Buscar

Neoplasias: Propriedades e Nomenclatura

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

NEOPLASIAS 
Propriedades morfológicas e 
nomenclatura bá sica 
Neoplasia significada “novo crescimento” 
- neoplasia pode ser benigna ou maligna 
- oncologia: é o estudo dos tumores ou neoplasmas 
- “neoplasma é uma massa anormal de tecido, cujo crescimento é 
excessivo e não coordenado com aquele dos tecidos normais, e 
persiste da mesma maneira excessiva após a interrupção do estímulo 
que a origina”. 
 
Definição 
 Câncer: é um distúrbio genético causado por mutações de 
DNA 
 As mutações podem ser induzidas por exposição a agentes 
mutagênicos ou de forma espontânea, como parte do 
envelhecimento. 
 As alterações genéticas são hereditárias, passas para 
células filhas. 
 O fenótipo celular determina a historia natural do câncer 
 
Conceitos 
Tumor: 
 Aumento do volume de determinado órgão/região 
 Qualquer lesão expansiva/e ou intumescimento localizado 
 Pode ser de natureza inflamatória ou neoplásica 
 A maioria dos tumores surge de uma população de uma 
única célula isolada (monoclonal); outras de forma 
policlonal. 
 Misto: tem estroma e parênquima 
Neoplasia: 
 Proliferação de células que se multiplicam de forma 
desordenada e autônoma, resultantes de alterações 
genéticas ou perda dos mecanismos de controle celular. 
 Suporte sanguíneo e nutricional faz-se necessário para o 
crescimento da neoplasia 
Câncer: 
 Neoplasias malignas 
Componentes de uma neoplasia 
Todos os tumores apresentam como componentes as células 
neoplásicas que podem fazer parte do: 
 Parênquima 
- parte funcional 
- determina o comportamento neoplásico 
 Estroma 
- formado por tecido conjuntivo e células estromais 
- fibroblastos, vasos, células sanguíneas, células 
mesenquimais. 
- adipócitos, tecido muscular. 
- orienta o crescimento e evolução da neoplasia 
 
 
NEOPLASIAS BENIGNAS 
 
 Bem diferenciadas 
 Atipias celulares e alterações arquiteturais discretas 
 Crescimento lento e baixo índice mitótico 
 Bem delimitadas 
 Não infiltram – crescimento expansivo – comprime 
estruturas adjacentes 
 Frequente formação de cápsula fibrosa 
 Degeneração e necroses são poucos comuns 
 
 
Leiomioma (não tem cápsula) 
 
 
 
 Neoplasias benignas 
Ex: formação capsular – adenoma da tireóide 
Exceções: leiomiona do útero: Não há capsula verdadeira 
 
Adenoma da tireóide 
 
 
 
 
 Lipoma: tecido tumoral constituído por numerosos 
adipócitos proliferados formando uma massa encapsulado, 
adipócitos são maduros e não apresentam atipias celulares 
 Leiomiocitos em arranja fasciculado, sem ateria, necrose. 
 
 
 
 
fibroadenoma mamário 
Adenoma (glandular) + fibro 
 
Cistoadenoma seroso ovariano: 
mutiloculado (forma várias cavidades císticas) 
 
 
Características 
 Assintomáticas, em geral, mas podem apresentar 
complicações: 
- Disfunção anatômica (deformidades) 
- Sinais compressivos 
- Aumento do volume dos órgãos 
- Dor 
- Limitação funcional 
 Macroscópicos: sólidos, císticos, sólidos-císticos 
 
 
 
Passiveis de complicações 
 - compressão. Ex: menigioma 
 - sangramentos: leiomiomas submucosos 
 - dor e limitação dos movimentos 
Podem causar doenças graves 
 - neoplasia benigna da parede atrial 
 - Neoplasia pancreática benigna, produtora de insulina. 
 
