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ARTIGO SEGURANÇA NO TRABALHO

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SEGURANÇA NO TRABALHO 
NO ÂMBITO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
Rafael da Silva 
 
 
RESUMO 
 
O presente artigo pretende, a partir de uma revisão bibliográfica, analisar a 
importância do estudo da segurança no trabalho, bem como os projetos de 
qualificação e educação da mão de obra, enfocando como esta influencia nesses 
acidentes, no universo da construção civil, principalmente devido ao grande número 
de acidentes de trabalho nesse ramo de atividade. Buscar-se-á uma análise de 
fatores característicos da construção civil e seus operários, como a alta rotatividade 
da mão de obra, a baixa escolaridade de funcionários, a fadiga causada pelo 
trabalho pesado e excessivo, a falta de qualificação e educação, fatores que levam a 
diversos problemas relacionados aos acidentes analisados no artigo e, a partir desse 
ponto, apontar as possíveis soluções para a redução de riscos que podem ser 
colocadas em prática. 
 
Palavras chave : Construção civil; Acidentes; Segurança no trabalho. 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This article intends to analyze the importance of the study of safety at work, as well 
as the projects of qualification and education of the workforce, focusing on how this 
influence in these accidents, in the civil construction universe, mainly due to to the 
large number of work accidents in this branch of activity. An analysis will be made of 
factors characteristic of the construction industry and its workers, such as high labor 
turnover, low levels of employee education, fatigue caused by heavy and excessive 
work, lack of qualification and education, factors that lead to several problems related 
to the accidents analyzed in the article and, from that point, to point out the possible 
solutions for the reduction of risks that can be put into practice.. 
 
Keywords : Construction; Accidents; Safety at work. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEGURANÇA NO TRABALHO 
NO ÂMBITO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Analisar a influência da mão de obra da construção civil em acidentes no 
trabalho é cada vez mais importante. Existe uma grande rotatividade dessa mão de 
obra, que geralmente apresenta baixo nível de escolaridade e pouca exigência para 
ser contratada. Por isso, na construção civil, acidentes são vistos com mais 
freqüência que em outros ramos de atividades. Os acidentes de trabalho contribuem 
negativamente com a vida econômica do país, seja na forma de indenizações e 
benefícios pagos ao trabalhador em momentos em que este não esta sendo um 
elemento produtivo, seja justamente pelo fato de que o acidente de trabalho também 
priva a empresa de parte de sua força de produção. 
A pesquisa foi iniciada principalmente a partir do levantamento bibliográfico, 
baseando-se na hipótese de que educação, qualificação e treinamento são os 
principais fatores de proteção e prevenção de acidentes de trabalho na indústria da 
construção civil, e também em visitas para verificação das desconformidades ao 
atendimento das normas de segurança, qualificação e educação dos funcionários. 
O trabalho proposto justifica-se principalmente porque a construção civil tem 
atividades em que pode ocorrer grande número de acidentes com óbito. Também, 
este estudo contribui para a discussão acadêmica que envolve a questão da 
segurança no trabalho e, por fim, sugere medidas preventivas e formas adequadas 
de sua implementação nos canteiros de obra. 
 
2. SEGURANÇA NO TRABALHO 
Chiavenato(1999) apud Monteiro at al. (2005), define segurança do trabalho 
como “o conjunto de medidas técnicas, educacional, médica e psicológica utilizadas 
para prevenir acidentes, eliminando as condições inseguras do ambiente, e também 
instruindo ou convencendo as pessoas sobre a implantação de práticas preventivas”. 
Segundo Grohmann (1997), a segurança no trabalho é “uma função 
empresarial que, cada vez mais, torna-se uma exigência conjuntural. As empresas 
 
 
 
devem procurar minimizar os riscos a que estão expostos seus funcionários, pois, 
apesar de todo avanço tecnológico, qualquer atividade envolve certo grau de 
insegurança”. A omissão a uma política de segurança eficaz acarreta diversos 
problemas como o relacionamento humano, a produtividade da empresa e também a 
qualidade do produto e dos custos. 
Além disso, é preciso investir em segurança, pois a economia feita antes, 
evitando gastar com produtos, cursos e treinamentos de qualificação dos 
funcionários, gera prejuízos futuros, pois a partir de um simples acidente todo um 
processo é preciso ser envolvido, diminuindo a produção e qualidade do produto 
final. As técnicas de Segurança no Trabalho são definidas por normas e leis. No 
Brasil, a Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas 
Regulamentadoras (NRs), leis complementares, como portarias e decretos e 
também as convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho, 
ratificadas pelo Brasil. 
A segurança no trabalho envolve uma série de normas regulamentadoras, 
dentre elas existem algumas mais específicas e de grande importância, mas muitas 
são generalizadas, podendo todas ser consultadas por técnicos e engenheiros na 
área de segurança e saúde no trabalho. Por isso, é importante o conhecimento 
destas normas para obedecer aos procedimentos impostos por elas, passíveis de 
penalidades caso não sejam obedecidas e para qualquer necessidade eventual de 
consulta. Para esse estudo existem algumas NR’s que se tornam mais importantes, 
como: NR-05, NR-06 e NR-18. 
 a) NR 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA 
b) NR 06 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI 
c) NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção 
 
