiça e bem comum;
Simplicidade e Liberdade de Expressão: buscamos a simplicidade em nossas relações e processos, respeitamos as opiniões de todos e estamos abertos a ouvi-las, independentemente da posição que ocupam na Companhia;
Inovação e Ousadia: cultivamos o empreendedorismo na busca de fazer diferente, com iniciativas inovadoras e ousadas;
Regra de Ouro: faça aos outros o que gostaria que fizessem a você."
Onde os dados são produzidos?
Os dados são a matéria-prima fundamental para a criação de informação e transformação em conhecimento. Desta forma, para que se possa criar conhecimento em um ambiente de Inteligência Competitiva, a cadeia produtiva de conhecimento possui as seguintes etapas:
Coleta;
Higienização;
Padronização;
Contextualização;
Disponibilização.
Portanto, para que haja dados disponíveis à produção do conhecimento, o primeiro passo é coletar estes dados para que possam ser inseridos em um ambiente de geração do conhecimento. Porém os dados não são criados no ambiente de inteligência Competitiva, mas sim armazenados e utilizados neste ambiente.
Os dados são representações (registros) de algo que ocorreu no mundo real e geralmente são coletados e armazenados em um sistema transacional. É bem da verdade que um dado, fundamentalmente, não precisaria ser registrado em um sistema transacional, já que existem outras tecnologias mais antigas de registro, como livros, cadernos etc. Mas do ponto de vista dos nossos estudos, um dado precisa estar registrado em uma fonte eletrônica para que possa ser inserido na cadeia produtiva de conhecimento.
Com isso, podemos afirmar que os sistemas transacionais são as origens dos dados que serão inseridos no processo de criação do conhecimento usando BI.
Onde o dado se transforma em conhecimento?
De formamais concreta, muitos exemplos podem ser observados onde dados são registrados e armazenados em sistemas transacionais para que posteriormente sejam inseridos na cadeia produtiva de conhecimento. Em um supermercado, por exemplo, esta ação está muito bem delimitada pelo momento chamado de check-out.
O check-out é quando um cliente se direciona para a fila do caixa e um operador de caixa inicia o registro dos itens comprados no sistema. Podemos dizer que as principais funções do operador de caixa neste momento são:
Iniciar uma transação;
Eventualmente identificar o cliente, embora em muitos supermercados esta identificação ainda não aconteça;
Realizar o registro de um item da compra, ou seja, um produto que o cliente tenha colocado no carrinho e esteja levando para casa. Esta operação é repetida inúmera vezes, até que todos os itens estejam registrados.
Encerrar a transação recebendo o pagamento do valor total.
Do ponto de vista das operações do supermercado, este é um processo fundamental e que faz parte do dia-a-dia da empresa. Além de ser um registro digital de um evento que está ocorrendo fisicamente nas lojas. Do ponto de vista da cadeia produtiva de conhecimento, esta é uma ação fundamental de coleta de dados.
Porém este dado, após ser coletado, precisa ser processado e transformado em conhecimento. Esta transformação ocorre em um sistema de Inteligência de Negócios ou Inteligência Competitiva. Genericamente podemos dizer que se trata de um ambiente de Business Intelligence (BI). Ou seja, um banco de dados em formato analítico (Data Warehouse ou Data Mart) que reúne dados de diversas fontes transacionais.
Como os dados são coletados?
Algumas empresas, como os supermercados, não têm a informação como base fundamental de seu negócio. O registro e a coleta são realizados como parte do negócio, mas o supermercado não “vive” de informação, ele “vive” de adquirir, armazenar e vender produtos alimentícios. Supermercados não precisam usar os dados de forma estratégica, embora possam usar e com isso obter grandes resultados.
Outras empresas, entretanto, têm a informação como base fundamental de seus negócios. São empresas que geram receita justamente através da coleta e venda de dados e informação. Como exemplos podemos citar a empresas de processamento de dados, consultorias, auditorias, escolas etc.
Vamos olhar para a indústria de seguros, por exemplo. Ao adquirir uma apólice, o segurado está “comprando” uma promessa de que, caso algo venha a acontecer (um sinistro) com algo que esteja protegido pelo seguro (o bem segurado), a seguradora irá arcar parcial ou completamente com os custos de reposição ou reparação do bem (a indenização).
