Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANHANGUERA EDUCACIONAL TECNOLOGIA DE MARKETING Bianca de Carvalho Santi Gabriel da Silva Bejo Natália Gabriela Cerino de Mendonça Radlla Martins Franklin de Queiroz TRADE MARKETING SÂO PAULO 2019 ANHANGUERA EDUCACIONAL TECNOLOGIA DE MARKETING Bianca de Carvalho Santi Gabriel da Silva Bejo Natália Gabriela Cerino de Mendonça Radlla Martins Franklin de Queiroz TRADE MARKETING SÂO PAULO 2019 RESUMO Nesse trabalho mostraremos como o Trade Marketing age diretamente dentro das indústrias, abordando as etapas de conceito, funcionalidade, evolução, operações, execuções, planejamento e estruturação de uma equipe, partindo da importância da atividade na indústria, passando desde sua criação até sua atualidade. Para isso, foram realizadas pesquisas e análises de documentos e materiais de ambas as áreas na busca de insumos relevantes para o desenvolvimento do trabalho. Palavras chave: Estratégias. Trade Marketing. Equipe de Trade. ABSTRACT In this work we will show how Trade Marketing acts directly within the industries, addressing the stages of concept, functionality, evolution, operations, executions, planning and structuring of a team, based on the importance of activity in the industry, going from its creation to its present. For this, we conducted research and analysis of documents and materials from both areas in search of inputs relevant to the development of the work. Keywords: Strategies. Trade Marketing. Trade Team. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 09 1. O QUE É TRADE MARKETING? COMO FUNCIONA? ..................................... 10 2. EVOLUÇÃO ......................................................................................................... 10 2.1 BIG DATA ................................................................................................... 11 2.2 ATENDIMENTO POR ROBÔS ................................................................... 12 2.3 REALIDADE AUMENTADA ........................................................................ 12 2.4 CUSTOMIZAÇÃO ....................................................................................... 12 3. EXECUÇÃO ......................................................................................................... 12 4. ESTRATÉGIAS .................................................................................................... 13 4.1 COMO PLANEJAR E ESTRUTURAR UMA EQUIPE DE TRADE .............. 15 4.2 PERFIL E FUNÇÕES DOS PROFISSIONAIS DE TRADE ......................... 16 5. CUSTOS DE UMA OPERAÇÃO DE TRADE MARKETING ................................ 17 5.1 DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS ............................................................... 17 5.2 AÇÕES CONJUNTAS ................................................................................ 18 6. BASE PARA CALCULAR O ROI ......................................................................... 18 7. MÉTRICAS E RESULTADOS EFETIVOS ........................................................... 19 7.1 MÉTRICAS DE VAIDADE ........................................................................... 20 7.2 VANTAGENS DA ANÁLISE DE MÉTRICAS .............................................. 21 8. FÓRMULA DO SUCESSO = ANALISE DE MÉTRICAS + APLICAÇÃO DELAS EM PROCESSOS ........................................................................................................... 22 9. PESQUISA COMPORTAMENTAL....................................................................... 22 9.1 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR .................................................. 22 9.2 COMPORTAMENTO DOS FUNCIONÁRIOS NOS PVD’S ......................... 32 9.3 COMPORTAMENTO DO ESPECIALISTA ................................................. 37 9.4 ENTREVISTA COM UM PROFISSIONAL .................................................. 44 10. CONSULTORIA COM DAVID PEREIRA, GERENTE DA TOP 20..................... 46 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 49 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 51 LISTA DE SIGLAS B2B – Business to Business CLT - Consolidação das Leis de Trabalho GSM – Global System for Mobile Communications KPIs – Indicador-chave de Desempenho PDV – Ponto de Venda ROI – Return on Investment TM – Trade Marketing LISTA DE GRÁFICOS Figura 1 – Idade do consumidor ............................................................................ 22 Figura 2 – Gênero do consumidor......................................................................... 23 Figura 3 – Renda mensal do consumidor ............................................................. 23 Figura 4 – Estados dos consumidores ................................................................. 24 Figura 5 – Produtos essenciais para homens ...................................................... 24 Figura 6 – Produtos essenciais para mulheres .................................................... 25 Figura 7 – Produtos essenciais para homens e mulheres .................................. 25 Figura 8 – Slogan dos salões de beleza ............................................................... 26 Figura 9 – Preferência dos consumidores referente aos slogans ...................... 26 Figura 10 – Opiniões dos consumidores sobre o salão 01 ................................. 27 Figura 11 – Opiniões dos consumidores sobre o salão 02 ................................. 27 Figura 12 - Opiniões dos consumidores sobre o salão 03 .................................. 28 Figura 13 – Gôndola .............................................................................................. 28 Figura 14 – Preferência dos consumidores sobre a gôndola ............................. 29 Figura 15 – Opiniões dos consumidores sobre a gôndola 01 ............................ 29 Figura 16 – Opiniões dos consumidores sobre a gôndola 02 ............................ 30 Figura 17 – O piniões dos consumidores sobre a gôndola 03 ........................... 30 Figura 18 – Opiniões dos consumidores sobre a gôndola 04 ............................ 31 Figura 19 – Gênero dos funcionários.................................................................... 32 Figura 20 – Idade dos funcionários ....................................................................... 32 Figura 21 – Tempo de trabalho dos funcionários ................................................ 33 Figura 22 – Você sabe o que é trade marketing? ................................................ 33 Figura 23 – Qual a importância das propagandas? ............................................ 34 Figura 24 – O que mais influência os consumidores? ....................................... 34 Figura 25 – Você sente orgulho do seu trabalho? .............................................. 