3. ACIDENTES DO TRABALHO 
Segundo a Lei 8.213 de 24/07/1991, art. 19, acidente do trabalho é definido 
como: 
 
 
 
Art. 19 - O que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo 
exercício do trabalho dos segurados, provocando lesão corporal ou perturbação 
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da 
capacidade para o trabalho. 
a) quando ocorrer lesão corporal; 
b) quando ocorrer perturbação funcional ou; 
c) quando ocorrer doença. 
Ainda, segundo a Lei 8.213 de 24/07/1991, em seu artigo 20, considera-se 
acidente do trabalho: 
a) doença profissional: É desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a 
determinada atividade e constante da relação elaborada pelo Ministério do Trabalho 
e da Previdência Social; 
b) doença do trabalho: É desencadeada em função de condições especiais 
em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da 
relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. 
O Art. 21 mostra que equiparam-se ainda, ao acidente do trabalho: 
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, 
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da 
sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a 
sua recuperação; 
 II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em 
consequência de: 
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou 
companheiro de trabalho; 
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa 
relacionada ao trabalho; 
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de 
companheiro de trabalho; 
d) ato de pessoa privada do uso da razão; 
 
 
 
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes 
de força maior. 
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no 
exercício de sua atividade; 
 IV – o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de 
trabalho: 
 a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da 
empresa; 
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar 
prejuízo ou proporcionar proveito; 
c) em viagema serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada 
por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, 
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de 
propriedade do segurado; 
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, 
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do 
segurado. 
 
4. CAUSAS DE ACIDENTES DE TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CI VIL 
Teixeira (S.d.) afirma que as maiores causas de acidentes nos canteiros são 
as más condições do ambiente de trabalho e os atos inseguros. O autor lista como 
más condições do ambiente, os canteiros mal planejados e mal dimensionados, a 
falta de qualificação dos trabalhadores, a falta de fiscalização em terceirizações, o 
longo trajeto dos funcionários do trabalho pra casa e de casa pro trabalho e a pressa 
para execução da obra devido a apertos em cronogramas, gerando trabalho sobre 
trabalho ou excesso de trabalho. Santos at al. (S.d.) considera que os atos 
inseguros correspondem a aproximadamente 90% (noventa por cento) das causas 
dos acidentes na construção civil e as condições inseguras também são apontadas 
como causadoras de acidentes, como problemas com equipamentos, instalações e 
fatores organizacionais. 
 
 
 
O autor acredita também que todo elemento envolvido no trabalho é potencial 
gerador de ocorrência, por isso deve-se estar atento para todas as atividades 
exercidas na empresa, sem descuido. 
a) Condições Ambientais de Insegurança Santos at al. (S.d.) se referindo às 
condições ambientais de insegurança como um dos fatores causa acidente, aponta 
que os ambientes de trabalho podem apresentar fatores que 
causam danos à saúde dos trabalhadores, dependendo do tipo de atividade que 
cada um exerça e do tipo de atividade que a empresa desenvolve. A identificação 
das causas dos acidentes é feita por um estudo específico de cada acidente, 
existindo para cada caso métodos para solução dos problemas. 
Na indústria da construção civil, pode-se observar com facilidade a existência 
de vários tipos de riscos, onde um só trabalhador está exposto a vários desses 
riscos. Isto é considerada uma característica predominante da construção civil. 
b) Atos Inseguros Segundo Cox apud Melo (1989) apud Santos at al. (S.d.), 
“os atos inseguros são as causas que residem exclusivamente no fator humano, isto 
é, aqueles que decorrem da execução de tarefas de uma forma contrária as normas 
de segurança”. Santos at al. (S.d.) também afirma que os atos inseguros geralmente 
são cometidos por: 
a) Inadaptação do serviço; 
b) Falta de conhecimento ou experiência em fazer o serviço; 
 c) Excesso de confiança; 
 d) Cansaço; 
e) Preocupações gerais. 
Os processos de trabalho mais utilizados na construção civil também 
influenciam diretamente na ocorrência de acidentes. Isso porque essas atividades 
exigem esforços dos operários, surgindo sintomas de fadiga, e conseqüentemente 
deixando-os desatentos para o serviço. 
5. PERFIL DA MÃO DE OBRA NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
A construção civil sofre em relação a acidentes por ter uma mão de obra 
pouco qualificada, isto acontece porque, dos trabalhadores contratados, são 
exigidos bastante força física e pouca qualificação para realizar a maioria das 
 
