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ENSINO FUNDAMENTAL 9º ANO_PORTUGUÊS_VOLUME 02 (PROFESSOR)

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Livro do professor
Livro
didático
Língua 
Portuguesa
9o. ano
Volume 2
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e
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ta
m
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or
r
ks
Livro do professor
4
5
6
Reportagem: 
o aprofundamento das 
informações 2
Artigo de opinião 31
Cenário poético 
da África 57
2
4
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 p
ho
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ap
hy
1. Você conhece algum youtuber? 
2. Costuma acompanhar o trabalho de algum deles? Por quê?
3. Quais temáticas são mais comuns nos vídeos postados por youtubers?
4. Se você tivesse a oportunidade de ser um youtuber por um dia, sobre o que gostaria de falar? 
Reportagem:
o aprofundamento das 
informações
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ra
ph
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3
• Conhecer as características do gênero textual reportagem.
• Reconhecer o predicado verbo-nominal.
• Identificar a derivação imprópria.
• Dominar os principais casos de regência verbal.
• Empregar adequadamente o acento denotativo da crase. 
Objetivos
Reportagem
Para início de conversa, leia um trecho de uma reportagem sobre os youtubers, novos profissionais de 
sucesso. 
JÊNIFER, Érica; HENEMMAN, Ligia; MANCE, Paulo. Youtuber, a nova profissão. Disponível em: <https://agreportagens.wordpress.com/2016/12/19/
youtuber-a-nova-profissao/>. Acesso em: 7 jan. 2019.
 1. Você concorda que os youtubers são influenciadores de opinião? Por quê? 
 2. Você acha que a atividade dos youtubers pode ser considerada uma profissão? Por quê?
 3. O público que acompanha os youtubers é composto somente de jovens? 
 4. Qual é a “fórmula” utilizada pelos youtubers para chamar a atenção do público?
 5. Cite alguns canais de youtubers que têm muitos inscritos. 
Discuta essas questões com seu professor antes de ler o próximo texto.
1
https://agreportagens.wordpress.com/2016/12/19/youtuber-a-nova-profissao/
YOUTUBER, A NOVA PROFISSÃO
Certamente você já ouviu falar do website YouTube: Broadcast yourself, que é, sem dúvida, uma referência 
em seu ramo no mundo inteiro, destinado à postagem de vídeos online dos mais variados gêneros. Fundado 
em fevereiro de 2005, o site, que hospeda vídeos em formato digital, já é o mais acessado do Brasil com esta 
especialidade. A plataforma, que foi comprada pela gigante Google em meados de 2006, tem se tornado parte 
do cotidiano de pessoas no mundo inteiro.
Os youtubers, como são conhecidos os criadores de conteúdo do website, são a grande febre do momento, 
conquistando centenas de milhares de visualizações mensalmente, lançando livros e até mesmo filmes. Talvez 
você não conheça nenhum desses tais youtubers, mas com certeza já ouviu o nome de algumas destas 
celebridades que estão em alta na mídia.
Atualmente, os grandes produtores de conteúdo digital do website podem ser considerados como 
webcelebridades em meio ao público jovem, principalmente pelo seu grande poder de influência. De acordo 
com a pesquisa “Os novos influenciadores: quem brilha na tela dos jovens brasileiros”, publicada na revista “Meio 
& Mensagem”, em janeiro de 2016, os youtubers ocupam 10 posições do Top 20 mais influentes entre os jovens, 
o que aponta a força dessas novas celebridades.
Painel de leitura
A reportagem a seguir faz referência à atividade dos youtubers e a um problema vivido por esses profissio-
nais. Leia-a. 2
©
Ag
ên
ci
a 
O
 G
lo
bo
 verborrágico: em que há verborragia; que fala muito, mas com poucas ideias no falar e no discutir. 
 achincalhando: ridicularizando.
9o. ano – Volume 24
CISCATI, Rafael. Eles não curtem o Facebook. Época, São Paulo, ed. 898, p. 62-63, 24 ago. 2015.
©
Ag
ên
ci
a 
O
 G
lo
bo
 Língua Portuguesa 5
 1. A reportagem Eles não curtem o Facebook pode despertar a atenção de qualquer pessoa, mas há um 
público que pode demonstrar mais interesse pela leitura do texto. Que público é esse e por que, prova-
velmente, tem mais interesse pelo conteúdo do texto?
Em geral, são os jovens que se interessam por youtubers e por redes sociais.
 2. Para atingir o público-alvo, o autor da reportagem escolheu uma linguagem com marcas de informalida-
de ou totalmente formal? Dê exemplos.
O autor da reportagem utiliza, predominantemente, uma linguagem formal; contudo, mescla passagens de informalidade ao longo 
do texto, estratégia que aproxima o público-alvo do conteúdo publicado. Ex.: “a bronca é a seguinte:”; “‘dar uma mãozinha’”. 
 3. Releia o título do texto e assinale a resposta correta.
3
Eles não curtem o Facebook
a) O fato de o verbo curtir ter sido utilizado em um título de reportagem sugere que ele pode ser 
empregado em qualquer contexto formal da língua, como em um texto científico ou um discurso 
político. Afinal, o referido verbo é bastante formal. 
X b) O autor da reportagem fez uma escolha linguística bastante apropriada, já que o verbo curtir é co-
mum em redes sociais, como o Facebook.
c) O verbo curtir não apresenta nenhuma relação com as redes sociais. 
 4. A alternativa que melhor descreve o significado da expressão “conquistar desafetos” é
a) conquistar amigos.
X b) passar a ter inimigos.
c) ser visto com indiferença pelas pessoas.
d) ser visto como um ídolo pelos adolescentes. 
 5. O autor da reportagem, ao analisar o comportamento do youtuber Felipe Neto, comenta: “A estratégia 
de metralhadora deu certo”. Explique o significado dessa frase, considerando as informações do primeiro 
parágrafo do texto. 
O autor da reportagem, ao mencionar que “A estratégia de metralhadora deu certo”, faz referência ao fato de que o youtuber ganhou 
notoriedade em virtude de críticas que fez, em que chamou as fãs de Fiuk de retardadas e ridicularizou a série de filmes Crepúsculo. Essa 
notoriedade lhe proporcionou dinheiro, e ele fundou o Paramaker – uma rede brasileira que reúne 5 mil canais do YouTube.
 6. No segundo parágrafo, qual palavra foi utilizada com sentido figurado?
a) Neto.
X b) Encabeça.
c) Protesto.
d) Youtuber.
e) Facebook.
• Qual o significado dessa palavra no contexto em que aparece?
No contexto em que aparece, “encabeça” significa “é líder, representa os demais na luta pelos direitos dos youtubers”. 
 7. Reescreva o trecho “A bronca é a seguinte” utilizando a palavra que melhor substitui o termo “bronca”.
elogio indiferença solução problema descaso
O problema é o seguinte.
9o. ano – Volume 26
 8. No terceiro parágrafo, o autor relata, com detalhes, o “descaso do Facebook”, que gera insatisfação nos 
youtubers. Organize as informações na ordem em que aparecem na reportagem. 
a) ( 2 ) Publicação do vídeo no Facebook.
b) ( 5 ) O Facebook lucra com as visualizações do vídeo.
c) ( 1 ) Publicação do vídeo no YouTube.
d) ( 3 ) Falta de remuneração do Facebook aos criadores do vídeo.
e) ( 4 ) Falta de visualização do vídeo no YouTube.
 9. A expressão “A cereja do bolo” pode ser compreendida como “o melhor que poderia acontecer; algo 
muito bom, etc.”. No contexto da entrevista, pode-se afirmar que essa expressão
a) foi uma maneira que o autor escolheu para tornar a reportagem engraçada.
X b) foi utilizada ironicamente pelo autor, uma vez que o fato de o Facebook lucrar com a pirataria preju-
dica os youtubers.
c) demonstra que o autor está triste pelo fato de os youtubers, que são seus amigos, não receberem os 
créditos de seu trabalho. 
10. No trecho “Os youtubers se ressentem”, o verbo ressentir-se poderia ser substituído por
a) se sentem culpados ou se entristecem.
X b) se chateiam ou se sentem prejudicados.
c) se animam ou se enchem de esperança.
d) se calam ou se escondem.
11. No quinto parágrafo do texto, o autor utiliza a expressão “dar uma mãozinha”. Explique seu significado e 
esclareça a quem ela é direcionada. 
O significado dessa expressão é “ajudar, favorecer”, e ela é direcionada a “vídeos colocados no publicador do Facebook”.
12. Releia o trecho a seguir, atentando-se ao uso da palavra “passado”.
No passado, o YouTube também teve dificuldades paralidar com o plágio.
a) Quantas palavras há na expressão “No passado”? Quais são elas?
A expressão é composta de três palavras: preposição em + artigo o + substantivo passado.
As regras de conduta de usuários no Facebook condenam a prática. Os youtubers se ressen-
tem porque, segundo eles, o Facebook faz pouco para evitá-la.
Em Práticas de reflexão sobre a 
língua, você aprenderá mais so-
bre a derivação imprópria.
b) Originalmente, passado é o particípio do verbo passar; contu-
do, na frase em destaque, a palavra está sendo utilizada como 
um substantivo. Essa ocorrência recebe o nome de derivação 
imprópria, que envolve mudança de classe gramatical. 
 Agora, responda: O que torna “passado” um substantivo no tre-
cho em destaque? 
Os pronomes destacados retomam quais palavras, respectivamente? 
Resposta: Eles: youtubers; la: prática. 
4
( ) A posição da expressão “No passado”, que está no início da oração. 
( X ) A utilização do artigo “o” antes da palavra “passado”. 
( ) A indicação de tempo expressa por “No passado”.
13. Releia o trecho a seguir e responda à pergunta.
 Língua Portuguesa 7
14. Ao longo dos parágrafos, o autor se refere às razões da insatisfação dos youtubers. Assinale as informa-
ções que as representam.
a) “Neto conquistava desafetos entre os ídolos adolescentes.” (1º. parágrafo)
b) “A estratégia de metralhadora deu certo.” (1º. parágrafo)
c) “São os youtubers – pessoas que produzem vídeos e que ganham dinheiro com publicidade.” (1º. parágrafo)
d) “As reclamações deles se repetem em todo o mundo:” (2º. parágrafo)
X e) “seus vídeos, que demandam tempo e dinheiro para ser feitos, circulam de graça pela rede em versões 
pirateadas.” (2º. parágrafo) 
X f) “O vídeo circula sem gerar curtidas na página do autor.” (3º. parágrafo)
X g) “‘Uma pessoa que assiste a seu vídeo no Facebook não vai querer rever no YouTube.’” (3º. parágrafo)
X h) “o Facebook faz pouco caso para evitá-la.” (4º. parágrafo)
i) “Páginas de empresas e de celebridades usam a técnica para atrair fãs.” (5º. parágrafo)
j) “No passado, o YouTube também teve dificuldades para lidar com o plágio.” (6º. parágrafo)
k) “O Facebook afirma que trabalha em uma solução parecida.” (7º. parágrafo)
15. O site YouTube ganhou a admiração dos youtubers. Descreva, 
resumidamente, a principal razão para que isso tenha acontecido. 
