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Introdução à Epidemiologia

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1 
 
 
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2 
SUMÁRIO 
1 introdução ................................................................................................... 3 
2 EPIDEMIOLOGIA ....................................................................................... 4 
2.1 Aplicação da epidemiologia .................................................................. 5 
2.2 História da epidemiologia ..................................................................... 6 
2.3 Subdivisões da epidemiologia ............................................................ 12 
Grupos de Causas: ..................................................................................... 12 
2.4 Definições de epidemiologia através do tempo .................................. 13 
3 MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO .............................................................. 14 
3.1 - ESTATÍSTICA BÁSICA ................................................................... 15 
4 APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA ........................................................ 19 
5 SAÚDE E DOENÇA .................................................................................. 21 
5.1 Classificação das doenças quanto à duração e etiologia ................... 22 
5.2 Medidas de saúde e doenças ............................................................. 25 
6 Vertentes do estudo epidemiológico ......................................................... 28 
7 FONTES DE INFECÇÃO .......................................................................... 30 
8 RESUMINDO... ......................................................................................... 46 
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 49 
 
 
 
 
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3 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
 Bons estudos! 
 
 
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4 
2 EPIDEMIOLOGIA 
 
Fonte: psiquiatriageral.com.br 
Definição: uma ciência que estuda quantitativamente a distribuição dos 
fenômenos de saúde/doença, e seus fatores condicionantes e determinantes, nas 
populações (estudo do que afeta a população). Utiliza distribuição, frequência, saúde 
e doença, medicina preventiva, população, prevenção e controle, saúde pública. 
Etimologia: 
 
Fonte: virtual.ufms.br 
 
*Taxa de Natalidade = Epidemiologia (não precisa necessariamente ser uma 
enfermidade) 
 
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5 
Exemplo: “Número de mortes por acidente de trânsito cai 10%, em 2019” e foi 
observado uma redução que muitas vezes acontece por causa da epidemiologia, a 
partir de uma alta frequência de casos, podemos desenhar estratégicas de prevenção 
e controle aos agravos de saúde e dentro do universo da epidemiologia um agravo a 
saúde não é só uma doença causada por um vírus, mas também os acidentes os 
homicídios e as doenças não infecciosas como diabetes e hipertensão. 
Provavelmente as ações de controle, como campanhas incentivando usos de 
cinto de segurança, campanhas demonstrando os riscos de beber e não dirigir fazem 
parte da epidemiologia. 
A Epidemiologia não se preocupa apenas com doenças infecciosas ela também 
se preocupa por agravos a saúde como acidentes de trânsito, homicídios. 
 
2.1 Aplicação da epidemiologia 
-Informações sobre a situação de saúde da população; 
-Determinação das frequências; 
-Estudo da distribuição dos eventos; 
-Diagnóstico dos problemas de saúde 
-Investigação sobre os fatores que influenciam; 
-Avaliar o impacto das ações propostas para alterar a situação; 
 
 Nível Coletivo: 
-Planejamento em saúde 
 
 Nível individual: 
-Fundamentar decisões e condutas 
-Diagnóstico clínico 
- Prescrições 
 
 Objetivos Específicos: 
-Identificar o agente causal ou fatores relacionados à causa dos agravos à 
saúde; 
-Entender a causa dos agravos à saúde; 
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6 
-Definir os modos de transmissão; 
-Definir e determinar os fatores contribuintes aos agravos à saúde; 
-Identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças; 
-Estabelecer os métodos e estratégias de controle dos agravos à saúde; 
-Estabelecer medidas preventivas; 
-Auxiliar o planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde; 
-Prover dados para a administração e avaliação de serviços de saúde 
-Determinar a evolução da enfermidade no tempo e no espaço; 
-Quantificar a contribuição dos determinantes (fatores associados) da 
enfermidade na apresentação e disseminação da mesma; 
-Responder a questões de causalidade de enfermidade e/ou determinar os 
grupos de animais com alto risco de enfermidade; 
 -Proporcionar os elementos essenciais de atuação aplicáveis, com alternativas 
para lutar contra a enfermidade e preveni-la através da avaliação epidemiológica e 
econômica de sua possível efetividade. 
2.2 História da epidemiologia 
Hipócrates: “Pai da Epidemiologia” 
 
No tratado de “Ares, 
Águas e lugares” 
Hipócrates apontava 
os fatores ambientais de 
saúde/doença 
 
 
 
 
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7 
 
 
O conceito de epidemiologia se modifica conforme o tempo, acompanhando a 
evolução de diversas áreas de saberes, tendo o seu primeiro registro na Grécia antiga. 
Os gregos cultuavam vários deuses, dentre estes, Asclépio (Esculápio) o deus da 
medicina. Ele tinha duas filhas, Panaceia que representava a medicina individual e 
curativa e Higéia que representava a medicina coletiva e preventivista. Haviam vários 
templos de culto a Asclépios, dentre estes há destaque para o Epidauro (420 a.c.), 
onde Hipócrates (460-377 a.c.) foi um sacerdote. Considerado o pai da epidemiologia, 
Hipócrates ensinava e praticava a tradição Higéica, valorizando as ações preventivista 
de cunho coletivo com o propósito da obtenção do equilíbrio entre os elementos 
fundamentais: fogo, terra, água e ar. Ele foi o pioneiro em relacionar os males que 
acometiam os humanos e o meio ambiente, foi o primeiro a sugerir que as causas das 
doenças não eram intrínsecas à pessoa nem aos desígnios divinos, mas que estava 
relacionada às características ambientais. Ares, águas e lugares. Com a sua morte, 
seus discípulos restabeleceram a hegemonia da tradição panacéica valorizando mais 
as ações individuais. Galeno (201-130 a.c.), seguidor dos ensinamentos de Hipócrates 
levo-os para o acidente, mais precisamente para a Roma antiga. A qual deixou como 
legado para a epidemiologia a realização de censos periódicos e o registro 
compulsório de nascimentos e óbitos. Na idade média, a saúde basicamente era 
tratada como um caráter mágico-religioso devido a supremacia da religião católica no 
período, onde os cuidados eram realizados por ordens religiosas. No entanto, no 
território árabe, houveram avanços tecnológicos e uma visão coletiva da medicina com 
o seu auge no século X. Os quais se destacam deste período Avicena (989-1037), 
autor do livro Cânon da medicinae Averróes (1126-1198), um dos precursores do 
higienismo (SILVA, 2017) 
Ainda segundo Silva, 2017, as bases históricas para a formação da 
epidemiologia moderna são basicamente três eixos: a clínica, a estatística e a 
medicina social. 
A clínica desenvolveu-se nos séculos XVIII e XIX, através dos saberes do 
diagnóstico, prognóstico e terapêutica individual os quais poderiam ser extrapolados 
ao nível de abrangência do coletivo por meio da medicina das epidemias. Baseava-se 
na observação cuidadosa dos sinais e sintomas dos pacientes internados. Tiveram 
destaque: Thomas Sydenham (1624-1689), que desenvolveu a teoria da constituição 
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8 
epidêmica e elaborou o conceito de “história natural das enfermidades” retomada 
apenas em meados do século XX; 
 
 
Fonte: www.theopera101.com 
Pierre Louis (1787-1872), o qual realizou um estudo clínico e patológico sobre 
a tuberculose e febre tifoide entre 1820 e 1830 utilizando de forma pioneira a análise 
estatística (para alguns inaugura a epidemiologia moderna). 
 
