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16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 1/90
Caderno de Questões( https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1fKEh )
Português
Questão 801: CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Motorista Granel I/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
A negação do meio ambiente
O século 20 conseguiu consolidar o apartheid entre a humanidade e as dinâmicas próprias dos ecossistemas e da biosfera. Até o final do século 19, quando nasceu meu
avô, a vida na Terra, em qualquer que fosse o país, tinha estreitos laços com os produtos e serviços da natureza. O homem dependia de animais para a maior parte do
trabalho, para locomoção e mal começava a dominar máquinas capazes de produzir força ou velocidade. Na maioria das casas, o clima era regulado ao abrir e fechar as
janelas e, quando muito, acender lareiras, onde madeira era queimada para produzir calor.
Cem anos depois, a vida é completamente dominada pela tecnologia, pela mecânica, pela química e pela eletrônica, além de todas as outras ciências que tiveram um
exponencial salto desde o final do século 19. Na maior parte dos escritórios das empresas que dominam a economia global, a temperatura é mantida estável por
equipamentos de ar-condicionado, as comunicações são feitas através de telefones sem fio e satélites posicionados a milhares de quilômetros em órbita, as dores de
cabeça são tratadas com comprimidos, e as comidas vêm em embalagens com códigos de barra.
Não se trata aqui de fazer uma negação dos benefícios do progresso científico, que claramente ajudou a melhorar a qualidade de vida de bilhões de pessoas, e também
deixou à margem outros bilhões, mas de fazer uma reflexão sobre o quanto de tecnologia é realmente necessário e o que se pode e o que não se pode resolver a partir
da engenharia. As distâncias foram encurtadas e hoje é possível ir a qualquer parte do mundo em questão de horas, e isso é fantástico. No entanto, nas cidades, as
distâncias não se medem mais em quilômetros, mas sim em horas de trânsito. E isso se mostra um entrave para a qualidade de vida.
Há certo romantismo em pensar na vida em comunhão com a natureza, na qual as pessoas dedicam algum tempo para o contato com plantas, animais e ambientes
naturais. Eu pessoalmente gosto e faço caminhadas regulares em praias e trilhas. Mas não é disso que se trata quando falo na ruptura entre a engenharia humana e as
dinâmicas naturais. Há uma crença que está se generalizando de que a ciência, a engenharia e a tecnologia são capazes de resolver qualquer problema ambiental que
surja. E esse é um engano que pode ser, em muitos casos, crítico para a manutenção do atual modelo econômico e cultural das economias centrais e, principalmente,
dos países que agora consideramos “emergentes”.
 
Alguns exemplos de que choques entre a dinâmica natural e o engenho humano estão deixando fraturas expostas. A região metropolitana de São Paulo está enfrentando
uma das maiores crises de abastecimento de água de sua história. As nascentes e áreas de preservação que deveriam proteger a água da cidade foram desmatadas e
ocupadas, no entanto a mídia e as autoridades em geral apontam a necessidade de mais obras de infraestrutura para garantir o abastecimento, como se a produção de
água pelo ecossistema não tivesse nenhum papel a desempenhar.
No caso da energia também existe uma demanda incessante por mais eletricidade, mais combustíveis e mais consumo. Isso exige o aumento incessante da exploração de
recursos naturais e não renováveis. Pouco ou nada se fala na elaboração de programas generalizados de eficiência energética, de modo a economizar energia sem
comprometer a qualidade de vida nas cidades.
Todos esses dilemas, porém, parecem alheios ao cotidiano das grandes cidades. A desconexão vai além da simples percepção, nas cidades as pessoas se recusam a
mudar comportamentos negligentes como o descarte inadequado de resíduos ou desperdícios de água e energia. Há muito a mudar.
Pessoas, empresas, governos e organizações sociais são os principais atores de transformação, mudanças desejáveis e possíveis, mas que precisam de uma reflexão de
cada um sobre o papel do meio ambiente na vida moderna.
DAL MARCONDES, (Adalberto Marcondes). A negação do meio ambiente. Disponível em:
<http://www.cartacapital.com.br /sustentabilidade/ a-negacao-do-meio-ambiente-9277.html>. Acesso em: 02 jul. 2014. Adaptado.
 
Uma alternativa, sugerida no texto, para a superação da oposição entre avanço tecnológico e preservação ambiental é: 
 a) mudança de comportamento no descarte de resíduos e uso de água 
 b) obras de infraestrutura para garantir o abastecimento de água em São Paulo 
 c) economia de energia por proibição do uso de determinados aparelhos 
 d) promoção de hábitos alimentares saudáveis em substituição às comidas embaladas 
 e) aumento da demanda por combustíveis oriundos da exploração de recursos não renováveis
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/275444
Questão 802: CESGRANRIO - Aju (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Motorista Granel I/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
A negação do meio ambiente
O século 20 conseguiu consolidar o apartheid entre a humanidade e as dinâmicas próprias dos ecossistemas e da biosfera. Até o final do século 19, quando nasceu meu
avô, a vida na Terra, em qualquer que fosse o país, tinha estreitos laços com os produtos e serviços da natureza. O homem dependia de animais para a maior parte do
trabalho, para locomoção e mal começava a dominar máquinas capazes de produzir força ou velocidade. Na maioria das casas, o clima era regulado ao abrir e fechar as
janelas e, quando muito, acender lareiras, onde madeira era queimada para produzir calor.
Cem anos depois, a vida é completamente dominada pela tecnologia, pela mecânica, pela química e pela eletrônica, além de todas as outras ciências que tiveram um
exponencial salto desde o final do século 19. Na maior parte dos escritórios das empresas que dominam a economia global, a temperatura é mantida estável por
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 2/90
equipamentos de ar-condicionado, as comunicações são feitas através de telefones sem fio e satélites posicionados a milhares de quilômetros em órbita, as dores de
cabeça são tratadas com comprimidos, e as comidas vêm em embalagens com códigos de barra.
Não se trata aqui de fazer uma negação dos benefícios do progresso científico, que claramente ajudou a melhorar a qualidade de vida de bilhões de pessoas, e também
deixou à margem outros bilhões, mas de fazer uma reflexão sobre o quanto de tecnologia é realmente necessário e o que se pode e o que não se pode resolver a partir
da engenharia. As distâncias foram encurtadas e hoje é possível ir a qualquer parte do mundo em questão de horas, e isso é fantástico. No entanto, nas cidades, as
distâncias não se medem mais em quilômetros, mas sim em horas de trânsito. E isso se mostra um entrave para a qualidade de vida.
Há certo romantismo em pensar na vida em comunhão com a natureza, na qual as pessoas dedicam algum tempo para o contato com plantas, animais e ambientes
naturais. Eu pessoalmente gosto e faço caminhadas regulares em praias e trilhas. Mas não é disso que se trata quando falo na ruptura entre a engenharia humana e as
dinâmicas naturais. Há uma crença que está se generalizando de que a ciência, a engenharia e a tecnologia são capazes de resolver qualquer problema ambiental que
surja. E esse é um engano que pode ser, em muitos casos, crítico para a manutenção do atual modelo econômico e cultural das economias centrais e, principalmente,
dos países que agora consideramos “emergentes”.
 
Alguns exemplos de que choques entre a dinâmica natural e o engenho humano estão deixando fraturas expostas. A região metropolitana de São Paulo está enfrentandouma das maiores crises de abastecimento de água de sua história. As nascentes e áreas de preservação que deveriam proteger a água da cidade foram desmatadas e
ocupadas, no entanto a mídia e as autoridades em geral apontam a necessidade de mais obras de infraestrutura para garantir o abastecimento, como se a produção de
água pelo ecossistema não tivesse nenhum papel a desempenhar.
No caso da energia também existe uma demanda incessante por mais eletricidade, mais combustíveis e mais consumo. Isso exige o aumento incessante da exploração de
recursos naturais e não renováveis. Pouco ou nada se fala na elaboração de programas generalizados de eficiência energética, de modo a economizar energia sem
comprometer a qualidade de vida nas cidades.
Todos esses dilemas, porém, parecem alheios ao cotidiano das grandes cidades. A desconexão vai além da simples percepção, nas cidades as pessoas se recusam a
mudar comportamentos negligentes como o descarte inadequado de resíduos ou desperdícios de água e energia. Há muito a mudar.
Pessoas, empresas, governos e organizações sociais são os principais atores de transformação, mudanças desejáveis e possíveis, mas que precisam de uma reflexão de
cada um sobre o papel do meio ambiente na vida moderna.
DAL MARCONDES, (Adalberto Marcondes). A negação do meio ambiente. Disponível em:
<http://www.cartacapital.com.br /sustentabilidade/ a-negacao-do-meio-ambiente-9277.html>. Acesso em: 02 jul. 2014. Adaptado.
 
