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farmacologia cardiovascular

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1 Victoria Diniz Magalhães 
FARMACOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR 
Sistema nervoso autônomo 
Parassimpático (VAGO): 
 Diminuição da frequência cardíaca. 
 Diminuição da força de contração do 
músculo atrial. 
 Diminuição na velocidade de condução dos 
impulsos através do nódulo AV 
(atrioventricular). 
 Diminuição do fluxo sanguíneo. 
Acetilcolina = colinérgicos 
 
Simpáticos: 
 Aumento da frequência cardíaca. 
 Aumento da força de contração. 
 Aumento do fluxo sanguíneo através dos 
vasos coronários visando a suprir o aumento 
da nutrição do músculo cardíaco. 
RECEPTORES α e β 
Adrenalina / Noradrenalina = adrenérgicos 
 Cronotropismo -> efeito que algumas substâncias têm sobre o ritmo cardíaco, fazendo com que ele 
acelere, elas promovem a abertura dos canais de cálcio, e assim, a rápida despolarização e um 
aumento da frequência cardíaca. Automatismo (FC) / ritmicidade -> resposta a estímulos. 
 Batmotropismo -> excitabilidade -> células cardíacas: automáticas e contráteis. 
 Dromotropismo -> Condutividade -> SNS: dromotropismo +; SNP: dromotropismo -. 
 Inotropismo -> contratilidade (força de contração) -> SNS: inotropismo +. 
HIPERTENSÃO 
 Hipertensão essencial ou primária: não é possível identificar nenhuma causa específica de 
hipertensão. 
 Hipertensão secundária: possuem uma etiologia específica, a doença de base é conhecida. 
Tratando-se a doença de base, trata-se a hipertensão. 
 Algumas doenças de base são passíveis de tratamento cirúrgico definitivo: constrição da artéria 
renal, coarctação da aorta, feocromocitoma, doença de Cushing e aldosteronismo primário. 
Mecanismos de regulação da pressão arterial 
 
 
2 Victoria Diniz Magalhães 
Função cardíaca 
 Elevação primária do débito cardíaco (hipertensão de “alto débito”). 
 Atividade simpaticoadrenal excessiva e/ou sensibilidade aumentada do coração a níveis basais de 
reguladores neuro-humorais. 
 Observado com mais frequência em pacientes jovens com hipertensão essencial. 
 Tratamento com antagonistas β é atraente nessa população. 
Função vascular 
 A hipertensão baseada na resistência vascular -> DC normal com aumento da RVS. 
 Comum subjacente à hipertensão no idoso. 
 Hipótese de que a vasculatura é anormalmente responsiva à estimulação simpática, a fatores 
circulantes ou a reguladores locais do tônus vascular. 
 A hipertensão baseada na RV pode ocorrer como elevação predominante da PA sistêmica. 
Função renal 
 A retenção excessiva de Na+ e H2O pelos rins é responsável por hipertensão baseada no volume. 
 Doença parenquimatosa renal e doença renovascular. 
 Redução da pressão de perfusão. 
 Perfil hemodinâmico caracterizado por elevação de DC e RVS. 
Função neuroendócrina 
 Regulação central anormal do tônus simpático basal, respostas atípicas ao estresse, respostas 
anormais a sinais provenientes de barorreceptores e produção excessiva de hormônios reguladores 
da circulação. 
 Secreção excessiva de catecolaminas, secreção excessiva de aldosterona pelo córtex adrenal e 
produção excessiva de hormônios tireoidianos. 
Regulação da pressão arterial 
 A PA é mantida pela regulação contínua do DC e da RVP, exercida nas arteríolas, nas vênulas pós-
capilares (vasos de capacitância), no coração e no rim  funções coordenadas pelos barorreflexos 
em combinação com mecanismos humorais. 
 O endotélio vascular também pode atuar na resistência vascular  endotelina (vasoconstrição) e 
NO (vasodilatação). 
 Rápida (0 a 30s): Barorreceptores, quimiorreceptores e isquemia do SNC. 
 Intermediária (30 min a 1 hora): Autacóides vasoconstritores e vasodilatadores. 
 Longo prazo (dias): Renal; Sistema renina-angiotensina-aldosterona. 
 
3 Victoria Diniz Magalhães 
 
a. Barorreflexo postural 
 Barorreflexos são responsáveis por ajustes rápidos e contínuos da pressão arterial, como na 
transição da postura em decúbito para a ereta. 
 Trajetória de transmissão: detecção de alteração da PA pelos barorreceptores. Estímulo é enviado 
ao tronco cerebral pelo nervo vago ou glossofaríngeo. Interação com o núcleo do trato solitário -> 
alterações nos centros vasomotores. 
 Barorreceptores carotídeos são estimulados pelo estiramento da parede vascular produzido pela 
pressão interna (PA). 
 A ativação dos barorreceptores inibe a descarga simpática central. 
 A redução do estiramento determina a redução da atividade dos barorreceptores. No caso de 
transição para a postura ereta, os barorreceptores percebem a redução da pressão arterial, que 
resulta do acúmulo de sangue nas veias abaixo do nível do coração, como uma redução do 
estiramento das paredes, liberando a inibição da descarga simpática. 
 O aumento reflexo na descarga simpática atua por meio das terminações nervosas, aumentando a 
resistência vascular periférica (constrição) e o DC (estimulação direta do coração e constrição dos 
vasos de capacitância, aumentando o RV ao coração), restaurando, assim, a PA normal. 
b. Resposta renal à redução da pressão arterial 
 O rim é o principal responsável pelo controle em longo prazo da pressão arterial. 
 Redução da pressão de perfusão renal determina a redistribuição intrarrenal do fluxo sanguíneo e 
provoca aumento da reabsorção de sal e de água. 
 A diminuição da pressão nas arteríolas renais e a redução da atividade neural simpática (por meio 
dos receptores β-adrenérgicos) estimulam a produção de renina, que aumenta a produção de 
angiotensina II, esta que causa constrição direta dos vasos de resistência e estimulação da síntese 
 
4 Victoria Diniz Magalhães 
de aldosterona no córtex suprarrenal, o que aumenta a absorção renal de sódio e o volume 
sanguíneo intravascular. 
 A vasopressina (aldosterona) desempenha função na manutenção da PA, em virtude de sua 
capacidade de regular a reabsorção de água pelos rins. 
Farmacologia básica dos fármacos anti-hipertensivos 
 Diuréticos: reduzem a PA por meio da depleção do sódio corporal, diminuição do volume sanguíneo 
e outros mecanismos. 
- Os diuréticos tiazídicos mostram-se apropriados para a maioria dos pacientes com hipertensão 
leve ou moderada e com normalidade das funções cardíaca e renal. 
- A clortalidona é utilizada devido às evidências de redução dos eventos cardiovasculares. É mais 
efetiva que à hidroclorotiazida em virtude de sua meia-vida mais longa. 
- A furosemida é utilizada na hipertensão grave, quando são utilizados múltiplos fármacos. 
- Os diuréticos poupadores de potássio são úteis para evitar a depleção excessiva de potássio como 
para aumentar os efeitos natriuréticos de outros diuréticos. 
 Agentes simpaticoplérgicos: imitam o efeito do SNA; baixam a PA por meio da redução da RVP, 
inibição da função cardíaca e aumento do acúmulo venoso nos vasos de capacitância. 
 Vasodilatadores diretos: reduzem a pressão ao relaxarem o músculo liso vascular, dilatando os 
vasos de resistência e aumentando também a capacitância. 
 Agentes que bloqueiam a produção ou ação da angiotensina: reduzem a RVP e (potencialmente) 
o volume sanguíneo. 
 
