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Bacteriologia e micologia

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Microbiologia Clínica 
Conceitos Gerais
Prof. Me. Ana Cláudia Alves de Oliveira Santos
Especialização em Microbiologia Aplicada ao 
Laboratório Clínico
Classificação dos seres vivos 
• Reino Animalia: animais invertebrados, vertebrados, aves e mamíferos
(homem).
• Reino Plantae : vegetais.
• Reino Monera: organismos unicelulares e procariontes: bactérias e
algas azuis.
• Reino Fungi: seres eucariontes uni ou pluricelulares: fungos.
• Reino Protista: protozoários (giárdias, amebas, tripanossomas) e algas
inferiores.
Microbiologia – definição 
• Ramo da Medicina que estuda os seres vivos microscópicos
nos seus mais variados aspectos como morfologia,
fisiologia, reprodução, genética, taxonomia e a interação
com outros seres e o meio ambiente.
Áreas da Microbiologia
1- Microbiologia Médica
2- Microbiologia de Alimentos
3-Microbiologia Industrial
4- Microbiologia Ambiental
5- Microbiologia Clínica
6- Microbiologia do Solo
7- Microbiologia Veterinária 
Campos de estudo da 
Mirobiologia
Microbiologia Clínica – definição 
Ramo da Medicina que estuda os principais agentes microbianos
causadores de doenças infectocontagiosas em humanos;
destacando-se os aspectos de diagnóstico clínico laboratorial,
patogênicos e epidemiológicos.
Um pouco da História da Microbiologia 
565 aC a 1892 : A população humana sofreu com epidemias 
de tifo, varíola, sífilis, cólera e peste. 
1684
• Antony Van Lewenhack (Holanda) construiu microscópios 
que podiam aumentar 300X e observou pequenos animais. 
• Desenhou e concluiu que existiam seres invisíveis, mas não 
conseguiu provar a origem deles. 
ROBERT KOCK - 1857
• Descobriu a cultura.
• Postulados de Kock (O postulado de Koch tem o intuito de estabelecer que os 
microrganismos causam doenças específicas, fornecendo um enquadramento 
para o estudo da etiologia de qualquer doença infecciosa. O agente causador 
deve estar presente em todos os casos de doenças e não deve estar presente 
em animais saudáveis).
• Bacillus anthracis
• Bacilo da tuberculose (bacilo de Kock)
• Etiologia de infecção traumática 
LOUIS PASTEUR - 1887 
• Pasteurização
• Fermentação.
• Vacina para cólera e raiva.
• Observou o fenômeno da antibiose (bloqueio do 
crescimento) de bactérias frente ao Bacillus anthracis.
Alexander Fleming
• (1928) Penicilina - Cogumelo Penicillium
• (1943) Penicilina utilizada em larga escala (Início da era 
dos antibióticos).
Células 
• As células são as unidades fundamentais dos seres vivos, da
menor bactéria a maior das plantas e dos animais.
• Representa a menor porção de matéria viva dotada da
capacidade de autoduplicação.
• São as unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos.
• As funções vitais de um organismo ocorrem dentro das células.
Células
• Todas elas contêm informação genética necessária
para desempenhar as funções vitais, e transmitir a
informação para a geração seguinte.
• Apesar da sua complexidade e variedade, todas as
células vivas podem ser classificadas em dois grupos:
procarióticas
eucarióticas
Eucarióticas x Procarióticas
• Quimicamente similares – contém ácidos nucléicos,
proteínas, lipídios e carboidratos.
• Utilizam os mesmos tipos de reações químicas para o processo de
metabolização
• A diferença entre as duas está principalmente na estrutura das
membranas celulares na presença de parede celular e na ausência de
organelas.
Células Eucarióticas
• São encontradas nas plantas, animais, protozoários, fungos e algas;
• Tamanho: 10 e 100μm de diâmetro;
✓Estrutura celular:
• membrana citoplasmática,
• aparelho de Golgi,
• retículo endoplasmático,
• mitocôndria,
• núcleo definido, separado pela membrana nuclear,
• citoplasma, 
• Ribossomos
Células Procarióticas
• São células simples;
• São encontradas nas bactérias;
• As células bacterianas são caracterizadas por:
• Tamanho
• Forma
• Arranjo
• Estruturas 
O tamanho, a forma e o arranjo das
células bacterianas 
Bactérias esféricas : geralmente são redondos, mas podem ser 
ovais, alongados ou achatados em uma das extremidades.
Bactérias em forma de bastão (bastonete)
Bactérias espirais: possuem uma ou mais curvaturas 
Bastões curvos
Forma helicoidal, como um saca-
rolha, e um corpo bastante rígido
Forma helicoidal e flexível
Outras formas bacterianas (menos comum)
Pleomorfismo
✓ A forma de uma bactéria é determinada pela
hereditariedade.
✓ Geneticamente, a maioria das bactérias é, monomórfica,
ou seja, mantém uma forma única.
✓ Entretanto, uma série de condições ambientais pode
alterar sua forma, que, quando alterada, dificulta uma
identificação (Pleomorfismo)
Estrutura bacteriana
Externa à parede celular
Interna à parede celular
Parede Celular 
• Manutenção da forma bacteriana
• Desempenha um papel importante na divisão celular
como iniciadora da sua própria biossíntese, dando origem
ao septo que separa as duas novas células oriundas da
divisão celular
• A composição química é usada na diferenciação em dois
grupos bacterianos (Gram+ e Gram -)
• Sítio de atuação de antimicrobianos
Composição da parede celular
- Peptidoglicano: dissacarídeo repetitivo unido por
polipeptídeos.
- Dissacarídeo: N-acetilglicosamina (NAG) e ácido 
Nacetilmurâmico (NAM)
- cadeias laterais de tetrapeptídio (4 aminoácidos) se
ligam ao NAM 
• A síntese do peptidoglicano é divida em três 
estágios:
• 1º no citoplasma
• 2º na membrana citoplasmática
• 3º fora da membrana
O peptidioglicano representa a maior parte da parede das bactérias Gram-positivas, 
atingindo de 45% a 50% da massa seca da célula, ao passo que nas Gram-negativas
não ultrapassa 5%. 
Parede celular de Gram +
▪ Possui uma parede celular espessa;
▪ Formada por múltiplas camadas de peptidoglicano (70-
75%) envolvendo a membrana plasmática;
▪ Outros compostos:
▪ polissacarídeos
▪ ácidos teicóicos:
Parede celular de Gram +
ácidos lipoteicóicos
Parede celular de Gram -
São estruturalmente e quimicamente mais complexas do
que as paredes celulares das Gram positivas.
Possui duas membranas plasmáticas
Peptideoglicano: uma ou duas camadas (5-10%)
Membrana externa: fosfolipídeos e lipopolissaarídeos (LPS) ou
endotoxina, e proteínas (porinas).
Parede celular de Gram -
Lipopolissacarídeo
Os açúcares que formam a cadeia lateral deste polissacarídeo variam de espécie
para espécie e, por isso, são responsáveis pelas características antigênicas em
bactérias Gram-negativas
Membrana plasmática
• A membrana citoplasmática bacteriana ou membrana 
plasmática, é uma estrutura de aproximadamente 
8nm de espessura.
• Forma uma barreira responsável pela separação do 
meio interno (citoplasma) e externo sendo vital para 
a célula.
Composta de proteínas (60%) imersas em uma bicamada de
lipídeos (40%), sendo os fosfolipídeos os mais importantes.