Para tanto, recorra às informações do 6º. parágrafo do texto. 
Na seção Prática de escrita, você 
aprenderá mais sobre como fazer 
um resumo. 
16. Em diversos momentos da reportagem, são inseridas falas do youtuber. Que recurso linguístico é utiliza-
do para identificar essas falas? As falas são registradas entre aspas. 
17. Na reportagem lida, há registros de fatos e opiniões. A seguir, separe as informações conforme o solicitado. 
a) “[...] dos 1 000 vídeos mais populares vistos no Facebook no primeiro trimestre deste ano.”
b) “Neto ganhou audiência, dinheiro e fundou o Paramaker.”
c) “Neto arrumou um poderoso rival: o Facebook.”
d) “O Facebook age com descaso pelo nosso trabalho.”
e) “O vídeo circula sem gerar curtidas na página do autor.”
f) “Esse tipo de pirataria incomoda [...]”
g) “[...] segundo eles, o Facebook faz pouco para evitá-las.”
h) “Quem pirateia não lucra, mas atrai mais atenção.”
i) “O Facebook lucra com a pirataria.”
j) “Dá para entender a bronca de Felipe Neto e seus youtubers.”
Fato Opinião
“[...] dos 1 000 vídeos mais populares vistos no Facebook no 
primeiro trimestre deste ano.”
“O Facebook age com descaso pelo nosso trabalho.”
“Neto ganhou audiência, dinheiro e fundou o Paramaker.” “Esse tipo de pirataria incomoda [...]”
“Neto arrumou um poderoso rival: o Facebook.” “[...] segundo eles, o Facebook faz pouco para evitá-las.”
“O vídeo circula sem gerar curtidas na página do autor.” “Quem pirateia não lucra, mas atrai mais atenção.”
“O Facebook lucra com a pirataria.” “Dá para entender a bronca de Felipe Neto e seus youtubers.”
Sugestão: Tendo problemas com muitos plágios, o site YouTube passou a dividir parte da receita 
publicitária com os youtubers. Caso sejam postados materiais protegidos por direito autoral, o au-
tor será alertado, podendo solicitar a remoção do vídeo ou o recebimento da receita publicitária.
9o. ano – Volume 28
18. O trecho a seguir deixa claro que o autor apoia a rede social Facebook no que diz respeito à postagem de 
vídeos de youtubers. Essa afirmação está correta? Justifique sua resposta.
Em 2015, o Facebook, uma empresa de mais de US$ 250 bilhões, diz que tem dificuldades 
para fazer o que o YouTube conseguiu há mais de cinco anos. Dá para entender a bronca de 
Felipe Neto e seus youtubers. 
A afirmação acima está incorreta. O autor da reportagem deixa claro que não apoia o Facebook no que diz respeito à postagem 
de vídeos pirateados. Essa ideia fica evidente quando ele menciona que o Facebook é uma empresa que tem muito dinheiro, mas 
que, mesmo assim, acha difícil controlar o problema do plágio. Ao final do trecho em destaque, o autor afirma “entender a bronca 
de Felipe Neto e seus youtubers”. 
19. O texto lido tem um propósito comunicativo, ou seja, uma intenção. Ele também é direcionado mais 
especificamente a um tipo de público. Partindo dessa afirmação, marque as alternativas corretas.
a) O texto é uma denúncia muito grave. A intenção é que as pessoas deixem de usar o Facebook.
b) O texto tem a intenção de fazer com que os leitores vejam os youtubers como vítimas de um grave 
problema social.
X c) O texto tem a intenção de informar o leitor sobre o problema que envolve a pirataria dos vídeos dos 
youtubers.
d) O texto tem a intenção de chamar a atenção para o comportamento indevido dos youtubers. Afinal, 
na visão do autor, eles estão sendo injustos com o YouTube. 
e) O texto foi escrito para um público rigorosamente selecionado, ou seja, as pessoas que gostam do 
YouTube e do Facebook.
X f) O texto pode ser lido por um público bastante variado, mas é direcionado, especialmente, aos usuá-
rios do YouTube e do Facebook, que têm interesse por vídeos postados nesses dois ambientes. 
20. Você sabe quais são as diferenças entre uma reportagem e uma notícia? Observe o quadro a seguir e 
compare esses dois gêneros textuais.
Notícia Reportagem
Texto mais curto, mais conciso. Texto mais extenso, mais detalhado.
Centrada no fato.
Pesquisa aprofundada do tema, levantamento de dados, 
entrevistas, depoimentos, citações, etc.
Relata o fato ocorrido na véspera ou no dia da edição. Abordagem de um tema sem ligação direta com o dia da edição. 
Registro dos fatos, em geral, sem juízo de valor. Interpretação dos fatos relatados. 
Considerando as características apresentadas, registre, nas linhas a seguir, por que o texto lido pertence 
ao gênero textual reportagem. 
O texto lido é considerado uma reportagem porque é extenso e apresenta informações detalhadas, com dados, informações adicionais,
citações, etc. Trata de um tema atual, mas, diferentemente da notícia, não está ligado a fatos ocorridos na véspera ou no dia da edição.
Por fim, há, ao longo do texto, um posicionamento claro do autor, como em: “Dá para entender a bronca de Felipe Neto e seus youtubers”. 
5
 Língua Portuguesa 9
Fernanda Bassette, Marina Rappa e Daniel Bergamasco
21. Além dos aspectos registrados anteriormente, há outros que caracterizam o gênero reportagem, como o 
“olho”, que evidencia um trecho importante do texto, e as informações adicionais, que ampliam a discus-
são. Considerando as informações do texto, transcreva, no quadro abaixo, o “olho” da reportagem. 
Texto que acrescenta informações 
relacionadas à imagem ou con-
firma a informação apresentada 
visualmente. Pode, também, reto-
mar alguma informação essencial 
do texto. 
6
Epidemia de mentiras
Praga na política, as fake news também se tornaram um caso grave de saúde pública. 
Emagrecimento, câncer e diabetes são os temas preferenciais das enganações
Ao ser diagnosticado com 
diabetes, em 2013, o comerciante*, 
hoje com 59 anos, ouviu a orientação 
de tomarcomprimidos diariamente, 
equilibrar a alimentação e fazer 
exercícios. Com o nível de glicemia 
em jejum na alarmante casa dos 600 
miligramas por decilitro de sangue 
(seis vezes o limite para uma pessoa 
saudável), * não pôs em prática as 
recomendações. Mas seguiu à risca 
uma dica que achou na internet: 
ingerir um copo de baba de quiabo 
com água todas as manhãs. “Parecia 
uma gosma com clara de ovo, então 
eu respirava fundo e bebia numa 
golada só”, rememora ele. A fórmula 
mágica, que eliminaria a doença, 
naturalmente não funcionou. No 
início deste ano, a desinformação 
lhe custou caro: * teve um dedo 
do pé esquerdo amputado, depois 
que uma pequena ferida, “menor 
que um grão de feijão”, não 
Dos 1000 vídeos mais populares do Facebook no primeiro trimestre, 725 eram piratas
22. No canto superior direito da reportagem, há informações adicionais. Que informações são essas e como 
elas contribuem para a ampliação da reportagem?
No canto superior direito, foram inseridas informações adicionais sobre “Como os youtubers fazem dinheiro”. Durante a reportagem, é 
mencionado, de modo bastante positivo, o posicionamento do site YouTube com relação à divisão da receita publicitária. Essa 
informação é ampliada por meio de outro recurso visual, em destaque no texto. Essa estratégia, além de tornar o texto mais 
dinâmico, responde a uma possível dúvida do leitor.
23. Explique de que forma a imagem de Felipe Neto se relaciona ao conteúdo do texto. 
A imagem de Felipe Neto tem relação direta com o conteúdo da reportagem, pois o youtuber transmite uma expressão de indignação 
com o que está acontecendo com os vídeos produzidos por ele e seus colegas. A máquina filmadora faz referência direta à atividade de 
Felipe Neto.
24. Leia as características da legenda e explique que conteúdo é regis-
trado nela. 
Na legenda, é retomada uma informação essencial do texto, isto é, a de que Felipe 
Neto “representa seus colegas” na luta pelos direitos dos youtubers. 
Leia a reportagem a seguir, a qual faz referência a outro problema que envolve as redes sociais: as notícias 
falsas (fake news), que podem causar grandes transtornos às pessoas que acreditam nelas. 
9o. ano – Volume 210
cicatrizou devido à glicemia sem 
controle.
Grave em qualquer área de co-
nhecimento, a profusão digital de 
textos e vídeos enganadores pode se 
tornar letal quando o alvo é saúde. 
Só a mentira da baba milagrosa teve 
mais de 485 000 compartilhamen-
tos (sim, quase meio milhão!) [...].
As fake news transformaram-
-se em uma grave questão de saúde 
pública. Por redes sociais, sites de 
busca e aplicativos de mensagens 
espalham-se milhares de receitas in-
falíveis, alimentos superpoderosos, 
estudos inexistentes ou distorcidos e 
outras enganações. O Ministério da 
Saúde, que monitora notícias falsas 
desde o surto da gripe H1N1 em 
2009, montou no ano passado uma 
equipe com a função exclusiva de 
escarafunchar, ao longo do dia, tudo 
o que é publicado sobre enfermida-
des na web. Em 2017, o time identi-
ficou 2 200 invenções. No primeiro 
semestre deste ano, cerca de metade 
disso já caiu no pente-fino.
O mais perverso: as doenças 
graves, que assolam e matam mi-
lhões de brasileiros, são justamente 
as mais usadas para fisgar leitores 
desavisados. Um levantamento iné-
dito feito por VEJA recolheu 3 000 
notícias sobre saúde em seis páginas 
do Facebook que se notabilizaram 
por difundir falsidades na área da 
medicina. Destas, VEJA selecionou 
cerca de 1 000 que tiveram maior 
número de compartilhamentos. En-
tre elas, descobriu-se, com a ajuda 
de médicos consultados pela revis-
ta, que cerca de um terço divulga-
va falsidades inquestionáveis. Os 
temas mais frequentes na lista de 
fake news foram dieta para ema-
grecer, câncer e diabetes [...]. O 
Facebook argumenta que trabalha 
em parceria com agências de checa-
gem de dados e universidades para 
identificar mentiras na rede e re-
BASSETE, Fernanda; RAPPA, Marina; BERGAMASCO, Daniel. Epidemia de mentiras. Veja, São Paulo, ed. 2 590, ano 51, p. 63-69, n. 28, 11 jul. 2018.
duzir o alcance dessas publicações. 