 
Fonte: www.britannica.com 
 
A estatística surgiu no século XVIII como uma ferramenta de “medida do estado 
moderno” (termo criado por Hermann Conring [1606-1681]) pela quantificação dos 
cidadãos, exércitos e riquezas. Assim, houve a possibilidade da medida das doenças 
e de seus efeitos. Neste contexto surgiu o termo Aritmética Política de William Petty 
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9 
(1623-1697), os levantamentos demográficos por sexo e região de estatísticas vitais 
de John Graunt (1620-1674), a formula para estimar o ganho de anos de vida pela 
vacinação contra a varíola por Daniel Bernouilli (1700-1782), os cálculos de 
probabilidade de mortalidade e outras questões da saúde por Pierre Laplace (1749-
1827) e o registro anual de mortalidade e morbidade para a Inglaterra (1839) 
marcando a institucionalização dos sistemas de informação em saúde por William Farr 
(1807-1883). 
 
 
 
Fonte: John Graunt 
 
 A medicina social com foco na saúde como uma questão 
fundamentalmente política tem início no final do século XVIII por meio de diferentes 
correntes de intervenção na Europa, contudo o termo foi somente utilizado em 1838 
por Guérrin. Na França surge em consequência a revolução de 1789 a medicina 
urbana, que tem seu foco em sanear os espaços das cidades e o isolamento de 
regiões consideradas miasmáticas. Na Alemanha, foram implantadas medidas 
compulsórias de controle e vigilância das enfermidades, sob tutela do estado, 
denominada de medicina de estado baseada na teoria do contagio. Na Inglaterra, em 
meio a revolução industrial e o deterioramento da classe trabalhadora imergiu a 
medicina da força trabalhadora, que se baseia na teoria social onde a doença seria o 
resultado da relação entre o homem e o processo de trabalho. Em meio a produção 
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10 
intelectual embasada pelo enfoque da medicina social se sobressaem Friendrich 
Engels que em 1844 Influenciado pelos registros criados por Willliam Farr 
desenvolveu o documento “ as condições da classe trabalhadora na Inglaterra”, Louis 
Villemé (1782-1863) com uma pesquisa sobre a saúde dos trabalhadores das 
indústrias de algodão, lã e seda (primeiro estudo sobre a etiologia social das doenças) 
e John Snow (1813-1853) que investigou as possíveis causas de uma epidemia de 
cólera em Londres, buscando através de uma cuidadosa pesquisa de campo a qual 
acabou revelando o caráter de transmissão da doença por meio da água que era 
consumida. 
Enquanto termo a epidemiologia foi primeiramente utilizada no século XVI na 
Espanha em um título de um trabalho sobre a peste sendo somente recuperado anos 
mais tarde em 1802 por Juan Villalba na obra Epidemiologia espanhola, que descrevia 
todas as epidemias conhecidas até o momento. 
Nas décadas seguintes, principalmente devido as contribuições de Claude 
Bernard, Rudolf Virchow, Louis Pasteur e Robert Koch nas áreas de fisiologia, 
patologia e bacteriologia. Sendo importante observar que o perfil de doenças 
predominantes na população até o momento era o das doenças infectocontagiosas, e 
com esses avanços foi dado um foco maior para as práticas individuais e curativas em 
detrimento das abordagens sociais. Neste contexto foram criados por volta de 1890 
o Instituto Pasteur, em Paris e a Escola de Medicina Tropical em Londres. Ao passo 
que nos E.U.A, poucos anos antes foi criado a Associação Americana de Saúde 
Pública (1872). 
No fim do século XIX a medicina científica consolida-se como hegemonia, tendo 
como marco a publicação do relatório Educação médica nos Estados Unidos e 
Canadá, por Abraham Flexner (1866-1959), que reforçou a dicotomia entre o 
individual e o coletivo dando ênfase a doenças infecciosas. Em 1918, foi inaugurada 
a Escola de Higiene e Saúde Pública John Hopkins, em Baltimore-EUA, que serviu 
como modelo para o programa “escolas de saúde pública” difundido pelo mundo. 
Contudo, a crise econômica de 1929 precipitou uma intensa crise no modelo 
cientifico nos anos seguintes, onde havia grande especialização do serviço e alto 
custos na assistência. Com isso, houve o resgate do aspecto social das doenças 
através da epidemiologia, que mesmo muitas vezes entendida puramente como a 
patologia a nível da sociedade através do olhar do modelo biológico, nunca esteve 
separada da abordagem também através do enfoque social. Contudo, a primeira 
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11 
publicação com abordagem sistemática da epidemiologia foi o livro, Princípios da 
epidemiologia do final dos anos 20, que tratava exclusivamente de doenças 
infecciosas. Foi apenas em 1936, que John Ryle (1889-1950) sugeriu sistematizar o 
paradigma da História Natural das Doenças, que serviu como base para a medicina 
preventiva, modelo este desenvolvido nos E.U.A. como “reforma” para o sistema 
vigente de ensino em saúde instituindo a incorporação da prevenção na formação dos 
profissionais e criação dos departamentos nas escolas de medicina. 
A partir da segunda metade do século XX, desenvolveu-se o conceito de risco 
e foram aprimoras as técnicas estatísticas. Dois estudos são marcos dos avanços da 
epidemiologia moderna na década de 50 e 60, período de início de maior foco a 
doenças não transmissíveis: o trabalho de Richard Doll, Bradford Hill et al. (1964) 
sobre a relação entre o tabagismo e o câncer de pulmão; e a coorte de Framingham 
que investigou os fatores de risco para doenças coronarianas nos E.U.A 
Nas décadas seguintes de 70 e 80 a epidemiologia teve como tendências: o 
aprofundamento das bases matemáticas; a consolidação da proposta de uma 
“epidemiologia clínica” (que em muitos casos nega a aspecto social); e a emergência 
da década de 80 de abordagens mais críticas como resposta a “biologização” com 
raízes econômicas e políticas do processo saúde doença. 
Atualmente, a epidemiologia apresenta tendências dissonantes como a 
epidemiologia molecular e a etnoepidemiologia e novas abordagens metodológicas 
para os estudos ecológicos. Alguns autores afirmam que a disciplina apresenta o 
esgotamento dos modelos que demarcavam o campo científico, havendo a 
necessidade de novos paradigmas e seus processos históricos sociais. 
Retomando a proposta de definição conceitual da epidemiologia proposta no 
início do texto, levando em consideração a sua temática dinâmica e seu objeto 
complexo, têm-se uma disciplina ampla que engloba doenças infectocontagiosas 
assim como doenças crônicas e demais agravos à saúde, e não somente sendo 
compreendida como o estudo das epidemias como empregavam. 
Dentre os principais usos da epidemiologia elencam-se: o diagnóstico da 
situação de saúde, investigação etiológica, determinação de risco,aprimoramento na 
descrição do quadro clínico, determinação de prognósticos, identificação de 
síndromes e classificação de doenças, planejamento e organização de serviços, 
verificação de procedimentos diagnósticos, e análise crítica de trabalhos científicos. 
 