Ao criticar a sofisticação dos escritórios (l . 7-10), o autor pretende enfatizar a(o) 
 a) superioridade do setor privado sobre o público 
 b) condição desfrutada pelos habitantes do planeta 
 c) necessidade de conforto reivindicada por todos 
 d) desperdício de recursos naturais e energéticos 
 e) atraso econômico vivido por seu avô
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/275446
Questão 803: CESGRANRIO - Eng (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Júnior/Elétrica/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Sobre Marte, os drones e vidas humanas
Na missão espacial mais ambiciosa dos últimos tempos, o robô Curiosity pousou recentemente no solo marciano, um ambiente inóspito para seres humanos. A imagem
da conquista de um planeta longínquo por uma máquina reúne dois sonhos de ficção científica — a criação de robôs e a exploração espacial. O robô que pousou em
Marte é apenas o exemplo mais recente e eloquente de uma realidade que há tempos já saiu dos livros e filmes para entrar em nosso dia a dia. Há mais de 8 milhões de
robôs aqui mesmo na Terra, em atividades tão distintas quanto aspirar o pó da sala, auxiliar médicos em cirurgias delicadas, dirigir automóveis, vigiar as fronteiras e —
em seu uso mais controverso — matar inimigos em conflitos armados.
Na verdade, sem que o percebamos, os robôs começam a tomar conta de diferentes aspectos da nossa vida. Até que ponto devemos delegar a máquinas tarefas que
consideramos essencialmente humanas ou mesmo a tomada de decisões que envolvem vidas e valores fundamentais? Qual o risco representado pelos drones, os aviões
que, comandados à distância, conseguem exterminar o inimigo com elevado grau de precisão? Que tipo de aplicação essa nova realidade tem sobre a sociedade e sobre
a visão que temos de humanidade?
Tais questões representam um dos maiores desafios que deveremos enfrentar neste século. Seria um despropósito deixar de aproveitar as conquistas da robótica para
aperfeiçoar atividades tão necessárias quanto a medicina, o policiamento ou mesmo a limpeza doméstica. Mas também seria ingênuo acreditar que máquinas ou robôs
podem um dia nos substituir em decisões complexas, que envolvem menos um cálculo racional e mais emoções ou crenças. Para o futuro, prenunciam-se perguntas mais
difíceis, mais desafiadoras — e até ameaçadoras — do que aquelas relativas ao uso de drones. Perguntas cuja resposta nenhum robô poderá dar.
GUROVITZ, Hélio. Revista Época, 13 ago. 2012, p. 8. Adaptado.
 
Em relação ao desenvolvimento da robótica no mundo moderno, o autor do texto defende a tese de que 
 a) a utilização de máquinas e robôs em atividades essenciais como o atendimento médico e o policiamento das cidades é mais importante do que a exploração
espacial. 
 b) as conquistas da tecnologia conseguiram atribuir aos diferentes robôs funcionalidades inimagináveis nos filmes e livros de ficção científica criados até hoje. 
 c) o uso de máquinas teleguiadas em guerras e demais conflitos armados entre os países é uma ofensa aos princípios de respeito à vida e aos valores da
humanidade. 
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 3/90
 d) os drones representam um avanço tecnológico inigualável, mas podem ser considerados potencialmente perigosos para a preservação dos princípios éticos da
humanidade. 
 e) os robôs podem colaborar em vários aspectos da vida diária, mas são incapazes de substituir o homem nas decisões que dependam de fatores que superem o
racional.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/275734
Questão 804: CESGRANRIO - Eng (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Júnior/Elétrica/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Sobre Marte, os drones e vidas humanas
Na missão espacial mais ambiciosa dos últimos tempos, o robô Curiosity pousou recentemente no solo marciano, um ambiente inóspito para seres humanos. A imagem
da conquista de um planeta longínquo por uma máquina reúne dois sonhos de ficção científica — a criação de robôs e a exploração espacial. O robô que pousou em
Marte é apenas o exemplo mais recente e eloquente de uma realidade que há tempos já saiu dos livros e filmes para entrar em nosso dia a dia. Há mais de 8 milhões de
robôs aqui mesmo na Terra, em atividades tão distintas quanto aspirar o pó da sala, auxiliar médicos em cirurgias delicadas, dirigir automóveis, vigiar as fronteiras e —
em seu uso mais controverso — matar inimigos em conflitos armados.
Na verdade, sem que o percebamos, os robôs começam a tomar conta de diferentes aspectos da nossa vida. Até que ponto devemos delegar a máquinas tarefas que
consideramos essencialmente humanas ou mesmo a tomada de decisões que envolvem vidas e valores fundamentais? Qual o risco representado pelos drones, os aviões
que, comandados à distância, conseguem exterminar o inimigo com elevado grau de precisão? Que tipo de aplicação essa nova realidade tem sobre a sociedade e sobre
a visão que temos de humanidade?
Tais questões representam um dos maiores desafios que deveremos enfrentar neste século. Seria um despropósito deixar de aproveitar as conquistas da robótica para
aperfeiçoar atividades tão necessárias quanto a medicina, o policiamento ou mesmo a limpeza doméstica. Mas também seria ingênuo acreditar que máquinas ou robôs
podem um dia nos substituir em decisões complexas, que envolvem menos um cálculo racional e mais emoções ou crenças. Para o futuro, prenunciam-se perguntas mais
difíceis, mais desafiadoras — e até ameaçadoras — do que aquelas relativas ao uso de drones. Perguntas cuja resposta nenhum robô poderá dar.
GUROVITZ, Hélio. Revista Época, 13 ago. 2012, p. 8. Adaptado.
 
Todo texto deve seguir uma determinada ordem de apresentação das ideias para atingir seus objetivos comunicativos.
No texto, após se questionar o risco que aviões robóticos apresentam para a humanidade, afirma-se que 
 a) a exploração de planetas distantes por uma máquina é um sonho antigo de livros e filmes de ficção científica. 
 b) a realidade tem superado a ficção no que diz respeito às funcionalidades criadas pelos cientistas para os robôs. 
 c) as conquistas da robótica nos campos da medicina e do policiamento, por exemplo, devem ser valorizadas. 
 d) as pessoas devem questionar se tarefas essencialmente humanas devem ser atribuídas a máquinas robóticas. 
 e) os milhões de robôs que existem atualmente em nosso planeta desempenham funções de diferentes tipos.
Esta questãopossui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/275735
Questão 805: CESGRANRIO - Eng (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Júnior/Elétrica/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Sobre Marte, os drones e vidas humanas
Na missão espacial mais ambiciosa dos últimos tempos, o robô Curiosity pousou recentemente no solo marciano, um ambiente inóspito para seres humanos. A imagem
da conquista de um planeta longínquo por uma máquina reúne dois sonhos de ficção científica — a criação de robôs e a exploração espacial. O robô que pousou em
Marte é apenas o exemplo mais recente e eloquente de uma realidade que há tempos já saiu dos livros e filmes para entrar em nosso dia a dia. Há mais de 8 milhões de
robôs aqui mesmo na Terra, em atividades tão distintas quanto aspirar o pó da sala, auxiliar médicos em cirurgias delicadas, dirigir automóveis, vigiar as fronteiras e —
em seu uso mais controverso — matar inimigos em conflitos armados.
Na verdade, sem que o percebamos, os robôs começam a tomar conta de diferentes aspectos da nossa vida(a). Até que ponto devemos delegar a máquinas tarefas que
consideramos essencialmente humanas ou mesmo a tomada de decisões que envolvem vidas e valores fundamentais?(b) Qual o risco representado pelos drones, os
aviões que, comandados à distância, conseguem exterminar o inimigo com elevado grau de precisão?(c) Que tipo de aplicação essa nova realidade tem sobre a sociedade
e sobre a visão que temos de humanidade?
Tais questões representam um dos maiores desafios que deveremos enfrentar neste século. Seria um despropósito deixar de aproveitar as conquistas da robótica para
aperfeiçoar atividades tão necessárias quanto a medicina, o policiamento ou mesmo a limpeza doméstica. Mas também seria ingênuo acreditar que máquinas ou robôs
podem um dia nos substituir em decisões complexas, que envolvem menos um cálculo racional e mais emoções ou crenças(d). Para o futuro, prenunciam-se perguntas
mais difíceis, mais desafiadoras — e até ameaçadoras — do que aquelas relativas ao uso de drones(e). Perguntas cuja resposta nenhum robô poderá dar.
GUROVITZ, Hélio. Revista Época, 13 ago. 2012, p. 8. Adaptado.
 
O trecho “O robô que pousou em Marte é apenas o exemplo mais recente e eloquente de uma realidade que há tempos já saiu dos livros e filmes para entrar em nosso
dia a dia” ( l. 3-4) expressa um ponto de vista que é justificado em 
 a) “Na verdade, sem que o percebamos, os robôs começam a tomar conta de diferentes aspectos da nossa vida.” 
 b) “Até que ponto devemos delegar a máquinas tarefas que consideramos essencialmente humanas ou mesmo a tomada de decisões que envolvem vidas e valores
fundamentais?” 
 c) “Qual o risco representado pelos drones, os aviões que, comandados à distância, conseguem exterminar o inimigo com elevado grau de precisão?” 
 d) “Mas também seria ingênuo acreditar que máquinas ou robôs podem um dia nos substituir em decisões complexas, que envolvem menos um cálculo racional e
mais emoções ou crenças.” 
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 4/90
 e) “Para o futuro, prenunciam-se perguntas mais difíceis, mais desafiadoras — e até ameaçadoras — do que aquelas relativas ao uso de drones.”
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/275737
Questão 806: CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Viver com menos
De quantos objetos você precisa para ter uma vida tranquila? Certamente o kit essencial inclui peças de roupas, celular, cartões de crédito, móveis e eletrodomésticos
como cama, geladeira, fogão, computador, e uma casa para guardar tudo isso. Talvez você também tenha um carro e acredite que para levar uma vida plena só precisa
de mais aquela casa na praia. Se dinheiro não for um empecilho, a lista pode aumentar. Não é preciso ir muito longe para perceber que vivemos cercados por uma
enorme quantidade de objetos e acabamos gastando boa parte do tempo cuidando de sua manutenção.
 