Funções - Membrana Plasmática
• Permeabilidade seletiva da célula;
• Transporte de moléculas para dentro e para fora da
célula
• Sítio de atividade enzimática específica (produção
de energia e digestão de nutrientes)
• Duplicação do DNA
De acordo com o tipo de parede bacteriana as bactérias 
são classificadas em dois grupos:
• Gram-positivas
• Gram-negativas 
Coloração de Gram
Foi desenvolvida em 1884 por Hans Christian Gram;
Método de coloração diferencial 
Coloração de Gram
Safranina
Estrutura externa a parede celular 
1- Glicocálice
Cápsula / Camada viscosa
Funções:
• adesão celular (biofilme)
• aumento da capacidade invasiva: escapam da 
fagocitose Ex: Streptococcus pneumoniae
• reservatório de água e nutrientes: proteção ao 
dessecamento
2. Flagelos
• Longos apêndices filamentosos que propelem as bactéria
(Movimentação celular)
• São divididos em três partes:
- filamento: região mais externa que contém a proteína flagelina
(as proteínas flagelares servem para identificação bacteriana),
- alça: aderidaao filamento,
-corpo basal: liga ao flagelo a parede celular e à membrana 
plasmática. 
Arranjos de flagelos bacterianos 
Distribuídos ao longo da célula Um único flagelo em um polo 
Dois ou mais flagelos na extremidade
Flagelos em ambas as extremidades celulares
• Obs: Algumas bactérias movimentam-se por outros
meios, diversos da atividade flagelar, tais como o
deslizamento provocado pelo fluxo protoplasmático ou
pela resposta táxica (fototaxia, quimiotaxia).
3. Pili / Fimbrias
Apêndices semelhantes a pelos que são mais curtos, retos e
finos que os flagelos
são usados para fixação (fímbrias) e transferência de DNA (pili
sexual)
Estrutura internas a parede celular 
1. Citoplasma
• Cerca de 80% do citoplasma são compostos de água,
contendo principalmente proteínas (enzimas),
carboidratos, lipídeos, íons inorgânicos e compostos de
peso molecular muito baixo.
• área nuclear (nucleóide/material genético), ribossomos
as inclusões (depósitos de reserva ) e os plasmídeos.
Inclusões
• Tipos
- grânulos metacromáticos: reserva de fosfato inorgânico, usado na síntese de ATP,
- grânulos de polissacarídeos: reserva de glicogênio e amido 
-inclusões lipídicas
-grânulos de enxofre: obtém energia oxidando o enxofre,
- carboxissomos: contém a enzima ribulose 1,5- difosfato carboxilase, para fixação do 
dióxido de carbono (fonte de Carbono ),
- vacúolos de Gás: bactéria aquáticas, mantém a flutuação. 
Ribossomos
• Partículas citoplasmáticas onde ocorre a síntese proteica.
• São compostos de RNA (60%) e proteína (40%).
• São denominados ribossomos 70S, formados por duas subunidades: 30S e 50S 
• Vários antibióticos atuam inibindo a síntese proteica nos ribossomos procarióticos.
Plasmídeos
• Moléculas de DNA circulares, menores que o cromossomo.
• Conferem vantagens seletivas às células que as possuem
(fatores de resistência e /ou a antibióticos)
• São capazes de autoduplicação independente da replicação
cromossômica e podem existir em número variável.
• São removidos após situações como:
- mudanças de temperaturas,
- presença de certos corantes,
- carência de nutrientes 
• Podem ser transferidos de uma bactéria para outra através 
de conjugação (tranferência de plasmídeo através do 
contato entre as células).
• Atualmente utilizados na biotecnologia.
Endosporos
• Estruturas formadas por algumas espécies de bactérias, como os
gêneros Bacillus e Clostridium, quando o meio se torna carente
de água ou nutrientes essenciais
• É um tipo de diferenciação celular.
• O processo de formação do esporo dentro de uma célula é 
chamado esporogênese. 
• Quando completa a esporogênese a maior parte da
água é eliminada, e o esporo contém apenas: DNA,
RNA, ribossomos, enzimas e algumas moléculas
essenciais.
• Sobrevivem ao aquecimento extremo, falta de água, exposição a
radiação e a vários agentes químicos (forma de resistência).
• Não possui atividade metabólica.
Na presença de água e nutrientes, enzimas degradam a
capa, a água e os nutrientes penetram e a célula voltam a
germinar.
Importantes como patógenos: 
- Bacillus anthracis: antraz
- Clostridium tetani: tétano
-Clostridium botulinum: botulismo
-Clostridium perfringens: gangrena gasosa 
Metabolismo bacteriano: reprodução, 
nutrição e crescimento
Reprodução
• Geralmente reproduzem – se assexuadamente por
fissão binária ou cissiparidade.
• Embora não ocorra reprodução sexuada, pode ocorrer
troca de material genético entre as bactérias.
• Tal recombinação genética pode ocorrer por
transformação, conjugação ou transdução.
• Transformação: incorporação de fragmentos de DNA
perdidos por outra bactéria que se rompeu.
• Conjugação: duas células bacterianas geneticamente
diferentes trocam DNA através do pêlo sexual.
• Transdução: moléculas de DNA são transferidas de uma
bactéria para outra usando os vírus como vetores
(bacteriófagos). Quando o bacteriófago entra numa célula
bacteriana, o DNA do vírus mistura-se com uma parte do
DNA bacteriano, de modo que o vírus passa a carregar
essa parte do DNA.
• Se o vírus infecta uma segunda bactéria, o DNA da
primeira pode misturar-se com o DNA da segunda. Essa
nova informação genética é então replicada a cada nova
divisão.
Crescimento
Aumento do número de células e não ao aumento das
dimensões celulares.
A divisão celular nas bactérias ocorre por divisão binária
Como as bactérias se multiplicam? 
➢Ácidos 
nucléicos
➢Proteínas
➢Lipídeos
➢polissacarídeos
1 2Tempo de Geração
Quando se dispõem de condições favoráveis (duplica em 20 
minutos).
1 220min 420min 820min
Fatores Físicos
• Temperatura de crescimento:
• Mínima (menor temperatura onde é capaz de crescer)
• Ótima (onde apresenta melhor crescimento)
• Máxima (mais alta temperatura para crescer)
• Classificação primária:
• Psicrófilos – crescem em temperaturas baixas (-10° – 20°C )
• Psicotróficos - temperatura de refrigeração (0° – 30°C)
• Mesófilos – crescem em temperaturas moderadas (10° – 50°C)
• Termófilos – crescem em temperaturas altas (40° – 70°C)
• Termófilos extremos ou hipertermófilos (ótima em > 80°C)
Classificação microbiana - Temperatura
– Ideal para bactérias: 
• faixa da neutralidade ( pH 6,5 – 7,5) -
– Exceção: 
– pH 0,5 a 6,0 (com ótimo entre 2 e 3,5) 
– pH acima de 7,0 
– Fungos filamentosos e leveduras: 
• São tolerantes a maior variação de pH
• Ótimo na faixa de 5 - 6
pH
Influência dos fatores 
químicos
Carbono
• Corresponde à base de todas as moléculas orgânicas (aminoácidos, ácidos
orgânicos, açúcares, bases nitrogenadas, etc.)
