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001 TCC ENIAC CARLOS E RAFAEL

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ENIAC – EDUCAÇÃO BÁSICA E SUPERIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Guarulhos 
2018 
SEGURANÇA NO TRABALHO 
NO ÂMBITO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
CARLOS ALMEIDA VIEIRA 
RAFAEL DA SILVA 
 
 
Guarulhos 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEGURANÇA NO TRABALHO 
NO ÂMBITO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Centro Universitário ENIAC, como requisito 
parcial para a obtenção do título de Bacharel 
em Engenharia Civil. 
Orientador: Prof. Alan Miranda Pereira 
 
 
CARLOS ALMEIDA VIEIRA 237652017 
RAFAEL DA SILVA 216552018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEGURANÇA NO TRABALHO 
NO ÂMBITO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Centro Universitário ENIAC, como requisito 
parcial para a obtenção do título de Bacharel 
em Engenharia Civil. 
Orientador: Prof. Alan Miranda Pereira 
 
Aprovado em: __/__/____ 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Prof. Alan Miranda Pereira 
 
 
Prof. José Carlos Guerra Junior 
 
 
Prof. Fernando Carlos Bantarrinho Monteiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus, que nos criou e foi criativo nesta tarefa. Seu folego de 
vida em mim me foi sustento e me deu coragem para 
questionar realidades e propor sempre um novo mundo de 
possibilidades. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Primeiramente a Deus que iluminou o meu caminho durante esta caminhada. 
A minha família que sempre esteve por perto nas horas boas e ruins, quase 
desistindo e nunca deixaram com suas palavras e intenções de boas índoles. 
Aos meus amigos que sempre estiveram por perto nessa nova conquista, nos dando 
incentivo e apoios constantes para chegarmos até aqui. 
Aos Professores Allan Miranda e Danielly Arcini de Souza pela paciência que 
estiveram conosco para a finalização deste trabalho. 
 
 
 
 
RESUMO 
 
É objetivo deste trabalho é analisar a Segurança no Trabalho e suas consequências 
no âmbito da Construção Civil. O contexto da pesquisa é muito abrangente, por isso 
delimitar-se-á o seu processo identificado na bibliografia pertinente, sem pretensão 
de esgotar o assunto, mas articular o tema com os conceitos de autores 
consagrados. Nessa perspectiva buscar-se-á resposta a seguinte questão: Em que 
medida a segurança no trabalho interfere no âmbito da construção civil. No ambiente 
de trabalho, principalmente canteiro de obra, requer-se certa atenção por parte do 
empregador. Questões como segurança e saúde são de extrema importância e 
devem ser postas em prática, pois a valorização do trabalhador no ambiente laboral 
é imprescindível. A indústria da construção civil é um ramo que envolve uma parcela 
considerável da população economicamente ativa que contempla um quadro de 
operário com uma taxa de escolaridade muito baixa. A justificativa deste estudo em 
questão busca a conscientização da utilização de práticas de segurança no trabalho 
no âmbito da construção civil, pois se faz importante uma vez que este setor ocupa 
segundo lugar no ranking de números de acidentes no trabalho do Brasil. 
 
 
Palavras-chave : Segurança no Trabalho, Construção Civil, Operário, Acidentes no 
Trabalho. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The objective of this work is to analyze Occupational Safety and its consequences in 
the Civil Construction field. The context of the research is very comprehensive, so it 
will delimit its process identified in the pertinent bibliography, without pretending to 
exhaust the subject, but to articulate the theme with the concepts of consecrated 
authors. From this perspective, the following question will be answered: To what 
extent does occupational safety interfere with civil construction? In the work 
environment, especially the construction site, it requires some attention from the 
employer. Issues such as safety and health are extremely important and should be 
put into practice, since the valorization of the worker in the work environment is 
essential. The construction industry is a branch that involves a considerable portion 
of the economically active population that includes a workforce with a very low 
educational level. The justification of this study in question seeks to raise the 
awareness of the use of safety practices in the field of civil construction, since it is 
important since this sector occupies second place in the ranking of occupational 
accident numbers in Brazil. 
Keywords : Occupational Safety, Civil Construction, Worker, Accidents at Work. 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 – NR18 – Disco de Serra................... ......................................................29 
Figura 2 – NR18 – Betoneira........................ ..........................................................30 
Figura 3 – NR18 (Martelete)........................ ...........................................................31 
Figura 4 – NR18 (Baia De Dobragem De Vergalhões)... ......................................32 
Figura 5 – NR18 Estrutura de Concreto.............. .................................................33 
Figura 6 – NR18 Policorte.......................... ...........................................................34 
Figura 7 – Orçamento............................... .............................................................37 
Figura 8 – 16 Principais riscos em canteiro de obra s........................................39 
Figura 9 – Concretagem de sapata................... ...................................................40 
Figura 10 – Armação de radier...................... .......................................................41 
Figura11 – Áreas de Vivência....................... ........................................................46 
Figura 12 – EPI.................................... ...................................................................47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................10 
2.JUSTIFICATIVA / RESULTADOS ESPERADOS............. .....................................13 
3. OBJETIVOS....................................... ....................................................................14 
3.1 OBJETIVO GERAL..............................................................................................14 
3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO.....................................................................................14 
4. CONSTRUÇÃO CIVIL................................ ............................................................15 
5. SEGURANÇA NO TRABALHO........................... ..................................................20 
5.1 ACIDENTES DO TRABALHO ............................................................................. 21 
5.2 CAUSAS DE ACIDENTES DE TRABALHO DA CONSTRUÇÃO CIVIL .............. 22 
5.3 PERFIL DA MÃO DE OBRA NA CONSTRUÇÃO CIVIL .................................... 24 
6. NR 18 – MEIO AMBIENTE DE TRABALHO DA CONSTRUÇÃO CIVIL ............. 26 
6.1 OBJETIVO DO PCMAT ....................................................................................... 26 
6.2 VALIDADE DO PCMAT ....................................................................................... 27 
6.3 PROFISSIONAL QUE ELABORA O PCMAT ...................................................... 27 
6.4 ETAPAS DO PCMAT .......................................................................................... 28 
6.5 DOCUMENTOS QUE INTEGRAM O PCMAT ..................................................... 29 
7. LOGÍSTICA NO CANTEIRO DE OBRA .................. ............................................. 31 
8. ANALISE DO CUSTO BENEFICIO E INVESTIMENTO NA SEG URANÇA DO 
TRABALHO........................................... ....................................................................37 
9. EDUCAÇÃO E TREINAMENTO............................................................................42 
9.1 PREVENÇÃO DE ACIDENTES...........................................................................43 
9.2 ÁREAS DE VIVÊNCIA.........................................................................................45 
10 CONCLUSÃO....................................... ................................................................49 
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...................... ...............................................51 
 
 
 
10 
1. INTRODUÇÃO 
 
Muitos são os problemas que envolvem o operário da construção civil em 
acidentes no trabalho, como a baixa escolaridade, condições adversas de trabalho, 
insegurança no trabalho e pouca possibilidade de promoção. O nível dos 
trabalhadores e a rotatividade da mão-de-obra são fatores determinantes para a 
causa de acidentes no trabalho, o que exige uma promoção de cursos de 
qualificação voltada para melhor preparar os trabalhadores. 
Por consequência de um trabalho cansativo e que requer bastante esforço 
físico, para fazer uma análise da influência da mão-de-obra em acidentes na 
construção civil, é necessário aplicar métodos de prevenção de acidentes, assim 
como aspectos da psicologia que podem ser diretamente aplicados em 
trabalhadores com o perfil da construção civil. 
O perfil do operário da construção civil a partir de características levantadas 
são fatores para aumento de acidentes. Sobre a qualificação profissional e, com 
base em dados levantados pelo sindicato dos trabalhadores da Construção Civil, 
demonstram dados que mostram o perfil do trabalhador que sofrem acidentes na 
construção civil sendo: 56% de trabalhadores com apenas prática na função, 41% 
são trabalhadores com nenhuma formação profissional e apenas 3% são 
trabalhadores com curso superior, técnico, SENAI (Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial) ou similar. 
O PCMAT, Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria 
da Construção, trata-se de um conjunto de ações ordenadamente pré-estabelecidas, 
relativas à segurança do trabalhador nas atividades referentes a indústria de 
construção. O PCMAT tem como objetivo a implementação de medidas de controle e 
sistemas preventivos de segurança nos processos e nas condições do trabalho na 
indústria de construção, visando a segurança e saúde de todos os trabalhadores. 
Já os canteiros de obras muitas vezes deixam a desejar em termos de 
organização e segurança, tornando-se visível a necessidade dos empreendedores 
do ramo da construção civil, em comprometerem-se com a melhoria contínua dos 
processos construtivos e com ações gerenciais que refletem claramente nos 
canteiros de obras. 
 