Nosso objetivo é tornar a vida mais fácil e confortável, mas muitas vezes acabamos reféns de nossos próprios objetos de desejo. Um dos lugares que ostentam as
consequências do consumo excessivo são os engarrafamentos. Diante do sonho do carro próprio, as pessoas preferem ficar presas em um engarrafamento do que andar
de transporte público.
 
Mas de quantas dessas coisas de fato precisamos e quantas não são apenas desperdícios de espaço, de dinheiro e de tempo? Por que compramos coisas que sabemos
que não iremos usar? Para alguns estudiosos, a diferença entre o que precisamos e o que desejamos acaba se confundindo na cabeça do consumidor em meio à
enxurrada de publicidade que recebemos todos os dias. Os objetos que compramos geralmente se encaixam em três categorias: a das necessidades, a dos desejos e a
dos “necejos”, os objetos de desejo que, por imposição da publicidade, acabam se tornando uma necessidade. Tão necessários que as pessoas têm de lutar contra a
corrente do marketing.
Mas há uma tendência que se contrapõe a isso, a do minimalismo – também conhecido como “consumo mínimo” ou “simplicidade voluntária”. Por exemplo, alguns
assumem o desafio de viver um ano com apenas 100 itens, incluindo roupas, livros, aparelhos eletrônicos, lembranças de família e objetos pessoais. Outros procuram ir
ainda mais fundo, vivendo sem casa e com apenas 50 itens. Há quem pregue o desafio de ficar um ano sem comprar nada, vivendo na base de trocas e doações.
O minimalismo não trata apenas da quantidade ou do valor dos itens que se encontram em nossas casas. Minimalismo é viver com o essencial, e cada pessoa decide o
que é essencial para si. Então, por definição, o minimalismo sempre será algo subjetivo e individual. Por exemplo, todo mundo que mora numa casa ou apartamento
grande em uma área mais barata da cidade poderia, pelo mesmo valor, morar em um cubículo mais bem localizado. Essa é uma revolução minimalista: ter menos tralha e
mais experiências.
VELOSO, Larissa. Viver com menos. Revista Planeta. São Paulo: Três Editorial. n. 490, ago. 2013. Seção Comportamento. Adaptado.
 
O termo necejos, é utilizado no texto para apoiar a tese de que a publicidade 
 a) persuade os espectadores a experimentar um estilo de vida inovador. 
 b) convence as pessoas de que é preciso comprar tudo o que se deseja. 
 c) leva os consumidores a adquirir produtos necessários à sobrevivência. 
 d) divulga produtos que atendem às necessidades básicas à vida diária. 
 e) ensina às pessoas que devem lutar contra a corrente do marketing.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/277175
Questão 807: CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Viver com menos
De quantos objetos você precisa para ter uma vida tranquila? Certamente o kit essencial inclui peças de roupas, celular, cartões de crédito, móveis e eletrodomésticos
como cama, geladeira, fogão, computador, e uma casa para guardar tudo isso. Talvez você também tenha um carro e acredite que para levar uma vida plena só precisa
de mais aquela casa na praia. Se dinheiro não for um empecilho, a lista pode aumentar. Não é preciso ir muito longe para perceber que vivemos cercados por uma
enorme quantidade de objetos e acabamos gastando boa parte do tempo cuidando de sua manutenção.
 
Nosso objetivo é tornar a vida mais fácil e confortável, mas muitas vezes acabamos reféns de nossos próprios objetos de desejo. Um dos lugares que ostentam as
consequências do consumo excessivo são os engarrafamentos. Diante do sonho do carro próprio, as pessoas preferem ficar presas em um engarrafamento do que andar
de transporte público.
 
Mas de quantas dessas coisas de fato precisamos e quantas não são apenas desperdícios de espaço, de dinheiro e de tempo? Por que compramos coisas que sabemos
que não iremos usar? Para alguns estudiosos, a diferençaentre o que precisamos e o que desejamos acaba se confundindo na cabeça do consumidor em meio à
enxurrada de publicidade que recebemos todos os dias. Os objetos que compramos geralmente se encaixam em três categorias: a das necessidades, a dos desejos e a
dos “necejos”, os objetos de desejo que, por imposição da publicidade, acabam se tornando uma necessidade. Tão necessários que as pessoas têm de lutar contra a
corrente do marketing.
Mas há uma tendência que se contrapõe a isso, a do minimalismo – também conhecido como “consumo mínimo” ou “simplicidade voluntária”. Por exemplo, alguns
assumem o desafio de viver um ano com apenas 100 itens, incluindo roupas, livros, aparelhos eletrônicos, lembranças de família e objetos pessoais. Outros procuram ir
ainda mais fundo, vivendo sem casa e com apenas 50 itens. Há quem pregue o desafio de ficar um ano sem comprar nada, vivendo na base de trocas e doações.
O minimalismo não trata apenas da quantidade ou do valor dos itens que se encontram em nossas casas. Minimalismo é viver com o essencial, e cada pessoa decide o
que é essencial para si. Então, por definição, o minimalismo sempre será algo subjetivo e individual. Por exemplo, todo mundo que mora numa casa ou apartamento
grande em uma área mais barata da cidade poderia, pelo mesmo valor, morar em um cubículo mais bem localizado. Essa é uma revolução minimalista: ter menos tralha e
mais experiências.
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 5/90
VELOSO, Larissa. Viver com menos. Revista Planeta. São Paulo: Três Editorial. n. 490, ago. 2013. Seção Comportamento. Adaptado.
 
No desenvolvimento do Texto, estabelece-se uma contraposição entre os conceitos de 
 a) simplicidade voluntária e felicidade 
 b) marketing e felicidade 
 c) revolução minimalista e prazer 
 d) publicidade e conforto 
 e) minimalismo e consumismo
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/questoes/277177
Questão 808: CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Viver com menos
De quantos objetos você precisa para ter uma vida tranquila? Certamente o kit essencial inclui peças de roupas, celular, cartões de crédito, móveis e eletrodomésticos
como cama, geladeira, fogão, computador, e uma casa para guardar tudo isso. Talvez você também tenha um carro e acredite que para levar uma vida plena só precisa
de mais aquela casa na praia. Se dinheiro não for um empecilho, a lista pode aumentar. Não é preciso ir muito longe para perceber que vivemos cercados por uma
enorme quantidade de objetos e acabamos gastando boa parte do tempo cuidando de sua manutenção.
 
Nosso objetivo é tornar a vida mais fácil e confortável, mas muitas vezes acabamos reféns de nossos próprios objetos de desejo. Um dos lugares que ostentam as
consequências do consumo excessivo são os engarrafamentos. Diante do sonho do carro próprio, as pessoas preferem ficar presas em um engarrafamento do que andar
de transporte público.
 
Mas de quantas dessas coisas de fato precisamos e quantas não são apenas desperdícios de espaço, de dinheiro e de tempo? Por que compramos coisas que sabemos
que não iremos usar? Para alguns estudiosos, a diferença entre o que precisamos e o que desejamos acaba se confundindo na cabeça do consumidor em meio à
enxurrada de publicidade que recebemos todos os dias. Os objetos que compramos geralmente se encaixam em três categorias: a das necessidades, a dos desejos e a
dos “necejos”, os objetos de desejo que, por imposição da publicidade, acabam se tornando uma necessidade. Tão necessários que as pessoas têm de lutar contra a
corrente do marketing.
Mas há uma tendência que se contrapõe a isso, a do minimalismo – também conhecido como “consumo mínimo” ou “simplicidade voluntária”. Por exemplo, alguns
assumem o desafio de viver um ano com apenas 100 itens, incluindo roupas, livros, aparelhos eletrônicos, lembranças de família e objetos pessoais. Outros procuram ir
ainda mais fundo, vivendo sem casa e com apenas 50 itens. Há quem pregue o desafio de ficar um ano sem comprar nada, vivendo na base de trocas e doações.
O minimalismo não trata apenas da quantidade ou do valor dos itens que se encontram em nossas casas. Minimalismo é viver com o essencial, e cada pessoa decide o
que é essencial para si. Então, por definição, o minimalismo sempre será algo subjetivo e individual. Por exemplo, todo mundo que mora numa casa ou apartamento
grande em uma área mais barata da cidade poderia, pelo mesmo valor, morar em um cubículo mais bem localizado. Essa é uma revolução minimalista: ter menos tralha e
mais experiências.
VELOSO, Larissa. Viver com menos. Revista Planeta. São Paulo: Três Editorial. n. 490, ago. 2013. Seção Comportamento. Adaptado.
 
O Texto defende a ideia de que, para viver melhor, é preciso 
 a) viver à base de trocas e doações para resistir à enxurrada da publicidade minimalista. 
 b) adquirir objetos divulgados em campanhas publicitárias voltadas ao cultivo do prazer. 
 c) passar um ano sem comprar coisas desnecessárias para evitar o excesso de consumo. 
 d) combater a tendência ao consumismo para reduzir o desperdício e viver com o essencial. 
 e) morar em um apartamento pequeno em áreas mais desvalorizadas das grandes cidades.
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Questão 809: CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Viver com menos
De quantos objetos você precisa para ter uma vida tranquila? Certamente o kit essencial inclui peças de roupas, celular, cartões de crédito, móveis e eletrodomésticos
como cama, geladeira, fogão, computador, e uma casa para guardar tudo isso. Talvez você também tenha um carro e acredite que para levar uma vida plena só precisa
de mais aquela casa na praia. Se dinheiro não for um empecilho, a lista pode aumentar. Não é preciso ir muito longe para perceber que vivemos cercados por uma
enorme quantidade de objetos e acabamos gastando boa parte do tempo cuidando de sua manutenção.
 