• Peso seco bacteriano
• (50% C, 14% N e 4% S e P)
• Obtenção:
• Quimioheterotróficas: a partir de materiais orgânicos como
proteínas, carboidratos e lipídeos
• Quimioautotróficas e fotoautotróficas: a partir de dióxido de
carbono
Nitrogênio, fósforo e enxofre
• Síntese de aminoácidos e proteínas
• Síntese de DNA e RNA
• Síntese de ATP
• Composição de vitaminas – tiamina e
biotina
Oxigênio- Classificação
•Aeróbios estritos ou obrigatórios
•Anaeróbios facultativos
•Anaeróbios obrigatórios
•Anaeróbios aerotolerantes
•Microaerófilas
Classificação
• Aeróbios estritos ou obrigatórios – necessitam da 
presença de O2 livre para crescer
• Ex. Mycobacterium tuberculosis
Classificação
• Anaeróbias facultativas – crescimento aeróbio e 
anaeróbio.
• Ex. Staphylococcus, Escherichia
Classificação
• Anaeróbias obrigatórias – só crescem na ausência
de O2.
• Ex. Treponema pallidum
Classificação
• Anaeróbias aerotolerantes – crescem na ausência
de O2, mas toleram sua presença.
• Ex. Streptococcus
Classificação
• Microaerófilas – crescimento aeróbio, porém, em
baixas concentrações de O2.
• Ex. Neisseria
Classificação
1)Aeróbicos estritos 
2)Anaeróbicos estritos 
3)Anaeróbico facultativo 
4)Microaerófilo 
5)Anaeróbicos aerotolerantes
Condições de cultivo
• Para se cultivar microrganismos deve-se obedecer a requisitos 
básicos obrigatórios:
- incubá-los em meios de cultura e em condições
ambientais adequados. 
• Inóculo é uma amostra de material contendo geralmente uma 
pequena quantidade de microrganismos que em condições 
adequadas multiplicam-se, aumentando em número e massa 
Meios de Cultura 
• É uma mistura de nutrientes necessários ao crescimento
microbiano.
• Deve conter a fonte de energia e de todos os elementos
imprescindíveis à vida das células.
• A formulação de um meio de cultura deve levar em conta o tipo 
nutritivo no qual o microrganismo pertence, considerando-se a 
fonte de energia, de carbono. 
Fatores de Crescimento
• São compostos nas quais os microrganismos são incapazes 
de sintetizarem e devem ser obtidos do meio natural ou 
artificial em que vivem. 
Fatores que influenciam na velocidade de 
crescimento:
• Natureza do Meio: em geral o desenvolvimento bacteriano é 
mais eficiente em meios complexos. 
• A concentração e a presença de todos osnutrientes
essenciais no meio de cultura são fatores que irão influenciar
na velocidade de crescimento.
• Natureza do microrganismo
Fases do Crescimento Bacteriano
• Os estudos de crescimento são feitos essencialmente em 
meios líquidos.
• Quando uma determinada bactéria é semeada num
meio líquido de composição apropriada e incubada em 
temperatura adequada, o seu crescimento segue uma 
curva definida e característica. 
– Fase lag: processo de divisão pouco ou ausente; adaptação 
das células ao meio.
– Fase log: alto processo de divisão; crescimento exponencial; 
absorção de nutrientes do meio; produção de metabólitos 
(toxinas).
– Fase estacionária: diminuição da velocidade de divisão 
bacteriana; diminuição da atividade metabólica; tiram 
nutrientes das células mortas; acúmulo de substâncias 
tóxicas; esporulação.
– Fase de morte celular: número de células mortas excede 
o número de células vivas.
Fases do crescimento bacteriano
Fases do crescimento bacteriano
Em meio de 
cultura
• Meios de cultura são composições de substâncias que 
fornecem nutrientes necessários para o desenvolvimento de 
microrganismos. 
• Sendo favorecido o crescimento, é possível a identificação 
desses organismos através das suas atividades bioquímica e 
metabólica. 
• O ágar-ágar, também conhecido simplesmente
como ágar ou agarose, é um hidrocolóide fortemente gelatinoso
extraído de diversos gêneros e espécies de algas
marinhas vermelhas que consiste em uma mistura heterogênea de
dois polissacarídeos, agarose e agaropectina.
• Utilizado em grande escala na microbiologia, principalmente para
culturas sólidas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrocol%C3%B3ide
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alga
https://pt.wikipedia.org/wiki/Polissacar%C3%ADdeos
• Além dos nutrientes, existem condições ambientais para o crescimento 
microbiano, como: 
• Inóculo
❖Temperatura; 
❖pH; 
❖Umidade; 
❖Presença ou não de oxigênio (condição aeróbia e anaeróbia), entre outras.
• Fatores de crescimento:
• Alguns micro-organismos crescem na presença de 
poucos nutrientes. Ex: glicose sais de amônio e alguns 
sais minerais.
• Sintetizam seus principais compostos;
• Micro-organismos exigentes ou fastidiosos;
• Fatores de crescimento.
De acordo com a consistência
Sólidos Líquidos Semi-sólido
• Meios Sintéticos: composição química é
qualitativa e quantitativamente conhecida.
por exemplo, o seguinte meio: NH4Cl, 1,0g; 
K2HPO4, 1,0
g; MgSO4. 7H2O, 0,2 g; FeSO4. 7H2O, 0,01 g; 
CaCl2, 0,02
g; MnCl2. 4H2O, 0,002 g; NaMoO4. 2H2O, 
0,001g; água
q.s.p., 1,0 L
• Meios Complexos: composição química não é perfeitamente 
definida. Ex: extrato de carne, extratos de órgãos animais 
como fígado, coração, extratos de vegetais como soja, arroz, 
ou outras como sangue, soro.
• Meios Seletivos:
• Contém substância que inibe o crescimento de um 
determinado grupo de micro-organismos;
• Permite o desenvolvimento de outros.
Eosin, Methylen-Blue
Ágar MacConkey
• Meios Diferenciais:
• Permitem a distinção de colônias;
• Micro-organismos diferentes.
• MEIOS DE CULTURA PARA TRANSPORTE E 
CONSERVAÇÃO:
Cary Blair
Meio Stuart
• MEIOS DE CULTURA PARA TRANSPORTE E CONSERVAÇÃO:
• PRINCÍPIO: A carência de uma fonte de nitrogênio impede
consideravelmente a multiplicação de microrganismos e a composição
nutritiva garante a sobrevivência deles.
• UTILIDADE: Transporte de diversos materiais e conseqüente conservação
dos microrganismos. Conservação de microrganismos patogênicos como:
Haemophilus spp., Pneumococcus, Salmonella spp., Shigella spp. entre
outros.
 Ágar Nutriente
Princípio: O Àgar Nutriente é um meio 
relativamente simples, de fácil 
preparação e barato, muito usado nos 
procedimentos do laboratório de 
Microbiologia.
 Ágar Nutriente
 Utilidade: utilizado mais freqüente para a conservação e
manutenção de culturas;
 Observação da esporulação de espécies de bacilos Gram
positivos;
 Análise de água, alimentos etc.
• ÁGAR SALMONELLA-SHIGELLA (SS)
Utilidade: Selecionar e isolar espécies 
de Salmonella e Shigella, em amostras 
de fezes, alimentos e água.
 Princípio: Ágar SS possui componentes (sais de bile, verde brilhante
e citrato de sódio) que inibem microrganismos Gram positivos.
 A incorporação de lactose ao meio permite diferenciar se o
microrganismo é lactose positiva. Bactérias lactose (-) viram o meio
para amarelo e as lactose (+) viram para róseo.