 
 
11 
Quanto às causas dos acidentes, 50% são provocados por Atos Inseguros, 
devido à ação imprópria ou inadequada. 23% por condições Ambientais de 
Insegurança e 27% provocados por Atos Inseguros, devidos a omissões diversas. A 
partir das características da mão-de-obra e o fato do Brasil ter uma deficiência na 
educação pública, é visível a necessidade das empresas em ajudar a modificar estas 
características da mão-de-obra, buscando formas de educar os trabalhadores e 
também qualificá-los para as novas tecnologias que surgem em beneficio da 
eficiência e rapidez no produto final na construção civil. 
Durante algumas leituras ainda no pré-projeto surgiu grande interesse pelo 
tema e sobre a segurança no trabalho no âmbito da construção civil. Além do forte 
interesse em conhecer mais sobre o assunto e desenvolver o tema em torno dos 
conceitos e entender a segurança no trabalho no âmbito da construção civil. 
Retratar as principais medidas usadas para a segurança no trabalho no 
âmbito da construção civil embasadas nas NR18 e NR10. 
Analisar a importância de uma ação preventiva oriunda de patrões e 
trabalhadores em conjunto, para reduzir o número de acidentes de trabalho. 
Oferecer soluções possíveis de integração instrutivas sobre acidentes de 
trabalho e como evitá-los e o incentivo à limpeza e organização do ambiente de 
trabalho.. 
Este trabalho tem como proposta além do foco da importância da segurança 
no trabalho, entender as perdas parciais à saúde ou irreparáveis como a vida, tanto 
quanto às Empresas e até mesmo para a Previdência. 
Este estudo têm procedimentos de pesquisa bibliográfica, que de acordo com 
Vergara (1998), “é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material 
publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, (...)”. 
Enquanto Gil (2010, p.29) conceitua pesquisa bibliográfica da seguinte forma: 
“A pesquisa bibliográfica é elaborada com base em material já publicado. 
Tradicionalmente, esta modalidade de pesquisa inclui material impresso, como 
livros, revistas, jornais, teses, dissertações e anais de eventos científicos. 
Sendo assim, com o propósito de atingir os objetivos da pesquisa, optou-se 
por adotar a revisão da literatura baseada na leitura e análise de livros, artigos 
 
 
 
12 
científicos, normas e leis, enfim uma pesquisa bibliográfica para compor este 
trabalho sem pretensão de esgotar o assunto, mas articular o tema com os conceitos 
de autores consagrados. 
Diante do exposto acima, o presente trabalho, estará embasado em pesquisa 
bibliográfica citados na revisão da literatura e desenvolvida nos capítulos que serão 
desenvolvidos na monografia. Sendo destacados os objetivos de um plano de 
execução demonstrando as vantagens de se instaurar a conscientização e utilização 
de práticas de segurança no trabalho no âmbito da construção civil, para diminuição 
do número de acidentes no trabalho. 
 
 
 
13 
2. JUSTIFICATIVA / RESULTADOS ESPERADOS 
 
A escolha do tema foi feita, levando em consideração a segurança e a saúde 
do trabalhador em seu ambiente de trabalho, a fim de evitar perca de produtividade 
e custos desnecessários decorrentes do acidente de trabalho. 
A Construção Civil é responsável por muitos acidentes no trabalho, pois exige 
que seus funcionários se exponham a fatores de risco, como calor, altura, ruídos e 
esforços repetitivos, contribuindo para aumentar os riscos de acidentes no trabalho. 
A falta de cultura, de exigência e de consciência profissional, além da 
despreocupação com o trabalhador, gera números elevados de acidentes e doenças 
do trabalho, que muitas vezes podem ser fatais. Desta forma, percebe-se a 
importância da implantação de medidas preventivas a fim de conscientizar 
empresários e profissionais da área para a importância do estudo e para que se 
desperte o interesse do próprio trabalhador à preservação da vida, visto que o Brasil 
já foi considerado um dos países com altos índices de acidentes e mortes no 
trabalho da construção civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
3. OBJETIVOS 
 
3.1 OBJETIVO GERAL 
 
Verificar as condições e qualidades de trabalho em um canteiro de obra de 
Construção Civil. Visando a Segurança e Prevenindo os acidentes de trabalho 
ocasionados. 
3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO 
• Informar e ilustrar a importância da segurança e prevenção de 
acidentes de trabalho; 
• Propor melhorias, de acordo com as normas de segurança; 
• Contribuir efetivamente com a construtora da respectiva obra 
analisada, fornecendo quando necessário, informações, sugestões e alguns 
apontamentos referentes aos trabalhadores e à obra; 
• Estudar a viabilidade do custo de implantação de Segurança . 
• Analisar o benefício do acompanhamento do profissional de segurança 
do trabalho na obra em estudo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
4. CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
A indústria da construção civil é um ramo que envolve uma parcela 
considerável da população economicamente ativa que contempla um quadro de 
operário com uma taxa de escolaridade muito baixa. Alguns mal sabem assinar seu 
nome enquanto outros são o que pode-se considerar como analfabetos funcionais. 
Outro aspecto é a rotatividadede operários no setor, que inviabiliza medidas 
prevencionistas e de conscientização. 
Diante desta realidade, em 2000 foi firmado um Termo de Operação: “Técnica 
entre o Ministério da Saúde e Emprego e a Câmara Brasileira da Indústria da 
Construção (CBIC) visando à colaboração para desenvolver ações no campo da 
saúde e segurança no trabalho” (MTE/CBIC). 
Questões como estas e outras, que permeiam a indústria da construção são 
vagarosas e onerosas. Nem todos os empresários deste segmento estão dispostos a 
viabilizar ações como a citada acima ou similares a esta. Contemplando a NR6, 
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e 
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, deve-se organizar primeiramente o 
local de trabalho, estabelecendo uma política prevencionista efetiva e respeitada por 
todos sem distinção de hierarquia. 
Deste modo, a empresa pode buscar benefício no que diz respeito à saúde e 
segurança no trabalho de todos dentro da organização. A meta principal é 
desenvolver ações que visem restabelecer a segurança no local de trabalho, 
melhorar as suas instalações seguindo as normas regulamentadoras e promover 
campanhas motivacionais por investir nos seus operários com cursos 
profissionalizantes, educação para adultos etc. 
A Constituição Federal, em seu Artigo 7º, XXII, citado por Teixeira e Teixeira 
(2002, p. 184), ressalta a ideia de que, “[são direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) Redução 
dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e 
segurança”. 
Um fator preponderante é a ineficiência de fiscalização da superintendência 
regional do trabalho (SRTE) nos canteiros de obras. Esta falta de fiscalização acaba 
 
 
 
16 
por deixar os empresários em uma zona de conforto, e assim priorizam a 
produtividade e o prazo de entrega estabelecido pelos seus clientes, ao invés de 
seguir as recomendações da NR18. Quanto mais frequente for a fiscalização, mais 
atenção seria dada às melhorias no ambiente de trabalho. De acordo com o Artigo 
626 da Consolidação das Leis do Trabalho, Decreto-lei 5452/42: 
Art. 626 - Incumbe às autoridades competentes do Ministério do Trabalho, 
Indústria e Comércio, ou àquelas que exerçam funções delegadas, a fiscalização do 
fiel cumprimento das normas de proteção ao trabalho. 
Parágrafo único - Os fiscais dos Institutos de Seguro Social e das entidades 
paraestatais em geral dependentes do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio 
serão competentes para a fiscalização a que se refere o presente artigo, na forma 
das instruções que forem expedidas pelo Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio. 
As medidas de segurança e saúde no trabalho não deveriam estar presas à 
burocracia e fachadas à espera de inspeção de autoridades. Estas medidas 
precisam estar presentes no canteiro de obra, visando o bem-estar físico e mental 
do operário. E certamente é conveniente uma integração entre empregador, operário 
e meio ambiente. Desta forma, todos devem trabalhar conjuntamente em busca de 
equilíbrio e diminuição de acidente no trabalho. Em artigo de Vieira et al. (2009, p. 
5), os autores reproduzem a fala de Jorge Luís de Lima Maciel, que cita Cardella: 
É importante destacar que a Segurança no Trabalho requer uma abordagem 
integrada, segundo a qual o acidente de trabalho é um fenômeno de natureza, 
multifacetada, resultante de interações complexas entre fatores físicos, químicos, 
biológicos, psicológicos, culturais e sociais. 
No ambiente de trabalho, principalmente canteiro de obra, requer-se certa 
atenção por parte do empregador. Questões como segurança e saúde são de 
extrema importância e devem ser postas em prática, pois a valorização do 
trabalhador no ambiente laboral é imprescindível. Deste modo, a segurança e a 
saúde do trabalhador devem ser tratadas como uma prioridade, fazendo necessárias 
as medidas de prevenção e proteção. Segundo o Artigo 6º da Convenção 
Internacional sobre a Segurança e Saúde na Construção, “Deverão ser adotadas 
todas as precauções adequadas para garantir que todos os locais de trabalho sejam 
 
