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Livro do professor Livro didático 2 Decidir sobre ideias 2 8o. ano Volume 2 Filosofia Decidir sobre ideia Livro do professorLivro do professor © Sh ut te rs to ck /Im ag eF lo w 2 © Sh ut te rs to ck /P ab lo S ca pi na ch is 2 • É possível escolher meus pensamentos? • Os pensamentos que tenho são realmente meus? • Como diferenciar os meus pensamentos e os dos outros? • De que formas posso comunicar meus pensamentos? • Como posso obter informações sobre os pensamentos dos outros? • Existem pensamentos coletivos? • Qual o papel dos meios de comunicação na formação de pensamentos? Decidir sobre ideias Encaminhamento de atividade.1 3 Objetivos 1. Observe, a seguir, uma pintura do artista francês René Magritte e um poema da escritora paranaense Helena Kolody. Você pensa por si mesmo? Seja bem-vindo a filosofar sobre os pensamentos! Comece refletindo: Você acredita que pensa por si mesmo? Considera-se livre para escolher seus pensamentos? Será que os pensamentos que você chama de seus podem, realmente, ser considerados seus? Talvez lhe pareça um pouco absurdo cogitar que, estando em sua mente, eles não lhe pertençam. Mas seria possível tê-los “recebido” de alguém? Antes de buscar respostas a essas perguntas, procure ampliar suas ideias a respeito do assunto, realizando algumas atividades. Atividades a) Anote o primeiro pensamento que você teve após observar a pintura e ler o poema. b) Converse com os colegas a respeito das anotações que vocês fizeram no item anterior. Significado No poema e nas nuvens, cada qual descobre o que deseja ver KOLODY, Helena. Significado. In: ______. Helena de Curitiba: poemas selecionados. Curitiba: Positivo, 2005. p. 24. MAGRITTE, René. A grande família. 1963. 1 óleo sobre tela, color., 130 cm × 160 cm. Coleção particular. Encaminhamento de atividades.2 © Co le çã o pa rti cu la r • Explorar a leitura e o diálogo oral e escrito com textos de diversos gêneros, compreendendo os elementos filosóficos presentes neles. • Desenvolver capacidades de apreciação das artes para compreender a experiência estética na vida humana. • Refletir sobre os processos de formação e circulação de pensamentos, considerando a influên- cia da mídia na formação de opiniões. • Valorizar e aprimorar o diálogo na busca do conhecimento e como princípio democrático. • Compreender e aplicar os conceitos de liberdade de pensamento e liberdade de expressão. • Discutir a influência dos meios de comunicação na construção de ideias, desejos e hábitos de consumo. ObjetivosObjetivos Registre o primeiro pensamento que você teve após a leitura dos versos do poema. 3. Releia as anotações que você realizou nas atividades 1 e 2, fazendo-se as seguintes perguntas: 2. Agora, leia um trecho de um poema do escritor português Fernando Pessoa. JÁ OUVI OUTRA PESSOA EXPRESSAR O MESMO PENSAMENTO OU OUTRO MUITO SEMELHANTE A ELE? 4. Reflita e responda: Os pensamentos que você registrou nas atividades 1 e 2 são realmente seus? Argu- mente para justificar sua resposta. Temos, todos que vivemos, Uma vida que é vivida E outra vida que é pensada, E a única vida que temos É essa que é dividida Entre a verdadeira e a errada. Qual porém é a verdadeira E qual errada, ninguém Nos saberá explicar; E vivemos de maneira Que a vida que a gente tem É a que tem que pensar. PESSOA, Fernando. Tenho tanto sentimento. In: ______. Cancioneiro. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ ph000003.pdf>. Acesso em: 30 jun. 2018. JÁ PENSEI NISSO ANTES? O QUE ME FEZ TER ESSE PENSAMENTO? ESSE PENSAMENTO TEM ALGUMA RELAÇÃO COM IDEIAS QUE RECEBI DE OUTRA PESSOA? EEEEEEEEEE AAAAAAAA © Sh ut te rs to ck /F re sh St oc k 8o. ano – Volume 24 Expressar pensamentos e ideias Encaminhamento metodológico.4 Encaminhamento de atividade.3 Quando refletimos sobre a origem de nossos pensamentos e a liberdade no pensar, somos levados a refletir, do mesmo modo, acerca da comunicação. Você já deve ter notado que diversos meios podem ser empregados para exprimir o que pensamos. Por exemplo, os sons, a fala, a escrita, o desenho, a pintura, os gestos, as expres- sões faciais e até as atitudes. Esses meios nos possibilitam conhecer o que pensam as outras pessoas. Os pensamentos delas podem ser semelhantes aos nossos, mas também diferentes e, até mesmo, contrários. Logo, o contato com eles contribui para que possamos repensar e, em alguns casos, modificar nossas ideias, ao considerar outros pontos de vista. Por outro lado, o fato de termos acesso a tantas formas de comunicação pode nos trazer a sensação de que somos livres para pensar e expressar aquilo que pensamos. Mas será que essa liberdade é ilimitada? Será que ela existe para todos? Pense nisso! Hora de filosofar 1. Aprofunde suas reflexões acerca dos pensamentos, participando de um diálogo filosófico. Para isso, considere as orientações do professor e as seguintes perguntas: • É possível alguém ter pensamentos que não apresentem qualquer relação com ideias de outras pessoas? • Pensamentos podem ser totalmente “copiados”? • Pensamentos são “propriedades” de alguém? • Um pensamento pode ser coletivo? • Existem pensamentos melhores que outros? E mais completos? • É necessário pensar sobre o pensar? Por quê? 2. Registre, em uma frase, o que você concluiu desse diálogo. © Sh ut te rs to ck /P av lo S Filosofia 5 KOGAN, Feliks. Uma pessoa com a cabeça fechada por zíper. 