Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina - @lugaaraujo Tireoide REVISÃO ANATOMIA Maior glândula endócrina do corpo; dois lobos unidos por um istmo (três se considerar o acessório- piramidal); abraça a parte anterior dos anéis da traqueia; próxima da cartilagem cricoide. Irrigação pela a. tireoidia superior (ramo da carótida externa) e da a. tireoidia inferior (ramo da subclávia) Hipertireoidismo – hipervascularização HISTOLOGIA Unidade morfofuncional da tireoide (Folículo tireoidiano): Células epiteliais cuboides dispostos em forma circular com material hialino no interior (coloide). Coloide → iodo e tireoglobulina (precursor dos hormônios tireoidianos). Membrana que fica voltada para o coloide –> membrana apical – enzimas importantes para produção dos hormônios tireoidianos Membrana oposta fica em contato com o interstício (presença de células medulares produtoras de calcitonina e PTH, relacionadas com as paratireoides que estão dispostas em 4, duas de cada lado por trás dos lobos tireoidianos) e capilares → membrana basal PRODUÇÃO DE HORMÔNIOS TIREOIDIANOS Coloide – tireoglobulina e iodo Iodo é captado por um carregador sódio- iodo (transporte ativo) gera dentro do lúmen uma concentração de iodo 20-30x maior que no meio externo. Na membra apical tem a enzima peroxidase (TPO) (funções) Oxidação do iodo Junção do iodo às porções de glicoproteínas – MIT e DIT MIT – mono iodo tironina DIT – di iodo tironina Junção do MIT e DIT para formar o t3 e t4 T3- mit + dit T4 – dit + dit Pinocitose – entrada na célula, vai até a membra basal onde é liberado na corrente sanguínea Normalmente ligado a proteínas – albumina e TBG (proteína ligadora de tironinas) Produz 20x mais t4 que t3 Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina - @lugaaraujo T3 é o ativo, o t4 quando chega nas células alvo perde um iodo Desiodase 1,2 e 3: 1. Transforma t4 em t3 (pró hormônio em hormônio) 2. Mesma função da 01, mas em tecidos específicos 3. Degrada t3 reverso – aquele t4 que não foi transformado pelo tipo 1 em t3 se torna t3 reverso. Efeito wolff chaikoff – pacientes com tireoidopatias (hipotireoidismo) que tem aumento no consumo de iodo (medicamentos – amiodarona, ingesta, contraste...), acabam sofrendo um down regulation (bloqueio) da produção de hormônios tireoidianos (mecanismo ainda não definido). Pct com hipotireoidismo uma carga aumentada de iodo gera uma diminuição ainda maior da produção de hormônios Efeito Jod basedow – paciente com hipertireoidismo a ingesta de iodo (contraste, medicamentos, alimentação...) gera aumento na produção de hormônios – tireotoxicose EIXO HHT Quando eleva t3 ele se liga no hipotálamo e diminui TRH AÇÃO DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS No núcleo das células, atuando na produção de proteínas (modificando, ativando e inativando alguns genes através do RNA mensageiro) HIPOTIREOIDISMO Síndrome clínica ocasionada por síntese ou secreção inadequada de hormônios tireoidianos resultando em lentificação do metabolismo Tipos Primário – tireoide Secundário – hipófise – central Terciário – hipotálamo – central Etiologia Tireoidite de Hashimoto Bócio carencial Iatrogenia Drogas Congênita Central MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Lentificação do pensamento Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina - @lugaaraujo Queda de cabelo Unhas quebradiças Aumento do ganho de peso – ninguém fica obeso com hipotireoidismo (retenção de líquido) Redução do apetite Depressão Fraqueza muscular Arritmias – FA HAS secundária (diastólico) Lentificação do trato gastrointestinal ALTERAÇÕES LABORATORIAIS Inespecíficas Anemia – normo ou macrocítica (deficiência de b12) Dislipidemias – LDL e TG aumentados Aumento do Prl, FSH e LH Aumento do CPK Hipotireoidismo pode estar relacionado com anemia perniciosa (hipotireoidismo + anemia macrocítica) Todos os hormônios que são produzidos pela hipófise podem aumentar devido hipertrofia e aumento do TSH Aumento do CPK – lesão muscular TSH atuando na tireoide é que gera a hipertrofia