Nosso objetivo é tornar a vida mais fácil e confortável, mas muitas vezes acabamos reféns de nossos próprios objetos de desejo. Um dos lugares que ostentam as
consequências do consumo excessivo são os engarrafamentos. Diante do sonho do carro próprio, as pessoas preferem ficar presas em um engarrafamento do que andar
de transporte público.
 
Mas de quantas dessas coisas de fato precisamos e quantas não são apenas desperdícios de espaço, de dinheiro e de tempo? Por que compramos coisas que sabemos
que não iremos usar? Para alguns estudiosos, a diferença entre o que precisamos e o que desejamos acaba se confundindo na cabeça do consumidor em meio à
enxurrada de publicidade que recebemos todos os dias. Os objetos que compramos geralmente se encaixam em três categorias: a das necessidades, a dos desejos e a
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dos “necejos”, os objetos de desejo que, por imposição da publicidade, acabam se tornando uma necessidade. Tão necessários que as pessoas têm de lutar contra a
corrente do marketing.
Mas há uma tendência que se contrapõe a isso, a do minimalismo – também conhecido como “consumo mínimo” ou “simplicidade voluntária”. Por exemplo, alguns
assumem o desafio de viver um ano com apenas 100 itens, incluindo roupas, livros, aparelhos eletrônicos, lembranças de família e objetos pessoais. Outros procuram ir
ainda mais fundo, vivendo sem casa e com apenas 50 itens. Há quem pregue o desafio de ficar um ano sem comprar nada, vivendo na base de trocas e doações.
O minimalismo não trata apenas da quantidade ou do valor dos itens que se encontram em nossas casas. Minimalismo é viver com o essencial, e cada pessoa decide o
que é essencial para si. Então, por definição,o minimalismo sempre será algo subjetivo e individual. Por exemplo, todo mundo que mora numa casa ou apartamento
grande em uma área mais barata da cidade poderia, pelo mesmo valor, morar em um cubículo mais bem localizado. Essa é uma revolução minimalista: ter menos tralha e
mais experiências.
VELOSO, Larissa. Viver com menos. Revista Planeta. São Paulo: Três Editorial. n. 490, ago. 2013. Seção Comportamento. Adaptado.
 
No trecho do Texto “Mas há uma tendência que se contrapõe a isso”, o pronome destacado refere-se a 
 a) minimalismo 
 b) marketing 
 c) consumismo 
 d) ostentação 
 e) publicidade
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Questão 810: CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Viver com menos
De quantos objetos você precisa para ter uma vida tranquila? Certamente o kit essencial inclui peças de roupas, celular, cartões de crédito, móveis e eletrodomésticos
como cama, geladeira, fogão, computador, e uma casa para guardar tudo isso. Talvez você também tenha um carro e acredite que para levar uma vida plena só precisa
de mais aquela casa na praia. Se dinheiro não for um empecilho, a lista pode aumentar. Não é preciso ir muito longe para perceber que vivemos cercados por uma
enorme quantidade de objetos e acabamos gastando boa parte do tempo cuidando de sua manutenção.
 
Nosso objetivo é tornar a vida mais fácil e confortável, mas muitas vezes acabamos reféns de nossos próprios objetos de desejo. Um dos lugares que ostentam as
consequências do consumo excessivo são os engarrafamentos. Diante do sonho do carro próprio, as pessoas preferem ficar presas em um engarrafamento do que andar
de transporte público.
 
Mas de quantas dessas coisas de fato precisamos e quantas não são apenas desperdícios de espaço, de dinheiro e de tempo? Por que compramos coisas que sabemos
que não iremos usar? Para alguns estudiosos, a diferença entre o que precisamos e o que desejamos acaba se confundindo na cabeça do consumidor em meio à
enxurrada de publicidade que recebemos todos os dias. Os objetos que compramos geralmente se encaixam em três categorias: a das necessidades, a dos desejos e a
dos “necejos”, os objetos de desejo que, por imposição da publicidade, acabam se tornando uma necessidade. Tão necessários que as pessoas têm de lutar contra a
corrente do marketing.
Mas há uma tendência que se contrapõe a isso, a do minimalismo – também conhecido como “consumo mínimo” ou “simplicidade voluntária”. Por exemplo, alguns
assumem o desafio de viver um ano com apenas 100 itens, incluindo roupas, livros, aparelhos eletrônicos, lembranças de família e objetos pessoais. Outros procuram ir
ainda mais fundo, vivendo sem casa e com apenas 50 itens. Há quem pregue o desafio de ficar um ano sem comprar nada, vivendo na base de trocas e doações.
O minimalismo não trata apenas da quantidade ou do valor dos itens que se encontram em nossas casas. Minimalismo é viver com o essencial, e cada pessoa decide o
que é essencial para si. Então, por definição, o minimalismo sempre será algo subjetivo e individual. Por exemplo, todo mundo que mora numa casa ou apartamento
grande em uma área mais barata da cidade poderia, pelo mesmo valor, morar em um cubículo mais bem localizado. Essa é uma revolução minimalista: ter menos tralha e
mais experiências.
VELOSO, Larissa. Viver com menos. Revista Planeta. São Paulo: Três Editorial. n. 490, ago. 2013. Seção Comportamento. Adaptado.
 
O Texto, após afirmar que as pessoas têm de lutar contra a corrente do marketing, refere-se aos 
 a) reflexos da enxurrada diária de publicidade 
 b) efeitos indesejáveis da publicidade 
 c) produtos adquiridos pela compra desenfreada
 d) objetivos da revolução minimalista 
 e) engarrafamentos gerados pelo consumismo
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Questão 811: CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
O que é mobilidade urbana sustentável
Mobilidade é o grande desafio das cidades contemporâneas, em todas as partes do mundo. A opção pelo automóvel – que parecia ser a resposta eficiente do século 20 à
necessidade de circulação – levou à paralisia do trânsito, com desperdício de tempo e combustível, além dos problemas ambientais de poluição atmosférica e de
ocupação do espaço público.
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https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 7/90
 
É preciso que se difundam boas práticas de transportes coletivos integrados que melhorem a qualidade dos ambientes urbanos. Mobilidade urbana sustentável, em outras
palavras. Esse conceito envolve a implantação de sistemas sobre trilhos, como metrôs, trens e bondes modernos (VLTs), ônibus “limpos”, com integração a ciclovias,
esteiras rolantes, elevadores de grande capacidade. E soluções inovadoras, como os teleféricos de Medellín (Colômbia), ou sistemas de bicicletas públicas, como os
implantados em Copenhague, Paris, Barcelona, Bogotá, Boston e várias outras cidades mundiais.
 
Por fim, a mobilidade urbana também demanda calçadas confortáveis, niveladas, sem buracos e obstáculos, porque um terço das viagens realizadas nas cidades
brasileiras é feita a pé ou em cadeiras de rodas. Somente a requalificação dos transportes públicos poderá reduzir o ronco dos motores e permitir que as ruas deixem de
ser “vias” de passagem e voltem a ser locais de convivência.
Disponível em:<http://www.mobilize.org.br/sobre-o-portal/mobilidade-urbana-sustentavel/>. Portal Mobilize Brasil. Associação Abaporu. Acesso em: 27 dez. 2013. Adaptado.
 
O argumento utilizado no Texto para justificar a importância da melhoria das calçadas para a mobilidade urbana é a 
 a) grande quantidade de pessoas que se transportam a pé ou em cadeira de rodas. 
 b) ampliação do uso de veículos sustentáveis sobre trilhos e não rodas. 
 c) transformação em áreas de lazer e de ocupação por bares e restaurantes. 
 d) oportunidade de geração de empregos para a reconstrução das ruas. 
 e) retirada das cadeiras de rodas das ruas para abrir caminho aos veículos.
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Questão 812: CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
O que é mobilidade urbana sustentável
Mobilidade é o grande desafio das cidades contemporâneas, em todas as partes do mundo(b). A opção pelo automóvel – que parecia ser a resposta eficiente do século 20
à necessidade de circulação – levou à paralisia do trânsito, com desperdício de tempo e combustível, além dos problemas ambientais de poluição atmosférica e de
ocupação do espaço público(d).
 
É preciso que se difundam boas práticas de transportes coletivos integrados que melhorem a qualidade dos ambientes urbanos. Mobilidade urbana sustentável, em outras
palavras. Esse conceito envolve a implantação de sistemas sobre trilhos, como metrôs, trens e bondes modernos (VLTs), ônibus “limpos”(e), com integração a ciclovias,
esteiras rolantes, elevadores de grande capacidade. E soluções inovadoras, como os teleféricos de Medellín (Colômbia), ou sistemas de bicicletas públicas(c), como os
implantados em Copenhague, Paris, Barcelona, Bogotá, Boston e várias outras cidades mundiais.
 
Por fim, a mobilidade urbana também demanda calçadas confortáveis, niveladas, sem buracos e obstáculos(a), porque um terço das viagens realizadas nas cidades
brasileiras é feita a pé ou em cadeiras de rodas. Somente a requalificação dos transportes públicos poderá reduzir o ronco dos motores e permitir que as ruas deixem de
ser “vias” de passagem e voltem a ser locais de convivência.
Disponível em:<http://www.mobilize.org.br/sobre-o-portal/mobilidade-urbana-sustentavel/>. Portal Mobilize Brasil. Associação Abaporu. Acesso em: 27 dez. 2013. Adaptado.
 