 Tissulfato de sódio e o citrato férrico permitem a detecção de H²S
evidenciado por formação de colônias de cor negra no centro.
• ÁGAR MACCONKEY
Princípio: O cristal violeta inibe o 
crescimento de microrganismos Gram 
positivos especialmente enterococos e 
estafilococos. A concentração de sais de 
bile é relativamente baixa em 
comparação com outros meios, por isso 
não é tão seletivo para Gram negativos 
como, por exemplo, o ágar SS.
Utilidade: Isolar bacilos Gram negativos 
(enterobactérias e não fermentadores) 
e verificar a fermentação ou não da 
lactose.
ÁGAR MACCONKEY
• ÁGAR Manitol Salgado
Princípio: é um meio seletivo para 
isolamento de estafilococos patogênicos.
Utilidade: A degradação do manitol com a 
produção de ácido muda a cor do meio de 
rosado a amarelo. Devido ao seu alto 
conteúdo de cloreto de sódio, pode-se fazer 
uma inoculação maciça da amostra em 
estudo. Geralmente se incubadas as placas 
por mais ou menos 36 horas, aparecendo as 
colônias de estafilococos não patogênicos 
de tamanho pequeno e rodeadas de uma 
zona vermelha. As colônias de 
Staphylococcus aureus fermentadores do 
manitol são maiores e rodeadas de uma 
zona amarela. 
• ÁGAR Manitol Salgado
ÁGAR Manitol Salgado
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=manitol+positivo&source=images&cd=&cad=rja&docid=TTEMEQNyAJJDwM&tbnid=T5suGZDOCiv6ZM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.fotogeriatria.net/laboratorio_y_otras.htm&ei=NTsVUYO0D4La9AS2woF4&bvm=bv.42080656,d.eWU&psig=AFQjCNFkPRTSKPA3vCZYzNkCfP-CfEiXSg&ust=1360432297662964
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=manitol+positivo&source=images&cd=&cad=rja&docid=tGkEH-6ec-0sBM&tbnid=XEwCKKzqg6lwJM:&ved=0CAUQjRw&url=http://higieneialiments.blogspot.com/2011/03/staphylococcus-aureus-enterotoxigenico.html&ei=aTsVUYaQI4T89gS5zYCIAw&bvm=bv.42080656,d.eWU&psig=AFQjCNFkPRTSKPA3vCZYzNkCfP-CfEiXSg&ust=1360432297662964
• ÁGAR EOSINA AZUL DE METILENO
Princípio: Diferencia fermentadores de 
lactose (E. coli) de não fermentadores 
(Salmonella, Shigella). Fermentadores: 
azul/preto; não fermentadores: sem cor 
ou roxo claro
Utilidade: Os microrganismos 
fermentadores de lactose, tais como 
coliformes, são visualizados como colônias 
na coloração azul-preta, enquanto os nãos 
fermentadores de lactose, tais como 
Salmonella spp. e Shigella spp. 
aparecerem incolores, transparentes ou 
na coloração ambar. 
ÁGAR EOSINA AZUL DE METILENO
• ÁGAR Sangue
• Princípio: promove o crescimento da maioria dos microrganismos. A
conservação dos eritrócitos íntegros favorecem a formação de halos de
hemólise nítidos, úteis para a diferenciação de Streptococcus spp e
Staphylococcus spp
• Utilidade: Meio seletivo e diferencial indicado para o isolamento de
estafilococos. Seletividade devido ao alto teor salino e diferenciação a
partir da fermentação do Manitol.
ÁGAR Sangue (Padrões de Hemólise)
β- Beta hemolíticas – hemólise total: 
Streptococcus pyogenes
α - Alfa hemolíticas – hemólise parcial: 
Streptococcus pneumoniae
γ -Gama hemólise – não hemolítico: 
Enteococcus faecalis
• ÁGAR CLED – CYSTINE LACTOSE ELECTROLYTE DEFICIENT
• Princípio: Usado para isolamento e quantificação de microrganismos presentes em 
amostras urina. A deficiência de eletrólitos inibe o véu de cepas de Proteus.
• Utilidade: Isolar e quantificar microrganismos Gram positivos, Gram negativos e 
leveduras. Os organismos que fermentam a lactose irão reduzir o pH e alterar a cor do 
meio de verde para amarelo. A cistina permite o crescimento de bactérias coliformes 
anãs.
• ÁGARMUELLER HINTON
• Princípio: Ágar padronizado por Kirby e Bauer e 
pelo NCCLS que oferece condições de crescimento 
das principais bactérias.
• Utilidade: Meio utilizado para a realização do 
teste de avaliação da resistência aos 
antimicrobianos pelos métodos de difusão em 
disco e E-test para enterobactérias, não 
fermentadores, Staphylococcus, Enterococcus sp.
• O meio apresenta uma excelente difusibilidade.
• CALDO BHI – BRAIN HEART INFUSION
• Princípio: É um meio derivado de nutrientes de 
cérebro e coração, peptona e dextrose. A 
peptona e a infusão são fontes de nitrogênio, 
carbono, enxofre e vitaminas. A dextose é um 
carboidrato que os microrganismos utilizam para 
fermentação.
• Utilidade: Meio para cultivo de estreptococcos, 
pneumococos, meningococos, enterobactérias, 
não
fermentadores, leveduras e fungos.
• ÁGAR DNASE
• Princípio: Cepas de alguns microrganismos
produzem DNase e endonuclease termoestável. Estas
enzimas hidrolisam ácido desoxirribonucléico (DNA)
contido no meio de cultura após um período de
incubação. Posteriormente este meio é acidificado
com HCl 1N para a revelação da prova.
• Utilidade: Prova de identificação que separa os
principais microrganismos de importância clínica,
entre eles: DNase positivos: Staphylococcus aureus ,
Serratia spp. e Proteus spp., Stenotrophomonas
maltophilia, Cryseobacterium meningosepticum,
Moraxella catarrhalis.
Parede celular atípica
Coloração de Ziehl Neelsen
(Pesquisa de BAAR)
• A técnica de Ziehl-Neelsen foi desenvolvida por Franz Ziehl e
posteriormente melhorada por Friedrich Neelsen, no final do
século 19.
• Essa técnica de coloração é mais agressiva que a técnica de
Gram, sendo usada em bactérias que são má coradas pela
coloração de Gram, como por exemplo as bactérias do gênero
Mycobacterium e Nocardia.
• Existem bactérias que são resistentes à coloração, porém
quando coradas, resistem fortemente à descoloração,
mesmo quando submetidas a ácidos fortemente diluídos e
ao álcool absoluto. Essas bactérias são denominadas de
bacilos álcool-ácido-resistentes (BAAR).
• A característica álcool-ácido-resistente é conferida a
essas bactérias devido ao alto teor de lipídeos
estruturais na parede celular, que causa uma grande
hidrofobicidade, que dificulta a ação de corantes
aquosos. Um exemplo de ácido graxo altamente
presente na parede celular dessas bactérias é o ácido
micólico.
• Na técnica de Ziehl-Neelsen, após o processo de coloração da amostra, a fucsina de Ziehl
irá corar todos os elementos celulares de vermelho, porém após a descoloração com o
álcool, somente os bacilos álcool-ácidos-resistente irão continuar preservando a cor
vermelha, os demais elementos celulares na amostra serão descorados.
• Então, para podermos visualizar os outros elementos celulares (descorados) na amostra,
deve-se utilizar azul de metileno, que dará um contraste, deixando os elementos celulares
em azul e os bacilos álcool-ácidos-resistentes continuarão em vermelho.