e consequentemente o bócio → O TSH além de estimular a secreção de hormônios também estimula a maior captação de iodo e o crescimento dos folículos tireoidianos (e da própria tireoide) (o que importa é as duas primeiras linhas) TSH – é o mais importante para o diagnóstico HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO Definido como TSH aumentado e T4L normal TX de conversão para hipo clínico 5% aa (anti TPO+) Anti TPO+ → anticorpo contra a peroxidade, responsável pela oxidação, acoplamento e formação das unidades de t3 e t4. Quanto maior, maior a chance de evolução para hipotireoidismo clínico É associado ao aumento do risco cardiovascular Se o TSH estiver muito alto, ou gestantes ou com pretensão de engravidar → tratar Dislipidemia, depressão, sintomas ou anticorpos positivos → considerar o tratamento Demais casos → acompanhamento clínico e laboratorial (06 m – 1 ano) SD DO EUTIREOIDEO DOENTE Pacientes gravemente enfermos (chocados, sepse...) podem ter seus níveis de hormônio da tireoide bastante alterados mesmo na ausência de tireoidopatias Evitar solicitar função tireoidiana Sd do t3/t4 baixo Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina - @lugaaraujo T3 reverso → solicitado quando tem sd do eutireoideo doente e existe suspeita de afecção da tireoide TIREOIDITE DE HASHIMOTO Tireoidite crônica autoimune Causa mais comum de hipotireoidismo em áreas suficientes de iodo Pode afetar ambos os sexos, mas é mais comum em mulheres (3x), principalmente a partir da 4ª década. ETIOPATOGENIA Fatores genéticos e ambientais (ainda é desconhecido) Ocorre mimetismo molecular com formação de anticorpos contra as células da tireoide Ocorre um ataque, inflamação e destruição Anticorpos Anti TPO – mais sensível; também é prognóstico, quanto maior pior a evolução Anti TG – menos frequente QUADRO CLÍNICO A primeira forma de manifestação, menos comum, é a curva 1: ocorre aumento rápido da taxa dos hormônios da tireoide por destruição dos folículos e liberação de seu conteúdo. Pode ocorrer uma liberação tão abundante que gere tireotoxicose (hashitoxicose). Posteriormente como não há nova produção essa concentração cai, gerando um hipotireoidismo clínico ou subclínico. Na segunda forma de manifestação, curva número 02, ocorre: ocorre agressão autoimune menos intensa, porém mais contínua e lenta. Não gera tireotoxicose mas gera um hipotireoidismo clínico com mais frequência. 95% dos casos. SINAIS E SINTOMAS Além dos sinais e sintomas de hipotireoidismo 75% há bócio Associação com doenças autoimunes Vitiligo Anemia perniciosa Adisson DM1 Doenças celíaca ENCEFALOPATIA DE HASHIMOTO → condição recentemente descoberta: quadro clínico semelhante a AVC + TC “normal” com indicativo de Edema + mulheres na faixa etária de 45 anos + hipotireoidismo descontrolado Linfoma de tireoide → aumenta o risco DIAGNÓSTICO HIPOTIREOIDISMO CLÍNICO OU LABORATÓRIAL+ BÓCIO + ANTI TPO (MAIS CLÁSSICO) BÓCIO + ANTI TPO (MAIS DIFICIL DE DIAGNÓSTICAR) HIPOTIREOIDISMO CLÍNICO OU LABORATORIAL + ANTI TPO (MAIS FREQUENTE) Imagem: Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina - @lugaaraujo Cintilografia – sem utilidade USG – aumento difuso e outras alterações associadas o Requerido no primeiro contato, diagnóstico, para ter registro no prontuário e para avaliação de nódulos. TRATAMENTO Não há tratamento específico Reposição do T4livre Não se beneficiam do uso de imunossupressor Realizar tto padrão COMA MIXEDEMATOSO Expressão mais graveda doença Ocasiona diminuição da função em órgãos vitais Fator desencadeante normalmente são infecções → PAC + hipotireoidismo negligenciado Ocorre exacerbação do quadro de hipotireoidismo →rebaixamento do nível de consciência + insuficiência respiratória + hiponatremia + hipoglicemia + hipercapnia + elevação de CPK (lesão muscular difusa) + bradicardia Tto: Internar em terapia intensiva (risco de arritmia cardíaca) + levotiroxina IV + hidrocortisona (deficiência de suprarrenal) + Suporte BÓCIO ATÓXICO BÓCIO DIFUSO ATÓXICO Principal causa nas regiões deficientes de