35 Figura 26 – Casos de sucesso no trade marketing.............................................. 35 Figura 27 – Experiência relacionada ao trade marketing .................................... 36 Figura 28 – Gênero dos especialistas ................................................................... 37 Figura 29 – Idade dos especialistas ...................................................................... 37 Figura 30 – Cargos dos especialistas ................................................................... 38 Figura 31 – Quantos funcionários de trade marketing atuam em sua empresa? ..................................................................................................................................38 Figura 32 – Grau de desenvolvimente com a área do trade marketing.............. 39 Figura 33 – Nível de desenvolvimento de tecnologia para a área de trade marketing ................................................................................................................. 39 Figura 34 – Tecnologia usada pelos especialistas .............................................. 40 Figura 35 – Tecnologia que mais recomendam ................................................... 40 Figura 36 – Maior dificuldade encontrada no trade marketing ........................... 41 Figura 37 – Maior desafio do trade marketing ...................................................... 41 Figura 38 – Ferramenta que não pode faltar no PDV ........................................... 42 Figura 39 – Melhor maneira de destacar sua organização virtualmente ........... 42 Figura 40 – Mudanças pós Covid-19 no trade marketing .................................... 43 Figura 41 – A inteligência artificial tende a crescer? .......................................... 43 Figura 42 – Entrevista com David Pereira, gerente da TOP 20 ........................... 48 9 INTRODUÇÃO De acordo com a AMA - American Marketing Association (Associação Americana de Marketing), marketing pode ser definido como: Marketing é o processo de planejar e executar a concepção, a determinação de preço, a promoção e a distribuição de ideias, bens e serviços para criar negociações que satisfaçam metas individuais e organizacionais. (American Marketing Association, 2013) Uma análise desta definição permite visualizar que o marketing engloba diversos conceitos, porem Trade Marketing é uma estratégia B2B – ou seja, de empresa para empresa – realizada através de canais de distribuição, que tem como prioridade atender às demandas específicas do shopper no ponto de venda. O Trade Marketing é a atividade praticada pela indústria para que consigam posicionar sua mercadoria da melhor forma nos pontos de venda. Para isso, estratégias são desenvolvidas com a busca de compreender a atenção do consumidor e então gerar o desejo de compra. Essa prática é fundamental para sobreviver no mercado. Muitas indústrias fazem trade marketing, mas nem sempre têm uma equipe exclusiva ou uma estrutura adequada. Como planejar e estruturar uma equipe de Trade Marketing? 10 1 O QUE É TRADE MARKETING? COMO FUNCIONA? Trade marketing é uma área específica do marketing relacionada com o aumento da procura por parte do atacadista, varejista ou distribuidor e que pode trazer vários benefícios para esses elementos. Apesar do trade marketing não estar focado diretamente o consumidor final, este fator nunca deve ser esquecido, porque o consumidor identifica e atribui valor a um determinado produto. Assim, se as pessoas não têm interesse no produto, os varejistas também não vão ter interesse em comercializar o produto. Esta expressão deriva do inglês, sendo que a palavra "trade" significa troca, e muitas vezes é usada no sentido de troca comercial. Assim, o trade marketing é usado como uma ferramenta para satisfazer as necessidades do consumidor e está relacionado com um dos 4 p's do Marketing, mais concretamente a promoção. Essa área do marketing tenta impedir que as vendas sejam centralizadas em poucos consumidores, pretendendo a sua expansão e globalização. O trade marketing é um processo cuja simplicidade ou complexidade depende inteiramente da capacidade de implementação da empresa em questão. Uma estratégia eficaz de trade marketing possibilita estabelecer parcerias com elementos importantes e criar canais de distribuição capazes de satisfazer as necessidades do consumidor. Para o trade marketing, o preço não é o único fator determinante em uma transação comercial e que existem outras vantagens para a revenda do produto. Além disso, de acordo com essa vertente o valor desse produto deve ser determinado de acordo com o consumidor. O trade marketing é constituído por três tipos de componentes: estratégicos, operacionais e executáveis, que remetem para atividade específicas do seu planejamento estratégico. 2 EVOLUÇÂO Se formos comparar o surgimento do Trade Marketing com outras ações de comunicação, o Trade é mais novo. As primeiras aparições que teve foi na década de 80. No Brasil é um pouco mais recente, pois foi se tornar popular apenas após a década de 90. 11 Um dos pontos que o Trade trouxe para o mercado, foi clientes mais exigentes, que tem um melhor conhecimento do produto e está disposto a analisar a variedade de marcas que existe e escolher a que lhe melhor atende. O trade foi criado na época com a intuição de chamar a atenção dos clientes na hora que fosse adquirir um produto ou serviço. Isso trouxe uma disputa entre as marcas para “conquistar” o cliente. Com a evolução da sociedade, os consumidores também acompanharam a evolução, pois podemos observar a frequência que as pessoas faziam compras online em 1990, era muito raro. Hoje em dia muitas pessoas preferem a praticidade das compras pela internet do que ter o trabalho se quer de ir até alguma loja física. Por conta disso o trade Marketing teve que se adaptar e as ações que antigamente era infalível teve que ser remodeladas. O trade começou a focar mais na tecnologia, com ações que misturava ponto de venda com tecnologia. Começaram a perceber que era muito interessante incluir totens interativos, telas multifuncionais, experiências que são complementadas com o download de aplicativos etc. Era uma ação que necessitava de muita criatividade para conseguir unir o mundo real com o virtual. Nos dias de hoje todos temos acesso a informações com um simples toque em nossos smartphones, então não basta falar no ponto de venda que o produto é de qualidade, se com uma simples pesquisa todos podem ter acesso a comentários desmentindo o vendedor, como comentários e feedback negativos na internet. Por isso o TM sempre tem que estar antenado a todos tipos de meio de comunicação, e observar que possam ter postagens sobre sua marca com avaliações boas ou ruins. Uma das inovações das ações promocionais foi o foco no consumidor e não no produto, fazendo que as atividades no ponto de venda sejam imersivas. Fazendo assim uma ação de compra baseada em micro momentos. Com o avanço da tecnologia o trade sempre está em uma constante mudança e evolução, fazendo assim que os profissionais da aérea sempre estejam com a visão em novas tendências e atividades futuras. Podemos citar algumas como: 2.1 BIG DATA Conforme pesquisas em 2017 realizadas por clube de trade, 77% das empresas investem e utilizam da tecnologia para analisar informações do marketing. 