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Inflamação Aguda

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Aula 5: Inflamação aguda 
27/09/2020 
 
VISÃO GERAL DA INFLAMAÇÃO E 
REPARAÇÃO TECIDUAL 
A inflamação é uma resposta protetora 
que envolve células do hospedeiro, 
vasos sanguíneos, proteínas e outros 
mediadores e é destinada a eliminar a 
causa inicial da lesão celular, bem como 
as células e tecidos necróticos que 
resultam da lesão original e iniciar o 
processo de reparo. 
Embora a inflamação auxilie na remoção 
das infecções e outros estímulos nocivos 
e inicie o reparo, a reação inflamatória e 
o processo subsequente de reparo 
podem, contudo, causar danos 
consideráveis. 
A inflamação pode ser aguda ou crônica: 
- aguda: inicio rápido e de curta 
duração, com duração de poucos 
minutos a poucos dias e caracteriza-se 
pela exsudação de líquido e proteínas 
plasmáticas e do acumulo de leucócitos 
(predominantemente neutrófilos). 
- crônica: duração mais longa 
(dias/anos) e caracterizada pelo influxo 
de linfócitos e macrófagos com 
proliferação vascular associada e fibrose 
(cicatrização). 
A inflamação é induzida por 
mediadores químicos produzidos pelas 
células do hospedeiro em resposta a 
um estímulo nocivo. A presença de 
infecção/lesão é percebida 
principalmente pelos macrófagos, 
células dendríticas, mastócitos e 
outros tipos celulares (essas células 
secretam moléculas - citocinas e outros 
mediadores - que induzem e regulam a 
resposta inflamatória). 
As manifestações externas da 
inflamação, chamadas de sinais 
cardinais, são: calor (aquecimento), rubor 
(vermelhidão), tumor (inchaço), dor 
(dolor) e perda de função (functio laesa). 
Esses sinais são causados pelas 
mudanças vasculares e pelo 
recrutamento de leucócitos. 
 
 
 
 
 
INFLAMAÇÃO AGUDA 
Resposta rápida que leva leucócitos e 
proteínas plasmáticas para os locais da 
lesão, que removem os invasores e 
iniciam o processo de digerir e se livrar 
dos tecidos necróticos. Apresentam dois 
componentes: 
 Alteração vascular: alteração no 
calibre (vasodilatação) e alteração 
da permeabilidade vascular. 
 Eventos celulares: emigração dos 
leucócitos da microcirculação e 
seu acúmulo no local da lesão 
(principalmente neutrófilos – 
leucócitos polimorfos nucleares), 
Estímulos para a inflamação aguda 
- Infecções 
- Trauma (corte e penetração) e vários 
agentes químicos e físicos 
- Necrose tecidual 
- Corpos estranhos 
- Reações imunológicas (reações de 
hipersensibilidade) 
 
 
Reconhecimento de micróbios, células 
necróticas e substâncias estranhas 
Fagócitos, células dendríticas e muitas 
outras células possuem receptores 
designados a sentir a presença de 
patógenos infecciosos e substâncias 
liberadas das células mortas (receptores-
padrão de reconhecimento). A duas mais 
importantes famílias desses receptores são: 
 Receptores do tipo Toll (TLRs): 
estão nas membranas plasmáticas e 
nos endossomos, e são capazes de 
detectar microrganismos intra e 
extracelulares. O reconhecimento por 
esses receptores ativam fatores de 
transcrição que estimulam a 
produção de uma série de proteínas 
de membrana (mediadores da 
inflamação, citocinas antivirais entre 
outros) 
 Inflamossomo: complexo 
citoplasmático multiproteico que 
reconhece produtos das células 
mortas e alguns produtos 
microbianos. A sua ativação resulta 
na ativação da caspase I que vai 
clivar as formas precursoras da 
citocina inflamatória interleucina I (IL-
I) beta em sua forma biologicamente 
ativa. A IL-I é um importante 
mediador no recrutamento de 
leucócitos. 
Alterações vasculares 
O encontro inicial do estímulo nocivo é 
com os macrófagos e outras células do 
tecido conjuntivo, mas logo depois as 
reações vasculares ocorrem (induzidas por 
essas interações) e dominam a fase inicial 
da resposta. 
 A vasodilatação é a causa do 
rubor/eritema e do calor 
características da inflamação aguda 
(dois dos sinais cardinais). 
 Microcirculação mais permeável 
causa estase (o sangue flui muito 
lentamente, quase parado no interior 
do vaso, propiciando a formação de 
coágulos-trombos). 
 Quando a estase se desenvolve, os 
leucócitos (principalmente 
neutrófilos) começam a se acumular 
ao longo da superfície endotelial 
vascular, um processo chamado de 
marginação. 
 