Em outras palavras, o que a seguradora “vende” é a administração de todos os riscos de sua carteira, tecnicamente conhecido como “sinistralidade”. Para tanto, uma série de cálculos atuariais precisam ser realizados com base nas características de sua carteira de risco, tornando a correta coleta de dados uma atividade fundamental para o sucesso e sobrevivência do negócio.
Os dados são coletados em diversos momentos, sendo os mais representativos a fase de proposição e avaliação do risco para a emissão da apólice e o registro dos sinistros que ocorrem com os bens da carteira segurada. Nos dois momentos estão envolvidas pessoas fundamentais para a correta coleta de dados, como os próprios clientes, corretores de seguro e inspetores de riscos (vistoriadores).
Como podemos notar, a coleta de dados neste exemplo é bastante sensível. Outro exemplo em que a coleta de dados é extremamente sensível são os serviços médicos. Imaginem um hospital, por exemplo, onde pacientes são consultados e precisam ser corretamente medicados. Neste caso podemos dizer que a coleta de dados é, de fato, um caso de vida ou morte.
Além disso há toda uma sensibilidade com relação à natureza do dado coletado. Informações trocadas por médicos e pacientes, e registradas nos sistemas de prontuário eletrônico dos hospitais, são informações sigilosas por lei. Questões éticas e de governança destes dados são extensamente discutidas nas escolas de medicina e são preocupação constante nos responsáveis de tecnologia da informação de hospitais.
São dados pessoais e que possuem extremo interesse médico, mas que também poderiam ser utilizados, por exemplo, pelas empresas de seguro no momento de avaliar o risco de uma pessoa em um seguro de vida. Porém é antiético e contra lei que estes dados sejam fornecidos pelo hospital para a seguradora sem que o paciente, verdadeiro dono desta informação, seja consultado.
Agora notem que nos exemplos acima, nas atividades de coleta de dados, há sempre um elemento em comum que são as pessoas responsáveis pela coleta do dado (operador de caixa de supermercado, corretor de seguros, vistoriadores, médicos, enfermeiros etc.). Acontece que cada vez mais o elemento humano vem sendo substituído no processo por sensores e sistemas eletrônicos que, muitas vezes, não apenas dão conta do recado como realizam a tarefa com muito mais assertividade, mais velocidade e menos custos.
Vamos olhar para o caso de uma rodovia, por exemplo. É extremamente importante para os operadores de tráfego da rodovia compreender quais são os volumes de tráfego que ocorrem em cada trecho da estrada nas diferentes horas do dia. Mas seria muito improdutivo que esta coleta fosse realizada por pessoas contando o número de veículos passando em alta velocidade a cada hora, em cada trecho. Para coletar estes dados a administração deverá fazer uso de sensores espalhados nos pontos estratégicos do percurso e integrados a um banco de dados que centraliza o dado. Ou seja, o processo de coleta de dados neste caso ocorre sem interferência humana direta.
Outro exemplo em que sensores são utilizados para coletar os dados é no momento em que uma pessoa “conectada” está praticando exercícios físicos. Tradicionalmente a corrida era uma atividade simples, que não requer muita estrutura (diferentemente dos esportes de quadra, por exemplo) e na maioria das vezes realizada de forma individual.
Mas é cada vez mais comum que o praticante de corrida se utilize de vários devices tecnológicos que o acompanham durante a prática. Estes devices têm a função de tornar o treino mais agradável (possibilitando que o praticante ouça música por exemplo), mais seguro (acompanhando sinais vitais como pressão e batimento cardíaco) e mais otimizado em termos de performance (registrando dados de performance como tempo etc.), Mas é notável que todas estas facilidades são, ao mesmo tempo, fontes geradoras de dados.