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12 
Portanto fica clara a forte ligação entre a epidemiologia e a saúde pública, se 
confundindo muitas vezes as ações de ambas, e sendo também fundamental ao 
campo da saúde coletiva. 
2.3 Subdivisões da epidemiologia 
Grupos de Causas: 
-Epidemiologia Ambiental: É da natureza da epidemiologia o seu 
envolvimento interdisciplinar. Esta área de conhecimento utiliza o método científico 
para atingir seus objetivos no estudo da distribuição e determinantes do estado de 
saúde-doença, incapacidade, morbidade e mortalidade nas populações. A 
epidemiologia oferece os instrumentos metodológicos para orientar o processo de 
vigilância ambiental em saúde. 
1-Epidemiologia Ocupacional 
2-Epidemiologia das Doenças Transmissíveis 
3- Grupos de Risco 
4-Locais Onde é Praticada: 
5-Comunidade 
6-Hospitais / Clínicas 
7- Outros: 
 
-Epidemiologia Social: É a contestação da visão clássica de Epidemiologia 
(reducionista, funcionalista e positivista), estudo da determinação social da doença. 
Estuda a situação de saúde da população, em especial em regiões subdesenvolvidas. 
-Epidemiologia Clínica: estuda os fundamentos epidemiológicos modernos, o 
diagnóstico clínico e os cuidados com o paciente. Usando a estatística também. 
-Epidemiologia Nutricional: destaca a importância na utilização de 
metodologia adequada para avaliar a dieta, com instrumentos validados que possam 
investigar a associação entre dieta-doença. No contexto mundial os fatores 
nutricionais desempenham importante papel na morbimortalidade das doenças 
crônicas não-transmissíveis. 
-Epidemiologia Farmacológica 
 -Epidemiologia Molecular 
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-Epidemiologia Comportamental 
2.4 Definições de epidemiologia através do tempo 
“É o campo da ciência médica preocupado com o inter-relacionamento de 
vários fatores e condições que determinam a frequência e a distribuição de um 
processo infeccioso, uma doença ou um estado fisiológico em uma comunidade. ” 
Maxcy (1951) 
“A epidemiologia ocupa-se das circunstâncias em que as doenças ocorrem e 
nas quais elas tendem ou não a florescer... Estas circunstâncias podem ser 
microbiológicas ou toxicológicas; podem estar baseadas em fatores genéticos, sociais 
ou ambientais. Mesmo fatores religiosos ou políticos devem ser considerados, desde 
que se note que têm algumas influências sobre a prevalência da doença. É uma 
técnica para explorar a ecologia da doença. ” Paul (1966) 
“É o estudo da distribuição e dos determinantes da frequência de doenças. ” 
MacMahon e Pugh (1970) 
“É o estudo da distribuição e dos determinantes da saúde em populações. ” 
Susser (1973) 
“É uma maneira de aprender a fazer perguntas e colher respostas que levam a 
novas perguntas... Empregada no estudo da saúde e doença das populações. É a 
ciência básica da medicina preventiva e comunitária, sendo aplicada a uma variedade 
de problemas, tanto de serviços de saúde como de saúde. ” Morris (1975) 
“É o campo da ciência que trata dos vários fatores e condições que determinam 
a ocorrência e a distribuição de saúde, doença, defeito, incapacidade e morte entre 
os grupos de indivíduos. ”Leavell e Clark (1976) 
“É o estudo da frequência, da distribuição e dos determinantes dos estados ou 
eventos relacionados à saúde em populações específicas e a aplicação desses 
estudos no controle dos problemas de saúde. ” Last (1995) 
 
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14 
 
Fonte: www.artritereumatoide.com.br 
3 MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO 
-Lógica Indutiva: inferência, é mais utilizado nos estudos quantitativos. Do 
particular para o geral. 
-Tipos de Estudo: 
 
1- Estudos Descritivos e Analíticos 
 
-Descritivos: Informam sobre a frequência e a distribuição de um evento. 
Referem-se à mortalidade e morbidade e mostram as variações que ocorrem na 
população, no local e no tempo. 
 
-Analíticos: Associação de dois eventos. Estabelece explicações para 
eventual relação. Fatores intrínsecos ou extrínsecos devem ser neutralizados, para 
que não ocorra erros ‘fator de confusão’. 
Ex.: nível de colesterol com seus efeitos (coronariopatia). 
 
2- Estudos Experimentais e Não Experimentais 
 
-Experimentais (estudos de Intervenção): Eficácia de intervenções (condutas 
médicas, medicamentos, cirurgias, vacinas e exames periódicos. 
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-Não Experimentais (estudos de Observação): Pesquisa de situações que 
ocorrem naturalmente. Observação de indivíduos ou grupos e comparação. 
-Frequência: Número de eventos, taxas (comparação entre diferentes 
populações) e risco de doença na população. 
-Distribuição: Tempo (tendência num período, variação sazonal), Lugar 
(distribuição geográfica, distribuição urbano-rural), o indivíduo (sexo, idade, raça, 
utilização). 
Determinantes: Busca das causas e dos fatores que influenciam na ocorrência 
dos eventos relacionados ao processo saúde-doença e implementação de medidas 
de prevenção e controle. 
-Populações Específicas: Preocupação com a saúde coletiva de grupos de 
indivíduos que vivem em uma comunidade. 
-Estados ou eventos relacionados à saúde: Originalmente preocupava-se 
com epidemias de doenças infecciosas e atualmente abrangência ampliada a todos 
os agravos 
-Aplicação: Oferece subsídios para ações de prevenção e controle e 
instrumento para outras áreas / disciplinas. 
 
3.1 - ESTATÍSTICA BÁSICA 
 
A pesquisa científica é um processo de aprendizado dirigido. O objetivo 
dos métodos estatísticos é tornar este processo o mais eficiente possível. 
 
O que são dados? 
 
 
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16 
 
O QUE É ESTAT ÍST ICA? 
 