 
Aumento da permeabilidade vascular 
 
Exsudato: O acúmulo de líquido rico em 
proteínas (causa edema nos espaços 
extra vasculares). 
Mecanismos que contribuem para o 
aumento da permeabilidade vascular: 
 Contração da célula endotelial, 
formando lacunas intercelulares 
nas vênulas pós-capilares 
(ocorrem rapidamente após a 
ligação de histamina, bradicinina, 
leucotrienos e muitos outros 
mediadores químicos à célula 
endotelial) 
 Lesão endotelial resultando em 
extravasamento vascular, 
causando necrose e 
desprendimento da célula 
endotelial. 
 Aumento da transcitose de 
proteínas 
 Extravasamento de novos vasos 
sanguíneos 
Respostas dos vasos linfáticos 
Na inflamação o fluxo de linfa é aumentado 
e auxilia a drenagem do fluido do edema, 
dos leucócitos e restos celulares do espaço 
extra vascular. (Nas reações inflamatórias 
mais severas, especialmente aos micróbios, 
os linfáticos podem transportar o agente 
lesivo, contribuindo para sua disseminação). 
Linfangite (vasos lifáticos inflamados 
secundariamente) + linfadenite (linfonodos 
de drenagem) = linfadenite 
reativa/inflamatória 
Eventos celulares: recrutamento e ativação 
dos leucócitos 
Observação: A ativação sistêmica de 
leucócitos pode ter consequências graves, 
como no choque séptico. 
Recrutamento dos leucócitos 
 
Sequência de eventos: 
1. Marginação e rolagem ao longo da 
parede do vaso 
2. Aderência firme ao endotélio 
(mediada pelas integrinas) 
3. Transmigração entre as células 
endotelial 
4. Migração para os tecidos intersticiais.
 
Ativação dos leucócitos 
Os estímulos para a ativação incluem os 
microrganismos, os produtos de células 
necróticas e vários mediadores. A ativação 
leucocitária resulta em muitas funções 
ampliadas: 
 Fagocitose de partículas 
 Destruição intracelular de micróbios e 
células mortas fagocitadas. 
 Liberação de substâncias que 
destroem micróbios extracelulares e 
células mortas 
 Produção de mediadores 
 
 
 
 
 
 
Opsonização: revestem os micróbios e os 
tornam alvos para a fagocitose (principais 
opsoninas são a imunoglobulinas G). 
Destruição e degradação dos 
microrganismos fagocitados 
Produção de substâncias microbicidas 
dentro dos lisossomas e a fusão dos 
lisossomas com os fagossomas. As 
substâncias microbicidas mais importantes 
são as espécies reativas do oxigênio (ERO) e 
as enzimas lisossômicas. 
 
 
 
 
Armadilhas Extracelulares dos Neutrófilos 
(NETs) 
Representam redes fibrilares extracelulares, 
produzidas pelos neutrófilos em resposta a 
patógenos infecciosos. 
Lesão tecidual induzida por leucócitos 
Os leucócitos secretam substâncias 
potencialmente prejudiciais como enzimas e 
ERO, e são causas importantes de lesão em 
células e tecidos normais, sob várias 
circunstâncias: 
- Como parte da reação normal de defesa 
contra microrganismos infecciosos, quando 
tecidos “circunstantes” são lesados. 
- Como tentativa normal de remoção de 
tecidos lesados e mortos. 
- Quando a resposta inflamatória é 
impropriamente dirigida contra os tecidos 
do hospedeiro 
Defeitos da função leucocitária 
Defeitos da função leucocitária, genéticos e 
adquiridos, aumentam a suscetibilidade às 
infecções que podem ser recorrentes e 
ameaçadoras à vida. Causas mais comum 
de inflamação defeituosa: supressão da 
medula óssea (causada por 
tumores/quimioterapias/radiação e doenças 
metabólicas como diabetes.) 
 
 
 
 
Resultados da inflamação aguda 
 Resolução: Regeneração e Reparo. 
Restauração a uma normalidade 
estrutural e funcional. A resolução da 
inflamação aguda envolve 
neutralização,decomposição ou 
degradação enzimática dos vários 
mediadores químicos, normalização 
da permeabilidade vascular, cessação 
da emigração de leucócitos, com 
morte (apoptose) dos neutrófilos 
extravasados. 
 Inflamação crônica: pode suceder a 
inflamação aguda se o agente nocivo 
não é removido. (pode ser sucedida 
pela restauração da estrutura e 
função normal ou resultar em 
cicatrização) 
 Cicatrização: É o tipo de reparo que 
ocorre após destruição tecidual 
substancial (como na formação de 
abscesso) ou quando atinge tecidos 
que não se regeneram e são 
substituídos por tecido conjuntivo. 
Em órgãos que ocorrem depósitos 
extensos de tecido conjuntivo, o 
resultado é a fibrose que pode 
comprometer significativamente a 
função. 
Padrões morfológicos da inflamação aguda 
Inflamação serosa: é caracterizada pelo 
extravasamento de fluido aquoso pobre em 
proteína. Exemplo: bolha cutânea com 
liquido seroso resultante de uma 
queimadura ou infecção viral (liquido em 
uma cavidade serosa é chamado de efusão). 
Inflamação fibrinosa: ocorre em lesões mais 
grave nos quais o aumentos da 
permeabilidade é tamanho que possibilita a 
passagem de moléculas grandes como o 
fibrinogênio. Um exsudato fibrinoso é 
característico de inflamação nos 
revestimentos de cavidades corporais, como 
meninges, pericárdio e pleura. 
 
