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DIREITO-PENAL-E-SEGURANÇA-PÚBLICA

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1 
 
 
DIREITO PENAL E SEGURANÇA PÚBLICA 
1 
 
 
 
Sumário 
 
1 – SEGURANÇA PÚBLICA ........................................................................ 3 
2- ÓRGÃOS DA SEGURANÇA PÚBLICA ................................................... 5 
3- O LUGAR DA SEGURANÇA PÚBLICA NO SISTEMA PENAL ............... 9 
4- A CRIMINOLOGIA E A POLÍTICA CRIMINAL NA LEI DE EXECUÇÃO 
PENAL .................................................................................................................. 11 
5- A CRIMINOLOGIA E A POLÍTICA CRIMINAL NA ÁREA DE SEGURANÇA 
PÚBLICA .............................................................................................................. 13 
6- REFERÊNCIAS ..................................................................................... 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
FACUMINAS 
 
 
A história do Instituto FACUMINAS, inicia com a realização do sonho de um 
grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a FACUMINAS, como entidade 
oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A FACUMINAS tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 – SEGURANÇA PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Constituição Federal trata da Segurança Pública no Capítulo III do seu Título V. 
Dispõe a Carta Magna que a segurança pública é dever do Estado, direito e 
responsabilidade de todos, sendo exercida com o objetivo de preservação da ordem 
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. 
O direito a segurança é prerrogativa constitucional indisponível, garantido mediante a 
implementação de políticas públicas, impondo ao Estado a obrigação de criar 
condições objetivas que possibilitem o efetivo acesso a tal serviço. 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A polícia de segurança, segundo Pedro Lenza, divide-se em duas grandes ·áreas: 
polícia administrativa e polícia judiciária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
A polícia administrativa (preventiva ou ostensiva) atua preventivamente, evitando que 
o crime aconteça, na área do ilícito administrativo. Já· a judiciária (polícia de 
investigação) atua repressivamente, depois de ocorrido o ilícito penal. 
 
2- ÓRGÃOS DA SEGURANÇA PÚBLICA 
 
A CF em seu artigo 144 estabelece as atribuições dos órgãos de Segurança Pública 
nos três níveis de governo, notadamente bem distribuídos entre os municípios, os 
estados, o Distrito Federal e a União. 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de 
todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade 
das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
 I - polícia federal; 
 II - polícia rodoviária federal; 
 III - polícia ferroviária federal; 
 IV - polícias civis; 
 V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
Dessa forma, todos juntos formam um sistema de segurança pública que, a rigor da 
palavra, só será sistema se todos aqueles que o formam interagirem entre si em prol 
de um objetivo comum. 
 Com efeito, a Carta Magna de 1988 inseriu o município como ente federativo também 
capaz de cuidar da segurança urbana no âmbito da sua atribuição. Cabe então a ele 
por meio das Guardas Municipais, à luz da Constituição Federal, cuidar estritamente 
da proteção dos próprios municipais, quais sejam: seus bens, serviços e instalações. 
 Entretanto, urge ressaltar que dar aos municípios tão-somente atribuição para 
proteger seu patrimônio é subutilizá-los no importante papel no combate à violência, 
6 
 
 
prevenindo ostensivamente pequenos delitos, preservando a incolumidade pública, 
“policiando” preventiva e ostensivamente em frente às escolas, protegendo os turistas 
e gerenciando o trânsito, etc. 
 É um contrassenso dar aos municípios uma atribuição meramente patrimonialista. É 
fechar os olhos para a realidade funesta do que ocorre nos centros urbanos, cada vez 
mais inchados e locais de destino dos excluídos onde o próprio Estado falhou no seu 
papel de prevenção primária da violência e da marginalidade por meio de políticas 
públicas voltadas para a inclusão social, com programas de educação, esporte, lazer, 
cultura, trabalho e emprego e geração de renda. 
Aos estados, como unidades federativas, cabem dois importantes papéis: o de 
preservar a ordem e incolumidade públicas e o de investigar as infrações penais, 
instaurando Inquéritos Policiais não incluídos como de atribuição da União. 
 Às Polícias Militares cabe o trabalho preventivo e ostensivo com o fito da defesa 
social e também do estado-poder, protegendo a sociedade e os poderes constituídos. 
Secundariamente, também desempenham importante papel como força auxiliar do 
Exército. 
Os Corpos de Bombeiros Militares exercem o sempre admirado papel de defesa civil, 
atuando nos casos de calamidade pública, como desabamentos e enchentes. Da 
mesma forma que as PM’s, também são forças auxiliares do Exército. 
As Polícias Civis desempenham o papel de polícia judiciária dos estados, relatando 
Inquéritos Policiais e investigando crimes e contravenções definidos por exclusão das 
infrações penais de atribuição da Polícia Federal. 
Somente à Polícia Civil assiste o papel constitucional de polícia investigativa estadual, 
encaminhando ao Poder Judiciário os Inquéritos Policiais relatados para que se 
promova a devida ação penal, qualquer que seja sua natureza, pública ou privada. 
Portanto, com os alarmantes índices de violência que hodiernamente arruínam os 
grandes centros, só mesmo uma Polícia Civil forte, mediante investigação e de uso 
de meios tecnológicos modernos, poderá desbaratar associações e práticas 
criminosas que atentam contra a ordem pública e o bem-estar de todos. Somente 
7 
 
