Buscar

ENSINO FUNDAMENTAL 9º ANO_FILOSOFIA_VOLUME 04 (PROFESSOR)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

9o. ano
Volume 4
ooo
Filosofia
4
Livro do professor
Livro
didático
©Shutterstock/Cienpie
s Design 
©Shutterstock/Cienpie
s Design
Viver com justiça 2
• Quais são as maiores injustiças da atualidade?
• Que valores são imprescindíveis para se construir uma sociedade mais justa?
• Como seria viver em uma sociedade sem injustiças e desigualdades?
• Como se constrói uma sociedade mais justa?
• Só os políticos fazem política?
• O que é participação política?
©
Sh
ut
te
rs
to
ck
/A
rth
im
ed
es
Viver com justiça
4
Encaminhamento de atividade.1
2
Objetivos
• Compreender a política como uma questão de organização das coletividades.
• Valorizar e aprimorar os princípios da democracia.
• Distinguir se uma decisão está influenciada pela razão ou pela emoção.
• Enfrentar embates de forma limpa e justa com os colegas, com os pais e com os professores.
Encaminhamento de atividade e sugestão de atividades.2
Em que mundo vivemos?
Você 
já refletiu sobre a palavra 
“mundo”? Ela não é usada apenas para 
designar o planeta em que vivemos (físico ou 
natural); também pode se referir à nossa realidade 
subjetiva (mundo interior) e às relações que estabelece-
mos com os outros (mundo social). É principalmente no as-
pecto social que muitas pessoas desejam e buscam um “mundo 
melhor”. Por isso, diversos filósofos pensaram sobre o “mundo 
social”, a forma como ele se organiza e como participamos dos 
eventos que nele acontecem. Tal busca move pensamentos, con-
versas, aparecendo na Filosofia e nas Artes, assim como mostram 
os versos do músico e poeta brasileiro Oswaldo Montenegro na 
canção Intuição: “Canta uma canção daquelas, / De Filosofia / E 
mundo bem melhor”.
Por um instante, imagine quais palavras poderiam fazer 
parte de uma canção como essa... Provavelmente, entre 
elas encontraríamos “justiça”, “tolerância” e “paz”. Talvez 
até encontrássemos a palavra “política”, nomeando 
um caminho a ser percorrido em busca de re-
lações humanas mais justas, respeitosas e 
pacíficas...
Neste capítulo, você poderá refletir 
acerca dessas palavras – e até sobre os 
seus antônimos. Portanto, convidamos 
você a investigar os significados de cada 
uma delas, bem como suas causas, conse-
quências e possibilidades.©Sh
ut
te
rs
to
ck
/L
ig
ht
sp
rin
g
3
©
Co
le
çã
o 
Na
çõ
es
 U
ni
da
s, 
No
va
 Io
rq
ue
Para refletir sobre o mundo social em que vivemos, analise atentamente a obra de arte representada a 
seguir. Procure interpretar a cena imaginando situações sociais que poderiam ser simbolizadas pelo con-
junto dessa imagem e seu título.
Conexões
PORTINARI, Candido. Guerra (detalhe). 1952-1956. 1 painel (óleo sobre madeira compensada), color., 1 400 cm × 1 058 cm. Sede da ONU, 
Nova Iorque.
Encaminhamento de atividade e atividade da seção Hora de estudo.4
a) Observe as expressões das pessoas retratadas na imagem. Com base nesse aspecto, quais sentimentos 
a observação da cena provoca?
b) Que situações da atualidade provocam esses mesmos sentimentos em você? Por quê?
c) Destaque o painel Guerra do material de apoio, para analisá-lo na íntegra. Siga as orientações do 
professor a fim de fazer uma releitura da obra no contexto da atualidade. Depois, registre as suas con-
clusões no verso da folha que contém a imagem do painel.
9o. ano – Volume 44
Olhar de filósofo
O mundo social já foi tema de muitos debates ao 
longo da história, uma vez que, contraditoriamente, ao 
buscar mundos melhores, a humanidade acabou come-
tendo guerras e atrocidades. Isso levou as pessoas a pensar 
em que mundo vivemos e em que mundo queremos viver. 
No século XVII, o filósofo alemão Gottfried Wilhelm Leibniz queria saber 
qual seria o melhor dos mundos possíveis, considerando as falhas que existem 
no mundo real. Em sua investigação, ele considerou que Deus, sendo um ser su-
mamente perfeito e bom, jamais criaria um mundo imperfeito, cheio de falhas e 
contradições. Então, concluiu que o mundo em que vivemos é o melhor dos 
mundos possíveis, pois as falhas e as contradições presentes nele também fa-
riam parte de qualquer um dos mundos possíveis e imagináveis. Isso porque 
tudo o que existe tem uma razão para existir, não podendo ser diferente. Para 
Leibniz, a razão para as falhas do mundo real é o livre-arbítrio dos seres huma-
nos, que são predispostos a ações ineficientes, decisões erradas e falsas crenças.
A pronúncia de Gottfried 
Wilhelm Leibniz é Gótfrid 
Wilheélm Laibnitz.
Encaminhamento de atividade.3
O MUNDO EM QUE 
VIVEMOS É O MELHOR DOS 
MUNDOS POSSÍVEIS 
Daniel K
lein. 
201
9. D
igi
ta
l.
 1. Quais são os maiores bens e males do mundo social em que vivemos? Registre-os.
Bens Males
 2. Em qual espaço você registrou mais palavras? Por quê?
Pessoal.
 3. Na sua opinião, qual(is) é(são) a(s) origem(ns) desses bens e males?
Bens: 
Males: 
 4. Tanto o bem quanto o mal são frutos da escolha humana? Justifique a sua resposta.
Pessoal.
 5. Na sua opinião, como seria o melhor dos mundos possíveis? Descreva-o nas linhas abaixo explicando o 
que é necessário fazer para construir o mundo imaginado.
Pessoal.
Atividades
Encaminhamento de atividade.5
Pessoal.
Pessoal.
 Filosofia 5
Hora de filosofar
Considerando o pensamento de Leibniz e o mundo social em que você vive, marque sim ou 
não para cada afirmativa, justificando as suas respostas. Depois, troque ideias com os colegas e o 
professor para ampliar suas ideias.
Sim Não Por quê?
O mundo em que vivemos é o melhor dos mundos 
possíveis.
A razão dos males de nossa sociedade são as más 
escolhas das pessoas.
A razão dos bens de nossa sociedade são as boas 
escolhas das pessoas.
Os males do mundo social são inevitáveis.
Agora, complete a frase a seguir.
 
Neste diálogo, aprendi que o mundo em que vivemos
Está bom como está?
Quando observamos a realidade à nossa volta, é possível perceber que os ideais de igual-
dade, liberdade e fraternidade defendidos no período do Iluminismo, em que Leibniz viveu, 
ainda não foram alcançados em pleno século XXI. Embora muitos avanços tenham sido 
produzidos ao longo dos séculos, especialmente os tecnológicos e os científicos, nota-
mos que nem todas as pessoas do mundo usufruem desses recursos.