1 ilustração digital (vetorial). Nova Iorque. BARROS, Geraldo de. A menina do sapato. 1949. 1 desenho sobre negativo com ponta-seca e nanquim. Acervo Instituto Moreira Salles, São Paulo. A arte é uma forma especial de comunicar pensamentos e ideias. Afinal, em suas obras, os artistas podem empregar diversos recursos, como palavras, movimentos, imagens e outros, para expressar o que pensam e sentem. Além disso, as obras de arte podem provocar diferentes interpretações e opiniões do público, fazen- do-o refletir ainda sobre aquilo que despertou a atenção de cada artista. Considere essas informações ao analisar as produções artísticas apresentadas a seguir. 1. Observe com atenção as imagens e interprete-as, identificando ideias possivelmente comunicadas pelos artistas em cada uma delas. Conexões Encaminhamento de atividades.5 © Sh ut te rs to ck /F el iks K og an © Ge ra ld o de B ar ro s/ Ac er vo In st itu to M or ei ra S al le s 8o. ano – Volume 26 Diálogo e liberdade Você se sente livre para pensar e expressar seus pensamentos? Em diferentes épocas e lugares, muitos indivíduos e grupos sociais responderiam negativamente a essa pergunta, por serem proibidos de divulgar certas ideias, correndo o risco de sofrer punições ao tentar fazê-lo. Nos últimos séculos, porém, inúmeras pessoas, movimentos e instituições têm lutado para garantir a cada pessoa os direitos de pensar por si mesma e de expressar livremente seus pensamentos. Ao defender as liberdades de pensamento e expressão, eles contribuem para que sejam preservadas algumas características fundamentais do pensar humano, como a diversidade e a criatividade. Por outro lado, mesmo em contextos em que essas liberdades são garantidas por lei, as pessoas podem enfrentar dificuldades para dialogar sobre o que pensam, por não se sentirem ouvidas e respeitadas umas pelas outras. Entretanto, o diálogo é um procedimento muito valorizado no âmbito da Filosofia. Trata-se de uma forma de comunicação, por meio da linguagem, que envolve atos como afirmar, perguntar, responder e, assim, coloca diferentes ideias em movimento. Além disso, um bom diálogo reúne pessoas em uma espécie de “trabalho”, em que elas despendem esforços para obter pensamentos mais abrangentes, significativos e jus- tificados por bons argumentos. Sendo assim, mais do que transmitir informações, dialogar possibilita às pessoas que se comuniquem e interajam umas com as outras, respeitando a diversidade de pensamentose opiniões. Por tudo isso, no de- correr do tempo, vários filósofos dedicaram-se ao diálogo, além de refletir sobre a natureza e a importância dele para o aprendizado das pessoas e para a boa convivência entre elas. 2. Compartilhe suas interpretações com os colegas, ouvindo as ideias que eles identificaram em cada obra e pensando sobre elas. 3. Converse acerca das relações que podem ser estabelecidas entre as imagens analisadas e as liberdades de pensar e de expressar pensamentos. 4. Escreva, ao lado das imagens, as conclusões a que você chegou a respeito de cada uma delas. © Sh ut te rs to ck /V LA DG RI N Filosofia 7 Olhar de filósofo Encaminhamento de atividades e atividade da seção Hora de estudo.6 Sócrates nunca registrou seus ensinamentos por escrito. No entanto, seu notável aluno, Platão, escreveu diversas obras, nas quais citou seu mestre como personagem e reproduziu a forma como ele construía e comunicava seus pensamentos, ou seja, empregando o diálogo. Essas obras ficaram conhecidas como “diálogos platônicos” e, por meio delas, o pensamento de Sócrates chegou à atualidade, tornando-se tema de inúmeros textos e estudos. O texto a seguir, por exemplo, traz algumas informações a respeito do modo como Sócrates dialogava com seus interlocutores. Leia-o com atenção. O filósofo Sócrates viveu na Grécia Antiga durante o século V a.C. Ele se tornou bastante conhecido em Atenas, sua cidade natal, pois frequentemente era visto em espaços públicos, caminhando e dialogando com as pessoas que encontrava, em especial com os jovens. Sócrates acreditava que o diálogo dava às pessoas a oportunidade de trazerem suas ideias à luz. Ele as ajudava a perceber o que sabiam sobre determinado assunto, a verificar os enganos cometidos, a fim de corrigi-los, e a elaborar novas ideias em conjunto com seus interlocutores. Sócrates acreditava que a felicidade vinha de levar uma vida boa. O que é bom e o que é ruim? Esta era a grande questão. Ele achava que descobriria se conversasse com muitas pessoas. Quanto mais questões fizesse, mais saberia [...]. Sócrates queria encontrar definições universais para ideias como bem, justiça e sabedoria, e não apenas descrições. [...] Sabia que ao ser capaz de descrever, por exemplo, um ato de coragem, as pessoas poderiam ser capazes de reconhecer a essência da coragem inerente ao ato. [...] O método de Sócrates para encontrar a verdade sobre as coisas era um sistema de questionar o que as pessoas acreditavam. Assim, Sócrates esperava revelar as inconsis- tências. Ele pensava que a verdade só poderia ser encontrada com muito trabalho. [...] WEATE, Jeremy. Filosofia para jovens: penso, logo existo. 