Insulinoma 
 
 
NEOPLASIAS MALIGNAS 
 Invasão 
 Infiltração de estruturas adjacentes 
 Disseminação para locais distantes (metástases) 
 Invasão vascular e linfática 
Aspectos morfológicos 
 
Vegetante/exofítico (cresce pro lúmem)/polipoide: cresce na 
superfície da mucosa 
Propriedades 
 Auto-suficiência do crescimento. 
 Fuga dos sinais inibidores e evasão da morte celular 
 Induzem a angiogênese 
 Capacidade de invadir tecidos e disseminação 
 Capacidade de escapar do sistema imune 
 Metabolicamente ativas: glicólise com mais eficiência 
 Aptidão por captar aminoácidos e sintetizar proteínas 
 Suportam melhor o estado de hipóxia 
 Menor adesividade intercelular 
 Sítios mais afetados por metástase: fígado, cérebro, 
pulmão e osso. 
 Causam caquexia em estado grave 
 In situ: dentro do epitélio, sem infiltração 
 
 
Nomenclatura 
Periodicamente atualizada pelo OMS! 
Existem várias formas de classificar 
1. Comportamento clínico 
- maligno x benigno 
2. Aspecto microscópico e macroscópico 
- critério histomorfológico 
- mais usado 
3. Critério histogenético 
- exames moleculares 
 
 Neoplasias benignas de células mesenquimais (são 
designadas, em geral, com a inclusão do sufixo –OMA ao 
componente celular alterado) 
- lipoma 
- fibroma 
- angioma/emangioma 
- osteoma 
- leiomioma 
- condroma 
 Neoplasias malignas de células mesenquimais (acrescenta 
SARCOMA) 
- lipossarcoma 
- fibrossarcoma 
- angiossarcoma 
- osteossarcoma 
- leiomiossarcoma 
- condrossarcoma 
 Tumor de tecidos epiteliais 
- revestimento benigno: papiloma 
- revestimento maligno: carcinoma 
- glandular benigno: 
- glandular maligno: 
 Tecidos conjuntivos 
 
Exceções: São malignos mesmo com o sufixo OMA 
 Linfoma 
 Mielomas 
 Melanomas 
 Glioblastoma 
 Seminomas 
Nomenclatura especial 
Tumor de Wilms (rim); linfoma de Hodgkin (linfonodo), sarcoma de 
Kaposi (pele), tumor das células da granulosa (ovário). 
Características das neoplasias malignas 
 Diferenciação e anaplasia 
 Velocidade de crescimento (critério varíavel) 
- há neoplasias malignas com crescimento lento 
- algumas neoplasias benignas tem crescimento rápido 
 Invasão local 
 Invasão vascular e linfática 
 Metástase à distância 
 Células pouco diferenciadas/indiferenciadas (anaplasia) 
- perda da diferenciação, características muito diferentes 
- caracterizada por alterações morfológicas 
- pleomorfismo celular: variação do tamanho e forma 
- cariomegalia: aumento nuclear 
 Núcleos 
- hipercromáticos 
- pleomórgicos 
- núcleos evidentes/ acidófilos 
 
 Mitoses 
- frequentes, atípicas e bizarras 
 Desorganização citoarquitetural 
 
Diferenciação 
 Diferenciação 
- grau de semelhança das células neoplásicas com as 
células normais, tanto morfologicamente, quanto do 
ponto de vista funcional. 
- anaplasia = perda da diferenciação 
 Neoplasias benignas 
- células são bem diferenciadas 
- ex: lipoma, leiomioma 
 Neoplasias malignas 
- as células variam de bem diferenciadas a 
indiferenciadas 
- Ex: adenocarcinomas intestinais 
 
Carcinoma espinocelular 
 
Adenocarcinoma 
 
Lipoma 
 
Taxa de crescimento 
 Neoplasias benignas: crescimento mais lento e geram 
compressão do tumor 
 Neoplasias malignas: crescimento rápido, 
inversamente ao nível de diferenciação. 
Fatores que influenciam 
 - suprimento sanguíneo 
 - fatores endócrinos: neoplasias hormônio dependentes, 
importante na terapêutica que utiliza bloqueio hormonal, 
terapia alvo de diversos tumores. 
 
 
Adenocarcinoma da mama 
 
 
Demoplasia: aparece na maior parte nas neoplasias maligna 
infiltrativa. 
Metástase do fígado 
 
Metástases 
- Implantes secundários do tumor primário e descontínuos 
- Metástase identifica uma neoplasia como maligna 
- Existem tumores malignos com alta invasividade e baixa 
capacidade de dar metástase (ex: tumores malignos da pele: 
carcinoma basocelular da pele, tumores primários do SNC). 
Semedura das cavidades abdominais 
 
 Em geral ocorre na cavidade abdominal 
 Pode ocorrer também na cavidade pleural, 
pericárdica e subaracnóidea 
 Atenção! Tumores do sistema nervoso(penetram 
cavidades, ventrículos) 
Disseminação linfática 
 
- Formação típica e disseminação nos carcinomas 
- é a via mais comum de disseminação 
- sarcomas também podem utilizar esta via 
 
Linfonodos sentilena 
 Primeiro linfonodo regional que recebe o fluxo 
drenado 
 Prediz se há envolvimento da cadeia de linfonodos 
 Evita um esvaziamento axilar desnecessário 
 Realizada a sua pesquisa nas cirurgias por câncer de 
mama 
 Exame de congelaçãoNormal x Afetado 
 
Disseminação hematogênica 
 Mais comum nos sarcomas, mas os carcionmas 
também utilizam 
 A disseminação venosa segue o fluxo de 
drenagem do tumor 
 VÊ SLIDE 
Resuminho!!! 
 