O pensamento de Leibniz recebeu muitas críticas; afinal, aceitar o mundo como ele 
é pode conduzir à falta de ação. A aceitação dos males e das injustiças pode ser uma 
forma de perpetuá-los no mundo social. Assim, observamos a necessidade de refletir 
sobre eles, buscando saber o que os originou e como é possível modificá-los ou, ainda, 
evitar que aconteçam.
As atitudes de pessoas e grupos ganham importância nessa reflexão. Afinal, se o otimis-
mo de Leibniz não deu conta de explicar as injustiças e as desigualdades do mundo social, o 
pessimismo também pode não ser uma boa opção. O motivo é que focar apenas os aspectos 
negativos da sociedade pode conduzir, igualmente, à falta de ação. 
Nesse sentido, alguns pensadores críticos de Leibniz buscaram alternativas que dessem con-
ta do assunto propondo ideias que levam os indivíduos não apenas a desejar um mundo 
melhor, mas a agir em busca de concretizar esse desejo. O pensador francês Voltaire se 
destacou entre esses pensadores, especialmente por sua crítica bem-humorada. É sobre 
ele que vamos falar na próxima seção! 
A pronúncia de 
Voltaire é Voltér.
Encaminhamento de atividade.6
©
Sh
ut
te
rs
to
ck
/N
Ls
ho
p
9o. ano – Volume 46
Olhar de filósofo
Nos séculos XVII e XVIII, o pensador francês Voltaire discordou do otimismo de Leibniz e pensou: Se de 
fato vivemos no melhor dos mundos possíveis, o que devemos fazer com o mal? Devemos aceitá-lo? Ou será 
que precisamos agir para evitar que ele aconteça? 
Voltaire acreditava que a aceitação dos males do mundo social levaria as pessoas à falta de ação. Isso 
porque elas acreditariam estar vivendo no melhor dos mundos possíveis, sem precisar mudá-lo em nada, 
nem mesmo quanto às injustiças e às desigualdades. 
Voltaire escreveu um romance filosófico chamadoCândido, ou o otimismo, em que satiriza o otimismo de 
Leibniz. Nessa obra, Voltaire realizou uma profunda aná-
lise do período histórico em que vivia (Iluminismo), em 
uma Europa repleta de conflitos sociais, políticos e reli-
giosos. O personagem Cândido é um jovem que cresceu 
no castelo de Vestfália. Ele recebeu educação do famoso 
Dr. Pangloss, que, em seu inabalável otimismo, acredita-
va que eles viviam no melhor dos mundos possíveis – ironizando o pensamento de Leibniz. Expulso do 
castelo em que viveu até a juventude, Cândido viu-se obrigado a viver no mundo real, que em tudo contras-
tava com a vida perfeita que tinha até então. Ele passou por uma vertiginosa sequência de desventuras, que 
reforçam o humor da obra e a crítica de Voltaire a Leibniz até que, no fim da história, finalmente ele desistiu 
daquele “otimismo metafísico”. Em vez disso, concluiu que o mundo está uma calamidade e que, a fim de 
vivermos no melhor dos mundos possíveis, seria necessário partir para o “otimismo prático”, pautado na ação 
e na solidariedade, visando sempre ao bem comum.
O chamado romance filosófico é um conto com 
elementos fabulosos, em prosa ou verso, que nar-
ra uma história com base em questões filosóficas. 
Apesar da leveza do estilo literário, ele tem pro-
fundidade filosófica singular. A obra Cândido, de 
Voltaire, é um romance filosófico em prosa. 
Encaminhamento de atividade e atividade da seção Hora de estudo.7
PARA VIVERMOS NO 
MELHOR DOS MUNDOS 
POSSÍVEIS, PRECISAMOS 
AGIR EM BUSCA DO BEM, 
DE FORMA SOLIDÁRIA!
Da
ni
el
 K
le
in
. 2
01
9.
 D
ig
ita
l.
 Filosofia 7
 1. Por que Voltaire ironizou o “otimismo metafísico” de Leibniz, na obra Cândido?
Porque ele acreditava que a máxima “vivemos no melhor dos mundos possíveis” levaria as pessoas à falta de ação, aceitando os males
presentes no mundo social, como se fossem naturais e necessários.
 2. Redija um texto dissertativo argumentativo, resolvendo as seguintes questões:
a) Diferencie o “otimismo metafísico” de Leibniz do “otimismo prático” de Voltaire.
b) Com qual dos pensadores você concorda: Leibniz ou Voltaire? Por quê?
Organize as ideias 
Encaminhamento de atividade.8
Encaminhamento de atividade.9Conexões
Os pensamentos de Leibniz e Voltaire nos levam a refletir so-
bre duas formas de encarar o mundo e as situações que aconte-
cem ao longo da vida. Descubra quais são elas analisando a obra 
de arte a seguir e o título dela, com a turma e o professor.
 1. Anote nas linhas as duas formas que você identificou na 
análise da obra e escreva as características de cada uma.
Esperamos que os alunos identifiquem, na leitura da obra e do título, o
pessimismo e o otimismo como as duas formas de encarar o mundo. O 
pessimismo é a tendência a pensar de forma negativa, considerando 
apenas os aspectos desfavoráveis de uma situação. Já o otimismo é, ao contrário, a tendência a pensar de forma positiva, valorizando 
apenas os aspectos favoráveis de uma situação.
 2. Quais são as vantagens e as desvantagens de cada uma dessas visões de mundo?
Pessimismo Otimismo
Vantagens
Desvantagens
 3. Você se identifica mais com o pessimismo ou com o otimismo? Por quê?
Pessoal.
 
©
Ga
le
ria
 N
ac
io
na
l d
e 
Ar
te
 M
od
er
na
 e
 C
on
te
m
po
râ
ne
a, 
Ro
m
a
BALLA, Giacomo. Pessimismo e otimismo. 1923. 1 óleo 
sobre tela, color. 115 cm × 176 cm. Galeria Nacional de Arte 
Moderna e Contemporânea, Roma.
9o. ano – Volume 48
Informações complementares.10
• Mulheres idosas em uma cidade 
francesa bombardeada na Segunda 
Guerra Mundial
Olhares sobre a guerra
Um olhar otimista para o mundo pode revelar seus aspectos positivos, assim como as possibilidades de 
melhorias. Mesmo assim, um olhar mais atento pode conduzir a um tema explorado em verso e em prosa, nas 
histórias em quadrinhos, em filmes e em outras obras de arte. Ele é imaginado, visto ou descrito com desapro-
vação, mas algumas pessoas também o consideram um “mal necessário”. Podemos identificar sua presença no 
decorrer da história e encontrar inúmeros relatos sobre ele. Estamos falando da guerra.
Esse tema se refere a um antigo problema da humanidade, que surge como forma de relacionamento entre 
pessoas, povos e países. Essa escolha é combatida por pensadores e pacifistas, entendendo que:
• a guerra nunca é uma boa maneira de resolver qualquer situação de conflito;
• sua prática é inaceitável, por causa das destruições que provoca.