 “Estatística é a Ciência de obter conclusões a partir de dados”. A Estatística envolve 
técnicas para coletar, organizar, descrever, analisar e interpretar dados, 
Ou provenientes de experimentos, ou vindos de estudos observacionais. 
 • Dados = > Informações = Decisões 
 
 
veja.abril.com.br 
 
Parte de pergunta s/desafios do mundo REAL: 
 
 -Cientistas querem verificar se em um ano a vacina contra febre amarela faz efeito. 
 - Um político quer saber qual é o percentual de eleitores que pretende votar nele nas 
próximas eleições. 
 - A Ford quer verificar a qualidade de um lote inteiro de peças fornecidas através de 
um a pequena amostra. 
 - Pesquisadores do departamento de agricultura da UFSC querem saber se uma 
nova variedade de ostra é mais produtiva do que as atuais. 
 
 
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17 
 
PORQUE USAR ESTATÍSTICA? 
 
Porque a natureza apresenta VARIABILIDADE: – Variações de indivíduo para 
indivíduo; – Variações no mesmo indivíduo; “A Estatística estuda como controlar, 
minimizar e observar a variabilidade INEVITÁVEL de todas as medidas e 
Observações ”. Sem Métodos Estatísticos, sem validade científica! 
 
TIPOS DE PESQUISA 
 
Levantamento: 
 
Experimental 
Grupos de indivíduos, ou animais, ou objetos, são manipulados, em condições 
controladas, para se avaliar os efeitos de diferentes tratamentos. – Pode provar 
 Relações de causa e efeito. 
 
Características de interesse de uma população são levantadas (observadas ou 
medidas), mas sem manipulação. – Pode apenas indicar a existência de associações/ 
cor relações. 
 
OBJETIVOS DA PESQUISA 
 
•. Em última análise, os objetivos das pesquisas consistem em estudar o 
relacionamento entre variáveis na POPULAÇÃO. 
• Magnitude e confiabilidade do relacionamento. 
• O número de variáveis envolvi das, o seu nível de mensuração, quais são as 
“independentes” e as “dependentes”, o tipo de pesquisa (levantamento, experimento, 
censo o u amostragem) influenciarão na escolha das técnicas: 
– Para coletar os dados; 
– Paraapresentar os dados. 
 
 
 
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18 
 POPULAÇÃO E A MOSTRA 
 
 
Fonte: conceitos.com 
População: conjunto de indivíduos com pelo menos um a característica observável. 
• . Se todos podem ser pesquisados: CENSO 
• . Se não, pesquisa-se uma Amostra: subconjunto finito da população. 
 
CENSO X A MOSTRAGEM 
 
Porque fazer amostragem ao invés de censo? 
• Economia. 
• menor tempo. 
• Maior qualidade dos dados levantados. 
•. Mais fácil, com resultados satisfatórios. 
 
Quando fazer o censo? 
• População pequena. 
• quando se exige o resultado exato. 
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19 
• quando se dispõe dos dados da população. 
 
4 APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA 
 
 
Fonte:images.slideplayer.com.br 
Objetivo: é o de concorrer para reduzir os problemas de saúde, na população. 
Um importante passo para isso é o conhecimento da distribuição das doenças, dos 
fatores que determinam essa distribuição e das possibilidades de êxito das 
intervenções. 
1- Informar a situação de saúde da População: inclui a determinação de 
frequências, distribuição e diagnósticos. 
2- Investigar os fatores que influenciam a situação de saúde: estudo dos 
determinantes do aparecimento e manutenção dos danos à saúde. 
3- Avaliar o impacto das ações propostas para alterar a situação 
encontrada: ações de segurança, programas e serviços de saúde. 
*A Epidemiologia complementa o conhecimento produzido através de 
investigações de laboratório ou de pesquisas de natureza puramente clínica. 
 
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20 
-Três Aspectos da Prática da Epidemiologia: 
1-A população para Estudo: esta pode ser composta de qualquer grupo de 
unidades. População, comunidade e coletividade são considerados sinônimos em 
Epidemiologia. 
2-A Aferição dos Eventos e a Expressão dos Resultados: a coleta de dados 
sobre a frequência da doença, característica da população, recursos geram uma base 
factual para investigar-se como as características desta população e os fatores de 
risco nela encontrados estão associados à ocorrência das doenças. 
3-O Controle de Variáveis Confundidoras: A epidemiologia é essencialmente a 
comparação da frequência de eventos (coeficientes de mortalidade entre duas 
populações). Para que tais comparações produzam conclusões úteis, as populações 
devem ser comparáveis (características iguais). O controle de variáveis como essas 
se faz na fase de planejamento da pesquisa e na análise de dados. 
 
2-A EPIDEMIOLOGIA NO ÂMBITO DO SUS 
 
2.1 Modelos de atenção à saúde no Brasil 
 
Um sistema de serviço de saúde é formado por componentes 
e funções principais, entre eles: infraestrutura, organização, gestão, 
financiamento e prestação da atenção. Para o componente 
Prestação da atenção, englobam-se as noções do modelo de atenção à saúde, 
incluindo-se o cuidado e a assistência; à intervenção; às ações ou às práticas de 
saúde. 
 
 
 O debate sobre os modelos de atenção existentes, sobretudo a análise sobre 
a conservação, mudanças ou transformações de tais modelos, tem sido marcado pela 
crítica e redefinição de ideias oriundas de movimentos internacionais de reforma dos 
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21 
sistemas de saúde. Essas ideias se articulam, dinamicamente, como propostas 
surgidas da experimentação prática e elaboração de alternativas que refletem a 
especificidade das condições nas quais se desenvolve o processo de reforma 
sanitária no Brasil (TEIXEIRA; VILASBÔAS, 2014). 
 
5 SAÚDE E DOENÇA 
CONCEITO DE SAÚDE 
 
Saúde é um completo estado de bem-estar físico, mental e social e não 
meramente ausência de doença. (OMS,1948) 
 
 
Fonte: uaucance.com.br 
 
VIII Conferência Nacional de Saúde – março de 1986 
À saúde é resultante das condições de alimentação, habitação, educação, 
renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse 
da terra e acesso aos serviços de saúde. Sendo assim é principalmente resultado das 
formas de organização social de produção aos quais podem gerar grandes 
desigualdades nos níveis de vida. 
 