 
5 Victoria Diniz Magalhães 
 
Respostas homeostáticas compensatórias ao tratamento anti-hipertensivo 
 
Classes farmacológicas 
1. Simpatolíticos 
2. Bloqueadores de canais de cálcio 
3. Vasodilatadores 
4. Diuréticos 
5. Inibidores da enzima conversora de 
angiotensina 
6. Antagonistas da angiotensina II 
7. Inibidores da renina 
Fármacos de primeira linha: (tiazídico; iECA ou BRA; e BCC), IMP: maior eficácia de tiazídicos 
e bloqueadores dos canais de cálcio (BCC) em negros. 
 
 
 
 
6 Victoria Diniz Magalhães 
Fármacos que alteram a função do sistema nervoso simpático 
 
ADRENÉRGICOS DE AÇÃO CENTRAL 
 Atuam estimulando os receptores alfa-2 adrenérgicos pré-sinápticos no sistema nervoso central, 
reduzindo o tônus simpático. 
 Efeito hipotensor como monoterapia. 
 A experiência favorável em relação à segurança do binômio maternofetal recomenda aalfametildopa como agente de escolha para tratamento da hipertensão das grávidas. 
 Não interferem com a resistência periférica à insulina ou com o perfil lipídico. 
α-Metildopa 
 Esse agonista-α2 é um pró-fármaco que é convertido em α-metilnorepinefrina no SNC, que estimula 
os receptores alfa 2-adrenérgicos centrais causando diminuição do efluxo adrenérgico. 
 Inibe a transmissão simpática em direção ao coração, rins e sistema vascular periférico. 
 Isso leva à redução da resistência periférica total e à diminuição da pressão arterial. 
 O débito cardíaco e a frequência cardíaca para os órgãos vitais não diminuem. 
 Como o fluxo sanguíneo aos rins não diminui, a α-metildopa apresenta especial valor no tratamento 
de pacientes hipertensos com insuficiência renal. 
 Tem sido usada em hipertensas grávidas. 
Os efeitos adversos mais comuns são: 
 Sedação e sonolência, boca seca, fadiga, hipotensão postural e disfunção sexual. 
 Pequena frequência: galactorréia, anemia hemolítica e lesão hepática, sendo contraindicada se 
houver insuficiência hepática. 
 Pode causar anemia hemolítica autoimune. 
Clonidina 
 Esse agonista α2 diminui o efluxo adrenérgico central, reduzindo a taxa de disparos dos nervos 
simpáticos e a quantidade de norepinefrina liberada. 
 É usada primariamente no tratamento da hipertensão leve a moderada que não responde 
adequadamente ao tratamento com dois ou mais fármacos. 
 Ela não reduz o fluxo sanguíneo renal ou a filtração glomerular e, portanto, é útil no tratamento da 
hipertensão complicada por doença renal. 
 
7 Victoria Diniz Magalhães 
 É bem absorvida após administração via oral e é excretada pelos rins. 
 Como pode causar retenção de sódio e água, ela pode ser administrada associada com um diurético. 
Os efeitos adversos geralmente são leves, mas pode produzir: 
 Sedação, constipação, sonolência, fadiga, hipotensão postural e disfunção sexual. 
 Edema de pés e parte superior das pernas, síndrome de Raynaud, enjôos. 
 Hipertensão de rebote, quando há suspensão brusca, e a ocorrência mais acentuada de boca seca 
(xerostomia). 
AGENTES BLOQUEADORES α1-ADRÉNERGICOS 
Prazosina, doxazosina e terazosina 
 São antagonistas α1-adrenérgicos. Produzem bloqueio competitivo de adrenorreceptores-α1. 
 Inibem o tônus vasomotor periférico, reduzindo a vasoconstrição e diminuindo a resistência 
vascular sistêmica. Eles diminuem a resistência vascular periférica e reduzem a pressão arterial por 
relaxarem os músculos lisos de artérias e veias. 
 Antagonistas α-adrenérgicos não seletivos (ex. fenoxibenzamina, fentolamina) não são utilizados 
em tratamento a longo prazo de hipertensão, visto que seu uso prolongado pode resultar em 
respostas compensatórias excessivas-> indicados para o tratamento clínico do feocromocitoma. 
 Podem induzir ao aparecimento de tolerância, o que exige o uso de doses gradativamente 
crescentes. 
 Esses fármacos causam mudanças mínimas no débito cardíaco, fluxo sanguíneo renal e velocidade 
de filtração glomerular, por isso, não ocorre taquicardia no tratamento prolongado, mas retenção 
de sal e água. 
 Os α-bloqueadores podem ser usados para tratar hipertensão leve a moderada e são prescritos 
associados ao propranolol e/ou a um diurético para efeitos aditivos. 
 Têm a vantagem de propiciar melhora discreta no metabolismo lipídico e glicídico e dos sintomas 
de pacientes com hipertrofia prostática benigna. A tansulosina tem sido usada no tratamento por 
ser um bloqueador- α1 com maior seletividade pelo músculo prostático. 
 Prazosina-> BEM TOLERADA COM ANTIINFLAMATÓRIOS. 
Principais reações adversas: 
 Hipotensão postural (apresentam efeito hipotensor discreto em longo prazo como monoterapia, 
portanto devem ser associados com outros anti-hipertensivos), mais evidente com a primeira 
dose, sobretudo se a dose for alta. 
 Palpitações e astenia (fraqueza). 
 
8 Victoria Diniz Magalhães 
 No estudo ALLHAT, a comparação entre o alfabloqueador doxazosina e a clortalidona indicou a 
maior ocorrência de insuficiência cardíaca congestiva, no grupo tratado com a doxazosina. A partir 
dessas conclusões, estabeleceu-se a ideia de que o alfabloqueador testado nesse estudo não deva 
ser medicamento de primeira escolha para o tratamento da hipertensão 
 Taquicardia reflexa e síncope na primeira dose são efeitos adversos praticamente universais. O 
uso concomitante de um β-bloqueador pode ser necessário para abrandar a taquicardia reflexa 
de curto prazo. 
 Devido ao perfil de efeitos adversos, ao desenvolvimento de tolerância e ao advento de anti-
hipertensivos mais seguros, os α-bloqueadores são usados raramente no tratamento da 
hipertensão. 
AGENTES BLOQUEADORES β-ADRENÉRGICOS 
 
 Atualmente os β-bloqueadores são recomendados como tratamento de primeira escolha contra a 
hipertensão quando está presente uma doença concomitante. 
 Os β-bloqueadores reduzem a pressão arterial primariamente pela diminuição do débito cardíaco. 
 Diminuem o efluxo simpático do SNC. 
 Inibem a liberação/secreção de renina dos rins, reduzindo, assim, a formação de angiotensina II e a 
secreção de aldosterona e readaptação dos barorreceptores. 
 Redução da morbidade e da mortalidade cardiovasculares é bem documentada em grupos de 
pacientes com idade inferior a 60 anos. Estudos e metanálises não têm apontado redução de 
 
9 Victoria Diniz Magalhães 
desfechos relevantes, principalmente acidente vascular encefálico, em pacientes com idade 
superior a 60 anos, situação em que o uso dessa classe de medicamentos seria reservada para casos 
especiais, como nos portadores de coronariopatia, com disfunção sistólica, arritmias cardíacas ou 
infarto do miocárdio prévio 
 Reduzem a gravidade e a frequência da angina de esforço e melhoram a sobrevida de pacientes que 
sofreram infarto. 
 Favorecem o trabalho cardíaco com consumo reduzido de oxigênio -> aumentam a perfusão para 
regiões isquêmicas. 
 Especialmente indicados para o tratamento da HAS associada à doença coronariana. 
 O uso em tratamento de pacientes com ICC, insuficiência cardíaca aguda ou doença vascular 
periférica deve ser cauteloso. 
 O protótipo dos β-bloqueadores é o propranolol, que atua em receptores-β1 e β2. 
 Bloqueadores seletivos de receptores β1, como metoprolol e atenolol, estão entre os β-
bloqueadores mais comumente prescritos. 
 O nebivolol é um bloqueador seletivo de receptores β1 que aumenta também a produção de óxido 
nítrico, levando à vasodilatação. 
 Os β-bloqueadores seletivos devem ser administrados cautelosamente em pacientes hipertensos 
que também têm asma. 
 Os β-bloqueadores não seletivos, como propranolol e nadolol, são contraindicados devido ao 
bloqueio da broncodilatação mediada por β2. 
Farmacocinética 
Os β-bloqueadores são ativos por via oral. O propranolol sofre biotransformação de primeira 
passagem extensa e altamente variável. Os bloqueadores podem demorar várias semanas até 
desenvolverem seu efeito pleno. 
 