 
 
atividades. Segundo a SindusCon-SP3, o número de trabalhadores na área da 
construção vem crescendo expressivamente, mas, com este crescimento vem a 
contratação de uma grande parte de profissionais sem qualificação, isto porque 
houve um avanço nas tecnologias aplicadas na construção e, em contrapartida, não 
foi investido em qualificação para estes trabalhadores, o que ocasiona uma maior 
facilidade para a ocorrência de acidentes, a partir do momento em que estes 
funcionários tinham uma “experiência” com materiais mais tradicionais. 
De acordo com pesquisa realizada por Carreiro (2003) sobre a qualificação 
profissional e, com base em dados levantados pelo sindicato dos trabalhadores da 
Construção Civil, demonstram estatisticamente dados que mostra o perfil do 
trabalhador que geralmente sofre acidentes na construção civil. 56% (Cinqüenta e 
seis por cento) são trabalhadores com apenas prática na função, 41% (quarenta e 
um por cento) são trabalhadores com nenhuma formação profissional e apenas 3% 
(três por cento) são trabalhadores com curso superior, técnico, SENAI (Serviço 
Nacional de Aprendizagem Industrial) ou similar. 
Quanto às causas dos acidentes, Carreiro (2003) demonstra que 50% 
(cinqüenta por cento) são provocados por Atos Inseguros, devido à ação imprópria 
ou inadequada. 23% (Vinte e três por cento) por condições Ambientais de 
Insegurança e 27% (vinte e sete por cento) provocados por Atos Inseguros, devidos 
a omissões diversas. A Federação dos Trabalhadores da construção civil, na Bahia, 
confirmam a baixa escolaridade no segmento da construção. Segundo o Sindicato, a 
estimativa é que cerca de 50% dos trabalhadores da construção civil são 
analfabetos. 
A partir das características da mão de obra vista acima e o fato do Brasil ter 
uma deficiência na educação pública, é visível a necessidade das empresas em 
ajudar a modificar estas características da mão de obra, buscando formas de educar 
os trabalhadores e também qualificá-los para as novas tecnologias que surgem em 
beneficio da eficiência e rapidez no produto final na construção civil. 
6. EDUCAÇÃO E TREINAMENTO 
Conceituar educação e treinamento com o mesmo sentido é uma forma 
errada, mas que vem sendo utilizada em empresas de construção civil. Estas duas 
palavras têm significados diferentes, e precisam ser analisadas de forma diferente, 
 
 
 
para que sejam corretamente aplicadas nos canteiros, com o objetivo de qualificar 
seus trabalhadores e assegurar os objetivos das empresas. Estas definições ficam 
claras quando Pontual (1980) apud Holanda (2003) afirma que a educação é uma 
forma geral de ensino já o treinamento é mais específico e, segundo o autor, para 
outros, a educação encara o homem em toda a sua formação e já o treinamento só 
busca o trabalhador, e que a educação prepara o homem para a vida instruindo-o e 
enriquecendo-o das diversas maneiras possíveis e o treinamento o prepara para 
uma atividade específica, o trabalho. 
Por fim, Pontual (1980) apud Holanda (2003) evidencia também que a 
educação irá desenvolver a personalidade do indivíduo, função não desenvolvida 
pelo treinamento, que tem como objetivo integrar o indivíduo ao trabalho, para 
atender os objetivos da empresa. Em pesquisa realizada por Flores (2008) é 
indicado um perfil do trabalhador e mostra que os principais obstáculos estão na 
escolaridade e na capacidade profissional. Além disso, é constatado que há baixa 
qualificação e instrução, alto risco e índice de acidentes, alto índice de 
analfabetismo, péssima qualidade dos produtos e alta rotatividade, parte desses 
problemas se encontram no processo de produção e de gestão. 
Flores (2008) ainda afirma que isto acontece pelo fato do padrão das 
empresas, em sua maioria, permanecerem nas antigas formas de produzir o 
trabalho. O método com que se aprende o trabalho nos canteiros é muito parecido 
com os métodos em que os trabalhadores aprendiam no período feudal, em que era 
passado de pai pra filho ou os aprendizes aprendiam com pessoas experientes no 
trabalho. Esta análise mostra a relação entre a má qualificação e educação nos 
canteiros com o alto índice de acidentes. Interligando com a definição de Holanda 
(2003), fica claro que um novo modelo de encarar a educação pelos empresários é 
necessário não só para o aumento da produtividade, mas também para a diminuição 
de acidentes visto que o operário instruído aumenta o desempenho de pensar e agir 
acolhendo as ordens relacionadas também a segurança no trabalho da melhor forma 
possível. 
7. PREVENÇÃO DE ACIDENTES 
Segundo Grohmann (1997), o Ministério do Trabalhotoma medidas que 
provocam uma melhoria, mesmo que lenta, nas ações preventivas, que são 
fundamentais para diminuir a ocorrência dos acidentes no trabalho. Para isso é 
 