 
 
17 
seguros e estejam isentos de riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores” 
(ORGANIZAÇÃO, 2012). 
No Brasil, a legislação de segurança e saúde do trabalho está composta por 
“normas regulamentadoras”, leis complementares como portarias e decretos, além 
das convenções internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT). De 
importância particular são as Medidas de Prevenção e Proteção da terceira seção da 
“Convenção sobre a Segurança e Saúde na Construção” (ORGANIZAÇÃO, 2012): 
 
III. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO 
 Artigo 13 
 Segurança nos locais de trabalho 
 1. Deverão ser adotadas todas as precauções adequadas para garantir que 
todos os locais de trabalho sejam seguros e estejam isentos de riscos para a 
segurança e saúde dos trabalhadores. 
 2. Deverão ser facilitados, mantidos em bom estado e sinalizados, onde for 
preciso, meios seguros de acesso e de saída em todos os locais de trabalho. 
 3. Deverão ser adotadas todas as precauções adequadas para proteger as 
pessoas presentes em uma obra, ou em suas imediações, de todos os riscos que 
possam se derivar da mesma. 
4. Equipamento de proteção Individual e coletiva 
Dificuldades são enfrentadas pelos empregadores em relação à resistência ao 
uso dos EPIs por parte dos operários. Mesmo que a construção civil seja 
considerada a indústria mais perigosa do mundo, em termos de acidente de trabalho 
e doença ocupacional, os operários, por vez e outra, burlam os procedimentos e 
acabam trabalhando de forma inadequada e sem segurança, expondo-se ao risco de 
acidente. O alto índice de acidente de trabalho na indústria da construção é 
proveniente de ato inseguro, utilização inadequada de equipamento e falta de 
treinamento. Assim, Diniz (2002, p. 30) explica as ideias de Brandli, que por sua vez, 
cita Hillebrandt: 
 
 
 
18 
[Brandli] acredita que a esmagadora desvantagem do sistema de 
subcontratação é a falta de treinamento, embora exista em outros sistemas também. 
Ressalta que o problema desta questão é que o treinamento já inexiste em muitos 
casos e se agrava com a terceirização dos trabalhos. 
A Norma Regulamentadora 6 (NR6) é clara e sábia em seus dispositivos, 
quando se refere a direitos e deveres dos empregadores e empregados. Não basta 
o empregador fornecer o equipamento de proteção individual (EPI), que também 
deve ser adequado ao risco de cada atividade. É ainda de total responsabilidade da 
empresa em treinar seus operários quanto ao uso. De acordo com o dispositivo 6.7.1 
da NR 6, o empregado, por sua vez, deve “usar o EPI fornecido pela empresa para a 
finalidade a que se destina e responsabilizar-se por sua guarda e conservação”, 
dentre outras recomendações existente na NR6, que servem como norteador na 
proteção do operário de acidentes de trabalho e, caso aconteça algum acidente, 
trata-se de minimizar a sua gravidade. 
Assim, como afirma Diniz (2002, p. 36), baseado nas ideais de José Carlos de 
Arruda Sampaio, “[o] EPI tem por finalidade auxiliar e orientar os funcionários da 
empresa na utilização adequada, os quais quando esquecidos mesmo por instantes, 
pode provocar algum acidente não esperado”. 
Em paralelo ao uso de EPIs, se faz necessário à complementação de 
equipamento de proteção coletiva (EPC) no canteiro de obra, seguido de 
treinamento para assegurar a sua eficiência. Os EPCs reforçam a segurança tanto 
do operário na sua atividade, quanto a dos outros que vistam a obra. Assim os EPCs 
proporcionam melhoria no ambiente de trabalho pela redução dos riscos de 
acidentes de trabalho. Ou seja, “EPC é todo dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou 
móvel de abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e saúde 
dos trabalhadores, usuáriose terceiros” (COMISSÃO, [2012], p. 167). 
E nos termos de Sampaio, EPCs: 
[São ações, equipamentos ou elementos que servem de barreira entre o 
perigo e os operários]. Numa visão mais ampla, são todas as medidas de segurança 
tomadas numa obra para proteger uma ou mais pessoas (SAMPAIO, 1998, p. 95 
apud Diniz, 2002, 35). 
 
 
 
19 
Pode-se afirmar que o uso correto de EPI e EPC pelos operários durante a 
sua atividade laboral só traz benefício. Pois embora não evitem totalmente os 
acidentes, certamente os EPI e EPC minimizam bastante o impacto dos possíveis 
acidentes e o desenvolvimento de doença ocupacional. 
 
 
 
 
 
 
20 
5. SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
Chiavenato(1999) apud Monteiro at al. (2005), define segurança do trabalho 
como “o conjunto de medidas técnicas, educacional, médica e psicológica utilizadas 
para prevenir acidentes, eliminando as condições inseguras do ambiente, e também 
instruindo ou convencendo as pessoas sobre a implantação de práticas preventivas”. 
Segundo Grohmann (1997), a segurança no trabalho é “uma função 
empresarial que, cada vez mais, torna-se uma exigência conjuntural. As empresas 
devem procurar minimizar os riscos a que estão expostos seus funcionários, pois, 
apesar de todo avanço tecnológico, qualquer atividade envolve certo grau de 
insegurança”. A omissão a uma política de segurança eficaz acarreta diversos 
problemas como o relacionamento humano, a produtividade da empresa e também a 
qualidade do produto e dos custos. 
Além disso, é preciso investir em segurança, pois a economia feita antes, 
evitando gastar com produtos, cursos e treinamentos de qualificação dos 
funcionários, gera prejuízos futuros, pois a partir de um simples acidente todo um 
processo é preciso ser envolvido, diminuindo a produção e qualidade do produto 
final. As técnicas de Segurança no Trabalho são definidas por normas e leis. No 
Brasil, a Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas 
Regulamentadoras (NRs), leis complementares, como portarias e decretos e 
também as convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho, 
ratificadas pelo Brasil. 
A segurança no trabalho envolve uma série de normas regulamentadoras, 
dentre elas existem algumas mais específicas e de grande importância, mas muitas 
são generalizadas, podendo todas ser consultadas por técnicos e engenheiros na 
área de segurança e saúde no trabalho. Por isso, é importante o conhecimento 
destas normas para obedecer aos procedimentos impostos por elas, passíveis de 
penalidades caso não sejam obedecidas e para qualquer necessidade eventual de 
consulta. Para esse estudo existem algumas NR’s que se tornam mais importantes, 
como: NR-05, NR-06 e NR-18. 
 a) NR 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA 
b) NR 06 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI 
 
 
 
21 
c) NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção 
 
5.1 Acidentes do Trabalho 
 
Segundo a Lei 8.213 de 24/07/1991, art. 19, acidente do trabalho é definido 
como: 
Art. 19 - O que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo 
exercício do trabalho dos segurados, provocando lesão corporal ou perturbação 
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da 
capacidade para o trabalho. 
a) quando ocorrer lesão corporal; 
b) quando ocorrer perturbação funcional ou; 
c) quando ocorrer doença. 
Ainda, segundo a Lei 8.213 de 24/07/1991, em seu artigo 20, considera-se 
acidente do trabalho: 
a) doença profissional: É desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a 
determinada atividade e constante da relação elaborada pelo Ministério do Trabalho 
e da Previdência Social; 
b) doença do trabalho: É desencadeada em função de condições especiais 
em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da 
relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. 
O Art. 21 mostra que equiparam-se ainda, ao acidente do trabalho: 
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, 
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da 
sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a 
sua recuperação; 
 II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em 
consequência de: 
 
 
 
22 
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou 
companheiro de trabalho; 
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa 
relacionada ao trabalho; 
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de 
companheiro de trabalho; 
d) ato de pessoa privada do uso da razão; 
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes 
de força maior. 
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no 
exercício de sua atividade; 
 IV – o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de 
trabalho: 
 a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da 
empresa; 
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar 
prejuízo ou proporcionar proveito; 
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada 
por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, 
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de 
propriedade do segurado; 
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, 
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do 
segurado. 
 