Propanolol 
 Os principais efeitos resultam do bloqueio dos receptores β-cardíacos, vasculares ou brônquicos -> 
pacientes com bradicardia ou doença de condução cardíaca, asma, insuficiência vascular periférica 
e diabetes. 
 
10 Victoria Diniz Magalhães 
 Útil em pacientes com tremor essencial, síndromes hipercinéticas, cefaleia de origem vascular e 
naqueles com hipertensão portal. 
Metoprolol e Atenolol 
 Bloqueadores seletivos de receptores β1. 
 A potência do metoprolol aproxima-se da do propranolol na inibição da estimulação dos receptores 
β1-adrenergicos, como aqueles existentes no coração; entretanto, tem uma potência 50 a 100 vezes 
menor do que o propranolol no bloqueio dos receptores β2. 
Labetalol, Carvedilol e Nebivolol 
Efeitos tanto β-bloqueadores quanto vasodilatadores-> antagonistas α-β mistos. 
 Labetalol: a redução da pressão arterial deve-se à diminuição da resistência vascularsistêmica 
(através de bloqueio β), sem alteração significativa da frequência cardíaca ou do débito cardíaco 
(bloqueio β). Tem utilidade no tratamento da hipertensão do feocromocitoma e nas emergências 
hipertensivas. O labetalol não causa taquicardia reflexa. Ele apresenta a contraindicação de ser um 
bloqueador não seletivo. A principal limitação é a longa meia-vida, o que impede a titulação rápida. 
 Carvedilol: diminui a mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca. 
 Nebivolol: exerce efeitos β1-bloqueadores altamente seletivos. Propriedades vasodilatadoras que 
não são mediadas por bloqueio α -> aumento da liberação endotelial de óxido nítrico. 
Efeitos adversos: 
 Broncoespasmo, bradicardia, distúrbios da condução atrioventricular, vasoconstrição periférica, 
efeitos colaterais no SNC, como fadiga, letargia, alucinações, insônia, pesadelos, depressão 
psíquica, astenia e disfunção sexual, também podem causar hipotensão. 
 A retirada abrupta dos β-bloqueadores pode causar angina, infarto do miocárdio e mesmo a morte 
súbita de pacientes com doença cardíaca isquêmica. 
 Primeira e segunda geração: intolerância à glicose, hipertrigliceridemia com elevação do LDL-
colesterol e redução da fração HDL-colesterol. 
 Terceira geração: impacto neutro ou até podem melhorar o metabolismo da glicose e lipídico-> 
vasodilatação com diminuição da resistência à insulina e melhora da captação de glicose pelos 
tecidos. 
 Nebivolol também têm apontado para uma menor interferência na função sexual -> óxido nítrico 
endotelial. 
Interações medicamentosas 
Propanolol: 
 Colestiramina (diminuição da absorção) 
 Diuréticos de Alça (aumenta níveis 
plasmáticos) 
 
11 Victoria Diniz Magalhães 
 Rifampicina (favorece biotransformação) 
 Anestésicos voláteis (bradicardia e 
hipotensão) 
 Insulina e Hipoglicemiantes 
 
Atenolol: 
 Amiodarona (arritimias) 
 Anestésicos voláteis (bradicardia e 
hipotensão) 
VASODILATADORES DIRETOS 
 
Ativadores dos canais de K+ 
Os relaxantes de músculos lisos de ação direta tradicionalmente não são usados como fármacos 
primários no tratamento da hipertensão. Estes vasodilatadores produzem relaxamento do músculo 
liso vascular, o que diminui a resistência e, dessa forma, a pressão arterial. 
Parte significativa da ação hipotensora destes fármacos é devido à ativação de canais de 
potássio, aumentando o efluxo de potássio e induzindo hiperpolarização da membrana dos músculos 
lisos. Quando a membrana está hiperpolarizada, o influxo de cálcio é inibido e o músculo liso 
arteriolar relaxa. 
Produzem estimulação reflexa do coração, resultando em aumentos reflexos da contratilidade 
miocárdica, da frequência cardíaca e do consumo de oxigênio. Essas ações podem causar angina 
pectorsi, infarto do miocárdio ou insuficiência cardíaca em indivíduos predispostos. Os 
vasodilatadores também aumentam a concentração plasmática de renina, causando retenção de 
sódio e água. Esses efeitos colaterais indesejados podem ser bloqueados pelo uso concomitante de 
um diurético e um β-bloqueador. 
Hidralazina 
 Menos potente, cujo mecanismo de ação permanece incerto. 
 Causa vasodilatação direta, agindo primariamente nas artérias e arteríolas, resultando na 
diminuição da resistência periférica, que, por sua vez, inicia a elevação reflexa da frequência 
cardíaca e do débito cardíaco. 
 É usada no tratamento de hipertensão moderadamente grave. 
 
12 Victoria Diniz Magalhães 
 É administrada quase sempre em associação a um β-bloqueador, como o propranolol, metoprolol 
ou atenolol (para compensar a taquicardia reflexa), e um diurético (para reduzir a retenção de sódio 
e água, pois a vasodilatação renal promove aumento de renina). Juntos, os três fármacos diminuem 
o débito cardíaco, o volume plasmático e a resistência vascular periférica. 
 A monoterapia com hidralazina é um método aceito no controle da hipertensão induzida pela 
gestação. 
Efeitos adversos: 
 Cefaleia, taquicardia, náusea, sudoração, arritmia e precipitação de angina. Uma síndrome 
semelhante ao lúpus pode ocorrer com doses elevadas, mas é reversível com a interrupção do uso 
do fármaco. 
Minoxidil 
 Hiperpolariza as células musculares lisas vasculares, atenuando, assim, a resposta celular a 
estímulos despolarizantes. 
 Causa dilatação dos vasos de resistência (arteríolas), mas não nos vasos de capacitância (vênulas). 
 Administrado por via oral para o tratamento de hipertensão grave à maligna, refratária a outros 
fármacos. 
 A taquicardia reflexa e a retenção de líquidos podem ser graves e exigir o uso simultâneo de um 
diurético de alça e um β-bloqueador. 
Efeitos adversos: 
 Causa séria retenção de sódio e água, acarretando sobrecarga de volume, edema e insuficiência 
cardíaca congestiva. 
 O tratamento com minoxidiltambém causa hipertricose (crescimento dos pelos do corpo). 
Atualmente, esse fármaco é usado topicamente no tratamento da calvície masculina. 
Nitroprussiato de sódio 
 É administrado por via IV e causa vasodilatação rápida com taquicardia reflexa. 
 Serve como fonte de óxido nítrico, que é um potente vasodilatador, tanto de veias como artérias. 
 Emergência hipertensiva (PA diastólica é maior do que 150 mmHg em uma pessoa saudável ou uma 
PA diastólica maior que 130 mmHg em um indivíduo com complicações preexistentes). 
 Meia vida curta (rapidamente biotransformado) requer infusão contínua para manter sua ação anti-
hipertensiva. 
 Ele reduz a resistência periférica total e o retorno venoso, dessa maneira, reduzindo tanto a pré-
carga quando a pós-carga. 
 Ativa guanililciclase que promove liberação de óxido nítrico. 
 