 
 
realizada a Campanha Nacional Contra os Acidentes do Trabalho, tendo como 
principal objetivo fiscalizar as empresas que, de alguma forma, foram responsáveis 
por acidentes com mortes ou invalidez. 
O SESI (Serviço Social da Indústria) e o SEBRAE (Serviço de Brasileiro de 
Apoio às Micro e Pequenas Empresas) contribuem com a distribuição gratuita de 
cartilhas e campanhas de prevenção de acidentes. Essas campanhas têm como 
objetivo reduzir riscos e conscientizar empregados e empregadores quanto às 
questões de segurança e saúde do trabalhador. 
Como um bom exemplo podemos citar a cartilha “dicas de prevenção de 
acidentes e doenças no trabalho” de 2005. A cartilha discute todas as situações de 
risco que ocorrem geralmente no ambiente de trabalho e apresenta dicas de como 
solucionar tais problemas, baseando-se nas legislações vigentes. Com semelhante 
objetivo, existe também a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de 
Trabalho), como já diz em próprio nome, é uma semana dedicada para a prevenção 
de acidentes e também de doenças ocupacionais, envolvendo questões culturais, 
educacionais e lazer. Essa atividade é obrigatória em todas as Comissões Internas 
de Prevenção de Acidentes do Trabalho, e para isso devem ser realizadas a cada 
ano. 
Na NR-5, item 5.16, letra O, “fica atribuído à CIPA promover, anualmente, em 
conjunto com o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e 
Medicinado Trabalho, onde houver a Semana Interna de Prevenção de Acidente do 
Trabalho – SIPAT”. A SIPAT orienta e conscientizam os funcionários sobre a 
importância da prevenção de acidentes e doenças no ambiente do trabalho, fazendo 
com que os funcionários obtenham valores esquecidos praticando segurança. 
Porém, enquanto os empresários não se conscientizarem do grave problema 
de acidentes no trabalho, nenhum esforço terá sucesso. Muitos empresários pensam 
em termos de custos, mas deveriam saber que um Programa Integral de Segurança, 
com o objetivo de atuar preventivamente contribui para evitar acidentes, acarretaria 
uma diminuição de custos. Acidentes no trabalho causam custos diretos e indiretos 
muito maiores que os investimentos em prevênção. 
 
 
 
 
 
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Apesar de toda preocupação que existe em manter a segurança dos 
operários nos canteiros de obras, ainda acontecem situações de graves acidentes, 
inclusive os que levam a óbito. O artigo mostra vários fatores onde o operário é 
responsável pela causa de acidentes no ambiente de trabalho, porém, a partir do 
estudo, fica claro que muito mais do que culpar um trabalhador pelo acidente, é 
dever da empresa e dos empresários em investir numa organização segura, fator 
este que diminui exponencialmente os índices de acidentes nos canteiros de obras. 
Atribuir culpa aos trabalhadores pelos acidentes é óbvio, isto porque a maioria dos 
acidentes na construção acontece por ato inseguro, porém, as empresas buscam 
este caminho porque, com o crescimento de ações e responsabilidades civil e 
criminal de empregadores e engenheiros além da responsabilidade ética e moral das 
empresas, fica mais fácil responsabilizar os trabalhadores pelos acidentes ocorridos. 
Fica evidente que a qualificação é um método interessante para que os 
funcionários aprendam a exercer toda a metodologia do trabalho de forma técnica, 
conseqüentemente, absorver todas as informações de segurança no trabalho. É 
necessário introduzir programas de qualificação de operários, buscando sempre 
efeitos positivos e a preservação do ser humano, minimizando acima de tudo os 
custos com a ocorrência de acidentes. Isto devido ao fato de a construção civil, além 
de ter uma mão de obra com pouca qualificação, ser um setor campeão em 
acidentes. Gerar ações motivacionais fazem com que o funcionário vista a camisa 
da empresa com prazer, motivando-os e reduzindo acidentes e aumentando a 
produtividade da empresa. 
É preciso também investir na empresa e nos funcionários, visto que boa parte 
dos acidentes são causados por atos inseguros, podendo ser utilizado para isso 
fatores da psicologia do trabalho. As empresas que conseguem transformar o 
ambiente em um lugar seguro têm não somente como o retorno a qualidade do 
produto final, mas, acima de tudo, redução de custos evitando perdas de tempo e de 
funcionários. 
O treinamento dos funcionários e o incentivo à educação por parte das 
empresas podem ser fatores preponderantes para a redução de acidentes, visto que 
a mão de obra na construção civil tem ainda como característica o baixo de nível de 
escolaridade. Funcionários treinados e melhor instruídos aprendem melhor as 
 
 
 
informações e obrigações quanto a utilização de equipamentos de proteção e 
entendem que suas obrigações são simplesmente para preservação de sua própria 
integridade física. 
 