 
assim poderá o Estado dar sua resposta às práticas delituosas e cumprir o seu papel 
constitucional de promover o bem comum. 
 A Polícia Federal exerce o papel de polícia judiciária da União, apurando as infrações 
penais contra a ordem política e social que impliquem prejuízo aos bens, serviços e 
interesses da União, tanto na administração direta quanto na indireta. Outrossim, é 
mister da PF a polícia marítima, aérea e de fronteiras, a repressão ao tráfico de 
entorpecentes e ao contrabando e descaminho, como também a outras ações 
delituosas de repercussão interestadual ou internacional. 
À Polícia Rodoviária Federal cabe o patrulhamento ostensivo das rodovias e estradas 
federais, além de operações relacionadas com a segurança pública para a 
preservação da ordem, a incolumidade das pessoas, o patrimônio da União e o de 
terceiros, desmantelando o roubo de cargas e o tráfico de drogas e animais nas vias 
federais. 
 À Polícia Ferroviária Federal cabe o patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. 
 Mais recentemente surgiu a Força Nacional de Segurança como “polícia federativa”, 
ou seja, de todos os entes federativos, incumbida dos casos de conflitos urbanos de 
grandes repercussões, como rebeliões em presídios e outras turbas de natureza civil. 
É uma tropa de pronta-resposta. 
 Contudo,não estando ela insculpida no rol do art. 144 da CF, não pode ser 
reconhecida como polícia. 
 Trata-se de um programa brasileiro de cooperação federativa de Segurança Pública 
inspirada nas Forças de Paz da ONU. Esta é sua natureza jurídica. 
Não é escopo questionar sua constitucionalidade, uma vez que foi criada por Decreto 
Presidencial e não por emenda constitucional. 
 Nesse contexto, somente por intermédio de ações prévia e constitucionalmente 
definidas, nas quais cada órgão desempenha papel específico, desde que se 
busquem sempre operações conjuntas e trocas de informações, é que se poderá dar 
uma resposta eficaz ao crime sem conflitos de atribuições. 
8 
 
 
A seguir um quadro sinótico com a classificação das polícias: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
“Polícia Federativa” – na verdade um programa de cooperação federativa de 
Segurança Pública. Não pode ser considerada polícia na forma do art. 144, 
CF/88. 
Não pode ser considerada polícia na forma do art. 144, CF/88. É guarda e sua 
função constitucional é meramente patrimonial. 
 
3- O LUGAR DA SEGURANÇA PÚBLICA NO SISTEMA PENAL 
 
Processo penal, direito penal e segurança pública são elementos que podem ser 
atrelados a um sistema maior, inclusive ser chamado de sistema penal, mas é 
importante que se destaque suas funções completamente distintas, objetivos 
diferentes e, por conseguinte, não podem ocupar a mesma pretensão e sequer serem 
caminhos para resultados iguais. 
Partindo de um viés constitucional, a segurança pública é exercida para a 
preservação da ordem pública, incolumidade das pessoas e do patrimônio. Em 
verdade, a Constituição prescreve ser a segurança pública um dever do Estado, sem 
deixar de ser um direito e responsabilidade de todos. Mas dever do Estado de regras, 
de direito, de legalidade. 
 O termo segurança pública é muito forte e abstrato, como pode notar no início do 
estudo. Em sua máxima, segurança é o estado de quem está livre de perigos, e 
vivencia uma situação em que nada há a temer. Ao tratar segurança pública, esta não 
deixa de englobar a segurança privada, pois há uma pretensão de totalidade, uma 
vez que público é aquilo que é de ninguém sendo de todos, pertencente a uma 
coletividade. A questão é que a performance da segurança pública na seara 
preventiva pode ser bem mais favorável do que em sua face repressiva: 
Há uma lei do progresso no mundo, e ela indica que, à medida da evolução, 
se processa uma substituição gradativa da força pela legalidade, do 
despotismo pelo respeito às prerrogativas fundamentais da pessoa humana, 
conducente a um regime constitucional em que todos se acham submetidos 
ao império soberano da legalidade. 
10 
 