3. ed. São Paulo: Callis, 1999. p. 31, 49. Da ni el K le in . 2 01 8. D ig ita l. DIALOGAR NOS PERMITE DAR À LUZ AS IDEIAS! 8o. ano – Volume 28 1. De acordo com as informações do texto e com suas reflexões a respeito delas, discuta as seguintes perguntas com os colegas. Depois, registre sua conclusão. Dialogar com os outros facilita ou dificulta nosso pensar? Por quê? 2. Sócrates ficou conhecido por dialogar com base em perguntas que buscavam a essência, ou seja, a definição de uma ideia. Exercite você também a habilidade de elaborar esse tipo de pergunta. Para isso, em equipe, formule duas perguntas relacionadas a um ou mais dos seguintes temas: pensamentos, diálogo, liberdade. Depois, registrem as perguntas formuladas e apresentem-nas para a turma, conforme as orientações do professor. a) b) Encaminhamento de atividade.7 Organize as ideias Alguns elementos e critérios são fundamentais para que um diálogo seja considerado bom e produtivo. Outros podem ser necessários apenas em algumas circunstâncias. Há também aqueles que devem ser evitados, pois prejudicam o diálogo. Pensando nisso, classifique os itens listados a seguir. Para isso, pinte os quadrinhos conforme a legenda. É fundamental Pode ser necessário(a) É prejudicial Lugar adequado Momento adequado Presença de um mediador Conhecimento sobre o assunto em questão Saber ouvir Saber falar Regras Respeito Opiniões Preconceitos Argumentos Provas concretas Concordância Discordância Indiferença Intolerância Ideias diferentes Unanimidade nos pensamentos Filosofia 9 Olhar de filósofo Observando a realidade à sua volta, o filósofo Georg Hegel concluiu que, tanto no mundo quanto no pensar, um determinado movimento se repetia. Para designá-lo, empregou o termo “dialética”. De acordo com esse filósofo, tal movimento começava com o confronto de situações ou ideias contraditórias e levava à construção de uma síntese, ou seja, resultava em uma nova situação ou ideia com semelhanças e também com diferenças em relação às duas anteriores. Hegel afirmava ainda que tal movimento, a dialética, recomeçava sempre que surgia uma nova situação ou ideia que contrariasse a síntese estabelecida. Esse novo confronto resultava em outra síntese, e assim sucessivamente. Introdução de conceito e atividade da seção Hora de estudo.8 A pronúncia de Georg Hegel é Guiórg Rêiguel. O diálogo pode ser aprimorado? Para ampliar nossa reflexão a respeito do diálogo, podemos observar de que maneira ele se faz presente na escola e em outros ambientes que frequentamos, além de investigar como ele ocorre nos meios de comunicação, na política e assim por diante. Podemos ainda refletir sobre as contribuições da Filosofia para a realização e o aprimoramento do diálogo. Nesse contexto, o diálogo pode ser considerado um grande desafio para os filósofos, pois favorece o encontro de opiniões diferentes e, até mesmo, contraditórias entre si. Por outro lado, a Filosofia depende dele para existir. Afinal, os filósofos não criam suas teorias partindo do nada. De certo modo, suas reflexões “dialogam” com as de pensadores que os antecederam, concordando com elas ou discordando delas. Além disso, abrem caminhos para novos diálogos serem realizados no futuro. Mesmo assim, em todas as épocas, vemos pessoas julgarem que uma afirmação já avaliada e aceita deve ser tomada como verdade, não podendo mais ser questionada. Também encontramos aquelas que julgam seu modo de pensar correto e consideram errado qualquer pensamento que seja diferente dos seus. Essas pessoas não acreditam que sua forma de pensar possa ser modificada ou melhorada e, por isso, mostram-se pouco dispostas a dialogar. No entanto, um pensador alemão do século XIX tratou de um conceito que pode nos ajudar a rever essa atitude. Descubra, a seguir, que conceito é esse e como aplicá-lo ao diálogo. CONFRONTAR IDEIAS DIFERENTES PODE GERAR NOVAS IDEIAS! Da ni el K le in . 2 01 8. D ig ita l. 8o. ano – Volume 210 Liberdades de pensamento e expressão Em todo o mundo, diversos países adotam a democracia, regime político que defende liberdades indivi- duais, como a de pensar por si mesmo e a de expressar pacificamente ou publicar as próprias crenças, ideias e opiniões. Porém, a realização desse direito, previsto em declarações, constituições e outros documentos, é um desafio mundial, pois nem todas as nações têm governos democráticos. Além disso, mesmo naquelas nações que afirmam o direito às liberdades de pensamento e expressão, ainda encontramos o preconceito, a intolerância, a discriminação e até a censura ou a perseguição de pessoas por suas ideias. São situações que se repetem, nos mais diversos espaços sociais, promovidas por autoridades ou mesmo por indivíduos que, na convi- vência com os outros, os desrespeitam por terem ideias, crenças e pensamentos diferentes dos deles. Por outro lado, em nome das liberdades de pensar e se expressar, ocorrem abusos, tais como: sensacionalismo, invasão de privacidade, calúnia, difamação, ofensas, discursos de ódio e manipulação de informações em nome de interesses. Para ajudar você a refletir sobre tais situações, vamos recuar ao passado, em busca de informações a