Como advogado de João Carlos e Guilherme, minha orientação seria que eles buscassem a responsabilização civil de Marco Aurélio pelos danos causados à sociedade empresária JGM Ltda. De acordo com o artigo 1.016 do Código Civil, os sócios têm o direito de exigir dos administradores a prestação de contas e o exame dos livros e documentos da sociedade. Além disso, o artigo 1.010 do mesmo diploma legal prevê que os sócios podem, nos casos previstos em lei ou no contrato social, exigir a remoção do administrador que praticar atos prejudiciais à sociedade. No caso em questão, Marco Aurélio desviou vultosa quantia do patrimônio social em proveito próprio, o que configura ato prejudicial à sociedade. Assim, João Carlos e Guilherme podem exigir a remoção de Marco Aurélio da administração da sociedade e buscar a responsabilização civil dele pelos danos causados. Quanto à forma de deliberação dos sócios, como o contrato social é omisso, deve-se aplicar subsidiariamente as normas relativas às sociedades anônimas. Nesse sentido, o artigo 132 da Lei das S.A. (Lei nº 6.404/76) prevê que a destituição de administrador depende de deliberação de acionistas que representem, no mínimo, metade do capital social com direito a voto. Portanto, João Carlos e Guilherme devem convocar uma assembleia de sócios para deliberar sobre a destituição de Marco Aurélio da administração da sociedade e buscar a responsabilização civil dele pelos danos causados.
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