Claramente, é um trabalho que dei-
xa a desejar. [...]
Quem sai das redes sociais e se 
aventura pelo Google, o maior site 
de buscas da internet, encontra 
o mesmo ambiente infectado por 
mentiras. VEJA fez uma procura 
com os termos “cura do diabetes”. 
Para evitar que o algoritmo do 
Google levasse em conta o histórico 
de navegação da reportagem de 
VEJA, a pesquisa foi feita através 
de uma janela anônima. Resultado 
imediato: dois vídeos perigosos. 
O primeiro deles, com mais de 
3 milhões de visualizações, aplica 
um truque explícito. Para ganhar 
credibilidade, abre com um 
depoimento do respeitado médico 
Drauzio Varella, mas, em seguida, 
apresenta informações sobre a cura 
definitiva através de uma dieta que 
envolve o consumo de óleo de 
coco – uma completa invenção. O 
segundo vídeo vende a cura (“em 
poucos dias”) ao misturar uma 
insólita lista de ingredientes, como 
pimenta dedo-de-moça, ovos crus e 
sal do Himalaia.
Na busca por “cura do câncer”, 
dois dos cinco primeiros links ofe-
recidos pelo Google são mentiras. 
[...] Consultado sobre sua respon-
sabilidade, o Google afirma que 
adota medidas como a redução do 
fluxo de audiência e publicidade 
em sites mal-intencionados. Além 
disso, a companhia mantém no 
Brasil uma parceria com o Hospital 
Albert Einstein, que produz qua-
dros com informações relevantes 
sobre doenças pesquisadas. O re-
sultado, porém, é bastante tímido: 
o espaço do Einstein não destaca 
o nome do centro médico nem diz 
que, ali, as informações são 100% 
confiáveis. [...]
Essa crise de comunicação na 
saúde pública tem um importante 
ponto cego: as mensagens que se 
alastram por WhatsApp, no qual 
é impossível medir o tamanho dos 
boatos. Por isso o aplicativo é co-
nhecido no meio digital como dark 
social (rede social escura). Para mi-
nimizar o problema, o WhatsApp 
anunciou um teste: o destinatário 
é informado se o texto que recebeu 
foi escrito por seu remetente ou está 
apenas sendo encaminhado. É um 
tímido paliativo, como tem acon-
tecido com medidas adotadas pelo 
Facebook e pelo Google, pois as 
mentiras não deixam de circular 
nem são rastreadas. “As iniciativas 
são positivas, mas, na prática, o nú-
mero de notícias verificadas a cada 
dia não faz nem cócegas perto de 
tudo que é falso”, pondera o pesqui-
sador Pablo Ortellado, da Universi-
dade de São Paulo, referência acadê-
mica do país no tema.
O único remédio realmente efi-
caz contra esse mal é o acesso a da-
dos confiáveis. [...]
Há alguns espaços para enviar 
dúvidas específicas [...]. Nada, é 
claro, substitui a conversa entre 
médico e paciente. Também é pre-
ciso atentar para o veículo que está 
difundindo a informação. Num am-
biente conectado, no entanto, a res-
ponsabilidade é sempre coletiva. Se 
o Google ou o Facebook ainda não 
conseguiram enfrentar a praga das 
fake news, os usuários da rede que 
as compartilham também estão aju-
dando a manter o problema. Estudo 
realizado pelo Instituto Reuters, da 
Universidade de Oxford, em dezem-
bro de 2016, mostrou que 60% dos 
entrevistados compartilham notícias 
pelas redes sociais depois de ler ape-
nas a manchete. Agir assim hoje em 
dia é correr o risco de fazer mal à 
saúde de alguém. 
 Língua Portuguesa 11
25. No primeiro parágrafo da reportagem, relata-se o caso de uma pessoa que sofria de diabetes. O que 
aconteceu com ela?
Ela se tratou seguindo uma dica que viu na internet – beber um copo de baba de quiabo com água todas as manhãs – e sua doença 
se agravou, levando à amputação de um dedo do pé.
26. Por que os repórteres decidiram iniciar o texto com esse caso?
Para mostrar ao leitor as consequências drásticas que uma notícia falsa pode ter e, assim, motivá-lo a continuar a leitura.
27. Leia o trecho a seguir.
Ao ser diagnosticado com diabetes, em 2013, o comerciante*, hoje com 59 anos, ouviu a orienta-
ção de tomar comprimidos diariamente, equilibrara alimentação e fazer exercícios.
Com base nessa leitura, é possível concluir que
a) um médico receitou medicamentos para a pessoa citada.
X b) alguém indicou medicamentos para a pessoa citada.
Esse trecho não explicita que foi um médico que re-
ceitou os medicamentos. Informa-se apenas que a 
pessoa “ouviu a orientação”, mas não quem a trans-
mitiu. Causa estranheza essa omissão do texto.
28. O título da reportagem é Epidemia de mentiras. Considerando o 
significado de epidemia, responda às questões a seguir.
a) Qual é a “doença” abordada pela reportagem? 
As fake news (notícias falsas) sobre saúde.
Doença que ataca grande número 
de pessoas ao mesmo tempo.
b) Que efeitos essa “doença” causa nas pessoas?
Ela impede que as pessoas doentes procurem tratamento médico para suas enfermidades, o que acaba por agravá-las.
c) Qual informação presente no segundo parágrafo mostra que essa “doença” ataca um grande número 
de pessoas?
A informação sobre o número de compartilhamentos (485 mil) da “mentira da baba milagrosa”.
29. Analisando o título e a linha-fina, pode-se prever se a reportagem 
adotará uma atitude neutra ou crítica sobre o tema? Justifique sua 
resposta.
Sim. As palavras e os sintagmas empregados no título e na linha-fina, como “epidemia”,
“praga”, “caso grave de saúde pública” e “enganações”, permitem prever que a
 reportagem adotará uma atitude crítica sobre o tema.
30. O texto da reportagem mantém a mesma atitude que se percebe 
no título e na linha-fina? Aponte exemplos.
Sim. O aluno pode citar como exemplos: “textos e vídeos enganadores” e “mentira da
baba milagrosa”, no segundo parágrafo, e “ambiente infectado por mentiras”,
 “vídeos perigosos”, “truque explícito” e “uma completa invenção”, no quinto parágrafo.
31. A reportagem informa que “as doenças graves, que assolam e matam milhões de brasileiros, são justa-
mente as mais usadas para fisgar leitores desavisados”. Os sites que difundem notícias falsas escolhem 
doenças que acometem um grande número de pessoas. O que eles ganham com isso?
Ao escolherem esses tipos de doenças, um grande número de visitantes acessa os sites, o que lhes gera receita de publicidade.
7
Modalizadores são elementos 
linguísticos que mostram a ati-
tude do emissor (de aprovação, 
crítica, dúvida, etc.) em relação a 
um enunciado. Entre as classes de 
palavras que exprimem tal atitude 
estão o substantivo, o adjetivo e o 
advérbio.
9o. ano – Volume 212
32. No quinto parágrafo da reportagem, há comentários sobre vídeos falsos. Releia-o e responda às seguintes 
questões:
a) Qual é o “truque” usado no primeiro vídeo mencionado?
O vídeo apresenta, primeiramente, um depoimento do renomado médico Drauzio Varella e, em seguida, informações
sobre a “cura definitiva” do diabetes.
b) Como as pessoas que assistiram ao vídeo poderiam evitar cair nesse “truque”?
Realizando pesquisas sobre Drauzio Varella para descobrir se ele endossa a “cura definitiva” apresentada no vídeo.
33. Releia este trecho da reportagem:
As fake news transformaram-se em uma grave questão de saúde pública. Por redes sociais, 
sites de busca e aplicativos de mensagens espalham-se milhares de receitas infalíveis, alimentos 
superpoderosos, estudos inexistentes ou distorcidos e outras enganações.
a) O repórter fala sério quando usa os sintagmas “receitas infalíveis” e “alimentos superpoderosos”? 
Justifique sua resposta.
Não. O repórter está sendo irônico. O leitor pode perceber essa ironia considerando o que foi apresentado anteriormente no
texto sobre as curas propostas nos sites de notícias falsas sobre saúde.
b) Quais sintagmas nominais expressam diretamente a opinião revelada na reportagem?
“Estudos inexistentes ou distorcidos” e “outras enganações”.
c) Por meio de que canais as notícias falsas sobre saúde se espalham?
De redes sociais, sites de busca e aplicativos de mensagens.
34. Sublinhe, a seguir, os trechos que contêm a opinião dos autores da reportagem sobre as medidas que esses 
canais tomam para combater as notícias falsas.
O Facebook argumenta que trabalha em parceria com agências de checagem de dados e uni-
versidades para identificar mentiras na rede e reduzir o alcance dessas publicações. Claramente, 
é um trabalho que deixa a desejar.
35. Segundo a reportagem, além das redes sociais, dos buscadores e dos aplicativos de mensagens, quem é 
responsável pelo problema das notícias falsas?
Os usuários que compartilham as notícias falsas.
Consultado sobre sua responsabilidade, o Google afirma que adota medidas como a redução 
do fluxo de audiência e publicidade em sites mal-intencionados. Além disso, a companhia man-
tém no Brasil uma parceria com o Hospital Albert Einstein, que produz quadros com informações 
relevantes sobre doenças pesquisadas. O resultado, porém, é bastante tímido: o espaço do Einstein 
não destaca o nome do centro médico nem diz que, ali, as informações são 100% confiáveis.
Para minimizar o problema, o WhatsApp anunciou um teste: o destinatário é informado se o 
texto que recebeu foi escrito por seu remetente ou está apenas sendo encaminhado. É um tímido 
paliativo, como tem acontecido com medidas adotadas pelo Facebook e pelo Google, pois as men-
tiras não deixam de circular nem são rastreadas.
 Língua Portuguesa 13
36. Observe o boxe Tira-teima. Que informação é dada nele? 
São indicadas algumas fontes em que o leitor pode tirar dúvidas sobre notícias que
viu na internet.
37. Anote outras recomendações citadas na reportagem para verificar 
a veracidade de uma notícia sobre saúde.
Conversar com o médico e observar qual é o veículo em que a notícia foi publi-
cada.
38. Muitas reportagens apresentam intertítulos, elementos que não 
são exclusivos desse gênero textual. No exemplo a seguir, sublinhe 
aquilo que se caracteriza como intertítulo. 
TIRA-TEIMA
Leu uma informação duvidosa so-
bre saúde na web? Escolha o canal 
para confirmar se ela procede.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Ligue para o Disque Saúde (136) 
ou acesse o chat do site do minis-
tério (abr.ai/chat-saude) ou a pá-
gina da pasta no Facebook (www.
facebook.com/minsaude).