Vamos avaliar algumas sob este aspecto:
Música: enquanto a pessoa ouve música usando um aplicativo como o iTunes ou o Spotify, dados são coletados sobre os hábitos musicais de cada pessoa. Que estilo, músicos, autores são ouvidos com qual frequência, em quais horários do dia, em qual volume etc. Há ainda as informações de quais músicas são agrupadas em quais playlists, quais são compartilhadas entre amigos etc. Estes dados ajudam os aplicativos a fornecer uma experiência mais personalizada, recomendando com mais assertividade novas músicas e autores, por exemplo. Mas também traçam um perfil musical que, associado a outros dados de perfil (demográficos, locais onde costuma circular, navegação na internet etc.) são fonte valiosa para que a indústria da música possa direcionar os seus investimentos. Também são informações que podem ser utilizadas por outras indústrias como a publicidade e a indústria de entretenimento como um todo.
Corrida: enquanto a pessoa corre usando um aplicativo de monitoramento (Nike Run, RunKeeper etc.) dados são coletados sobre tempo, ritmo, velocidade, percurso e batimentos cardíacos. Há ainda classificações feitas pelos próprios participantes (quão intenso foi aquele treino, se foi recreativo ou de velocidade etc.) e a possibilidade de associar grupos de amigos que correm separadamente, mas formam um grupo virtual de corrida. Estes dados são utilizados pelos aplicativos para otimizar a performancedo corredor, propondo desafios, planilhas de treino personalizada etc. Mas também têm imenso valor para empresas de materiais esportivos (“está na hora de comprar um tênis novo!”), empresas promotoras de eventos esportivos (faz sentido realizar uma maratona na cidade?) e seguradoras (qual o nível de sedentarismo de uma pessoa que está fazendo um seguro de vida?).
Este exemplo ilustra com o conceito de coleta de dados está expandido e vem fazendo cada vez mais parte de nossa vida, de forma natural e muitas vezes onipresente.
Extração, Transformação e Carga de Dados
Pois bem, dados são representações de algo na vida real que são inseridos, armazenados e processados em sistemas operacionais, mas depois podem ser inseridos em uma cadeia produtiva de conhecimento suportada por uma estrutura de Business Intelligence (BI). Para que isso ocorra, o dado precisa ser:
Extraído dos sistemas transacionais.
Transformados de forma que fiquem higienizados e padronizados.
Carregados no banco de dados do Business Intelligence.
Este processo recebe o nome de ETL, que significa Extract, Transform and Load. Como o conhecimento de qualidade é criado a partir de dados de qualidade, é importante que o processo de ETL mantenha, ou até acrescente, a qualidade a estes dados, o que é feito na etapa de transformação do dado.
Como exemplo, vamos imaginar uma falha no processo de coleta de dados onde, ao preencher o nome da cidade de residência de um cliente, os usuários do sistema transacional cometem pequenos erros de digitação. No final, clientes são associados a cidades reais como “São Paulo”, “Rio de Janeiro” e “Fortaleza”, mas também são associados a cidades que não existem como “Sao Paulo”, “Sâo Paulo”, “Rio Janeiro” e “Fortalesa”.
Neste caso será na etapa de transformação, após extrair estes dados do sistema transacional e antes de carregá-los no BI, que o processo irá tentar corrigi-los, Esta correção poderá usar um algoritmo de aproximação fonética, por exemplo, que analisa cada dado “cidade” que não esteja na base de municípios do Brasil e tenta correlaciona-lo com o texto (nome da cidade) mais próximo.
A etapa de transformação pode não apenas corrigir os dados, mas também padronizá-los de forma que fiquem sobre o mesmo contexto. Exemplos comuns de padronização são a conversão monetária para que todos os valores sejam armazenados em uma mesma moeda, evitando que US$ 100.00 sejam confundidos com R$ 100,00 já que representam valores bem diferentes.
 
 
Atividade extra
Nome da atividade: Veja o vídeo de apresentação da loja Amazon Go. Trata-se de um ponto de vendas físico totalmente baseado em autosserviço implantado pela Amazon. Note que toda a operação e coleta de dados são realizadas sem a interferência de um funcionário da loja. Apesar disso não podemos dizer, ainda, que não há um humano envolvido já que o cliente deve estar presente para escolher e pegar os produtos das prateleiras.