O trecho do Texto que justifica a necessidade deinvestimento em mobilidade urbana é: 
 a) “Por fim, a mobilidade urbana também demanda calçadas confortáveis, niveladas, sem buracos e obstáculos.” 
 b) “Mobilidade é o grande desafio das cidades contemporâneas, em todas as partes do mundo.” 
 c) “soluções inovadoras, como os teleféricos de Medellín (Colômbia), ou sistemas de bicicletas públicas,” 
 d) “A opção pelo automóvel [...] levou à paralisia do trânsito, com desperdício de tempo e combustível, além dos problemas ambientais de poluição atmosférica e de
ocupação do espaço público.” 
 e) “Esse conceito envolve a implantação de sistemas sobre trilhos, como metrôs, trens e bondes modernos (VLTs), ônibus ‘limpos’ ”
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Questão 813: CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
O que é mobilidade urbana sustentável
Mobilidade é o grande desafio das cidades contemporâneas, em todas as partes do mundo. A opção pelo automóvel – que parecia ser a resposta eficiente do século 20 à
necessidade de circulação(b) – levou à paralisia do trânsito(d), com desperdício de tempo(e) e combustível, além dos problemas ambientais de poluição atmosférica(c) e de
ocupação do espaço público(a).
 
É preciso que se difundam boas práticas de transportes coletivos integrados que melhorem a qualidade dos ambientes urbanos. Mobilidade urbana sustentável, em outras
palavras. Esse conceito envolve a implantação de sistemas sobre trilhos, como metrôs, trens e bondes modernos (VLTs), ônibus “limpos”, com integração a ciclovias,
esteiras rolantes, elevadores de grande capacidade. E soluções inovadoras, como os teleféricos de Medellín (Colômbia), ou sistemas de bicicletas públicas, como os
implantados em Copenhague, Paris, Barcelona, Bogotá, Boston e várias outras cidades mundiais.
 
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 8/90
Por fim, a mobilidade urbana também demanda calçadas confortáveis, niveladas, sem buracos e obstáculos, porque um terço das viagens realizadas nas cidades
brasileiras é feita a pé ou em cadeiras de rodas. Somente a requalificação dos transportes públicos poderá reduzir o ronco dos motores e permitir que as ruas deixem de
ser “vias” de passagem e voltem a ser locais de convivência.
Disponível em:<http://www.mobilize.org.br/sobre-o-portal/mobilidade-urbana-sustentavel/>. Portal Mobilize Brasil. Associação Abaporu. Acesso em: 27 dez. 2013. Adaptado.
 
O conceito de ônibus limpos, evidenciado no Texto como uma das estratégias para instituir “boas práticas de transportes coletivos integrados que melhorem a
qualidade dos ambientes urbanos”, é apresentado como uma forma de resolver o problema de 
 a) “ocupação do espaço público” 
 b) “necessidade de circulação” 
 c) “poluição atmosférica” 
 d) “paralisia do trânsito” 
 e) “desperdício de tempo”
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Questão 814: CESGRANRIO - Ag PM (IBGE)/IBGE/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Desinteresse de jovens por carros preocupa montadora
Um recente estudo informa que os jovens mudaram de atitude em relação à questão da mobilidade urbana. A geração entre 18 e 24 anos está-se importando mais com
os outros e com o mundo em que vive, superando antigos valores e necessidades de consumo que já não os convencem e, muito menos, os satisfazem.
Há poucas décadas, o carro representava, para muitas gerações, o ideal de liberdade. Hoje, com ruas congestionadas, doenças respiratórias, atropelamentos e falta de
espaço para as pessoas nas cidades, os jovens se deram conta de que isso não tem nada a ver com ser livre, e passaram a valorizar meios de transporte mais limpos e
acessíveis, como bicicleta, ônibus e trajetos a pé. Além do mais, hoje Facebook, Twitter, Orkut e mensagens de texto permitem que os adolescentes e jovens de 20 e
poucos anos se conectem sem rodas.
Para entender esse movimento, o artigo conta que uma das principais montadoras de automóvel do mundo, para reconquistar prestígio com o pessoal de 20 e poucos
anos, pretende desenvolver estratégias focadas no público jovem. Porém, a situação não parece ser reversível. Em uma pesquisa realizada com 3 mil consumidores
nascidos entre 1981 e 2000 – geração chamada de ‘millennials’ – sobre suas 31 marcas preferidas, nenhuma marca de carro ficou entre as top 10, ficando bem abaixo de
empresas de internet. Além disso, 46% dos motoristas de 18 a 24 anos declararam que preferem acesso à internet a ter um carro. Assim, fica bem mais difícil acreditar
que a liberdade dependa de uma caixa metálica que desagrega e polui nossas cidades.
Esse é o desejo dos jovens que também já mudaram e, agora, estão sonhando, mas de olhos bem abertos, para cuidar do mundo em que vivem.
CAVALCANTI, M. Portal Mobilize Brasil. Associação Abaporu. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/1838/desinteresse- dos-jovens-por-carros-preocupa-montadora.html?print=s>. 9
abr. 2012. Acesso em: 27 dez. 2013. Adaptado.
 
No Texto, a palavra destacada em “Porém, a situação não parece ser reversível.” refere-se à ideia de 
 a) valorização de meios de locomoção mais velozes. 
 b) indecisão dos jovens sobre a marca de carro preferida. 
 c) perda de prestígio dos carros entre as pessoas jovens. 
 d) sensação de liberdade oferecida pelos carros sofisticados. 
 e) tentativa das montadoras de reconquistar o público jovem.
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Questão 815: CESGRANRIO - AC (IBGE)/IBGE/Geoprocessamento/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Comércio ambulante: sob as franjas do sistema
Definir uma política para a economia informal – ou mais especificamente para o comércio ambulante – significa situá-la em contextos de desigualdade, entendendo de
que maneira ela se relaciona com a economia formal e de que forma ela é funcional para a manutenção dos monopólios de poder político e econômico. Dependendo do
contexto, o poder público formula políticas considerando o caráter provisório do trabalho informal, justificando políticas de formalização com a crença de uma possível
“erradicação” da informalidade.
Desse ponto de vista, a falta de um plano municipal para o comércio ambulante nas grandes cidades é emblemática. Trata-se de um sinal que aponta que o comércio
ambulante é visto como política compensatória, reservada a alguns grupos com dificuldades de entrada no mercado de trabalho, como deficientes físicos, idosos e, em
alguns países, veteranos de guerra. Entretanto, a realidade do comércio ambulante em São Paulo mostra que essa atividade é uma alternativa consolidada para uma
parcela importante dos ocupados que não se 
enquadram em nenhuma das três categorias acima. [...]
Há políticas que reconhecem a informalidade como exceção permanente do capitalismo e que acreditam que somente podem “gerenciá-la” ou “domesticá-la” se
determinada atividade não gerar conflitos e disputas entre setores da sociedade. Nessa concepção, “gerenciar” a informalidade significa tolerá-la, limitando-a
arbitrariamente a um número ínfimo de pessoas que podem trabalhar de forma legalizada, deixando um grande contingente de trabalhadores à mercê da falta de
planejamento e vulnerável à corrupção e à violência. Esse perfil de “gestão da exceção” delimita a inclusão de poucos e se omite no planejamento para muitos. No caso
de São Paulo, o número de licenças de trabalho vigentes, por exemplo, corresponde no ano de 2013 a apenas 2,5% do contingente total de trabalhadores ambulantes.
Em Nova York, apesar de toda a gestão militarizada e excludente, o percentual é de 20%.
 
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 9/90
Dentro desse raciocínio, “domesticar”a informalidade significa destinar ao comércio ambulante apenas alguns espaços na cidade, mas somente os que não confrontem a
lógica de reprodução do capital e, consequentemente, a imagem que se quer manter dos espaços em valorização imobiliária. Não só trabalhadores ambulantes, como
catadores de material reciclável, moradores de habitações precárias e população em situação de rua são obrigados a ocupar espaços distantes dos vetores de
reconfiguração urbana e dos megaeventos corporativos e midiáticos. A “demarcação” de terras onde eles podem estar, trabalhar ou circular passa a ser não uma política
afirmativa do direito à cidade, mas do deslocamento dessa população para longe das vistas do “progresso” e do “moderno”. [...]
Em resumo, a ausência de políticas de inclusão é em si uma política. Em algumas das grandes cidades brasileiras, as leis que regulam o comércio ambulante apenas
aparentemente servem para incluir, quando, na verdade, são instrumentos de exclusão dos trabalhadores das ruas.
ALCÂNTARA, A.; SAMPAIO, G.; ITIKAWA, L. Comércio ambulante: sob as franjas do sistema. Disponível em: <http://www.cartacapital. com.br/sociedade/sob-as-franjas-do-sistema-o-comercio-
ambulante-nas-grandes-cidades-325.html>. Acesso em: 26 dez. 2013. Adaptado.
 