INSTITUTO ONCOGUIA
Uma equipe de profissionais 
treinados responde a questões 
específicas sobre câncer pelo 
WhatsApp: (11) 98790-0241. O 
prazo para resposta é de 48 horas.
ME ENGANA QUE EU POSTO
O blog da Veja especializado em 
desmentir fake news aceita suges-
tões de pauta por WhatsApp: (11) 
99967-9374.
Palavra ou expressão utilizada para 
sinalizar ao leitor que será iniciado 
um novo grupo de informações a 
respeito do tema da reportagem. 
Serve também para organizar a 
leitura.
www.conjur.com.br/2018-jul-14/facebook-busca-ferramentas-tentar-combater-fake-news
DISSEMINAÇÃO PROBLEMÁTICA
Facebook busca ferramentas e parcerias para combater bicho-papão 
das fake news
O problema é mais grave no Facebook. Notícias falsas são tão comuns 
e antigas quanto as verdadeiras, mas foram os mecanismos da rede 
social de impulsionamento e direcionamento de posts conforme o 
comportamento on-line dos usuários que as transformaram em novidade. 
Uma simples mentira torna-se epidemia se ela consegue alcançar milhões 
de pessoas já dispostas a acreditar nelas. [...]
Checagem de fatos
No momento a principal ferramenta é a parceria com as agências de 
checagem de fatos – que, no rastro das fake news, se chamam de agências 
de fact checking. Em cada país, o Facebook escolhe agências que estejam 
de acordo com critérios estabelecidos pelo Poynter Institute, escola de 
jornalismo dos EUA. [...] 
Bicho-papão
As notícias falsas se tornaram um bicho-papão para o Estado brasileiro. 
Em 2017, o Tribunal Superior Eleitoral convocou o Ministério da Defesa 
e as Forças Armadas para monitorar redes sociais em busca de notícias 
falsas durante as eleições de 2018.
MARTINES, Fernando. Facebook busca ferramentas e parcerias para combater bicho-papão das 
fake news. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2018-jul-14/facebook-busca-ferramentas-
tentar-combater-fake-news>. Acesso em: 19 set. 2018. 
39.Releia o trecho anterior e proponha outros intertítulos para a reportagem.
Pessoal.
8
9o. ano – Volume 214
40. Relembre o que se afirma sobre as fake news na reportagem Epidemia de mentiras e complete a frase a seguir.
A reportagem Epidemia de mentiras sustenta que as notícias falsas se originam ou se espalham nas
redes sociais, nos buscadores de informação e nos aplicativos de mensagens. 
Leia o texto a seguir para resolver as questões 41 e 42.
O jornalismo hegemônico encontrou na batalha contra as fake news uma forma de expressar a 
sua pretensa “superioridade” moral ante as mídias alternativas que cresceram com o advento da inter-
net. Para isto, utilizaram duas ordens de argumentos: 1) que o jornalismo que praticam é “profissio-
nal” (e, portanto, o praticado pela mídia alternativa é “amador”), pois ele ocorre a partir de estruturas 
empresariais cristalizadas, com redações profissionalizadas e cujo objetivo não é fazer “ativismo polí-
tico”, mas sim “prestar um serviço ao seu público”; 2) que a internet, em especial as plataformas das 
redes sociais, possibilita uma equivalência de narrativas produzidas em condições diferentes, possibi-
litando então que qualquer pessoa (sem a qualificação necessária) possa repercutir informações [...]
OLIVEIRA, Dennis de. De quem é a responsabilidade pela disseminação das fake news? Disponível em: <https://revistacult.uol.com.br/home/
responsabilidade-pela-disseminacao-das-fake-news/>. Acesso em: 16 dez. 2018.
41. Pesquise o significado das palavras “hegemônico” e “advento”.
Hegemônico: que tem supremacia; preponderante / advento: aparecimento; chegada.
42. No texto anterior, os argumentos 1 e 2 são utilizados para
( ) criticar o jornalismo hegemônico.
( X ) defender o jornalismo hegemônico. 
43. Assinale as recomendações que seriam úteis para verificar se uma notícia na internet é falsa ou verdadeira.
a) Se a notícia teve muitos compartilhamentos, significa que ela é verdadeira.
X b) Buscar informações sobre o site em que a notícia foi publicada, a fim de descobrir se ele é sério ou 
sensacionalista.
c) Se a notícia foi publicada somente em um site, trata-se de um furo jornalístico. Então, ela provavel-
mente é verdadeira.
X d) Verificar todas as letras do endereço do site. Para enganar os leitores, os sites de notícias falsas costu-
mam criar endereços parecidos com os de sites sérios, com apenas uma ou duas letras trocadas.
X e) Ler a mesma notícia nos outros sites em que ela foi publicada, realizando uma comparação, a fim de 
descobrir se os pontos mais importantes coincidem ou se há diferenças gritantes.
44. Observe as frases.
 I. As medidas das redes sociais são insuficientes.
 II. A reportagem considera as medidas insuficientes.
 jornalismo hegemônico: jornalismo que faz parte dos grandes grupos de mídia.
a) Classifique o predicado da frase I.
Predicado nominal.
b) Qual é a função sintática de “insuficientes” na frase I?
Predicativo do sujeito.
c) Na frase II, “insuficientes” qualifica
Há frases em que o predicativo não 
se refere ao sujeito, mas ao objeto 
direto. Saiba mais em Práticas de 
reflexão sobre a língua.
( ) o sujeito. ( X ) o objeto direto.
 Língua Portuguesa 15
Predicado verbo-nominal
Leia parte de uma entrevista concedida pelo youtuber Whindersson Nunes para a revista Trip. 
Práticas de reflexão sobre a língua
TRIP: O que seus pais fazem?
WHINDERSSON: [...] eles eram representantes comerciais, 
[...] agora não trabalham mais. 
TRIP: Às vezes você acorda e pensa que tá vivendo uma vida 
que não é a sua, que você está num conto de fadas? 
WHINDERSSON: Não, não. Eu acho tudo [...] real, até por-
que sou eu que faço tudo e acaba com meu físico – eu morro 
de cansaço, de sono, de isso, de aquilo, então acho que é bem 
real pra mim. 
LACOMBE, Milli. Você não conhece Whindersson Nunes? Disponível em: <https://revistatrip.uol.com.
br/trip/entrevista-com-o-youtuber-whindersson-nunes-humorista-do-piaui>. Acesso em: 6 dez. 2018.
45. Classifique os seguintes predicados:
a) “eles eram representantes comerciais.”
Predicado nominal.
b) “agora não trabalham mais.” 
Predicado verbal.
46. E quanto à oração a seguir? Vamos refletir um pouco?
Eu acho tudo [...] real
a) Qual é o predicado da oração em destaque? 
Acho tudo real.
b) Como se classifica o verbo da oração: verbo de ligação ou ver-
bo significativo?
Trata-se de um verbo significativo. 
c) Qual é a função sintática da palavra “tudo” na oração em desta-
que? 
Na oração em destaque, tudo funciona como complemento verbal (objeto direto). 
d) A palavra “real” refere-se a qual termo da oração?
Refere-se à palavra tudo, que é o objeto direto da oração. 
e) Nesse caso, em que não há verbo de ligação, mas a oração 
apresenta uma qualidade ou um estado do objeto direto, o 
predicado é
( ) nominal. ( ) verbal.
( X ) verbo-nominal. 
Relembrando
Verbo de ligação: tem a função 
de ligar o sujeito a uma caracterís-
tica ou a uma condição. 
Ex.: Sandra está/parece cansada. 
Nesse caso, temos predicado no-
minal, cujo núcleo é um nome 
(cansada).
Verbo significativo: também 
chamado de nocional, exprime 
ação, acontecimento, desejo, ativi-
dade mental, etc.
Ex.: A criança brincou muito. 
Nesse caso, temos predicado ver-
bal, cujo núcleo é um verbo. 
Há casos em que o predicado 
é verbo-nominal. Isso ocorre 
quando o predicado é composto 
de um verbo significativo ou no-
cional (VTD ou VI), mas há um pre-
dicativo, que se refere ao sujeito 
ou ao objeto direto da oração. 
Ex.: 
1. Maria (sujeito) voltou (verbo sig-
nificativo – VI) cansada (predicati-
vo do sujeito). 
2. João (sujeito) achou (verbo signi-
ficativo – VTD) a prova (OD) compli-
cada (predicativo do objeto). 
Obs.: Esse tipo de predicado 
costuma ocorrer com o verbo 
considerar ou com os que têm 
significado equivalente: julgar, su-
por, declarar, achar, entre outros.
Importante: O predicado verbo-
-nominal se compõe de dois 
núcleos: o próprio verbo e o 
predicativo.
9o. ano – Volume 216
47. Para reforçar o entendimento do predicado verbo-nominal, leia algumas frases relacionadas à primeira 
reportagem e faça o que se pede. 
 I. A internet é uma fábrica de mentiras.
a) Classifique o predicado da oração. Predicado nominal. 
b) Qual é a função sintática de “uma fábrica de mentiras”? Predicativo do sujeito. 
 II. A reportagem aborda o tema fake news.
a) Classifique o predicado da oração. Predicado verbal. 
b) Como se classifica o verbo dessa oração quanto à transitividade? Verbo transitivo direto. 
c) Qual é a função sintática de “o tema fake news”? Objeto direto. 
 III. A reportagem considera a internet uma fábrica de mentiras.
a) Considerar é 
( ) verbo de ligação. ( X ) verbo significativo.
b) Quanto à regência, o verbo considerar é
( ) transitivo indireto. ( X ) transitivo direto.
c) Identifique o complemento de considerar. Trata-se de um objeto direto ou indireto?
O complemento é “a internet”. Trata-se de um objeto direto.
d) A expressão “uma fábrica de mentiras” refere-se
( ) ao sujeito. ( X ) ao complemento verbal (objeto direto).
e) Como se classifica o predicado da oração III? Por quê? O predicado da oração III é verbo-nominal, pois há um 
verbo significativo – VTD (considera) + um objeto direto (a internet) + um predicativo do objeto (uma fábrica de mentiras). 
Derivação imprópria 
Você já sabe que o processo de derivação consiste basicamente na 
formação de palavras pelo acréscimo de prefixo, de sufixo ou de prefi-
xo e sufixo simultaneamente. A derivação imprópria é diferente, pois 
não forma novas palavras, apenas muda as palavras de classe gramatical. 
Observe:
Esta camisa é verde. O verde das florestas me encanta.
 adjetivo substantivo
48. Leia as orações a seguir.
Explique o caso de derivação imprópria nos exemplos acima.
Nesse caso, ocorreu a derivação imprópria, pois um adjetivo passou a ser utilizado como um advérbio (de intensidade). 
 
Algumas possibilidades de deriva-
ção imprópria são:
I. Adjetivo parasubstantivo
Os bons serão recompensados.