 
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22 
Doença 
Doença é uma interrupção, parada ou desordem das funções corporais ou de um órgão 
. 
Fatores associados ao desenvolvimento de doenças: agentes infecciosos, 
suscetibilidade genética, estilo de vida, fatores ambientais 
 
5.1 Classificação das doenças quanto à duração e etiologia 
1-Infecciosas: 
-Aguda: As doenças agudas são aquelas que têm um curso acelerado, 
terminando com convalescença ou morte em menos de três meses. O início dos 
sintomas pode ser abrupto ou insidioso, seguindo-se uma fase de deterioração até um 
máximo de sintomas e danos, fase de plateia, com manutenção dos sintomas e 
possivelmente novos picos, uma longa recuperação com desaparecimento gradual 
dos sintomas, e a convalescência, em que já não há sintomas específicos da doença 
mas o indivíduo ainda não recuperou totalmente as suas forças. 
-Crônica: é uma doença que não é resolvida num tempo curto, definido 
usualmente em três meses. As doenças crônicas são doenças que não põem em risco 
a vida da pessoa num prazo curto, logo não são emergências médicas. No entanto, 
elas podem ser extremamente sérias. 
-Contagiosa 
-Não Contagiosa 
-Período de Incubação / Transmissibilidade 
 
 
2-Não Infecciosas: 
-Agudas 
-Crônicas: 
http://pt.wiktionary.org/wiki/convalescen%C3%A7a
http://pt.wikipedia.org/wiki/Morte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sintoma
jdffnjdfnjjjjjj 
23 
-Período Pré-clínico longo, alterações irreversíveis, não há contágio 
Sinais / Sintomas: 
-Sinal: é o que o clínico observa, seja por exame ou anamnese. 
-Sintoma: é o que o paciente sente. 
*Manifestação Clínica ou Quadro Clínico: sinal + sintomas 
 
Infecção: não é sinônimo de enfermidade. É a colonização de um organismo 
hospedeiro por uma espécie estranha. Em uma infecção, o organismo infectante 
procura utilizar os recursos do hospedeiro para se multiplicar (com evidentes prejuízos 
para o hospedeiro). O organismo infectante, ou patógeno, interfere na fisiologia normal 
do hospedeiro e pode levar a diversas consequências. A resposta do hospedeiro é 
a inflamação. 
 
Fonte: www.rehagro.com.br 
Enfermidade: é a doença com o quadro clínico. Afecção particular que atinge 
de maneira crônica alguma parte do corpo. Leve indisposição corporal. Debilidade, 
doença ou outra causa que produza fraqueza. 
-Transtorno: termo usado em lugar de doença ou de outro vocabulário similar, 
a fim de causar impacto psicológico menor no doente, ou em quem o acompanha. 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inflama%C3%A7%C3%A3o
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24 
 
Indicadores de Saúde 
 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
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25 
5.2 Medidas de saúde e doenças 
 
Fonte: image.slidesharecdn.com 
-Necessidade: é a ferramenta central da epidemiologia (comparação entre 
taxas) 
-Normalidade: comum, o que é frequente dentro de uma variação. A definição 
é baseada em: sinais, sintomas e resultados de testes. 
-Taxa de Incidência: variação de um fenômeno por unidade de tempo. 
 Ex.: o número de nascimentos ou óbitos por ano, quantidade de glicose (mg) por 
unidade de sangue circulante. 
-Incidência Acumulada (taxa de ataque): é à proporção que representa uma 
estimativa do risco de desenvolvimento de uma doença em uma população, durante 
um intervalo de tempo determinado. É a expressão do risco médio de adoecimento, 
referido a um grupo de indivíduos. 
-Sobrevida: é a medida complementar à incidência acumulada. É uma 
estimativa da probabilidade de um indivíduo não morrer, ou, não desenvolver uma 
doença. 
-Medidas de Mortalidade: pode ser medida através de taxas ou proporções. 
Expressa a frequência de óbitos por uma doença ou problema de saúde. 
-Prevalência: é definida como a frequência de casos existentes de uma 
determinada doença, em uma determinada população e em um dado momento. Os 
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Doentes que vierem a falecer antes do período de observação, não são considerados 
no cômputo da prevalência. A prevalência de uma doença é determinada pela sua 
incidência e duração, assim como pelos movimentos migratórios. Quanto mais 
elevada a incidência e/ou a duração de uma doença, mais tende a ser sua prevalência. 
Aumenta a Prevalência 
-Doenças Crônicas 
-Doentes sem Cura 
-Melhoria de Diagnóstico 
Diminui a Prevalência: 
-Doenças Agudas 
-Casos Fatais 
-Melhoria na Taxa de Cura 
 
*A incidência necessita da prevalência 
 
1 -Prevalência Instantânea: mede a proporção de uma população que em um 
determinado instante apresenta a doença 
2 -Prevalência Periódica: mede a proporção de uma população que apresentou 
a doença num espaço de tempo definido. Prevalência Pontual + Casos Novos. 
 
 PREVALÊNCIA (P) = INCIDÊNCIA (I) X DURAÇÃO DA DOENÇA (D) 
-Letalidade: dos que eram enfermos, morreram. 
Tipos de Coeficientes: 
1 -Geral ou Global: não há especificação, além do tempo e espaço. 
Ex.: coeficiente geral de mortalidade 
2 -Específico: no numerador ou denominador apresenta outras especificações 
além da área e do tempo (gênero, espécies...) 
Índices: não indica probabilidade de risco 
Nº de óbitos (causa determinada) x 100 
Nº de óbitos por todas as causas 
 
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27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MODELOS EXPLICATIVOS DA 
 
Medidas de Mortalidade 
 
A morbidade é um dos importantes indicadores de saúde. Morbidade é um 
termo genérico usado para designar o conjunto de casos de uma dada doença ou a 
soma de agravos à saúde que atingem um grupo de indivíduos. Medir morbidade nem 
sempre é uma tarefa fácil, pois são muitas as limitações que contribuem para essa 
dificuldade, como, subnotificação (MENEZES, 2001). Para fazer essas mensurações, 
utilizamos principalmente as medidas de incidência e prevalência. A incidência 
representa a frequência com que surgem novos casos de uma determinada doença 
num intervalo de tempo. (Conforme citado acima). Por exemplo, os novos casos de 
dengue diagnosticados no município de São Luís durante o ano de 2012. É, por 
conseguinte, uma medida dinâmica 
 
População (P) 
Infectados (I) 
Doentes (D) 
Doentes Graves (G) 
Óbitos (O) 
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Fonte:enfconcursos.com 
 
6 VERTENTES DO ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO 
 
Fonte:enfconcursos.com 
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29 
 
 
 
Tanto para estudos da situação de saúde, como para o estabelecimento de 
ações de vigilância epidemiológica é importante considerar a necessidade de dados 
(que vão gerar as informações) fidedignos e completos. Esses dados podem ser 
registrados de forma contínua (como no caso de óbitos, nascimentos, doenças de 
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30 
notificação obrigatória), de forma periódica (recenseamento da população e 
levantamento do índice CPO – dentes cariados, perdidos e obturados – da área de 
Odontologia – são alguns exemplos) ou podem, ainda, ser levantados de forma 
ocasional (pesquisas realizadas com fins específicos, como, por exemplo, para 
conhecer a prevalência da hipertensão arterial ou diabetes em uma comunidade, em 
determinado momento) (LAURENTI et al., 1987). 
 