9. REFERÊNCIAS 
BRASIL, L. A. D. Dicas de Prevenção de Acidentes e Doenças no Trabalho: SESI SEBRAE 
Saúde e Segurança no Trabalho: Micro e Pequenas Empresas. Brasília. 2005. 
CAMPOS FILHO, A. S. de. Treinamento à distância para autoconstrução. Escola Politécnica 
da Universidade de São Paulo, São Paulo. 2003. 
CAMPOS FILHO, A. S. de. Treinamento à distância mão de obra na construção civil. Edição 
revisada. São Paulo.2004. 
CARREIRO, Antonio A. Histórico de Acidentes do Trabalho. UFBA, p.132, 2003. 
CRUZ, S. M. S. Gestão de segurança e saúde ocupacional nas empresas de construção 
civil. UFSC. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. 1998. 
DELA COLETA, José A. Acidente do trabalho: fator humano. Contribuições da psicologia do 
trabalho. Atividades de prevenção. 2ª Ed. Editora Atlas. São Paulo. 1991. 
EGLE, T. Radiografia da (in)segurança. Disponível em: 
http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/153/artigo158481-1.asp. Acesso em 
setembro 2017 
FLORES, Urânia. Inovações, trabalho e educação na construção civil. 2008. 
GROHMANN, Márcia Zampieri. Segurança no trabalho através do uso de epi’s: estudo de 
caso realizado na construção civil de Santa Maria. Universidade Federal de Santa Maria - 
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. 1997. 
HERNADES, F. S.; GONZALEZ, E. F.; JUNGLES, A. E. e OLIVEIRA, R. de. Fatores que 
desmotivam o trabalhador na construção civil. IX Encontro Nacional de Tecnologia do 
Ambiente Construído. Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil.2002. 
KRÜGER, J. A. Elaboração de procedimentos padronizados de execução dos serviços 
de assentamento de azulejos e pisos cerâmicos: estudo de caso. 1997. 105p.Dissertação 
(Mestrado). Engenharia de Produção. Universidade Federal de Santa Catarina. 
Florianópolis, 1997. 
MACHADO, Maria Isabel G. O perfil do operário da indústria da construção civil de Feira de 
Santana: requisitos para uma qualificação profissional. UEFS. Feira de Santana, 2002. 
MONTEIRO, L. F.; LIMA, M. L. M. e SOUZA, M. J. P.de. A importância da saúde e 
segurança no trabalho nos processos logísticos. XII SIMPEP – Bauru, SP, Brasil. 2005. 
 
 
 
SANTOS, G. A.; VILLAROUCO, V.; LUCENA, F. de O. e BARRETO, F. Acidentes de 
trabalho sob o ponto de vista dos operários da construção civil – sub setor edificações em 
João Pessoa. (S.d.) 
TEIXEIRA, J. Canteiros inseguros. Revista Construção e Negócios. Editora Magazine. S.d. 
Disponível em: http://www.revistaconstrucao enegocios.com.br/matérias 
.php?FhIdMateria=121, acessado em setembro de 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RAFAEL DA SILVA 
 
 
SEGURANÇA NO TRABALHO 
NO ÂMBITO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUARULHOS 
2018 
 
 
 
 
 
 
RAFAEL DA SILVA 
 
 
 
 
 
SEGURANÇA NO TRABALHO 
NO ÂMBITO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado ao Centro 
Universitário ENIAC como requisito parcialpara a obtenção da nota da disciplina de 
Trabalho de Conclusão de Curso. 
 