respeito da conquista do direito às liberdadesde pensamento e expressão. Sugestão de atividades.9 Quando aplicado ao diálogo, o conceito de dialética, tal como estabelecido por Hegel, mostra que, perante as diferentes formas de se pensar a respeito de um assunto, não devemos simplesmente aceitar uma e excluir as demais. Afinal, da diversidade de pensamentos podem surgir novas ideias, resultantes daquelas que existiam antes do diálogo. Desse modo, é possível concluir que cada ideia contém em si mesma algo que permanece e algo que se modifica no contato com outra ideia. Portanto, dialogar dialeticamente permite descobrir, por meio da reflexão e do respeito, o que duas ou mais ideias diferentes podem gerar quando se encontram. Assim, os pensamentos podem se tornar mais abrangentes, por meio de uma prática dialógica que nos permite: • atualizar maneiras de pensar e buscar a verdade; • revisar teorias ou leis estabelecidas; • contribuir para o bem comum. 1. Agora que você conhece o conceito de dialética elaborado por Hegel e a importância de aplicá-lo ao diálogo, realize a seguinte atividade: a) Escreva o roteiro para uma história em quadrinhos que exemplifique um diálogo dialético, mostrando uma ou mais sínteses decorrentes de ideias contraditórias. Crie também os personagens e a descrição do cenário da história. b) Recorte os balões do material de apoio para utilizá-los em sua história. c) Registre, em uma folha ou em forma de cartaz, a história em quadrinhos que você criou. Para isso, utilize desenho e/ou colagem. © Sh ut te rs to ck /jo ha ve l Filosofia 11 Olhar de filósofo Entre os séculos XVII e XVIII, desenvolveu-se, na Europa, um importante movimento intelectual e so- cial que ficou conhecido como Iluminismo. Os pensadores iluministas acreditavam muito nos potenciais da racionalidade humana e também na possibilidade de progresso dos indivíduos e das sociedades. Além disso, eles defendiam arden- temente a liberdade. Na França, destacaram-se inúmeros represen- tantes do Iluminismo. Entre eles, citamos os filósofos Jean-Jacques Rousseau e Voltaire, que viveram no século XVIII. Preste atenção nas afirmações a seguir. A primeira foi retirada de uma das obras de Rousseau. A segunda é atribuída a Voltaire, por sintetizar suas ideias a respeito da liberdade de expressão. Contextualização histórica e sugestão de atividades.10 Encaminhamento de atividade.11 A pronúncia de Jean-Jacques Rousseau é Jãn Jác Russô. A pronúncia de Voltaire é Voltér. Hora de filosofar Depois de conhecer as afirmações relacionadas aos pensamentos de Rousseau e Voltaire, re- flita sobre elas e procure associá-las com o presente. Para isso, pense nas questões a seguir e converse com os colegas a respeito delas. • Você acredita que, atualmente, toda pessoa nasce livre? Por quê? • Na sociedade em que você vive, ainda há “ferros” que impedem a liberdade das pessoas? • Será que todos têm o direito de dizer livremente o que pensam? • Você conhece pessoas que defendem esse direito com a intensidade presente na frase atribuí- da a Voltaire? • É fácil aceitar opiniões e ideias das quais discordamos? Por quê? • Podemos ter liberdade para nos expressar e, mesmo assim, não termos o que dizer? Por quê? Ilu st ra çõ es : D an ie l K le in . 2 01 8. D ig ita l. POSSO NÃO CONCORDAR COM O QUE VOCÊ DIZ, MAS DEFENDEREI ATÉ A MORTE O SEU DIREITO DE DIZÊ-LO. O HOMEM NASCE LIVRE E POR TODA A PARTE ENCONTRA-SE A FERROS. 8o. ano – Volume 212 Com base no diálogo reflexivo que realizou com os colegas, crie e registre suas próprias frases sobre a liberdade e a liberdade de expressão. a) Liberdade b) Liberdade de expressão Encaminhamento de atividade e atividade da seção Hora de estudo.12 Encaminhamento de atividades.13 Atividades Ética e cidadania A Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão é um documento de inspiração iluminista. Foi aprovada na França, no dia 26 de agosto de 1789, contendo 17 artigos. Dois deles instituíam as liberdades de pensamento e expressão. Veja quais eram e o que diziam esses artigos: Artigo 10º. – Ninguém pode ser inquietado pelas suas opiniões, incluindo opiniões religiosas, contanto que a manifestação delas não perturbe a ordem pública estabelecida pela Lei. Artigo 11º. – A livre comunicação dos pensamentos e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do ho- mem; todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, im- primir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na Lei. FRANÇA. Assembleia Nacional. Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão – 1789. In: BRASIL. Ministério Público Federal. 2003. Disponível em: <http://pfdc.pgr. mpf.mp.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/legislacao/direitos-humanos/declar_dir_ homem_cidadao.pdf>. Acesso em: 4 jul. 2018. MACHY. Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Século XVIII. 1 aquarela sobre manuscrito de L. Aubert. Biblioteca Nacional da França, Paris. © Bi bl io te ca N ac io na l d a Fr an ça , P ar is Filosofia 13 A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão inspirou as constituições de diversos países e também a Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 10 de dezembro de 1948. A nova declaração adotou ainda a defesa do direito às liberdades de pensamento e expressão, como exemplificam os seguintes artigos: Artigo 18 Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, cons- ciência e religião [...]