 
Inflamação supurativa (purulenta) e a 
formação de abscesso: caracterizada pela 
grande quantidade de exsudato purulento 
(pus) constituído em neutrófilos, células 
necróticas e edema. 
 
Úlcera: defeito local ou escavação de 
superfície de um órgão ou tecido que é 
produzida por necrose das células e 
desprendimento do tecido inflamatório 
necrótico. 
 
 
 
 
Mediadores químicos e reguladores da 
inflamação 
 Os mediadores podem ser 
produzidos no local da inflamação ou 
circular no plasma (sintetizados pelo 
fígado) como precursores inativos. 
 A maioria dos mediadores induz seus 
efeitos através da ligação a 
receptores específicos nas células-
alvo. Outros mediadores possuem 
atividades tóxicas e/ou enzimáticas 
diretos que não requerem ligação a 
receptores específicos. 
 Ação da maioria dos mediadores é 
estreitamente regulado e de curta 
duração 
 
 No local da inflamação, os macrófagos 
teciduais, os mastócitos e as células 
endoteliais, leucócitos recrutados, são 
capazes de produzir deferentes mediadores 
da inflamação. 
Aminas vasoativas: 
Histamina – produzida pelos mastócitos, 
basófilos e plaquetas sanguíneas. Causa a 
dilatação das arteríolas e é o principal 
mediador da permeabilidade vascular 
(contrai o endotélio venular e as lacunas 
interendoteliais). É estimulada por lesão 
física (trauma/calor); anticorpos IgE; C3a e 
C5a; proteínas de liberação de histamina e 
neuropeptídios. 
Serotonina – encontrado nos grânulos das 
plaquetas e liberados durante a agregação 
plaquetária, induz a vasoconstrição durante 
a coagulação. 
Metabólitos do ácido araquidônico (AA) 
Atuam localmente no local da geração. São 
produzidos por mastócitos, leucócitos, 
células endoteliais e plaquetas. O AA está 
presente como componente dos 
fosfolipídios da membrana celular. O 
metabolismo do AA ocorre ao longo de 
duas vias enzimáticas: a cicloxigenase 
estimula a síntese de prostaglandinas e 
tromboxanos e a lipoxigenase é responsável 
pela produção de leucotrienos e lipoxinas. 
 Tromboxano (TXA2) : potente agente 
de agregação plaquetária e 
vasoconstritor. 
 Prostaciclina (PGL2): vasodilatador e 
potente inibidor da agregação 
plaquetária 
 Leucotrienos 
 Lipoxinas
 
Drogas inflamatórias que bloqueiam a 
produção de prostaglandinas 
A aspirina e a maioria das drogas anti-
inflamátorias não hormonais (AINEs) inibem 
a atividade da cicloxigenase e, portanto, 
todas as sínteses de PG (dai sua eficácia do 
tratamento da dor e febre). Há duas formas 
da enzima cicloxigenase: 
- COX-1: produzida em resposta a um 
estímulo inflamatório e presente em quase 
todos os tecidos (estimula a produção de 
PG) 
- COX-2: é produzida também em resposta 
a estímulo inflamatório, mas não está na 
maioria dos tecidos normais. 
Fator de ativação plaquetária 
Derivado dos fosfolipídios, possui amplo 
espectro inflamatório. O PAF atua 
diretamente sobre as células-alvo através 
de um receptor específico acoplado à 
proteína G. Além de estimular as plaquetas 
o PAF causa vasoconstrição e 
broncoconstrição. 
Citocinas 
As principais citocinas da inflamação aguda 
são o TNF, IL-1, IL-6 e quimiocinas. 
Fator de necrose tumoral e IL-1: São 
estimulados por produtos microbianos 
(endotoxinas), imunocomplexos, e produtos 
dos linfócitos T gerados durante respostas 
imunes. Sua principal função é a ativação 
endotelial. 
Quimiocinas: atuam como quimioatraentes 
para diferentes grupos de linfócitos. 
 
 
Espécies reativas de oxigênio 
Quando as ERO são produzidas dentro dos 
lisossomas, funcionam destruindo os 
micróbios fagocitados e as células 
necróticas. Quando são secretados em 
níveis baixos, eles podem aumentar a 
expressão das moléculas de adesão, 
citocinas e quimiocinas, amplificando, assim, 
a cascata de mediadores inflamatórios. Em 
níveis mais altos, esses mediadores são 
responsáveis pela lesão tecidual através de: 
lesão endotelial; ativação da protease, lesão 
direta de outros tipos celulares.

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