Local para acessar o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=NrmMk1Myrxc
 
Referência Bibliográfica
ELIAS, D. Entendendo o processo de ETL
https://canaltech.com.br/business-intelligence/entendendo-o-processo-de-etl-22850/
ELIAS, D. O que significa OLTP e OLAP na prática? Canaltech, Gestão, Business Intelligence.
https://canaltech.com.br/business-intelligence/o-que-significa-oltp-e-olap-na-pratica/
RIBEIRO, E. Analítico versus Transacional. Tecnologia e Marketing.
http://www.tecnologiaemarketing.com.br/analitico-versus-transacional-2/
O que é Inteligência Competitiva?
Como uma evolução do conceito de “Era da Evolução” criado por Peter Drucker, passamos a chamar o tempo em que vivemos de “Era do Conhecimento”, quando ter a informação e transformá-la em conhecimento relevante e útil é o que realmente trará vantagens competitivas para uma empresa, um país ou mesmo para um profissional.
Desta forma, podemos afirmar que “Inteligência” é o ato de transformar “informação” em “conhecimento” e, por derivação, que “Inteligência Competitiva” é transformar as informações disponíveis em conhecimento que gere vantagens competitivas. Mas não seria correto afirmar que o campo da Inteligência Competitiva se restringe a esta transformação do dado.
O campo da Inteligência Competitiva reúne também todas as ações necessárias desde a coleta e armazenamento dos dados que serão matéria prima para a geração de conhecimento, bem como sua distribuição e apresentação de forma a permitir sua visualização, interpretação e utilização. Especificamente no caso da Inteligência Competitiva, o foco deverá sempre estar voltado para o ambiente competitivo onde opera uma organização.
Inteligência Competitiva é o ato de entender uma indústria e os concorrentes para que a empresa possa tomar as melhores decisões.
Significa que a Inteligência Competitiva tem como finalidade ajudar as empresas a prosperarem no mercado em que operam se mantendo competitivas a partir de decisões que são tomadas com mais inteligência e assertividade, pois são decisões baseadas no conhecimento extraído de informações do mercado.
Vale ressaltar que as informações de mercado em questão devem englobar a maior parte possível dos aspectos relevantes que atuam sobre o mercado em questão. Muitas vezes o foco acaba se resumindo aos concorrentes, que talvez seja a faceta mais explícita do mercado. Porém deve-se evitar uma visão restritiva quando uma série de outros elementos podem afetar a competitividade de uma organização. Veja, a seguir, alguns exemplos que devem ser levados em consideração:
Clientes;
Parceiros;
Fornecedores;
Governos;
Agências reguladoras;
Formadores de opinião, entre outros.
Muitas vezes o termo Inteligência Competitiva (“Competitive Intelligence”) se confunde com o termo Inteligência de Negócios (“Business Intelligence”), porém é importante ressaltar que, apesar de próximos, trata-se de conceitos diferentes. Enquanto o primeiro está focado nos elementos que estão no ambiente externo à organização e que afetam sua competitividade, o segundo engloba também elementos no contexto interno das organizações. Outra forma de expor a diferença é entender que o negócio envolve aspectos externos (competitivos) e aspectos internos que posicionarão a organização de forma mais ou menos competitiva no mercado.
O que é Big Data?
A Era do Conhecimento é tanto consequência como causa para o aumento significativo dos dados que são produzidos e consumidos no mundo. A evolução tecnológica acelerada, a diminuição do custo de armazenamento, o alto grau de conexão entre pessoas, empresa e sistemas e uma cultura de monitoramento e compartilhamento de informações são catalisadoras para que este aumento seja exponencial.
Observe a curva representada no gráfico a seguir.
Gráfico 1: Estimativa do crescimento do volume de dados digitais entre 2009 e 2020 (fonte: McKinsey)
Este gráfico impressiona não apenas pelo volume em si, pois estima-se que em 2020 a humanidade terá produzido o equivalente a 40.000 EB de informação digital. Mas ele impressiona também pela forma de uma curva exponencial e de crescimento acelerado. Ao mesmo tempo não conseguimos ver motivos para esta aceleração no crescimento do volume de dados diminuir nas próximas décadas. A tendência é que o mundo produza ainda mais informações.