. Artigo 19 Todo o homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras. ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração dos Direitos Humanos – 1948. In: BRASIL. Ministério Público Federal. 2003. Disponível em: <http://pfdc.pgr.mpf.mp.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/legislacao/direitos-humanos/declar_dir_homem.pdf>. Acesso em: 4 jul. 2018. Esses e outros documentos revelam os esforços de pessoas, instituições e países para que todos os indivíduos tenham os direitos de pensar e de se expressar livremente. 1. Imagine como seria viver em uma sociedade na qual ninguém fosse livre para dizer o que pensa, para expressar suas ideias, escolher suas crenças e usar sua criatividade. 2. Produza um texto descrevendo como seria viver em uma sociedade como a imaginada e explicando por que você pensa dessa maneira. Hora de filosofar A organização de leis e declarações, como as que foram citadas, contribui para promover o diálogo, a reflexão e a prática do respeito na sociedade. 1. Utilizando as questões a seguir, discuta com os colegas as relações entre estes dois temas: o diálogo e o respeito. • Podemos aprender sobre o respeito em um diálogo? • Existe diálogo sem respeito? • Discordar e desrespeitar são a mesma coisa? • Como exercer o respeito no diálogo? • As formas de se demonstrar respeito podem ser diferentes em um diálogo e em outras situações? • De que maneiras demonstramos e vivenciamos o respeito? • É possível respeitar a todos o tempo todo? • O que é respeito? 2. Registre sua resposta para a pergunta: O que é respeito? Encaminhamento de atividade.14 © W ik im ed ia C om m on s/ W ilf rie d Hu ss 8o. ano – Volume 214 Encaminhamento de atividades.15Leia a seguir o artigo 3º. da Constituição brasileira, de 1988. Atividades TÍTULO I Dos Princípios Fundamentais [...] Art. 3º. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I – construir uma sociedade livre, justa e solidária; II – garantir o desenvolvimento nacional; III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. BRASIL. Assembleia Nacional Constituinte. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 4 jul. 2018. a) Pesquise, na íntegra, o conteúdo dos artigos das declarações citadas nas páginas 13 e 14. Em seguida, observe e registre semelhanças entre os princípios fundamentais da Constituição do Brasil e as propostas desses documentos. b) A Constituição brasileira propõe leis que se referem à garantia dos direitos humanos. Apesar disso, nem sempre eles são respeitados. Sendo assim, pesquise exemplos de desrespeito aos direitos humanos no Brasil. Colete imagens, reportagens ou relatos sobre isso e apresente-os à turma, conforme as orientações do professor. A mídia e você Os meios de comunicação constituem-se como instrumentos, tecnologias ou modos de transmitir informações entre pessoas de diferentes lugares e épocas. Esses meios democratizam o acesso à informação, atingindo cada vez mais pessoas nas escalas local, nacional e global. De acordo com o número de pessoas alcançadas, eles podem ser classificados como: Carta pessoal Telefone Rádio Livros CD-ROM TV a cabo Podcasts Periódicos (jornais, revistas, folhetins, diários, etc.) DVD-ROM Internet Wi-Fi Bluetooth Smartphones Escritos Sonoros Multimídia Hipermídia Carta pessoal Telefone Aplicativos de mensagens instantâneas Meios de comunicação individuais Meios de comunicação individuais Meios de comunicação individuais Meios de comunicação de massa Televisão CinemaAudiovisuais Encaminhamento metodológico, informações complementares e sugestão de atividades. 16 Filosofia 15 Você vive em uma época de grande desenvolvimento e destaque dos meios de comunicação digitais. Já imaginou como seria o mundo sem eles e como isso afetaria a sua vida? Saiba que a popularização da internet é um fato recente na história da humanidade, pois teve início em meados da década de 1990. Logo, se você quiser saber como era a vida antes da internet, basta perguntar a pessoas de suas relações que tenham nascido antes desse período. Tais pessoas são testemunhas históricas de uma grande e rápida transformação cultural. Nesse contexto, ampliaram-se as possibilidades de exercermos as liberdades de pensamento e expressão, além de denunciarmos situações em que essas liberdades são desrespeitadas. Por outro lado, surgiram novas possi- bilidades de influenciar e, até mesmo, de manipular os pensamentos e as ideias das pessoas. No início deste capítulo, convidamos você a pensar sobre a origem dos seus próprios pensamentos: Será que eles são de fato seus e apenas seus? Você os pensou por si mesmo(a)? Que influências podem ter contri- buído para que você pensasse dessa, e não de outra, maneira? Depois disso, chamamos sua atenção para a importância da conquista humana dos direitos de pensar e de se expressar livremente. Agora é hora de refletir um pouco sobre o uso que você faz desses direitos, vivendo em uma sociedade que utiliza a mídia para divulgar e propor determinados comportamentos e ideias. Conexões Você já se perguntou que ideias são promovidas à sua volta e com que objetivos? Sente-se livre para dis- cordar do que a mídia sugere que você deve pensar, sentir, gostar, usar, fazer ou escolher? Consegue perceber facilmente quando ela tenta lhe impor uma ideia, uma opinião, um comportamento? Pense nisso enquanto realiza as atividades propostas a seguir. 