13 Victoria Diniz Magalhães 
Reações adversas: 
 Acúmulo de cianeto, acidose metabólica, arritmias, hipotensão excessiva e morte. A 
biotransformação do nitroprussiato resulta na produção de íon cianeto. Embora a toxicidade por 
cianeto seja rara, ela pode ser tratada com a infusão de tiossulfato de sódio para produzir 
tiocianato, que é menos tóxico e é eliminado pelos rins. Ele é tóxico se administrado por via oral 
devido à sua hidrólise a cianeto. 
Fenoldopam 
 É um agonista periférico de receptor de dopamina 1 administrado por infusão IV. 
 Ele mantém ou aumenta a perfusão renal, enquanto diminui a pressão arterial. 
 Relaxa principalmente os vasos renais (artéria renal, arteríolas aferente e eferente) e mesentéricos 
arteriais, com ação vasodilatadora menor nas artérias coronárias e cerebrais e nas veias (vasos de 
capacitância). 
 Sua ação diurética é causada principalmente pelo aumento do fluxo de sangue renal. 
 Pode ser usado com segurança em todas as emergências hipertensivas e pode ser particularmente 
benéfico em pacientes com insuficiência renal. 
 É contraindicado em pacientes com glaucoma. 
BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO 
 São recomendados quando os fármacos de primeira escolha estão contraindicados ou são 
ineficazes. 
 São eficazes no tratamento da hipertensão em pacientes com angina ou diabetes. 
 Doses elevadas de bloqueadores de canais de cálcio de curta duração devem ser evitadas devido ao 
maior risco de infarto do miocárdio por vasodilatação excessiva e acentuada estimulação cardíaca 
reflexa. 
A concentração intracelular de cálcio tem um papel importante na manutenção do tônus da 
musculatura lisa e na contração do miocárdio. Os antagonistas de canais de cálcio bloqueiam a 
entrada de cálcio por se ligarem aos canais de cálcio do tipo L no coração e nos músculos lisos dos 
vasos arteriolares coronarianos e periféricos. Isso causa o relaxamento do músculo liso vascular, 
dilatando principalmente as arteríolas. Os bloqueadores de canais de cálcio não dilatam veias. 
Usos terapêuticos 
 Os bloqueadores de canais de cálcio apresentam um efeito natriurético intrínseco e, dessa forma, 
normalmente não requerem a adição de um diurético. 
 Esses fármacos são úteis no tratamento de pacienteshipertensos que tem também asma, diabetes, 
angina e/ou doença vascular periférica. 
 
14 Victoria Diniz Magalhães 
Origens do cálcio origens do cálcio: 
EXTRACELULAR: 
- Canais Voltagem-Dependentes 
- Canais Operados por Receptores 
- Operados pela Concentração Citosólica de 
Cálcio 
- Trocador Na+ /Ca2+ 
 INTRACELULAR: 
- Canais Sarco-Endoplasmáticos (Operados por 
Receptores) 
- Bomba Ca 2+-ATPase dependente. 
- Estoques mitocondriais 
 
Classes de bloqueadores de canais de cálcio: 
 Difenilalquilaminas: o verapamil é o único representante dessa classe e é o menos seletivo dos 
bloqueadores de canais de cálcio. Apresenta efeitos significativos nas células cardíacas e no músculo 
liso vascular. Ele é usado também no tratamento da angina, das taquiarritmias supraventriculares 
e para prevenir a enxaqueca. 
 Benzotiazepin: como o verapamil, o diltiazem afeta tanto as células cardíacas quanto do músculo 
liso vascular, mas apresenta efeito inotrópico cardíaco negativo menos pronunciado comparado ao 
efeito do verapamil. Apresenta um perfil de efeitos adversos favorável. 
 Di-hidropiridinas: essa classe de bloqueadores de canais de cálcio em rápida expansão inclui o 
nifedipino de primeira geração e cinco fármacos de segunda geração para o tratamento de doença 
cardiovascular: anlodipino, felodipino, isradipino, nicardipino e nisoldipino. Todos apresentam 
muito maior afinidade pelos canais de cálcio vasculares do que pelos canais de cálcio do coração -> 
uso no tratamento da hipertensão. 
 Podem atuar como vasodilatadores arteriais, agentes inotrópicos negativos e/ou agentes 
cronotrópicos negativos. 
 Possui efeito antiarrítmico e antianginoso. 
 Os fármacos di-hidropiridínicos nifedipino e anlodipino funcionam principalmente como 
vasodilatadores. 
 
15 Victoria Diniz Magalhães 
 Não di-hidropiridínicos, como verapamil e diltiazem, atuam principalmente como agentes 
inotrópicos e cronotrópicos negativos, diminuindo, assim, contratilidade do miocárdio, frequência 
cardíaca e condução de impulsos. 
 Deve-se dar preferência de longa duração de ação ou liberação controlada. Não são recomendados 
agentes de curta duração. 
Reações adversas: 
 Cefaleia, tontura, rubor facial - mais frequente com di-hidropiridínicos de curta ação, arritmia e 
ginecomastia (nifedipino). 
 Raramente, podem induzir a hipertrofia gengival. 
 Os di-hidropiridínicos de ação curta provocam importante estimulação simpática reflexa, 
sabidamente deletéria para o sistema cardiovascular. 
 Verapamil e diltiazem podem provocar depressão miocárdica e bloqueio atrioventricular. 
Obstipação intestinal é observada, particularmente, com verapamil. 
 
BLOQUEADORES DE RECEPTORES DE ANGIOTENSINA II (BRA) 
 
16 Victoria Diniz Magalhães 
 
 Os BRA são alternativos aos inibidores da ECA. Esses fármacos bloqueiam os receptores AT1 
diminuindo a ativação desses receptores pela angiotensina II. 
 A losartana é o protótipo dos BRAs e há seis outros BRAs. Seus efeitos farmacológicos são similares 
aos dos inibidores da ECA por produzirem dilatação arteriolar e venosa e bloqueio da secreção de 
aldosterona, reduzindo, assim, a pressão arterial e diminuindo a retenção de sal e água. 
 Os BRAs não aumentam os níveis de bradicinina. Eles diminuem a nefrotoxicidade do diabetes, 
sendo, assim, um tratamento atraente a diabéticos hipertensos. 
 Seus efeitos adversos são semelhantes aos dos inibidores da ECA, embora o risco de tosse e 
angioedema seja significativamente menor. Os BRAs também são fetotóxicos e não devem ser 
usados por mulheres gestantes. 
Categorias de fármacos que atuam no eixo renina-angiotensina-aldosterona: 
 Inibidores da enzima conversora de angotensina (IECA). 
 Inibidores competitivos dos receptores de angiotensina. 
 Antagonistas da renina (ex.: Alsquireno). 
 Inibidores dos receptores de aldosterona. 
INIBIDORES DE RENINA 
Alisquireno 
 Ele inibe diretamente a renina e, assim, atua mais precocemente no sistema renina-angiotensina-
aldosterona do que os inibidores de ECA ou BRAs. Ele reduz a pressão arterial com eficácia similar 
aos BRAs, inibidores da ECA e tiazidas. 
 É inibidor competitivo/seletivo da renina, enzima que cliva angiotensinogênio em angiotensina I. 
 
