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Direito de Família- Curso Gratuito FGV CASAMENTO “Contrato segundo o qual os nubentes estabelecem, conforme o regramento jurídico, suas relações de natureza afetiva e patrimonial” (OLIVEIRA, 2018, p.52) Características do Casamento: - Afetuoso; - Regido por normas de ordem pública; - Solene; - Celebrado entre pessoas de sexo diverso ou do mesmo sexo; - Exclusivo; - Dissolúvel. - Por muitos anos, no Direito, o casamento era por onde iniciava-se uma relação familiar. A partir da CF de 88, foram acolhidas outras formas de iniciação de uma relação familiar. - Para o Direito, o Casamento é um negócio jurídico formal praticado entre duas pessoas que terá consequências patrimoniais e existenciais. Existenciais: laço de afetividade, solidariedade Patrimonial: dever de alimentos, mútua assistência aos filhos etc. - Casamento homoafetivo é 100% permitido no Brasil, inclusive todos os cartórios devem aceitar o casamento de pessoas do mesmo sexo. (ADPF 132 + Resoluções do CNJ) - Casamento x União Estável Há uma equiparação de efeitos entre casamento e união estável para fins sucessórios. União estável: informal Casamento: formal Princípios norteadores do Casamento: - Princípio da Comunhão plena de vida (Art. 1511, CC) - Princípio da Isonomia entre os cônjuges - Princípio da não intervenção de terceiros (Art. 1513, CC) Espécies de Casamento: - Casamento de Urgência, quando há uma situação de moléstia grave. - Casamento nuncupativo, quando há iminente risco de morte. - Casamento por procuração - Casamento putativo, quando há vício capaz de torná-lo nulo ou anulável. *O ordenamento jurídico reconhece tanto o casamento civil, como o religioso. Formalidades do Casamento: - Produzir documentação, publicar atos, efetuar registros, praticar cerimônia formal. - Existe também a figura do casamento religioso com efeitos civis, podendo valer-se de uma cerimônia religiosa como ato de celebração de um casamento. Decisão de Casamento: Quando o casal começa a ter bens ou filhos, pois nesse caso, o casamento gerará segurança as pessoas envolvidas. Art. 1.534. A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda publicidade, a portas abertas, presentes pelo menos duas testemunhas, parentes ou não dos contraentes, ou, querendo as partes e consentindo a autoridade celebrante, noutro edifício público ou particular. § 1o Quando o casamento for em edifício particular, ficará este de portas abertas durante o ato. § 2o Serão quatro as testemunhas na hipótese do parágrafo anterior e se algum dos contraentes não souber ou não puder escrever. Art. 1.550. É anulável o casamento: (Vide Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) I - de quem não completou a idade mínima para casar; II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal; III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558 ; IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento; V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges; VI - por incompetência da autoridade celebrante. § 1 o . Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada. § 2 o A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) Art. 1.550. É anulável o casamento: (Vide Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) I - de quem não completou a idade mínima para casar; II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal; III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558 ; IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento; V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges; VI - por incompetência da autoridade celebrante. § 1 o . Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada. § 2 o A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) Resumo feito e disponibilizado por Julia Ignacio (@explicajulia) FAMÍLIA “O Direito de Família surge como uma necessidade de enlaçar, no âmbito de proteção, as famílias, todas elas, sem discriminação, tenham a formação que tiver” (DIAS, 2017, p.35-40) A família recebe proteção tanto do Estado, declarado na Constituição Federal do País, como na Declaração Universal dos Direitos do Homem: Observação: No ordenamento jurídico brasileiro, as normas acerca da família discorrem no sentido de preservação da família. Conceito: “O direito de família trata das normas que regulam as relações jurídicas surgidas em virtude de entidade familiar (casamento, união estável, família monoparental etc), da procriação, bem como da adoção.” (OLIVEIRA, 2018, p. 39) Características: - Afeto, está presumido numa relação familiar (inclui socioafetividade) - Imposições de deveres / Responsabilidade “Em regra, os direitos pertinente à família são direitos pessoais, e não patrimoniais. Por esta razão. Podemos dizer que tais direitos são intransmissíveis, irrenunciáveis, imprescritíveis, inalienáveis e não admitem condições ou termos. Dessa forma, o genitor não pode renunciar a sua condição de pai, nem o filho abrir mão de sua filiação.” (OLIVEIRA, 2018, p. 45) Art. 226. CF. família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. Item XVI. “A família é o núcleo natural é fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado” Atualmente, o ordenamento aceita duas formas de família: As famílias advindas do casamento e da união estável. Mas se discute outros tipos de famílias, como as vindas do políamor e família anaparental. Observação: “O princípio de solidariedade familiar, que implica cooperação e respeito mútuos em relação aos membros das famílias, quando violado, justifica a imposição de reparação de danos. Isso porque a atuação dos membros das famílias deve sempre se pautar no critério da sociedade ou seja, todos cuidam de todos”. Resumo feito e disponibilizado por Julia Ignacio (@explicajulia) LIBERDADE FAMILIAR Artigos do Código Civil que elucidam o Princípio da Liberdade no âmbito do Direito de Família: Art. 1.513. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída pela família. Art. 1.565. § 2o O planejamento familiar é de livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e financeiros para o exercício desse direito, vedado qualquer tipo de coerção por parte de instituições privadas ou públicas. “A formação é de livre vontade das pessoas, assim como a opção pela modalidade de entidade familiar que deseja formar” (OLIVEIRA, 2018) - As discussões acerca de família e do intervencionismo do Estado, no Brasil, consideram, principalmente, a proteção do idoso e da criança, pelos seus respectivos Estatutos. Contrato de Namoro: Os indivíduos se estabelecem em uma estrutura de União Estável mas sem formar a família, esse documento irá resguardar os efeitos da União Estável. Se ficar comprovado que o casal vive como família, este documento pode ser desconstituído. Sobre disposição dos Bens: Cônjuge e companheiro são herdeiros necessários. O casal poderá escolher o regime de bens, tanto sobre bens adquiridos antes da união/casamento, quanto os bens adquiridos depois. UNIÃO ESTÁVEL “Essa parceria mais informal, em boa parte dos países depende de um documento escrito. No Brasil, no entanto, não se exige qualquer documento, desde que estejam presentes alguns elementos para a configuração da União Estável”. - Não há hierarquia entre casamento e união estável. * O STF, por meio da ADPF 132/RJ e daADI 4.277 reconheceu que casais homoafetivos podem celebrar união estável nos mesmos termos que casais heteroafetivos. Características para a União Estável: - Qualificação dos parceiros - Publicidade - Coabitação (porém não é uma característica indispensável, segundo o STJ) - Estabilidade de convivência - Continuidade - Finalidade Ou seja, vontade expressa de constituir família, união duradoura e união notória (res, tractus, fama). Art. 226. CF. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. Art. 1.723. CC. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. Resumo feito e disponibilizado por Julia Ignacio (@explicajulia)
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