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GRUPO I DEFINIÇÃO E EPIDEMIOLOGIA DA OBESIDADE INFANTIL Aline Schmidt Bruna Rasquinha Gabriela Nunes Maira A. das Neves Ramone Rockenbach Renata Lenz Tailita Luisa Tirp DEFINIÇÃO DE OBESIDADE É uma doença crônica caracterizada pelo acumulo excessivo de energia, sob a forma de triglicérides, no tecido adiposo distribuídos pelo corpo e pode provocar prejuízos à saúde, por facilitar o desenvolvimento ou agravamento de doenças associadas, é causado por doenças genéticas, endócrino – metabólicas ou por alterações nutricionais Já o sobrepeso é o excesso de peso previsto para o sexo, altura e idade, de acordo com os padrões populacionais de crescimento, podendo representar ou não excesso de gordura corporal. A obesidade coincide com um aumento de peso, mas nem todo aumento de peso está relacionado à obesidade, a exemplo de muitos atletas, que são “pesados” devido à massa muscular e não adiposa. PREVALÊNCIA E EPIDEMIOLOGIA DA OBESIDADE INFANTIL Na última década, houve um aumento na prevalência da obesidade e de dislipidemias, em razão da diminuição da pratica de atividade física e do elevado consumo de alimentos industrializados, ricos em gordura saturada e deficiente em fibras. Este quadro manifesta-se também entre as crianças. As crianças, a partir de 3 anos de idade com excesso de peso, apresentam maior probabilidade de se tornarem adultos obesos. As chances de uma criança que apresenta obesidade aos 6 anos de idade manter esse desvio nutricional na vida adulta é de 50%. De acordo com relatos da Organização Mundial da Saúde, a prevalência de obesidade infantil tem crescido em torno de 10 a 40% na maioria dos países europeus nos últimos 10 anos. A obesidade ocorre mais frequentemente no primeiro ano de vida, entre 5 e 6 anos e na adolescência. A obesidade está presente nas diferentes faixas econômicas, no Brasil, principalmente nas faixas de classe mais alta. O crescimento do número de crianças com excesso de peso está ligado ás mudanças no estilo de vida, como o sedentarismo, hábitos alimentares inadequados como consumo elevado de alimentos ricos em açúcar e gordura. O resultado destas mudanças reflete no estado nutricional das crianças, resultando em um contexto epidemiológico de transição nutricional, onde ocorre a substituição dos déficits pelos excessos nutricionais. Essa modificação no perfil nutricional da população pediátrica é comprovada pelos dados da Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição, de 1989, que revelam a existência de cerca de 1,5 milhão de crianças obesas. O número de crianças e adultos obesos é cada vez maior, tanto em países pobres ou ricos e até mesmo em países que se caracterizam por uma população magra, como no caso do Japão. O número de obesos é maior nas áreas urbanas e também está relacionado ao poder aquisitivo familiar. A presença do excesso de peso na população menos favorecida pode ser explicada pela falta de orientação alimentar adequada. REFERÊNCIAS DAL BOSCO, Simone Morelo (Org). Terapia nutricional em pediatria. São Paulo: Atheneu, 2010. MELLO, Elza D. de; LUFT, Vivian C; MEYER Flavia. Obesidade infantil: como podemos ser eficazes? Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, Vol. 80, Nº3, p. 173-182, 2004. SOARES, Ludmila Dalben; PETROSKI Edio Luiz. Prevalência, fatores etiológicos e tratamento da obesidade infantil. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, Santa Catarina, Vol. 5, Nº 1, p. 63-74, 2003.
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