17 Victoria Diniz Magalhães 
 Pode, teoricamente, resultar em redução mais efetiva da pressão arterial e regressão da hipertrofia 
ventricular esquerda. 
 Em ensaios clínicos reduziu a pressão arterial de modo tão efetivo quanto outros inibidores do 
sistema renina-angiotensina-aldosterona. 
 Estudos clínicos de curta duração indicam efeito benéfico na redução de morbidade cardiovascular 
e renal, hipertrofia de ventrículo esquerdo e proteinúria. 
 Pode ser associado com outros anti-hipertensivos, como diuréticos, inibidores da ECA, BRAs ou 
bloqueadores de canais de cálcio. 
Efeitos adversos: 
 Apresentam boa tolerabilidade. 
 Tosse e angioedema, mas com menos frequência do que os inibidores da ECA. 
 “Rash” cutâneo, diarreia (especialmente com doses elevadas, acima de 300 mg/dia), aumento de 
CPK são os eventos mais frequentes, porém em geral com incidência inferior a 1%. 
 Seu uso é contraindicado na gravidez. 
INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (IECA) 
 Inibem a peptidil dipeptidase, que hidrolisa a angiotensina I para formar o potente vasoconstritor 
angiotensina II, com a designação de cininase plasmática. 
 Os inibidores da ECA diminuem os níveis de angiotensina II e aumentam os de bradicinina. Ocorre 
vasodilatação de arteríolas e veias como resultado da combinação de efeitos de vasoconstrição 
diminuída causada pela redução dos níveis de angiotensina II e potente vasodilatação devido ao 
aumento da bradicinina. Reduzindo os níveis de angiotensina II circulante, os inibidores da ECA 
também diminuem a secreção de aldosterona, resultando em menor retenção de sódio e água. 
 Diminuem a pressão arterial reduzindo a resistência vascular sistêmica sem aumentar reflexamente 
o débito, a frequência ou a contratilidade cardíaca. 
 Ao diminuir os níveis de aldosterona-> reduzem volume intravascular. 
 Também diminuem a degradação da bradicinina-> vasodilatação. 
 Diminuição da perda da função renal-> pacientes diabéticos hipertensos e com doença renal 
crônica. 
 Não aumentam o risco de hipopotassemia nem provocam elevação dos níveis séricos de glicose ou 
lipídios. 
 Os inibidores da ECA também demonstraram extrema utilidade no tratamento da insuficiência 
cardíaca e após infarto do miocárdio, e há evidencias recentes de que os inibidores da ECA reduzem 
a incidência de diabetes em pacientes com alto risco cardiovascular. 
 
18 Victoria Diniz Magalhães 
 As interações medicamentosas importantes -> suplementos de potássio ou diuréticos poupadores 
de potássio, que podem resultar em hiperpotassemia. 
 Os AINES podem comprometer os efeitos hipotensores dos inibidores da ECA ao bloquear a 
vasodilatação mediada pela bradicinina, que, pelo menos em parte, é mediada pelas 
prostaglandinas. 
 Os inibidores da ECA, como enalapril ou lisinopril, são recomendados quando os fármacos de 
primeira escolha (diuréticos e β-bloqueadores) estão contraindicados ou são ineficazes, ou se 
existem razões que os indicam como no diabetes melito. 
 A enzima conversora também é responsável pela degradação da bradicinina que aumenta a 
produção de óxido nítrico e prostaciclinas nos vasos sanguíneos. Ambos, óxido nítrico e 
prostaciclinas, são potentes vasodilatadores. 
 Os inibidores da ECA diminuem a pré-carga e a pós-carga cardíaca, reduzindo, assim, o trabalho 
cardíaco. 
 Os inibidores da ECA são padrão no cuidado de pacientes após o infarto do miocárdio e são 
fármacos de primeira escolha no tratamento de pacientes com disfunções sistólicas. 
 Os inibidores da ECA são os fármacos de primeira escolha no tratamento da insuficiência cardíaca, 
para tratar pacientes hipertensos com doençarenal crônica e para pacientes com risco elevado de 
doença arterial coronariana. 
Reações adversas: 
 Tosse seca, alteração do paladar, reações de hipersensibilidade cutânea (angioedema, 
principalmente na região da face, intestino – diarreia e vomito), hiperpotassemia (principalmente 
quando associado a outros agentes), exantema, febre. 
 A tosse seca, que ocorre em aproximadamente 10% dos pacientes, parece ser devida ao aumento 
dos níveis de bradicinina na árvore pulmonar e ocorre mais frequentemente em mulheres e não 
fumantes e com inibidores da ECA de longa duração. A tosse desaparece poucos dias após a 
descontinuação do tratamento. 
 Associado a diuréticos; hipotensão postural (em estados hipovolêmicos, menos presente, pois não 
interferem no sistema barorreceptor). 
 Contraindicados em: gestação, adolescentes e mulheres em idade fértil. 
 Associação do IECA com um tiazidico ajuda a regular a hiperpotassemia. 
 
19 Victoria Diniz Magalhães 
 
AGENTES BLOQUEADORES DOS RECEPTORES DA ANGIOTENSINA (BRA) 
 Bloqueio da interação da angiotensina II com receptores AT-I 
 Não exercem nenhum efeito sobre o metabolismo da bradicinina -> mais seletivos dos efeitos da 
angiotensina do que os inibidores da ECA. 
 Proporcionam benefícios semelhantes àqueles dos inibidores da ECA em pacientes com 
insuficiência cardíaca e doença renal crônica. 
 O tratamento com BRA II, assim como o uso de IECA, vem sendo associado a uma menor incidência 
de novos casos de diabetes melito tipo 2. 
Em relação aos níveis pressóricos, os efeitos são semelhantes aos do IECA. 
Associar IECA com BRA causa mais efeitos colaterais, como hiperpotassemia, então não se faz mais 
essa associação, pois ela é mais deletéria. 
IECA e BRA diminuem as chances de ter doença renal ou evitam a progressão da doença se usados 
no início, eles diminuem as chances de proteinuria. 
Indicações Clínicas: 
 Nefropatia diabética (tipo 2), quando começa a ter proteinúria. 
 ICC 
 Tosse por IECA (efeito colateral do IECA) 
Contraindicações: 
 Gravidez 
 Estenose bilateral das artérias renais 
 Hiperpotassemia 
Funções do rim 
 Balanço hídrico e salino (onde interfere o uso do diurético) 
 Excreção de compostos nitrogenados (utilizado como marcadores de função renal – ureia, amônia, 
creatinina) 
 
20 Victoria Diniz Magalhães 
 Regulação ácido-base (controle do pH do sangue) 
 Metabolismo ósseo (atuação do paratormônio) 
 Atividade eritropoiética (rim detecta baixa oxigenação) 
 Controle da pressão arterial (ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona) 
A função renal é avaliada pela taxa de Filtração Glomerular. 
Nefron – unidade funcional. O rim também consegue filtrar a partir da influência da pressão arterial. 
 