5.2 Causas de Acidentes de trabalho da Construção C ivil 
 
Teixeira (S.d.) afirma que as maiores causas de acidentes nos canteiros são 
as más condições do ambiente de trabalho e os atos inseguros. O autor lista como 
más condições do ambiente, os canteiros mal planejados e mal dimensionados, a 
 
 
 
23 
falta de qualificação dos trabalhadores, a falta de fiscalização em terceirizações, o 
longo trajeto dos funcionários do trabalho pra casa e de casa pro trabalho e a pressa 
para execução da obra devido a apertos em cronogramas, gerando trabalho sobre 
trabalho ou excesso de trabalho. Santos at al. (S.d.) considera que os atos 
inseguros correspondem a aproximadamente 90% (noventa por cento) das causas 
dos acidentes na construção civil e as condições inseguras também são apontadas 
como causadoras de acidentes, como problemas com equipamentos, instalações e 
fatores organizacionais. 
O autor acredita também que todo elemento envolvido no trabalho é potencial 
gerador de ocorrência, por isso deve-se estar atento para todas as atividades 
exercidas na empresa, sem descuido. 
a) Condições Ambientais de Insegurança Santos at al. (S.d.) se referindo às 
condições ambientais de insegurança como um dos fatores causa acidente, aponta 
que os ambientes de trabalho podem apresentar fatores que 
causam danos à saúde dos trabalhadores, dependendo do tipo de atividade que 
cada um exerça e do tipo de atividade que a empresa desenvolve. A identificação 
das causas dos acidentes é feita por um estudo específico de cada acidente, 
existindo para cada caso métodos para solução dos problemas. 
Na indústria da construção civil, pode-se observar com facilidade a existência 
de vários tipos de riscos, onde um só trabalhador está exposto a vários desses 
riscos. Isto é considerada uma característica predominante da construção civil. 
b) Atos Inseguros Segundo Cox apud Melo (1989) apud Santos at al. (S.d.), 
“os atos inseguros são as causas que residem exclusivamente no fator humano, isto 
é, aqueles que decorrem da execução de tarefas de uma forma contrária as normas 
de segurança”. Santos at al. (S.d.) também afirma que os atos inseguros geralmente 
são cometidos por: 
a) Inadaptação do serviço; 
b) Falta de conhecimento ou experiência em fazer o serviço; 
 c) Excesso de confiança;d) Cansaço; 
e) Preocupações gerais. 
 
 
 
24 
Os processos de trabalho mais utilizados na construção civil também 
influenciam diretamente na ocorrência de acidentes. Isso porque essas atividades 
exigem esforços dos operários, surgindo sintomas de fadiga, e conseqüentemente 
deixando-os desatentos para o serviço. 
5.3 Perfil da Mão de Obra na Construção Civil 
A construção civil sofre em relação a acidentes por ter uma mão de obra 
pouco qualificada, isto acontece porque, dos trabalhadores contratados, são 
exigidos bastante força física e pouca qualificação para realizar a maioria das 
atividades. Segundo a SindusCon-SP3, o número de trabalhadores na área da 
construção vem crescendo expressivamente, mas, com este crescimento vem a 
contratação de uma grande parte de profissionais sem qualificação, isto porque 
houve um avanço nas tecnologias aplicadas na construção e, em contrapartida, não 
foi investido em qualificação para estes trabalhadores, o que ocasiona uma maior 
facilidade para a ocorrência de acidentes, a partir do momento em que estes 
funcionários tinham uma “experiência” com materiais mais tradicionais. 
De acordo com pesquisa realizada por Carreiro (2003) sobre a qualificação 
profissional e, com base em dados levantados pelo sindicato dos trabalhadores da 
Construção Civil, demonstram estatisticamente dados que mostra o perfil do 
trabalhador que geralmente sofre acidentes na construção civil. 56% (Cinqüenta e 
seis por cento) são trabalhadores com apenas prática na função, 41% (quarenta e 
um por cento) são trabalhadores com nenhuma formação profissional e apenas 3% 
(três por cento) são trabalhadores com curso superior, técnico, SENAI (Serviço 
Nacional de Aprendizagem Industrial) ou similar. 
Quanto às causas dos acidentes, Carreiro (2003) demonstra que 50% 
(cinqüenta por cento) são provocados por Atos Inseguros, devido à ação imprópria 
ou inadequada. 23% (Vinte e três por cento) por condições Ambientais de 
Insegurança e 27% (vinte e sete por cento) provocados por Atos Inseguros, devidos 
a omissões diversas. A Federação dos Trabalhadores da construção civil, na Bahia, 
confirmam a baixa escolaridade no segmento da construção. Segundo o Sindicato, a 
estimativa é que cerca de 50% dos trabalhadores da construção civil são 
analfabetos. 
 
 
 
25 
A partir das características da mão de obra vista acima e o fato do Brasil ter 
uma deficiência na educação pública, é visível a necessidade das empresas em 
ajudar a modificar estas características da mão de obra, buscando formas de educar 
os trabalhadores e também qualificá-los para as novas tecnologias que surgem em 
beneficio da eficiência e rapidez no produto final na construção civil. 
 
 
 
 
26 
6. NR 18 – MEIO AMBIENTE DE TRABALHO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
Conforme Regulamentadora 18 (NR-18), que orienta quanto a aspectos de 
ordem administrativa, de planejamento e de organização que objetivam a 
implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos 
processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho da Indústria da 
Construção. 
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da Construção – 
(PCMAT), objetiva a garantir, definir, prever, determinar e aplicar todo o Programa 
de Condições e Meio Ambiente de Trabalho em toda obra. 
Segundo a NR-18 é necessário que o PCMAT contenha o memorial sobre 
condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, no entanto, ao 
analisar foi mencionada uma descrição muito sucinta no sumário apresentado, 
também não foi mencionado o tipo de obra, nem mesmo quais as atividades que 
serão exercidas, sendo sempre muito genérico quanto à proteção a ser utilizada 
para cada atividade. 
O PCMAT trata-se de um conjunto de ações ordenadamente pré-
estabelecidas, relativas à segurança do trabalhador nas atividades referentes a 
indústria de construção. Conforme estabelece o subitem 18.1.2 da NR18 do 
Ministério do Trabalho e do Emprego, considera as atividades da indústria de 
construção como: 
“...Consideram-se atividades da Indústria da Construção as constantes do 
Quadro I, Código da Atividade Específica, da NR4 - Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em Medicinado Trabalho e as atividades e serviços de 
demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral, de qualquer 
número de pavimentos ou tipo de construção, inclusive manutenção de obras de 
urbanização e paisagismo.” 
6.1 Objetivo do PCMAT 
 
O PCMAT tem como objetivo a implementação de medidas de controle e 
sistemas preventivos de segurança nos processos e nas condições do trabalho na 
indústria de construção, visando a segurança e saúde de todos os trabalhadores, tal 
como a de terceiros. 
 
 
 
27 
Segundo o subitem 18.3.1 da NR18, o Ministério do Trabalho e do Emprego, 
estabelece que: 
“18.3.1. São obrigatórios a elaboração e o cumprimento do PCMAT nos 
estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos 
desta NR e outros dispositivos complementares de segurança” 
 
6.2 Validade do PCMAT 
 
O PCMAT contempla os riscos de todas as etapas da obra, por isso ele não 
tem uma validade definida. 
Periodicamente o PCMAT deve passar por uma reavaliação global. Na 
reavaliação deve ser observado seu desenvolvimento, e também se ele está 
atendendo plenamente o objetivo para o qual foi elaborado. Se houver necessidade, 
deve ser feito ajustes necessário estabelecendo novas metas e prioridades de 
segurança. 
 
6.3 Profissional que elabora o PCMAT 
 
A NR 18 no seu item 18.3.2 diz que O PCMAT deve ser elaborado por 
profissional legalmente habilitado na área de segurança do trabalho. 
O Glossário da NR 18 descreve como: Legalmente Habilitado: Profissional 
que possui habilitação exigida pela lei. 
A diferença é que o PCMAT é um programa mais detalhado que o PPRA. Ele 
é elaborado para proporcionar ações e medidas de segurança do trabalho em todas 
as fases da obra. Já o PPRA é um programa mais genérico, não é tão detalhado 
como o PCMAT e não é feito visando cada etapa da obra. A elaboração do PCMAT 
não desobriga a empresa de ter que cumprir as exigências do PPRA. 
Segundo o item 18.3.11 da NR 18, O PCMAT deve contemplar as exigências 
contidas na NR 9 PPRA. Isso significa que o PPRA deverá constar dentro do 
PCMAT ou seja, eles formam um único programa de prevenção. Um programa está 
intimamente ligado ao outro. 
 