7 FONTES DE INFECÇÃO 
 
Fonte:pt.slideshare.net 
 
 Enfermos 
– Típicos: sintomas característicos 
– Atípicos: os sintomas não são característicos por causa da severidade ou 
benignidade da doença 
– Prodrômicos: significa o que é indicativo de uma patologia clínica; o conjunto 
de sinais e sintomas que prenunciam uma doença ou uma alteração da normalidade 
orgânica. 
 
 Portadores 
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31 
– Em incubação: é um indivíduo que não teve a doença, não tem mais, que 
manifestará uma vez superado o período de incubação da doença 
– Convalescente: é um indivíduo que teve a doença, não tem mais, mas, elimina 
o agente da doença. Ex. helmintoses, babesiose, anaplasmose 
– Sadio: É um indivíduo que não teve a doença, não tem e não terá em 
decorrência de imunidade. 
– Subclínico 
 
 
 Reservatórios 
 
 
Fonte: pt.depositphotos.com 
 – Ecológico – vetores 
– Epidemiológico – silvestres 
– Adicional – solo 
 
 Portas de entrada 
 
 Vias de eliminação 
 
1. Secreção oro – nasal. Ex. agentes de doenças respiratórias ou da mucosa 
oral 
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32 
2.Fezes 
3.Sangue 
4.Urina 
5.Leite 
6. Descargas purulentas 
7. Descamações cutâneas 
 Vias de transmissão 
 
Fonte: www.revistacobertura.com.br 
l Transmissão Direta: Transferência do agente etiológico, sem a interferência 
de veículos, agentes pouco ou nada resistentes às condições do meio ambiente. 
 
a) Transmissão direta imediata: Quando há um contato físico entre 
reservatório ou fonte de infecção e o novo hospedeiro suscetível. 
b) Transmissão direta mediata: Quando não há contato físico entre o 
reservatório ou fonte de infecção e o novo hospedeiro. 
 
ll Transmissão Indireta:Transferência do agente etiológico por meio de 
veículos animados ou inanimados. 
Esse tipo de transmissão pressupõe: 
a) Os agentes sejam capazes de sobreviver fora do organismo durante um 
certo tempo; 
b) Existam veículos que transportem os microrganismos ou parasitas de um 
lugar para o outro. Este contágio se processa por: fômites, ar, poeiras, entre 
outras partículas suspensas no ar. 
 
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33 
 Transmissão indireta por veículo animado; 
 
Vetores: São usualmente representados por artrópodes. São os tipos de vetores: 
 
a) Vetor Mecânico 
b) Vetor Biológico. 
 
 
Hospedeiro intercalado: realização de uma fase do ciclo biológico do parasito no 
interior de seu organismo. Ex. caramujo para os agentes de Fasciolose e 
Schistosomose. 
 c. Alimentos. 
d. Água: dentre os alimentos é a água que está mais sujeita à contaminação. 
e. Produtos biológicos: podem carrear agentes de doenças principalmente se 
forem produzidos em animais acidentalmente infectados ou cultivos celulares. Ex. 
vacinas, medicamentos. 
f. Produtos de reprodução: sêmen e embriões 
g. Transmissão transplacentária ou intrauterina: o feto é capaz de proteger-se 
contra infecções, mas é menos capaz que o adulto, porque embora não seja 
totalmente indefeso, seu sistema imune não está com sua total capacidade de 
funcionamento e consequentemente vários processos que são inaparentes ou 
brandos para a mãe podem ser severos ou letais no feto. Limitações do Modelo 
Cadeia de Eventos: 
 
•. Insuficiente para representar toda realidade do processo saúde-doença 
•. Não cogita a participação de outros fatores 
• ligados às características do hospedeiro 
• Suscetibilidade e grau de exposição 
• Unicausalidade 
•. Engloba apenas dimensão individual 
•. Não trata a doença do ponto de vista social 
•. Não nota inter-relações entre saúde e condições de vida 
 
2-Modelos Ecológicos: 
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34 
 
-Dupla Ecológica: Hospedeiro e Ambiente 
• Análise do processo saúde-doença 
• Localização racional das intervenções 
-Tríade Ecológica: Agente, Hospedeiro e Ambiente 
•. Referencial clássico da biomedicina 
•. Explicativo para patogênese de doenças infecciosas e parasitárias 
• Componentes ecológicos das enfermidades 
 
Características do Agente: 
• Morfologia 
• Dose do agente 
• Imunogenicidade (capacidade de induzir resposta) 
• Infectividade (capacidade de penetração, multiplicação) 
• Patogenicidade (lesões, manifestações clínicas) 
• Virulência (severidade lesões, intensidade das manifestações clínicas) 
• Variabilidade (adaptação a condições diversas) 
• Viabilidade (resistência ao meio) 
• Persistência (permanência na população) 
 
Características do Hospedeiro: 
• Características Próprias 
– Espécie 
– Raça 
– Sexo 
– Idade 
– Suscetibilidade 
– Imunidade 
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35 
 
•. Ativa 
– Natural 
– Artificial 
 
•. Passiva 
– Natural 
– Artificial 
 
Característicasvariáveis: 
– Estado fisiológico 
– Utilização 
– Densidade 
 
Características do Ambiente: 
 
• Componentes físicos: 
– Clima (temperatura, umidade, radiação, chuvas/secas, corrente de ar) 
– Hidrografia 
– Topografia 
– Solo 
 
• Componentes biológicos; 
– Flora 
– Fauna 
– Componentes socioculturais e econômicos: 
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36 
– Hábitos e costumes 
– Estrutura da produção 
– Comercialização 
– Consciência da comunidade 
– Vias de comunicação 
– Manejo 
– Higiene ambiental 
– Grau de utilização da tecnologia 
 
Críticas ao modelo: 
• Igualdade de importância aos elementos da tríade 
– Raramente corresponde à realidade 
• Problemas quando não se conhece um agente específico 
–Doenças crônico-degenerativas 
–Explicados por complexo de fatores associados, em que nenhum é 
considerado indispensável 
 
3-Modelos Causais: 
 
 
Fonte: www.bvsde.paho.org 
Multicausalidade: 
• Doença multifatorial 
• Causa suficiente 
– Compreende conjunto de componentes causais 
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37 
• Causa necessária 
– Causa componente que aparece em todas as causas suficientes 
 
Critérios de Interpretação de uma relação causal: 
Postulados de Koch (1882) 
1. O agente deve estar presente em cada doença, determinado por isolamento 
em cultura. 
2. O agente não deve ser encontrado em casos de outra doença. 
3. Uma vez isolado, o agente deve ser capaz de reproduzir a doença, 
experimentalmente em animais. 
4. O agente deve ser recuperado na doença induzida experimentalmente. 
 