Não passa proteína, substancias com peso molecular maior, células. É possível saber se tem lesão 
glomerular pela forma da hemácia que é eliminada. 
Fisiologia renal 
 
No túbulo contorcido proximal é filtrado cerca de 60%. 
No ramo descendente da alça só absorve agua para poder dissolver as substancias até ali filtradas. 
Os tiazidicos atuam no túbulo contorcido distal, onde há pouca absorção de sódio. 
Quando há muita quantidade de sódio no final do túbulo contorcido distal e início do ducto coletor, 
a aldosterona começa a promover absorção de sódio mediante a eliminação de potássio, como forma 
de balancear. Por isso os diuréticos de alça e tiazidicos promovem hipopotassemia. 
 Células especializadas na arteríola e no túbulo (mácula densa) 
 Respondem a alterações na velocidade fluxo e na composição do líquido tubular 
 
21 Victoria Diniz Magalhães 
 Controle da lib. Renina: células Granulares especializadas na arteríola aferente 
Sitio de ação dos diuréticos 
 
 Promovem depleção de sódio, diminuindo o volume sanguíneo e o débito cardíaco. 
 Se utilizados isoladamente, diuréticos proporcionam tratamento da hipertensão essencial leve ou 
moderada 
 Na hipertensão grave, são usados em associação com agentes simpaticoplégicos e vasodilatadores. 
 Aumentam a taxa de fluxo da urina. 
 Aumentam a taxa de excreção de Na+, Cl- e H2O 
 Nem todo diurético é usado para hipertensão 
 O usado é clorotiazida. 
 Tiazidico é o usado para hipertensão mais leve. 
 Diminuição de absorção de soluto e agua, maior frequência de diurese. 
 Diuréticos de alça são bons em relação ao volume. 
Diuréticos 
 Aumentam a taxa de fluxo da urina 
 Aumentam a taxa de excreção de Na+, Cl- e H2O. 
Classificação: 
1. Inibidores da anidrase carbônica (túbulo contorcido proximal) 
2. Diuréticos osmóticos (substancias hiperconcentradas, que quando entram no nefron vão 
arrastando agua, eles atuam durante todo o nefrom) 
3. Diuréticos tiazídicos (túbulo contorcido distal) 
4. Diuréticos de alça (ramo ascendente da alça de Henle) 
5. Diuréticos poupadores de potássio (final do túbulo contorcido distal e início do ducto coletor) 
DIURÉTICOS 
 
22 Victoria Diniz Magalhães 
Os diuréticos podem ser usados como tratamento farmacológico de primeira escolha para 
hipertensão, a menos que alguma razão obrigue a escolha de outro fármaco. O tratamento com 
doses baixas de diuréticos é seguro, barato e eficaz na prevenção de derrame, infarto do miocárdio 
e insuficiência cardíaca congestiva, todos os quais podem causar morte. Resultados recentes 
sugerem que os diuréticos são superiores aos bloqueadores para tratar a hipertensão em idosos. 
Toxicidade dos diuréticos 
 O efeito colateral mais comum dos diuréticos (exceto os diuréticos poupadores de potássio) 
consiste em depleção de potássio. 
 Também podem causar depleção de magnésio, comprometer a tolerância a à glicose e aumentar 
as concentrações séricas de lipídeos. 
 Aumentam as concentrações de ácido úrico e podem precipitar a gota. 
 
 Os diuréticos poupadores de potássio podem produzir hiperpotassemia, particularmente em 
pacientes com insuficiência renal e naqueles em uso de inibidores da ECA ou bloqueadores dos 
receptores de angiotensina; a espironolactona (um esteroide) está associada à ginecomastia. 
Inibidores da anidrase carbônica 
Representantes: 
A anidrase carbônica estimula a produção do humor aquoso. 
 Acetazolamida: inibe a anidrase carbônica que é a enzima que promove a reabsorção de 
bicarbonato e sódio. Com isso fica aumentada a quantidade de sódio e bicarbonato no nefron, 
aumentando o volume urinário. Como não absorve o bicarbonato, o sangue vai ficar mais ácido. 
Com o pH errado, há acidose do sangue e facilita a formação de cálculo renal. É utilizada em uma 
emergência, não pode ser usada continuamente. 
Paciente com hepatopatia tem dificuldade da excreção de ureia que é neurotoxica. 
Fármacos ácidos são eliminados em urina básica. 
Sua principal utilização é no glaucoma (que é caracterizado pela produção em excesso de humor 
aquoso). 
 Metazolamida 
 Diclorfenamida 
 
23 Victoria Diniz Magalhães 
 
 Cerca de 66% dos íons de sódio (Na+) filtrados, 85% do NaHCO3, 65% do K+, 60% da água e 
praticamente toda a glicose e os aminoácidos filtrados são reabsorvidos 
 Entre os diversos solutos reabsorvidos no túbulo proximal, os mais relevantes para a ação diurética 
são o NaHCO3 e o NaCl. 
 Inibição reversível de anidrase carbônica II citoplasmática e anidrase carbônica IV luminal 
 Aumento do aporte de bicarbonato de sódio -> inicialmente excretada, resultando em diminuição 
aguda do volume. 
 Após vários dias de tratamento, o efeito diurético do fármaco é diminuído por supra-regularão 
compensatória da reabsorção de NaHCO3 e aumento da reabsorção de NaCl. 
 Associa-se a acidose metabólica de leve a moderada, pois está eliminando mais bicarbonato. Vai 
aumentar a eliminação de base. Vai ser hipercloremica pois vai começar a reter muito cloro. Acidose 
metabólica hipercloremica. 
Uso clínico: 
 Uso mais local. 
 Restaurar o equilíbrio acidobásico em pacientes com insuficiência cardíaca. Em associação com antagonistas β-adrenérgicos tópicos no tratamento do glaucoma. 
 Tratamento da epilepsia, como fármaco anticonvulsivante. Não é usado para este fim. 
 Tratamento de hiperuricemia ou gota. Aumento do ácido úrico, que fica cristalizado, o macrófago 
tenta fagocitar e se rompe. O fármaco poderia ser usado, pois como esta com muito ácido no 
sangue, o fármaco vai deixar a urina básica, então ele será liberado nela. 
 
Agonista parassimpático vai ter o mesmo efeito do antagonista simpático. 
Efeito adversos: 
 Acidose metabólica 
 
24 Victoria Diniz Magalhães 
 Cálculos uretrais 
 Parestesia e sonolêcia 
 Hipersensibilidade. Todo fármaco gera isso. 
Diuréticos osmóticos 
Representantes: 
 Manitol (I.V.): hipertônico, via intravenosa, é um laxante por via oral, é fármaco de efeito muito 
rápido e potente. É o mais usado, pois os outros tem efeitos adversos piores. Alivia a pressão 
intracraniana. 
 Uréia (I.V.): causa trombose 
 Glicerina (V.O.): causa hiperglicemia 
 
 Agentes filtrados livremente no glomérulo, como é muito hipertônico, vai levando a agua causando 
diarreia. 
 Sofrem reabsorção limitada pelo túbulo renal 
 São fármacos relativamente inertes 
Usos terapêuticos: 
 Insuficiência renal aguda 
 Crise aguda de glaucoma 
 Edema cerebral 
 Síndrome do desequilíbrio dialítico (hemodiálise ou diálise peritoneal) 
Efeito adversos: 
 Trombose (uréia) 
 Hiperglicemia (glicerina): vai ser metabolizada em glicose, se o paciente for diabéticos é 
contraindicado. 
 Edema pulmonar (principalmente em paciente com ICC). 
Diuréticos de alça 
Os diuréticos de alça (furosemida, bumetanida e torsemida) atuam rapidamente, mesmo em 
pacientes com função renal pobre ou naqueles que não responderam aos tiazídicos ou a outros 
diuréticos. Os diuréticos de alça causam diminuição da resistência vascular renal e aumento do fluxo 
sanguíneo renal. (Nota: os diuréticos de alça aumentam o conteúdo de Ca2+ na urina, os diuréticos 
tiazídicos o diminuem.) 
Representantes: 
 