A explosão no volume, complexidade e variedade de dados trouxe uma consequência rápida e direta: os sistemas e a tecnologia disponível não estavam preparados para lidar com isso. Em outras palavras, sistemas tradicionais passaram a ter dificuldade para armazenar e processar tantos dados e, com isso, surge o “Big Data”. Veja, a seguir, a definição oferecida pela própria McKinsey:
Big Data é “um grande conjunto de dados gerados e armazenados com os quais os aplicativos de processamento de dados tradicionais ainda não conseguem lidar em um tempo tolerável”.
Então o termo “Big Data” originalmente se refere aos dados, mas com o tempo passamos a utilizá-lo para designar também todas as técnicas, ferramentas e tecnologias criadas para lidar com tal volume de dados. Big Data passoua ser, até mesmo, usado como sinônimo do uso deste volume de dados e a transformação desde dado em conhecimento (“o big data nos mostra que nossos clientes têm uma tendência a preferir o produto A ao produto B na hora em que navega no site”, por exemplo).
A primeira e mais notável implicação do big data é justamente a produção, captura, armazenamento e processamento de cada vez mais dados. Se antes um dado parecia irrelevante por não trazer qualquer vantagem competitiva, agora as possibilidades de combinar imensos volumes destes dados com outros dados e de utilização de algoritmos de mineração de dados e inteligência artificial passou a gerar conhecimentos e possibilidades antes não percebidos. Que possibilidades são estas? Mais assertividade e maiores retornos financeiros.
Mas para que um grande volume de dados seja considerado, de fato, big data, algumas características devem ser observadas. Convencionou-se observar estas características através de um modelo baseado em 5 Vs:
Volume - big data trata de um grande volume de dados.
Variedade - são dados variados em termos de conteúdo e formato.
Velocidade - nos processamentos envolvidos.
Veracidade - das informações e conhecimentos derivados;
Valor - gerado pela utilização destes dados.
Então não basta reunir uma grande quantidade de dados para que se esteja trabalhando com big data.
O que é Qualidade?
A palavra “qualidade” é um substantivo, não um adjetivo. Isso significa que é uma propriedade de um ser ou uma coisa. Não é algo que se “tem” ou “não tem”. É uma característica que pode ser medida e pode possuir um aspecto positivo ou negativo. Podemos dizer, por exemplo, que “este é um produto de boa qualidade” ou “este é um produto de baixa qualidade”.
Mas o que irá definir se algo tem boa ou má qualidade? Vários são os aspectos e elementos que podem contribuir para a avaliação da qualidade de algo. São alguns dos elementos básicos da qualidade:
Desempenho;
Confiabilidade;
Conformidade;
Durabilidade;
Disponibilidade.
É, portanto, a medida de adequação dos indicadores destes elementos comparados com a expectativa que se tem em relação a algo que determinará o seu nível de qualidade. Ter alta qualidade significa que se tem alta adequação em relação às expectativas.
O que é Governança?
Na Sociedade do Conhecimento não apenas as empresas são grandes produtoras e consumidoras de dados. As pessoas também desenvolveram hábitos que as tornaram cada vez mais digitais, conectadas e ávidas por informação. Esta tendência acaba deixando uma infinidade de informações registradas e disponíveis na nuvem da internet, criando um perfil e rastros digitais universais e permanentes de praticamente qualquer pessoa.
Esta enorme profusão de dados tem efeitos extremamente positivos em vários aspectos, como uma melhor prestação de serviço por parte das empresas e recomendações que nos ajudam a ter experiências mais personalizadas e adequadas aos nossos gostos. Mas é claro que “todo este poder” traz, por outro lado, “grandes responsabilidades”. Valores e responsabilidades de toda a sociedade precisam ser revistos à luz desta nova realidade.
Mas como as empresas devem lidar com todas estas questões de ética no uso dos dados, privacidade e coleta de dados particulares? A resposta está na elaboração e divulgação de um plano de Governança de Dados. Governança de dados se refere ao gerenciamento dos dados de uma empresa, sua disponibilidade, seu uso e a segurança da informação compartilhada dentro da empresa. Suas políticas e mecanismos devem assegurar que a informação inserida pelos colaboradores ou por um processo automatizado cumpra requisitos e padrões consoantes com seus valores. Trata-se de aspectos como a integridade dos dados, regras de utilização, políticas de acesso e divulgação, segurança etc.