 
 
 
28 
6.4 Etapas do PCMAT 
 
A elaboração do PCMAT é realizada em 5 etapas: 
1. Análise de projetos. 
É a verificação dos projetos que serão utilizados para a construção, com o 
intuito de conhecer quais serão os métodos construtivos, instalações e 
equipamentos que farão parte da execução da obra. 
2. Vistoria do local. 
A vistoria no local da futura construção serve para complementar a análise de 
projetos. Esta visita fornecerá informações sobre as condições de trabalho que 
efetivamente serão encontradas na execução da obra. Por exemplo: verificar o 
quanto e em que local haverá escavação, se há demolições a serem feitas, quais as 
condições de acesso do empreendimento, quais as características do terreno, etc. 
3. Reconhecimento e avaliação dos riscos. 
Nesta etapa é feito o diagnóstico das condições de trabalho encontradas no 
local da obra. Surge, então, a avaliação qualitativa e quantitativa dos riscos, para 
melhor adoção das medidas de controle. 
4. Elaboração do documento base. 
É a elaboração do PCMAT propriamente dito. É o momento onde todo o 
levantamento anterior é descrito e são especificadas as fases do processo de 
produção. Na etapa do desenvolvimento do programa têm de ser demonstradas 
quais serão as técnicas e instalações para a eliminação e controle dos riscos. 
5. Implantação do programa. 
É a transformação de todo o material escrito e detalhado no programa para as 
situações de campo. 
O processo de implantação do programacontempla: Desenvolvimento/ 
aprimoramento de projetos e implementação de medidas de controle; Adoção de 
programas de treinamento de pessoal envolvido na obra, para manter a “chama” da 
segurança sempre acesa; Especificação de equipamentos de proteção individual; 
Avaliação constante dos riscos, com o objetivo de atualizar e aprimorar 
sistematicamente o PCMAT; Estabelecimento de métodos para servir como 
 
 
 
29 
indicadores de desempenho; Aplicação de auditorias em escritório e em campo, de 
modo a verificar a eficiência do gerenciamento do sistema de Segurança do 
Trabalho. 
Figura 1 – NR18 – Condições de Segurança 
 
Fonte : Seconvi, 2018 – Cartilha de Segurança 
 
6.5 Documentos que integram o PCMAT 
 
Segundo item 18.3.4 da NR 18. Integram o PCMAT: 
a) Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e 
operações, levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do 
trabalho e suas respectivas medidas preventivas; 
b) Projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de 
execução da obra; 
c) Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas; 
d) Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT em 
conformidade com as etapas de execução da obra. (Alterado pela Portaria SIT 
n.º 296/2011). 
e) Layout inicial e atualizado do canteiro de obras e/ou frente de trabalho, 
contemplando, inclusive, previsão de dimensionamento das áreas de vivência. 
(Alterado pela Portaria SIT n.º 296/2011). 
 
 
 
30 
f) Layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previsão de 
dimensionamento das áreas de vivência; 
g) Programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e 
doenças do trabalho, com sua carga horária. 
O PCMAT deve ser guardado por no mínimo 20 anos. O PCMAT deve 
permanecer no lugar de origem do programa a disposição dos interessados e da 
fiscalização do trabalho. 
 
 Figura 2 – NR18 – Cond ições de Segurança 
 
 
Fonte : Seconvi, 2018 – Cartilha de Segurança 
 
 
 
 
 
31 
7. LOGÍSTICA NO CANTEIRO DE OBRA 
 
A logística no canteiro de obra nada mais é do que a adequação dos 
conceitos da logística aplicada dentro do canteiro de obra. Para que isso aconteça 
deve existir um estudo que vai definir a estratégia para implantação do 
empreendimento, focando também o canteiro, para que se possam planejar 
antecipadamente as condições mais apropriadas de entrada e saída de materiais e 
mão de obra, assim como as escolhas dos equipamentos a serem utilizados e seus 
posicionamentos. 
Existe uma divisão da logística que permite ser aplicada às empresas e a 
identificar com maior clareza as principais atividades associadas à logística em uma 
obra. Desde modo, fica dividida em logística de suprimentos (externa) e logística de 
canteiro (interna). A logística de suprimentos trata do fornecimento dos recursos 
materiais e humanos necessários à produção, destacam as atividades de 
planejamento e processamento das aquisições, a gestão de fornecedores, o 
transporte dos recursos até a obra e a manutenção dos recursos de materiais 
previstos no planejamento. 
 Figura 3 – NR18 Requisitos de Segurança 
 
Fonte : Seconvi, 2018 – Cartilha de Segurança 
 
 
 
 
32 
Já a logística de canteiro, trata da gestão dos fluxos físicos e dos fluxos de 
informações associados à execução de atividades no canteiro, suas atividades estão 
relacionadas a gestão dos fluxos físicos ligados a execução (planejamento 
detalhado dos fluxos de execução dos serviços e dos seus mecanismos de controle), 
a gestão da interface entre os agentes que interagem no processo de produção 
(informações e interferência entre os serviços) e gestão física da praça de trabalho 
(implantação do canteiro, movimentação interna, zonas de estocagem, zonas de pré-
fabricação e atendimento aos requisitos de segurança). (CARDOSO, 1996) 
Segundo Ferreira (1998), a produção da obra esta diretamente ligada ao 
projeto do canteiro, que é o serviço integrante do processo de construção 
responsável pela definição do tamanho, forma e localização das áreas de trabalho, 
fixas e temporárias, das vias de circulação, onde se faz necessário o 
desenvolvimento das operações de apoio e execução, durante cada fase da obra, de 
forma integrada e evolutiva, de acordo com o projeto de produção do 
empreendimento, oferecendo condições de segurança, saúde e motivação aos 
trabalhadores e permitindo a execução racionalizada dos serviços. 
 Figura 4 – NR18 – Requisitos de Segurança 
 
Fonte : Seconvi, 2018 – Cartilha de Segurança 
 
O planejamento do canteiro deve ser realizado através de um procedimento 
sistematizado, onde envolve a análise preliminar, que vai coletar os dados das 
 
 
 
33 
necessidades do canteiro, das informações sobre o terreno e do entorno da obra, 
principalmente as definições técnicas da obra e os cronogramas a serem cumpridos. 
(SAURIM; FORMOSO, 2006). 
Seja qual for o sistema utilizado, deve levar em consideração os custos de 
aquisição, custos de implantação, custos de manutenção, reaproveitamento, 
durabilidade, facilidade de montagem e desmontagem, isolamento térmico e impacto 
visual. (GIONGO, 2008). 
 
 Figura 5 – NR18 – Requisitos de Se gurança 
 
Fonte : Seconvi, 2018 – Cartilha de Segurança 
 
Vale ressaltar que a importância de cada critério é variável conforme as 
necessidades da obra. Toda obra passa por etapas a serem executadas até que 
elas assumam características e formas específicas daquela atividade, enquanto isso 
ocorre é possível que o canteiro de obra se torne mutável com o decorrer da obra. 
Por isso, classifica-se o canteiro de obra como inicial, onde envolve as dificuldades 
da locação das instalações provisórias e o estabelecimento de áreas para carga e 
descarga dos materiais; como oferecedor de risco máximo aos operários devido ao 
layout não comportar as necessidades dos operários, tendo que ser ampliado ou 
transferido de local; e por último, o encerramento da obra, onde as instalações 
 
 
 
34 
provisórias deverão ser transferidas para áreas já finalizadas da obra para dar início 
aos serviços de acabamento. (FELIX, 2000) 
Reforçando esse pensamento, Souza (2000) afirma que: “Não há sentido em 
se falar em qualidade na obra ou produtividade no processo construtivo quando não 
se tem planejado o local onde os serviços de construção acontecem.” 
Entretanto, o planejamento do canteiro, em particular, tem sido um dos 
aspectos mais negligenciados na indústria da construção, sendo que as decisões 
são tomadas à proporção que os problemas surgem no decorrer da execução. 
(HANDA,1988). 
 Figura 6 – NR18 – Requisitos de Segurança 
 
Fonte : Seconvi, 2018 – Cartilha de Segurança 
 
Em consequência, os canteiros de obras muitas vezes deixam a desejar em 
termos de organização e segurança, tornando-se visível a necessidade dos 
empreendedores do ramo da construção civil, em comprometerem-se com a 
melhoria contínua dos processos construtivos e com ações gerenciais que refletem 
claramente nos canteiros de obras. 
 