• A pesquisa de bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR) em
materiais clínicos pode constituir a primeira evidência de
doença, permitindo assim o início de um tratamento,
enquanto aguarda-se o resultado de cultura.
Mecanismos Microbianos de 
Patogenicidade 
Para causar doença, os microrganismos:
-aderir
-penetrar
-colonizar
-lesar tecidos
A doença pode ser causada também:
-acúmulo de produtos tóxicos microbianos. 
Portas de entrada das bactérias
Adesão
➢Glicocálice, fímbrias, pili, flagelos, ácidos lipoteicóicos
Colonização 
Representa uma estratégia universal desenvolvida 
para garantir a sobrevivência e otimizar o 
aproveitamento dos nutrientes. 
Formação do Biofilme 
Ação dos Agentes Químicos e 
Físicos sobre as populações 
bacterianas
Controle de Populações Microbianas-
Princípios 
• O agente deve afetar diretamente o microrganismo;
• O efeito normalmente não é instantâneo, sendo
importante o tempo de exposição; 
• O efeito normalmente não é instantâneo, sendo
importante o tempo de exposição;
• Escolha de um método: material, resultados e objetivos
• Esterilização: destruição de toda e qualquer forma de vida (formas 
vegetativas, esporos, fungos, vírus, etc) de um material.
• Desinfecção: destruição de microrganismos patogênicos
presentes num material inanimado (Desinfetantes).
• Anti-sepsia: destruição de microrganismos patogênicos num tecido 
vivo (Antissépticos);
• Assepsia: conjunto de medidas para prevenir a entrada de 
microrganismos num material (vivo ou não) ou reduzir o número 
dos já presentes (Profilaxia) 
• Inibir propagação de bactérias patogênicas:
• humanos
• animais
• Conservação de alimentos;
• Contaminação da Água e ambiente;
• Aumento da validade de produtos alimentícios;
Por que não devemos comprar
alimentos enlatados e
“estufados”?
Por que o leite de caixa
dura mais que o “leite
de saco “?
Motivos para controle microbiano
Fatores que influenciam na
efetividade dos tratamentos
antimicrobiano
-Número de micróbios
-Influências ambientais
-Tempo de exposição
-Caracterísicas microbianas
Métodos físicos no controle microbiano
Calor Úmido
-fervura (100 °C por 15 minutos)
-autoclave (Vapor d’água sob pressão (121 ° C/15 minutos)
Esterilização por calor seco
- Mata por efeitos de oxidação
Chama direta
Forno de esterilização:
✓ oxidação de componentes orgânicos;
✓ esterilização (170oC – 2 horas);
✓ instrumetos cirúrgicos.
Calor seco
Calor seco
Incineração:
✓ queima dos microganismos até se tornarem cinzas;
✓ esterilização;
✓ lixo hospitalar, animais de experimentação.
Adaptado de: 
www.cibg.rj.gov.br/detalhenotici 
as.asp?codnot
http://www.cibg.rj.gov.br/detalhenoticias.asp?codnot
Filtração
- Passagem de um líquido ou gás através de um material semelhante a uma tela, 
suficientemente pequenos para reter micro-organismos.
-utilizada para realizar a esterilização de materiais sensíveis ao calor, como por 
exemplo enzimas.
Filtros HEPA (high efficiency 
particulate air)
Filtros de membranas
Radiação
 Ionizante (raio X e )
Destroem o DNA
 Não-ionizantes (UV) Alteram 
DNA através da formação de
dímeros
Ionizante Não-ionizante
Raios gama e X Raios UV
Destruição DNA Lesão no DNA
Esterilização Microbiostático ou microbicida
Produtos farmacêuticos e 
suprimentos médicos e odontológicos
Controle de ambiente fechados
Adaptado de: 
www.uvcomparison.com/uvs 
cience.php
http://www.uvcomparison.com/uvscience.php
Principais grupos:
1. álcoois;
2. compostos fenólicos (fenóis);
3. aldeídos e derivados;
4. halogênios e derivados;
5. biguanidas;
6. agentes de superfície (detergentes);
7. conservantes químicos de alimentos;
8. quimioesterelizantes gasosos ( gases);
9. agentes oxidantes (peroxigênios);
10. metais pesados.
Alvo dos agentes químicos 
• Parede Celular e membrana: Proteínas/Camada
fosfolipidica/ Lipopolisacarideos/ peptidioglicano.
• Ação: Afeta a permeabilidade Síntese, rompimento,
favorecimento da lise celular.
• Afeta o crescimento celular e pode levar a morte.
Alvo dos agentes químicos 
• Proteínas
• Ação: Romper pontes de hidrogênio, Cross-linking, alquilação,
reduzir ou oxidar pontes disulfetos
• Desnaturação de proteínas e/ou inativação.
Alvo dos agentes químicos 
• DNA ou RNA
• Ação: Ligar covalentemente ou degradar.
• Inibir a transcrição e tradução .
Fixa a Bactéria – Atua apenas 
na Membrana Externa
AGENTES QUIMIOTERÁPICOS
✓ Antimicrobianos úteis para a ingestão ou 
injeção no tratamento de doenças
✓ Principal propriedade de um agente 
quimioterápico para que tenha sucesso:
✓ TOXICIDADE SELETIVA
✓ Capacidade de inibir bactérias ou outros 
agentes patogênicos sem provocar 
efeitos adversos no hospedeiro
Mecanismos de ação de drogas 
antibacterianas
1. Inibição da síntese da parede celular
2. Inibição da síntese proteica
3. Inibição da síntese de ácidos nucleicos
4. Destruição da membrana plasmática
5. Inibição da síntese de metabólitosessenciais
1. Antibióticos que inibem a síntese da 
parede bacteriana
Classes de fármacos que inibem a síntese da parede celular:
Beta-lactâmicos: Penicilinas (amoxicilina), Cefalosporinas 
(cefalexina), Monobactâmicos (Aztreonan) e Carbapenens
(imipenem).
Glicopepetídeos: Vancomicina e teicoplania.
Beta-lactâmicos
• Classe de antibióticos que inibem a síntese da parede
celular de bactérias através do impedimento de enzimas
que catalizam a transpeptidação do peptidoglicano.
Proteínas ligadoras de penicilina (PBPs – penicillin binding
proteins).
• Com a estrutura incompleta do peptidoglicano, a parede
celular da bactéria é enfraquecida e a célula morre.
Classificação -
βlactâmicos
• Os antibióticos beta-
lactâmicos são classificados
pela semelhança estrutural
adicionados de radicais que
fornecem a estabilidade
dessa droga
• Os mecanismos de ação e
de resistência são comuns a
todos!
Antibióticos glicopeptídicos
• A vancomicina foi o primeiro dessa classe a ser descoberto.
• Os glicopeptídeos ligam especificamente ao precursor da parede celular , o UDP-N-
Acetilmuramilpentapeptídeo
2. Antibióticos que inibem a síntese proteica
Aminoglicosídeos (30S)
Macrolídeos (50S)
Tetraciclinas (30S)
Lincosamina (50S)
Cloranfenicol (50S)
Glicilciclinas (30S)
Estreptograminas (50S)
3. Antibióticos que inibem a replicação do
DNA:
Quinolonas
Mecanismo de ação das 
Quinolonas
4. Antibióticos que levam a destruição da 
membrana plasmática
Antibióticos peptídicos –
polimixina B
5. Inibidores metabólicos
Sulfametoxazol e 
Trimetoprim
• Sulfas são similares em estrutra ao PABA, um intermediário crítico na síntese de
nucleotídeos para síntese de DNA e RNA.