1. Observe esta fotografia e responda o que se pede. Encaminhamento metodológico e de atividades. 17 N, Bob. Le déjeuner sur l’herbe (Por que que a gente é assim?). 2001. 1 fotografia, color., 66 cm × 83,4 cm. Coleção Gilberto Chateaubriand, Rio de Janeiro. O comportamento do ser humano retratado na fotografia lhe parece livre ou imposto a ele? Por quê? 8o. ano – Volume 216 Burro sentado Era um burro diferente. Não era um burro quadrado, nem burro de carga, tampouco um burro sem rabo, era um burro inteligente. Pois a grande ambição desse burro era comer que nem gente, ou seja: sentado. Um burro sentado num restaurante é coisa de maluco, mas esse burro era louco pra burro! Cismou que cismou de ir a um restaurante e se comportar que nem gente inteligente. Mal sentou, o burro começou a falar, para encanto e estupefação de todas as pessoas presentes, que queriam saber como era a dieta do burro. Logo ele ficou famoso. Convidado para todos os jantares, sempre sentado à mesa, ele falava de seu prato favorito: alfafa. E impressionava. Impres- sionou tanto que depois de alguns meses as pessoas daquele lugar passaram a comer alfafa. O bur- ro, sempre sentado, ensinou então as pessoas a comer como os burros. As pessoas se abaixaram e passaram a comer de quatro, e o burro, sempre sentado, e se divertindo muito disse: “Nossa, como vocês são burros!”. As pessoas, comovidas, agradeceram contentes. FRATE, Diléa. Histórias para acordar. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1996. p. 10. Ideias despertadas por uma história, como a do Burro sentado, podem nos fazer questionar se criamos nossos próprios comportamentos e pensamentos ou se apenas reproduzimos comportamentos e pen- samentos de pessoas que estão em evidência. Trata-se de uma reflexão importante, já que, frequen- temente, a mídia transforma pessoas em celebridades e as apresenta como modelos de conduta para serem imitados por todos. Você pode fazer essa reflexão, em uma busca pessoal por respostas e con- clusões. Mas também pode realizá-la por meio de um diálogo, em que pontos de vista diferentes sejam exibidos e confrontados! a) Reflita sobre os significados do texto Burro sentado. Para isso, conte com o auxílio do professor e ouça também as opiniões dos colegas. Depois, registre a conclusão a que você chegou com essas reflexões. b) Discuta com os colegas e, depois, registre a sua conclusão pessoal: Será que as pessoas agiriam como o burro se elas refletissem e dialogassem sobre o assunto? Por quê? 2. Leia com atenção o conto a seguir. Filosofia 17 1. Observe atentamente a peça de vestuário representada na imagem a seguir. Depois, leia alguns versos de um poema do escritor Carlos Drummond de Andrade. Atividades 2. Depois de interpretar a imagem e o texto, reflita e responda: Há um elemento em comum na peça retra- tada e no poema. Qual é esse elemento e o que ele pode simbolizar nas duas obras? 3. Você concorda com a afirmação de que “andar na moda” é negar a própria identidade? Por quê? Encaminhamento de atividades. 18 Eu, etiqueta [...] É duro andar na moda, ainda que a moda Seja negar minha identidade, [...] Agora sou anúncio [...] Meu nome novo é Coisa. Eu sou a Coisa, coisamente. © Sh ut er st oc k/ Ve ct om ar t LINDERS, Claudia. Dare to unlabel (Ouse desrotular). 2002. 1 fita formada por etiquetas de grife usadas. 66 m. Fundação Droog Design, Amsterdã. ANDRADE, Carlos D. de. Corpo. Rio de Janeiro: Record, 1984. 8o. ano – Volume 218 4. Explique como você interpreta o sentido de cada um dos versos a seguir. a) “Agora sou anúncio”. b) “Eu sou a Coisa, coisamente.” Hora de filosofar Discuta as seguintes questões com os colegas. A cada resposta, lembre-se de argumentar explicando por que você pensa assim: • Você dá mais valor à etiqueta de um produto ou à utilidade e à qualidade dele? • Em uma escala de zero a dez, qual a importância da moda para você? • Poder usar o que está na moda ou na mídia faz com que você se sinta “mais você mesmo”? • A preocupação em usar o que está na moda ou na mídia pode fazer com que você se sinta “menos você mesmo”? • A moda amplia ou limita as suas liberdades de pensamento e expressão? Encaminhamento de atividade. 