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BEATRIZ SAVINO TURMA XXIII ANTI-HIPERTENSIVOS CLASSE MECANISMO (farmacodinâmica) EFEITOS + INDICAÇÕES CONTRA INDICAÇÃO EFEITOS ADVERSOS INTERAÇÕES MEDICAMEN TIAZÍDICOS -Hidroclorotiazida - Clortalidona 1) Bloqueio do cotransportador de Na+/ Cl- nos túbulos contorcidos distais 2) Assim, há ↓ excreção de Na+ e Cl-, o que pode favorecer a entrada de Cl- pelos canais basolaterais, hiperpolarizando a célula 3) A hiperpolarização favorece a entrada de Ca+2 (↑) pela membrana apical Outros efeitos... a) Os tiazídicos são secretados no lúmen pelo mesmo mecanismo secretor de ácido úrico, acumulando essa substância no organismo em uso crônico b) Interrompem o sistema multiplicador de contracorrente= ↓absorção de íons no TCD= ↓ osmolaridade do líquido intersticial = ↓ capacidade renal de diluir urina c) ↓ Tolerância à glicose d) A longo prazo, a ↓volume sanguíneo estimula liberação de Renina (↑) pelas células JG= formação de ANGII (↑): estilula antiporte Na+/Cl-= alcalose +Aldosterona (↑): atua no DC e estimula a reabsorção Na+ e excreção K+ Porém, nota-se que também a longo prazo atuam tem efeito vasodilatador direto tardio= ↓RVP= ↓PA = COMPENSAÇÃO! ↑ natriurese: Eliminação Na+ e H2O - eficazes que os de Alça, pois os TCD são responsável por reabsorver só 5% de todo NaCl filtrado 1ª linha p/ HAS - Negros - Idosos - Gota - Diabetes - Impotênica -Alcalose metabólica -Hiperglicemia - Hiperlipemia - Hipocalemia - Arritmia - ↑ ácido úrico -Hipomagnesemia - Hipercalcemia - Hiponatremia - Hipotensão - Disfunção erétil -Antiarrítmicos Ñ devem ser usados c/ antiarrítmicos que prolongam o intervalo QT, devido sua ação de ↓K+ INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA - Acetazolamida - Cetazolamida Inibição reversível e não competitiva da: • Anidrase carbônica II citoplasmática • Anidrase carbônica IV luminal do TCP 1) A anidrase participa da reação: H+ e HCO3- = H2CO3 -(anidrase)-> H2O + CO2 2) Ao inibir a enzima, a transformação de H2O e CO2 celular em H+ fica prejudicada 3) Assim, o H+ não consegue ser trocado com Na+, o qual não consegue entrar na célula = ↓absorção de Na+ - Alcalose metabólica: usado para restaurar o equilíbrio ácido-básico (doença das montanhas) - Glaucoma: p/ síntese de humor aquoso Ñ é muito empregada como diurético - Acidose - ↑ excreção de ânions de ácidos orgânicos (ex. AAS) - Formação de cálculos BEATRIZ SAVINO TURMA XXIII DIURÉTICOS OSMÓTICOS - Manitol - Glicerina - Ureia - São substâncias farmacologicamente inertes: • São filtradas • Não são reabsorvidas - Caracterizados por ↑qnt de hidroxilas (-OH), logo são extremamente polares (hidrofílicas) e, portanto, não são reabsorvidas - São utilizados para ↑ excreção de H2O por promover uma diurese osmótica, por isso atuam mais no TCP e na Alça de Henle, onde ocorre maior reabsorção osmótica de H2O OBSERVAÇÃO! Na hiperglicemia diabética, a carga filtrada de glicose ultrapassa a sua capacidade de reabsorção no TCP= ↑glicose fica na luz do néfron= ação osmótica= ↑H2O na luz tubular= ↓reabsorção de líquido - Tratamento emergencial de hipertensão intracraniana: por ↓volume sistêmico - Síndrome de desequilíbrio da diálise - IC: pode causar edema - Pacientes anúricos por Insuficiência Renal - Função hepática comprometida (ureia) - Hipernatremia não intencional: perda excessiva de H2O em relação a Na+ - ↑excreção de quase todos eletrólitos: Na+, K+, Mg+2, Ca+2, Cl-, HCO3- e fosfato - Natriurese vigorosa POUPADORES DE POTÁSSIO - Espironolactona - Eplerenona Podem ter 2 mecanismos de ação: 1)Espironolactona e eplerenona: antagonistas dos receptores ALDOSTERONA das cél. epiteliais dos Ductos Coletores • Lembrando que a Aldosterona promove a reabsorção de Na+ e H+, excretando K+. Logo o uso de DPP= ↓Na+, ↑H+ e ↑K+ 2) Amilorida e triantereno: bloqueiam canais de Na+(ENAC) na membrana apical das células principais do DC • A ↓ da entrada de Na+ na cél. Impede sua troca por K+ pela ATPase= ↓excreção K+ ↑ K+ - Associados a outros diuréticos: c/ tiazídicos: pra neutralizar efeitos de ↓K+ - Alcalose hipocalêmica ao excesso de mineralocortic - Gota -Hipercalemia -Acidose metabólica - ↑ ácido úrico - Hipercalemia - Úlcera péptica - AINEs: ↑ chance de hipercalemia BEATRIZ SAVINO TURMA XXIII DE ALÇA - Furosemida - Bumetanida 1) Bloqueiam o Cotransportador Na+K+2Cl- (NKCC2) no Ramo ascendente espesso da Alça 2) Logo, não há a reabsorção de Na+, K+, Cl- e consequentemente H2O para os capilares renais 3) Assim, não se cria uma diferença de potencial entre as membranas, impossibilitando a reabsorção paracelular de Ca+2 e Mg+2 Outros efeitos... a) Os Diuréticos de Alça são secretados no lúmen pelo mesmo mecanismo secretor de ácido úrico (competição), acumulando essa substância no organismo. b) A ↓volume sanguíneo estimula a produção de ANGII que age estimulando o antiporte de Na+/Cl-, resultando no ↑HCO3- c) Interrompem o sistema multiplicador de contracorrente= ↓absorção de íons na Alça= ↓ osmolaridade do líquido intersticial medular= ↓ capacidade renal de diluir urina São os diuréticos + eficazes pois o Ramo Ascendente é responsável por reabsorver 25% de todo NaCl filtrado -Insuficiência renal -IC -Edema agudo de pulmão -hipercalcemia ex. hiperpara- tireoidismo -Hipercalemia: ex. p/ resolver o ↑K+ causado por outros medicamentos (espirono- lactona) - Cirrose hepática - Gota -Osteoporose: ↑ excreção de Ca+2 - ↑ ácido úrico -Hipomagnesemia - Hipocalcemia - Hipocalemia - Arritmia - Alcalose - Lítio: ↑ sua [ ] - Anticoagu- lantes: tem sua atividade↑ - Digitálicos: ↑arritmias - Propanolol: ↑ sua [ ] - AINEs: ↓resposta diurética + produz ototoxicidade por AAS em ↑dose - Aminoglisí- deos: sinergismo de ototoxidade - Anfotericina B: ↑ nefrotox BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO (BCC) - Anlodipino - Verapamil Bloqueio pela ligação a subunidade α1 dos canais L das células musculares lisas ao influxo do Ca+2 a) Dihydropiridínicos (amlodipina e nefedipina): atua nos vasos= efeito vasodilatador → TTO HAS b) Não-dihydropiridínicos (benzotiazepinas- ex: diltiazen e fenilalquilaminas- ex: verapamil): * ↓ contratilidade (inotropismo -) * ↓ FC (cronotropismo -) * vasodilatação – intensa Não são muito usados no tratamento de HAS: atuam em células de contração rápida do coração (cardiomiócito e células de purkinje)→ tratamento de arritmias Cardioprotetor *cronotrópico - * inotrópicos – (conseq. ↓DC) - Negros - HAS - IC -Arritmia - Angina (suspeita de IAM) Podem deprimir a função sistólica cardíaca - Diidropiridinas= vasodilatação= rubor + cefaléia + edema maleolar - Verapamil= constipação - Veropamil e Diltiazem: podem agravar IC bradicardia bloqueio AV -Climetidina: ↑[ ] de alguns BCC (verapamil, diltiazen, nusoldipina, nitrendipina, felodipina) - B- Bloq: pode causar hipotensão, bradicardia e ionotropismo - - Amiodarona: pd causar bradicardia BEATRIZ SAVINO TURMA XXIII β – Bloqueadores - Atenalol - Propanolol - Carvediol - Nebivolol Propranolol (ação nos β2 periféricos): mostra-se também útil em pacientes com tremor essencial, síndromes hipercinéticas, cefaleia de origem vascular e hipertensão portal OBSERVAÇÃO 1: NÃO É TÃO RECOMENDADO PARA IDOSOS, pois apresentam ↑rigidez arterial, ↑pressão de pulso e ↑RVP. Diferente dos jovens que apresentam ↑DC,↓ pressão de pulso OBSERVAÇÃO 2: No aparelho justaglomerular tem receptor β→ BB inibe esse receptor= ↓Renina (e, logo, o SRAA)= efeito relativamente redundante quando usado com IECA/BRA Uso com IECA/BRA em casos de IC: ↓ ao máximo o remodelamento cardíaco Também bloqueiam a ação de células β pancreáticas= ↓ insulina= ↑glicemia -cardioprotetor *cronotrópico - * inotrópicos – (conseq. ↓DC) -Vasoconstrição - ↓ Renina - Readaptação barorreceptores - HAS (preferência pacientes c/ DCV associada: ex IC ou cardiopatia isquêmica) - Angina instável (↓isquemia) - IAM - Asma - Diabéticos - DPOC - BAV 2° e 3° - Idosos - Broncoespasmo - Bradicardia - Hiperglicemia - Distúrbios de condução AV - Vasoconstrição periférica - Intolerância a glicose: ↑RPT= ↓ disponibilidade de glicose para o músc. Esquelético - Hipertrigliceri- demia - Insônia - Pesadelos - Depressão - Astenia - Disfunção sexual - Lidocaína: o propranolol ↓ a sua depuração - Fentanila: o propranolol ↓ a sua depuração - Barbitúricos: ↓ [ ] de alguns Beta bloq (propranolol, timolol e metoprolol) - Cimetidina: ↓ extração hepática= ↑ [ ] BB BEATRIZ SAVINO TURMA XXIII BLOQUEADORES DO RECEPTOR DE ANGIOTENSINA (BRA) - Losartana - Valsartana Bloqueio das ações da ANG II pela ocupação específica do receptor AT1 Sua inibição das respostas do receptor AT1 são praticamente insuperáveis: realiza por dissociação lenta dos compostos do AT1 + internalização dos receptors = efeito prolongado Também são competidores dos receptores de TXA2= efeito antiagregante plaquetário -cardioprotetor (↓RVP) - Nefroprotetor -Antiagregante plaquetário -hipouricêmico Não tem efeitos na ECA, logo não acumula bradicinina e substância P= sem tosse! - HAS - Insuficiência renal - Profilaxia tratamento do ACE - IC - Gravidez (teratogênico) - Portadores de hiperaldoste- ronemia - Hipertensão cardiomiopá- tica - Estenose válvula mitral - Hiperpotassemia - Teratogênico - Poupadores de K+: ↑hipercalemia INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (IECA) - Captopril - Enalapril Não associar IECA com BRA Importante! A ECA inibe a enzima responsável por degradar a bradicinina (potente vasodilatador) que atua ao estimular a liberação de NO e de prostaciclina. Logo, com uso de IECA= broncoconstrição = tosse seca + vasodilatação periférica= ↓PA Efeito cardioprotetor: a ANG II mantém a PA por vasoconstrição= ↑RVP= dificulta o trabalho do VE= pode levar a fibrose + A ALDOSTERONA estimula deposição de colágeno + proliferação de fibroblastos= remodelamento, hipertrofia e fibrose do miocárdio -cardioprotetor *antiremodela- mento *antiateros- clerótico *ajuda na ICC e após IAM (pois ↓PA e facilitam o fluxo) -Nefroprotetor *↓pressão intraglomerular *↓ proteinúria *estabilizam função renal - ↓ RVP -Ñ há alteração significativa do DC e da FC - Diabetes - Insuficiência renal - IAM - Disfunção sistólica esquerda - Pacientes c/ ↑ risco cardiovascular - Gravidez (risco de hipotensão fetal, anúria e insuficiência renal= morte ou mal formação) -Potássio sérico ↑ 5,5mEq/L - Estenose de artéria renal bilateral - História de angioedema c/ uso prévio de ECA -Tosse seca - Hipotensão - Proteinúria - Hiperpotassemia - ↑ uréia - ↑ creatinina - Neutropenia (dor de garganta e febre) - Insuficiência renal aguda em pacientes com estenose bilateral da a. renal - Hepatotoxidade - Glicosúria - Antiácidos: ↓biodisponib do IECA - Capsaicina: agrava tosse - AINES: ↓ ação do IECA - Poupadores de K+: ↑hipercalemia - Digoxina: pode ter ↑[ ] pelo IECA Paciente com creatinina 2,5-3,0 mg/dl suspender IECA/ BRA! BEATRIZ SAVINO TURMA XXIII VASODILATA- DORES DIRETOS - Hidralazina - Menoxidil - Doxazosina - Terazosina Relaxamento da musculatura lisa= uso em cálculo renal - Grávidas - Obstrução vesical (ex. cálculo renal) - Hidralazina: IC - Minoxidil: HAS grave - NO: p/ gerar rápida e excessiva hipotensão - Não indicados na monoterapia - LES - Enxaqueca -Insuficiência Coronária - Aneurisma - Hemorragia cerebral recente - NO: não se usa c/ Viagra (potencializa o efeito) - ↑ risco IC -Hidralazina: reação lúpus-like, taquicardia, cefaleia, flushing, náuseas, diarreia - Minoxidil: ativação canais K+= hirsutismo +taquicard. reflexa - NO:Hipotensão postural/ ortostática Uso de Nitroprusseto de sódio (NO) com Viagra AGENTES ALFA- AGONISTAS DE AÇÃO CENTRAL - Metildopa - Clonidina - Guanabenzo - Monoxonidina Inibição receptores alfa2= simpatoinibitórios -↓atividade simpática -↓reflexo barorreceptores - ↓DC - ↓RVP - ↓Renina - Retenção de flúidos - Bradicardia -Hipotensão em ortostase -Podem provocar reações auto- imunes: febre, anemia hemolítica, disfunção hepática - Efeitos adv de ação central: *sonolência *sedação *fadiga *disfunção erétil *hipotensão postural ALFA 1- ANTAGONISTAS - Doxazosina - Terazosina Inibição receptores alfa1= ↓ RVP Sem muitas mudanças no DC e FC - Fluxo sanguíneo renal fica inalterado - Contribuição favorável no metabolismo lipídico (↓TG, ↓LDL, ↑HDL) - Melhoram sintomas urinários da hipertrofia prostática benigna - HAS - ICC (↓ pré e pós carga) - Hipertrofia prostática benigna - Feocromo- citoma - Efeito de 1ª dose - Retenção Na+ e H2O - Tontura - Palpitação - Cefaléia - Fadiga - BEATRIZ SAVINO TURMA XXIII • Edema agudo de pulmão: nitrato sublingual / nitroprussiato de sódio IV) + furosemida IV • Síndrome coronariana aguda: nitrato sublingual + betabloqueador + IV nitroprussiato de sódio IV (se PAS > 180mmHg) ou nitroglicerina (se PAS < 180mmHg). • Encefalopatia hipertensiva, Hipertensão maligna, AVC isquêmico: nitroprussiato de sódio IV. • Eclâmpsia: hidralazina IV. • Excesso de catecolaminas: alfa-bloqueador (fentolamina) IV + benzodiazepínico + betabloqueador IV. p CRISES HIPERTENSIVAS Situações clínicas sintomáticas em que há acentuado ↑ PA (PAD +/=120 mmHg) *LOA= lesão de órgão alvo. URGÊNCIA HIPERTENSIVA - O tratamento da UH deve ser iniciado após um período de observação clínica