A guerra, muitas vezes, é entendida como uma violência física, em grandes proporções, entre nações ou 
entre membros de uma mesma nação (guerras civis, revoluções). Mas também pode significar uma disputa, 
uma discórdia ou um tratamento hostil.
Dessa maneira, as práticas de guerra que empregam armas se sustentam pela disputa de poder, gerando a 
opressão de um grupo sobre outro. Por outro lado, guerrear é uma maneira de reagir às diferenças, de rejeitar e 
de agredir aquilo de que se discorda. Trata-se de intolerância, mesmo quando certas causas sociais, políticas, reli-
giosas, econômicas, territoriais ou a falta de justiça são utilizadas como argumentos para justificar os confrontos.
No decorrer do tempo e na tentativa de se alcançar a vitória em combates, desenvolveram-se muitas teorias, 
tecnologias e práticas para guerrear. Isso nos leva a pensar em diferentes “culturas de guerra”, ou seja, conheci-
mentos e técnicas adquiridos e organizados para esse fim. É o que pode ser observado, por exemplo, quando 
comparamos os antigos enfrentamentos “corpo a corpo” às estratégias mais atuais, como “apertar botões” e 
explodir bombas a distância...
Alguns pensadores avaliam que, mesmo sendo indesejável, uma guerra é legítima quando se tem a paz por 
meta, como uma tentativa de reverter um quadro de injustiça. Para tais pensadores, no entanto, ela deve ser 
um “último recurso”, utilizado apenas quando já se tentaram métodos, estratégias e esforços não violentos sem 
sucesso para se alcançarem determinados objetivos. Logo, a intenção dos confrontos deve ser considerada cer-
ta e justa, pois ganhos materiais, vingança e alegria por uma conquista não podem validar a prática da guerra.
©
Sh
ut
te
rs
to
ck
/E
ve
re
tt 
Hi
st
or
ic
al
 Filosofia 9
Hora de filosofar
Além de possíveis justificativas, que outros aspectos sobre a guerra podem ser abordados? Re-
flita e elabore questões para discutir a respeito do tema, incluindo novos aspectos em sua reflexão. 
Registre-as no espaço a seguir e apresente-as aos colegas e ao professor nesse diálogo filosófico.
Encaminhamento de atividade.11
Ética e cidadania 
Talvez você já tenha se deparado com a “cultura da guerra” em momentos de lazer e diversão. Existem, por 
exemplo, diversos jogos que utilizam o tema para o desenvolvimento de habilidades estratégicas ou mesmo 
como uma dinâmica para brincadeiras e competições. Nesses contextos, são exercitados a competitividade, 
a rivalidade, as energias física e mental, a necessidade de enfrentar desafios, o desejo de vencer e conquistar. 
Assim, algumas características pessoais e sociais do ser humano são focalizadas em atividades que se referem à 
guerra, mas sem as implicações de uma guerra “real”. Você já se perguntou qual a repercussão dessas atividades 
sobre os pensamentos e a convivência?
Observando a presença da guerra em atividades de entretenimento, elabore um texto dissertativo sobre 
suas próprias reflexões a respeito do tema. Encaminhamento de atividade.12
• Crianças jogando xadrez • Jogo batalha-naval
©
P.I
m
ag
en
s/
Pi
th
©
Sh
ut
te
rs
to
ck
/S
hi
no
bi
9o. ano – Volume 410
Em que mundo queremos viver?
Por causa dos avanços científicos e tecnológicos dos últimos séculos, vivemos em um mundo marcado 
pelo conhecimento e pelo progresso em muitas áreas. Por outro lado, ainda temos muito a avançar no que se 
refere à justiça social, já que milhões de pessoas permanecem à margem dos conhecimentos e dos benefícios 
conquistados pela humanidade.
Leis, documentos e acordos entre as nações estabelecemigualdade de direitos. Contudo, um olhar mais 
atento para a realidade encontra inúmeros exemplos de desigualdade e injustiça, mesmo em relação aos direi-
tos fundamentais, como saúde, moradia, educação e segurança. 
Pensando nas desigualdades presentes no mun-
do social, o cantor e compositor inglês John Lennon 
(1940-1980) escreveu uma canção chamada Imagine. 
Nela, Lennon sonhava com um mundo sem frontei-
ras, sem desigualdades, onde as pessoas viveriam em 
paz. O refrão dessa canção, em tradução livre, diz que 
“Posso ser um sonhador, mas não sou o único. Espero 
que um dia você se junte a nós e o mundo será um 
só”. O sonho de um mundo melhor também faz parte 
da investigação de muitos filósofos, como você verá 
a seguir.
Olhar de filósofo
A pronúncia de 
Thomas More é 
Tômas Mór.
Que relação podemos estabelecer entre a Filosofia e o mundo em que vivemos? Essa é uma pergunta 
que muitos pensadores já levantaram, chegando a diferentes respostas. Alguns concluíram que filosofar é 
compreender como as coisas realmente são. Outros concluíram que se trata de questionar como elas pode-
riam e como deveriam ser. Portanto, além de observar o “mundo real”, esses filósofos refletiram sobre outros 
“mundos possíveis”. Conheça as ideias de alguns deles.
Thomas More – Inglaterra, século XVI
More imaginou e descreveu uma ilha em que as relações humanas fossem harmonio-
sas, pacíficas e justas. Deu a essa ilha o nome de Utopia (que significa “sem lugar” ou “lugar 
nenhum”) e destacou a ausência da propriedade de bens materiais entre os cidadãos uto-
pianos. Desde então, a palavra “utopia” passou a ser utilizada com dois sentidos principais:
• projeto impossível de se realizar;
• ideal que move as ações humanas, como um horizonte do qual as pessoas tentam se aproximar.•• ideal que move as ações humanas, como um horizonte do qual as pessoas tentam se aproximar.
AUSÊNCIA DE 
PROPRIEDADE PRIVADA: 
UMA UTOPIA!
Informações complementares.13
Dan
iel K
lein
. 20
19
. D
igi
ta
l.
©
Sh
ut
te
rs
to
ck
/M
ill
es
 S
tu
di
o
 Filosofia 11
A pronúncia de Jean-
-Jacques Rousseau é 
Jân Jác Russô.
John Rawls – Estados Unidos, século XX
Rawls imaginou um modo de alcançar a sociedade que ele considerava a mais 
justa possível: criar uma política para compensar e corrigir injustiças herdadas do 
passado. Assim, deveriam ser estabelecidas leis e ações que dessem prioridade 
aos menos favorecidos a fim de ampliar suas oportunidades sociais. Enquanto 
isso, os mais favorecidos deveriam diminuir suas expectativas de crescimento 
econômico, a fim de promover a igualdade de oportunidade para se progredir.
SE VOCÊ NÃO SOUBESSE QUAIS 
SERIAM SUAS CONDIÇÕES NATURAIS 
E O LUGAR QUE OCUPARIA NO MUNDO 
SOCIAL, GOSTARIA DE VIVER EM 
UMA SOCIEDADE QUE OFERECESSE 
OPORTUNIDADES IGUAIS OU 
DESIGUAIS PARA SEUS MEMBROS?