12 A ferramenta da big data consiste em coletar e minerar dados, para os profissionais do marketing ter conhecimento do perfil de seu público, desenvolvendo assim atividades mais direcionadas. 2.2 ATENDIMENTO POR ROBÔS O setor de trade também utiliza o atendimento de robô, já é usado por muitas empresas, porem tende a crescer ainda mais no futuro. Proporcionando experiências inovadoras nos pontos de venda. 2.3 REALIDADE AUMENTADA Na realidade aumentada é o que chega mais próximo ao que nos ambientes físicos, por esse motivo que os testes e simulações de produtos utilizam esse tipo de tecnologia, que também tende a crescer cada vez mais nos próximos anos. 2.4 CUSTOMIZAÇÃO Todos gostam de ao comprar um produto ter um diferencial ou uma exclusividade, tornando assim o produto algo único. A customização vem sendo cada vez mais explorado nos pontos de venda e pode ser uma grande vantagem para a marca. Analisando todos pontos desde quando surgiu o Trade marketing podemos concluir que a tecnologia fez as propostas de ações serem inteiras modeladas e adaptadas conforme sua evolução. São técnicas que sempre terão que estar em desenvolvimento eacompanhando as novidades que aparecerem na sociedade, pois métodos que são muito eficazes nos dias de hoje talvez com o passar do tempo já se tornem ultrapassados e não tenha tanta eficiência. 3 EXECUÇÃO Nas operações é necessário ter um conhecimento abrangente para não correr riscos devido a falhas que podem ocorrer durante o processo. Primeiro passo é alinhar as necessidades do cliente com o objetivo do seu negócio, conhecer quais os tipos de produtos que eles buscam, os principais benefícios que eles estão procurando e o que mais for relevante, realizar pesquisa com a ajuda dos varejistas ou atacadistas deve responder essas perguntas de forma rápida e com 13 precisão, assim terá base inicial para formar uma estratégia bem estruturada que atenda a todas as necessidades. Para fazer um trade marketing de sucesso precisa se envolver com o distribuidor criando um relacionamento com ele e fazer um esforço para cooperar com o alcance dos seus objetivos a fim de que ajudem a vender seus produtos aos clientes. Os objetivos devem ser comuns para que juntos se comprometam a um resultado. Essas ações aumentarão o know-how de ambos os negócios sobre os consumidores e serão fundamentais para a construção de uma parceria estratégica forte elevando o grau de competitividade diante do mercado onde atuam. É preciso avaliar qual o foco da empresa, se faz mais sentido priorizar canais ou marcas. Dificilmente essa estrutura será absoluta. Provavelmente será preciso flexibilizar, evoluir ou até mudar, de acordo com as necessidades da empresa e com o acompanhamento das ações. Na operação existe alguns pontos a serem observados para a implementação do Trade Marketing: Vendas Marketing Cliente; Resultado financeiro Desenvolvimento; Vendas/comercial e marketing; Comunicação; 4 ESTRATÉGIAS A elaboração de estratégias é importante para alavancar o retorno financeiro tanto da indústria, quanto do PDV. Trabalhar a gestão por canais da cadeia de suprimentos e dos canais de distribuição de forma integrada aumenta a visão estratégica para as ações. Para tentar montar a estrutura ideal, é importante considerar as seguintes perguntas: 1. Quem são os membros-chave da cadeia e com quem os processos devem estar integrados? 2. Quais processos deveriam estar integrados com cada um dos membros-chave da cadeia? 3. Qual nível de integração e gestão deveria ser utilizado em cada processo relacionado? A falta de integração e planejamento das atividades impactará diretamente no shopper. Faltarão produtos na gôndola, mesmo com todo o estímulo realizado pelas 14 ações de marketing. Portanto, a gestão organizada desse processo é fundamental para o sucesso da execução. Dicas de estratégia e execução: Os anúncios podem ser a melhor maneira de conseguir atrair a atenção dos distribuidores no início. A maioria dos empresários fica antenado aos lançamentos de novas marcas e produtos para garantirem que seus pontos de distribuição tenham as novidades disponíveis quando o cliente chegar procurando por elas. Isso torna os anúncios uma grande oportunidade para você expor o valor agregado que o seu produto entrega e a rentabilidade potencial que ele pode proporcionar ao negócio do cliente; A publicidade deve incluir apresentações multimídia visualmente estimulantes e que gere uma experiência interativa para os seus potenciais clientes; Participe de eventos e feiras do seu segmento para apresentar seus produtos e marca. Muitos varejistas e atacadistas frequentam esses eventos em busca de novidades e atualizações; Distribua amostras grátis para envolver os empresários antes e depois dos eventos em que participar para facilitar a construção de uma parceria estratégica com o revendedor. Esse processo deve ter continuidade após a exposição para não perder o contato com eles; Crie incentivos comerciais que façam os potenciais clientes distribuidores lembrarem de você. Os incentivos devem fazer parte do seu planejamento estratégico de divulgação e serem direcionados aos executivos, gestores ou funcionários de nível gerencial para estimular o aumento das vendas depois do primeiro negócio fechado. Estes programas podem incluir gratificações, comissões para funcionários e a organização de competições premiáveis para estimular o aumento das vendas; Use as ferramentas de e-mail e redes sociais para manter um contato mais pessoal com os empresários. Crie relacionamentos duradouros e de confiança sendo menos comercial de vez em quando. Demonstre o seu lado humanitário se preocupando com os problemas deles; Programe visitas as lojas ou centros de distribuição do potencial cliente. Essa ação é crucial para a construção de relacionamentos de longo prazo. 