II. Advérbio para substantivo
O amanhã é incerto. 
III. Substantivos comuns para 
substantivos próprios
Carlos Pereira esteve presente. 
IV. Adjetivos para advérbios
Eles falavam baixo. 
I. Este é um produto caro.
II. No início deste ano, a desinformação lhe custou caro.
 Língua Portuguesa 17
49. E nos casos a seguir, como podemos explicar a derivação imprópria? 
a) “principalmente pelo seu grande poder de influência.” 
O verbo poder está sendo utilizado como substantivo.
b) “ocupam 10 posições do Top 20 mais influentes entre os jovens.”
O adjetivo jovens está sendo utilizado como substantivo. 
Fique atento! A palavra que repre-
senta derivação imprópria pode 
ser antecedida de outros vocábu-
los diferentes do artigo. Por exem-
plo: Seu poder é indiscutível. / 
Aqueles jovens são simpáticos.
50. Marque a alternativa em que a palavra “desavisados” constitui um exemplo de derivação imprópria.
X a) Os desavisados são as maiores vítimas das notícias falsas.
b) Cidadãos desavisados não poderiam ser prejudicados por informações falsas. 
O estudo da regência verbal envolve a relação entre o 
verbo e seu complemento. 
Saiba +
Regência de alguns verbos de uso fre-
quente – norma-padrão
Verbo Transitivo direto Transitivo indireto
agradar
= fazer agrado
“agradar o 
cachorro”
= ser agradável, 
contentar
“agradar ao amigo”
(complemento 
“pessoa”) 
agradecer
“agradecer um 
favor”
“agradecer ao 
chefe”
(complemento 
“pessoa”)
aspirar
= inspirar
“aspirar o perfume 
da manhã”
= desejar
“aspirar a uma vida 
melhor”
assistir
= ajudar
“assistir o doente”
= presenciar
“assistir ao filme”
obedecer – x – “obedecer aos pais”
visar
= mirar
“visar o alvo”
= pôr o visto
“visar o passaporte”
= pretender
“visar ao sucesso”
preferir 
Transitivo direto e indireto: “João prefere 
arroz a macarrão”. 
Regência verbal 
51. Leia as frases a seguir, extraídas da primeira re-
portagem lida, e numere as orações, conforme 
as seguintes indicações:
 I. O verbo não necessita de complemento.
 II. O verbo necessita de complemento sem 
preposição.
 III. O verbo necessita de complemento com 
preposição. 
a) ( III ) “No passado, o YouTube também teve 
dificuldades para lidar com o plágio.
b) ( I ) “Esse tipo de pirataria incomoda [...]”
c) ( II ) “O YouTube remunera o criador.”
d) ( II ) “O site ganhou apreço entre os youtu-
bers [...].”
Como você observou, a relação entre o verbo e 
seu complemento pode acontecer de maneiras dife-
rentes. Veja mais estes exemplos: 
• “A fórmula mágica [...] naturalmente não funcio-
nou [verbo sem complemento – intransitivo].”
• “Em 2017, o time identificou [o verbo exige 
complemento sem preposição – transitivo direto] 
2200 invenções [complemento sem preposição].”
9o. ano – Volume 218
52. A regência verbal usada nos textos a seguir está em desacordo com a recomendada pela norma-padrão. 
Consulte o Saiba mais e faça as alterações necessárias para adequar os textos à norma-padrão.
a) 
FÁBRICAS DE PANETONES INVESTEM EM NOVOS SABORES PARA 
AGRADAR CONSUMIDORES
Disponível em: <https://noticias.r7.com/fala-brasil/videos/fabricas-de-panetones-investem-em-novos-sabores-para-agradar-
consumidores-27102017>. Acesso em: 15 ago. 2018.
Fábricas de panetones investem em novos sabores para agradar aos consumidores.
b) 
JOGADORES E TREINADOR FAZEM ATO PARA AGRADECER A TORCIDA
Disponível em: <https://www.acidadeon.com/ribeiraopreto/NOT,0,0,1346058,jogadores+e+treinador+fazem+ato+para+agradecer+a+tor
cida.aspx>. Acesso em: 15 ago. 2018.
Jogadores e treinador fazem ato para agradecer à torcida.
c) 
Disponível em: <https://esporte.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2018/08/07/nesta-temporada-podemos-aspirar-muitas-coisas-diz-
griezmann.htm?cmpid=copiaecola>. Acesso em: 15 ago. 2018.
Nesta temporada podemos aspirar a muitas coisas. 
d) ATIVIDADE FÍSICA NO TRABALHO DEVE VISAR PROMOÇÃO DA SAÚDE
“NESTA TEMPORADA PODEMOS ASPIRAR MUITAS COISAS”, DIZ GRIEZMANN
Disponível em: <http://www.usp.br/agen/?p=1696>. Acesso em: 15 ago. 2018.
Atividade física no trabalho deve visar à promoção da saúde.
Crase
Crase é a fusão de duas vogais a. Para indicar a ocorrência de crase, 
coloca-se um acento grave sobre o a. 
E quando ocorre a fusão de duas vogais a? Basicamente, quando a 
palavra antecedente exige o a e a palavra seguinte aceita o a. Veja este 
exemplo:
Substituição por uma palavra 
masculina. Em muitos casos, para 
verificar se há crase, é possível 
substituir a palavra feminina por 
uma masculina. Se aparecer ao 
antes da palavra masculina, deve-
rá ser empregado o acento grave 
no a.
Ex.: Vou à loja. Vou ao mercado.“[...] não cicatrizou devido à glicemia sem controle.”
Observe que, no exemplo anterior, houve a fusão da preposição a, exigida pela palavra “devido” (devido a), 
com o artigo a, aceito pela palavra “glicemia” (a glicemia). Para marcar essa fusão, utilizamos o acento grave 
(indicador de crase). Veja, também, estes outros casos:
I. O aluno alertou a classe.
II. O paciente recorreu à Justiça.
53. Explique por que, na segunda frase, há um acento grave sobre o a.
Porque a preposição a, requerida pelo verbo recorrer, funde-se com o artigo a, aceito por “Justiça”. 
 
 Língua Portuguesa 19
Uso obrigatório
Além do caso exemplificado pela frase II (página 19), o emprego do 
acento grave indicador de crase é obrigatório nas seguintes situações:
 I. Na fusão do artigo a (as) e do a- inicial dos demonstrativos aquele, 
aquela, aquilo:
Ex.: Referiu-se àquele site de notícias falsas.
Dirigiu o olhar àquela gôndola com preços baixos.
Assistir àquilo o incomodava.
 II. Diante da palavra casa, quando acompanhada de expressão 
especificativa:
Ex.: Refiro-me à casa de meus pais.
III. Em locuções adverbiais femininas:
Ex.: às vezes, às claras, às ocultas, às escondidas, à força, à noite, 
à tarde, à vela.
IV. Em indicação de horas:
Ex.: às três da manhã, às 10 horas.
Uso facultativo
O emprego do acento grave indicador de crase é facultativo nas 
seguintes situações:
 I. Diante de pronome possessivo:
Ex.: Dirigiu-se à/a sua classe.
 II. Diante de nome próprio feminino:
Ex.: Todas as críticas eram feitas à/a Denise.
• Note que o uso do artigo diante do pronome possessivo e do nome 
próprio feminino é facultativo.
Há muitos casos em que não 
ocorre crase, sendo, portanto, 
inadequado o acento grave. Ob-
serve-os: 1. Antes de palavra mas-
culina: Andei a cavalo. 2. Antes de 
verbo: Começamos a assistir ao 
filme. 3. Antes de pronomes em 
geral: Já nos referimos a isso. / O 
assunto a que você faz referência 
é complexo. 4. Antes de nomes 
de lugares (cidades, estados, etc.) 
que não admitem artigo: Vou a 
Campinas. Obs.: Se o nome da ci-
dade estiver especificado, haverá 
crase: Vou à Curitiba dos lindos 
parques. 5. Antes de palavras no 
plural (se a preposição estiver no 
singular): Referi-me a cidades do 
interior. 6. Antes da palavra terra, 
com sentido oposto a mar: Os ma-
rinheiros não retornaram a terra. 
7. Entre palavras repetidas.: Dia a 
dia, observamos seu crescimento. 
8. Antes da palavra casa, sem ex-
pressão especificativa: Voltaram a 
casa rapidamente. 
Obs.: Note que, depois 
da preposição a, está 
presente um a que 
equivale a aquela, que 
se trata de um pro-
nome demonstrativo. 
Essa ocorrência se dá, 
em geral, antes das pa-
lavras que e de, como 
mostram os exemplos 
II e III. 
E diante de pronomes demonstrativos:
Uso com pronomes
Fique atento ao uso do acento grave antes de pronomes relativos:
I. A decisão à qual você se refere já foi tomada. 
 (se refere a + a qual)
II. Esta senha é igual à que você já tinha. 
 (igual a: preposição + a: pronome demonstrativo, representado pelo a)
Outro exemplo: 
III. Esta imagem é semelhante à de ontem. 
 (preposição a + pronome demonstrativo a) 
9o. ano – Volume 220
54. A seguir, estão reproduzidos vários trechos de uma reportagem sobre supermercados, presente na revista 
Superinteressante, ed. 392, ago. 2018, p. 24-27. Leia-os e, nocaderno, substitua os asteriscos por a(s) ou à(s), 
explicando a regra que se aplica a cada caso.
a) 
Não faltam produtos querendo enganar você no supermercado. E o pior: quase sempre, 
com * permissão da lei. Conheça alguns deles e saiba quais cuidados tomar para não ser pas-
sado para trás quando for * compras.
Quem gosta de água de coco não precisa ir * praia. Afinal, existem diversos produtos 
industrializados, vendidos em caixinhas, que garantem oferecer o mesmo líquido do fruto.
b) 
No Brasil, o risco de ser ludibriado quando se vai * compras é grande. E * enganações nem 
sempre estão escondidas. “É importante atentar para a ordem dos ingredientes no rótulo. O 
primeiro está sempre em maior quantidade”, explica Laís Amaral, nutricionista do Instituto 
Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
c) 
Nas próximas páginas, apontamos 20 mentiras ou meias verdades que você encontra 
* venda por aí.
d) 
Há duas justificativas principais para a indústria alimentícia pulverizar sal e açúcar * rodo 
nos produtos. A primeira é aumentar o tempo de validade na prateleira, pois os dois ingre-
dientes ajudam * conservar os alimentos. O outro motivo? Enganar o paladar. O açúcar que-
bra a acidez e o amargor de alguns alimentos, enquanto o sal realça sabores.
Prática de oralidade
Seminário escolar 
O seminário escolar é um gênero composto de uma exposição oral, que é seguida pela participação do 
auditório (a classe). Primeiramente, um grupo apresenta sua exposição oral e, depois, o auditório faz questiona-
mentos ou comentários sobre o assunto em pauta.