 
 
35 
O estudo realizado por Vieira (2006), constata que nem todas as empresas 
investem no canteiro de obra, ou seja, no planejamento antecipado do layout, e por 
conta disso, observa-se, elevados índices de desperdícios, diversas improvisações e 
um alto nível de exigência do mercado consumidor paralelo ao crescimento da 
competitividade. Por conta disso, faz-se necessário, buscar a conscientização e a 
implantação da gestão logística como fator determinante para alcançar a eficiência 
produtiva. 
Sendo assim, as empresas precisam definir uma política bem consolidada 
sobre a logística, de forma que essa atenda plenamente às necessidades dos 
empreendedores (clientes) tanto na qualidade como no preço. Por issoas empresas 
que se preocupam com sua imagem no mercado de trabalho, com o seu diferencial 
em organização e cumprimento de prazos, investem nas consultorias das empresas 
especializadas em planejamento. 
No caso do planejamento das instalações dos canteiros de obras de 
edificações, observa-se uma ausência de critérios e bases teóricas para a sua 
realização, o que acarreta diversos problemas que interferem no processo produtivo. 
Embora muitas das deficiências identificadas nos canteiros de obras apresentarem a 
origem em etapas anteriores do empreendimento, tais como a falta de 
compatibilização de projetos e de procedimentos de execução dos serviços. Um 
grande potencial de melhorias no canteiro está no planejamento do layout de um 
canteiro de obra, visando obter a melhor utilização do espaço disponível, locando ou 
arranjando operários, materiais e equipamentos, de forma que sejam criadas 
condições propícias para a realização de processos com eficiência, através de 
mudanças no sequenciamento de atividades, da redução de distâncias e tempos de 
deslocamentos, além da melhor preparação dos postos estratégicos de trabalho. 
(ELIAS; LEITE; SILVA; LOPES) 
Tommelein (1992), considera que apesar de as vantagens operacionais e 
econômicas de um eficiente planejamento do canteiro serem mais óbvias em 
empreendimentos de maior porte e complexidade, tornam-se ponto pacífico, um 
estudo criterioso do layout e da logística do canteiro onde deve estar entre as 
primeiras ações para que sejam bem aproveitados todos os recursos materiais e 
humanos empregados na obra, qualquer que seja seu porte. Embora seja 
 
 
 
36 
reconhecido que o planejamento do canteiro desempenha um papel fundamental na 
eficiência das operações, cumprimento de prazos, custos e qualidade da construção, 
os gerentes/empreendedores geralmente aprendem a realizar tal atividade somente 
através da tentativa de erro, ao longo de muitos anos de trabalho. 
Com a implantação dos sistemas de qualidade, as condições de organização 
do canteiro de obras têm sido melhoradas, um exemplo clássico encontrado são as 
definições das áreas de armazenamento realizadas sem a compatibilização entre o 
espaço disponível e volumes armazenados, obrigando mudanças frequentes ou 
utilização de diversas áreas para abrigar os materiais, dificultando assim os 
controles e comprometendo a integridade dos produtos. (FARAH, 1996) 
Assim como o mercado da construção civil, a área de logística encontra-se 
em rápida expansão, sendo inúmeras as oportunidades de contratação de pessoal. 
Os gestores das construtoras estão buscando profissionais especializados nessa 
área, visando à implantação de métodos e ferramentas voltadas para as atividades 
logísticas. O objetivo é a racionalização de processos, a ampliação da produtividade 
e competitividade garantindo um melhor desempenho profissional. 
É comum as grandes empresas, terem o objetivo de evitar perda de material, 
de tempo e de recursos financeiros, por conta disso a logística trata do 
planejamento, controle e realização de outras tarefas associadas a armazenagem, 
transportes e distribuição de bens e materiais, enfrentando grandes desafios, como 
por exemplo, executar cronogramas com a entrega das obras nos menores prazos 
possíveis. 
 
 
 
 
37 
8. ANALISE DO CUSTO BENEFICIO E INVESTIMENTO NA SEG URANÇA DO 
TRABALHO. 
Há riscos dos mais variados envolvidos em todos os processos. A execução da obra, 
por exemplo, apresenta risco de acidentes aos funcionários. Dentro do escritório, os 
riscos são financeiros. Como por exemplo, na contratação de prestação de serviços. 
A indústria da Construção Civil é um dos setores mais importantes da economia do 
Brasil. Entretanto, é muito dependente de mão de obra. Com isso, os acidentes de 
trabalho nos canteiros de obra apresentam números bastante significativos. 
Alguns fatores contribuem para a incidência de acidentes no local de trabalho. Os 
sete riscos mais comuns são: Desorganização, Falta de atenção, Queda de 
materiais, Choques elétricos, Queda de altura, Falta de sinalização, Manuseio de 
ferramentas entre outros. 
Com base de algumas informações, busca-se entender o quanto primordial é o 
entendimento relacionado à segurança, dando ênfase no custo beneficio para a 
contratação dos itens (empresa especializada) garantindo sempre amenizar o 
prejuízo causado pelos acidentes ocasionados. 
Unidade da Construção : Edifício Residencial Santa Eugênia 
Localização : Mongaguá - SP 
Figura 7 – Orçamento fornecido pela empresa visitad a. 
 
Fonte : Arquivo Pessoal 
 
 
 
38 
De acordo com a norma estabelecida NR 18, a figura acima mostra o orçamento de 
cada item e o fechamento de uma contratação quando se dispõe a utilizar. 
CUSTO DE ACIDENTE DE TRABALHO. 
O calculo do custo de um acidente de trabalho consiste na somatória dos custos 
diretos, indiretos e judiciais envolvidos no dia do evento. 
Custo direto são os custos que estão diretamente ligadas ao trabalhador, tais como: 
• Gastos com tratamento médico, odontológico, internações hospitalares e 
despesas farmacêuticas; 
• Em caso de redução da capacidade laboral, o trabalhador receberá um auxílio 
acidente; 
• Despesas com reabilitação médica e ocupacional; 
• Gastos com o transporte durante o tratamento; 
• Seguro de acidente. 
Existem níveis de risco de acidente de trabalho que pode intervir: 
- 1% para os riscos de acidentes considerados leves; 
- 2% para os riscos de acidentes considerados médios; 
- 3% para os riscos de acidentes considerados graves; 
Custo indireto são os custos que estão diretamente com o ambiente e com as 
consequências causadas pelo acidente. Considera-se custo indireto: 
• O salário pago ao trabalhador no dia do acidente e nos primeiros quinze dias 
de afastamento; 
• Multa contratual pelo não cumprimento de prazos; 
• Perda do bônus para a renovação do seguro patrimonial; 
• Gastos com o equipamento, peça ou material danificada pelo acidente; 
• Danos causados ao produto; 
• Gastos com a contratação e o treinamento de um novo funcionário; 
• Pagamento de horas extras para repor o prejuízo causado a produção; 
• Gastos extras como energia elétrica e demais facilidades das instalações; 
• Pagamento das horas de trabalho gastas pelos supervisores, outros 
trabalhadores e/ou empresas. 
Custo judicial não é necessário, mas deve ser levado em conta, pois o trabalhador 
acidentado pode entrar na justiça, exigindo indenizações e gerando outros custos a 
empresa. 
 
 
 
 
39 
Métodos de Segurança do trabalho. 
Prevenindo os riscos e danos ocasionados ao trabalhador, a construtora na vivência 
de sua obra com parceria do Técnico de Segurança apto a aprimorar as suas ideias 
e partilhar o mesmo presente com palestras semanais, tendo o PCMAT como o 
objetivo de prevenção de acidentes. 
 Figura 8 – Principais riscos em Obras. 
 
Fonte : https://qualidadeonline.wordpress.com/tag/saude-e-seguranca-no-trabalho/page/5/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
No decorrer da vistoria, foi verificada a falta de alguns equipamentos com a intenção 
de proteger a vida e prevenir acidentes. 
 Figura 9 - Concretagem de sapa ta. 
 
 Fonte : Arquivo Pessoal 
 
Em concretagem não se utilizam botas de tecido, pois os danos causados com o 
concreto em seu corpo são de extrema importância. 
A utilização do cimento sem o uso de proteção de equipamento utilizado poderá 
acarretar sérios danos à saúde do trabalhador. É classificado um material irritante, 
ou seja, reagem em contato com a pele, olhos e vias respiratórias. O cimento reage 
com a epiderme devida á sua umidade, após contato prolongado. 
É comum observar a ação alcalina do cimento sobre a superfície da pele, exercendo 
assim um efeito abrasivo sobre a camada córnea da pele. As lesões são claramente 
visíveis: vermelhidão, inchaço, eczema, bolhas, fissuras e necrose do tecido.Botas de PVC, óculos de proteção, luvas são equipamentos devidamente 
apropriados para este tipo de trabalho. 
 