Causalidade 
• Postulados de Koch (final séc. XIX) 
– Microrganismos como causas únicas das enfermidades 
• Postulados de Evans (1976) 
– Associação entre fator causal hipotético e a exposição 
Associação 
• Associação não causal 
• Associação causal 
– Associação direta 
– Associação indireta 
 
Rede de Causalidade: 
• Rede, emaranhado, teia, trama 
• Fatores associados 
– Proximais 
– Intermediários 
– Distais 
• Sequência lógica 
• Doença não é produto de um único fator ou exposição, mas consequência de 
numerosos eventos ou cadeias de acontecimentos 
• A eliminação ou controle de um fator antecedente causal tende a reduzir a 
incidência da doença. 
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38 
Fatores na Causação: 
 
Fatores predisponentes: criam estado de suscetibilidade 
Ex.: Idade, sexo, doença prévia 
Fatores facilitadores: favorecem o desenvolvimento da doença 
Ex.: Baixa renda, má nutrição, habitação deficiente, cuidados médicos 
inadequados 
Fatores precipitantes: princípio de doença 
Ex.: Exposição a um agente específico de doença 
Fatores agravantes: agrava ou estabelece a doença 
Ex.: Exposição repetida 
 
Critérios de Causalidade (Hill): 
-Sequência cronológica: A exposição ao fator de risco deve anteceder o 
aparecimento da doença 
-Força da associação: A incidência da doença deve ser significativamente mais 
elevada nos indivíduos expostos do que nos não expostos (risco) 
-Relação dose-resposta: Relação entre intensidade (ou duração) da exposição 
e a ocorrência (ou gravidade) da doença 
-Consistência: Os resultados devem ser confirmados por diferentes 
pesquisadores, usando diferentes métodos, em diferentes populações. 
-Plausibilidade: Os fatos novos enquadram-se, coerentemente, no 
conhecimento já existente 
-Analogia / Coerência: Presença de antecedentes na literatura que permitam 
– Enfermidades infecciosas e não infecciosas 
– Incorpora 
• Princípios de ecologia estabelecer a causalidade em outras situações 
similares 
-Especificidade: Uma causa leva a um único efeito e não a múltiplos efeitos. 
A remoção da causa reduz o risco 
-Evidência experimental: Possibilidade da relação causal de ser testada 
mediante modelo experimental bem conduzido. 
 
 
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39 
4- Modelo Processual (História Natural da Doença): 
 
 
História Natural da Doença: 
• Crítica à teoria monocausal 
– Útil para estudar evolução clínica de agravo 
 
 
• Ideia de multicausalidade 
• Cenário de aparecimento do modelo processual 
– EUA década de 1940 
•. Alto custo pela especialização e tecnologia da prática médica (Relatório 
Flexner - 1910) 
 
• Crise econômica 
• Abertura departamentos de Medicina Preventiva 
• Ênfase na prevenção 
• Saúde e doença como metáfora gradualista 
• Níveis de intervenção 
 
Pressuposto conceituais: 
– A doença é um processo dinâmico 
– O tempo é uma variável imanente ao processo 
– O vocábulo natural tem a conotação de progresso sem intervenção 
 
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40 
 
Fonte: s3.amazonaws.com 
 
Fases ou Períodos da História Natural das Doenças: 
 
• Pré-patogênico: Há condições para o desenvolvimento do agravo e ainda não 
há a doença propriamente dita. 
 
 • Agentes físicos e químicos 
• Biopatógenos 
• Agentes nutricionais 
• Agentes genéticos 
•. Determinantes econômicos 
•. Determinantes culturais 
•. Determinantes ecológicos 
•. Determinantes biológicos 
•. Determinantes psicossociais 
•. Patogênico 
-Fase patológica pré-clínica: 
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41 
– Ausência de quadro clínico 
– Alterações patológicas 
 
-Fase clínica: 
– Manifestações clínicas 
– Doença em estágio adiantado 
-Fase de incapacidade residual 
 
– Sequelas: 
• Interação agente-sujeito 
• Alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas 
– Horizonte clínico 
– Período de incubação ou latência 
 
• Quadro clínico 
• Desfecho 
– Cura 
– Cronicidade 
– Invalidez permanente 
– Morte 
 
Principais críticas ao modelo processual: 
• Foco principal na causa imediata 
– Não permite compreensão da complexidade com inter-relações e 
interdependências dos elementos 
– Ênfase nos aspectos estritamente biológicos da doença 
•. Não aprofunda a análise das condições sociais e estruturais da sociedade 
• Problemas de aplicação do esquema a situações reais 
– Dificuldade de distinção entre as fases 
•. Não leva em consideração os avanços das pesquisas epidemiológicas 
relacionadas aos fatores de risco. 
 
 
 
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42 
5-Modelo da Etiologia Social: 
 
1. Relação entre agravos à saúde e processos sociais, econômicos e políticos 
– Forte componente sócio-político 
– Doença como consequência da estrutura social 
 
 
2. Influência dos fatores comportamentais na etiologia 
– Fatores de risco 
– Responsabilidade individual 
• Categorias da causação social: 
– Causas sociais básicas 
• Elementos sócio estruturais da sociedade 
• Classe, raça, sexo, educação 
– Causas sociais próximas 
• Vizinhança, migração, ambiente de trabalho 
– Causas sociais mediadoras 
• Apoio social, rede social, estado civil 
• Níveis de manifestação do processo: 
– Individual ou singular: 
•Variações entre pessoas e pequenos grupos que diferenciam por atributos 
individuais (idade, sexo, religião, escolaridade,) 
 
– Do grupo social: 
•Variações entre classes sociais (perfis de mortalidade e morbidade) 
 
– Da estrutura social: 
•Perfis de morbimortalidade peculiares de uma sociedade em relação a outras 
Origens históricas da determinação social: 
• Século XVIII, Europa Ocidental 
– Medicina de Estado 
• Alemanha – começo século XVIII 
– Medicina urbana 
• França – fins do século XVIII 
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43 
– Medicina da força de trabalho 
• Inglaterra – século XIX 
 
Cenário de surgimento da determinação social: 
• Crise econômica e política década de1960 
• Diminuição do gasto social do Estado capitalista 
• Medicina curativa 
– Altos custos 
– Baixa eficácia 
– Limitações nas explicações entre diferentes grupos sociais 
Limitações da Determinação Social: 
•. As causas dos fenômenos relacionados à saúde e doença se reduz à 
explicação social. 
 