No segundo parágrafo, a inexistência de um plano municipal para o comércio ambulante evidencia, na visão sustentada pelos autores, a seguinte compreensão dos
governantes: 
 a) a burocracia paulista emperra um cadastro eficiente dos ambulantes. 
 b) a preguiça é a principal motivação para o comércio ambulante. 
 c) os prefeitos querem ocupar o cargo de gerentes dos maiores grupos. 
 d) o comércio ambulante é eventual e restrito a pequenos grupos. 
 e) os trabalhadores não têm cumprido com suas obrigações tributárias.
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Questão 816: CESGRANRIO - AC (IBGE)/IBGE/Geoprocessamento/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Comércio ambulante: sob as franjas do sistema
Definir uma política para a economia informal – ou mais especificamente para o comércio ambulante – significa situá-la em contextos de desigualdade, entendendo de
que maneira ela se relaciona com a economia formal e de que forma ela é funcional para a manutenção dos monopólios de poder político e econômico. Dependendo do
contexto, o poder público formula políticas considerando o caráter provisório do trabalho informal, justificando políticas de formalização com a crença de uma possível
“erradicação” da informalidade.
Desse ponto de vista, a falta de um plano municipal para o comércio ambulante nas grandes cidades é emblemática. Trata-se de um sinal que aponta que o comércio
ambulante é visto como política compensatória, reservada a alguns grupos com dificuldades de entrada no mercado de trabalho, como deficientes físicos, idosos e, em
alguns países, veteranos de guerra. Entretanto, a realidade do comércio ambulante em São Paulo mostra que essa atividade é uma alternativa consolidada para uma
parcela importante dos ocupados que não se 
enquadram em nenhuma das três categorias acima. [...]
Há políticas que reconhecem(a) a informalidade como exceção permanente do capitalismo e que acreditam(b) que somente podem “gerenciá-la” ou “domesticá-la” se
determinada atividade não gerar conflitos e disputas entre setores da sociedade. Nessa concepção, “gerenciar” a informalidade significa(c) tolerá-la, limitando-a
arbitrariamente a um número ínfimo de pessoas que podem trabalhar de forma legalizada, deixando um grande contingente de trabalhadores à mercê da falta de
planejamento e vulnerável à corrupção e à violência. Esse perfil de “gestão da exceção” delimita a inclusão de poucos e se omite(d) no planejamento para muitos. No
caso de São Paulo, o número de licenças de trabalho vigentes, por exemplo, corresponde(e) no ano de 2013 a apenas 2,5% do contingente total de trabalhadores
ambulantes. Em Nova York, apesar de toda a gestão militarizada e excludente, o percentual é de 20%.
 
Dentro desse raciocínio, “domesticar” a informalidade significa destinar ao comércio ambulante apenas alguns espaços na cidade, mas somente os que não confrontem a
lógica de reprodução do capital e, consequentemente, a imagem que se quer manter dos espaços em valorização imobiliária. Não só trabalhadores ambulantes, como
catadores de material reciclável, moradores de habitações precárias e população em situação de rua são obrigados a ocupar espaços distantes dos vetores de
reconfiguração urbana e dos megaeventos corporativos e midiáticos. A “demarcação” de terras onde eles podem estar, trabalhar ou circular passa a ser não uma política
afirmativa do direito à cidade, mas do deslocamento dessa população para longe das vistas do “progresso” e do “moderno”. [...]
Em resumo, a ausência de políticas de inclusão é em si uma política. Em algumas das grandes cidades brasileiras, as leis que regulam o comércio ambulante apenas
aparentemente servem para incluir, quando, na verdade, são instrumentos de exclusão dos trabalhadores das ruas.
ALCÂNTARA, A.; SAMPAIO, G.; ITIKAWA, L. Comércio ambulante: sob as franjas do sistema. Disponível em: <http://www.cartacapital. com.br/sociedade/sob-as-franjas-do-sistema-o-comercio-
ambulante-nas-grandes-cidades-325.html>. Acesso em: 26 dez. 2013. Adaptado.
 
No terceiro parágrafo, a visão negativa dos autores, em relação ao planejamento governamental, está sintetizada pelo valor semântico do seguinte verbo: 
 a) “reconhecem” 
 b) “acreditam” 
 c) “significa” 
 d) “omite” 
 e) “corresponde”
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Questão 817: CESGRANRIO - Sup Pesq (IBGE)/IBGE/Geral/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Comércio ambulante: sob as franjas do sistema
Definir uma política para a economia informal – ou mais especificamente para o comércio ambulante – significa situá-la em contextos de desigualdade, entendendo de
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/24625575/imprimir 10/90
que maneira ela se relaciona com a economia formal e de que forma ela é funcional para a manutenção dos monopólios de poder político e econômico. Dependendo do
contexto, o poder público formula políticas considerando o caráter provisório do trabalho informal, justificando políticas de formalização com a crença de uma possível
“erradicação” da informalidade.
Desse ponto de vista, a falta de um plano municipal para o comércio ambulante nas grandes cidades é emblemática. Trata-se de um sinal que aponta que o comércio
ambulante é visto como política compensatória, reservada a alguns grupos com dificuldades de entrada no mercado de trabalho, como deficientes físicos, idosos e, em
alguns países, veteranos de guerra. Entretanto, a realidade do comércio ambulante em São Paulo mostra que essa atividade é uma alternativa consolidada para uma
parcela importante dos ocupados que não se 
enquadram em nenhuma das três categorias acima. [...]
Há políticas que reconhecem a informalidade como exceção permanente do capitalismo e que acreditam que somente podem “gerenciá-la” ou “domesticá-la” se
determinada atividade não gerar conflitos e disputas entre setores da sociedade. Nessa concepção, “gerenciar” a informalidade significa tolerá-la, limitando-a
arbitrariamente a um número ínfimo de pessoas que podem trabalhar de forma legalizada, deixando um grande contingente de trabalhadores à mercê da falta de
planejamento e vulnerável à corrupção e à violência. Esse perfil de “gestão da exceção” delimita a inclusão de poucos e se omite no planejamento para muitos. No caso
de São Paulo, o número de licenças de trabalho vigentes, por exemplo, corresponde no ano de 2013 a apenas 2,5% do contingente total de trabalhadores ambulantes.
Em Nova York, apesar de toda a gestão militarizada e excludente, o percentual é de 20%.
 
Dentro desse raciocínio,“domesticar” a informalidade significa destinar ao comércio ambulante apenas alguns espaços na cidade, mas somente os que não confrontem a
lógica de reprodução do capital e, consequentemente, a imagem que se quer manter dos espaços em valorização imobiliária. Não só trabalhadores ambulantes, como
catadores de material reciclável, moradores de habitações precárias e população em situação de rua são obrigados a ocupar espaços distantes dos vetores de
reconfiguração urbana e dos megaeventos corporativos e midiáticos. A “demarcação” de terras onde eles podem estar, trabalhar ou circular passa a ser não uma política
afirmativa do direito à cidade, mas do deslocamento dessa população para longe das vistas do “progresso” e do “moderno”. [...]
 
Em resumo, a ausência de políticas de inclusão é em si uma política. Em algumas das grandes cidades brasileiras, as leis que regulam o comércio ambulante apenas
aparentemente servem para incluir, quando, na verdade, são instrumentos de exclusão dos trabalhadores das ruas.
ALCÂNTARA, A.; SAMPAIO, G.; ITIKAWA, L. Comércio ambulante: sob as franjas do sistema. Disponível em: <http://www.cartacapital. com.br/sociedade/sob-as-franjas-do-sistema-o-comercio-
ambulante-nas-grandes-cidades-325.html>. Acesso em: 26 dez. 2013. Adaptado.
 
A verdadeira motivação, apresentada como conclusão do texto, para a suposta ausência de políticas para o trabalho ambulante consiste em: 
 a) conter o avanço da especulação imobiliária. 
 b) cumprir prazos para realização dos megaeventos. 
 c) garantir a cada grupo social seu espaço de direito. 
 d) restringir a circulação dos trabalhadores ambulantes na cidade. 
 e) favorecer o ingresso dos excluídos em algumas carreiras.
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Questão 818: CESGRANRIO - Sup Pesq (IBGE)/IBGE/Geral/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Comércio ambulante: sob as franjas do sistema
Definir uma política para a economia informal – ou mais especificamente para o comércio ambulante – significa situá-la em contextos de desigualdade, entendendo de
que maneira ela se relaciona com a economia formal e de que forma ela é funcional para a manutenção dos monopólios de poder político e econômico. Dependendo do
contexto, o poder público formula políticas considerando o caráter provisório do trabalho informal, justificando políticas de formalização com a crença de uma possível
“erradicação” da informalidade.
Desse ponto de vista, a falta de um plano municipal para o comércio ambulante nas grandes cidades é emblemática. Trata-se de um sinal que aponta que o comércio
ambulante é visto como política compensatória, reservada a alguns grupos com dificuldades de entrada no mercado de trabalho, como deficientes físicos, idosos e, em
alguns países, veteranos de guerra. Entretanto, a realidade do comércio ambulante em São Paulo mostra que essa atividade é uma alternativa consolidada para uma
parcela importante dos ocupados que não se 
enquadram em nenhuma das três categorias acima. [...]
Há políticas que reconhecem a informalidade como exceção permanente do capitalismo e que acreditam que somente podem “gerenciá-la” ou “domesticá-la” se
determinada atividade não gerar conflitos e disputas entre setores da sociedade. Nessa concepção, “gerenciar” a informalidade significa tolerá-la, limitando-a
arbitrariamente a um número ínfimo de pessoas que podem trabalhar de forma legalizada, deixando um grande contingente de trabalhadores à mercê da falta de
planejamento e vulnerável à corrupção e à violência. Esse perfil de “gestão da exceção” delimita a inclusão de poucos e se omite no planejamento para muitos. No caso
de São Paulo, o número de licenças de trabalho vigentes, por exemplo, corresponde no ano de 2013 a apenas 2,5% do contingente total de trabalhadores ambulantes.
Em Nova York, apesar de toda a gestão militarizada e excludente, o percentual é de 20%.
 