 
 
41 
 
 Figura 10 – Armação de radie r. Fonte : Arquivo Pessoal 
Mostra-se o indevido uso da falta deste protetor, sendo assim proibida a existência 
de pontas verticais de vergalhões de aço desprotegidas. 
Por descuido ou falta de atenção do trabalhador, pede-se a utilização dos protetores 
de vergalhões de aço para não acarretar em algum acidente. 
No estudo, observou-se a preocupação que a construtora tem diariamente com os 
riscos da falta de segurança perante o trabalhador. Adquirindo assim o estudo e a 
analise de caso que uma empresa tem sendo beneficiada com o parecer da 
segurança presente na mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
9. EDUCAÇÃO E TREINAMENTO 
Conceituar educação e treinamento com o mesmo sentido é uma forma 
errada, mas que vem sendo utilizada em empresas de construção civil. Estas duas 
palavras têm significados diferentes, e precisam ser analisadas de forma diferente, 
para que sejam corretamente aplicadas nos canteiros, com o objetivo de qualificar 
seus trabalhadores e assegurar os objetivos das empresas. Estas definições ficam 
claras quando Pontual (1980) apud Holanda (2003) afirma que a educação é uma 
forma geral de ensino já o treinamento é mais específico e, segundo o autor, para 
outros, a educação encara o homem em toda a sua formação e já o treinamento só 
busca o trabalhador, e que a educação prepara o homem para a vida instruindo-o e 
enriquecendo-o das diversas maneiras possíveis e o treinamento o prepara para 
uma atividade específica, o trabalho. 
Por fim, Pontual (1980) apud Holanda (2003) evidencia também que a 
educação irá desenvolver a personalidade do indivíduo, função não desenvolvida 
pelo treinamento, que tem como objetivo integrar o indivíduo ao trabalho, para 
atender os objetivos da empresa. Em pesquisa realizada por Flores (2008) é 
indicado um perfil do trabalhador e mostra que os principais obstáculos estão na 
escolaridade e na capacidade profissional. Além disso, é constatado que há baixa 
qualificação e instrução, alto risco e índice de acidentes, alto índice de 
analfabetismo, péssima qualidade dos produtos e alta rotatividade, parte desses 
problemas se encontram no processo de produção e de gestão. 
Flores (2008) ainda afirma que isto acontece pelo fato do padrão das 
empresas, em sua maioria, permanecerem nas antigas formas de produzir o 
trabalho. O método com que se aprende o trabalho nos canteiros é muito parecido 
com os métodos em que os trabalhadores aprendiam no período feudal, em que era 
passado de pai pra filho ou os aprendizes aprendiam com pessoas experientes no 
trabalho. Esta análise mostra a relação entre a má qualificação e educação nos 
canteiros com o alto índice de acidentes. Interligando com a definição de Holanda 
(2003), fica claro que um novo modelo de encarar a educação pelos empresários é 
necessário não só para o aumento da produtividade, mas também para a diminuição 
de acidentes visto que o operário instruído aumenta o desempenho de pensar e agir 
 
 
 
43 
acolhendo as ordens relacionadas também a segurança no trabalho da melhor forma 
possível. 
 
9.1 Prevenções de Acidentes 
Segundo Grohmann (1997), o Ministério do Trabalho toma medidas que 
provocam uma melhoria, mesmo que lenta, nas ações preventivas, que são 
fundamentais para diminuir a ocorrência dos acidentes no trabalho. Para isso é 
realizada a Campanha Nacional Contra os Acidentes do Trabalho, tendo como 
principal objetivo fiscalizar as empresas que, de alguma forma, foram responsáveis 
por acidentes com mortes ou invalidez. 
O SESI (Serviço Social da Indústria) e o SEBRAE (Serviço de Brasileiro de 
Apoio às Micro e Pequenas Empresas) contribuem com a distribuição gratuita de 
cartilhas e campanhas de prevenção de acidentes. Essas campanhas têm como 
objetivo reduzir riscos e conscientizar empregados e empregadores quanto às 
questões de segurança e saúde do trabalhador. 
Como um bom exemplo podemos citar a cartilha “dicas de prevenção de 
acidentes e doenças no trabalho” de 2005. A cartilha discute todas as situações de 
risco que ocorrem geralmente no ambiente de trabalho e apresenta dicas de como 
solucionar tais problemas, baseando-se nas legislações vigentes. Com semelhante 
objetivo, existe também a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de 
Trabalho), como já diz em próprio nome, é uma semana dedicada para a prevenção 
de acidentes e também de doenças ocupacionais, envolvendo questões culturais, 
educacionais e lazer. Essa atividade é obrigatória em todas as Comissões Internas 
de Prevenção de Acidentes do Trabalho, e para isso devem ser realizadas a cada 
ano. 
Na NR-5, item 5.16, letra O, “fica atribuído à CIPA promover, anualmente, em 
conjunto com o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e 
Medicinado Trabalho, onde houver a Semana Interna de Prevenção de Acidente do 
Trabalho – SIPAT”. A SIPAT orienta e conscientizam os funcionários sobre a 
importância da prevenção de acidentes e doenças no ambiente do trabalho, fazendo 
com que os funcionários obtenham valores esquecidos praticando segurança. 
 
 
 
44 
Porém, enquanto os empresários não se conscientizarem do grave problema 
de acidentes no trabalho, nenhum esforço terá sucesso. Muitos empresários pensam 
em termos de custos, mas deveriam saber que um Programa Integral de Segurança, 
com o objetivo de atuar preventivamente contribui para evitar acidentes, acarretaria 
uma diminuição de custos. Acidentes no trabalho causam custos diretos e indiretos 
muito maiores que os investimentos em prevenção. 
Segundo Coutinho Bruno (2008), Segurança no Trabalho pode ser entendida 
como conjunto de medidas adotadas visando diminuir os acidentes de trabalho, 
doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho 
do trabalhador, sendo definida por normas e leis. 
De acordo com o artigo 19 da lei 8.213, publicada em 24 de julho de 1991 por 
definição legal, "acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a 
serviço da empresa, ou pelo exercício do trabalho do segurado especial, provocando 
lesão corporal ou perturbação funcional, de caráter temporário ou permanente". 
Lesão essa que pode provocar perda ou redução da capacidade para o trabalho e a 
morte. 
O primeiro conceito que se precisa saber sobre a segurança é que esta 
consiste na aplicação do sentido comum. Trata-se simplesmente de dispor das 
medidas adequadas para salvaguardar vidas. No âmbito da construção civil afeta 
tanto o projetista, como a direção e os próprios operários. A segurança no trabalho 
se aplica desde a elaboração do projeto e decorre até acabar com a entrega da 
obra. O segundo conceito fundamental centra-se em entender que o objetivo 
principal da segurança é prevenir acidentes e cumprir a norma vigente. 
Portanto, é necessário distinguir entre o que é proteção individual, proteção 
coletiva, limpeza e organização do ambiente de trabalho. Segundo Lourenço, G. 
Bernardo (2011), o estudo da cultura de segurança é de extrema importância no 
setor da construção civil, pois a existência de uma cultura de segurança eficaz irá 
resultar na redução dos índices de acidentes de trabalho. “Testar a influência das 
práticas organizacionais de segurança, higiene e saúde no trabalho, do clima de 
segurança grupal e da percepção de transferência da formação anterior nos 
comportamentos de segurança e na satisfação com a segurança, contribuem para 
 
 
 
45 
um aumento na produtividade do trabalhador, assim como numa diminuição de 
acidentes de trabalho.” (Lourenço, G. Bernardo, 2011). 
Em artigo revisado do livro Saúde e Sociedade, 2012, Vol.21(4), p.976, 
descreve a atividade e a percepção dos trabalhadores da construção civil sobre os 
riscos e a carga de trabalho. 
Priorizou-sea construção civil pela magnitude epidemiológica de ocorrência 
de acidentes de trabalho e a baixa eficácia das ações tradicionais de vigilância pelas 
características de informalidade, terceirização e rotatividade do setor. Os 
trabalhadores revelaram elevada percepção dos riscos de acidentes e que as 
medidas de segurança dificultam ou impedem a realização do trabalho. 
Os autores questionam a eficácia dos treinamentos para adesão às medidas 
de segurança e evidenciam a necessidade de uma pedagogia transformadora nas 
ações de promoção da saúde e prevenção dos acidentes de trabalho. (Saúde e 
Sociedade, Vol.21(4), p.976, 2012). 
Percebe-se a existência de um mito na construção civil em que a utilização de 
equipamentos de proteção individual ou coletiva dificultam o trabalhador a efetivar 
suas tarefas diárias. O que de fato deve ser abordado com mais sutileza e riqueza 
de detalhes, ao que pressupõe má utilização dos mesmos se existir de fato, um 
incômodo. 
 