25 Victoria Diniz Magalhães 
Os 3 primeiros derivados da sulfonamida (sua molécula tem enxofre, é comum ter alergia dos 
fármacos com essa substancia ou derivados dele). 
 Furosemida 
 Bumetamida 
 Torsemida 
 Ácido etacrínico 
Eficácia na excreção urinária: 
 ↑ Na+, K+, Ca2+, Mg2+, Cl-, H+ e ↓ ácido úrico 
 Furosemida (AC) -> ↑ HCO3- e fosfato 
Consequência da inibição do NKCC2 
NaCl fica na urina H20 sofre um “arrasto” osmótico 
Consequência da inibição do NKCC2: Inibi a absorção de um sódio, dois cloretos e um potássio, com 
isso, aumenta a excreção dessas substancias na urina. 
NaCl fica na urina, H20 sofre um “arrasto” osmótico 
URINA ↑ 
Quando NKCC2 ta ativado ele coloca um sódio, dois cloretos e um potássio para dentro e sai um 
sódio, um cloreto e um potassio, o cloreto que fica deixa o gradiente negativo. 
Diurético de alça atua bloqueando NKCC2 que está na membrana apical que está nas células do ramo 
ascendente da alça de henle. 
Usa diuréticos de alça quando quer diminuir a secreção de sódio, cloreto, potássio, cálcio e magnésio. 
Os diuréticos de alça (furosemida) é o maior diurético. 
 
Diurético de alça atua no ramo ascendente da alça de henle, promove perda urinaria mais expressiva 
do que os outros fármacos. 
 
26 Victoria Diniz Magalhães 
Ao ser usado continuamente ele vai perdendo seu efeito diurético, pois o corpo tem mecanismo 
compensatórios. 
Usos terapêuticos: 
 ICC, edema pulmonar agudo (furosemida) 
 Hipertensão*** usado quando está relacionada ao aumento da volemia, pois vai eliminar mais 
liquido. 
 Edema agudo de pulmão (furosemida), ascite (IRC, hepático) 
 Hipercalcemia 
Efeito adversos: 
 Desequilíbrio hidroeletrolítico 
 Arritmias (↓ K+, Ca2+, Mg2+) 
 Alcalose metabólica (↓ H+) 
 Hipopotassemia 
 Ototoxicidade (> ác. Etacrínico – tipo de diurético que não é derivado da furosemida): alteração da 
audição/ perda da acurácia auditiva. Principalmente em idoso e criança. 
Interação medicamentosa: 
 Digitálicos -> ↑ arritmias 
 Probenicida (aumenta a secreção de ácido úrico, não deixa o diurético chegar no nefron) e AINES 
(anti-inflamatório não esteroidal. Todo anti inflamatorio pode causar hipertensão arterial, inibe 
substancia vasodilatadora, diminui efeito de remédio para hipertensão) -> ↓ resposta diurética 
 Tiazídicos -> sinergismo 
 Altera lig. proteínas plasmáticas 
 Aminoglicosídeos (grupo antimicrobiano inibidor de síntese proteica) perda auditiva irreversível, 
Diuréticos tiazídicos 
 
27 Victoria Diniz Magalhães 
 
Todos os diuréticos orais são eficazes no tratamento da hipertensão, mas os tiazídicos têm sido os 
mais amplamente usados. 
Provoca hipercalcemia aumenta a reabsorção renal de cálcio 
Não provoca perda urinaria tao intensa quando os de alça 
É usado na hipertensão pois diminui a resistência vascular periférica, causa vasodilatação, e nem 
tanto pela diurese usada por ele. 
 Mecanismo de ação: Reduzem a reabsorção de Na + e Cl - no sitio de co-transporte 
 Na/Cl das regiões iniciais do túbulo contornado distal, atua nele 
 Essa ação resulta numa diurese menos intensa se comparada com aquela obtida com o uso da 
Furosemida. 
 Classe mais usada na hipertensão. 
 Esse grupo de diuréticos ocupa lugar de destaque na terapia da hipertensão-> efeito vasodilatador 
direto. 
Clortalidona 
Hidroclortiazida: mais usada, mas as mais potentes são as outras duas 
Indapamida 
O bloqueio de NCC impede a reabsorção de Na/Cl, aumentando a osmolaridade da urina, seguido de 
“arrasto” de H2O = diurese 
Mais (Na) na urina = maior saída de (K) 
A diferença entre eles está na potência, tempo de ação, meia vida 
 
28 Victoria Diniz Magalhães 
 
Efeito na excreção urinária: 
 ↑ Na+, Cl-, K+, H+ 
 ↓ HCO3-, Ca2+ (adm. crônica) 
 ↓ Ác. Úrico (adm. crônica) 
 
 Provocam alteração metabólica. 
 Promovem aumento da reabsorção transcelular de cálcio no túbulo contorcido distal. 
 Hidroclorotiazida -> diminui a tolerância à glicose. Aumentando a glicose. 
 Não devem ser administrados concomitantemente com agentes antiarrítmicos que prolongam o 
intervalo QT (despolarização e repolarizacao ventricular/ sístole e diástole cardíaca) -> 
hipopotassemia. Os diuréticos de alça também podem aumentar esse intervalo. 
 Primeira linha para o tratamento da hipertensão -> reduzem tanto a mortalidade cardiovascular 
quanto a taxa de mortalidade total. 
 Comprometimento da secreção de insulina e/ou diminuição da sensibilidade periférica à insulina 
induzidos pelo fármaco. 
 Aumenta perfil lipídico, glicose. 
 Hidroclorotiazida é sinérgica com todos os outros fármacos, ela vai aumentar o efeito deles. 
Usos terapêuticos: 
 Hipertensão * 
 Edema (ICC, hepatopatias, doença renal, glicocorticóides): usa diurético de alça. 
 Diabetes Insipidus nefrogênico (resistência ao ADH), diminui retenção de urina. 
Efeito adversos: 
 ↓tolerância a glicose 
 ↑LDL, colesterol, triglicérides 
 
29 Victoria Diniz Magalhães 
 Alcalose metabólica hipocalêmica 
 Interação com quinidina -> fibrilação 
Diuréticos poupadores de potássio 
Amilorida e triantereno (inibidores do transporte de sódio epitelial nos ductos distais e coletores), 
bem como espironolactona e eplerenona (antagonistas de receptor da aldosterona) reduzem a perda 
de potássio na urina. A espironolactona tem a vantagem adicional de diminuir a remodelação 
cardíaca que ocorre na insuficiência cardíaca e a fibrose. 
Inibidores Canal Na+ Renal: 
 Amilorida 
 Triantereno 
Estes poupam potássio, mas o nível de aldosterona continua elevado. 
Fármacos que atuam diretamente no canal de sódio. 
Duas maneiras de bloquear o canal de sódio: bloqueia o receptor de aldosterona ou bloquear direto 
o canal. 
Espironolactona: usada para impedir a ação da aldosterona, evita o remodelamento. 
Efeito na excreção urinária: 
 ↑ Na+, Cl-, ↓ K+, H+, Ca2+, Mg2+ 
 ↑ reabsorção de ácido úrico 
Usos terapêuticos: 
 Associado com espoliador de K+ 
 Pseudoaldosteronismo 
 Diabetes Insípido (p/ Li+)-> amilorida 
 Tratamento da síndrome de Liddle 
Efeito adversos: 
 Hipercalemia * 
 ↓ tolerância a glicose 
 Náusea, vômito 
 
 
 
30 Victoria Diniz Magalhães 
 
Antagonista Receptor de Aldosterona: 
 Espironolactona: poupador de potássio, antagonista da aldosterona. Pode gerar ginecomastia, 
diminuição da libido, pois pode se lihgar em receptores hormonais 
 Eplerenona: não tem no Brasil. 
 Triantereno 
A espironolactona inibe o receptor androgênico-> pode provocar efeitos adversos de impotência e 
ginecomastia nos homens. A eplerenona, mais seletiva, minimiza a incidência desses efeitos 
adversos. 
Efeito na excreção urinária: 
 Semelhantes bloqueadores de canais de Na+ 
 Depende da aldosterona endógena 
Tratamento da alcalose hipopotassêmica secundária ao excesso de mineralocorticoides que pode 
acompanhar insuficiência cardíaca, insuficiência hepática -> diminuição do metabolismo da 
aldosterona. 
Tratamento de ascite e edema -> decorrência de insuficiência hepática. 
Espironolactona quanto eplerenona reduzem a taxa de mortalidade em pacientes com insuficiência 
cardíaca e naqueles com disfunção cardíaca significativa (fração de ejeção de < 40%) após infarto do 
miocárdio. 
Retardar a progressão da doença renal crônica e o desenvolvimento de fibrose renal. 
 