Dentro desse raciocínio, “domesticar” a informalidade significa destinar ao comércio ambulante apenas alguns espaços na cidade, mas somente os que não confrontem a
lógica de reprodução do capital e, consequentemente, a imagem que se quer manter dos espaços em valorização imobiliária. Não só trabalhadores ambulantes, como
catadores de material reciclável, moradores de habitações precárias e população em situação de rua são obrigados a ocupar espaços distantes dos vetores de
reconfiguração urbana e dos megaeventos corporativos e midiáticos. A “demarcação” de terras onde eles podem estar, trabalhar ou circular passa a ser não uma política
afirmativa do direito à cidade, mas do deslocamento dessa população para longe das vistas do “progresso” e do “moderno”. [...]
 
Em resumo, a ausência de políticas de inclusão é em si uma política. Em algumas das grandes cidades brasileiras, as leis que regulam o comércio ambulante apenas
aparentemente servem para incluir, quando, na verdade, são instrumentos de exclusão dos trabalhadores das ruas.
ALCÂNTARA, A.; SAMPAIO, G.; ITIKAWA, L. Comércio ambulante: sob as franjas do sistema. Disponível em: <http://www.cartacapital. com.br/sociedade/sob-as-franjas-do-sistema-o-comercio-
ambulante-nas-grandes-cidades-325.html>. Acesso em: 26 dez. 2013. Adaptado.
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Considerando-se as ideias desenvolvidas no quarto parágrafo, a expressão destacada no trecho “espaços distantes dos vetores de reconfiguração urbana e dos
megaeventos corporativos e midiáticos.” representa, para a organização das cidades, uma 
 a) escala 
 b) vantagem
 c) diretriz 
 d) mediação 
 e) particularidade
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Questão 819: CESGRANRIO - Ass Adm (EPE)/EPE/Apoio Administrativo/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Coração e mente de uma cidade
Toda grande cidade cultiva, entre seus prédios, ruas e muros, uma soma de aspirações e opiniões sobre a sua própria forma de se organizar. Embora muitas vezes
imperceptíveis, elas apontam tendências do que serão os grandes centros no futuro.
Para debater a dinâmica dos espaços urbanos, um projeto mergulhou dois anos no cotidiano das metrópoles Nova York, Berlim e Mumbai. Explorou a forma como lidam
com sua arquitetura, arte, design, tecnologia, educação, sustentabilidade e disposição urbana. Dessa experiência, extraiu-se um raio X de uma cidade, uma lista de cem
tendências e pensamentos, cuja conclusão é de que cada vez mais a população fará a diferença no futuro. São os próprios moradores que promoverão mudanças — e,
para isso, precisam de canais mais diretos para interferirem nas decisões. Chamada de 100 trending topics, a lista traz tendências que podem soar utópicas ou abstratas,
mas há também exemplos concretos, que já começam a se impor nas ligações entre população e governos.
Nesse contexto, surge o conceito de “hackear” a cidade, transformar seu sistema por meio de ações informais dos cidadãos. O modelo seria uma contraposição às ditas
“cidades inteligentes”, em que máquinas tomariam conta de todos os ambientes. Seria sim um urbanismo de “código aberto”, ou seja, em que qualquer um pode
interferir, de forma constante, para mudar a estrutura da cidade.
Para atingir esse objetivo, cada vez mais o design passa a ser pensado como uma ferramenta que promove a inclusão. Em uma população diversificada como a do mundo
de hoje, as cidades precisam garantir que ambientes e serviços permaneçam igualmente acessíveis a todos, independentemente da idade, cultura ou condição social.
Outra ideia é o “departamento de escuta”, instituição utópica que tornaria o ato de reclamar muito mais prático e menos penoso: o governo ouviria nossos anseios com
sinceridade e atenção. No lugar de um atendente estilo telemarketing, que, apenas com um script em mãos, muitas vezes nos frustra, estaria alguém preparado para nosresponder no ato, sem parecer seguir um protocolo.
Essas iniciativas demonstram que uma democracia pode ir muito além de um sistema eleitoral tradicional. É o que diversos grupos e associações no mundo inteiro têm
tentado colocar em prática, estendendo as decisões da cidade a uma série de outras dimensões sociais. A ideia é fazer com que todos os ambientes de nossas vidas
funcionem de forma democrática: trabalho, educação, serviços públicos e outros. A sociedade precisa escolher qual linha de metrô ela quer, qual praça precisa receber
mais atenção, quais investimentos devem ser prioritários. E esse processo se dá com novos fóruns locais, que estabeleçam canais de negociação com os moradores e as
associações comerciais.
Para intensificar a democracia participativa na cidade, deve-se apostar na disseminação da informação, com dados menos gerais. Os indicadores precisam contemplar as
diferentes realidades das comunidades, que poderiam ser vistas como microcidades. Também há necessidade de mais e melhores espaços e fóruns de discussão sobre as
políticas públicas. E o mundo digital trouxe novas ferramentas para medir a informação produzida pelas cidades e transformá-la em fatos, figuras e visualizações. A
quantidade de dados coletados entre os primórdios da humanidade e 2003 equivale, atualmente, ao que se coleta a cada dois dias. Mas o volume maciço de dados por si
só não torna uma cidade mais inteligente. É preciso criar mecanismos capazes de filtrar esta riqueza de informação e torná-la acessível a todos. Com estimativas mais
precisas e transparentes, há mais espaço para ações independentes. O desafio é integrar o fluxo de informação através de plataformas digitais abertas em que o cidadão
possa inserir, pesquisar dados e cruzar informações que o ajudem a resolver problemas do cotidiano. Investigar a inteligência social das multidões é reconhecer suas
individualidades para além de números e traduzir anseios em serviços. Assim, a webcidadania ganha força no mundo através de petições on-line, financiamentos
colaborativos ou plataformas para acompanhar gastos públicos.
TORRES, B. Jornal O Globo, Caderno Amanhã, p. 12-19. 12 nov. 2013. Adaptado.
 
De acordo com o texto, uma proposta para viabilizar a ideia de que “Para intensificar a democracia participativa na cidade, deve-se apostar na disseminação da
informação” ( l. 23) é a 
 a) construção de computadores que controlem a circulação de pessoas em todos os ambientes. 
 b) criação de um departamento de escuta para facilitar a relação entre os membros do governo. 
 c) elaboração de projetos arquitetônicos que criem ambientes para as diferentes classes sociais. 
 d) escolha de políticos que respeitem a participação dos cidadãos nas decisões governamentais.
 e) utilização de recursos digitais para constituição de espaços de discussão das políticas públicas.
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Questão 820: CESGRANRIO - Ass Adm (EPE)/EPE/Apoio Administrativo/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Coração e mente de uma cidade
Toda grande cidade cultiva, entre seus prédios, ruas e muros, uma soma de aspirações e opiniões sobre a sua própria forma de se organizar. Embora muitas vezes
imperceptíveis, elas apontam tendências do que serão os grandes centros no futuro.
Para debater a dinâmica dos espaços urbanos, um projeto mergulhou dois anos no cotidiano das metrópoles Nova York, Berlim e Mumbai. Explorou a forma como lidam
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com sua arquitetura, arte, design, tecnologia, educação, sustentabilidade e disposição urbana. Dessa experiência, extraiu-se um raio X de uma cidade, uma lista de cem
tendências e pensamentos, cuja conclusão é de que cada vez mais a população fará a diferença no futuro. São os próprios moradores que promoverão mudanças — e,
para isso, precisam de canais mais diretos para interferirem nas decisões. Chamada de 100 trending topics, a lista traz tendências que podem soar utópicas ou abstratas,
mas há também exemplos concretos, que já começam a se impor nas ligações entre população e governos.
Nesse contexto, surge o conceito de “hackear” a cidade, transformar seu sistema por meio de ações informais dos cidadãos. O modelo seria uma contraposição às ditas
“cidades inteligentes”, em que máquinas tomariam conta de todos os ambientes. Seria sim um urbanismo de “código aberto”, ou seja, em que qualquer um pode
interferir, de forma constante, para mudar a estrutura da cidade.
Para atingir esse objetivo, cada vez mais o design passa a ser pensado como uma ferramenta que promove a inclusão. Em uma população diversificada como a do mundo
de hoje, as cidades precisam garantir que ambientes e serviços permaneçam igualmente acessíveis a todos, independentemente da idade, cultura ou condição social.
Outra ideia é o “departamento de escuta”, instituição utópica que tornaria o ato de reclamar muito mais prático e menos penoso: o governo ouviria nossos anseios com
sinceridade e atenção. No lugar de um atendente estilo telemarketing, que, apenas com um script em mãos, muitas vezes nos frustra, estaria alguém preparado para nos
responder no ato, sem parecer seguir um protocolo.
Essas iniciativas demonstram que uma democracia pode ir muito além de um sistema eleitoral tradicional. É o que diversos grupos e associações no mundo inteiro têm
tentado colocar em prática, estendendo as decisões da cidade a uma série de outras dimensões sociais. A ideia é fazer com que todos os ambientes de nossas vidas
funcionem de forma democrática: trabalho, educação, serviços públicos e outros. A sociedade precisa escolher qual linha de metrô ela quer, qual praça precisa receber
mais atenção, quais investimentos devem ser prioritários. E esse processo se dá com novos fóruns locais, que estabeleçam canais de negociação com os moradores e as
associações comerciais.
Para intensificar a democracia participativa na cidade, deve-se apostar na disseminação da informação, com dados menos gerais. Os indicadores precisam contemplar as
diferentes realidades das comunidades, que poderiam ser vistas como microcidades. Também há necessidade de mais e melhores espaços e fóruns de discussão sobre as
políticas públicas. E o mundo digital trouxe novas ferramentas para medir a informação produzida pelas cidades e transformá-la em fatos, figuras e visualizações. A
quantidade de dados coletados entre os primórdios da humanidade e 2003 equivale, atualmente, ao que se coleta a cada dois dias. Mas o volume maciço de dados por si
só não torna uma cidade mais inteligente. É preciso criar mecanismos capazes de filtrar esta riqueza de informação e torná-la acessível a todos. Com estimativas mais
precisas e transparentes, há mais espaço para ações independentes. O desafio é integrar o fluxo de informação através de plataformas digitais abertas em que o cidadão
possa inserir, pesquisar dados e cruzar informações que o ajudem a resolver problemas do cotidiano. Investigar a inteligência social das multidões é reconhecer suas
individualidades para além de números e traduzir anseios em serviços. Assim, a webcidadania ganha força no mundo através de petições on-line, financiamentos
colaborativos ou plataformas para acompanhar gastos públicos.
TORRES, B. Jornal O Globo, Caderno Amanhã, p. 12-19. 12 nov. 2013. Adaptado.
 