19 Reflexão divertida Todo indivíduo tem uma dimensão externa, aparente, que se revela de muitas formas, inclusive por meio dos produtos e das etiquetas que escolhe usar. Mas as pessoas também têm uma di- mensão interior, nem sempre observada por elas mesmas ou pelos outros. Ela é formada pelos valores, ou seja, por aquilo que tem maior importância para alguém e que move seus pensamen- tos, suas atitudes e escolhas. Esses valores constituema base para o modo de ser de cada pessoa, isto é, para a construção de sua identidade. Eles podem ser econômicos, como a riqueza, hedônicos (ligados ao prazer), como a fama, ou morais, como a justiça, o bem, a alegria e outros. Você já se perguntou quais são os seus principais valores? Será que eles combinam com tudo o que a moda e a mídia lhe recomendam? Imagine que, de repente, as etiquetas com mar- cas de produtos pudessem ser substituídas por etiquetas com valores morais. Quais delas você usaria? Pense nisso e registre esses valores na camiseta que está no material de apoio. Os registros devem ser feitos em forma de etiquetas criativas, que podem ser desenhadas ou confeccionadas, em diferentes materiais, e coladas na camiseta. Encaminhamento de atividade e informações complementares.20 © Sh ut er sto ck /a rt- TA yg a Filosofia 19 Na atualidade, as pessoas recebem muitos estímulos pelos meios de comunicação. Frequentemente, isso desperta os desejos de adquirir e consumir certos produtos, serviços ou, ainda, ideias e comportamentos. Alguns objetos de consumo são necessários e, até mesmo, vitais. Outros não são indispensáveis, mas se tornam importantes por facilitar a vida das pessoas. Outros, ainda, são supérfluos, ou seja, desnecessários, dispensáveis. Porém, a todo instante, as propagandas que nos cercam criam “necessidades” que nem imaginávamos ter: vestir uma roupa que garante beleza, usar um cosmético que vende juventude, ter um aparelho que nos conecte com o mundo, adotar um comportamento que nos promete uma identidade. Assim, muitas vezes, consumimos mercadorias e “compramos” ideias, a fim de nos sentirmos pertencentes a um grupo ou adequados a um momento histórico. Mas será que tudo o que consumimos oferece, de fato, aquilo que nos promete? Quantas vezes as pessoas consomem algo de que não gostam, apenas para se sentirem na “moda”? Qual é o custo desse estilo de vida? E quando se adquire um objeto que se quer, o desejo de adquirir coisas termina? Por outro lado, será que todas as pessoas têm acesso ao consumo daquilo que é necessário? Para onde vai tudo aquilo que é descartado após a compra e o consumo de tantas coisas supérfluas? Qual é o impacto gerado no planeta pelo consumismo? Essas são perguntas que devemos fazer, em vez de nos submetermos aos encantos das propagandas. Afinal, para nos tornarmos consumidores conscientes, precisamos refletir sobre o impacto de nossos hábitos de consumo e considerar as consequências negativas do estilo de vida estimulado em uma sociedade de consumo. Por exemplo, a geração de lixo, o uso exaustivo de fontes naturais de energia por parte das indústrias, a poluição ambiental, entre outros. Ser um consumidor consciente exige equilibrar as necessidades e os desejos, evitando o desperdício e procurando diminuir o impacto ambiental. Para isso, antes de realizar uma compra, é importante refletir sobre as questões destacadas na imagem a seguir. Ética e cidadania Uma sociedade de consumo ca- racteriza-se por avançado desen- volvimento industrial, elevada pro- dução e consumo massivo de bens e serviços. INSTITUTO AKATU. Seis perguntas do consumo consciente. Disponível em: <http://www.akatu.org.br/ Temas/Consumo-Consciente/Posts/Seis-perguntas-do-consumo-consciente>. Acesso em: 12 fev. 2017. Encaminhamento metodológico e atividade da seção Hora de estudo.21 m aparelho ento que nos promete uma identidade ©Shutterstock/Rido © In st itu to A ka tu 8o. ano – Volume 220 A fotógrafa sueca Sannah Kvist, preocupada com os hábitos de consumo da juventude do seu país, teve a seguinte ideia: pediu a vários jovens que juntassem todos os seus pertences pessoais em um único cômodo da casa, formando uma “escultura”. Observe o resultado em algumas dessas fotos. Conexões Encaminhamento de atividades. 22 1. Pense nos seus pertences pessoais e liste todos aqueles de que se lembrar. 2. Imagine como seria uma “escultura” feita com todos os itens que você listou. Desenhe essa “escultura” em uma folha. 3. Agora, organize os itens de sua lista na tabela a seguir, classificando-os de acordo com os critérios indicados. Necessário Importante, mas não necessário Supérfluo Neste capítulo, você refletiu sobre as liberdades de pensamento e expressão, relacionando-as com o diálogo. Também pôde analisar seus próprios valores e hábitos de consumo, além de avaliar a influência da mídia em seus pensamentos e suas escolhas. Agora, reflita: O que você aprendeu nessa etapa de estudos teve algum impacto em seu modo de pensar? © Sa nn ah K vi st © Sa nn ah K vi st Filosofia 21 Hora de estudo 1. Três amigos conversavam sobre artes visuais. Nesse diálogo, cada um deles citou o estilo artís- tico de sua preferência e o nome de um artista que o representava. Dialogando com os colegas, procure descobrir o nome de cada interlocutor, o estilo artístico que ele aprecia e o artista que ele mencionou. Dicas: • Sílvia disse que gosta da pintura surrealista. • Roberto aprecia a obra de Sandro Botticelli. • A pessoa que prefere o Impressionismo é fã do pintor Claude Monet. a) Utilize a tabela a seguir para registrar o pro- cesso de busca das informações solicitadas. Artista Estilo C la ud e M on et Sa lv ad or D al í Sa nd ro B ot tic el li Im pr es sio ni sm o Su rr ea lis m o Re na sc en tis m o N om e Henrique S N N S N N Roberto N N S N N S Sílvia N S N N S N Es ti lo Impressionismo S N N Surrealismo N S N Renascentismo N N S b) Registre, no quadro a seguir, as informações que você descobriu. Nome Estilo Artista Henrique Impressionismo Claude Monet Roberto Renascentismo Sandro Botticelli Sílvia Surrealismo Salvador Dalí Encaminhamento de atividades e sugestões de resposta.23 2. A dialética coloca pensamentos e ideias em movimento, contrapondo diferentes pontos de vista e criando novas ideias. Pensando nesse mo- vimento, desenhe a figura que falta para com- pletar esta sequência. 