• Sulfas bloqueam a síntese de DNA/RNA e assim, a síntese proteica.
Inibem a enzima dihidropteroato sintase
Sulfonamidas e trimetoprina
Introdução á Micologia
Como nossas vidas estão ligadas aos fungos?
Micologia – definição
• A Micologia é um ramo especializado da 
Biologia que se preocupa em estudar os 
Fungos. 
Introdução
• Cerca de 105.000 espécies descritas;
• Estimativas: 1,5 milhão de espécies;
• Os fungos emergiram nas últimas décadas como a principal causa de 
doenças em humanos;
• Especialmente entre indivíduos imunossuprimidos ou hospitalizados com 
doenças de base graves.
Espécies como C. tropicalis, C. parapsilosis, C. krusei, e C. glabrata, são 
consideradas emergentes, e têm surgido como causadoras de infecções 
invasivas nosocomiais, principalmente em pacientes internados em UTIs.
Em 2019 outra espécie, a Candida auris, despertou a atenção de diversas 
entidades pelo mundo.
As infecções fúngicas em instituições de assistência à saúde
passaram a ter uma grande importância nos últimos anos, devido ao
seu aumento progressivo e pelas altas taxas de morbidade e
mortalidade. Muitas destas infecções são adquiridas por via
endógena e outras por via exógena, sendo a última proveniente de
mãos de trabalhadores da área da saúde, instrumentos terapêuticos,
biomateriais, entre outras fontes ambientais.
Importância dos fungos
Áreas de Importância dos Fungos
✓Produção de Alimentos (fermentação de produtos)
✓Agricultura (praga agrícolas/ controle biológico)
✓Veterinária
✓Industrial (produção de medicamentos)
✓Médica (Infecções fúngicas em humanos)
❖Micotoxicoses
❖Alergias
❖Micoses
❖Micetismos
✓ De e 25 a 30 % das produtos agrícolas são destruídos por fungos ou 
suas micotoxinas anualmente.
✓ Apodrecimento de frutas.
✓ Gasto de milhões de dólares anualmente para a proteção das
lavouras.
Importância dos Fungos na 
Agricultura
IMPORTÂNCIA INDUSTRIAL
• Produção de medicamentos como:
✓Penicilinas
✓Ciclosporinas
✓Vitaminas
• Produção de compostos orgânicos
✓Etanol
✓Ácido cítrico
✓Ácido glucônico
✓Aminoácidos
✓Várias enzimas Ex: Lactase
• Produção de alimentos
• Produção de bebidas alcoólicas
ALGUMAS SUBSTÂNCIAS 
ORIGINADAS DE FUNGOS
Penicillium notatum 
Penicillium citrinum 
Tolypocladium 
inflatum Penicilium
griseofulvum 
Lentinula edodes
IMPORTÂNCIA INDUSTRIAL
ALIMENTAÇÃO
FABRICAÇÃO DE:
Pães
Vinhos
Queijos Gorgonzola , Camembert e Roquefort
Shoyos 
Sake 
Vinagre
Cerveja - Saccharomyces cerevisae
Diretamente como alimentos – Champignons , Shitake e a Trufa (200 
espécies)
P. roquefortii
Penicillium camemberti
QUEIJOS: 
Gorgonzola, Camembert e Brie
P. candidum
IMPORTÂNCIA NA ALIMENTAÇÃO
COGUMELOS COMESTÍVEIS
Lentinula edodes
Shitake
Morchella esculenta
Agaricus bisporus
Champignon
Agaricus blazei
Cogumelo do Sol Trufa de 1,5 kg- 2007
Tuber melanosporum
trufa
FUNGOS COMO CAUSADORES DE 
DOENÇAS
 Superficiais
 Cutâneas
 Subcutâneas
 Sistêmicas
 Oportunistas
EXEMPLOS DE MICOSES
• No Brasil, estimativas do Ministério da Saúde, de 2016, sugerem
que mais de 3,8 milhões de indivíduos sofram de alguma
infecção fúngica séria.
• Só em 2017, houve 390 mil casos de aspergilose alérgica
bronco-pulmonar; quase 600 mil de asma severa afetada por
fungos, principalmente Aspergillus sp;
• 28 mil casos de candidemia, causada pela presença de fungos
do gênero Candida no sangue; e 6,8 mil casos de meningite por
Cryptococcus.
• O custo estimado por paciente com uma micose disseminada,
durante todo o tratamento, pode superar 250 mil reais por
paciente.
https://radis.ensp.fiocruz.br/index.php/home/reportagem/avanco-dos-fungos
Características Gerais dos Fungos
Características gerais dos 
Fungos
• Vivem no solo, água e em organismos
• São EUCARIONTES
• São heterótrofos (digestão extracelular utilizando-se enzimas, como:
proteinases, lipases, fosfolipases e etc).
• UNICELULARES (leveduras) ou PLURICELULARES (filamentosos)
• Parede celular de Quitina ( Plantas – celulose)
• Reserva de energia – glicogênio ( Plantas – amido/ Animais -
gordura)
➢ Reprodução sexuada (meiose) e assexuada (mitose) por
meio de esporos.
➢ São Aeróbios, anaeróbios ou anaeróbios facultativos
• Todos os fungos são Gram positivos.
• Algumas espécies de fungos apresentam melanina de forma visível na
sua parede celular.
Em meios de cultivo formam colônias de dois tipos e variadas cores.
➢ Leveduriformes- Cremosas, pastosa e lisas
➢ Filamentosas – Aveludadas, Algodonosas, pulverulentas e etc
➢ Crescem em uma faixa de pH variável (3,0 a 8,0), mas possuem
afinidade por pH ácido.
➢ Toleram também uma elevada variação de temperatura (-6 a 50ºC),
mas a maioria tem como temperatura ótima de crescimento de 25 a
30ºC.
Morfologia das colônias 
Colônias leveduriformes Colônias Filamentosas
cremosas
Pastosas
Algodonosas
Pulverulentas
Aveludadas
Bolores (fungos filamentosos)
Morfologia
Micélio Vegetativo Micélio Aéreo
Absorção de 
nutrientes
Morfologia
Leveduriformes Filamentosas
Unicelulares
Blastoconídios
Brotamento
multinucleares
Hifas
Septadas Não-Septadas
Micélio
Citologia de Fungos
▪Parede celular
•Forma do fungo – força mecânica
•Proteção osmótica – evita o choque osmótico
•Sede de antígenos - induz a produção de
Anticorpos
•Composição química: principalmente
•Manoproteina, glucanas e quitina
(Leveduras – restrita a área de formação do 
blastoconídio: brotamento da célula-mãe).
•Quitina
•Glucanas (Bolor)
•Alguns lipídios e pigmentos (melanina –
demáceos)
Manoproteínas são 
proteínas glicosiladas.