 
 
Atividade extra
Nome da atividade: Filme: Duplicidade (https://www.imdb.com/title/tt1135487/)
O filme duplicidade é uma comédia romântica de 2009 onde Claire Stenwick (Julia Roberts) é uma ex-agente da CIA (EUA) e Ray Koval (Clive Owen) é um ex-agentes do MI-6 (Reino Unido). Se conhecem de seu período como espiões governamentais, mas agora trabalham para corporações da iniciativa privada rivais e se encontraram “fortuitamente” em um caso de espionagem industrial. Eles têm como missão encontrar a fórmula química de um cosmético que renderá uma fortuna à corporação que patenteá-lo primeiro.
 
Referência Bibliográfica
MANYIKA, J., CHUI, M., BROWN, B., BUGHIN, J., DOBBS, R., ROXBURGH, C., BYERS, A.
Big data: The Next Frontier For Innovation, Competition, And Productivity. McKinsey Global Institute. http://www.mckinsey.com/insights/business_technology/big_data_the_next_frontier_for_innovation.
NIKOLAOS, T.; EVANGELIA, F.
Competitive intelligence: concept, context and a case of its application, Science
Journal of Business Management, vol. 2, 2012
TARVER, E.
What is the difference between business intelligence and competitive intelligence? Investopedia, Small Business.
https://www.investopedia.com/ask/answers/040915/what-difference-between-business-intelligence-and-competitive-intelligence.asp
WIKIPEDIA
Governança corporativa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Governan%C3%A7a_corporativa
O que é Inteligência Competitiva?
RESPOSTA -É a construção de inteligência que garanta a competitividade da empresa a partir da pesquisa, descoberta de fatos e captura de informações públicas e de forma lítica.
A Inteligência Competitiva é uma importante ferramenta para suportar os tomadores de decisão de uma organização com informações sobre o mercado onde ela atua, mas estas informações devem ser capturadas de forma ética e lítica, obtendo dados que são públicos ou que a organização possui autorização para acessá-los.
Sobre as diferenças entre Business Intelligence (Inteligência de Negócios) e Competitive Intelligence (Inteligência Competitiva), podemos afirmar que:
RESPOSTA -A Inteligência Competitiva está contida no BI.
Considerando que o BI é todo conjunto de ferramentas, softwares e processos para suportar de forma vital o Planejamento Estratégico da empresa e que estas decisões devem levar em conta o ambiente onde a empresa está inserida (concorrentes, parceiros, clientes, fornecedores etc.), faz sentido considerar que a Inteligência Competitiva é uma importante ferramenta da Inteligência de Negócios.
Big data envolve cinco dimensões iniciadas com a letra “V”. Das alternativas a seguir, qual é a única que não se enquadra nesta lista de características?
RESPOSTA -Virtuosidade.
O termo velocidade foi substituído na questão pelo termo virtuosidade, que não faz parte das cinco dimensões apontadas com características fundamentais do big data.
Titulares da Informação
Relembrando, a Governança de Dados “é um sistema de tomada de decisões executado por um modelo que descreve quem age com qual informação, em que momento, usando que métodos e sob que circunstâncias” (VEYRAT, 2015). Em outras palavras a política de governança de dados de uma organização tem como objetivo:
Proteger os dados que trafegam pela empresa;
Dar eficiência aos processos que coletam e manipulam dados dentro da empresa;
Reduzir os custos e riscos do uso dos dados; e
Dar transparência às partes interessadas sobre os procedimentos que envolvem dados dentro da organização.
Em geral o plano de Governança de Dados será composto por:
Um conselho que tem a missão de zelar pelos valores da organização no que tange ao uso dos dados por ela coletados, manipulados e divulgados. O conselho deve ser formado por pessoas com grande influência na gestão e que conheçam os detalhes dos processos que envolvem coleta, processamento e divulgação de dados.