Nossa proposta é que, em grupo, vocês apresentem um seminário sobre aspectos abordados nas reporta-
gens lidas ou sobre aspectos mais gerais que envolvam a internet. 
Preparação
 1. O primeiro passo é pensar em temas que possam ser pesquisados com profundidade por vocês. Cada 
grupo pode escolher um tema diferente. Não há problema se mais de um grupo escolher o mesmo tema. 
Alguns temas possíveis são: o uso indevido da internet, novas profissões relacionadas à internet, perigos 
do mundo virtual, fake news e redes sociais. 
A rodo (não ocorre crase pelo fato de o a estar diante de palavra masculina); a conservar (não ocorre crase pelo fato de o a estar 
diante de verbo). 
A permissão (somente artigo a); for às compras (o verbo ir exige a preposição a, e o substantivo compras aceita o artigo as); 
ir à praia (o verbo ir exige a preposição a, e o substantivo praia aceita o artigo a).
Às compras (o verbo ir exige a preposição a, e o substantivo compras aceita o artigo as); As enganações (somente artigo a).
À venda (locução adverbial feminina).
 Língua Portuguesa 21
Produção
 4. Façam um roteiro da exposição, com base na reunião de resumos e notas produzidos após a leitura/escu-
ta dos textos. Uma exposição oral se divide em abertura, desenvolvimento e retomada. O roteiro consiste 
em tópicos, que mostram a sequência da exposição, e palavras-chave, que relembram ao expositor o que 
ele deve dizer.
 5. A partir do roteiro, distribuam as tarefas entre os membros do grupo – é o momento de definir quem 
ficará responsável por qual parte da exposição.
 6. Na abertura, informem ao público o assunto da exposição, por que ele é importante e o modo como será 
desenvolvido.
 7. O desenvolvimento geralmente é feito com o apoio de recursos visuais, como slides.
a) Não coloquem nas telas tudo o que será falado. A leitura é mais rápida do que a fala. Então, se fizerem 
isso, o auditório lerá o texto da tela rapidamente e perderá o interesse pela fala de vocês.
b) Insiram, em cada tela, tópicos e uma palavra-chave, para se lembrarem do que devem dizer durante a 
exposição. Complementem a tela com uma imagem, que pode ser uma foto, um desenho, um mapa 
ou um gráfico. Evitem telas “poluídas”, isto é, cheias de texto e imagens.
 8. A exposição oral se encerra com uma retomada do assunto abordado, recapitulando rapidamente os 
pontos principais. Após essa retomada, agradeçam a todos pela atenção e passem a palavra ao auditório, 
para que os ouvintes possam fazer comentários ou apresentar dúvidas sobre o assunto. Vocês precisam 
estar preparados para responder a todas elas.
 9. Façam alguns ensaios da exposição, observando os seguintes aspectos:
a) A exposição não deve ultrapassar o tempo estipulado pelo professor. Portanto, se os ensaios durarem 
mais do que o tempo previsto, será necessário fazer cortes.
b) Estabeleçam uma sincronia entre a fala e as telas projetadas. Decidam quem vai projetar as telas enquan-
to um membro do grupo estiver falando. O expositor deve fazer referência às imagens com frases como: 
“Vocês podem ver na imagem um exemplo desse processo” e “Esta foto mostra que...”.
c) Ensaiem a passagem da palavra entre os membros do grupo. Para isso, utilizem construções como: “Na 
sequência, a Marta vai falar sobre...”, “Mas isso nós vamos conhecer com o João” e “Quem vai explicar 
isso é o Carlos”.
10. No dia estipulado, façam a apresentação, colocando em prática tudo o que foi preparado. Pronunciem, 
com boa articulação, as palavras e falem em voz alta para que toda a classe possa ouvi-los. Não fiquem 
de costas para os colegas quando se referirem às telas projetadas; no máximo, fiquem de lado. Se forem 
consultar o roteiro, não tapem o rosto com a folha de papel; mantenham-na a uma boa distância dos 
olhos e consultem-na rapidamente, apenas para se lembrarem do que devem dizer.
Apresentação
 2. É fundamental que vocês entendam com profundidade o assunto. Para tanto, busquem informações em 
fontes diversas, como vídeos, notícias e reportagens. A leitura/escuta do conteúdo dessas fontes poderá 
lhes garantir domínio do tema escolhido. Dessa forma, vocês estarão preparados para responder às dúvi-
das da classe depois da exposição.
 3. Tomem nota do que ouvirem e elaborem um texto sintetizando as principais informações. Assim, a base 
da exposição oral estará pronta.
d) Ensaiem também a postura corporal. Evitem mascar chicletes durante a ex-
posição. Não fiquem encostados na parede. Não façam movimentos repeti-
dos e não balancem as pernas. Por fim, caprichem na aparência, escolhendo 
bem a roupa que vão usar e o penteado.
9o. ano – Volume 222
Avaliação
12. Avalie sua participação nesta atividade preenchendo o quadro a seguir.
Sim Em parte Não
1. Li/ouvi vários textos sobre o assunto selecionado?
2. Participei ativamente da escrita dos resumos e da elaboração das notas?
3. Mostrei empenho nos ensaios?
4. Mantive o foco durante a apresentação? Segui à risca o roteiro combinado 
com os colegas do grupo?
5. Meu desempenho foi satisfatório nos quesitos postura corporal, tom de voz e 
pronúncia?
Prática de escrita
Resumo
Nesta seção, você vai estudar e produzir resumos. Mas, antes de mais nada, reflita sobre esta pergunta: Para 
que resumir?
Há duas respostas possíveis. Primeiramente, podemos observar que o resumo aparece como componente 
de outros gêneros, como a resenha crítica. O resenhista costuma fazer um resumo dos eventos de uma nar-
rativa (filme, romance, conto, etc.) no início do texto. Em seguida, desenvolve sua argumentação e, geralmente 
no final, emite sua opinião sobre a obra resenhada. No entanto, as obras ficcionais não são os únicos objetos de 
resenhas críticas. Livros teóricos sobre os mais diversos temas também são resenhados. Nesse caso, o resenhista 
apresenta um resumo das ideias da obra ou dos processos explicados nela. O resumo como componente de 
outros gêneros aparece também nas notícias e nas reportagens.
Em segundo lugar, há o resumo escolar, que é um texto independente, geralmente solicitado pelo professor 
para verificar se os alunos leram um texto ou um livro que ele indicou. O mais comum é a solicitação de resumos de 
textos informativos. Dada sua importância no contexto escolar, é esse tipo de resumo que abordaremos a seguir.
Leia esta reportagem de divulgação científica sobre um tipo de hambúrguer diferente. 
11. Respondam às dúvidas da classe com tranquilidade e segurança.
9
Ohambúrguer impossível
Um grupo de cientistas recebeu US$ 250 milhões do Google e de Bill Gates para perseguir uma 
meta improvável: criar um hambúrguer feito de plantas que seja realmente idêntico à carne. Ele foi 
batizado de “Impossible Burguer” – e nós experimentamos.
O cardápio não tem nada de anormal. A lan-
chonete, que se chama Bareburger e fica na rua 
14, em Nova York, também não. O garçom logo 
aparece e, sem muita paciência, pergunta qual é o 
pedido. Escolhemos o penúltimo item do menu, 
escondido em meio às quase 20 opções de sanduí-
che oferecidas pela casa (tem até carne de bisão). 
É o “Impossible Burguer: hambúrger, queijo, ce-
bola caramelizada, alface, mostarda e ketchup no 
pão integral. US$ 13,95”. O garçom não pergunta 
 Língua Portuguesa 23
se queremos o hambúrguer ao ponto ou malpas-
sado, porque ele não tem ponto – nem carne. O 
Impossible poderia ser apenas mais uma das op-
ções vegetarianas que têm proliferado nas lancho-
netes; mas, como seu nome sugere, é diferente. 
O produto que vamos provar daqui a pouco é a 
combinação de nove anos de pesquisas, US$ 250 
milhões (vindos de Bill Gates e do Google, entre 
outros investidores), engenharia genética e um 
ingrediente revolucionário e polêmico. Tudo para 
tentar criar uma carne “de mentira” idêntica à bo-
vina. Quem conseguir fazer isso para valer, afi-
nal, poupará animais, ficará milionário e salvará 
o planeta – pois hoje existem 1,5 bilhão de bois e 
vacas, cuja criação emite tanto CO2 quanto todos 
os carros do mundo.
Não dá muito tempo de refletir sobre isso e 
o Impossible logo chega à mesa, perfurado por 
um pequeno espeto. Ele é largo (tem o diâmetro 
dos sanduíches do Burger King), mas o ham-
búrguer em si é um pouco mais alto, como nas 
lanchonetes gourmet. A primeira mordida não 
deixa dúvida: ele é gostoso. Bem gostoso. É tos-
tado por fora, rosado por dentro, e realmente 
tem gosto de carne. Mas não exatamente carne 
de hambúrguer: ela lembra mais a carne moí-
da das almôndegas e dos bolinhos, inclusive na 
textura. O Impossible é mais mole do que um 
hambúrguer real (até um pouco mole demais, 
quase pastoso), e também fica devendo o sabor 
defumado característico. Mas, ao contrário dos 
burgers vegetarianos comuns, feitos de grão de 
bico, feijão, soja ou lentilha, ele realmente pare-
ce carne bovina.
Daria tranquilamente para se acostumar – e, 
quem sabe, passar a comer só esse tipo de “car-
ne”. Esse é o sonho do geneticista Pat Brown, 
professor da Universidade Stanford. Ele ficou 
famoso na década de 1990, quando inventou o 
microarray: uma ferramenta que facilita a análise 
do DNA e hoje é usada em grande parte dos estu-
dos sobre genética. Brown tirou um ano sabático, 
e logo descobriu o que queria fazer: diminuir o 
consumo de carne no mundo (ele é vegetariano 
desde a década de 1970). Começou organizando 
um congresso acadêmico para tentar conscien-
tizar a sociedade, mas ninguém deu a mínima. 
Então Brown percebeu que seria mais inteligente 
colocar a mão na massa – e inventar um novo 
tipo de carne artificial, que fosse idêntica à de 
boi e que as pessoas quisessem comer. “É mais 
fácil mudar o comportamento do que a cabeça 
das pessoas”, declarou à revista Pacific Standard.
Ele levantou dinheiro, contratou 25 funcio-
nários e começou a analisar todos os aspectos 
da carne bovina: as proteínas responsáveis pela 
textura, os 150 compostos voláteis que produ-
zem seu cheiro e gosto, as transformações que a 
carne sofre quando é aquecida etc. Começou a 
tentar reproduzir tudo aquilo com uma mistu-
ra de trigo e massa de batata (os dois principais 
componentes do Impossible Burger), óleo de 
coco (que fornece os 13 g de gordura do produ-
to, mesmo teor de um hambúrguer comum) e 
um pouco de goma xantana: uma massa gruden-
ta, de milho fermentado, que está presente em 
muitos alimentos industrializados e serve para 
“dar liga”.