 
Dentro da ideia de segurança pública, inegavelmente irão coexistir conceitos que tem 
sua base no direito penal, como os tipos de crimes previsto pela lei brasileira, quem 
pode cometer e quando um fato não será um delito, entre tantos outros elementos 
que baseiam a ideia de desvio social. Da mesma forma, a segurança pública permeia 
pelas diretrizes do processo penal, como aquelas que regem a apuração de infrações 
penais em inquéritos. 
 O ponto fundamental é compreender que direito penal e o processo penal, ainda que 
sejam um dos instrumentos (e são os menores) para os objetivos almejados pela 
segurança pública, não pode haver inversão deste valor, ou seja, ser o processo penal 
e o direito penal um objeto da segurança pública, pois perderiam seu escopo e os 
meios se perderiam para justificar os fins. 
 Ainda que se pretenda uma segurança pública ideal e utópica, esta somente existe 
em um ambiente democrático onde o Estado possui limites de poder em face do 
respeito dos direitos fundamentais do homem. O Estado não cria o direito positivo, 
nem mesmo o Estado de privilégios, mas ele evidencia o tipo de sociedade que ele 
reflete. 
 Frisa-se, direito penal e o processo penal estruturados, legítimos e que se 
desenvolvem no tempo de forma razoável, sem perder suas regras, são fortes 
instrumentos para um ambiente maior de segurança pública. Agora, processos 
viciados, com produção irregular de provas, com desenvolvimento truncado, por si só 
ferem a segurança pública em sua origem, antes mesmo de golpear um processo. 
A segurança pública somente será regrada em prol da coletividade, sem ser uso de 
detentores de poder, quando não encontrar sua força na perversidade, ter freios nos 
processos democráticos que regulam a atuação do Estado, e ser limitado por um 
Direito Penal transparente e de linhas delimitadas. 
 Não se trata mais nem de falar de sistemas inquisitórios ou acusatórios, pois a crença 
doutrinaria do sistema inquisitório era a busca (impossível) de uma verdade real. O 
modelo que se desenha não busca qualquer verdade, é mais grotesco, ele quer criar 
as verdades. 
 Processo penal, direito penal e segurança pública não são a mesma coisa, ainda que 
possam ser elementos atrelados a um sistema maior. É importante compreender suas 
11 
 
 
funções completamente distintas, objetivos diferentes e posições que não podem 
ocupar a mesma pretensão e sequer serem caminhos para resultados iguais. A 
segurança pública quer dar segurança de projeções utópicas, mas ainda não 
consegue fornecer um mínimo ideal. O direito penal vem dizer o que é o crime e o 
processo penal tem a responsabilidade de absolver ou de condenar, observando, 
antes de tudo, que seja dentro de regras democráticas e do direito posto 
constitucionalmente. 
 
4- A CRIMINOLOGIA E A POLÍTICA CRIMINAL NA LEI DE EXECUÇÃO 
PENAL 
 
 Nos termos do artigo 1º da Lei de Execuções Penais nº 7.210/84: 
 “A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou 
decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social 
do condenado e do internado”. 
Ainda, segundo preceitua tal instituto de execução penal, nos moldes do artigo 5º, os 
condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, 
para orientar a individualização da execução da pena, possuindo diversos 
procedimentos para tal determinação. 
Serão realizados levantamentos por fiscais do serviço social, bem como através da 
Comissão Técnica de Classificação que elaborará programas de individualização da 
pena específicos a cada condenado ou preso provisório. 
Serão realizados exames criminológicos nos condenados a pena privativa de 
liberdade, em regime fechado para sua classificação. 
Ainda, nos termos do que dispõe a Lei de Execução Penal, mais especificamente no 
que positiva o artigo 9º: 
“Art. 9º A Comissão, no exame para a obtenção de dados reveladores da 
personalidade, observando a ética profissional e tendo sempre presentes 
peças ou informações do processo, poderá: 
I - entrevistar pessoas; 
12 
 