Displasias 
Alterações que ocasionam a perda da uniformidade das células 
individuais, com alteração da arquitetura. 
- podem evoluir para câncer 
 Neoplasia do colo uterino pode ser precedida por uma 
displasia (lesão intra epitelial escamosa). 
 Neoplasia pré-invasiva: displasia compromete toda a 
espessura do epitélio (carcinoma “in situ”) 
 Neoplasia invasiva: invade a membrana basal 
Observação: Quanto mais desenvolvida a lesão, maior a chance de 
ocorrer a transformação maligna 
- Lembrar que algumas neoplasias benignas e hiperplasias trazem, 
consigo o risco de desenvolver neoplasias 
 Hiperplasias endometriais 
 Adenomas intestinais 
 
 
 Diferença normal x NIC I (displasia do colo do útero, 
chamada de neoplasia intraepitelial escamosa de baixo 
grau): núcleos grandes, aumento da relação núcleo 
citoplasma, o núcleo se torna hipercromático. O que leva a 
displasia do colo do útero? HPV 
 Displasia de alto grau não tem diferenciação da camada 
basal da superficial, são todas diferenciadas! 
 NIC II: 2/3 do epitélio estão comprometidos 
 NIC 111: carcinoma in situ 
 
Displasia é a proliferação desordenada, porém controlada, 
caracteriza-se pela uniformidade alterada e perda arquitetural (não é 
sinônimo de câncer). Exemplo de displasia: epitélio pulmonar do 
paciente tabagista. 
Displasias discretas a moderadas têm capacidade de regressão 
 
 
Teratoma 
É a neoplasia de células germinativas originárias dos três folhetos 
germinativos (ectoderma, endoderma e mesoderma). 
 Pode gerar qualquer linhagem celular (pele, cartilagem, 
tecido neural). 
 Podem ser maduros (comportamento benigno) ou imaturos 
(comportamento maligno). 
 Encontrados principalmente: ovário e testículo (ex: 
teratoma cístico ovariano). 
 
 
 
 
 
 
 
Lesões não neoplásicas 
 Coristoma 
- tecido ectópico 
- ex: pâncreas ectópico 
 
 
 Hamartoma 
- proliferação desordenada de células próprias da região 
 
 
Graduação e estadiamento 
 Determinam a extensão e graduação do tumor 
 Avaliam o prognóstico e permitem o direcionamento 
terapêutico 
 Classificação TNM 
T: tamanho do tumor 
N: número de linfonodos comprometidos 
M: metástases 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Bases moleculares do câncer 
(30/10/2020) 
O câncer é uma doença de natureza genética. Resulta da 
proliferação celular que sofreu dano genético e mutação: 
deleção, translocação, amplificação, alterações epigenéticas. 
A mutação é o mecanismo principal na gênese da doença, e 
poderá ser: herdado na linhagem germinativa ou adquirido por 
ação de agentes ambientais. 
Carcinogênese: um processo de múltiplas etapas 
 Mutações proporcionam vantagens seletivas para as 
células neoplásicas 
 Caracterizada por alterações morfológicas 
(fenotípicas) e aquisição de propriedades 
- crescimento 
- invasividade 
- capacidade de dar metástase, perda da 
antigenicidade. 
- quanto maior a “agressividade”, em geral, menor a 
reposta terapêutica. 
 
