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Fichamento - AS AMBIVALÊNCIAS DAS CIDADES INTELIGENTES - Midias Globais

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FACULDADES INTEGRADAS HÉLIO ALONSO 
FACHA 
 
 
 
Fichamento 
AS AMBIVALÊNCIAS DAS CIDADES 
INTELIGENTES 
Lúcia Santaella 
 
 
Alunos: Gabriela Hall 
Isis Rodrigues 
Jeane Darc 
André 
Lívia 
Yasmin 
Professora: Eliana Monteiro 
Disciplina: Mídias Globais 
 
 
 
RIO DE JANEIRO, 05 DE JUNHO DE 2017 
O objetivo central do texto é refletir sobre a ambivalência das cidades 
inteligentes, traçando um paralelo entre seus aspectos positivos e negativos. De 
acordo com a autora, as cidades são sencientes, por possuírem a capacidade 
de sentir, porém muito embora, não possuem a auto -consciência. Em resumo, 
senciência é a capacidade de sentir, mas não de saber. 
Quando esta teoria surgiu, provocou grande discórdia, pois ao afirmar que 
a cidade é senciente, desestabilizamos a separação de qualidades até então, 
atribuídas apenas aos seres humanos. No entanto não é mais possível se opor 
a esta teoria, levando em consideração a capacidade de processamento da 
informação foi capilarmente se distribuindo por todo o espaço urbano, sendo não 
apenas uma teoria, mas sim uma realidade. A autora continua desdobrando o 
conceito, ao apontar dois aspectos que necessitam ser diferenciados para se 
entender as cidades inteligentes, são eles: Aspectos Visíveis, que nesse 
contexto nada tem a ver com coisas tradicionais que vemos como prédios, casas 
e meios de transportes, por exemplo e o Aspecto Invisível é contemplado pelo 
ciberespaço invisível que rompe as barreiras e “pinga” no mundo dito real. 
Não existe mais espaço privado, pois as redes permitem que qualquer 
pessoa esteja dentro da sua sala ou que você esteja dentro da casa de alguém 
a qualquer momento. Os Aspectos invisíveis, através da mobilidade nos 
transformam em seres ubíquos. As redes moveis nos permitem estar em mais 
de um lugar ao mesmo tempo e essas redes estão em quaisquer lugares que 
possamos estar, em imensas nuvens invisíveis de informação. A cada nova 
interação com uma nova tecnologia surge uma nova forma de comunicação entre 
pessoas e o meio ambiente. Com este cenário, ao modo que nós acessamos as 
mais diversas informações na rede, deixamos também as nossas informações, 
criando um ” rastro” do nosso comportamento, que pode ser o nosso modo de 
pensar e agir, das nossas preferências e conexões. Por isso, além de estarmos 
na era da conexão e mobilidade, estamos também na era do chamado big data. 
Big Data como a tradução literal já diz, são grandes dados. Este termo é 
utilizado para descrever o imenso volume de dados estruturados ou não, que 
impactam os negócios do dia-a-dia. Essa infinidade de informações é utilizada 
para que se possa tomar as melhores decisões estratégicas, diminuindo o risco 
e consequentemente aumentando a possibilidade de êxito. Tais dados nos 
mostram também que o big data é fundamental não apenas para o mundo 
empresarial mas também para governança, criando através de serviços ubíquos, 
engajamento e participação dos cidadãos. A autora enfatiza essa relação 
quando cita o termo e-governância várias vezes e afirma que munidos do big 
data, os governos encontram condições para unificar os sistemas, analisando e 
cruzando mais assertivamente os dados para definir os objetivos e estratégias 
que atendem aos anseios dos cidadãos. 
Muito embora a estrutura física da cidade tenha sido preservada, existem 
uma série de dispositivos que conectados à internet, criam um sistema nervoso 
que dá suporte a vida das pessoas. Resultando em uma mudança gigantesca do 
modo que administramos a cidade. A ambivalência das cidades inteligentes se 
ao fato de que ao mesmo tempo em que os dados são fundamentais para uma 
administração, gerenciamento eficazes e para uma série de temas fundamentais 
para a administração da cidade, há o fator da vigilância e controle. Tudo que 
fazemos, além de ficar registrado, é correlacionado. Todo nosso registro de 
diversas atividades na rede fica armazenado nesse grande sistema. Temos 
então um grande paradoxo nas cidades inteligentes, de um lado a promessa de 
proteção e de outro, o rastreamento de nossas atividades.

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