15 4.1 COMO PLANEJAR E ESTRUTURAR UMA EQUIPE DE TRADE Uma equipe de Trade Marketing é construída como qualquer outra, se levanta o perfil do projeto e com isso já se irá saber o perfil do profissional a ser contratado, dando exemplo, uma operação de venda GSM de alguma operadora de Telecom, normalmente o perfil do profissional é: Ensino médio completo Idade entre 18 a 27 anos Sem antecedente criminal Ambos o sexo Com leve noção de atendimento ao publico Dinâmico e extrovertido Visto isso, já temos o perfil do candidato para a operação acima informada, o seguinte passo e o recrutamento e seleção, após esse passo o novo contratado irá realizar um treinamento teórico e outro pratico já em campo Essa estrutura e usada para qualquer operação do Trade Marketing, outro exemplo, são as operações de PDV (pontos de vendas), se pega o perfil do produto e com isso novamente levanta-se o perfil do profissional, tendo como exemplo uma operação de vendas de tintas em lojas especializadas Masculino Idade de 18 a 35 anos Com experiência no ramo de tintas e agregados Disponibilidade de horário Após isso o processo é o mesmo citado acima; Com esse processo executado o próximo passo fica simples, pois terá que ser feito o mapeamento aonde ira ficar cada profissional (salvo os PDVS, pois esse tem pontos fixos já registrado em contrato com o contratante e o dono do espaço cedido), para os demais profissionais que não tem ponto fixo, se leva em conta aonde tem o maior fluxo de pessoas ou clientes com perfil para produto x, após isso é feito um verdadeiro corredor marketing, para que uma vez que o cliente passe pelo primeiro “promotor de vendas” ele já fique interessado no produto x, caso esse cliente por algum motivo fique indeciso passara sem perceber por mais promotores num raio de 50 metros, aumentando a probabilidade de adesão ao produto x. 16 Para os pontos de vendas, normalmente o cliente vem até o promotor de vendas que nesse momento já mudou a sua nomenclatura para “consultor de negócios/vendas”, aonde irá oferecer um serviço personalizado e especializado para seu cliente, esse PDV tem que estar com uma leitura simples e dinâmica dos seus produtos, lembrando que a maioria de nós como clientes somos mais visuais. Após profissionais contratados e pontos estabelecidos, entramos na reta final do processo é as variáveis no planejamento Entre as variáveis que precisam ser especificadas dentro do planejamento de trade marketing estão itens como: área de atuação, volume de vendas, características da região e do público, além de outros indicadores que influenciam a relação da marca com o consumidor final, tais como sortimento, exposição e pricing. Com relação ao sortimento, é necessário verificar qual o mix de produtos ideal para atender as necessidades de cada um dos perfis de comportamento dos shoppers. É claro que isso varia de varejista para varejista, por isso a estratégia deve ser pautada individualmente. Lembrando sempre que o plano de ação deve ser organizado e amplamente divulgado entre as partes para que as decisões sejamclaras, rápidas, clara e mensuráveis. 4.2 PERFIL E FUNÇÕES DOS PROFISSIONAIS DE TRADE É preciso pensar especificamente nas habilidades dos profissionais que integrarão este time. Ainda não há curso de graduação em trade. A maioria dos especialistas conquistou a expertise do trade com a prática, mas algumas características são fundamentais para trabalhar no ramo. Poder de análise crítica, organização e pensamento estratégico são algumas delas. O trabalho vai além de compilar dados. É preciso analisar as métricas e transformar dados em ação. Abaixo algumas caracterisiticas que os gestores buscam em um profissional de trade. HABILIDADE Negociação, planejamento, comunicação, liderança e conhecimento do negócio ATITUDES Energia, adaptabilidade, maturidade, trabalhos em equipe e criatividade COMPETENCIAS Vendas, distribuição, marketing, finanças e tecnologia da informação 17 EXECUÇÃO: Processos e boas práticas de gestão 5 CUSTOS DE UMA OPERAÇÃO DE TRADE MARKETING É preciso organizar o número de pessoas que estarão integradas na equipe, como será essa folha de pagamento, se CLT ou terceirizada, listar também, entre outras despesas na operação de trade marketing, custos com telefonia e tecnologia, essencial para mensurar e validar uma operação. Há uma série de “subcontas” a serem consideradas, mas que precisam ser gerenciadas e planejadas para que os recursos sejam contemplados de forma efetiva. Cada empresa tem sua operação e forma de dividir a gestão de recursos, tudo depende da estrutura e estratégia de cada equipe 5.1 DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS Nesse exemplo vamos apresentar despesas na operação de trade marketing. Um dos cases é de uma grande empresa de artigos esportivos que programou investimento de R$180 milhões para marketing durante o período de um ano. Desse total, apenas entre 6% e 7% do valor era para trade ou merchandising, praticamente a única atuação na época. Quatro anos depois, com o amadurecimento da empresa a respeito da complexidade do trade e diante dos resultados a partir das estratégias estabelecidas, o cenário mudou. Os recursos foram alocados de forma diferente, melhor distribuídos entre diferentes áreas. Apesar do investimento em marketing ter sido reduzido, passou a ser R$ 60 milhões, os recursos para trade aumentaram, os valores foram fixados em pouco mais de 40% do valor total do marketing, chegando a cerca de R$ 25 milhões. As ações de trade passaram a ser mais representativas, ganharam mais valor na estratégia, neste período, quando o trade alcançou mais representatividade, a verba foi dividida da seguinte forma: 34% promotores e execução; 18% material de PDV; 15% ativações (projetos especiais, degustações, mobiliários); 15% feiras e eventos; 13% ações cooperadas; 18 5% treinamento. Em outro caso, da indústria alimentícia, a verba destinada ao marketing era R$ 85 milhões. A equipe de trade ganhava apenas 6,3% desse valor para trabalhar, pouco mais de R$ 5,3 milhões. Com a evolução das operações, 30% do total destinado ao marketing, R$ 25,5 milhões, passou para o trade. Essa evolução só foi possível por causa do amadurecimento da equipe e do fortalecimento da estrutura, baseada na divisão e estratégias daqueles quatro pontos que falamos no início do texto. 5.2 AÇÕES CONJUNTAS Empresas e produtos têm suas especificidades, com estratégias não lineares. Por isso, é preciso avaliar caso a caso. A estrutura financeira vai dizer muito sobre como aplicar e dividir esses custos e investimentos. É possível pensar na junção de marketing, comercial e trade, propondo ações que gerem incremento sell-out. As empresas precisam mapear quanto é possível e quanto querem direcionar das verbas em curto, médio e longo prazos, além disso o direcionamento pode ser estabelecido da seguinte forma: Curto prazo – vendas Médio prazo – trade Longo prazo – marketing 6 BASE PARA CALCULAR O ROI É comum encontrar grandes empresas que perdem muito dinheiro por causa de estratégias erradas e, consequentemente, distribuição de verba ineficiente. O primeiro passo para validar as ações e ter um ROI de trade marketing positivo é simples, mas fundamental no processo de construção: ajustar as contas, organizar a casa! Informações sobre entradas e recursos gastos devem estar em ordem, é essencial saber exatamente como e em que cada centavo foi gasto, ter essa base bem detalhada definirá o sucesso ou mostrará onde está o erro. Existem variáveis e interferências da própria dinâmica do mercado e economia, mas com a tecnologia adequada é possível organizar todos os custos e investimentos. 