Procedimentos associados à manipulação de dados, tanto no que diz respeito às definições de políticas, princípios e valores.
Planos de Ação que se refere a eventos que venham a ocorrer e exijam uma resposta da empresa como, por exemplo, o vazamento acidental de dados.
O primeiro passo para se desenvolver um Plano de Governança de Dados é definir quem é oGovernador dos Dados. “Governador” aqui com o sentido de qual executivo se tornará o responsável pelas políticas de governança referentes ao uso dos dados e informações. Com a evolução da sociedade para a Era do Conhecimento e o agravamento dos valores e riscos envolvidos na gestão dos dados, tem se tornado cada vez mais comum a criação de um cargo específico para este fim, o Chief Data Officer (CDO).
Em muitas organizações, porém, este papel acaba sendo cumprido pelo responsável pela área de compliance, ou seja, considera-se que estar em conformidade em relação aos dados e informações é mais uma das responsabilidades desta área, junto com o cumprimento de outras leis e regulamentos internos ou externos.
Será o Governador de Dados quem irá conduzir a criação das políticas de governança de dados, as reuniões, definir pautas, cronogramas, objetivos etc. Mas o Governador de Dados não é, necessariamente, responsável direto por nenhuma informação dentro da organização. Os responsáveis são chamados de “Titulares da Informação”.
Significa que para cada dado coletado, armazenado, processado e distribuído o comitê deverá indicar um titular, que fica responsável por este dado. É como se ele fosse o “dono” ou gestor daquele bem (asset) dentro da companhia. Todo bem, e com os dados não é diferente, possui um valor, custo e riscos associados. Então é responsabilidade do titular equilibrar estas três dimensões.
Diagnóstico e Planejamento
Todo processo de governança começa com um diagnóstico para avaliar a situação atual e um planejamento de próximos passos para que a organização possa atingir os seus objetivos de governança. Para determinar a situação atual o trabalho deve começar com um levantamento de quais são as informações que a empresa possui. Que dados são coletados e armazenados na organização como parte de sua operação?
Este deve ser um levantamento extensivo e exaustivo, pois invariavelmente as empresas ficam surpresas com a quantidade e a variedade de dados que elas possuem. Neste levantamento, em geral, já se percebem duplicidades e redundâncias desnecessárias e, muitas vezes, dados que não precisavam ser coletados ou armazenados.
O comitê deve, então, priorizados os dados que são mais sensíveis. Não faz sentido tentar resolver todos os problemas de uma só vez, então é preciso fazer uma avaliação de valor versus custo. Bo ponto de vista do valor, leva-se em conta a importância que os dados têm para a execução das operações e o valor dos conhecimentos que são ou poderiam ser gerados com base naquele dado. Do ponto de vista de custo devem ser considerados os custos diretos e indiretos de coleta, armazenamento e processamento do dado, mas também os riscos da empresa manter aqueles dados armazenados.
Itens de alto valor e alto custo são os mais sensíveis e devem ser priorizados no planejamento da governança de dados. Por outro lado, itens de baixo valor e baixo custo podem ficar para o final da fila. Uma discussão mais detalhada sobre os riscos está presente adiante neste material. Seguindo a prioridade, o comitê deve avaliar que medidas de proteção já existem para estes dados e qual é a sua qualidade atual.
Nestes passos podemos usar um método de avaliação como a matriz SWOT, por exemplo. Um dado sensível pode trazer forças para a organização (Strengths), mas também pode gerar fraquezas (Weaknesses) se possui uma qualidade baixa, por exemplo. Por outro lado, pode gerar oportunidades (Opportunities) de diferenciais competitivos, dependendo do conhecimento estratégico que pode ser extraído dele, mas também traz consigo ameaças (Threats). Então uma boa prática consiste em utilizar a matriz SWOT para avaliar os dados prioritários definidos no levantamento anterior.
Concluído o Diagnóstico, o comitê parte para o planejamento, sempre seguindo a prioridade definida. O comitê deve escrever uma missão para o comitê e a política de governança e definir qual a visão da empresa com relação aos dados e informações. Esta missão e visão, é claro, precisa estar consoante com a visão e a missão da organização.