A pronúncia de 
John Rawls é Djôn 
Róls.
ldade de oportunidade para se progredir.
Jean-Jacques Rousseau – França, século XVIII
Rousseau imaginou como teria sido a vida das pessoas antes que a primeira 
delas cercasse um terreno, afirmando-se proprietária dele. Segundo esse filósofo, 
o grande erro das outras pessoas foi acreditar nisso, o que gerou as desigualdades 
sociais, os privilégios e a exploração de uns sobre os outros. Para diminuir essas 
injustiças, ele acreditava que as decisões políticas deveriam considerar a vontade 
geral do povo, e não apenas os interesses de alguns privilegiados.
TEMOS DIFERENÇAS 
NATURAIS, MAS A 
DESIGUALDADE SOCIAL 
FOI CRIADA PELOS SERES 
HUMANOS!
Da
ni
el
 K
le
in
. 2
01
9.
 D
ig
ita
l.
Da
ni
el
 K
le
in
. 2
01
9.
 D
ig
ita
l.
9o. ano – Volume 412
 1. Após conhecer as ideias desses três filósofos, escolha um deles como referência para um exercício de 
reflexão. Imagine como seria a vida das pessoas em um dos seguintes “mundos possíveis”. Depois, com-
partilhe com a turma as suas ideias.
• Considerando as ideias de More, imagine como seria viver em uma sociedade pacífica e sem proprie-
dade dos bens materiais.
• Considerando as ideias de Rousseau, imagine como seria viver em uma sociedade em que a vontade 
geral do povo prevalecesse sempre sobre os privilégios.
• Considerando as ideias de Rawls, imagine como seria viver em uma sociedade em que a condição social de 
cada pessoa dependesse apenas de suas escolhas, não sendo determinada pelas diferenças de oportunidades.
 2. Agora, registre sua resposta pessoal para esta questão:
• O que é uma sociedade justa? Explique.
Encaminhamento de atividades e atividade 
da seção Hora de estudo.
14
Atividades
1. Em cada item a seguir, reflita e discuta se é um tipo de sociedade possível ou impossível de se realizar.
• Se julgarem impossível, digam o porquê.
• Se julgarem possível, digam o que precisa ser feito para que ela de fato se realize.
Encaminhamento de atividade.15
Ética e cidadania 
2. Para aprofundar suas reflexões sobre desigualdade e justiça social, considere as afirmações do escritor 
brasileiro Reinaldo Bulgarelli, preocupado com a justiça e os direitos humanos. 
a) Uma sociedade livre da miséria.
b) Uma sociedade totalmente igualitária (sem 
classes sociais).
c) Uma sociedade em que não haja propriedade 
de bens materiais.
d) Uma sociedade mais preocupada com as pes-
soas do que com o dinheiro.
e) Uma sociedade em que todo trabalho seja 
agradável e reconhecido.
f) Uma sociedade em que todos tenham seus 
direitos respeitados.
g) Uma sociedade com oportunidades iguais 
para todos.
h) Uma sociedade justa.
Um mundo que gera excluídos não é perfeito. Cada excluído é uma denúncia de que o mundo 
dos incluídos apresenta algum problema.
BULGARELLI, Reinaldo. Diversos somos todos: valorização, promoção e gestão da diversidade nas organizações. São Paulo: Editora de Cultura, 2008.
Com base na leitura das afirmações apresentadas e em sua reflexão a respeito delas, produza um texto com 
suas próprias respostas às seguintes questões:
• Por que existem desamparados e excluídos em nosso mundo, apesar de tantos avanços?
• A desigualdade e os privilégios sociais podem ser totalmente superados? Por quê?
 Filosofia 13
Olhares sobre a paz
Olhar para a realidade, na qual identificamos conflitos, exclusão e desamparo, abre a possibilidade de 
refletirmos sobre os contrastes nas condições em que se encontra a humanidade: alguns com oportunida-
des de realização social e pessoal, enquanto muitos são excluídos delas. Como as pessoas podem reagir ao 
identificar tais situações? Como podem se expressar ao se sentirem desamparadas e excluídas? Será que 
sentimentos, reflexões e atitudes podem, em certa medida, revelar como cada pessoa vê o mundo e a si 
mesma nele?
A paz é um tema que pode ser pensado quando se está à sua procura, mas também quando percebemos 
que ela está sendo ignorada. Se algumas pessoas consideram a guerra legítima quando ela ocorre em busca da 
paz, o que entendem por “paz”? E você, já se perguntou quais os significados dessa palavra?
Considerada, em um primeiro momento, como tranquilidade, a paz também pode ter o sentido de ausência 
de guerra e conflito. Seu conceito, analisado de forma mais profunda, refere-se ainda à realização plena dos 
potenciais das pessoas (nos aspectos mental, social e emocional), levando-as à superação das dificuldades e da 
violência. 
Outro aspecto que pode ser identificado na complementação desse conceito é a ideia de comunhão (uma 
“comum união”), quando a convivência é vista como uma condição para efetivar a paz. Nessa maneira de olhar, 
uma paz sem os outros, mantida pelo isolamento da pessoa, que ignora as condições dos demais indivíduos ao 
seu redor, é parcial e muito frágil. 
Portanto, podemos ver a paz como 
uma conquista social, participativa, que 
exige manutenção e cuidado. E, com ela, 
é provável encontrarmos os termos “to-
lerância”, “respeito”, “empatia” e “diálogo”. 
Eles representam valores importantes 
para os que priorizam a paz nas relações 
com os outros, esforçando-se para cons-
truir uma “cultura da paz”.Essa prática 
deveria receber muito mais incentivos 
e méritos pela contribuição que oferece 
à sociedade. Afinal, uma “cultura da paz” 
torna-se condição para a sobrevivência 
da humanidade: sem ela, a guerra des-
truiria tudo!
Atividade da seção Hora de estudo.16
Na tentativa de representar a paz, de forma simbólica, as diversas culturas do mundo 
utilizaram-se de objetos, como a bandeira branca, e de imagens, como a pomba branca.
©
Sh
ut
te
rs
to
ck
/A
lfo
ns
o 
de
 To
m
as
©
Sh
ut
te
rs
to
ck
/L
itt
le
pe
rfe
ct
st
oc
k
9o. ano – Volume 414
 1. Ao expressarmos às demais pessoas nossa visão de mundo e de como nos enxergamos, construímos uma 
rede de relações, formada por aquilo que comunicamos e pelos modos como o fazemos e somos entendi-
dos. Pensando nisso, observe atentamente o detalhe de outro painel do artista brasileiro Candido Portinari, 
produzido para decorar o saguão da sede da ONU, em Nova Iorque, com seu par, o painel Guerra. 
Conexões
PORTINARI, Candido. Paz (detalhe). 1952-1956. 1 painel (óleo sobre madeira compensada), color., 1 400 cm × 953 cm (irregular). 