3. Milo era um menino que achava tudo sem gra- ça. Porém, ele fez uma viagem fantástica que mudou sua forma de pensar. Nessa viagem, encontrou pessoas, seres e lugares muito dife- rentes dos que fa- ziam parte do seu cotidiano. O texto a seguir relata a che- gada de Milo à ter- ra da Calmaria e o inusitado encontro do menino com os letargiários. Leia-o com atenção. Azul – Tese Amarelo – Síntese Verde – Antítese Tese SínteseAntítese Tese SínteseAntítese A palavra letargiários foi inventada pelo autor para nomear os habitan- tes de Calmaria. Esse ter- mo provém de “letargia”, que significa um estado de sono profundo e du- radouro. 22 lamurienta: queixosa, que se lamenta. “Onde será que estou?”, disse Milo num tom preocupadíssimo. “Es... tá... na... ter... ra... da... Cal... ma... ria”, disse uma voz lamurienta que parecia vir de muito longe. [...] “A Calmaria, meu jovem amigo, é o lu- gar onde nada jamais acontece e onde nada muda jamais”. [...] “Permita-me que eu apresente todos nós”, a criatura continuou. “Somos os letar- giários, a suas ordens”. [...] “Muito prazer em conhecê-los”, disse Milo [...]. “Acho que estou perdido. Podem me ajudar, por favor?” “Não diga ‘acho’”, disse um letargiário [...]. “É contra a lei.” [...]. “Na terra da Calmaria é proibido pensar”, continuou um terceiro [...]. “Você não tem o livro de regras? É o de- creto local 175389-J.” Milo mais que depressa puxou o livro de regras do bolso, encontrou a página correta e leu: “Decreto 175389-J – É ilegal, ilícito e imoral pensar, pensar em pensar, achar, supor, conjeturar, raciocinar, meditar ou re- fletir enquanto se estiver na Calmaria. Qual- quer pessoa que descumpra este decreto será severamente punida!”. “Essa lei é ridícula”, disse Milo, com a maior indignação. “Todo mundo pensa.” “Nós não”, gritaram todos os letargiários a uma só voz. “E, na maior parte do tempo você tam- bém não”, disse uma criaturinha [...]. “É por isso queestá aqui. Você não estava pensan- do, nem estava prestando atenção. As pes- soas desatentas quase sempre acabam empa- cando na Calmaria.” [...] JUSTER, Norton. Tudo depende de como você vê as coisas. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 24-28. a) Um dos letargiários afirmou que Calmaria “é o lugar onde nada jamais acontece e onde nada muda jamais”. De acordo com o texto, qual a razão disso? b) Como se comportam os letargiários? Por quê? c) Em Calmaria, um decreto proíbe o pensar e alguns atos relativos a ele. Com a ajuda de um dicionário, localize e registre o significado das palavras a seguir, relacionadas com o pensar. d) Reflita e responda a estas perguntas: É possí- vel não pensar nunca? Por quê? e) Escreva um texto em defesa do direito de pensar, apresentando argumentos consisten- tes que reforcem suas ideias. Supor Conjeturar Raciocinar Meditar Refletir 23 4. A propaganda está presente nos mais diversos espaços, físicos ou virtuais. De acordo com as orientações do professor e com o roteiro a seguir, faça uma pesquisa sobre propaganda e consumo. Em data previa- mente marcada, apresente o resultado de sua pesquisa para a turma. a) Escolha um produto ou serviço. Procure uma propaganda divulgada a respeito dele e cole o anúncio no caderno. b) Analise o anúncio escolhido e anote: o argumento que ele utiliza para vender o produto ou o serviço; a descrição da(s) imagem(ns) e da linguagem empregadas. c) Avalie se o anúncio desperta ou não o desejo de adquirir/consumir o produto ou o serviço que está sendo divulgado e por quê. d) Anote o gênero do produto ou serviço anunciado (alimentício, eletroeletrônico, vestuário, cosmético, livro, CD, lazer e entretenimento, turismo, hotelaria, salão de beleza, cinema, etc.). e) Pesquise a média de preços do produto ou do serviço escolhido. f) Procure um produto ou serviço concorrente similar ao do anúncio e anote o preço dele. g) Responda às seguintes perguntas: Você já consumiu esse produto ou serviço? ( ) Sim. ( ) Não. Com que frequência ocorreu esse consumo? ( ) Mais de uma vez por mês. ( ) Mais de uma vez por semestre. ( ) Menos de três vezes por ano. ( ) Nunca. Qual a importância desse produto ou serviço para a sua vida? ( ) Necessário. ( ) Importante, mas não necessário. ( ) Supérfluo. Qual a faixa de preço dele? ( ) Caro. ( ) Razoável. ( ) Barato. Qual a faixa de preço do produto ou serviço similar ao que você escolheu? ( ) Mais caro. ( ) Quanto? ( ) O mesmo preço. ( ) Mais barato. ( ) Quanto? Qual a durabilidade do produto ou serviço que você escolheu? ( ) ____ horas. ( ) ____ dias. ( ) ____ meses. ( ) ____ anos. Ele é sustentável? ( ) Sim. ( ) Não. 24 Página 11 – Olhar de filósofo 8o. ano – Volume 2 Material de apoio Filosofia 1 © Sh ut te rs to ck /la tte sm ile Página 19 – Reflexão divertida 8o. ano – Volume 2 Material de apoio Filosofia 3
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