 
 
Genes relacionados à mutação: p53, HER2! (uns dos) 
 
Etapas da carcinogênese 
Iniciação 
 Agentes (vírus, radiação) induz alteração genética. 
 Etapa de curta duração 
 Alteração no genoma celular 
 Cinicamente é uma fase assintomática 
Promoção 
 Célula iniciada é estimulada a proliferar 
 Etapa longa 
 Expansão clonal das células (multiplicação do número 
de células) 
 Propagação das alterações genéticas para novas 
células 
 Pode aparecer clinicamente > geração de estratégia 
terapêutica 
Progressão: Percepção de alterações clínicas/histológicas; 
fenótipo maligno/câncer. 
Disseminação: Células neoplásicas atingem sítios distantes 
 
 
Características da célula tumoral 
Mudanças fundamentais na fisiologia das células 
 Autossuficiência na proliferação celular 
 Insensibilidade aos inibidores da proliferação celular 
 Evasão da apoptose. 
 Defeitos no sistema de reparo de DNA 
 Potencial infinito de replicação 
 Angiogênese 
 Invasão e metástase 
Ciclo celular normal 
I. - Ocorre mediante a uma série de mecanismos 
meticulosamente mediados por um sistema complexo 
de proteínas, fatores de crescimento, entre outros. 
II. - Proliferação celular: Ligação de um fator de 
crescimento ao seu receptor específico 
III. - Ativação transitória de proteínas transdutoras de 
sinal 
IV. - Transmissão para o núcleo 
V. - Indução e ativação de fatores reguladores da 
transcrição do DNA 
VI. - Entrada e progressão da célula no ciclo celular, 
resultando em divisão celular. 
Vias: PI3K e RAF 
 
 Proteínas ciclinas se ligam a receptores e ativam 
quinases dependentes de ciclinas (CDKs) 
 Receptores CDKS ativos impulsionam o ciclo celular 
por fosforilação 
 São reguladas por seus respectivos inibidores 
 Pontos de controle impedem que cromossomos 
danificados não completem a replicação. 
 
Ciclo celular nas neoplasias 
 Mutações podem desregular as atividades das ciclinas 
e CDKs favorecendo a proliferação celular 
 Superexpressão de genes de ciclina: câncer de 
esôfago, fígado, mama, alguns linfomas. 
 Amplificação dos genes CDK4: melanomas, sarcomas 
 Aumento da produção de fatores de crescimento e/ou 
expressão de receptores 
Classes de genes reguladores são alvos do dano genético 
Proto-oncogenes promotores de crescimento 
Genes que quando mutados se transformarão em oncogenes 
que codificarão oncoprotéinas que promovem o crescimento 
celular e afetam a proliferação e diferenciação 
Genes supressores de tumor 
Inibem o crescimento celular – gene RB (retinoblastoma) 
Genes que regulam a morte celular programada (apoptose) 
GENE P53 
Genes envolvidos no reparo do DNA 
Não transformam diretamente a célula, mas afetam a 
proliferação e sobrevida. 
 
Autossuficiência nos sinais de crescimento 
 Células cancerígenas sintetizam os mesmos fatores 
de crescimento aos quais respondem 
- sarcomas: fator de crescimento transformador alfa 
(TGF-ALFA) que estimula seu próprio receptor. 
 Auto-estimulam seus próprios receptores 
 Interação com as células estromais -> estimulam 
estas células a produzirem fatores de crescimento, 
que irão estimular as células neoplásicas. 
 Super-expressão ou mutação dos receptores do FC 
Proto-oncogenes: são genes celulares normais cujos produtos 
promovem a proliferação celular 
Oncogenes: São versões mutadas de proto-oncogenes que 
sintetizarão oncoproteínas que promovem o crescimento 
celular descontrolado. 
Diversos mecanismos de atuação das oncoproteínas 
Mutação de genes codificadores: dos receptores do FC ou 
tirosinas quinases que levam a uma sinalização aumentada 
Gene ERB2 (HER2/NEU) mutado: aumenta a expressão de 
receptores: quando ativado, este receptor estimula proliferação 
e divisão celular; confere um fenótipo de doença agressiva 
- Característico de carcinoma do pulmão, câncer de mama e 
ovário. 
Exame imunihistoquímico 
- O alto nível de proteína HER2/NEU em células de câncer de 
mama são indicadores de mau prognóstico 
- Bloqueio é obtido através do domínio extra-celular deste 
receptor 
 