Sede da ONU, Nova Iorque.
 2. Depois de analisar os detalhes da imagem, troque ideias com os colegas e o professor usando as seguintes 
perguntas como roteiro:
• O que você supõe que as pessoas retratadas nessa obra pensam?
• Quais sentimentos parecem estar representados?
• Será que essas pessoas estão em uma situação de paz interior ou de falta dela? 
3. Circule, a seguir, palavras relacionadas à obra de arte analisada acima. Depois, escreva um texto que con-
tenha as palavras assinaladas.
Encaminhamento de atividade.17
CONFLITO DISCÓRDIA TRANQUILIDADE SOSSEGO
HOSTILIDADE SEGURANÇA MEDO CALMA
TRISTEZA ALEGRIA VIOLÊNCIA VIDA
©
Co
le
çã
o 
Na
çõ
es
 U
ni
da
s, 
No
va
 Io
rq
ue
 Filosofia 15
YUKA, Marcelo. Minha alma (A paz que eu não quero). Intérprete: O Rappa. In: O RAPPA. Perfil. Rio de Janeiro: Som Livre, 2009. 
1 CD, digital, estéreo. Faixa 1.
ROSA, Samuel; AMARAL, Chico. Pacato cidadão. Intérprete: Skank. In: SKANK. Calango. Rio de Janeiro: Chaos Recordings, 1994. 
1 CD, digital, estéreo. Faixa 11.
 4. Com um novo olhar, relacione a imagem que você observou com estes versos de algumas músicas 
brasileiras:
• Com base nas relações estabelecidas nas atividades anteriores, expresse seus pensamentos. Para isso, 
crie uma frase ou um verso que represente seu próprio olhar sobre a presença ou a ausência da paz 
pessoal ou social.
 5. Destaque o painel Paz, de Candido Portinari, que está no material de apoio, para analisar outros 
detalhes da obra. Contraste-o com o painel Guerra, também exposto no saguão da ONU, em Nova 
Iorque, observando as diferenças entre eles. No verso da folha, produza um cartaz que se remeta à ideia 
de paz para expor no mural da escola.
M
ar
co
s G
ui
lh
er
m
e.
 2
01
1.
 D
ig
ita
l.
9o. ano – Volume 416
Hora de filosofar
É essencial refletir sobre guerra e paz, percebendo como esses temas se relacionam com a 
nossa vida. Sendo assim, utilize as questões a seguir para apresentar suas ideias acerca dos temas 
e também ouvir as dos colegas, com a orientação do professor:
• Quais os valores relacionados à guerra e à paz?
• Qual o seu olhar para as práticas de guerra e de paz que nos atingem diariamente?
• É possível viver sem guerra?
• É possível viver sem paz?
• Qual valor você identifica como fundamental para a superação da guerra?
• Qual valor você identifica como fundamental para a permanência da paz?
Após esse diálogo, registre as conclusões a que você chegou sobre a guerra e a paz por meio 
de tópicos.
O valor da tolerância
A tolerância é um valor frequentemente relacionado às práticas que promovem 
a paz. Já a sua ausência, ou o seu inverso, a intolerância, vincula-se às práticas de 
marginalização, exclusão, violência, discriminação e se aproxima, de maneira drás-
tica, das formas de guerra, sendo uma de suas principais causas. Logo, encontrar 
o significado de tolerância e perceber suas formas de aplicação podem contribuir 
para melhorar a convivência entre as pessoas.
Talvez saber o que significa tolerância não seja o suficiente para adotá-la na 
convivência. Mas considerar sua importância pode ser o primeiro passo. Além disso, 
observá-la nas atitudes dos outros e exercitá-la nos nossos atos ajudam na compreen-
são e na demonstração de que ela se constitui algo maior do que discursos e palavras.
m 
-
as
Encaminhamento de atividade.18
©Shutterstock/Anatolir
 Filosofia 17
Observe a tabela a seguir e reflita sobre os exemplos de atitudes que exprimem tole-
rância, pouca tolerância e intolerância. Avalie e comente tais exemplos com os colegas.
É TOLERANTE, MAS POUCO... É REALMENTE TOLERANTE... É REALMENTE INTOLERANTE...
O que não ataca os que pensam 
diferente dele.
O que se aproxima dos que 
pensam diferente dele.
O que se alheia dos que pensam 
diferente dele.
O que crê que faz parte da porção sadia 
da sociedade.
O que crê que todos têm 
virtudes e defeitos.
O que professa que há raças ou 
culturas superiores a outras.
O que pensa “É uma pena que eles sejam 
como são”.
O que pensa: “Por sorte, somos 
todos como somos”.
O que quer que todo mundo pense 
igual (igual a ele, claro).
O que gosta de responder. O que gosta de perguntar. O que não quer escutar.
PONS, Esteve P. I. Valores para a convivência. São Paulo: A Girafa, 20 06. p. 104. Encaminhamento de atividade.19
Encaminhamento de atividade.20
Atividades
Ética e cidadania 
Nas relações internacionais, encontramos acordos de paz, ou seja, tentativas de acabar ou ao menos dimi-
nuir a violência por meio do diálogo. Algumas instituições e lideranças auxiliam nesses processos, buscando e 
sugerindo estratégias de convivência pacífica, baseadas na tolerância.
Por isso, em 1995, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) lançou o 
Ano Internacional da Tolerância e instituiu 16 de novembro como Dia Internacional da Tolerância. Tal organização 
também apresentou uma Declaração de Princípios sobre a Tolerância. Esta foi aprovada pelos estados-membros 
para promover melhor compreensão e ampliar a prática desse valor na convivência entre os indivíduos e os povos.
Leia um trecho desse documento, que apresenta algumas definições fundamentais.
Declaração de Princípios sobre a Tolerância
[...]
Artigo 1°. – Significado da tolerância
1.1. A tolerância é o respeito, a aceitação e o apre-
ço da riqueza e da diversidade das culturas de nosso 
mundo, de nossos modos de expressão e de nossas 
maneiras de exprimir nossa qualidade de seres hu-
manos. É fomentada pelo conhecimento, a abertura 
de espírito, a comunicação e a liberdade de pensa-
mento, de consciência e de crença. A tolerância é a 
harmonia na diferença. Não só é um dever de ordem 
ética; é igualmente uma necessidade política e jurídi-
ca. A tolerância é uma virtude que torna a paz possível 
e contribui para substituir uma cultura de guerra por uma 
cultura de paz.
-
el 
uma 
©Shutterstock/Avem
ara
9o. ano – Volume 418
Hora de filosofar
1.2. A tolerância não é concessão, condescendência, indulgência. A tolerância é, antes de 
tudo, uma atitude ativa fundada no reconhecimento dos direitos universais da pessoa humana e 
das liberdades fundamentais do outro. Em nenhum caso a tolerância poderia ser invocada para 
justificar lesões a esses valores fundamentais. A tolerância deve ser praticada pelos indivíduos, 
pelos grupos e pelo Estado.