9.2 Áreas de vivência 
 
As áreas de vivência devem ser mantidas em perfeito estado de conservação, 
higiene e limpeza. 
Os canteiros de obras devem dispor de instalações sanitárias, vestiário, 
alojamento, locais de refeições, cozinha (quando houver preparo de refeições), 
lavanderia, área de lazer (esses dois últimos são obrigatório na existência de 
funcionários alojados) e ambulatório (quando se tratar de frentes de trabalho com 50 
ou mais trabalhadores). 
Entendem-se como instalações sanitárias o local destinado ao asseio corporal 
e/ou ao atendimento das necessidades fisiológicas de excreção sendo proibida a 
utilização da mesma para outros fins que não aqueles previstos na NR18. Deverão 
 
 
 
46 
ter portas de acesso que impeçam o devassamento e mantenham o resguardo 
conveniente, não podendo ser ligados diretamente com os locais destinados às 
refeições sendo independentes para homens e mulheres quando necessária, 
estando situado em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um 
deslocamento superior a 150m do posto de trabalho. Suas paredes serão compostas 
por material resistente e lavável (podendo ser de madeira); seu piso será de material 
impermeável, lavável e de acabamento antiderrapante; apresentar instalações 
elétricas adequadamente protegidas e ter ventilação e iluminação adequadas. 
As instalações sanitárias deve ser constituída de lavatório, vaso sanitário e 
mictório na proporção de 1 conjunto para cada grupo de 20 trabalhadores ou fração, 
bem como de chuveiro, na proporção de 1 unidade para cada grupo de 10 
trabalhadores ou fração. Dimensões e especificações dos conjuntos sanitários 
deverão atender à NR18. 
 Figura 11 – Áreas de Vivência 
 Fonte http://segurancadotrabalhost.blogspot.com/2014/03/area-de-vivencia-na-construcao-civil_3.html 
 
O vestiário é obrigatório em todo canteiro de obra para troca de roupa dos 
trabalhadores que não residem no local, estando localizado próximo ao alojamento 
e/ou entrada da obra sem ligação direta com os locais destinados às refeições. 
Execução das paredes, piso, cobertura, pé direito, ventilação e iluminação natural 
além dos armários e bancos deverão atender ao especificado pela NR18. 
 
 
 
47 
O alojamento não poderá ser implantado em subsolos ou porões da 
edificação, sendo obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, para 
os trabalhadores por meio de bebedouros de jato inclinado ou equipamento similar 
que garanta as mesmas condições, na proporção de 1 para cada grupo de25 
trabalhadores ou fração.É vedado a permanência de pessoas com moléstia infecto-
contagiosa nos alojamentos. É proibido cozinhar e aquecer quaisquer tipos de 
refeições no alojamento. Dimensões e demais especificações de paredes, piso, 
cobertura, camas, armários, ventilação e iluminação natural deverão estar conforme 
a NR18. 
No canteiro de obra é obrigatória a existência de local adequado para 
refeições com capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no 
horário das refeições, não podendo ser implantado em subsolos e/ou porões da 
edificação. Deverá haver um local exclusivo dotado de equipamento adequado e 
seguro para aquecimento de refeições. É obrigatório o fornecimento de água 
potável, filtrada e fresca para os trabalhadores sendo proibido o emprego de copos 
coletivos. A execução/aquisição de paredes, piso, cobertura, ventilação/iluminação 
natural, lavatório, mesas, assentos, depósito para detritos e pé direito deverão 
atender a NR18. 
Figura 12 – Requisitos de Segurança 
 
 Fonte : https://www.saudeevida.com.br/importancia-do-uso-de-epi/ 
 
A implantação e operação da cozinha deverá atender à NR18. Nas áreas de 
vivência deverão possuir local próprio, coberto, ventilado e iluminado dotado de 
tanques individuais ou coletivos em número adequado para que o trabalhador 
alojado possa lavar, secar e passar suas roupas de uso pessoal. Este serviço 
poderá ser contratado de terceiros pela empresa sem ônus ao trabalhador. 
 
 
 
48 
Nas áreas de vivência devem ser previstos locais para recreação dos 
trabalhadores alojados, podendo ser utilizado o local de refeições para este fim. 
Instalações móveis , inclusive contêineres, serão aceitas em áreas de 
vivência de canteiros de obras e frentes de trabalho desde que atendido critérios de 
ventilação natural, condições de conforto térmico e higiene estabelecidos pela NR18, 
pé direito mínimo e proteção contra riscos de choque por contato indireto e 
aterramento do mesmo. 
Nas instalações móveis, inclusive contêineres, a altura mínima entre camas 
duplas tipo beliche, é de 90cm. Em se tratando do aproveitamento de contêineres 
usados ,deverá ser mantido no canteiro de obras, à disposição da fiscalização do 
trabalho e do sindicato profissional, laudo técnico elaborado por profissional 
legalmente habilitado, relativo a ausência de riscos químicos, biológicos e físicos 
(especificamente radiações), com a identificação da empresa responsável pela 
adaptação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
10 CONCLUSÃO 
 
Foi objeto deste trabalho articular, a luz de uma bibliografia pertinente, as 
questões da segurança no trabalho no âmbito da construção civil. 
A construção civil hoje é um setor da indústria que cresce muito, o que leva a 
discussão dos altos índices de acidentes de trabalho em virtude de 
irresponsabilidades e falta de conhecimento. Esta condição se dá em meio a uma 
realidade marcada por precárias condições de trabalho, na qual o “gerenciamento 
artificial do risco” é somado ao “modo degradado de produção”. 
Ou seja, às políticas dentro das empresas muitas vezes são ineficientes 
quanto à segurança e às práticas de terceirização do risco, adicionamos o trabalho 
realizado em ambientes insalubres, com equipamentos e maquinários inadequados 
e/ou mal conservados. Por outro lado, apresenta-se ao longo da história uma série 
de transformações, tanto na construção civil, quanto no país, inserindo também uma 
mão-de-obra inexperiente, formada em sua maioria por migrantes das mais pobres 
regiões do país, que ingressam no setor civil com pouca ou nenhuma qualificação 
anterior, essa massa de trabalhadores, devido às características já explicadas, 
submete-se às adversas condições de trabalho, de moradia e de vida. 
Conclui-se então que essa combinação de fatores tem feito com que os 
índices de acidentes graves (fatais e incapacitantes) na construção civil se 
mantenham elevados. Observando que os acidentes de trabalho na construção civil 
ocorrem em meio a variadas intensidades. 
Mesmo que a construção civil seja considerada a indústria mais perigosa do 
mundo, em termos de acidente de trabalho e doença ocupacional, os operários, por 
vez e outra, burlam os procedimentos e acabam trabalhando de forma inadequada e 
sem segurança, expondo-se ao risco de acidente. 
Não basta o empregador fornecer o equipamentode proteção individual (EPI), 
que também deve ser adequado ao risco de cada atividade. É ainda de total 
responsabilidade da empresa em treinar seus operários quanto ao uso. De acordo 
com o dispositivo 6.7.1 da NR 6, o empregado, por sua vez, deve “usar o EPI 
fornecido pela empresa para a finalidade a que se destina e responsabilizar-se 
 
 
 
50 
A segurança no trabalho envolve uma série de normas regulamentadoras, 
dentre elas existem algumas mais específicas e de grande importância, mas muitas 
são generalizadas, podendo todas ser consultadas por técnicos e engenheiros na 
área de segurança e saúde no trabalho. Por isso, é importante o conhecimento 
destas normas para obedecer aos procedimentos impostos por elas, passíveis de 
penalidades caso não sejam obedecidas e para qualquer necessidade eventual de 
consulta. Para esse estudo existem algumas NR’s que se tornam mais importantes, 
como: NR-05, NR-06 e NR-18. 
No ambiente de trabalho, principalmente canteiro de obra, requer-se certa 
atenção por parte do empregador. Questões como segurança e saúde são de 
extrema importância e devem ser postas em prática, pois a valorização do 
trabalhador no ambiente laboral é imprescindível. Deste modo, a segurança e a 
saúde do trabalhador devem ser tratadas como uma prioridade, fazendo necessárias 
as medidas de prevenção e proteção. 
Os acidentes não podem ser visto como restritos a esta ou aquela empresa, 
os acidentados não devem ser considerados vítimas de um patrão inescrupuloso, ou 
de um supervisor autoritário, mas como “vítimas das circunstâncias, ainda que 
diferentes empresas tenham condições de trabalho que propiciem ou não a 
ocorrência desses acidentes, deve-se perceber que vivemos numa sociedade que 
permite que essas distinções se mantenham”. 
Para trabalhos futuros recomendar-se-á uma pesquisa mais direcionada para 
o acompanhamento destes tratamentos junto ao paciente e os respectivos 
resultados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
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