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ALFABETIZAÇÃO EJA

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Compreender a educação de jovens e adultos é compreender também a didática que revolucionou essa modalidade de ensino. O responsável por essa didática revolucionária, hoje conhecido como o patrono da educação brasileira e da pedagogia crítica, foi:
	
	
	Paulo Freire, nascido em Recife, membro de uma família de classe média, mas que não se absteve de vivenciar a pobreza e a fome durante a depressão de 1929.
	
	
	  José Antônio Saraiva, nascido na Bahia, advogado e político brasileiro, responsável pela “Lei Saraiva”.
	
	
	Juscelino Kubitschek, nascido em Minas Gerais, conhecido como João Alemão, que durante sua vida foi marceneiro, médico, oficial da polícia militar e presidente do Brasil.
	
	
	Maria Montessori, nascida na Itália, atuou como educadora, médica e pedagoga.
		 2. 
	A educação de jovens e adultos passou por vários altos e baixos, pois era uma educação que servia apenas para o interesse do governador, porque alfabetizar adultos era sinônimo de mais votos. Atualmente, a EJA possui outra finalidade e já conquistou uma certa autonomia. Por isso, quando pensamos em educação de jovens e adultos o nome de Paulo Freire é muito recorrente, mas quem foi Paulo Freire e por que ele sempre é citado quando se fala em EJA?
	
	
	Porque Paulo Freire foi um educador, pedagogo e filósofo que se preocupava com os pobres, por isso empenhou-se em construir um método inovador que conseguiu ensinar 300 adultos a ler e escrever no período de 45 dias.
	
	
	Porque Paulo Freire foi um educador, médico e político, que durante seu exílio escreveu o livro Pedagogia do oprimido, lançado durante a ditadura militar, que revolucionou a educação nesse período.
	
	
	Porque Paulo Freire foi um educador, pedagogo e filósofo, que se preocupada com os pobres, por isso construiu um método que utilizava cartilhas para ensinar o adulto a ler e escrever; esse material possuía um conteúdo repetitivo de palavra e frases.
	
	
	 Porque Paulo Freire foi um médico, pedagogo e militar, que propôs a metodologia da alfabetização funcional, por meio de técnicas de leitura, escrita e cálculo.
		 3. 
	Hoje a educação de jovens e adultos é um direito do cidadão, mas até chegar a esse patamar foram necessários muitos anos e muita luta. Atualmente é compreendido que a EJA é uma modalidade de ensino fundamental e básico:
	
	
	 Que veio para bater de frente com as iniciativas que o estado tomava sobre a luta pelos direitos civis e a conscientização cidadã.
	
	
	Que presta contas à comunidade internacional sobre os índices de analfabetismo no Brasil, e visa aumentar seu eleitorado para beneficiar a intenção do estado, que está ligada à política.
	
	
	Que serve para compensar, reparar ou equiparar a aprendizagem daqueles que não obtiveram a oportunidade de frequentar um curso regular.
	
	
	Não sendo, de forma alguma, uma modalidade de ensino que serve para compensar, reparar ou equiparar a aprendizagem daqueles que não obtiveram a oportunidade de frequentar um curso regular.
		 4. 
	 O currículo para EJA espelha-se no contexto da experiência de Paulo Feire com a educação popular, sempre se utilizando de uma metodologia que visa:
	
	
	A socialização dos sujeitos no ambiente educacional, garantindo a eles uma vaga no ensino superior.
	
	
	A ressocialização dos sujeitos no ambiente profissional apenas.
	
	
	A ressocialização dos sujeitos no processo educativo, sem preocupar-se em prepará-los para o ambiente profissional e para o exercício da cidadania.
	
	
	A ressocialização dos sujeitos no processo educativo, na preparação para o ambiente profissional e no exercício da cidadania.
		 5. 
	Segundo Souza, o “adulto trabalhador analfabeto era tratado de modo bastante marginal, quase esquecido, na legislação brasileira. Ora era excluído dos processos políticos; ora excluído do acesso à terra, [...]” (SOUZA, 2012, p.36). O governo que deu mais ênfase à modalidade de educação de jovens e adultos, criando o Programa Brasil Alfabetizado foi:
	
	
	O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a criação do Programa Brasil Alfabetizado que envolveu três vertentes de caráter social: o Projeto Escola de Fábrica, o Projovem e Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio para Jovens e Adultos (PROEJA)
	
	
	O governo de Getúlio Vargas, que compreendeu que a elevação dos níveis de escolarização era uma peça fundamental para melhorar o desenvolvimento da sociedade brasileira.
	