Esse texto é um artigo de opinião porque defende um posicionamento a respeito de um tema.
Uma das propostas apresentadas pelo autor é que as 
 a) decisões sobre as mudanças almejadas nas cidades devem respeitar o desejo de todos por meio de votação. 
 b) ligações permanentes entre população e governo são imprescindíveis para a criação de cidades inteligentes. 
 c) sugestões a respeito das reformas das cidades precisam ser analisadas por especialistas em arquitetura. 
 d) modificações nas cidades precisam estar de acordo com os anseios dos moradorese das associações comerciais. 
 e) propostas de estudiosos sobre o futuro das cidades devem levar em consideração as medidas adotadas em países europeus.
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Questão 821: CESGRANRIO - Ass Adm (EPE)/EPE/Apoio Administrativo/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Coração e mente de uma cidade
Toda grande cidade cultiva, entre seus prédios, ruas e muros, uma soma de aspirações e opiniões sobre a sua própria forma de se organizar. Embora muitas vezes
imperceptíveis, elas apontam tendências do que serão os grandes centros no futuro.
Para debater a dinâmica dos espaços urbanos, um projeto mergulhou dois anos no cotidiano das metrópoles Nova York, Berlim e Mumbai. Explorou a forma como lidam
com sua arquitetura, arte, design, tecnologia, educação, sustentabilidade e disposição urbana. Dessa experiência, extraiu-se um raio X de uma cidade, uma lista de cem
tendências e pensamentos, cuja conclusão é de que cada vez mais a população fará a diferença no futuro. São os próprios moradores que promoverão mudanças — e,
para isso, precisam de canais mais diretos para interferirem nas decisões. Chamada de 100 trending topics, a lista traz tendências que podem soar utópicas ou abstratas,
mas há também exemplos concretos, que já começam a se impor nas ligações entre população e governos.
Nesse contexto, surge o conceito de “hackear” a cidade, transformar seu sistema por meio de ações informais dos cidadãos. O modelo seria uma contraposição às ditas
“cidades inteligentes”, em que máquinas tomariam conta de todos os ambientes. Seria sim um urbanismo de “código aberto”, ou seja, em que qualquer um pode
interferir, de forma constante, para mudar a estrutura da cidade.
Para atingir esse objetivo, cada vez mais o design passa a ser pensado como uma ferramenta que promove a inclusão. Em uma população diversificada como a do mundo
de hoje, as cidades precisam garantir que ambientes e serviços permaneçam igualmente acessíveis a todos, independentemente da idade, cultura ou condição social.
Outra ideia é o “departamento de escuta”, instituição utópica que tornaria o ato de reclamar muito mais prático e menos penoso: o governo ouviria nossos anseios com
sinceridade e atenção. No lugar de um atendente estilo telemarketing, que, apenas com um script em mãos, muitas vezes nos frustra, estaria alguém preparado para nos
responder no ato, sem parecer seguir um protocolo.
Essas iniciativas demonstram que uma democracia pode ir muito além de um sistema eleitoral tradicional. É o que diversos grupos e associações no mundo inteiro têm
tentado colocar em prática, estendendo as decisões da cidade a uma série de outras dimensões sociais. A ideia é fazer com que todos os ambientes de nossas vidas
funcionem de forma democrática: trabalho, educação, serviços públicos e outros. A sociedade precisa escolher qual linha de metrô ela quer, qual praça precisa receber
16/07/2021 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
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mais atenção, quais investimentos devem ser prioritários. E esse processo se dá com novos fóruns locais, que estabeleçam canais de negociação com os moradores e as
associações comerciais.
Para intensificar a democracia participativa na cidade, deve-se apostar na disseminação da informação, com dados menos gerais. Os indicadores precisam contemplar as
diferentes realidades das comunidades, que poderiam ser vistas como microcidades. Também há necessidade de mais e melhores espaços e fóruns de discussão sobre as
políticas públicas. E o mundo digital trouxe novas ferramentas para medir a informação produzida pelas cidades e transformá-la em fatos, figuras e visualizações. A
quantidade de dados coletados entre os primórdios da humanidade e 2003 equivale, atualmente, ao que se coleta a cada dois dias. Mas o volume maciço de dados por si
só não torna uma cidade mais inteligente. É preciso criar mecanismos capazes de filtrar esta riqueza de informação e torná-la acessível a todos. Com estimativas mais
precisas e transparentes, há mais espaço para ações independentes. O desafio é integrar o fluxo de informação através de plataformas digitais abertas em que o cidadão
possa inserir, pesquisar dados e cruzar informações que o ajudem a resolver problemas do cotidiano. Investigar a inteligência social das multidões é reconhecer suas
individualidades para além de números e traduzir anseios em serviços. Assim, a webcidadania ganha força no mundo através de petições on-line, financiamentos
colaborativos ou plataformas para acompanhar gastos públicos.
TORRES, B. Jornal O Globo, Caderno Amanhã, p. 12-19. 12 nov. 2013. Adaptado.
 
No início do quarto parágrafo, a expressão esse objetivo ( l.12) refere-se à 
 a) constituição de um conselho de especialistas para redesenhar o espaço urbano. 
 b) criação de cidades inteligentes comandadas por máquinas eficientes e possantes. 
 c) participação dos moradores nas mudanças a serem implementadas nas cidades. 
 d) utilização de programas invasores para intervir nos projetos governamentais. 
 e) elaboração de lista com tendências e pensamentos sobre mudanças arquitetônicas.
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Questão 822: CESGRANRIO - Adv (EPE)/EPE/Jurídica/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Pessoa em pessoa
Existe uma ironia ao fazer-se um guia a partir de um roteiro turístico escrito por Fernando Pessoa: embora ele tenha detalhado cada ponto de Lisboa, cidade onde nasceu
e viveu, o maior poeta português não gostava de viajar. Se saiu, foi muito pouco, e só deixou a sua cidade natal em raras ocasiões. Numa delas, por motivos familiares,
viveu um período em Durban, na antiga colônia inglesa na África do Sul. Após a morte do pai, a sua mãe casou-se com o militar João Miguel Rosa, que, por sua vez, se
tornou cônsul de Portugal na cidade africana, obrigando a família a mudar-se. Pessoa foi para lá em 1896, com 8 anos, ali ficando até aos 17 anos.
Antes e depois desse período, a sua vida foi fincada em Lisboa [...] “Para Pessoa, Lisboa foi mais do que uma cidade, foi a pátria, condensadamente. E desde que nela
lançou âncora, em 1905, nunca mais daí saiu”, confirma Teresa Rita Lopes, uma das maiores investigadoras da obra e da vida do poeta [...].
Rotas pessoais
Pessoa era uma espécie de freelancer, um profissional autônomo que se dedicava a traduções de cartas comerciais para diversas empresas e casas comerciais de Lisboa.
Isso ajuda a explicar o fato de ter sido um verdadeiro andarilho, indo de um lado para o outro, algo que acabaria por constituir a sua própria personalidade. Era
caminhando que pensava, que refletia.
“Para ele era uma maneira de estar sozinho de fato, bem como uma forma de ter ideias, era uma maneira de criar. Depois, nos diários que fez, dizia as ideias que tinha
tido em tal passeio. Os passeios para ele eram também momentos de criação. Andava imenso”, explica Teresa Rita Lopes.
CORREIA FILHO, J. Lisboa em Pessoa: guia turístico e literário
da capital portuguesa. Lisboa: Publicações Don Quixote, 2011, p. 21 - 22. Adaptado.
 
No título “Pessoa em pessoa”, se considerado o nome do poeta, a palavra em destaque evoca o seguinte sentido: 
 a) A lembrança de que Fernando Pessoa também trabalhava como profissional autônomo. 
 b) O estabelecimento do estreito elo entre o poeta, a sua obra e sua aversão a viagens. 
 c) A ideia de que cada pessoa possui um modo próprio de fazer turismo, seja solitário ou em grupo. 
 d) A ironia de que um poeta possa vir a ser um autor de guias turísticos. 
 e) A revelação do aspecto humano do poeta por meio de seus diários.
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Questão 823: CESGRANRIO - Tec Adm (BNDES)/BNDES/2013
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Ciência do esporte – sangue, suor e análises

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