Orientador: 
Prof.:Allan Miranda e Danielly Arcini de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUARULHOS 
2018 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS 
 
NR – NORMA REGULAMENTADORA 
EPI – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
EPC – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA 
PCMAT - PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHONA 
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 
PPRA - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS 
PCMSO – PROGAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL 
SESMT – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM 
MEDICINA DO TRABALHO 
ASO - ATESTADOS DE SAÚDE OCUPACIONAIS 
MTE – MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO 
CLT – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS 
SESI - SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA 
SEBRAE - SERVIÇO DE BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENASEMPRESAS 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 5 
1.1 Objetivos ............................................................................................................ 6 
1.1.1 Objetivo geral ..................................................................................................... 6 
1.1.2 Objetivos específicos.......................................................................................... 6 
1.2 Justificativa ......................................................................................................... 7 
1.3 Metodologia............................................................................................................7 
1.5 Cronograma de Atividades......................................................................................9 
2. REVISÃO DA LITERATURA: O ESTADO DA ARTE ............................................ 10 
3. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A construção civil tem como característica marcante o fato de sua mão de obra 
ter maior importância do que a utilização de grandes tecnologias, na maioria das 
atividades exercidas. Além deste, outros fatores são importantes para que esta mão 
de obra seja vista com bastante cuidado, no que diz respeito aos acidentes. Pelo fato 
de ter tanta dependência da mão de obra, a construção civil é uma área em que a 
segurança do trabalho deveria ter maior importância, a obra esta sempre em contato 
com máquinas e equipamentos e próxima a grandes riscos, mas o que se tem notado 
é que a construção civil é um dos ramos das atividades que maior colabora com 
acidentes do trabalho. 
No setor, é possível observar também as atividades insalubres, que segundo a 
CLT, em seu artigo 189 considera como aquelas que, “por sua natureza, condições 
ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima 
dos limites de tolerância fixados sem razão da natureza e da intensidade do agente e 
do tempo de exposição aos seus efeitos” Dentre os principais problemas que 
envolvem a segurança do trabalho na construção civil o mais difícil de ser tratado é a 
própria mão de obra, pouco instruída e contratada com poucos critérios de avaliação, 
fatores estes que fica mais difícil de ser controlado e acidentes graves acabam 
acontecendo e colocam a construção civil entres os ramos de atividade campeões de 
acidentes com óbito. 
Muitos são os problemas que envolvem o operário da construção civil em 
acidentes no trabalho, como a baixa escolaridade, condições adversas de trabalho, 
insegurança no trabalho e pouca possibilidade de promoção. O nível dos 
trabalhadores e a rotatividade da mão de obra são fatores determinantes para a 
causa de acidentes no trabalho, o que exige uma promoção de cursos de qualificação 
voltada para melhor preparar os trabalhadores. . 
Por consequência de um trabalho cansativo e que requer bastante esforço 
físico, para fazer uma análise da influência da mão de obra em acidentes na 
construção civil, é necessário aplicar métodos de prevenção de acidentes, assim 
como aspectos da psicologia que podem ser diretamente aplicados em trabalhadores 
com o perfil da construção civil. Outro ponto importante é traçar um perfil do operário 
6 
 
 
da construção civil e a partir daí analisar se estas características levantadas são 
fatores preponderantes para aumento de acidentes. Sobre a qualificação profissional 
e, com base em dados levantados pelo sindicato dos trabalhadores da Construção 
Civil, demonstram estatisticamente dados que mostram o perfil do trabalhador que 
geralmente sofrem acidentes na construção civil sendo: 56% são trabalhadores com 
apenas prática na função, 41% são trabalhadores com nenhuma formação 
profissional e apenas 3% são trabalhadores com curso superior, técnico, SENAI 
(Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) ou similar. 
Quanto às causas dos acidentes, 50% são provocados por Atos Inseguros, 
devido à ação imprópria ou inadequada. 23% por condições Ambientais de 
Insegurança e 27% provocados por Atos Inseguros, devidos a omissões diversas. A 
partir das características da mão de obra e o fato do Brasil ter uma deficiência na 
educação pública, é visível a necessidade das empresas em ajudar a modificar estas 
características da mão de obra, buscando formas de educar os trabalhadores e 
também qualificá-los para as novas tecnologias que surgem em beneficio da 
eficiência e rapidez no produto final na construção civil. 
 
1.1 OBJETIVOS 
 
1.1.1 Objetivo geral 
Este trabalho tem por objetivo geral: 
 
Identificar, tipificar e quantificar as principais medidas para a segurança no trabalho no âmbito 
da construção civil. 
 
 
1.1.2 Objetivos específicos 
Serão três objetivos específicos a saber: 
 
1. Retratar as principais medidas usadas para a segurança no trabalho no âmbito 
da construção civil. 
 
2. Analisar a importância de uma ação preventiva oriunda de patrões e 
trabalhadores em conjunto, para reduzir o número de acidentes de trabalho. 
7 
 
 
 
3. Oferecer soluções possíveis de integração instrutivas sobre acidentes de 
trabalho e como evitá-los e o incentivo à limpeza e organização do ambiente de 
trabalho. 
 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
O presente trabalho se justifica por conta de três situações apontadas como seguem: 
A justificativa deste estudo em questão busca a conscientização da utilização 
de práticas de segurança no trabalho no âmbito da construção civil, se faz importante 
uma vez que este setor ocupa segundo lugar no ranking de números de acidentes no 
trabalho do Brasil. 
 