São diuréticos de ação limitada. 
Poupam a perda de potássio. 
Usos terapêuticos: 
 Edema, hipertensão (associado com diurético espoliador de K+) 
 
31 Victoria Diniz Magalhães 
 Hiperaldosteronismo primário (adenoma, hiperplasia suprarenal) 
 Aldosteronismo secundário (ICC, cirrose, ascite) 
 Cirrose hepática (1ª escolha) 
Efeito adversos: 
 Hipercalemia 
 Acidose metabólica 
 Efeitos esteroidogênicos: 
- Ginecomastia 
- Irregularidades menstruais 
- Impotência, ↓ libido 
- Hisurtismo, alteração da voz 
 
Inibidores da anidrase basificam a urina. 
Tiazidico poupa cálcio. 
Fármacos anti-hipertensivos 
As estratégias atualmente empregadas no tratamento da hipertensão: 
- Redução do volume intravascular com 
- Vasodilatação concomitante; 
- Infrarregulação do tônus simpático; 
- Modulação do tônus do músculo liso vascular; 
- Inibição dos reguladores neurohumorais da circulação; 
 
32 Victoria Diniz Magalhães 
 
Escolha da terapia 
 
IECA e BRA não podem ser associados!!! 
 
 
33 Victoria Diniz Magalhães 
Diabetes: o BRA é benéfico pois diminui proteinúria, diminui a lesão renal. Diuréticos em geral não 
devem ser utilizados pois promovem hipopotassemia que pode promover a diminuição da secreção 
de insulina na célula beta pancreática. 
Insuficiência renal crônica: IECA/BRA faz vasodilatação na arteríola eferente, diminuindo a pressão 
no glomérulo. 
Síndrome metabólica: diabetes tipo II é adquirido. 
Fármaco Betabloqueador é contraindicado em insuficiência arterial periférica, pois ele vai fazer 
vasoconstrição, principalmente na periferia, ele deixa as extremidades frias, o receptor beta2 faz 
vasodilatação, então vai piorar a situação, pois ele vai estra sendo bloqueado. 
Bloqueio atrioventricular: qualquer fármaco que atue diminuindo a frequência não deve ser usado. 
Hipertensão arterial na gravidez 
 Mulheres grávidas, com hipertensão crônica não complicada, devem ter os níveis de PA inferiores 
a 150/100 mmHg, tomando-se cuidado para que a PAD não seja < 80 mmHg. 
 Na hipertensão crônica gestacional com lesão em órgão alvo (LOA), a PA deve ser mantida em níveis 
inferiores a 140/90 mmHg. 
 Não pode usar nenhum fármaco que age no sistema renina-angiotensina-aldosterona. 
A pré-eclâmpsia (PE) é definida pela presença de HAS após a 20ª semana associada a proteinúria 
significativa ou presença de cefaleia, turvação visual, dor abdominal, plaquetopenia (menos que 
100.000/mm3), elevação de enzimas hepáticas (duas vezes o valor basal), comprometimento renal 
(acima de 1,1 mg/dl de creatinina ou duas vezes o valor basal), edema pulmonar, distúrbios visuais 
ou cerebrais e escotomas. -> tratado com uso de sulfato de magnésio; corticosteroides, hidralazina, 
labetalol e expansão volêmica. 
 O uso de IECA e BRA é contraindicado na gestação, e o atenolol e prazosin devem ser evitados. 
 A metildopa, os betabloqueadores (exceto atenolol), a hidralazina e os BCC (nifedipino, amlodipino 
e verapamil) podem ser usados com segurança. 
 Durante o período puerperal, a PA deve ser mantida em níveis inferiores a 140/90 mmHg, 
preferencialmente com as seguintes medicações, que são seguras durante a amamentação: 
hidroclorotiazida, espironolactona, alfa-metildopa, propranolol, hidralazina, minoxidil, verapamil, 
nifedipino, nimodipino, nitrendipino, benazepril, captopril e enalapril. 
Tratamento combinado 
 Quando um único fármaco não consegue controlar adequadamente a pressão arterial, fármacos 
com diferentes locais de ação são associados para reduzir efetivamente a pressão arterial e, ao 
mesmo tempo, minimizar os efeitos tóxicos. 
 
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 Se não for utilizado de início, um diurético muitas vezes passa a ser o segundo fármaco escolhido. 
 Se houver necessidade de três fármacos, a associação de um diurético, um agente simpaticoplégico 
ou um inibidor da ECA e um vasodilatador direto (p. ex., hidralazina ou bloqueador dos canais de 
cálcio) é com frequência efetiva. 
Interações medicamentosas 
 
Tratamento das emergências hipertensivas 
 Anti-hipertensivos parenterais para baixar rapidamente a pressão arterial (em algumas horas). 
 
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 Nas primeiras horas ou dias, o objetivo do tratamento não consiste em normalização completa da 
pressão arterial, visto que a hipertensão crônica está associada a alterações autorreguladoras no 
fluxo sanguíneo cerebral. 
 Com efeito, a pressão arterial deve ser reduzida em cerca de 25%, mantendo-se a pressão diastólica 
não inferior a 100 ou 110 mmHg. 
 O fármaco mais comumente empregado é o vasodilatador nitroprusseto de sódio + furosemida, 
para impedir a expansão do volume. 
 Outros fármacos parenterais que podem ser efetivos incluem fenoldopam, nitroglicerina, labetalol, 
bloqueadores dos canais de cálcio, diazóxido e hidralazina. 
Emergência 
 Elevação da PA > 180/120 mmHg ASSOCIADA a lesão aguda de órgão-alvo. É este cenário que exige 
internação e controle rápido da PA. Farmacologia via parenteral. 
Urgência 
 Elevação > 180/120 mmHg na ausência de lesão aguda e/ou piora de lesão em órgão-alvo. 
 Na maioria das vezes, está associada a má adesão ao tratamento de hipertensão e ansiedade -> o 
tratamento ambulatorial. 
 Pode ser feita farmacoterapia oral. 
 
 
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HIPERTENSAO RESISTENTE 
A hipertensão resistente é a pressão arterial elevada que não responde ao tratamento. É definida 
como a pressão arterial que permanece elevada (acima do objetivo), apesar da administração de um 
regime ideal de três fármacos que inclui um diurético. As causas mais comuns de hipertensão 
resistente são: baixa aderência ao tratamento; consumo excessivo de etanol; condições 
concomitantes (diabetes, obesidade, apneia do sono, ingestão excessiva de sal e/ou síndrome 
metabólica); uso de simpaticomiméticos, fármacos anti-inflamatórios não esteroides ou medicação 
antidepressiva; fármacos e/ou dosagens insuficientes e uso de fármacos com mecanismos de ação 
similares. 
 
 
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