em ambiente calmo, condição que ajuda a afastar casos de pseudocrise (tratados somente com repouso ou uso de analgésicos ou tranquilizantes). - Medicamentos: a) Captopril: 25-100mg b) Clonidina: início 0,2mg; após 0,1mg/hora até 0,8mg c) BB: atenolol 100mg Causas: - Doença coronariana crônica - Aneurisma de aorta - IC - Pré-eclâmpsia - Glomerulonefrites agudas EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA - O tratamento dos pacientes com EH visa redução rápida da PA, com a finalidade de impedir a progressão das LOA. - Pacientes devem ser admitidos em UTI, usarem antihipertensivos IV e ser monitorados cuidadosamente durante a terapia para evitar hipotensão. - Causas: - Dissecção aguda da aorta - AVC isquêmico ou hemorrágico - Síndrome coronarianas agudas - Intoxicação por cocaína - Edema agudo de pulmão - Eclâmpsia Manejo: Pacientes devem ser admitidos na UTI, para administração de anti-hipertensivos IV e monitorização cuidadosa para evitar hipotensão. As recomendações gerais para redução da PA em EH são: o 1ªh: ↓ PA ≤ 25% o 2-6h: PA +/- 160/110mmH o 24-48h:PA na faixa de 135/85mmHg BEATRIZ SAVINO TURMA XXIII CLASSIFICAÇÃO E DIAGNÓSTICO HAS FATORES DE RISCO: Tabagismo, sedentarismo, obesidade (IMC ≥ 30kg/m²), histórico familiar e dieta rica em sal, etnia negra, sexo feminino pós menopausa, homem e/ou idoso (♂ ≥ 55 anos/ ♀ ≥ 65 anos). MEDIÇÃO DA PA FORA DO CONSULTÓRIO • MAPA: Monitorização Ambulatorial Da Pressão Arterial nas 24 horas (MAPA 24h) • MRPA: Monitorização Residencial Da Pressão Arterial Indicações: - Suspeita de hipertensão do avental branco; - Suspeita de hipertensão mascarada; - Confirmação de hipertensão persistente; - Avaliação da eficácia terapêutica; - Grande variação entre valores aferidos. - Diagnóstico de pré-hipertensão sem lesões de órgãos-alvo - Avaliação de hipertensão episódica - Identificação de hipertensão no sono ou ausência de descenso no sono As medidas domiciliares, tanto MAPA como MRPA, têm como vantagens a obtenção de vários valores da PA e em condições do dia a dia do paciente, o que aumenta seu poder de identificar o risco cardiovascular das pessoas, isto é, são melhores fatores preditores de eventos cardiovasculares em comparação com a medida simples da PA em consultório. E a MAPA ainda tem uma vantagem peculiar, inerente a ela, que é a medida da PA durante o sono. HIPERTENSÃO DO AVENTAL BRANCO: paciente apresenta valores pressóricos persistentemente elevados dentro do consultório com medidas consideradas normais no MAPA ou MRPA. HIPERTENSÃO MASCARADA: PA de consultório normal, porém persistentemente elevada quando observada pelo MAPA ou MRPA. BEATRIZ SAVINO TURMA XXIII BEATRIZ SAVINO TURMA XXIII ANTI-DIABÉTICOS CLASSE MECANISMO (farmacodinâmica) INDICAÇÕES CONTRA- INDICAÇÕES EFEITOS ADVERSOS OBSERVAÇÕES INIBIDORES DA ALFA- GLICOSIDASE - Acarbose - Miglitol Inibidores da Absorção Intestinal de Glicose: Sua administração não é associada a nenhum risco de hipoglicemia. São efetivos quando tomados nas refeições, porém não são efetivos quando administrados em outros momentos Vantagens - Pacientes com hiperglicemia predominantemente pós-prandial - Pacientes com início recente c/ hiperglicemia leve - Pacientes com doença intestinal inflamatória/ obstrução - Insuficiência renal ou hepática - Gravidez e lactação - Flatulência - Distensão e desconforto abdominal (devido gás liberado por bactérias q atuam sobre carboidratos não-digeridos que alcançam o intestino grosso) - ↑ dependente da dose nos níveis aminotransferases - ↑ triglicerídeos Quando utilizados como monoterapia: - ↓glicemia jejum em 25 a 30 mg/dL (1,3 a 1,7 mmol/L) - ↓glicemia pós- prandial em 40 a 50 mg/dL (2,2 a 2,8 mmol/L) - ↓ HbA1c em 0,7 a 0,9% INSULINA EXÓGENA Observação! Como a insulina é uma proteína sujeita a rápida degradação no trato GI, não é efetiva como agente oral→ uso= via subcutânea Classificada pela origem e tempo de ação uanto + rápida absorção= + rápida ação= + curta meia vida - Único tratamento para pacientes com Diabetes Tipo I - Também é utilizada em pacientes com DM II se a dieta e outras formas de terapia não forem efetivas o suficiente para controlar a hiperglicemia - Na ausência de ingestão adequada de carboidratos pode resultar em hipoglicemia - Ganho de peso Dose + freq. de administração são individuais. Os esquemas são, com freq., ajustados de acordo com: °Atividade °Tamanho °Composição das refeições °Níveis glicemia Ex: pacientes injetam insulina de ação curta antes das refeições, e insulina de ação longa para proporcionar níveis basais de insulina durante a noite BEATRIZ SAVINO TURMA XXIII SECRETAGOGOS DA INSULINA SULFONILURÉIAS 1ª Geração - Tolbutamida - Clorpropamida 2ª Geração - Glibenclamida - Glipizida Inibem o canal de K+/ ATP da célula beta na subunidade SUR1 Ligam-se com maior afinidade à isoforma SUR1 do que SUR2, explicando a sua relativa especificidade para as células - Principais fármacos orais p/ tto de DM2 (seguros + baratos) - Pacientes não obesos Vantagens - ↓ complicações vasculares - ↓ HbA1c - Ineficaz DM1 - Pacientes incapazes de reconhecer/ responder a hipoglicemia - Insuficiência renal e hepática - DM com hiperglicemia severa - Idosos - Gravidez - Obesos - Hipoglicemia devido: secreção excessiva de insulina + longa meia vida - Ganho de peso: secundariamente ao ↑ atividade da insulina no tecido adiposo - Absorção: °Uso: VO °Atinge [ ] máx. após 2-4h °longa meia vida - Distribuição: albumina -Metabolização: fígado - Eliminação: urina - ↓ custo MEGLITINIDAS Tem o mesmo mecanismo das Sulfoniluréias: ambas atuem sobre a subunidade SUR1, mas ligam-se a regiões distintas da molécula Vantagem: meia vida + curta= ↓hipoglicemia - Início de ação + rápido SENSIBILIZADORES DA INSULINA (BIGUANIDAS + TIAZOLIDINEDIONAS) BIGUANIDAS - Metformina - DM 2 (1ª escolha!!!) - Síndrome do ovário policístico Vantagens: - Não causa hipoglicemia - ↓ [ ] lipídios - ↓ Peso - ↓ complica. vasc. - Doença hepática - IC - Gravidez - Doença renal (excreção rim) - Doença resp. - Hipoxemia - Infecções - Tendência à cetoacidose - ↑ uso de álcool - Leve desconforto gastrointestinal (diarreia, náusea, anorexia) - Acidose lática: devido ↓do fluxo de ácidos metabólicos das vias gliconeogênicas - Uso a longo prazo pode interferir na absorção de vitamina B12 -Absorção: saturável e incompleta Meia vida longa: 6,5h Uso VO - Distribuição: ↓transporte por proteínas plasmáticas (OCT1) -excreção:urina BEATRIZ SAVINO TURMA XXIII TIAZOLIDINE- DIONAS (TZD) - Rosiglitazona - Pioglitazona São agonistas do receptor de hormônio nuclear ativado por proliferador