Outra justificativa que motivou este estudo se baseia nas várias irregularidades 
encontradas nas relações de segurança no trabalho, podendo esses pontos ser 
abordados com objetivo de reduzir em grande escala o número de acidentes no 
trabalho, perfil este, gerador de inúmeras perdas de recursos humanos. 
 
E, justifica-se este trabalho como proposta além de conscientização da importância da 
segurança no trabalho, entender as perdas parciais à saúde ou irreparáveis como a 
vida, tanto quanto às Empresas e até mesmo para a Previdência. 
 
1.3 METODOLOGIA 
 
Este estudo têm procedimentos de pesquisa bibliográfica, que de acordo com Vergara 
(1998), “é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, 
revistas, jornais, redes eletrônicas, (...)”. 
Enquanto Gil (2010, p.29) conceitua pesquisa bibliográfica da seguinte forma: “A 
pesquisa bibliográfica é elaborada com base em material já publicado. Tradicionalmente, esta 
modalidade de pesquisa inclui material impresso, como livros, revistas, jornais, teses, 
dissertações e anais de eventos científicos. 
Sendo assim, com o propósito de atingir os objetivos da pesquisa, optou-se por adotar 
a revisão da literatura baseada na leitura e análise de livros, artigos científicos,normas e leis, 
enfim uma pesquisa bibliográfica para compor este trabalho sem pretensão de esgotar o 
assunto, mas articular o tema com os conceitos de autores consagrados. 
8 
 
 
Diante do exposto acima, o presente trabalho, estará embasado em pesquisa 
bibliográfica citados na revisão da literatura e desenvolvida nos capítulos que serão 
desenvolvidos na monografia. 
Sendo destacados os objetivos de um plano de execução demonstrando as 
vantagens de se instaurar a conscientização e utilização de práticas de segurança no 
trabalho no âmbito da construção civil, para diminuição do número de acidentes no 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
1.5 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 
 
 
ATIVIDADES 4/9 11/9 2/10 9/10 16/10 23/10 30/10 6/11 13/11 20/11 27/11 02/12 
 Seção 1 – Introdução: Texto de conceituação e caracterização do tema X X X 
 
 
Ampliação das referências X X X X X X X X X 
 
 
Seção 2 – 2.1 Conceitos 
 
X X X 
 
 
Seção 2 – 2.2 Analise da Lei do Trabalho X X X 
Seção 2 – 2.3 Normas Regulamentadoras X X 
Seção 2 – 2.4 Construção Civil - empregados X X X X X 
Seção 2 – 2.5 Praticas de Segurança e Cursos X X X X 
Seção 2 – 2.6 Pesquisa Bibliográfica X X X X X 
Seção 3 Desempenho dos sistemas de Revestimentos / Anomalias devido à 
falta de manutenção / 
X X X X X X X X X X X 
Seção 3.1 – Soluções possíveis indicadas 
 
X X X X X X 
Seção 4 –Ação de Conscientização 
 
X X X 
Seção 5 – Conclusão 
 
X X 
Revisão final 
 
X 
Entrega final 
 
X 
10 
 
 
 
2. REVISÃO DA LITERATURA: O ESTADO DA ARTE 
Segundo Coutinho Bruno (2008), Segurança no Trabalho pode ser entendida 
como conjunto de medidas adotadas visando diminuir os acidentes de trabalho, 
doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho 
do trabalhador, sendo definida por normas e leis. 
De acordo com o artigo 19 da lei 8.213, publicada em 24 de julho de 1991 por 
definição legal, "acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a 
serviço da empresa, ou pelo exercício do trabalho do segurado especial, provocando 
lesão corporal ou perturbação funcional, de caráter temporário ou permanente". 
Lesão essa que pode provocar perda ou redução da capacidade para o trabalho e a 
morte. 
O primeiro conceito que se precisa saber sobre a segurança é que esta 
consiste na aplicação do sentido comum. Trata-se simplesmente de dispor das 
medidas adequadas para salvaguardar vidas. No âmbito da construção civil afeta 
tanto o projetista, como a direção e os próprios operários. A segurança no trabalho 
se aplica desde a elaboração do projeto e decorre até acabar com a entrega da 
obra. O segundo conceito fundamental centra-se em entender que o objetivo 
principal da segurança é prevenir acidentes e cumprir a norma vigente. 
Portanto, é necessário distinguir entre o que é proteção individual, proteção 
coletiva, limpeza e organização do ambiente de trabalho. Segundo Lourenço, G. 
Bernardo (2011), o estudo da cultura de segurança é de extrema importância no 
setor da construção civil, pois a existência de uma cultura de segurança eficaz irá 
resultar na redução dos índices de acidentes de trabalho. “Testar a influência das 
práticas organizacionais de segurança, higiene e saúde no trabalho, do clima de 
segurança grupal e da percepção de transferência da formação anterior nos 
comportamentos de segurança e na satisfação com a segurança, contribuem para 
um aumento na produtividade do trabalhador, assim como numa diminuição de 
acidentes de trabalho.” (Lourenço, G. Bernardo, 2011). 
Em artigo revisado do livro Saúde e Sociedade, 2012, Vol.21(4), p.976, 
descreve a atividade e a percepção dos trabalhadores da construção civil sobre os 
riscos e a carga de trabalho. 
11 
 
