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DIREITOS DE FAMILIA- FGV CURSO

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CASAMENTO 
É reconhecido como um fato/ato jurídico que deve seguir formalidades(solene) e requisitos de 
validade e existência, ou seja tem uma forma prevista, atualmente entende-se que existem dois tipos 
que é o civil, e o religioso, e que ambos produzem efeitos jurídicos. 
 
Analise as afirmativas a seguir, sobre os processos de habilitação, celebração e registro do casamento, e marque ​V 
para as verdadeiras e ​F​ para as falsas. 
afirmativas V F 
A habilitação será feita pessoalmente ou por procurador perante o Oficial do Registro Civil, 
ouvido o Juiz de casamentos e, se houver impugnação, manifestar-se-á o Ministério Público 
antes de ser submetida ao Juiz de Direito competente, que a decidirá. 
F 
Quando a solenidade do casamento for realizada em edifício particular, ficará este de portas 
abertas durante o ato, presentes quatro testemunhas, parentes ou não dos contraentes, bastando, 
porém, duas testemunhas se a solenidade realizar-se em cartório, salvo se algum dos contraentes 
não souber ou não puder escrever, hipótese em que também serão necessárias quatro 
testemunhas. 
 V 
Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de morte, não obtendo a presença da 
autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser 
celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha
reta, ou, na colateral, até segundo grau, as quais comparecerão, perante a autoridade judiciária 
mais próxima, em dez dias, sendo irrecorrível a decisão do juiz que considerar válido o 
casamento. 
 f 
A invalidade do mandato para o casamento, judicialmente decretada, equipara-se à sua 
revogação, a qual, porém, não autorizará a anulação do casamento, se sobrevier a coabitação 
entre os cônjuges. 
V 
FAMÍLIA  
 
Pode se vincular o surgimento do núcleo familiar à socialização e o início da vida em comunidade do Homem. 
José Maria Leoni Lopes de Oliveira (2018, p. 39) acerca do conceito de família: 
O direto de família trata das normas que regulam as relações jurídicas surgidas em 
virtude da formação de entidade familiar (casamento, união estável, família 
monoparental etc.), da procriação, bem como da adoção. Por esta razão, podemos 
afirmar que o direito de família é o ramo do direito que mais se aproxima das relações 
interpessoais 
 
O conceito de família abrange aspectos patrimoniais e os não-patrimoniais, e os parentes não são 
considerados da família pois a relação entre eles é muito frágil e o direito em nada protege elas, mas relações 
de ascedentes e descendentes são as mais priorizadas já que mesmo que um pai não tenha afeto ou 
qualquer relação ele não pode se negar a prestar os alimentos. 
 
Antigamente, família era apenas aquela advinda do casamento. A partir da 
Constituição Federal de 1988, permite-se que existam outras formas de família, como 
a união estável e a monoparental. Hoje discutem-se outras formas de família, como a 
família anaparental e a polifamília, visto que as formas de família são dinâmicas e 
podem ser alteradas a qualquer momento, sem que as formas antigas de família 
venham a perder a sua importância. 
 
À luz da doutrina e da jurisprudência contemporâneas aplicáveis ao Direito de Família, é correto afirmar que: 
o interesse na entidade familiar se superpõe ao interesse da pessoa. 
no Direito de Família, a ofensa aos direitos da personalidade não ocasiona a reparação de danos. 
a constitucionalização do civil representou um indevido intervencionismo estatal nas relações privadas. 
em virtude de as relações familiares se fundamentarem no afeto, a estas não se aplicam as normas da 
responsabilização por dano. 
X -correta : o princípio da solidariedade familiar, que implica cooperação e respeito mútuos em relação aos 
membros das famílias, quando violado, justifica a imposição de reparação de danos. 
 
 
José Maria Leoni Lopes de Oliveira (2018, p. 30) acerca da liberdade no Direito de 
Família: A formação da família é de livre vontade das pessoas, assim como a opção 
pela modalidade de entidade familiar que deseja formar. Determina o art. 1.513 do 
CC/02 que é defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na 
comunhão de vida instituída pela família. Por esta razão, o princípio da liberdade é 
também denominado princípio da não intervenção. 
 