1.3. A tolerância é o sustentáculo dos direitos humanos, do pluralismo (inclusive o pluralismo 
cultural), da democracia e do Estado de Direito. Implica a rejeição do dogmatismo e do absolutismo 
e fortalece as normas enunciadas nos instrumentos internacionais relativos aos direitos humanos.
1.4. Em consonância ao respeito dos direitos humanos, praticar a tolerância não significa 
tolerar a injustiça social, nem renunciar às próprias convicções, nem fazer concessões a respeito. 
A prática da tolerância significa que toda pessoatem a livre escolha de suas convicções e aceita 
que o outro desfrute da mesma liberdade. Significa aceitar o fato de que os seres humanos, que se 
caracterizam naturalmente pela diversidade de seu aspecto físico, de sua situação, de seu modo 
de expressar-se, de seus comportamentos e de seus valores, têm o direito de viver em paz e de ser 
tais como são. Significa também que ninguém deve impor suas opiniões a outrem. [...]
1. A proposta agora é refletir e dialogar sobre o conceito da tolerância, sua prática e sua impor-
tância. Participe de um diálogo filosófico com o auxílio das questões sugeridas e, principal-
mente, elaborando suas próprias reflexões a respeito do tema.
• É possível ser tolerante nos ambientes em que vivemos (sala de aula, casa, ambientes de lazer)?
• Você já presenciou uma situação em que identificou a tolerância?
• Pessoas podem ajudar umas às outras a serem mais tolerantes?
• A tolerância pode ser aprendida ou ensinada?
• A tolerância depende de (ou está associada a) quais outros valores?
• É possível ser totalmente tolerante?
• Leis podem ser intolerantes?
• É possível querer ser tolerante e não conseguir?
• Pode haver tolerância sem empatia?
• Pode haver tolerância sem diálogo?
• Como combater a intolerância?
 2. Registre suas principais ideias sobre esse diálogo filosófico.
UNESCO. Declaração de princípios sobre a tolerância. 1995. Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/UNESCO-
Organiza%C3%A7%C3%A3o-das-Na%C3%A7%C3%B5es-Unidas-para-a-Educa%C3%A7%C3%A3o-Ci%C3%AAncia-e-Cultura/declaracao-de-
principios-sobre-a-tolerancia.html>. Acesso em: 15 jan. 2019.
O que mais lhe chamou a atenção na leitura de cada um dos itens dessa declaração? Por quê?
• Item 1.1 • item 1.2 • item 1.3 • item 1.4
Encaminhamento de atividade.21
 Filosofia 19
Essa tal de política...
Vimos que, algumas vezes, a tolerância surge como prática. Mas ainda há situações em que ela permanece 
como um ideal a ser alcançado. Observamos ainda que ela não é algo isolado, pois se conecta com outros as-
pectos da vida social. Pensando nisso, identifique de que modo ela se relaciona com a política.
Até aqui, você pôde perceber que muitas leis, acordos e documentos defendem ideais coletivos, como a 
justiça social, a paz e a tolerância. Isso mostra que, além de serem sonhos ou ideais, as leis se relacionam com 
a política. Afinal, os esforços para realizá-las e os obstáculos a essa realização nascem, muitas vezes, de deci-
sões e ações políticas. Isso significa que a justiça, a paz e a tolerância dependem das relações de poder entre os 
indivíduos e os povos e também da participação de cada um nas escolhas que dizem respeito à vida de todos.
É um grande engano entender a política como “coisa de político”, 
como algo que cabe apenas aos que foram eleitos para exercer cargos 
de governo. Afinal, quem os elege somos nós. Por meio do voto, con-
cedemos a essas pessoas o poder político, ou seja, a possibilidade de 
elaborar leis que interferem em nossas vidas, bem como executá-las e 
fiscalizar seu cumprimento. Além disso, não somos apenas indivíduos 
com interesses particulares, mas cidadãos, com interesses coletivos. 
Em nome desses interesses é que devemos escolher e eleger nossos 
governantes. 
No Brasil, o voto é permitido a partir dos 16 anos e obrigatório a 
partir dos 18. Portanto, em breve, você poderá exercer esse direito pelo 
qual tantas pessoas lutaram no decorrer da história. Você se sente pre-
parado para assumir essa responsabilidade? Compreende que o ato de 
votar pode ser uma contribuição para o “mundo melhor”, tão desejado 
pelas pessoas? 
Por outro lado, votar não é a única maneira de participarmos da 
política e exercermos poder. Você sabia que o sentido geral da palavra 
“poder” é “capacidade ou possibilidade de agir”? 
©
Sh
ut
te
rs
to
ck
/E
ds
on
 G
ar
ci
a
O direito ao voto, universal, secreto em eleições 
e plebiscitos, é uma grande conquista política do 
povo brasileiro. Ele permite maior participação 
nas decisões de interesse coletivo. Por isso, 
é fundamental exercer esse direito de forma 
consciente e responsável.
Reflexão divertida 
Considerando a definição de poder vista anteriormente, reflita sobre as chances de participação política que 
você já tem, mesmo antes de se tornar um eleitor. Quer alguns exemplos? Então, considere as seguintes ques-
tões para avaliar seus próprios gostos, suas atitudes e escolhas:
QUANDO UTILIZA UM BEM 
PÚBLICO, VOCÊ TOMA O MESMO 
CUIDADO QUE DEDICA AOS 
SEUS OBJETOS PARTICULARES 
OU AGE COMO SE ELE NÃO 
PERTENCESSE A NINGUÉM?
AO CONVIVER COM OS OUTROS, 
VOCÊ RESPEITA DIFERENTES 
OPINIÕES E MODOS DE SER 
OU PROCURA IMPOR AS SUAS 
IDEIAS E VONTADES?
Encaminhamento de atividade e atividade da seção Hora de estudo.22
OP
OU P
Ilu
st
ra
çõ
es
: D
ek
o.
 2
01
1.
 D
ig
ita
l.
9o. ano – Volume 420
COMO VOCÊ 
REAGE ÀS PIADAS 
PRECONCEITUOSAS 
QUE OUVE NO DIA A 
DIA? 
QUAIS SÃO AS SUAS 
MÚSICAS, OS SEUS JOGOS, 
FILMES E PROGRAMAS DE TV 
PREFERIDOS? 
JÁ PERCEBEU QUE, AO LHES 
DAR A SUA AUDIÊNCIA (E ATÉ 
O SEU DINHEIRO, ADQUIRINDO 
PRODUTOS RELACIONADOS A 
ELES), VOCÊ EXERCE O PODER 
DE DIVULGAR OS VALORES, 
POSITIVOS OU NEGATIVOS, 
QUE ELES REPRESENTAM?
PROCURA EVITÁ-LAS 
OU CONTRIBUI PARA 
A SUA DIVULGAÇÃO E 
POPULARIDADE?