 
 
Priorizou-se a construção civil pela magnitude epidemiológica de ocorrência 
de acidentes de trabalho e a baixa eficácia das ações tradicionais de vigilância pelas 
características de informalidade, terceirização e rotatividade do setor. Os 
trabalhadores revelaram elevada percepção dos riscos de acidentes e que as 
medidas de segurança dificultam ou impedem a realização do trabalho. 
Os autores questionam a eficácia dos treinamentos para adesão às medidas 
de segurança e evidenciam a necessidade de uma pedagogia transformadora nas 
ações de promoção da saúde e prevenção dos acidentes de trabalho. (Saúde e 
Sociedade, Vol.21(4), p.976, 2012). 
Percebe-se a existência de um mito na construção civil em que a utilização de 
equipamentos de proteção individual ou coletiva dificultam o trabalhador a efetivar 
suas tarefas diárias. O que de fato deve ser abordado com mais sutileza e riqueza 
de detalhes, ao que pressupõe má utilização dos mesmos se existir de fato, um 
incômodo. 
12 
 
 
 
3.REFERÊNCIAS 
ABNT , ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. requisitos. 2. ed. Rio de 
Janeiro, dez. 2004. 
AZEVEDO, Celicina Borges. Metodologia científica ao alcance de todos . 2. ed. 
Barueri. SP: Manole, 2009. 
BARROS, Aidil Jesus da Silveira; Letfeld, Neide Aparecia de Souza. Fundamentos de 
Metodologia Científica. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007 
 
CASTRO, Claudio de Moura. A prática da pesquisa . 2. ed. São Paulo: Pearson 
Prentice Hall, 2006. 
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberdo da. Metodologia 
Científica . 6. ed. São Paulo: Person Prentice Hall, 2007. 
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa . 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 
______. Métodos e técnicas de pesquisa social . 5. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 
LOURENÇO, Gonzaga Bernardo, artigo: Práticas organizacionais de segurança; Higiene 
e saúde no trabalho ; Clima de segurança; 2011 
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos em metodologia científica . 6. ed. 7. 
reimpr. São Paulo, Atlas, 2009. 
FORMAÇÃO EM SEGURANÇA; Comportamentos de segurança . Disponível em: 
http://www.rcaap.pt/detail.jsp?id=oai:repositorio-iul.iscte.pt:10071/4850> acesso em 
setembro de 2017 
A IMPORTÂNCIA DO USO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. Disponível 
em: www.corbucci.com.br >acesso em setembro de 2017 
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA. Disponível em: sesiprosadigital.blogsplot.com 
> acesso em setembro de 2017 
OLIVEIRA, João dos Santos Maria - Os comportamentos de segurança : o contributo da 
experiência de acidentes de trabalho e do clima de segurança. Disponível em: 
http://repositorio-iul.iscte.pt/handle/10071/1002 > acesso em setembro de 2017 
REIS, Manuela Gea Cabrera. Diretrizesparaapresentaçãodedissertaçõeseteses. 4. ed. 
Escola Politécnica da USP - Divisão de Biblioteca, São Paulo, 2013. Disponível: 
http://www.poli.usp.br/images/stories/media/download/bibliotecas/DiretrizesTesesDisse 
rtacoes.pdf 
SEGURANÇA NO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL. Disponivel em: 
http://www.prt4.mpt.gov.br/pastas/publicacoes/imagens/campanhas/seguranca_constrcivil/ca
rtilhnr18.pdf ou http://blogdopetcivil.com/2010/10/28/seguranca-no-trabalho-na-construcao-
civil-parte-i/ > acesso em setembro de 2017 
SAÚDE E SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO CIVIL. Disponível em: 
http://es.lugarcerto.com.br/app/401,56/2013/05/05/interna_jorgeluiz,47207/saude-e-
seguranca-na-construcao-civil.shtml > acesso em setembro de 2017 
13 
 
 
 
SEGURANÇA NO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL. Disponível em: 
http://segurancanotrabalhors.blogspot.com.br/2012/02/estatisticas-de-acidentes-crescem-
os.html > acesso em setembro de 2017

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