 
II - requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados, dados e 
informações a respeito do condenado; 
III - realizar outras diligências e exames necessários”. 
No ano de 2016, segundo dados do DEPEN, os profissionais aptos na área da 
psicologia, psiquiatras e terapeutas que exerciam atividades no sistema prisional 
brasileiro era de 1.544 (um mil, quinhentos e quarenta e quatro), sendo 1.265 
psicólogos, 194 psiquiatras e 85 terapeutas. 
Além disso, os atendimentos médicos realizados no primeiro semestre de 2016 no 
Brasil referentes às consultas psicológicas totalizaram a somatória de 245.372, sendo 
que no Estado de São Paulo foram realizadas 71.236 consultas, em Minas Gerais 
42.548 e no Estado do Paraná 3.986. 
Segundo Júlio Fabbrini Mirabete: 
“o comportamento social do indivíduo é resultante não só deu seu patrimônio 
hereditário, mas também de uma soma de experiencias, hauridas 
principalmente na infância, de permeio com o ambiente e a educação por ele 
recebida”. 
De outra banda, Manoel Pedro Pimentel afirma que: 
“o crime é resultante de uma soma de fatores, sendo assimuma estrutura 
complexa, e não o produto de uma causa e, assim, ao lado dos fatores 
individuais, tais como a hereditariedade, o temperamento, o caráter, a 
educação e outros, existe inegável influência dos fatores sociais, que a 
própria sociedade enquadra e desenvolve, por meio das pressões que 
exerce sobre os indivíduos”. 
Ainda, a Lei de Execuções Penais, garante a assistência ao preso, com a finalidade 
de prevenir que novos crimes ocorram e orientá-lo ao retorno à convivência em 
sociedade. 
Evidente através de todos os tópicos acima positivados na Lei nº 7.210/84 que o 
preso, seja ele condenado ou provisório, possui garantias legais acerca de sua 
personalidade, sendo que todo o conjunto de profissionais garantidores dessas 
garantias, possuem conhecimento especifico acerca da psicologia, sociedade, corpo 
humano, personalidade e do crime. 
13 
 
 
A partir do momento que o sujeito passa a integrar o sistema prisional, todo grupo de 
apoio, estuda seu comportamento a fim de determinar qual grau de periculosidade do 
agente, bem como quais medidas deverão ser tomadas para reintegrá-lo a sociedade 
de maneira segura, tanto a ele como à comunidade, garantindo assim a inviolabilidade 
da dignidade da pessoa humana. 
A criminologia atua não só durante o tramite processual, mas principalmente após a 
sentença penal condenatória, mantendo os estudos acerca do crime e do criminoso 
para que a política criminal aplicada dentro das penitenciárias possa ser eficaz e, 
cumprir o objetivo de prevenir que o mesmo pratique novos crimes após a saída da 
unidade. 
Além disso, a Política Criminal através de estatísticas, estratégias e planejamentos, 
estudam a melhor forma de reintegrar o egresso em sociedade e principalmente, 
proporcionar à sociedade a sensação de segurança após a saída do condenado. 
A criminologia clínica, por sua vez, atua com a finalidade de minimizar ou neutralizar 
os efeitos negativos do cárcere no indivíduo, além de promover uma adequada saúde 
mental do encarcerado e prepará-lo para retornar a sociedade. 
A atuação da criminologia, direito penal, lei de execução penal e política criminal é 
conjunta, proporcionando medidas eficazes à prevenção de crimes. 
 
5- A CRIMINOLOGIA E A POLÍTICA CRIMINAL NA ÁREA DE 
SEGURANÇA PÚBLICA 
 
O Estado tem a função substancial de garantir à sociedade a prevenção de crimes 
através de medidas e sistemas de política criminal eficientes. 
No ano de 2018, houveram 12 alterações significativas no Código Penal (Decreto Lei 
nº 2848/40), dentre elas, a mudança do termo “pátrio poder” por “poder familiar” no 
artigo 92, inciso II referente à condenação, além da inclusão do parágrafo 7º, inciso II 
do artigo 121, acrescentando a majorante se o cometimento do crime ocorrer em face 
de vítima portadora de doenças degenerativas que acarretam condições limitantes, 
bem como vulnerabilidade mental ou física a mesma, além disso, houve alteração no 
14 
 
 
inciso III do mesmo artigo, quando a prática criminosa ocorrer na presença de 
ascendente, descendente e mudança no inciso VI, aumentando a pena em 1/3 se 
houver descumprimento das medidas protetivas de urgência nos crimes previstos na 
Lei nº 11.340/06 (Lei Maria da Penha). 
Houve ainda a alteração no diploma legal referente aos crimes contra o patrimônio, 
mais especificamente no que concerne ao crime previsto no artigo 155 do Código 
Penal, incluindo o parágrafo 4-A, com a qualificadora do uso de explosivo durante o 
furto e parágrafo 7º, qualificando a subtração de substâncias explosivas ou 
acessórios que possibilitem sua montagem. 
Quanto ao crime de roubo, positivado no artigo 157, houveram revogações e 
inclusões de redações legais. Revogou-se a previsão legal quanto ao uso de arma de 
fogo no crime, previsto no parágrafo 2º, inciso I, além da inclusão do parágrafo 2º, 
inciso II, qualificando o crime de roubo de substancias explosivas, como o previsto no 
artigo 155. 
Incluiu-se o parágrafo 2-A no artigo 157, majorando o crime em 2/3 se for praticado 
com emprego de arma de fogo e houver violência ou grave ameaça e se há destruição 
ou rompimento de obstáculo mediante emprego de explosivo ou artefato análogo. 
Ressalta-se, por oportuno, a majorante do crime de roubo previsto no artigo 157, 
parágrafo 3º, relativo à violência ou grave ameaça. 
Além disso, houveram alterações significativas nos artigos 168-A, 215-A, 216-A, 217-
A, 218-C, 225, 226, 234-A. 
Quanto às alterações previstas nos crimes sexuais, incluiu-se o crime de 
importunação sexual com pena de 1 a 5 anos, se não constituir crime mais 
grave; criação do crime referente ao registro de intimidade sexual com pena de 06 
meses a 01 ano e multa; inclusão do parágrafo 5º, no artigo 217-A, considerando 
desnecessário o consentimento da vítima para a pratica da conjunção carnal ou ato 
libidinoso diverso; inclusão da tipificação relativo a divulgação de cenas de estupro, 
de sexo ou pornografia com pena de reclusão de 01 a 05 anos, se o fato não constituir 
crime mais grave; aumento da pena de 1/3 a 2/3 se o agente mantinha vínculo afetivo 
com a vítima ou por sentimento de vingança. 
15 
 