A PAREDE CELULAR NÃO TEM 
PEPTIDEOGLICANO,
FATO QUE A DIFERE DA DAS
BACTÉRIAS
Citologia de Fungos
Membrana celular
• Atua como uma barreira semi – permeável no transporte ativo e passivo 
das substâncias
• Constituída por uma porção hidrofóbica e outra hidrofílica
• Esteróis – Ergosterol
• Lipídeos associados a açucar –glicolipídeos - importantes na aderência da
célula fúngica às células do hospedeiro
ergosterol
Citologia de fungos
Núcleo
• Contém o genoma fúngico
•Agrupado em cromossomos lineares
• Composto de DNA dupla fita em hélice
• Contém histonas associadas ao DNA cromossomal
Plasmídeos:
• estruturas circulares de DNA dupla fita
•localização extra cromossômica,
• capacidade de autoduplicação de modo independente dos cromossomos
• auto transferência para outras células
• Raramente evidenciados em leveduras
Ribossomos: síntese proteica
Mitocôndria: Fosforilação oxidativa
Retículo endoplasmático
•Membrana em forma de rede distribuída por toda a célula fúngica
•Ligada à membrana nuclear
•Os ribossomos podem estar aderidos
Aparelho de golgi
•Agregação interna de membranas
•Armazenamento de substâncias que serão desprezadas pela célula 
fúngica
Vacúolos
•Armazenamento de substâncias de reserva (glicogênio)
Citologia de fungos
Cápsula:
▪Facultativa
▪Mucopolissacarídeos
▪Fator de virulência→função:resistência à 
fagocitose (algumas leveduras)
▪Ex:Cryptococcus neoformans e Cryptococcus
gattii
Citologia de fungos
DIMORFISMO FÚNGICO
Habilidade de alguns fungos de crescerem em duas
formas distintas em resposta à temperatura e a fatores
nutricionais. Os fungos dimórficos, quando cultivados à
temperatura ambiente ou no seu nicho ecológico
apresentam-se na forma filamentosa; quando
incubados a 37ºC ou em parasitismo, apresentam-se na
forma de levedura ou esférula.
OBS: O dimorfismo ocorre principalmente nas espécies 
patogênicas e endêmicas.
Dimorfismo fúngico
Forma parasitária ou patogênica
Forma infectante
Tipos de reprodução dos fungos
• Denominação anamórfica: imperfeita ou assexuada.
• Denominação teleomórfica: perfeita ou sexuada.
Anamorfa Teleomorfa
Blastomyces Ajellomyces
Candida Pichia
Cryptococcus Filobasidiella
Histoplasma Filobasidium
Microsporum Arthroderma
Sporothrix Ceratocystis
Trichophyton
ESQUEMA GERAL DE REPRODUÇÃO
ASSEXUADA: Útil para a identificação dos fungos
SEXUADA : Útil para a classificação dos fungos
REPRODUÇÃO
REPRODUÇÃO DOS FUNGOS
É através da morfologia das estruturas reprodutivas que 
se identifica e classifica os fungos
• A classificação é feita com base nas estruturas de 
reprodução sexuada.
• A identificação é feita com base nas estruturas de 
reprodução assexuada
MICÉLIO VEGETATIVO
Artroconídios
Blastoconídios 
Clamidoconídios 
Blastoartroconídios 
Divisão binária 
Cissiparidade 
Fragmentos de hifas e etc
MICÉLIO REPRODUTIVO
Estruturas de frutificação
REPRODUÇÃOASSEXUADA
• O micélio vegetativo pode sofrer transformações.
• Formando estruturas de reprodução;
• Fundamental na identificação dos fungos:
• Podem ser de origem sexuada (teleomorfo) ou assexuada 
(anamorfo).
Reprodução
◼ BASIDIOMYCOTA
◼ ASCOMYCOTA
◼ ZYGOMYCOTA
◼ DEUTROMYCOTA
Classificação Taxonômica dos Fungos
FILOS: 
❑ FILO MYXOMYCOTA: Não possuem 
parede celular, formado por fungos 
gelatinosos - sem importância na 
micologia médica
❑ FILO EUMYCOTA: Possuem parede 
celular, formado por hifas ou leveduras –
tem importância na micologia médica
Sub-filo Ascomycota
• agrupa fungos de hifas septadas sua principal característica é o 
asco;
• Reprodução sexuada e assexuada;
Sub-filo Zygomycota
• Inclui fungos de micélio cenocítico; 
• A reprodução pode ser sexuada, pela formação de zigósporos e 
assexuada com a formação de esporos.
Sub-filo Basidiomycota
• compreende os denominados fungos superiores ou cogumelos;
• Apresentam hifas septadas, e produzem esporos sexuados;
Sub-filo Deuteromycota
• Engloba fungos com hifas septadas e que reproduzem 
assexuadamente;
• Formando conídios externos;
• Esta divisão compreende os fungos mais patogênicos.
ASCOMYCOTA /ASCOMICETO
BASIDIOMYCOTA / BASIDIOMECETO
ZYGOMYCOTA / ZIGOMICETO
REPRODUÇAO ASSEXUADA - MICÉLIO VEGETATIVO
♠ CLAMIDOCONÍDIOS: células de descanso e resistência, 
diâmetro aumentado, paredes espessas, arredondadas 
e citoplasma rico.
REPRODUÇÃO ASSEXUADA - MICÉLIO
VEGETATIVO
Artroconídio
ARTROCONÍDIOS: São formados pela fragmentação e 
desarticulação da hifa vegetativa, inicialmente são 
retangulares e posteriormente tornam-se arredondados.
REPRODUÇÃO ASSEXUADA - MICÉLIO
VEGETATIVO
Blastoconídio
BLASTOCONÍDIOS: conídios que originam por brotamento na célula, 
podem ser unibrotantes ou multibrotantes (comuns nas leveduras)
OBS: Algumas levedurasformam blastoconídios que 
não se separam da célula mãe formando assim a 
estrutura chamada pseudohifa.
Ex. : Candida albicans.
REPRODUÇÃOASSEXUADA MICÉLIO VEGETATIVO
Divisão binária ou cissiparidade
Brotamento é diferente de cissiparidade: um 
ocorre internamente e o outro
externamente
REPRODUÇÃO ASSEXUADA
Estruturas de frutificação
Ailton Soares IPTSP/UFG
Colorações e Meios de Cultura Para 
Fungos
Colorações em Micologia
• Laboratórios clínicos preparam lâminas de para a observação e
identificação das estruturas reprodutivas e ou vegetativas dos
fungos.
• São necessários a utilização de técnicas de coloração:
✓Coloração de Gram
✓Coloração de Giemsa
✓Coloração com tinta Nanquim
✓Coloração com azul de lactofenol
✓Solução de KOH
Coloração de Gram
• Todos os fungos são Gram- positivos, por isso a coloração não visa
a diferenciação dos microrganismos, mas possibilita discriminar
elementos fúngicos de artefatos existentes nas amostras.
• Estas colorações são usadas para pesquisa de Histoplasma
capsulatum.
• Faz-se um esfregaço semelhante ao usado para coloração de
Gram. Fixa-se com metanol e cora-se com o corante Giemsa.
Coloração de Giemsa
Histoplasma capsulatum
• Colocar uma gota de tinta nanquim e uma gota da amostra
centrifugada sobre uma lâmina.
• Cobrir a preparação com lamínula e observar ao microscópio
óptico.
• Nesta técnica, um erro bastante frequente é confundir linfócitos
com células de leveduras.
Coloração com tinta Nanquin
Cryptococcus sp
• O método de coloração com
Lactofenol Azul Algodão é usado
para preparar exame
microscópico de colônias de
fungos.
• É uma técnica que tem a
finalidade de visualizar o micélio
vegetativo e reprodutor de um
fungo filamentoso, como
também as características da
célula vegetativa.
Coloração com Azul de Lactofenol
Técnica 
1. Colocar uma gota de lactofenol
azul-algodão sobre a lâmina.