iodo Geralmente apresenta função tireoidiana normal Captação I 131 está aumentada Sintomatologia depende do volume tireoidiano Disfagia Dispneia (compressão de laringe/ traqueia) Rouquidão (compressão de nervo laríngeo recorrente) Tireoides mergulhantes – são tireoides que entram no mediastino e desviam estruturas SINAL DE PLEBERBOW – pede para o pct levantar as mãos acima da cabeça e ocorre congestão venosa cranial, porque a elevação da tireoide diminui a drenagem venosa da porção cranial Opções de terapia Cirurgia Radioiodo BÓCIO MULTINODULAR ATÓXICO Evolução da maioria dos BDA São os que apresentam mais sintomatologia pelo tamanho Tratamento semelhante ao BDA TTO GERAL Levotiroxina exógena (t4 livre) Sintroide Puran Adultos jovens saudáveis – dose inicial 50mcg/dia Idosos ou coronariopatas – dose inicial 25mcg/dia Aumento a 4-6 semanas guiado por TSH Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina - @lugaaraujo Usar pela manhã, em jejum e apenas 1 hora após se alimentar MEDCURSO 2018 CAUSA: síntese/ secreção insuficiente ou ação inadequada dos hormônios da tireoide, gerando lentificação generalizada do metabolismo MIXEDEMA: deposição de mucopolissacarídeos (glicosaminoglicanas) na derme gerando edema sem cacifo. CLASSIFICAÇÃO: Primário – falência tireoidiana Secundário – falência hipofisária (TSH) – central Terciária – falência hipotalâmica (TRH) – central CONGÊNITO – 1 em 2 a cada 4mil RN, normalmente é por disgenesia da tireoide. Screening é realizado pelo teste do pezinho (3-5 dia). Tto precoce evita sequelas neurológicas (cretinismo e retardo mental). FATORES DE RISCO >65ª Sexo feminino (8:1) Puerpério Histórico familiar Irradiação prévia de cabeça e pescoço Doenças autoimunes Drogas (amiodarona, lítio...) Sd de down, turner Dieta pobre em iodo ... Hemangiomas e fibromas podem ser causa em crianças através da produção aumentada de desiodase tipo 3 pelas células tumorais, ela converte t4 livre em t3 reverso (inativo), causando HIPOTIREOIDISMO DE CONSUMO. TIREOIDITE DE HASHIMOTO: doença autoimune que lentamente destrói o parênquima glândular resultando em falência. CLÍNICA: eutireoidiano, em franco hipotireoidismo ou em hashitoxicose (a destruição dos folículos tireoidianos inicialmente gera liberação de hormônio sem que haja estímulo funcional na glândula) LABORATORIAL: Anti TPO + e TSH aumentado. CRIANÇAS: O período neonatal tem relação com hipotireoidismo congênito (disgenesia glândular, defeitos genéticos na síntese do hormônio), enquanto hipotireoideus após esse período tem como causas mais prevalentes a tireoidite de Hashimoto e a carência de Iodo. HIPOTIREOIDISMO CENTRAL: normalmente relacionado a tumores hipofisários SD DE SHEEHAN – durante a gestação ocorre hipertrofia e aumento da vascularização da adeno- hipófise, se durante o parto surgem complicações como o choque circulatório a grande demanda de sangue necessária pós hipertrofia faz com que o tecido hipofisário fique propenso a infarto isquêmico. Em crianças – craniofaringioma → radiologia: calcificações heterogêneas na região da sela turca (sempre pedir Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina - @lugaaraujo radiografia lateral de crânio em crianças com hipotireoidismo central. SINAIS E SINTOMAS: LENTIFICAÇÃO GENERALIZADA DOS PROCESSOS METABÓLICOS E ACÚMULO DE GLICOSAMINOGLICANOS NO INTERIOR DE ORGÃOS E TECIDOS HIPOTIREOIDISMO NA INFÂNCIA: inicialmente tem manifestações sutis ou ausentes devido a quantidade de t4 materno que é passado pela placenta. Suspeitar desse quadro quando ocorre a persistência da icterícia fisiológica, assim como choro rouco, constipação, sonolência (dificulta a amamentação) e hérnia umbilical. Tratamento deve ser realizado nos primeiros 03 meses para evitar atraso na maturação óssea (baixa estatura) e retardo mental (cretinismo – também podem estar presentes edema de face e extremidades, surdo mudez e anormalidades neurológicas nos tratos piramidal e extrapiramidal) A lesão neurológica do cretinismo é devida hipoplasia dos neurônios corticais, menor capacidade