 
Segundo reportagem disponibilidade no dia 12 de maio de 2019, no Domingo 
Espetacular na Record TV, a cada dois segundos uma mulher é assediada no Brasil 
e, a cada 29 segundos um crime sexual é cometido no interior de coletivos. 
Em uma década, o Brasil se colocou em um índice superior ao da Europa com índice 
30 vezes maior em homicídios, apenas em 2016, houveram mais de 60 mil mortes no 
País, segundo Atlas de Violência de 2018. 
Por outro lado, no ano de 2018, segundo reportagem disponibilizada no dia 27 de 
fevereiro de 2019, pelo site G1, as mortes violentas no Brasil tiveram uma queda de 
13% comparado ao ano de 2017, considerada a maior redução dos últimos 11 anos 
no País. 
Segundo a diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira 
Bueno: 
"A análise da série histórica dos registros de crimes violentos letais 
intencionais indica que a redução verificada entre 2017 e 2018 é a maior já 
registrada, tanto se olharmos para o número de casos como para a taxa. 
Essa é uma boa notícia e que merece ser comemorada, mas o desafio é 
compreendermos os motivos que levaram a redução destes crimes em tantos 
estados, alguns com quedas tão acentuadas (acima de 20%). 
Ainda, 
O aumento expressivo da violência letal no ano de 2017 foi motivada em 
especial pela guerra entre facções criminosas e a crise no sistema prisional. 
Ainda que estes conflitos possam ter arrefecido, a redução em 24 unidades 
da federação mostra que outras dinâmicas devem ser verificadas. É 
necessário produzir estudos capazes de avaliar e compreender os 
determinantes destas quedas em tantos locais distintos. Isso significa dizer 
que, se temos uma boa notícia, não podemos falar ainda de uma tendência. 
Vai ser necessário muito trabalho para garantir que este resultado se 
sustente nos próximos anos. 
Para alguns pesquisadores, a queda significativa no índice de crimes cometidos no 
Brasil, ainda é uma incógnita, mas, para outros, tudo se resume a medidas de política 
criminal aplicadas em cada Estado da Federação. 
No Acre, por exemplo, houve uma queda de 22,1% dos crimes cometidos, comparado 
aos anos anteriores, o que se justifica não pela criação de novas tipificações jurídicas, 
16 
 
 
mas sim, de atuação da política criminal e cooperação de poderes repressores no 
Estado. 
O Ministério Público Estadual do Acre, através de pesquisas aprofundadas e 
planejamento integrado à Polícia do Estado, quase que em tempo real editou medidas 
a serem aplicadas para ajustar a atuação policial com as necessidades do local 
estudado, garantindo, assim, uma ideia de maior segurança pública à sociedade 
acreana. 
O Estado de Minas Gerais possui um Conselho de Criminologia e Política Criminal 
sendo aplicado, com o objetivo de valorizar o homemna sua condição de detento ou 
sentenciado, recolhidos em penitenciárias do Estado. Além disso, busca atingir metas 
de integração e ressocialização do recluso ao meio social e familiar de acordo com 
as normas estabelecidas na Lei de execução penal traçada pelo Conselho Nacional 
de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça. 
No que tange a Lei de Execução Penal Estadual nº 11.404/94 as medidas a serem 
tomadas são de competência do CCPC (Conselho de Criminologia e Política 
Criminal), sendo: 
De acordo com o art. 160 da Lei de Execução Penal Estadual n° 11.404/94, compete 
ao Conselho de Criminologia e Política Criminal: 
I - formular a política penitenciária do Estado, observadas as diretrizes da 
política penitenciária nacional; 
II - colaborar na elaboração de plano de desenvolvimento, sugerindo as metas 
e prioridades das políticas criminal e penitenciária; 
III - promover a avaliação periódica do sistema penal para sua adequação às 
necessidades do Estado; 
IV - opinar sobre a repartição de créditos na área da política penitenciária; 
V - estimular e desenvolver projeto que vise à participação da comunidade na 
execução da política criminal; 
VI - representar à autoridade competente, para instauração de sindicância ou 
procedimento administrativo, visando à apuração de violação da lei 
penitenciária e à interdição de estabelecimento penal; 
17 
 