Cada uma das escolhas diárias que você acabou de ver é também uma decisão política, visto que repercute 
na convivência, favorecendo ou contrariando os direitos das pessoas. O mesmo acontece quando decidimos 
entre esperar pelas ações dos governantes, em prol de nossos direitos e necessidades, e nos organizar para 
solicitar essas ações e fiscalizar seu cumprimento. Isso acontece ainda em relação às oportunidades de lide- 
rança que se apresentam em nossa vida comunitária. Diante delas, podemos escolher entre o desejo de nos 
destacarmos, obtermos vantagens, sermos obedecidos e o compromisso de defendermos os interesses do gru-
po que representamos (colegas de sala, moradores do bairro, etc.). Mais uma vez, estamos falando de política.
Sugerimos a você que reflita sobre todas essas decisões, preparando-se para uma 
participação política mais consciente, por meio do voto, de escolhas pessoais e de 
ações comunitárias. Afinal, esses são os caminhos para beneficiar a si próprio e aos ou-
tros, deixando sua contribuição para um mundo socialmente mais justo.
Atividades
No decorrer do tempo, a política assumiu diversas formas. Entre elas, a tirania, na qual alguém converte 
suas vontades em leis usando a força para que elas sejam cumpridas pelos demais.
Contra esse tipo de atitude, foram criados alguns instrumentos democráticos, permitindo a maior parti-
cipação das pessoas nas decisões que afetam suas vidas. Mas é preciso conhecê-los e aplicá-los, a fim de 
evitar abusos de quem exerce algum tipo de liderança ou poder.
Esse é um direito que deve ser garantido a todas as gerações, inclusive à sua. Portanto, reúna-se com os 
colegas e, seguindo a orientação do professor, pesquisem e divulguem o significado e um exemplo de 
cada um dos instrumentos democráticos listados a seguir.
• Eleição;
• plebiscito;
• partido político;
• movimento social;
• organização não governamental;
• política pública.  Encaminhamento de atividade.23
Ilu
st
ra
çõ
es
: D
ek
o.
 2
01
1.
 D
ig
ita
l.
 Filosofia 21
Ética e cidadania 
Em jornais e revistas atuais, localize imagens de cidadãos comuns em atitudes que representem formas de 
exercício da política. Essas imagens devem ser organizadas em um painel, incluindo legendas que descrevam 
os fatos e demonstrem o seu valor político. Encaminhamento de atividade.24
Hora de filosofar
1. Filosofar é refletir, questionar e discutir o que vemos e ouvimos. Você poderá debater as ques-
tões a seguir com os colegas, mas não deixe de elaborar novas perguntas, a fim de discutir 
também suas dúvidas e ideias!
• O que acontece quando a política fica apenas a cargo de nossos representantes?
• O poder deve ser distribuído aos cidadãos?• É possível abrir mão dos próprios interesses em favor do bem coletivo?
• Todo ser humano pode ser considerado um “político”? Por quê?
• A democracia é a melhor forma de fazer política?
• Qual deve ser o papel do diálogo na política?
• Por que existem relações de poder, mando e obediência entre as pessoas?
• Como você define poder?
• É possível viver sem política?
• Como você define política?
2. Após o diálogo, registre, com suas palavras, uma definição de poder e outra de política.
Poder Política
Encaminhamento de atividade.25
Estamos encerrando um ciclo de estudos de Filosofia. Mas esta é apenas uma etapa, que será seguida por outras, marca-
das por novos temas e novas formas de refletir sobre eles.
Até o momento, buscamos provocar você a pensar por si mesmo, considerando as ideias dos outros, mas procurando 
suas próprias conclusões. Desejamos que essa base o ajude a investigar e compreender as ideias interessantes e as 
teorias complexas, propostas por filósofos de todas as épocas. Prepare-se para “dialogar” com eles, ampliando sua visão 
da realidade que nos cerca!
9o. ano – Volume 422
Hora de estudo
 1. Releia a frase a seguir, retirada do texto da página 4.
Para Leibniz, a razão para as falhas do mundo real é o livre-arbítrio dos seres humanos, que são 
predispostos a ações ineficientes, decisões erradas e falsas crenças.
a) Você concorda que as falhas do mundo real provêm das ações humanas, como pensava Leibniz? 
Justifique a sua resposta.
Pessoal.
b) Segundo Leibniz, as escolhas humanas podem levar a algumas ações indesejadas. Defina cada uma 
das ações mencionadas no trecho lido com relação às falhas nessas escolhas.
• Ações ineficientes:
Sugestão de resposta: são ações que não alcançam o objetivo esperado.
 
• Decisões erradas:
Sugestão de resposta: são escolhas que podem gerar consequências indesejadas.
 
• Falsas crenças:
Sugestão de resposta: são enganos de julgamento que levam as pessoas a acreditar em ideias falsas ou errôneas.
 
c) Que razões poderiam levar as pessoas a cometer essas falhas?
Sugestão de resposta: interesses pessoais, falta de conhecimentos, falta de planejamento, más intenções nas propostas, etc.
Encaminhamento de atividade.26
23
Imagine o que pode ter acontecido ao professor Pangloss. Será que ele manteve seu otimismo apesar de 
suas desventuras? Escreva a continuidade do texto, pressupondo a razão pela qual o professor se encon-
trava naquela situação. Na conclusão do seu texto, conte se ele manteve o otimismo de sempre ou se ele 
mudou de ideia e por quê.
 3. De acordo com os pensamentos de Thomas More, Jean-Jacques Rousseau e John Rawls, relacione as 
colunas corretamente.
a) Thomas More
b) Jean-Jacques Rousseau
c) John Rawls
( c ) A ampliação das oportunidades sociais favorece a diminuição das desigualdades.
( b ) As desigualdades sociais são causadas pelos seres humanos.
( a/b ) A propriedade privada de bens é a causa das desigualdades entre as pessoas.
( a ) Imaginou um mundo sem desigualdades sociais, em que as pessoas viviam felizes.
( c ) Para corrigir as desigualdades sociais herdadas do passado, é preciso criar leis que possibilitem a 
reversão desse quadro.
( a ) Utopia significa tanto algo impossível de acontecer quanto algo desejável.
 2. No conto filosófico Cândido, ou o otimismo, Voltaire conta a história do herói Cândido. Trata-se de um jo-
vem sem maldade nenhuma no coração, que foi expulso do castelo em que vivia por se apaixonar pela linda 
baronesa, de nome Cunegundes, filha do Barão de Vestfália. Em seguida, o castelo foi devastado por uma in-
vasão e todos os que nele habitavam se perderam pelo mundo; uns morreram, outros viveram as desventuras 
do mundo real. Ao se deparar com a realidade, Cândido viu guerra, violência, intolerância e muita crueldade, 
narrados de forma cômica, contrariando a filosofia de seu querido professor, Pangloss, que afirmava que o 
“mundo está bom como está”. Ao fugir desse cenário horrendo, ele se depara com a seguinte situação:
[...]
Certa vez, indo levar um recado noutra rua, deu de cara com um homem, verdadeiro desgraça-
do, pois tinha o nariz roído, os olhos muito mortiços, uma tosse, uma ronqueira, os dentes todos 
quebrados e, ainda por cima, mancava. Cândido não tirava os olhos dele. Quem seria o infeliz?