19 Outro ponto relevante é fazer testes, faça testes diferentes com um grupo de clientes ou categorias e avalie o que causou mais, melhor ou pior impacto. Qualquer tipo de esforço, seja uma simples mudança de comunicação, deve ser validado. Não só internamente, mas principalmente no ponto de venda, durante o contato com o shopper. O ideal é não fazer alterações para todos os caminhos de uma vez só. Tem um plano grama diferente? Teste primeiro em um PDV, ou em um corredor específico depois aplique nos outros de acordo com o resultado, se implantar em todos de uma única vez, você não terá uma base comparativa. Se o retorno for positivo, como você saberá se foi o mercado que cresceu de forma geral ou se foi o trabalho estratégico que deu resultado? Com essa organização será muito mais rápido e prático calcular o ROI, é valido aproveitar os recursos da tecnologia para mensurar resultados. Só é possível gerenciar aquilo que pode ser mensurado, se não há parâmetros, não é possível mostrar evolução ou retrocesso. 7 MÉTRICAS E RESULTADOS EFETIVOS A avaliação é feita avaliar a partir de indicadores. Os KPIs (key performance indicators) mostrarão a evolução dos processos internos e os resultados externos, o seu impacto no mercado. Você terá visibilidade do quanto sua execução está ou não sendo efetiva. A análise de dados pode influenciar em ações e ajudar na tomada de decisão, com dados concretos. Os indicadores ligam o planejamento à prática. A definição dos tipos de métricas do trade partirá do estudo e do reconhecimento de cada negócio e empresa. A informação é o principal pilar do trade marketing e alguns apontamentos podem ajudar a estabelecer esses indicadores. Cada operação terá um tipo de necessidade diferente, mas há indicadores que são indispensáveis para qualquer trabalho de trade, são eles: Visitas - O KPI mais básico para a avaliação dos serviços de trade marketing é a mensuração de visitas, em outras palavras, indústrias, distribuidores e agências precisam saber se o promotor visitou os PDVs previstos para a sua rota diária e completou as atividades agendadas. É uma maneira de controlar o que foi planejado versus o que foi executado, e saber se houve justificativas ou faltas, essa análise da métrica de visitação facilita tarefas do dia a dia relacionadas ao trabalho feito em campo: alocação de equipe externa, tempo 20 investido no ponto de venda, número de PDVs no roteiro, a própria roteirização e, consequentemente, o ROI do promotor. Ruptura - A que analisa pontos de ruptura também é utilizada por empreendimentos varejistas. Essa pesquisa permite controlar o abastecimento da gôndola e de pontos extras, assim como avaliar as medidas que podem ser tomadas para resolver a falha. Aqui, é imprescindível que exista uma boa comunicação entre o comercial e o PDV, feita através do promotor. Share de gôndola e execução no PDV - Tem o intuito de informar se o que foi acordado está em execução nos pontos de venda e verificar se o plano grama está sendo cumprido. O indicador trabalha com espaços ou metragens da disposição de produtos nas prateleiras. Pode ser classificado por diversas vertentes: por canal, macrorregional,regional, categoria, rede, entre outros. Preço - A pesquisa de preço é bastante adotada nacionalmente, independentemente do ramo de atuação do usuário. A pesquisa e a comparação dos preços de produtos são realizadas considerando os principais concorrentes ou líderes de mercado Mix de produtos - Indicador de desempenho. A análise desse ponto é feita para que o responsável pelo trade marketing da empresa saiba quais produtos estão disponibilizados em quais canais. Informa, ainda, a quantidade e o posicionamento – tanto dentro do ponto de venda, quanto por regionais. 7.1 MÉTRICAS DE VAIDADE É preciso ter cuidado com as métricas de vaidade ainda que a vasta disponibilidade de informações possa contribuir para uma infinidade de questões, o excesso exige que uma triagem seja realizada antes de qualquer análise mais específica. As chamadas métricas de vaidade são uma espécie de ilusão que muitas vezes não levam a lugar nenhum. É claro que números desse tipo podem ajudar a atingir públicos mais específicos e a melhorar a comunicação, mas quando vistos isoladamente, não passam de dados vazios. Cada informação que chega ao backoffice precisa estar atrelada a um objetivo específico e só assim fará parte de 21 uma análise coerente que, consequentemente, apontará o resultado efetivo das ações. Existe uma regra especial que ajuda os gestores na identificação dos dados que precisam realmente receber essa atenção: Onde estou? Aonde quero chegar? Que recursos tenho para chegar lá? Saber responder a esses questionamentos objetivamente gera um propósito para a empresa e torna a análise dos indicadores uma tarefa através da qual é possível chegar ao destino estabelecido, portanto, pergunte-se sempre se esses KPIs contribuem para que a empresa alcance os resultados que almeja, embora eles variem de negócio para negócio, a análise desses indicadores oferece inúmeros benefícios. Dentre os principais estão: Sincronização de dados; Estreitamento do relacionamento com o cliente; Informações sobre o PDV recebidas em tempo real; Tomadas de decisão mais rápidas e próximas da exatidão; Visão mais sistêmica sobre canais e produtos; Melhor controle da equipe de campo; Possibilidade de reconhecimento por meritocracia; Controle mais amplo sobre estoque e pontos de ruptura. Uma das empresas brasileiras que obteve vantagens com a análise de métricas foi a Salton. Formalmente constituída em 1910, a vinícola é uma das principais do país. São 7 linhas de fabricação, com produção de vinhos, espumantes, sucos e vodcas reconhecidos nacional e internacionalmente. 7.2 VANTAGENS DA ANÁLISE DE MÉTRICAS Se tivéssemos que definir uma fórmula de sucesso para o trade marketing hoje, poderíamos afirmar que o segredo está na combinação da análise das informações adquiridas e da execução dos processos, tendo como base os objetivos organizacionais. 22 8 FORMULA DO SUCESSO = ANALISE DE METRICAS + APLICAÇÃO DELAS EM PROCESSOS O peso da informação é tanto que se tornou vital para os negócios. No entanto, de nada vale estar rodeado por dados e não saber como lidar com eles ou usá-los a favor do empreendimento. 