 
VII - fiscalizar os estabelecimentos e serviços penitenciários para verificação 
do fiel cumprimento desta lei e da implantação da reforma penitenciária; 
VIII - elaborar o plano de ação do Conselho e o programa penitenciário 
estadual. 
Já no Estado do Paraná, a GAESP (Grupo de Atuação Especializada em Segurança 
Pública- MPPR), que teve início em 2016, foi criada pela Resolução nº 0550/2018, 
conduzido pela Equipe do CaopCrim, com o objetivo de aprimorar, reforçar e 
especializar a atuação do Ministério Público na tutela da segurança pública, buscando 
a redução da criminalidade e violência no estado do Paraná e por soluções de 
políticas públicas da área estadual. 
“Com foco numa atuação pautada em diagnósticos, planejamento, 
monitoramento e fiscalização das políticas de segurança pública, o Grupo 
atua de forma prioritariamente proativa, desenvolvendo diretrizes voltadas a 
uma maior efetividade na prevenção e repressão à criminalidade, zelando 
pela probidade administrativa da atuação policial e dos demais órgãos de 
segurança pública, bem como pela maior eficácia e resolutividade 
investigatória”. 
E, no Estado de São Paulo, foi publicada a Lei Estadual nº 7.634 de 10 de dezembro 
de 1991, ao qual dispõe sobre a Competência e Composição do Conselho Estadual 
de Política Criminal e Penitenciária do Estado, sendo que de acordo com o artigo 3º, 
incumbe aos membros do Conselho o seguinte: 
Artigo 3º - Ao Conselho Estadual de Política Criminal e Penitenciária incumbe: 
I - cumprir e fazer cumprir as diretrizes do Conselho Nacional de Política 
Criminal e Penitenciária; 
II - assessorar o Secretário da Segurança Pública na execução da política 
criminal e penitenciária do Estado e na harmonização das atividades dos 
vários órgãos nela envolvidos; 
III - propor as diretrizes da política estadual quanto à prevenção do delito, 
administração da justiça criminal e execução das penas e das medidas de 
segurança; 
18 
 
 
IV - cooperar na elaboração dos planos estaduais de desenvolvimento, 
sugerindo as metas e prioridades da política criminal e penitenciária; 
V - promover a avaliação periódica dos sistemas criminal e penitenciário para 
a sua adequação às necessidades do Estado; 
VI - estimular e apoiar a pesquisa criminológica; 
VII - sugerir regras sobre a arquitetura e a construção de estabelecimentos 
penais; 
VIII - promover inspeções nos estabelecimentos penais e informar-se, 
mediante relatórios do Conselho Penitenciário, requisições, visitas ou outros 
meios, sobre o desenvolvimento da execução penal, propondo às autoridades 
dela incumbidas: 
a) as medidas necessárias ao aprimoramento da execução penal; 
b) a instauração de sindicância ou procedimento administrativo, em caso de 
violação das normas relativas à execução penal; 
c) a interdição, no todo ou em parte, de estabelecimento penal; 
IX - colaborar com o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, 
mantendo-o informado de suas atividades; 
X - propor à autoridade competente a celebração de convênios para a 
consecução de seus objetivos. 
XI - zelar pelo respeito aos direitos e garantias individuais do preso. 
Ainda, insta acrescentar, que em Santa Catarina, com a atuação da Polícia Militar ao 
investir em câmeras corporais instaladas em suas fardas, bem como a aquisição de 
tablets de registro de ocorrência, ainda programas de vizinhança que utilizam o 
aplicativo social WhatsApp para se comunicarem em tempo real quando da 
ocorrência de crimes, atingindo mais de 100 mil pessoas e 
principalmente mapeamento de rotas e zonas de risco com possível entrada de 
armas e drogas, o Estado atingiu uma queda de 22,1% comparado aos anos 
anteriores, quanto aos crimes cometidos até então. 
19 
 