de desenvolver sinapses, alterações na mielinização e menor vascularização cerebral. Quando o hipotireoidismo aparece após os dois anos NÃO ocorre retardo mental verdadeiro, ocorrendo a baixa estatura e atraso no desenvolvimento puberal em graus variados. → pode dar origem a puberdade precoce isosexual (sd de van wyk grumnach) - reversível com reposição de levotiroxina SD DE VAN WYK GRUMNACH – a deficiência de tiroxina estimula a secreção de TRH que quando em excesso acaba estimulando a liberação de FSH E LH gerando o surgimento da puberdade precoce isossexual. HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO – rastreado pelo teste do pezinho feito entre o 3- 7 dia de vida (para essa doença o ideal é entre o 3-5ºd). Não deve ser coletado antes de 48h porque o parto gera aumento transitório do TSH. É medido o TSH e se menor que 10 não realiza segmento, entre 10-20 realiza outra dosagem e maior que 20 é realizada coleta de soro para dosar TSH e T4 livre iniciando a reposição de levotiroxina 10-15ug/kg/dia – 50ug/dia Investigação etiológica é realizada após os 03 anos, quando for seguro suspender o levotiroxina para avaliar se a causa era central ou não e se era transitório ou não. LABORATÓRIO INESPECÍFICO – anemia, dislipidemia, hipercalemia (aumento do PTH e VITD) HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO → TSH ELEVADO E T4 LIVRE BAIXO HIPOTIREOIDISMO CENTRAL → TSH BAIXO ou NORMAL e T4 LIVRE BAIXO → após diagnóstico realizar RM DE SELA TÚRCICA TESTE DO TRH – não é discriminatório para se a causa central é primária ou secundária TTO - reposição de levotiroxina (t4) porque tem meia vida maior (03 dias) de preferencia pela manhã 1 hora antes de comer (se não for possível: duas horas depois de comer) ADULTO JOVEM SAÚDAVEL – 1.6-1.8 mcG/KG/DIA >60A – 50mcG/DIA (DOSE INICIAL) Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina - @lugaaraujo CARDIOPATIA GRAVE – 12.5- 25mcG/DIA (DOSE INICIAL) OS INCREMENTOS SÃO DE 12.5-25UG A CADA 2-3 SEMANAS. OBJETIVO - TSH entre 0.5-5mU/l, se sintomas, deve-se manter entre 0.5-2.5mU/L Dosagem de acompanhamento entre 4-6 semanas → Acompanhamento é realizado com TSH. No caso de HIPOTIREOIDISMO CENTRAL o controle da dose de levotiroxina deve ser feito pelos níveis de T4 livre no sangue. Uma vez atingida a dose de manutenção reavaliar a cada 6-12 meses HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO: TSH ELEVADO E T4 LIVRE NORMAL. Maior risco de doenças cardiovasculares Quando trata? TSH >/= 10Mu/l Gravidez ou planejamento da gravidez Sintomas ou anti TPO elevado Repetir dosagem de TSH 1-3 meses antes de confirmar o diagnóstico de hipotireoidismo subclínico. HIPOTIREOIDISMO NA GESTAÇÃO – a demanda de t4 está aumentada porque precisa suprir o feto (tireoide fetal se forma entre a 10- 12ª semana de gestação) portanto em gestantes com hipotireoidismo é necessário aumentar a dose de levotiroxina. Outros fatores que auxiliamno t4 mais baixo são aumento do volume de distribuição, aumento de TBG (reduz fração livre do hormônio) e aumento da degradação de t4 pela placenta (possui desiodases) Rastreio – TSH acima de 4mUI/L ou anti TPO + + TSH entre 2-4 deve ser tratado. SD DO EUTIREOIDEO DOENTE – doenças graves aumentam as citocinas que geram anormalidade no TSH e nos níveis de hormônios circulantes na ausência de doença tireoidiana. Diminuição do t3 total e livre (sd do t3baixo) com níveis normais de t4 e TSH A conversão periférica de t4 em t3 (desiodase tipo 1) parece estar prejudicada. Por conseguinte, o t4 se encontra disponível para ser transformado em t3 reverso (inativo). Também e a desiodase tipo 1 que degrada o t3 reverso, e como está ausente, esse nível aumenta. A sd do t4 baixo indica um pior prognóstico, nela o t4 está baixo e o t3 mais baixo ainda. Ocorre reversão de todas as alterações caso o paciente se recupere. EFEITO DA AMIODARONA – contém iodo e atua como inibidora leve dos hormônios tireoidianos em seu sítio de ligação. Se acumula no tecido adiposo e, portanto, pode manter os Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina - @lugaaraujo níveis de iodo altos mesmo após 06 meses de suspensão do fármaco. Efeitos Alterações agudas e transitórias da função tireoidiana EFEITO WOLFF CHAIKOFF – hipotireoidismo induzido pelo iodo – devido efeito inibitório sobre a captação e organização do iodo, inibição da desiodase tipo 1 e ação hormonal em seus receptores. Pct com tireoidite de Hashimoto subclínica EFEITO JOD BASEDOW – tireotoxicose por efeito do iodo; pct com bócio multinodular e doença de Graves subclínica. Em geral não é necessário suspender a droga, adm levotiroxina e acompanhar pelos níveis de TSH uma vez que T4 está alto por efeito da droga. Tireotoxicose por amiodarona Tipo 1 – anormalidade tireoidiana subjacente (Graves subclínico ou bócio nodular) e síntese excessiva de hormônio devido efeito do iodo (JOD BASE DOW) Tipo 2 – ativação lisossomal pela droga gerando tireoidite destrutiva. COMA MIXEDEMATOSO - expressão mais grave do hipotireoidismo. Causa prejuízo importante das funções do SNC somado à descompensação cardiovascular e respiratória. Patogênese Hipotermia – hormônio baixo diminui a ativação da Na+ K+ atpase gerando diminuição do metabolismo Respiratória o Diminuição do drive ventilatório gerando retenção de CO2 e hipoxemia por hipoventilação (pode gerar hipercapnia e coma) o Edema mixedematoso de VA superior e obstrução por macroglossia. o Pneumonia bacteriana está presente na maioria dos pacientes com coma mixedematoso (principal fator precipitante) Aumento da responsividade alfa adrenérgica – desvio de sangue para central (manter a temperatura) → pele fria e pálida Diminui densidade dos betas adrenérgicos → bradicardia, dim do volume sistólico e débito cardíaco → hipertensão diastólica Hiponatremia – dim da taxa de filtração glomerular + dim da excreção de água livre e redução da absorção de sódio pelo néfron Hipoglicemia – dim dos hormônios causa maior sensibilidade a insulina. Principais achados clínicos e laboratoriais Dim do nível de consciência Hipoventilação Hipotermia Bradicardia Hiponatremia Hipoglicemia Infecção associada Lactato elevado NÍVEIS BASTANTE REDUZIDOS DE T3 E T4 E NÍVEIS ELEVADOS DE TSH AUMENTO DE CPK PRESENÇA DE DERRAME PERICÁRDICO – diferençar da sd do eutireoide doente Tto – levotiroxina em altas doses → bolus 500 a 800ug e continuada com dose de 100ug dia IV Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina - @lugaaraujo Alguns autores indicam adm liotironina (t3) associada na dose de 25ug de 12/12hrs devido possível prejuízo na conversão periférica de t4 em t3. HIDROCORTISONA – adm em pct com coma e insuficiência suprarrenal subclínica 50mg a cada 6 horas. Outros cuidados Suporte respiratório Rastreamento microbiológico Correão da hiponatremia Correção da hipoglicemia Aquecimento BÓCIOS ATÓXICOS – as custas de TSH que promove hipertrofia e hiperplasia do parênquima tireoidiano além de aumentar a vascularização Encontrou bócio na EF deve-se dosar hormônios Se TSH suprimido – bócio tóxico e hipotireoidismo primário Se TSH elevado e t4 livre normal ou reduzido – bócio atóxico hipotireoideo (disormongenese e Hashimoto) Na deficiência de iodo e no bócio esporádico o TSH sérico geralmente se encontra normal Os sintomas dependem do tamanho – se comprime a traqueia (tosse e dif respiratória), esôfago (disfagia) ou nervos laríngeos recorrentes (rouquidão) Sinal de pemberton – ao elevar os braços acima da cabeça o pct sente fraqueza e tontura com sinais de congestão facial. Tto – repor levotiroxina Jovens resolve de 3-6m; idosos apenas 1/3 é reversível Cirurgia caso tireoide>150g nos casos de refratariedade à terapia supressiva e quando há sintomas supressivos. BÓCIO MULTINODULAR ATÓXICO - normalmente é uma evolução dos bócios difusos atóxicos. Fibrose é mais extensa que no difuso e consequentemente é mais refratário a terapia. Tto medicamentoso normalmente não é efetivo sendo realizada radioablação com I 131. EM casos maiores que 150g refratários ou com sintomas compressivos é realizada cirurgia de ressecção.
Compartilhar