9 PESQUISA COMPORTAMENTAL O presente estudo tem por objetivo investigar (a) critérios do consumidor sobre a escolha de um determinado produto (b) entender sobre o nível de conhecimento e as melhores técnicas utilizadas pelos funcionários; e (c) constatar a opinião dos profissionais do setor sobre o trade marketing. Em virtude da natureza da questão de pesquisa, o estudo pode ser caracterizado como cientifico. Foi utilizado o estudo de casos como método de pesquisa, que pode ser definido de modo geral como a descrição de uma situação gerencial normalmente realizado quando se deseja obter maior conhecimento sobre determinado tema por meio de análise profunda de um número restrito de situações no contexto em que elas acontecem. Essa técnica costuma ser utilizada em estudos exploratórios, especialmente quando se trata de uma área de pesquisa recente, com fronteiras pouco conhecidas, ou quando se deseja conhecer novas perspectivas. Esse é justamente o caso do presente estudo, que aborda um tema relativamente pouco estudado no contexto brasileiro, especialmente no âmbito do grau de conhecimento na área do trade marketing. A técnica escolhida foi a de estudo de casos múltiplos. Essa opção permite ao pesquisador descrever de maneira mais rica a existência de um fenômeno e construir uma argumentação mais sólida, quando comparada à utilização de casos simples. Essa pesquisa foi realizada através do Google formulários, e divulgada diretamente para consumidores, funcionários e profissionais da área através de grupos de WhatsApp e Linkedin. 9.1 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Os resultados obtidos foram de encontro aos objetivos da pesquisa revelando o posicionamento do consumidor na hora de comprar, trazendo hábitos de compra busca compreender quais os itens que cliente mais consome, com qual frequência, ou mesmo a média de gasto por pedido. Observamos o quão importante ter um produto apresentável, é necessário não só saber quem, mas onde e como consomem 23 determinado produto, quais as associações que podem ser feitas entre o seu e outros itens para impulsionar as vendas, entre outros aspectos. Atualmente, o consumidor dita as regras do mercado e orienta como deve ser o atendimento e todas as atividades de uma empresa. Com isso, o trade marketing ganha ainda mais importância, pois é a atividade que atua diretamente no ponto de venda. O trabalho é fundamental para quem não tem um canal direto de venda ao público, mas precisa que sua marca esteja visível, estabilizada e, principalmente, em posição de competitividade diante da escolha do cliente. Para isso, uma estratégia de distribuição em pontos de venda é o que vai possibilitar a expansão e a manutenção dos produtos dessa companhia no mercado. Toda a atuação empresarial deve ser planejada para atrair e convencer o consumidor, levando-o a comprar o produto no PDV. Desse modo, a escolha dos canais de venda em que a empresa atuará é estratégica e precisa levar em consideração o perfil e as necessidades do seu público-alvo. O consumidor é o centro de suas atenções e isso tem proporcionado excelentes resultados às empresas. Quanto mais atento às demandas, preferências e necessidades do cliente o seu negócio estiver, mais fácil será crescer e se tornar uma referência no mercado. Figura 1 – Idade do consumidor Fonte: Os autores 24 Figura 2 – Gênero do consumidor Fonte: Os autores Figura 3 – Renda mensal do consumidor Fonte: Os autores 25 Figura 4 – Estados dos consumidores Fonte: Os autores Figura 5 – Produtos essenciais para homens Fonte: Os autores 26 Figura 6 – Produtos essenciais para mulheres Fonte: Os autores Figura 7 – Produtos essenciais para homens e mulheres Fonte: Os autores 27 Figura 8 – Slogan dos salões de beleza Fonte: Os autores Figura 9 – Preferência dos consumidores referente aos slogans Fonte: Os autores 28 Figura 10 – Opiniões dos consumidores sobre o salão 01 Fonte: Os autores Figura 11 – Opiniões dos consumidores sobre o salão 02 Fonte: Os autores 29 Figura 12 - Opiniões dos consumidores sobre o salão 03 Fonte: Os autores Figura 13 – Gôndola Fonte: Os autores 30 Figura 14 – Preferência dos consumidores sobre a gôndola Fonte: Os autores Figura 15 – Opiniões dos consumidores sobre a gôndola 01 Fonte: Os autores 31 Figura 16 – Opiniões dos consumidores sobre a gôndola 02 Fonte: Os autores Figura 17 – O piniões dos consumidores sobrea gôndola 03 Fonte: Os autores 32 Figura 18 – Opiniões dos consumidores sobre a gôndola 04 Fonte: Os autores 9.2 COMPORTAMENTO DOS FUNCIONÁRIOS NOS PVD’S Os resultados obtidos foram de encontro aos objetivos da pesquisa revelando o posicionamento dos funcionários nesta área, trazendo definições das atividades de trade marketing, conhecimento organizacional das glândulas. Observamos que uma estratégia de Trade Marketing deve planejar não só onde os produtos estão, mas de que forma eles estarão posicionados nesses locais. O bom trabalho visa explorar bem as gôndolas e prateleiras, mas também atuar com sampling, ou seja, distribuição de amostras grátis. Esse conjunto de práticas desperta a atenção no consumidor e, consequentemente, gera a curiosidade, é possível que um ponto de vendas com funcionários treinados e orientados para conhecer o consumidor possa gerar e fornecer informações importantíssimas sobre o comportamento dele. 33 Figura 19 – Gênero dos funcionários Fonte: Os autores Figura 20 – Idade dos funcionários Fonte: Os autores 34 Figura 21 – Tempo de trabalho dos funcionários Fonte: Os autores Figura 22 – Você sabe o que é trade marketing? Fonte: Os autores 35 Figura 23 – Qual a importância das propagandas? Fonte: Os autores Figura 24 – O que mais influência os consumidores? Fonte: Os autores 36 Figura 25 – Você sente orgulho do seu trabalho? Fonte: Os autores Figura 26 – Casos de sucesso no trade marketing Fonte: Os autores 37 Figura 27 – Experiência relacionada ao trade marketing Fonte: Os autores 9.3 COMPORTAMENTO DO ESPECIALISTA Os resultados obtidos foram de encontro aos objetivos da pesquisa revelando o posicionamento dos especialistas nesta área, trazendo definições das atividades de trade marketing, pontos de vista, orientações e estratégias. Observamos a falta de profissionais especializados na área, e que o maior desafio da área é despertar a atenção do consumidor a sua necessidade, objetivo e informação entre comercial e trade. Para sobreviver as empresas estão se voltando para o mercado a fim de buscar e entender seus clientes a fim de otimizar investimentos em comunicação e na forma de influenciar seu processo de compra. Os consumidores estão se tornando cada vez mais disputados neste e por sua vez buscam novidades quando passam em frente as vitrines ou visitam uma loja online, exigindo profissionais eficientes nos setores de compras e inovação. E com a pesquisa podemos concluir que um trabalho bem feito nos PDVs, divulgação bem elaborada, recursos e ferramentas bem utilizados, promotores de vendas, recursos humanos e coletas de informações traz diferencial e cases de sucesso. 