 
Diversos mecanismos de atuação de oncoproteínas 
Mutação de proteínas transdutoras de sinal 
Proteína RAS geralmente sofre mutação nos cânceres 
humanos 
 Normalmente, oscila entre um estado de transmissão 
de sinal excitado ligado à GTP, que transmitem ao 
núcleo sinais para proliferação celular e um estado 
quiescente, ligado a GDP 
 Quando sofre mutação leva à ativação contínua da 
proliferação celular (pois há deficiência na ação da 
GTPase em hidrolisar o GTP, por exemplo) 
 Adenoracinoma de pâncreas, adenocarcinomas de 
pulmão e leucemia mielóide 
 Alvo terapêutico: nova medicação, lançada em 2017, foibaseada na inibição do RAS. 
Autossuficiência nos sinais de crescimento 
- Translocação do MYC desencadeia a superexpressão de genes 
alvos que controlam o ciclo celular (encontrado em linfoma de 
burkitt). 
Genes supressores de tumor 
- Genes que codificam proteínas que regulam (negativamente) o 
crescimento celular 
- Aplicam “freios” à proliferação celular 
- Alguns tumores apresentam perda de função destes genes 
- Mutações têm caráter recessivo (dois alelos devem estar 
mutados) 
Gene RB: governador do ciclo celular 
Primeiro gene supressor a ser descoberto 
 Retinoblastoma 
 Forma familiar (40 %) e esporádica (60%) 
 Duas mutações são necessárias para ocorrer o 
retinoblastoma. 
Diversas outras neoplasias apresentam mutação de RB: câncer 
de mama, pequenas células do pulmão e bexiga. 
Inativação dos genes supressores de tumor 
 Gene RB (retinoblastoma): hipótese two-hits (dois 
eventos) 
 É necessário haver inativação dos dois alelos de um 
gene supressor de tumor 
 40% desses tumores apresentam início precoce + 
tumores bilaterais + histórico familiar 
 60% dos tumores apresentavam início tardio + 
tumores unilaterais + ausência de histórico familiar 
Gene RB 
- Importância reside na regulação do ponto de controle G1/S 
- A perda do controle do ciclo celular é fundamental para o 
desenvolvimento das neoplasias 
- Ponto de controle G1 torna-se desabilitado devido à mutação 
do gene RB, em determinados cânceres 
Ex: vírus de DNA oncogênicos, como HPV: codificam proteínas E7 
que se ligam a forma hipofosforilada do gene RB, tornando-o 
não funcional, levando a crescimento descontrolado. 
 
P53: guardião do genoma 
- Gene supressor do tumor codificador da proteína P53 (TP53): 
um dos genes mais mutados 
- Impede que células geneticamente alteradas continuem o ciclo 
celular 
- A proteína P53 evita a transformação neoplásica por três 
mecanismos: 
 Interrupção do ciclo celular (quiescência) 
 Indução da senescência 
 Morte celular programada (apoptose) 
- A proteína P53 é o monitor central do estresse celular e pode 
ser ativada por situações como: anóxia, hipóxia, dano ao DNA, 
Inativação dos genes supressores de tumor 
 O gene p53 e a síndrome LI-FRAUMENI 
 Ocorrência precoce de diversos tipos de tumores 
como: carcinomas de cólon, mama, sarcomas, 
tumores de cérebro e leucemia. 
 Cerca de 50% dos membros de famílias com S.L.F 
terão tumores aos 30 anos de idade 
 Indivíduos afetados carregam um alelo mutante do 
gene P53 
 
Gene APC: Polipose adenomatosa colônica (APC) 
Gene supressor 
- Em condições normais, exerce efeitos anti-proliferativos e, 
também, regula indiretamente e-caderina 
- Importante na estabilização da E-caderina 
- Perda do APC 
 Aumento dos níveis de B-catenina no citoplasma 
 Esta é translocada para o núcleo, no qual hiper-regula 
a proliferação celular 
Gene APC: polipose adenomatosa familiar PAF 
 
Polipose adenomatosa familiar 
 Indivíduos que nascem com, pelo menos, um alelo 
mutante desenvolvem milhares de pólipos 
adenomatosos. 
 Um ou mais desses pólipos sofre transformação 
maligna, dando origem ao câncer de cólon. 
 Indivíduos com mutação no gene APC devem realizar 
colectomia total (remoção do cólon). 
Reparo do DNA 
Genes de reparo não contribuem diretamente para o 
crescimento e proliferação celular. Atuam indiretamente, ao 
corrigir erros no DNA, que ocorrem durante a divisão celular. 
- Mutações hereditárias em genes de reparo de DNA 
 Risco aumentado de desenvolver câncer 
 Síndrome da instabilidade genética 
- Permitem a aquisição de mutações em outros genes, 
depende da inativação de ambos os alelos (genes 
supressores de tumor). 
 Os defeitos nos três tipos de sistema do DNA são: 
 Correção do pareamento errôneo 
 Excisão de nucleotídeos 
 Reparo por combinação 
- Síndrome do carcinoma do cólon hereditário sem polipose 
 Mutações do reparo 
 Desenvolvem carcinomas de ceco ou cólon proximal, 
sem estágio pré-neoplásico. 
Genes: HMSH2, HMLH1, MSH6, HPMS1 e HPMS2 
 