	
	 O governo de Juscelino Kubitscheck, que preocupava-se em conscientizar o povo brasileiro, principalmente a população mais pobre, de que a educação era essencial para a construção de um país melhor.
	
	
	 O de José Antônio Saraiva, com a Lei Saraiva, sancionada em 9 de janeiro de 1881, que instituiu o título de eleitor, porém proibia os analfabetos a votarem.
		 6. 
	Conforme descrito no art. 37 da LDBEN nº 9.394/1996: “A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Médio na idade própria”. Entretanto, alfabetizar letrando na EJA é um grande desafio:
	
	
	Porque se deve proporcionar o acesso aos vários ramos do conhecimento e preparar o aluno para se fazer cidadão crítico com todas as suas opiniões.
	
	
	Porque os alunos que procuram pela modalidade de ensino de jovens e adultos querem aprender somente e ler e a escrever, não possuindo interesse em adquirir novos conhecimentos.
	
	
	 Porque o indivíduo que não teve oportunidade de estudar na idade apropriada não consegue adquirir o conhecimento sobre a língua e nem consegue se apropriar da escrita.
	
	
	  Porque é o processo em que poucas pessoas dominam o ato de aprender coletiva e simultaneamente os elementos da leitura e da escrita.
		 7. 
	Ao refletirmos sobre o início da Educação de Jovens e Adultos no Brasil, notamos que essa modalidade de ensino vem institucionalizando-se desde a época em que os jesuítas vieram para catequizar, alfabetizar e transmitir a língua portuguesa aos indígenas. Atualmente a Educação de Jovens e Adultos:
	
	
	  A frequência não obrigatória de adultos no ensino primário integral gratuito foi reconhecida como direito constitucional.
	
	
	Ainda não conquistou nenhuma revitalização nos planos político, jurídico e cultural.
	
	
	  Possui uma proposta cada vez mais inadequada, mas continua tentando diminuir as taxas de analfabetismo do país.
	
	
	Oferece oportunidade às pessoas de retomar os estudos, assim como, prepará-los para o mercado de trabalho.
		 8. 
	Pode-se considerar que se um sujeito analfabeto que vive em um ambiente em que há grande presença da escrita e o mesmo interessa-se em ouvir a leitura, feita por um alfabetizado, de cartas, jornais, romances, indicações fixadas em algum lugar etc., é um indivíduo letrado, por quê?
	
	
	Ao interagir com pessoas alfabetizadas esse indivíduo organiza suas próprias opiniões, mas não consegue ser entendido e entender seu interlocutor.
	
	
	Esse indivíduo é capaz de usar a língua em seu contexto social, organizando discursos próprios, a fim de ser entendido e entender seu interlocutor, ou seja, apesar de ser analfabeto, ele é um indivíduo letrado, porque, de certa forma, faz uso da escrita e envolve-se em práticas sociais de fala.
	
	
	Esse indivíduo aprende a decodificar a língua somente pela associação dos signos e os conjuntos de signos gráficos que ele vê e ouve, não necessitando de auxílio para aprendizagem.  
	
	
	Ao interagir com outros indivíduos que leiam para ele, o indivíduo passa a compreender os signos e passa a decodificar sozinho a língua, sem a necessidade da intervenção de um professor.
		 9. 
	Conhecido antigamente como ensino supletivo, a educação de jovens e adultos é caracterizado pela proposta pedagógica:
	
	
	Flexível, porque leva em consideração os conhecimentos e as diferenças que cada aluno adquire por meio das situações e vivências que cada aluno enfrentano seu dia a dia.
	
	
	Flexível, porque não leva em consideração os conhecimentos e as diferenças que cada aluno adquire por meio das situações e vivências que cada aluno enfrenta no seu dia a dia.
	
	
	Rígida, porque segue à risca a proposta curricular, sem levar em consideração a vivência e o ambiente em que o aluno vive.
	
	
	 Rígida, porque segue à risca a proposta curricular, ensinando os conteúdos igualmente a todos os alunos coletivamente.
		 10. 
	O jovem e o adulto analfabeto são vistos como inferiores, porque eles enfrentam uma sociedade, em sua maioria, letrada e que gira em torno da tecnologia e da comunicação. Aquele que não domina essas habilidades:
	
	
	Consegue compensar, reparar ou equiparar a aprendizagem daqueles que obtiveram a oportunidade de frequentar um curso regular.
	
	X
	Não consegue e não sabe como lutar por seus direitos, torna-se vítima desse sistema excludente.
	
	
	 Sabe lutar por seus direitos civis, tem consciência cidadã e de leis e reconhece a valorização cultural da população brasileira.
	
	
	Consegue e sabe lutar por seus direitos, exigindo-os e não se tornando vítima desse sistema excludente.

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