peroxissômico (PPAR-gama) Não afetam a secreção de insulina, mas intensificam a sua ação nos tecidos-alvo - Síndrome do ovário policístico - DM 2 Vantagens: - Ñ ↑ níveis de insulina e, logo, não induzem hipoglicemia - IC - ↑ Peso - ↓ níveis de triglicerídios e AGL: devido efeito estimulador das TZD sobre os adipócitos -Hepatotoxicidade - Edema: retém liq - Absorção: rápida °Atinge [ ] máx. em 2h °1/2 vida curta - Distribuição: albumina -Metabolização: fígado - Eliminação: biliar AGONISTAS DO GLP-1 E COMPOSTOS MIMÉTICOS - Exenatida - Liraglutina - Lixisenatina - Dulaglutina GLP-1 é um hormônio peptídico (hidrofílico) com meia-vida circulante curta. Logo, houve necessidade de efetuar modificações moleculares para ↑ sua bioatividade - DM2 Vantagem: Não associado a hipoglicemia (pois ↑ insulina) - DM1 - Doença hepática crônica - Doença renal crônica - Doença do TGI - Náuseas: melhoram com o uso prolongado - Classe + recente de fármacos para tratamento DM - Deve ser injetado, 2x/dia, sendo utilizado em associação com: °Metformina ou °Sulfoniluréia p/ melhorar o controle da glicose INIBIDORES DA SGLT1 Ação: bloqueadores seletivos do cotransportador de Na+-glicose do tipo 2 (SGLT 2) no TCP + Bloqueia SGLT1 no intestino= inibe absorção de glicose - DM2 - DM1 - Insuficiência renal - Grávidas - Crianças - Uso associado a infecções genitais, principalmente em mulheres - ITU BEATRIZ SAVINO TURMA XXIII TIPOS DE INSULINA CARACTERÍSTICAS SUBDIVISÃO INSULINABASAL - Controle da glicemia em período PRÉ-prandial e durante os intervalos das refeições - Possibilita liberação constante em nível baixo= ação prolongada, com ↓picos de ação - Administração 1-2x/ dia - O ajuste da dose é de acordo com a glicemia pré-prandial INTERMEDIÁRIA - NPH - Pico de ação entre 4-10h após administração - ↑risco de hipoglicemia, principalmente a noite PROLONGADA - Glargina - Determir - Degludeca - São insulinas com pKa menos solúvel= retarda do a absorção - Menor risco de hipoglicemia, pois mantêm um valor de platô INSULINA DE BOLUS Controle da glicemia no período PÓS-prandial, de 2-3h após as refeições - Agem mimetizando a liberação de insulina pelas células B em resposta a alimentação - Ação curta - ↑ Picos de ação - Ajuste dose depende da glicemia pós-prandial RÁPIDA (regular) - Semelhante a insulina endógena - Deve ser administrada 30min antes de uma refeição ULTRARRÁPIDA - Lispro - Asparte - Glulisina Podem ser administradas minutos antes da refeição TRATAMENTO FARMACOLÓGICO (SBD) 1ª ETAPA 2ª ETAPA 3ª ETAPA 4ª ETAPA - Período inicial - Hiperglicemia discreta, obesidade e predomínio de resistência a insulina - Nessa fase as drogas não devem aumentar a secreção de insulina - Também ñ devem provocar ganho de peso ↓ endógena da secreção de insulina + ↑ níveis de glicose - Ocorre em geral 10 anos de diagnóstico - Secreção de insulina já está muito comprometida e não se mantém estável com medicamentos orais Grande deficiência insulínica, semelhante a DM1 BIGUANIDAS Biguanida (Metformina) associada com: - SECRETAGOGO (Sulfonilureia ou Glinida) ou - AGONISTA DA GLP1 (ex.Exenatida) ou - INIBIDOR DE DDP-IV Necessária introdução de outros medicamentos aos orais (biguanidas e sulfanilureias): - INSULINA - NPH INSULINA EXÓGENA
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