38 Figura 28 – Gênero dos especialistas Fonte: Os autores Figura 29 – Idade dos especialistas Fonte: Os autores 39 Figura 30 – Cargos dos especialistas Fonte: Os autores Figura 31 – Quantos funcionários de trade marketing atuam em sua empresa? Fonte: Os autores 40 Figura 32 – Grau de desenvolvimente com a área do trade marketing Fonte: Os autores Figura 33 – Nível de desenvolvimento de tecnologia para a área de trade marketing Fonte: Os autores 41 Figura 34 – Tecnologia usada pelos especialistas Fonte: Os autores Figura 35 – Tecnologia que mais recomendam Fonte: Os autores 42 Figura 36 – Maior dificuldade encontrada no trade marketing Fonte: Os autores Figura 37 – Maior desafio do trade marketing Fonte: Os autores 43 Figura 38 – Ferramenta que não pode faltar no PDV Fonte: Os autores Figura 39 – Melhor maneira de destacar sua organização virtualmente Fonte: Os autores 44 Figura 40 – Mudanças pós Covid-19 no trade marketing Fonte: Os autores Figura 41 – A inteligência artificial tende a crescer? Fonte: Os autores 9.4 ENTREVISTA COM UM PROFISSIONAL Em complemento as pesquisas realizadas, tivemos um bate-papo com o Marco Luca profissional de Trade Marketing. Ele trabalha na área de marketing, trade e vendas a mais de 10 anos, durante a conseguimos ver seu modo de pensar, conquistas e histórias. 45 Como você vê a transformação digital dentro do Trade Marketing? Nos contou que a área não pode acabar mesmo com toda a era digital, mais que o on-line já faz parte da jornada de compra do consumidor, vem como tendência de crescimento e complemento, hoje o consumidor em algumas áreas primeiro busca o on-line para pesquisas e depois vai até ao mercado, a mudança de investimento do budget em 5 anos será cada vez maior. Quais principais estratégias usadas para definir volume e produto que será colocado em cada canal? Depende de alguns fatores, mais é preciso ter uma visão de profundidade de produto, mix, assertividade, concorrência, é necessário ter um mapeamento do canal de produtos não só dos seus, mais também dos concorrentes diretos e indiretos por exemplo o que estão fazendo e como estão atuando. Além desses pontos é necessário sempre estar de olhar relatórios de estoques quinzenais e semanais. Contou que o trabalho do promotor é de extrema importância, pois há casos de os produtos não serem vendidos pelo fato de não estar na prateleira da loja e sim parados no estoque, sem giro não há lucratividade. Ainda há erro de compra dos produtos no varejo sem gestão correta de canais? Quando a indústria vende o produto para o varejo ela perde o rastreio dessa mercadoria, vai muito pelo o que colocam e o gerente direciona no varejo. É uma variável constante que é difícil ter controle sobre elas. É possível definir o caminho que o cliente faz na loja? O layout da loja, dos shoppings são estratégicos pois induzem o consumidor a passar por mais lojas passar por mais produtos, e isso o induz na compra, automaticamente traz um aumento do ticket médio. Existe experiências que o cliente vive, exemplo a Disney, você tem toda a temática do parque e a loja fica na saída, por uma experiência que você viveu ali no final você compra um produto que traz uma lembrança daquela experiência. Aqui pode-se fazer teses A/B para saber o que do certo. Ao final do bate-papo nos trouxe um case seu de sucesso e deixou uma dica para quem deseja seguir carreira em Trade Marketing. Trouxe para nós uma experiência englobando a transformação digital com o ponto de venda. Nos contou 46 que quando trabalhava na Playstation tinha 50 consultores e deu um tablet para cada um, eles ficavam com o tablete em cada ponto de venda, mostravam para o consumidor todo o conteúdo com imagens, ilustrações, com isso a argumentação e contra objeções são matadoras pois o visual conta muito. 10 CONSULTORIA COM DAVID PEREIRA, GERENTE DA TOP 20 Com o intuito de agregar ao trabalho, e poder promover ao público conhecimento sobre a importância do trade marketing foi efetuado uma entrevista com o David Pereira de 21 anos, gerente da Top 20, loja de vestuário localizado no Shopping Aricanduva, zona leste de São Paulo. David está atuando a 6 meses no cargo de gerência, o primeiro de sua carreira, o mesmo não conhecia o trade marketing, com isso foi efetuado um vídeo explicando o conceito de trade marketing e analisando suas situações de dia-a-dia para que ele possa inserir a trade marketing em sua loja, afim de agregar ao funcionamento da mesma. Ele começa a entrevista dizendo sobre como ele age com seus consumidores. "Ser gentil, ter uma boa sondagem, ter uma frente atrativa, poder proporcionar um atendimento diferenciado, quanto suprir as necessidades do cliente". Também diz como eleage com seus funcionários, de que o essencial é manter seus funcionários sempre motivados e haver uma boa dinâmica de equipe afim de isso, ser transmitido ao cliente. Um dos questionamentos que ele faz é que como a loja dele fica no shopping, aonde costuma competir com lojas de grande padrão, o ticket médio de produtos é elevado, porém com uma ótima estratégia, e bons fornecedores e conseguem manter o preço abaixo do ambiente nele inserido. Ele cita que clientes o chegam e indagam "Esses preços são de Brás". Brás é um bairro de São Paulo, onde há, bastante fábricas independentes de roupas, com isso os preços são baixos, muitas vezes essa expressão está associada ao preço baixo, como também a má qualidade de produtos. Porém ele cita que quando ele entra em seu estabelecimento e prova seus produtos, percebe-se que são produtos de ótima qualidade, e isso é ótimo diferencial para a organização. "Quando chegam (clientes) para provar, e dão uma oportunidade para conhecer nosso produto e provam, e sentem "aquele" jeans confortável de confiança de personalidade no corpo, a história toda muda, é aonde a gente faz a nossa diferença!" 