Cândido, arrebatado muito mais por compaixão e pena do miserável, vendo à sua frente o man-
quitola, meteu logo a mão no bolso e, disposto, lhe passou o que de seu possuía. O coitado olhou 
para ele. Não se contendo, chorou. Num pulo, deu grande abraço no rapaz que, assustado, gritou 
mesmo de pavor.
– Diabo, chega pra lá! – disse Cândido empurrando para um canto o infeliz.
O mendigo retrucou:
– Mas você não me conhece?! Sou seu velho professor! Sou Pangloss, meu bom rapaz! Que bom 
encontrá-lo aqui!
– Deus do céu, meu caro mestre! O que foi que aconteceu? Quanta desgraça no corpo! [...]
VOLTAIRE. Cândido, ou o otimismo. Adaptação de José Arrabal. São Paulo: Scipione, 1994. p. 20-21.
24
a) Você pratica alguma(s) dessas ações? Qual(is)? Caso não pratique, qual gostaria de praticar? 
Pessoal. Além de indicar as ações que os alunos já praticam, eles podem mencionar mais detalhes da experiência.
b) Qual ação listada no Manifesto 2000 você considera mais difícil de praticar? Por quê?
Pessoal, acompanhada de justificativas e exemplos.
c) Qual ação listada no Manifesto 2000 está sendo desrespeitada na atualidade, na sua opinião?
Pessoal. 
 4. No ano 2000, a Unesco lançou o Manifesto 2000 – Por uma cultura de paz e não violência. Ele foi re-
digido por um grupo de laureados do Prêmio Nobel da Paz, como o ex-presidente da União Soviética, 
Mikhail Gorbatchev, o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, entre outros. O documento co-
letou 100 milhões de assinaturas de pessoas do mundo todo, que se comprometeram a promover a 
cultura da paz e da não violência. A adesão ao Manifesto era voluntária, sem vínculo com nenhuma 
instituição. A ideia era difundir a cultura da paz por meio das ações mais simples do cotidiano, praticadas 
por pessoas comuns. Leia a seguir algumas ações listadas nesse documento.
[...] Respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa, sem discriminação ou preconceito;
Praticar a não violência ativa, rejeitando a violência sob todas as suas formas: física, sexual, psi-
cológica, econômica e social, em particular contra os grupos mais desprovidos e vulneráveis como 
as crianças e os adolescentes;
Compartilhar o meu tempo e meus recursos materiais em um espírito de generosidade visando 
ao fim da exclusão, da injustiça e da opressão política e econômica;
Defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, dando sempre preferência ao diálogo 
e à escuta do que ao fanatismo, à difamação e à rejeição do outro;
Promover um comportamento de consumo que seja responsável e práticas de desenvolvimento 
que respeitem todas as formas de vida e preservem o equilíbrio da natureza no planeta;
Contribuir para o desenvolvimento da minha comunidade, com a ampla participação da mulher 
e o respeito pelos princípios democráticos, de modo a construir novas formas de solidariedade.
UNESCO. Manifesto 2000 – Por uma cultura de paz e não violência. Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/UNESCO-
Organiza%C3%A7%C3%A3o-das-Na%C3%A7%C3%B5es-Unidas-para-a-Educa%C3%A7%C3%A3o-Ci%C3%AAncia-e-Cultura/manifesto-em-defesa-
da-paz-2000.html>. Acesso em: 8 nov. 2018.
25
Ao ler o trecho do texto sobre participação política, procure se lembrar de uma situação cotidiana, se-
melhante às mencionadas, em que você exerceu essa participação e a descreva nas linhas a seguir. Conte 
sua história aos colegas e ouça as deles, para que vocês possam trocar essas experiências, ressaltando as 
habilidades praticadas.
 6. Pesquise na internet sites e aplicativos que oferecem informações sobre a carreira política dos represen-
tantes eleitos por voto popular ou de candidatos a cargos políticos para auxiliar os eleitores a fazersuas 
escolhas de modo consciente. Crie um cartaz para divulgar informações importantes do site ou aplicati-
vo escolhido, ensinando os eleitores a pesquisar corretamente as informações. Apresente o resultado de 
seu trabalho à turma e exponha-o no mural da escola.
 5. Política parece ser um assunto tão distante de nossa realidade. Será que podemos realmente viver sem 
nenhum contato com ela? Pensando nisso, a Unicef divulgou um livro a fim de promover a educação 
política de crianças e adolescentes e mostrar que política se faz também em casa, na escola ou no bairro, 
por pessoas de todas as idades. Leia um trecho desse livro para responder ao que se pede.
Isto é fazer política: 
• Quando você conversa com seus pais para poder ir àquela festa tão esperada e chegar mais tarde 
em casa; 
• Quando você negocia com seu amigo o programa de televisão a que assistirão no domingo; 
• Quando você junta a galera da comunidade num mutirão para lavar o muro da escola.
Por que essas são formas de fazer política? 
• Porque nesses casos há duas ou mais partes envolvidas, cada qual com uma vontade, argumen-
tando e negociando entre si para chegar a uma decisão final que seja boa para todos ou pelo 
menos diminua o conflito; 
• Porque você está participando da tomada de decisões na sua própria casa e fora dela; 
• Porque você está interferindo na sua realidade e na dos outros. 
• Podemos concluir, então, que a política não está ligada somente aos partidos e aos políticos, 
mas também, entre outras coisas, à forma como nos relacionamos em sociedade. Isso envol-
ve diálogo, escolhas, negociação, defesa de pontos de vista, luta por direitos, cumprimento 
dos deveres e interferência na realidade. [...]
ADRIÃO, Maria. Adolescentes e participação política. Disponível em: <https://www.unicef.org/brazil/pt/br_politica_vira.pdf>. Acesso em: 8 nov. 2018.
26
Capítulo 4 – Página 4 – Conexões
9o. ano – Volume 4
Material de apoio
 Filosofia 1
©
Co
le
çã
o 
Na
çõ
es
 U
ni
da
s, 
No
va
 Io
rq
ue
PORTINARI, Candido. Guerra. 1952-1956. 1 painel (óleo sobre madeira compensada), color., 1 400 cm × 1 058 cm (irregular). Sede 
da ONU, Nova Iorque.
9o. ano – Volume 42
Capítulo 4 – Página 4 – Conexões
Nome: __________________________ Turma: __________ Data: _________________
9o. ano – Volume 4
Material de apoio
 Filosofia 3
Capítulo 4 – Página 16 – Conexões
PORTINARI, Candido. Paz. 1952-1956. 1 painel (óleo sobre madeira compensada), color., 1 400 cm × 953 cm (irregular). 
Sede da ONU, Nova Iorque.
©
Co
le
çã
o 
Na
çõ
es
 U
ni
da
s, 
No
va
 Io
rq
ue
Capítulo 4 – Página 16 – Conexões
Nome: __________________________ Turma: __________ Data: _________________
9o. ano – Volume 44

Outros materiais