O casamento religioso, celebrado sem a prévia habilitação perante o Oficial do Registro Público,
poderá ser registrado desde que apresentados pelo celebrante ou pelos nubentes com o 
requerimento de registro, a prova de celebração do ato religioso e os documentos exigidos pelo 
Código Civil, suprindo eles eventual falta de requisitos no termo da celebração. 
F 
VAMOS PRATICAR? 
Marta e Rodrigo, ambos com 40 anos, pretendem casar-se. Com esse objetivo, dirigem-se ao cartório de notas e 
solicitam a elaboração de um pacto antenupcial. Por meio desse pacto, desejam estipular que apenas os bens 
adquiridos após cinco anos de casamento sejam comunicados. Já os bens adquiridos antes do referido termo, 
deverão observar o regime da separação total. 
Na hipótese, essas disposições: 
são nulas, pois se trata de fraude ao regime legal. 
X - correta : são válidas, visto ser livre convencionar o regime de bens. 
devem ser interpretadas unicamente como regime de separação de bens. 
podem ser objeto de conversão e adaptadas ao regime da comunhão parcial. 
são válidas, desde que nenhum bem seja adquirido nos primeiros cinco anos. 
UNIÃO ESTÁVEL  
 
Se compara e assemelha aos aspectos do casamento, porém não depende da assinatura do documento, 
podendo ser presumida e reconhecida. 
Bastando ser pública, contínua e duradoura e com objetivo de constituição de família. 
 
No que tange ao postulado da coabitação, o Superior Tribunal de Justiça2 já entendeu 
que, embora seja uma característica fundamental da união estável, ​não se trata de 
requisito indispensável para a caracterização​ da união estável. Quanto à estabilidade 
da convivência, em que pese a Lei nº 8.971/1994 estabelecer um ​prazo mínimo de 
cinco anos​, a doutrina majoritária entende que o Código Civil de 2002 passou a exigir 
que apenas exista uma convivência considerada duradoura entre os companheiros. 
Além disso, temos também o atributo da continuidade, que significa que os 
companheiros permaneceram juntos sem que haja uma interrupção significativa dessa 
relação.​ Por fim, tem-se como finalidade da união estável o desejo de constituir família 
(OLIVEIRA, 2018). 
 
Não se confunde com o namoro, noivado e nem amizade, pois precisa desses requisitos res (vontade 
expressa), tractus (união duradoura no tempo) e fama(relação notória). 
 
VAMOS PRATICAR? 
Ricardo viveu em união estável com Viviane, com quem teve quatro filhos: Bruno, Cleber, Daiane e Flávia. Durante 
a união, que perdurou por 35 anos, até a morte de Ricardo, Viviane se dedicava aos cuidados da casa e dos filhos, 
enquanto Ricardo trabalhava como motorista. Antes da união estável, Ricardo havia adquirido um pequeno terreno 
em área rural. Na constância do relacionamento, adquiriram a casa em que a família morava e um automóvel. Com a 
morte de Ricardo, foi aberto inventário, e a família procurou a Defensoria Pública para obter orientações quanto à 
forma correta de realizar a partilha. Ricardo faleceu ​ab intestato​ e não tinha pacto de convivência com Viviane. 
Diante dessa situação e, em conformidade com o entendimento dos Tribunais Superiores, o defensor deverá 
apresentar orientação esclarecendo que Viviane: 
tem direito à meação em relação a todos os bens a serem inventariados, mas não concorrerá com os descendentes em 
relação à herança, de modo que metade dos bens deixados por Ricardo serão destinados a Viviane, e a outra metade, 
aos descendentes, em partes iguais. 
não tem direito à meação por não ter contribuído financeiramente para a aquisição dos bens, mas concorrerá com os 
filhos em relação a todos os bens da herança de Ricardo, sendo-lhe reservado o quinhãomínimo de um quarto da 
herança, enquanto que os outros três quartos serão divididos pelos descendentes em partes iguais. 
X- correta : tem direito à meação, mesmo não tendo contribuído financeiramente para a sua aquisição, ao passo que 
a outra metade será dividida exclusivamente pelos filhos (um quarto para cada). Já quanto ao terreno adquirido antes 
da união estável, haverá concorrência de Viviane com os descendentes do autor da herança, sendo reservado a 
Viviane um quarto, enquanto os outros três quartos serão divididos pelos descendentes em partes iguais. 
tem direito à meação, mesmo não tendo contribuído financeiramente para a sua aquisição, ao passo que a outra 
metade será dividida exclusivamente pelos filhos (um quarto para cada). Já quanto ao terreno adquirido antes da 
união estável, haverá concorrência de Viviane com os descendentes do autor da herança, sendo a divisão por cabeça 
e em partes iguais. 
tem direito à meação em relação a todos os bens a serem inventariados e ainda concorrerá com os descendentes em 
relação à outra metade (herança), de modo que Viviane terá direito à metade de todos os bens deixados por Ricardo, 
ao passo que a outra metade deve ser dividida na seguinte proporção: um quarto para Viviane e três quartos, 
divididos em partes iguais, para os descendentes.

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