2. Retirar pequeno fragmento da
cultura de bolor ou uma alíquota
da cultura de levedura, utilizando
alça ou fio de platina.
3. Colocar o fragmento da cultura
ou a alíquota de levedura sobre a
gota de lactofenol e homogeneizar.
4. Cobrir com lamínula e examinar
ao microscópio nas objetivas de 10
e 40 vezes.
Coloração com Azul de Lactofenol
• O exame microscópico direto a utiliza hidróxido de potássio
(KOH) que possibilita a visualização de estruturas filamentosas ou
leveduriformes nos tecidos, bem como outros elementos fúngicos
típicos que permitem determinar a infecção fúngica ou o
diagnóstico presuntivo de sua etiologia.
• Também é possível fixar o material na lâmina e corar pelo método
de GRAM, GIEMSA.....
• O tempo de clarificação depende da concentração do KOH e do
material a ser examinado.
Solução de KOH
Reagentes:
✓ KOH 20 a 40%
dependendo do
material
✓ Lâminas
✓ Lamínulas
1. Conferir se a amostra está
coletada e identificada
corretamente.
2. Identificar a lâmina.
3. Retirar uma porção da amostra
e colocar entre lâmina e
lamínula com algumas gotas de
KOH (suficiente para cobrir
todo material analisado).
4. Colocar em câmara úmida por
no mínimo 2h e no máximo
24h.
5. Fazer a leitura em microscópio
ótico em aumento de 10x e
40x.
Solução de KOH
Interpretação
✓ Hifas hialinas, septadas e
artrosporadas: fungos
dermatófitos.
✓ Hifas demáceas: fúngos
demáceos.
✓ Blastoconídios, blastoconídios
com brotamento e pseudo-
hifas: levedura.
Solução de KOH
Meios de Cultura em Micologia
✓Ágar Sabouraud Dextrose
✓Ágar batata
✓Ágar Mycosel.
Ágar Sabouraud Dextrose
• A função do meio com nutrientes Ágar Sabouraud é o cultivo e
crescimento qualitativo de fungos, como filamentoses, leveduras,
espécies de cândidas e fungos associados a infecções artificiais.
• O Ágar Sabouraud é um método extremamente seletivo, pois
seu pH, levemente ácido, favorece o crescimento de dermatófitos
e inibe algumas espécies bacterianasde interesse clínico, isso
acontece devido a presença de cloranfenicol, um antibiótico de
amplo espectro que age contra as bactérias gram negativas, gram
positivas e riquétsias.
• Um dos diferenciais do meio Ágar Sabouraud é a elevada
concentração de dextrose, que proporciona uma vantagem para o
desenvolvimento dos fungos estáveis por osmose, a medida que a
maioria das bactérias não suporta a elevada concentração de
açúcar.
Ágar Sabouraud Dextrose
• O Agar Batata Dextrose é um meio tradicionalmente utilizado para
o isolamento de fungos e leveduras.
• O pH deste meio o torna seletivo para impedir o crescimento da
maioria dos microrganismos de flora acompanhante e permitem o
crescimento do fungo pesquisado.
• Características dos componentes: Meio utilizado para isolamento,
cultivo e contagem (placa) de bolores e leveduras. Meio composto
por extrato de batata, glicose e ágar que estimula a esporulação
(preparação em lâminas).
• Pode ser utilizado como meio para manutenção de culturas de
dermatófitos geofílicos e como meio diferencial das variedades
atípicas de dermatófitos
Ágar Batata
Ágar Batata
Procedimento Para a Coleta das 
Amostras e Processamento
Coleta das Amostras
Coleta das Amostras
Coleta das Amostras
• O sucesso na visualização e isolamento do agente etiológico
depende, além da coleta e transporte adequados e volume
suficiente da amostra, de seu processamento correto antes do
exame micológico.
• As seguintes recomendações devem ser cuidadosamente, seguidas
para boa resolução diagnóstica:
✓ Pelos, cabelos, escamas de unha e pele
✓ Líquor, secreções e fluídos corporais
✓ Urina
✓ Escarro
✓ Tecidos obtidos por biópsia
✓ Sangue e aspirado de medula óssea
Processamento das Amostras
• Devem ser aliquotadas para exame microscópico e cultura pois,
para exame são clarificadas com solução aquosa de KOH a 20% e,
para cultura, não podem sofrer nenhum tratamento prévio, sendo
por isso, inoculadas diretamente na superfície do meio de cultura.
Pelos, cabelos, escamas de unha e 
pele 
• (líquido pleural, ascítico, sinovial, pericárdico, aspirado
transtraqueal, lavado gástrico e broncoalveolar [BAL]) devem ser
concentrados por centrifugação (1500 a 2000 rpm por 10
minutos).
• Os materiais coletados com “swabs” devem ser eluidos em
solução salina e também devem ser centrifugados. O sedimento
obtido é o material adequado para o exame microscópico e
semeadura em meios de cultura.
Líquor, secreções e fluídos corporais
• É recomendável que uma alíquota (alça calibrada) seja semeada,
por esgotamento, sobre o meio de cultura distribuído em placa de
Petri, para exame quantitativo, pela contagem de unidades
formadoras de colônias (UFC).
• A outra alíquota deve ser centrifugada (1500 a 2000 rpm por 10
minutos) e o sedimento será utilizado para exame microscópico e
nova semeadura em tubo (cultura qualitativa).
Urina
• Pode ser digerido com enzima (v/v) N-acetil-L-cisteina (250 mg de
enzima dissolvidas em 1 L de solução-tampão citrato ou solução
fisiológica), que fluidifica e facilita a manipulação da amostra e
formação de sedimento após centrifugação.
• Porém, não foi comprovado que esse tratamento melhore a
recuperação de fungos da amostra sendo, portanto, opcional.
Pode-se utilizar, como alternativa, para digestão da amostra,
solução de KOH 20%.
• A porção purulenta da amostra é preferível e porções liqüefeitas
não são adequadas para isolamento do agente.
• A porção da amostra tratada com KOH, porém, só pode ser usada
para exame microscópico, pois a potassa destrói, após algumas
horas, as estruturas do fungo, inviabilizando seu isolamento em
meio de cultura.
• Neste caso, outra porção da amostra deve ser centrifugada e o
sedimento usado para cultura.
Escarro
• Requerem fragmentação, com o auxílio de um bisturi estéril ou 
maceração (gânglio) com pistilo em almofariz; pode ser feito 
dentro de uma placa de Petri estéril. 
• Esse procedimento visa aumentar a área de superfície e expor o 
microrganismo ligado ao tecido, ao maior contato com o meio de 
cultura. 
Tecidos obtidos por biópsia 
• Não necessitam preparação, Para cultura, as amostras são
semeadas imediatamente, após a coleta, em frascos contendo meio
de cultura.
• O meio pode ser bifásico (15 ml de ágar inclinado sob 50 ml de
caldo) composto de infusão de cérebro-coração (meio BHI) ou
Sabouraud.
• Meios contendo saponina para lise e posterior centrifugação da
amostra são indicados.
• Na prática, frascos para hemocultura bacteriológica (simples ou
automatizada), proporcionam isolamento adequado de fungos,
desde que respeitado os períodos necessários ao seu
desenvolvimento.
• Para fungos dimórficos, de crescimento lento (>15 d), muitos
autores consideram o método de lise-centrifugação o mais sensível.
Sangue e aspirado de medula óssea

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