47 Foi questionado ao David qual seria a maior dificuldade encontrada na hora da venda. E se existia algum aspecto que seria redundante. Ele diz que não há uma grande dificuldade pejorativa na hora do atendimento, ele cita acontecimentos que são mais frequentes "Às vezes, quando entram um casal, a mulher não gosta de ser atendida por homem, eu procuro ter mais mulheres atendentes dentro da loja, pois acaba sendo indiferente no quesito quanto atender homem, como mulher, atender senhores, atender senhoras, casais..." Foi questionado qual seria a estratégia usada para exposição, se haveria um padrão pré-estabelecido. É citado o "paredão" de som que fica na faixada da loja, o David define a frente de sua loja como "outdoor", ele cita que este "paredão" chama muita a atenção "A "galera" acredita que "dali" sai um som muito alto, que "tipo" eles ficam intrigados... A nossa faixada já chama muita a atenção". Uma distribuição pré- estabelecida é os manequins que ficam na frente da loja, ele cita que eles são vestidos de acordo com seu público está vestido no momento, com isso ele diz que uma estratégia usada é visualizar as pessoas que entram ou que passam pela sua loja e tentar criar um "look" de acordo com essa visualização. Na loja não há uma definição e exibição padronizada nem uma estratégia definida. Neste caso o trade marketing pode ser essencial, com uma demarcação de produtos mais vendidos, pesquisas de produtos mais visualizados, e um cronograma de distribuição de produtos dentro da loja, poderia haver aumentos de vendas no ponto de venda. Ele cita que muitas vezes os clientes entram em sua loja pelo instinto de curiosidade, com isso poderia ser interessante, a concentração de puzzles ou uma distribuição diferenciada. Foi indagado com qual seria a frequência de mudanças dentro do ponto de venda. Ele diz que não há uma definição pré-estabelecida, com isso as mudanças dependem do "feeling" dele se está dando certo ou não. E que as mudanças são com frequência. Foi feita uma pergunta sobre demarcação e separação de produtos. O mesmo diz que não há uma definição estabelecida. E cita o porquê não há "Eu faço "tipo assim" mesclado (entre marcas) por conta que, eu dou a opção, "abro o leque" ao cliente... Eu procuro sempre mesclar (as marcas) para valorizar a nossa". Foi questionado se ele praticava ou conhecia o trade marketing. Ele diz que há um treinamento, explicando o funcionamento, mas no sentido de cores e preços, sobre o que funciona e o que não funciona, mas cita que o trade marketing não conhecia. 48 Foi abordado de como são diversas lojas Top 20 se todas deveriam ter a mesma distribuição e padrão. O David diz que não, que os gerentes têm liberdade para distribuir os produtos de acordo com seu público alvo. "A criatividade do gerente, "vai" mais na atitude, achar que funciona... Cada um dos gerentes age de certa maneira, alguns tem uma ferramenta a mais ou a menos, estão sempre se reinventando". Foi conversado sobre a Top 20. Como a mesma tem 6 anos de criação, foi questionado se existe a possibilidade de se tornar uma franquia. Ele diz que o CEO que se tornar umas das grandes de vestuário, e cita por exemplo a Riachuelo e Zara. Porém sem ser franquiada, pois acredita que perderia a sua essência se isto acontecesse. O público alvo da Top 20 segundo o David, são todas as pessoas, na loja dele não há produtos infantis, mas em outras sim. E diz também que produtos masculinos e plus size, são os que mais são vendidos. Figura 42 – Entrevista com David Pereira, gerente da TOP 20 Fonte: https://youtu.be/w4cHdNbcAfM - Os autores. 49 CONCLUSÃO Com base no que foi apresentado, o trade marketing é uma estratégia que promove o contato entre o consumidor final e o fabricante através de distribuidores parceiros. Seu objetivo é aumentar as vendas acompanhando o crescimento do mercado e a mudança de hábitos dos clientes. O analista de trade marketing é o profissional que desempenha todas as ações diretamente relacionadas ao ponto de venda. Algumas das principais responsabilidades incluem a negociação dos melhores PDVs, o estudo do comportamento do shopper, a organização de materiais de merchandising, a orientação das equipes de campos e a análise de dados de todos os dados referente às campanhas de vendas. São muitos os benefícios adquiridos com o trabalho feito no trade marketing, tanto para indústria quanto para o próprio consumidor. Muitas empresas ainda têm dúvida sobre para que o trade marketing serve na pratica. Há até quem pense que esse método está apenas relacionado com a produção de merchandising, mas o que acontece é que o trade marketing tem outras funções que também são igualmente necessárias e que variam de acordo com cada situação. O trade marketing analisa os hábitos e preferências dos consumidores para o sucesso das estratégias de marketing e vendas. Define quais canais de mídias serão utilizados, que produtos desenvolvidos e que canais de comercialização para atender as preferências de consumo do público-alvo. Não existe um formula mágica para fazer trade marketing, tudo vai depender do segmento do mercado e de características próprias do seu negócio. Mesmo com ações que sejam simples e de fácil execução, é importante dar atenção a alguns pontos especiais, não vale correr o risco de se arriscar sem estratégia e planejamento, dar um tiro no escuro e pôr e por todo o trabalho a perder. Podemos perceber que o trade marketing não se limita ao simples conceito de realizar ações de marketing pelos canais de venda. Hoje em dia, o setor é considerado uma área estratégica e extremamente importante para o sucesso de qualquer marca ou produto. 50 Trouxemos algumas pesquisas sobre situações do nosso cotidiano, como por exemplo: “qual título de oferta do produto é mais chamativo, qual tipo de salão as pessoas mais frequentam, quais sãos os produtos mais essenciais...” e conseguimos alcançar nosso objetivo que nada mais é que extrair informações através de analises gráficas. Aplicamos também nossas pesquisas para profissionais da área do trade marketing que nos proporcionou uma visão de dentro do negócio, trazendo uma noção de ideias com suas repostas e relatos do que vivenciam nessa área, fazendo como que nós entendêssemos muito melhor a mecânica e o papel do trade marketing na empresa. Diante de todas essas informações, conseguimos ter uma base e refletir sobre a influência do trade marketing no mercado e também de sua evolução, pois é uma área que sempre estará se atualizando e se modernizando a cada ano que passa, sendo cada vez mais essencial no mercado. 51 REFERÊNCIAS MAS AFINAL, O QUE É TRADE MARKETING?O NEGÓCIO DO VAREJO. Disponível em: <http://onegociodovarejo.com.br/mas-afinal-o-que-e-trade-marketing/>. Acesso em: 19 de set. 2019. O QUE É TRADE MARKETING, PARA QUE SERVE. COMO FAZER E EXEMPLOS. KLICKPAGES. Disponível em: <https://klickpages.com.br/blog/trade-marketing-o- que-e/>. Acesso em: 19 de set. 2019. TRADE MARKETING: O QUE É E O QUE FAZ UM PROFISSIONAL DA ÁREA? NA PRÁTICA. Disponível em: <https://www.napratica.org.br/profissional-de-trade- marketing/>. Acesso em: 19 de set. 2019. GUIA DEFINITIVO DO TRADE MARKETING. CLUBE DO TRADE. Disponível em: <https://clubedotrade.com.br/materiais-educativos/ebook/guia-trade-marketing/>. Acesso em: 15 de set. 2019. GUIA DE EXECUÇÃO. CLUBE DO TRADE. Disponível em: <https://clubedotrade.com.br/materiais-educativos/ebook/guia-de-execucao/>. Acesso em: 15 de set. 2019. VEJA A EVOLUÇÃO DO TRADE MARKETING E AS MUDANÇAS COM O DIGITAL. MARK UP BRAINSTORM. Disponível em: <https://markupbrainstorm.com/veja-a- evolucao-do-trade-marketing-e-as-mudancas-com-o-digital/>. Acesso em: 12 de set. 2019. TRADE MARKETING. Disponível em: <https://youtu.be/w4cHdNbcAfM>. Acesso em: 07 de nov. 2020.
Compartilhar