Mas aquilo não parecia um hambúrguer de 
verdade. Faltava alguma coisa. E o segredo es-
tava justamente no elemento mais simbólico 
da carne, que mais incomoda os vegetarianos e 
ilustra o sacrifício de animais abatidos: o sangue.
Fungo transgênico
O sangue é vermelho por causa da hemoglobi-
na, a proteína que serve para transportar oxigênio 
pelo corpo. E a hemoglobina tem esse nome, e 
essa cor, porque contém moléculas chamadas he-
mes. Eles são verdadeiros ônibus biológicos, que 
carregam mais de 100 átomos de carbono, hidro-
gênio, oxigênio, nitrogênio e ferro. Sem os hemes, 
a vida como a conhecemos não existiria – além de 
transportar oxigênio no sangue dos animais, eles 
também ajudam as plantas a extrair o nitrogênio, 
um nutriente essencial, do solo. E, como Brown e 
seus colegas acabaram percebendo, os hemes – e, 
portanto, o sangue – são o que dá à carne seu sa-
bor característico. Você já deve ter percebido isso, 
instintivamente, ao morder um pedaço de chur-
rasco: é o sangue que deixa a carne rosada e macia. 
Para reproduzir a carne de verdade, os cientistas 
teriam de reproduzir o sangue também.
Começaram tentando extrair o heme de uma 
planta: a soja, cujas raízes contêm pequena 
quantidade dessa molécula. Mas, para conseguir 
heme na quantidade necessária, eles teriam de 
criar enormes lavouras de soja, causando pro-
blemas ambientais. “Não seria organicamente 
9o. ano – Volume 224
viável, nem responsável”, diz o engenheiro Nick 
Halla, diretor da Impossible Foods, que é a em-
presa criada para produzir o burger (e recebeu 
os US$ 250 milhões de Gates e do Google).
Então os cientistas apelaram para a engenha-
ria genética. Pegaram um fungo chamado Pichia 
pastoris e inseriram nele um gene tirado da soja: 
o mesmo que, na planta, regula a produção de 
heme. Deu certo. O fungo começou a crescer e 
produzir fartas quantidades dessa molécula, que 
é extraída e usada nos hambúrgueres. Em setem-
bro do ano passado, a empresa inaugurou sua 
primeira fábrica, que fica na Califórnia e culti-
va o fungo em tanques de fermentação. Ela já 
fornece seu produto para 800 lanchonetes dos 
EUA, e sua meta para 2018 é chegar a 5 milhões 
de hambúrgueres vendidos por mês (a empre-
sa também está desenvolvendo versões vegetais 
da carne de porco, frango e peixe). Segundo os 
criadores do Impossible Burger, sua produção 
usa três vezes menos água e emite 80% menos 
CO2 do que a carne comum, ocupando uma 
área 20 vezes menor.
A empresa diz que sua molécula de heme 
é idêntica à natural. Mas, como os alimentos 
transgênicos sempre encontram resistência en-
tre os consumidores, ela pediu a aprovação da 
Food & Drug Administration (FDA), que regula 
os alimentos e medicamentos nos EUA. Foi um 
ato voluntário: por uma tecnicalidade da lei, o 
Impossible Burguer não precisa de autorização 
da FDA. De início, a agência não quis endossar 
o produto, alegando que o consumo do heme 
transgênico não havia sido testado em animais. 
O caso levantou certa polêmica, e então a empre-
sa fez um estudo com ratos de laboratório, que 
foram alimentados com doses altíssimas dessa 
molécula (o equivalente a um ser humano comer 
5 kg de Impossible Burgers por dia) e não apre-
sentaram qualquer anormalidade. A FDA apro-
vou o Impossible Burguer – mas aí foi a vez de a 
ONG internacional Peta (People for Ethical Treat-
ment of Animals) começar uma campanha contra 
a empresa, a quem acusa de crueldade. Ela diz 
que, como o Impossible foi testado em animais, 
não pode ser considerado um produto vegano.
Seja como for, ele pode ser a chave para con-
vencer a maioria da população, que não é vega-
na, a comer menos carne – de forma bem mais 
convincente do que qualquer apelo, protesto ou 
receita caseira. O segredo é conquistar as pes-
soas pelo estômago. E, para fazer isso, o melhor 
ingrediente é o mesmo de todas as grandes in-
venções humanas: a ciência.
GARATTONI, Bruno; PESSOA, Flavio; DIDINI, Fernanda. O hambúrguer impossível. Superinteressante, São Paulo, p. 39-41, maio 2018.
 1. O tema do texto é
a) a visita do repórter a uma lanchonete para provar o Impossible Burguer e relatarsuas impressões 
sobre esse hambúrguer.
X b) o processo científico que resultou na criação de um hambúrguer vegetariano idêntico ao de carne.
 2. Registre, nas linhas a seguir, o nome dos autores da reportagem e o veículo onde o texto foi publicado.
Autores: Bruno Garattoni, Flavio Pessoa e Fernanda Didini. O texto foi publicado na revista Superinteressante, na edição de maio de 
2018.
 3. Resumir consiste em eliminar as informações secundárias de um texto e manter apenas as essenciais. 
Sabendo disso, resuma os dois primeiros parágrafos do texto. Mantenha somente as informações que 
apresentam relação direta com o tema abordado.
Sugestão: O Impossible Burger é resultado de nove anos de pesquisas, investimentos de US$ 250 milhões e um ingrediente 
revolucionário e polêmico. Os repórteres provaram o Impossible Burger em uma lanchonete e afirmaram que o hambúrguer realmente
tem gosto de carne.
 Língua Portuguesa 25
O produto que vamos provar daqui a pouco é a combinação de nove anos de pesquisas, US$ 250 mi-
lhões (vindos de Bill Gates e do Google, entre outros investidores), engenharia genética e um ingrediente 
revolucionário e polêmico. Tudo para tentar criar uma carne “de mentira” idêntica à bovina. Quem conse-
guir fazer isso para valer, afinal, poupará animais, ficará milionário e salvará o planeta – pois hoje existem 
1,5 bilhão de bois e vacas, cuja criação emite tanto CO2 quanto todos os carros do mundo.
 4. Assinale a alternativa que apresenta o melhor resumo desse trecho.
a) Além de evitar a morte de muitos animais, quem conseguir 
criar o hambúrguer vegetariano enriquecerá e contribuirá para 
melhorar o meio ambiente, pois a pecuária bovina emite a mes-
ma quantidade de CO2 que toda a frota de veículos do mundo.
X b) Os autores da reportagem afirmam que, além de evitar a morte 
de muitos animais, quem conseguir criar o hambúrguer vegeta-
riano enriquecerá e contribuirá para melhorar o meio ambiente, 
pois a pecuária bovina emite a mesma quantidade de CO2 que 
toda a frota de veículos do mundo.
c) Os autores da reportagem supõem que, além de evitar a morte 
de muitos animais, quem conseguir criar o hambúrguer vegeta-
riano contribuirá para melhorar o meio ambiente, pois a pecuá-
ria bovina emite grande quantidade de CO2. 
Tipos de apagamento
Ao resumir um texto, recomenda-se o apagamento de:
Um bom resumo é construído, 
o máximo possível, com nossas 
palavras. É importante, também, 
fazer constantemente referência ao 
autor do texto, denominando-o de 
diversas maneiras: o autor, o espe-
cialista, etc.
Resumo e a atribuição de verbos 
Releia este trecho da reportagem:
1. circunstâncias em geral (lugar, tempo, modo, etc.);
2. detalhes descritivos;
3. exemplos;
4. sinônimos ou explicações.
O mais importante, porém, é ter sempre em mente o tema do texto. É o tema que determi-
nará o que pode e o que não pode ser apagado.
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9o. ano – Volume 226
 5. O quadro a seguir contém, na coluna da esquerda, trechos retirados da reportagem e, na coluna da direi-
ta, resumos desses trechos. Substitua o asterisco dos resumos por um dos verbos entre parênteses. 
Trechos da reportagem Resumos
Em 2009, Brown tirou um ano sabático, e logo descobriu o que 
queria fazer: diminuir o consumo de carne no mundo (ele é 
vegetariano desde a década de 1970). Começou organizando um 
congresso acadêmico para tentar conscientizar a sociedade, mas 
ninguém deu a mínima. 
Os autores da reportagem * que Brown organizou um 
congresso acadêmico para convencer a sociedade a se 
tornar vegetariana, mas não obteve sucesso. (duvidam, 
informam)
informam 
Então Brown percebeu que seria mais inteligente colocar a mão 
na massa – e inventar um novo tipo de carne artificial, que fosse 
idêntica à de boi e que as pessoas quisessem comer. “É mais fácil 
mudar o comportamento do que a cabeça das pessoas”, declarou à 
revista Pacific Standard.
Os autores da reportagem * que Brown resolveu, então, 
criar um tipo de carne artificial que despertasse o 
apetite das pessoas. (alegam, relatam)
relatam 
Ele levantou dinheiro, contratou 25 funcionários e começou a 
analisar todos os aspectos da carne bovina: as proteínas responsáveis 
pela textura, os 150 compostos voláteis que produzem seu cheiro e 
gosto, as transformações que a carne sofre quando é aquecida etc. 
Prosseguindo, os autores da reportagem * os passos 
seguintes de Brown: obtenção de recursos, contratação 
de funcionários e análise de todos os componentes da 
carne bovina. (enumeram, definem)
enumeram 
Começou a tentar reproduzir tudo aquilo com uma mistura de trigo 
e massa de batata (os dois principais componentes do Impossible 
Burger), óleo de coco (que fornece os 13 g de gordura do produto, 
mesmo teor de um hambúrguer comum) e um pouco de goma 
xantana: uma massa grudenta, de milho fermentado, que está 
presente em muitos alimentos industrializados e serve para “dar liga”.
Os autores da reportagem * que Brown tentou 
reproduzir a carne bovina misturando trigo, massa de 
batata, óleo de coco e goma xantana. (acrescentam, 
discriminam)
acrescentam 
Mas aquilo não parecia um hambúrguer de verdade. Faltava alguma 
coisa. E o segredo estava justamente no elemento mais simbólico 
da carne, que mais incomoda os vegetarianos e ilustra o sacrifício de 
animais abatidos: o sangue.