6-Modelo da Visão Sistêmica: 
 
Abordagem Sistêmica de Saúde: 
• Conjunto de elementos conectados entre si por uma relação coerente 
– Estrutura organizada 
•. Cada sistema apresenta um nível de organização 
 
Visão Sistêmica: 
• Teoria Geral dos Sistemas (TGS)• Bertalanffy (1975) 
• Reorientação do pensamento científico a uma larga escala 
• Compreensão das coisas: 
– Interação dinâmica das partes na formação da totalidade em uma 
complexidade organizada 
• Biologia 
– Organismo como uma totalidade ou sistema 
– Descoberta de princípios de organização em seus vários níveis 
• Teoria surge em reação ao mecanicismo e reducionismo 
• Pensamento mecanicista (isolamento das partes) ® insuficiente para atender 
– Problemas teóricos das ciências biossociais 
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44 
– Problemas práticos que surgem com tecnologia 
 
• Visão reducionista 
– Estudo de algo complexo deve ser realizado por intermédio do exame de suas 
partes constitutivas é denominada de reducionista 
 
• Propriedade emergente 
– “O todo é mais que a soma das partes” 
– O comportamento de um elemento difere quando considerado fazendo parte 
do todo e quando é estudado isoladamente. 
 
•. Um sistema pode ser definido como um complexo de elementos em interação 
e comporta-se como um todo, no qual as variações de qualquer elemento exercem 
influências sobre os outros 
• Inter-relação entre as partes 
 
 
Fonte: scielo.iec.gov.br 
Características do Modelo Sistêmico: 
• Substrato ecológico com perspectiva sistêmica 
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45 
•. Engloba modelos anteriores 
•. Assinala que as causas das doenças podem estar em diferentes níveis de 
causalidade 
•. Desloca preocupações dos aspectos orgânicos individuais para outros 
aspectos 
• Desafio: diálogo ciências da vida X ciências humanas 
• Integração entre as ciências sob dimensão não usual 
• Interdisciplinaridade 
• Sistema aberto – interação com o meio 
• Amplitude – permite analisar situação-problema 
• Limitação dos modelos explicativos tradicionais de não serem suficientes para 
atender a esta abordagem 
 
Limitações do Modelo Sistêmico: 
•. Alta complexidade 
•. Muitos fatores envolvidos para a compreensão no estudo das relações 
externas de um sistema 
•. Se não for bem compreendido, analisado e interpretado pode tornar-se 
reducionista 
 
Comparação entre os Modelos: 
• Cadeia de eventos 
– Ordenamento de partes, sem interconexões 
– Disposição linear e fechada 
• Modelos ecológicos 
– Enfoca características de cada componente 
• História Natural 
– Ideia de sucessão de estados em direção a transformação – evolução clínica 
• Modelos causais 
– Enfatizam o fator de risco 
• Etiologia Social – Causalidade Social 
– Desloca eixo de causalidade em direção às desigualdades sociais 
• Matriz Sistêmica 
– Conjunto de elementos coordenados entre si 
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46 
– Relação (síntese X fragmentação) 
Conclusões: 
•. Diversas leituras sobre a saúde e doença 
• Representação esquemática 
•. Ordena raciocínio para sistematização dos fatos conhecidos e para 
acomodação de novos conhecimentos 
• Dimensões 
– Dimensão estrutural (ponto de vista macro) 
– Dimensão simbólica (perspectiva do indivíduo) 
• Doença: experiência individual com caráter social. 
8 RESUMINDO... 
 
Fonte: www.ilminuto.info 
A epidemiologia é uma disciplina básica da saúde pública voltada para a 
compreensão do processo saúde-doença no âmbito de populações, aspecto que a 
diferencia da clínica, que tem por objetivo o estudo desse mesmo processo, mas em 
termos individuais. 
Como ciência, a epidemiologia fundamenta-se no raciocínio causal; já como 
disciplina da saúde pública, preocupa-se com o desenvolvimento de estratégias para 
as ações voltadas para a proteção e promoção da saúde da comunidade. 
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47 
A epidemiologia constitui também instrumento para o desenvolvimento de 
políticas no setor da saúde. Sua aplicação neste caso deve levar em conta o 
conhecimento disponível, adequando-o às realidades locais. 
 Se quisermos delimitar conceitualmente a epidemiologia, encontraremos várias 
definições; uma delas, bem ampla e que nos dá uma boa ideia de sua abrangência e 
aplicação em saúde pública, é a seguinte: 
"Epidemiologia é o estudo da frequência, da distribuição e dos determinantes 
dos estados ou eventos relacionados à saúde em específicas populações e a 
aplicação desses estudos no controle dos problemas de saúde." (J. Last, 1995) 
Essa definição de epidemiologia inclui uma série de termos que refletem alguns 
princípios da disciplina que merecem ser destacados (CDC, Principles, 1992, apud 
Souza): 
Estudo: a epidemiologia como disciplina básica da saúde pública tem seus 
fundamentos no método científico. 
Frequência e distribuição: a epidemiologia preocupa-se com a frequência e o 
padrão dos eventos relacionados com o processo saúde-doença na população. A 
frequência inclui não só o número desses eventos, mas também as taxas ou riscos de 
doença nessa população. O conhecimento das taxas constitui ponto de fundamental 
importância para o epidemiologista, uma vez que permite comparações válidas entre 
diferentes populações. O padrão de ocorrência dos eventos relacionados ao processo 
saúde-doença diz respeito à distribuição desses eventos segundo características: do 
tempo (tendência num período, variação sazonal, etc.), do lugar (distribuição 
geográfica, distribuição urbano-rural, etc.) e da pessoa (sexo, idade, profissão, etnia, 
etc.). 
Determinantes: uma das questões centrais da epidemiologia é a busca da 
causa e dos fatores que influenciam a ocorrência dos eventos relacionados ao 
processo saúde-doença. Com esse objetivo, a epidemiologia descreve a frequência e 
distribuição desses eventos e compara sua ocorrência em diferentes grupos 
populacionais com distintas características demográficas, genéticas, imunológicas, 
comportamentais, de exposição ao ambiente e outros fatores, assim chamados 
fatores de risco. Em condições ideais, os achados epidemiológicos oferecem 
evidências suficientes para a implementação de medidas de prevenção e controle. 
Estados ou eventos relacionados à saúde: originalmente, a epidemiologia 
preocupava-se com epidemias de doenças infecciosas. No entanto, sua abrangência 
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48 
ampliou-se e, atualmente, sua área de atuação estende-se a todos os agravos à 
saúde. 
Específicas populações: como já foi salientado, a epidemiologia preocupa-se 
com a saúde coletiva de grupos de indivíduos que vivem numa comunidade ou área. 
Aplicação: a epidemiologia, como disciplina da saúde pública, é mais que o 
estudo a respeito de um assunto, uma vez que ela oferece subsídios para a 
implementação de ações dirigidas à prevenção e ao controle. Portanto, ela não é 
somente uma ciência, mas também um instrumento. 
Boa parte do desenvolvimento da epidemiologia como ciência teve por objetivo 
final a melhoria das condições de saúde da população humana, o que demonstra o 
vínculo indissociável da pesquisa epidemiológica com o aprimoramento da assistência 
integral à saúde. 
 
 
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BIBLIOGRAFIA 
 
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