 
Já, no Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, Estados onde a segurança pública 
estava em crise frente aos crimes prisionais cometidos no ano de 2017, medidas de 
cooperação municipal e estadual fez com que os referidos estados federativos 
atingissem de 19 % a 18,3% de queda em relação ao ano anterior. Foram medidas 
do governo federal e programas de prevenção como o Programa de Oportunidades 
de Direito (POD), que fez com que houvesse o investimento na criação de áreas 
integradas entre a Polícia Civil e a Brigada Militar dos Estados, garantindo uma maior 
flexibilidade na redução de crimes. 
Podemos citar evolução importante ocorrida na cidade de Fernandópolis, interior do 
Estado de São Paulo, onde a Associação de Amigos, em parceria com a Polícia Civil 
e Militar, bem como com a ACIF (Associação Comercial e Industrial de Fernandópolis) 
e Prefeitura Municipal da cidade, implantaram 16 câmeras de monitoramento e 
vigilância na cidade toda, nas principais zonas de fluxo de veículos, com a finalidade 
de identificar possíveis veículos produto de furto ou roubo reconhecidos pelas placas. 
São essas e outras medidas adotadas em todo território nacional que possibilita à 
sociedade a sensação de segurança e a garantia de que meios estão sendo utilizados 
para prevenir o crime. 
A redução de crimes entre um ano e outro no Brasil, apenas se fez presente pelas 
políticas e cooperações de diversas áreas envolvidas com a Segurança Pública, 
tendo em vista que quase todas as atuações foram direcionadas a fortalecer e 
estabelecer nortes de ações positivas a combater o crime. Além disso, os órgãos que 
fazem partes desses sistemas de reeducação política-criminal, analisam estruturas já 
existentes na Segurança Pública, percebendo onde há a vulnerabilidade e indícios de 
regiões mais ou menos propícias à criminalidade, proporcionando um trabalho 
contrário à positivação de lei, mas sim para um preparo e garantias socioeducativas, 
assegurando condições aptas ao exercício da cidadania. 
Não se pode passar despercebido, a criação da Lei nº 13.675 de 11 de junho de 2018, 
conhecida como PNSPDS ou SUSP- Política Nacional de Segurança Pública e 
Defesa Social, instituindo o Sistema Único de Segurança Pública, tornando-se o ponta 
pé inicial para a efetivação de políticas criminais eficientes em todo o território 
nacional. 
20 
 
 
Foi através de tal lei, que o País, a partir do segundo semestre de 2018, passou a ter 
alterações significativas nos índices de crimes, além disso, foi com a positivação de 
tal regramento que os órgãos que anteriormente não possuíam coordenação para a 
realização de práticas de combate, passaram a agir frente à repressão de crimes. 
Deve-se ater que dentro da atuação dos órgãos garantidores da Segurança Pública, 
ediçõesde leis e garantias de combate ao crime ficam inseridos ao estudo 
criminológico, que está diretamente ligado ao planejamento de medidas repressoras. 
Quando uma medida de política criminal é adotada, a criminologia entra em ação com 
a função fundamental de estudar não só o local do crime, mas o criminoso, as origens 
da criminalidade em determinada região e os motivos que norteiam a pratica 
delituosa. É nesse momento que os agentes da Segurança Pública atuam através de 
políticas criminais e após preparo minucioso para prevenir o crime e garantir à 
sociedade a segurança. 
Sendo assim, tem-se que a ciência conhecida como criminologia, auxilia na atuação 
da Segurança Pública, uma vez que a mesma ciência que estuda o crime, possibilita 
a criação de programas de prevenção a ele. 
A criminologia muito colabora para a atuação policial, que através de medidas 
adotadas e de resultados positivos, a comunidade se atenta a ter uma consciência 
mais crítica sobre o crime. 
Para Rocha: 
“A atuação do Estado na segurança pública pode ser direta ou indireta. Na 
direta principal, pode dar-se pela atuação policial, pela política criminal e pelo 
sistema penitenciário; na direta lateral, pela atuação do Poder Judiciário e do 
Ministério Público. Já a atuação indireta se dá por direção, mediante a 
autorização e fiscalização da atividade de segurança privada; por indução, 
mediante as políticas públicas para a segurança, as de cunho assistencial de 
natureza socioeconômica ou socioeducativa; e por mobilização, por meio de 
uma política social participativa”. 
Já, para Paula: 
“A prevenção pode ser primária, secundária e terciária. Na primária irá atacar 
desde a raiz do problema, ou seja, a educação, o emprego, a moradia, a 
segurança; aqui a uma luta incessante para que o Estado, de forma rápida, 
21 
 