Os autores da reportagem * que o componente que 
faltava era o sangue. (abordam, enfatizam)
enfatizam 
Saiba +
Organizadores textuais
Entre os vários tipos de organizadores 
textuais estão as palavras ou as expres-
sões que indicam a sequência em que os 
fatos de um processo ocorrem. No resu-
mo, esses organizadores textuais são uti-
lizados para assinalar momentos do texto 
resumido:
Os autores da reportagem iniciam o rela-
to sobre o hambúrguer vegetariano contando 
por que o geneticista Pat Brown teve a ideia 
de criar esse produto. Em seguida, narram 
as tentativas fracassadas e concluem citando 
a estratégia que deu certo: produzir a molé-
cula heme por meio da engenharia genética.
 6. Releia este trecho da reportagem e sublinhe as 
palavras que indicam o início e a etapa seguinte 
do processo:
Para reproduzir a carne de verdade, os cien-
tistas teriam de reproduzir o sangue também.
Começaram tentando extrair o heme de 
uma planta: a soja, cujas raízes contêm pe-
quena quantidade dessa molécula. Mas, para 
conseguir heme na quantidade necessária, 
eles teriam de criar enormes lavouras de soja, 
causando problemas ambientais. “Não seria 
organicamente viável, nem responsável”, diz o 
engenheiro Nick Halla, diretor da Impossible 
Foods, que é a empresa criada para produzir 
o burger (e recebeu os US$ 250 milhões de 
Gates e do Google).
Então os cientistas apelaram para a enge-
nharia genética.
 Língua Portuguesa 27
Sim Em parte Não
1. O resumo informa a fonte do texto (título, autor e veículo)?
2. As informações secundárias foram eliminadas, restando somente as 
informações essenciais?
3. Foram utilizadas construções próprias? 
4. Foram atribuídos verbos adequados ao autor da reportagem?
5. Os organizadores textuais deixam clara a sequência dos acontecimentos?
15. Passe seu resumo a limpo e entregue-o ao professor. 
Agora que você já conhece os procedimentos para fazer um resumo, propomos que elabore um resumo da 
reportagem Eles não curtem o Facebook.
Preparação
 7. Releia a reportagem inteira.
 8. Recapitule os procedimentos estudados na seção Prática de escrita.
 9. No primeiro parágrafo, informe o título e o autor do texto e o veículo em que foi publicado.
10. Faça os apagamentos necessários para que seu resumo contenha somente as informações essenciais.
11. Redija o resumo das informações essenciais.
12. Atribua verbos adequados ao autor da reportagem (argumenta, expõe, registra, defende, etc.).
13. Indique a sequência dos fatos por meio dos organizadores textuais. 
14. Avalie seu resumo preenchendo o quadro abaixo. 
Produção
Avaliação
Organize as ideias 
Projeto de escrita1. Conforme as regras mencionadas no quadro a seguir, classifique o uso da crase como obrigatório ou 
facultativo.
Regras Crase obrigatória
Crase 
facultativa
A palavra antecedente exige o a e a palavra seguinte aceita o a. X
Diante de pronome possessivo. X
Diante de nome próprio feminino. X
Fusão da preposição a e do a- inicial dos demonstrativos aquele, aquela, aquilo. X
Diante da palavra casa, quando acompanhada de expressão especificativa. X
Em locuções adverbiais femininas. X
9o. ano – Volume 228
Hora de estudo
29
 2. Assinale a frase em que há predicado verbo-nominal.
a) O professor leu o trabalho atentamente.
X b) O professor considerou o trabalho excelente.
c) O professor considera adiar a data de entrega dos trabalhos.
 3. Escreva uma frase usando o verbo agradecer como transitivo indireto.
Pessoal. Sugestão: Os jogadores agradeceram à torcida.
 4. Explique o caso de derivação imprópria em “Os fortes vencerão o desafio”.
“Fortes”, que pertence à classe dos adjetivos, está sendo utilizado como substantivo. 
Café verde instantâneo acelera metabolismo em 3 x: faz emagrecer
O café verde pode não ser tão gostoso quanto o café feito com os grãos torrados e moídos, mas faz o 
metabolismo trabalhar triplicado.
É o que mostra um artigo do nutricionista Rick Hay, baseado em um estudo feito na Noruega. Ele 
mostra evidências de que o segredo da redução de peso está nos compostos da bebida, que combatem 
a gordura.
O estudo norueguês, publicado há mais de uma década no The Journal of International Medical 
Research, investigou os benefícios do extrato de grãos de café verde e descobriu que a versão instantânea 
da bebida fez pacientes perderem três vezes mais peso do que um café instantâneo comum.
Motivo
Hay explica que “O extrato de grãos de café verde é um estimulante natural que é uma versão menos 
processada do café e contém menos cafeína que o café comum”. 
Ele acrescentou que os grãos de café são “carregados” com antioxidantes e ácido clorogênico.
Acredita-se que o ácido clorogênico seja o principal ingrediente dos grãos de café verde, que produz 
efeitos de perda de peso, garantiu Hay.
O estudo
Trinta indivíduos com excesso de peso foram acompanhados durante 12 semanas e 3 meses para o 
ensaio, publicado no The Journal of International Medical Research.
Metade consumia café regular, o resto, um café instantâneo enriquecido com 200 mg de extrato de 
grão de café verde.
Ambos os grupos foram instruídos a não mudar sua dieta ou hábitos de exercício pela equipe do 
ETC Research and Development de Oslo, na Noruega.
O estudo descobriu que o grupo que tomou o café instantâneo com extrato de grão de café verde 
perdeu 5,4 kg, em média.
CAFÉ verde instantâneo acelera metabolismo em 3 x: faz emagrecer. Disponível em: <http://www.sonoticiaboa.com.br/2018/08/21/cafe-verde-
instantaneo-acelera-metabolismo-em-3-x-faz-emagrecer/>. Acesso em: 22 out. 2018.
 1. Lendo apenas o título, você acha que essa notícia pode ser útil a pessoas que desejam emagrecer? Você 
a compartilharia com essas pessoas sem ler o texto inteiro?
Pessoal. Espera-se que os alunos respondam, com base nas atividades do Painel de leitura, que nenhum texto deve ser compartilhado
apenas por causa de seu título. É preciso lê-lo integralmente para se certificar de que pode realmente ser útil às pessoas que desejam
emagrecer. E essas pessoas devem submeter o texto a seu médico ou nutricionista antes de inserir o café verde em sua dieta.
 2. O texto menciona um artigo científico. Quem é o autor desse artigo? Quando e onde ele foi publicado?
O autor é o nutricionista Rick Hay, e o artigo foi publicado há mais de uma década no The Journal of International Medical 
Research.
 3. Por que esse estudo se tornou tema de uma notícia veiculada em 2018?
Pessoal. Sugestão: Pela necessidade que os sites noticiosos têm de oferecer diariamente notícias “novas” a seus leitores, mesmo que 
requentadas.
 4. O texto informa que o artigo foi baseado em um estudo.
a) Descreva esse estudo.
Trinta indivíduos com excesso de peso foram acompanhados durante 12 semanas e 3 meses. Metade consumia café regular, e o
 restante, um café instantâneo enriquecido com 200 mg de extrato de grão de café verde.
b) Qual foi a conclusão do estudo?
O estudo concluiu que o grupo que tomou o café instantâneo com extrato de grão de café verde perdeu 5,4 kg, em média, ou seja, 
três vezes mais do que o grupo que consumiu café instantâneo simples, que perdeu, em média, 1,7 kg.
c) A notícia não informa se o grupo estudado fazia dieta, mas o leitor pode inferir que sim. Por quê?
O grupo estudado era composto de 30 pessoas com excesso de peso, as quais, ao final do período, haviam perdido peso. Infere-se,
portanto, que elas faziam alguma dieta para emagrecer.
d) Compare o título da notícia com o que você descobriu nas questões anteriores. O título corresponde 
ao conteúdo do texto? Justifique sua resposta.
Não, pois o título dá a entender que o café verde, tomado isoladamente, é que faz emagrecer. Porém, infere-se do texto que essa
bebida não foi um fator isolado, já que os participantes do estudo faziam dieta. 
A análise dessa notícia evidencia que não somente as notícias falsas podem induzir a comportamentos equivocados. Uma notícia verdadei-
ra, quando mal-escrita e servindo a propósitos escusos (oferecer uma notícia requentada como se fosse atual), também pode causar danos.
11
Isso foi três vezes mais do que o grupo que consumiu café instantâneo simples, que perdeu, em 
média, 1,7 kg.
Além de ajudar na perda de peso, Hay disse que o extrato de café verde pode ajudar na produção de 
energia e na circulação sanguínea.
Hay, que é diretor nutricional da Healthista, que é um canal de saúde, também acrescentou que a 
bebida pode impulsionar o sistema imunológico, porque está repleta de polifenóis antioxidantes.
A dosagem recomendada é entre 200-400 mg de pó de café verde diariamente devido ao seu teor 
de cafeína.
O café verde instantâneo pode ser encontrado em casas de produtos naturais.
[...]
30
31
5
Artigo de opinião
1. Como você faz para expressar sua opinião sem ser mal-educado com as pessoas que têm pontos de 
vista contrários aos seus?
2. Entre os tipos de argumentos já estudados (raciocínio lógico, argumento de autoridade, argumento 
baseado em provas concretas), quais você considera mais eficientes para convencer alguém?
3. Se uma pessoa xinga alguém, é porque ela não tem argumentos? 1
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• Analisar o fenômeno da disseminação do 
discurso de ódio nas redes sociais. 
• Dominar os principais casos de regência no-
minal. 
• Identificar o complemento nominal e com-
preender sua função.
• Identificar a oração subordinada substan-
tiva completiva nominal, nas formas de-
senvolvida e reduzida, e compreender sua 
função. 
• Produzir um artigo de opinião.
• Realizar uma entrevista.
Objetivos
Artigo de opinião
O discurso de ódio se manifesta por meio do xingamento, que nada tem a ver com a crítica. Entenda a dife-
rença entre xingamento e crítica lendo o artigo a seguir.
Painel de leitura
2
Teoria geral do xingamento
Marcia Tiburi
17 de maio de 2018
Talvez seja necessário fundar uma nova ciência para dar conta 
de um fenômeno que tem se tornado crucial em nossa cultura co-
municacional na era das tecnologias digitais e das redes sociais. O 
objeto dessa ciência seria o fenômeno do xingamento: a conspur-
cação do outro em forma verbal, que surge em profusão nas redes, 
por meio de palavras, emoticons e outros sinais gráficos.
Nossa nova ciência, na base de uma antropologia e uma socio-
logia, deve habitar o intervalo entre o mundo da pesquisa e o mun-
do da vida simples. Geografia e estatística nos revelariam o estado 
da linguagem de ódio que sustenta o ato generalizado de xingar. 
A antropologia digital e a psicanálise poderiam auxiliar com a 
análise da cultura atual que surge na internet, mas também com a 
compreensão do tipo subjetivo do xingador.
O xingamento

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