O comitê deve, então, criar um programa que contenha projetos específicos para os conjuntos de dados mais sensíveis, estabelecer os objetivos estratégicos e os desdobrando dos planos táticos e operacionais. Não necessariamente é o comitê quem vai gerenciar os projetos, ele pode atuar como um patrocinador que monitora os resultados ao longo do tempo.
Uso da Informação
Em resumo podemos dizer que a governança visa garantir a melhor utilização possível dos dados que estão sob gestão da organização. Com os projetos estabelecidos, o grupo deve elaborar os manuais de uso destes dados. O manual é um documento que deixa claro:
O titular responsável por cada conjunto de dados;
As políticas de acesso, definindo quem tem acesso, qual o objetivo do acesso e qual o tipo de acesso (leitura, edição, inserção etc.);
Quais são as alçadas envolvidas no acesso ao dado;
Como o acesso é controlado;
Um plano de ação em caso de desvio.
Para não deixar totalmente no abstrato, vamos desenvolver um exemplo resumido para um dado que costuma ser considerado sensível na maior parte das organizações: o valor de salário dos colaboradores.
Titular:
Gerente do Departamento de Pessoal.
Políticas de Acesso:
Gerente do Departamento de Pessoal: acesso total (para realização das funções de folha de pagamento).
Coordenador de Remuneração: acesso total (para realização das funções de folha de pagamento).
Analista de Remuneração: acesso de leitura (para realização das funções de folha de pagamento).
Gerentes Funcionais: acesso de leitura, respeitando as alçadas definidas a seguir.
Alçadas
Cada gerente funcional tem acesso de consulta aos salários de seu departamento.
Como o acesso é controlado
Informação armazenada no sistema do Departamento de Pessoal, módulo Folha de Pagamento. Acesso controlado por usuário, senha e perfil.
Plano de ação em caso de desvio.
O Comitê de Governança é acionado para uma reunião extraordinária e nomeia em até 24hs um auditor que deverá abrir uma sindicância e apresentar os resultados em até 72hs. O Gestor de TI suspende todos os acessos ao módulo de Folha de Pagamentos.
Um manual como este, porém muito mais elaborado e detalhado em casos reais, deve ser desenvolvido para cada conjunto de dados sensíveis da companhia.
Riscos e Oportunidades
Por fim o comitê tem a responsabilidade de monitorar constantemente os riscos e oportunidades envolvidas na gestão dos dados da companhia. Riscos e oportunidades são quaisquer evento que possua uma probabilidade x de ocorrer e, caso venha ocorrer, cause um impacto y. A avaliação dos riscos e oportunidades recai justamente em sua classificação entre probabilidade e impacto.
A partir desta análise de risco, planos de ação são desenvolvidos para mitigar as probabilidades ou remediar os impactos. A análise de riscos deve ser incorporada ao Manual de Uso de Dados, mas é importante ressaltar que um risco pode afetar mais do que um conjunto de dados. Exemplo, o risco de invasão do banco de dados de clientes de um site pode afetar itens como os dados de contato, número do cartão de crédito, comportamento de compras etc.
 
 
Atividade extra
Nome da atividade: Leia a matéria “Os 10 Maiores Vazamentos de Dados da História” e reflita sobre como uma política de governança de dados poderia ter evitado os problemas e prejuízos relatados.
Endereço para ler a matéria: https://www.advogatech.com.br/blog/@HenriqueDantas/os-10-maiores-vazamentos-de-dados-da-historia-b05by2t
 
Referência Bibliográfica
DAMA Brasil. Conhecimento.
http://www.dama.org.br/conhecimento/
RUNRUN.IT Blog. Governança de dados: organize esse processo crítico para a sua empresa.
https://blog.runrun.it/governanca-de-dados/
TAVARES, R. The DAMA Guide to the Data Management Body of Knowledge (DAMA-DMBOK) Portuguese Edition.
https://www.amazon.com/gp/product/1935504177/
VEYRAT, P. O que é governança de dados?
https://www.venki.com.br/blog/governanca-de-dados/
Afinal, o que é Governança de Dados?
RESPOSTA

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