 
implemente a prevenção primária ligadas as garantias dos direitos sociais 
como a educação, saúde, trabalho, segurança e qualidade de vida de toda a 
sociedade. 
Na prevenção secundária, por sua vez, destina-se aos setores e não ao 
indivíduo. Opera a curto e médio prazo e se orienta a grupos concretos, 
ligados à ação policial, programas de apoio, controle das comunicações, 
entre outros. Por sua vez, na prevenção terciária, existe um destinatário 
determinado, o recluso, ou seja, o condenado, objetivando visando sua 
recuperação e evitando a reincidência; essa prevenção é realizada através 
de medidas socioeducativas, como a liberdade assistida, laborterapia, 
prestação de serviço comunitário, esses são alguns exemplos de 
ressocialização”. 
Além disso, 
“Essa prevenção deve ser social e comunitária, pois o crime é um problema 
social e comunitário, como anteriormente exposto, o compromisso deve ser 
solidário da comunidade junto com o sistema legal e suas repartições oficiais, 
mobilizando todos os integrantes para solucionar estes conflitos. Prevenir o 
delito de forma positiva consiste na contribuição e esforço que neutraliza as 
situações de carência, conflitos, necessidades básicas, contribuindo na 
relação de seus membros junto com a comunidade de uma forma positiva. A 
prevenção cientifica e eficaz do delito requer uma estratégia que envolve o 
infrator e as variáveis e os fatores que contribuem a esse acontecimento do 
crime envolvendo o espaço físico o habitat urbano o grupo de pessoas com 
risco de vitimização. É possível produzir ou gerar menos criminalidade, 
através de uma política séria e com o esforço de alto crítica que a sociedade 
pratique, pois os crimes repetitivos correspondem a valores da sociedade, 
sendo possível a prevenção dos mesmos”. 
Portanto, ao falar em Segurança Pública, a sociedade, bem como os agentes 
combatentes, deve se atentarem ao estudo do crime, criminoso, suas circunstâncias, 
mais especificamente à criminologia, como forma de garantir uma ampliação das 
situações e resoluções que podem ser garantidas a combater o crime. 
Mas, não fica solto no ar o estudo da criminologia no combate ao crime, quando se 
refere a atuação policial, estes possuem treinamentos e estudos específicos acerca 
do assunto, que através de reuniões, palestras, cursos e atuação prática que passam 
a conhecer mais sobre o crime e suas circunstâncias. 
22 
 
 
Além disso, o policial atuante dessa política criminal deve conhecer o local além do 
espaço geográfico, como também o espaço sociológico, quais são os costumes 
daquele ambiente e quais as medidas que podem ser adotadas para que não haja de 
forma agressiva na sociedade. 
Deve o policial seja ele militar ou civil, ter um olhar amplo para o crime e o espaço em 
que é cometido, possibilitando ao mesmo que conheça o modus operandi utilizado 
naquele delito e quais foram os rastros deixados e qual o “recado” deixado pelo 
criminoso com sua prática. 
Para tanto, o policial, passa a desenvolver um olhar mais apurado quanto à pratica 
criminosa, traçando estratégias capazes não só de punir o criminoso, mas prevenir 
que novos crimes dessa espécie ocorram no local estudado. 
Por fim, observa-se que somente criar leis não é suficiente para repreender o 
criminoso e combater o crime, deve-se ater a elaboração de medidas administrativas 
diversas com o intuito não apenas de punir, mas de garantir à sociedade que a 
Segurança Pública está sendo aplicada e garantida a eles. 
Desde décadas anteriores a criminologia e a política criminal são estudadas a fim de 
que se examine o porque do crime e qual o resultado que ele gera na sociedade. 
Atualmente, conforme dados constantes no presente estudo, pode-se concluir que se 
medidas de política criminal eficientes não forem adotadas, o Brasil passará a fazer 
parte do 1º lugar do ranking de países mais violentos. 
A criminologia junto da política criminal, utilizando-se interdisciplinarmente de leis 
positivadas, especialmente do Código Penal, Processual e Execuções Penais, pode 
garantir maior segurança à sociedade, bem como fazer com que os órgãos 
responsáveis pela aplicação de medidas repressoras, tenham maior poder e 
procedência em sua atuação. 
Ressalta-se, que com a criação de Lei específica regulamentando a atuação de 
Políticas Criminais e Defesas Sociais no ano de 2018, fez com que o índice de crimes 
caísse significativamente, isso juntamente com a cooperação e apoio de diversas 
áreas responsáveis pela Segurança Pública. 
A atuação dos policiais, por sua vez, é primordial para o combate ao crime, sendo 
que o preparo fornecido e o conhecimento quanto à criminologia a ser estudada é 
23 
 
 
fundamental para garantir à segurança em diversas áreas vulneráveis à pratica 
delituosa. 
Ressalta-se a importância da atuação de agentes no combate ao crime, frente ao 
estudo da criminologia e aplicação da política criminal, uma vez que o Estado por si 
só, através da redação de novos institutos penais apenas irá encarcerar criminosos e 
não combater o crime. 
A utilização da criminologia e da Política criminal na área da Segurança Pública é 
assunto corriqueiro, atual e de grande valia para se fazer valer os dispositivos 
contidos na Constituição Federal de 1988, qual seja a dignidade da pessoa humana, 
seja ela presa provisoriamente ou condenada por definitivo, além disso, manter a 
inviolabilidade da liberdade da sociedade, tendo em vista a garantia de que medidas 
com a finalidade de reprimir àquele que comete ato ilícito será aplicado pelos agentes 
de segurança pública. 
 
Favor consultar a LEP para a avaliação! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
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