BRCA-1 e BRCA-2 
Reparo do DNA 
- Presente em 5-10% dos canceres de mama familiares 
- Mutações nos genes de suscetibilidade BRCA 1 ou 
BRCA2 
- Os genes supressores de tumor tem papel importante 
na reparação de danos no DNA e no controle da 
proliferação celular 
- Codificam proteínas para o reparo celular para certos 
tipos de danos celulares 
 
 Mutação do gene BRCA 1: Risco elevado de 
desenvolver câncer de mama (50 a 80% aos 
70 anos) e do ovário (40 a 50%) aos 70 anos 
 Mutação do gene BRCA 2: Risco de 
desenvolver carcinoma da mama feminino 
(50 a 70% aos 70 anos) e na mama 
masculino (5 a 7%) 
- aumentam o risco de câncer do ovário (10% 
aos 70 anos) 
- tumores com anormalidade nesse gene são 
comumente positivos para RE 
 
 
Potencial replicativo ilimitado 
Células humanas normais possuem potencial replicativo 
limitado de 60 a 70 replicações, tornando-se senescentes ou 
provocando apoptose. 
- Fenômeno relacionado ao encurtamento do telômero. 
- Nas células cancerígenas, há a reativação na telomerase 
presente em mais de 90% dos tumores. 
 
 
Evasão à apoptose 
 
 Funcionamento normal da apoptose é uma barreira 
para carcinogêncese 
- BCL2: proteína anti-apoptótica 
 Mutação muito presente nos linfomas 
 Redução da mortalidade celular, levando ao acúmulo 
de células neoplásicas. 
 Seu estudo diferencia os linfomas de hiperplasias 
linfoides 
 Hiper-expressão do BCL2 em 85% dos linfomas de 
células B do tipo folicular 
- Bax: proteína pró-apoptótica que aumenta a 
permeabilidade da membrana mitocondrial 
 
Regulação da expressão gênica por epigenéticas 
Regulação da expressão gênica 
 1-metilação do DNA 
 2-acetilação de histonas 
Epigenética 
 Eventos moleculares no DNA que não modificam a 
sequência nucleotídica 
 Regulação da expressão gênica 
 Silenciamento/inativação de uma sequência de genes 
 
Angiogênese 
Neoangiogênese 
 Dentre todos os indutores, destaca-se o VEGF que é o 
mais importante fator de crescimento na angiogênese. 
- O aumento da expressão de receptores é 
comumente observado na maioria dos tumores 
agressivos 
- Sua expressão dos VEGFS influencia profundamente 
no prognóstico de pacientes com câncer 
 Tumores sólidos não ultrapassam 1 a 2mm de 
diâmetro sem vascularização 
Objetivo: fornecer nutrientes e O2, bem como também produzir 
fatores de crescimento, para estimular o crescimento tumoral. 
Obs! Os vasos tumorais diferem dos normais, sendo mais 
tortuosos e irregulares. 
Invasão e metástase 
 Afrouxamento das junções intercelulares: perda da 
expressão das e-caderinas 
 Degradação da MEC: células tumorais secretam 
enzimas que degradam a MEC (colagenase, 
metaloproteinases, catepsina D). 
 Fixação 
- formação de novos receptores 
- ligam-se a laminina e a fibronectina através de 
receptores da superfísice celular. 
- a clivagem de proteínas como laminina IV pelas 
MMP2 e MMP9 gera novos sítios que se ligam à 
receptores nas células tumorais e estimulam a 
migração. 
 Migração das células tumorais 
- Alterações do citoesqueleto 
- Nova formação de receptores 
 Deslocamento das células tumorais 
- adesão e invasão da membrana basal 
- ocorre relaxamento das interações celulares 
- alteração das moléculas de adesão: E-caderina: 
superfície celular/adesão; beta catetinas: estão 
alteradas (lembrar que são responsáveis por unir as 
e-caderinas ao citoesqueleto). 
 Distribuição das metástases 
- vias de drenagem – localização anatômica 
- tropismo: molécula de adesão; quimio atraentes 
teciduais 
- ex: receptores CXRC4 e CCR7 
 Tecido não permissivo (ex: MM. Esquelético, baço)

Outros materiais