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EBRADI - Direito Penal e Processo Penal Aplicados - Módulo 04 - Tema 09 - Busca e apreensao

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Tema 09: Busca e Apreensão
Aula I: Busca
Astolfo caminhava próximo à rua de sua casa quando foi abordado por dois policiais militares que desconfiaram da forma como o abordado estava andando. Em razão disso, solicitaram o documento de identidade de Astolfo para checar seus antecedentes criminais, restando, todavia, constatado que ele não tinha antecedentes.
Não satisfeitos, os policiais solicitaram que Astolfo encostasse na parede para que fosse revistado. Sentindo-se indignado com a abordagem, Astolfo negou-se a permitir a revista, alegando que não haveria motivo e tampouco mandado para tanto.
Poderiam os policiais militares proceder à busca pessoal sem motivação específica e sem o competente mandado? Se a pessoa abordada fosse mulher, haveria a necessidade de alguma alteração procedimental?
RESPOSTA ESPERADA
Sim, pois para que se proceda à busca pessoal bastará a fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou objetos ilícitos, sendo desnecessária a expedição de mandado.
Caso a pessoa abordada seja mulher, a busca pessoal será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da diligência.
Com base no que dispõe o Código de Processo Penal, no Título “Da Prova”, assinale a alternativa correta quanto ao reconhecimento de pessoas ou coisas:
Do ato de reconhecimento, lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presenciais.
Aula II: Apreensão
Lara é acusada de ter cometido o delito de roubo. Na fase de investigação, os policiais responsáveis, adentram na casa da suspeita, sem mandado de busca e apreensão e encontram o objeto do delito que Lara fora acusada, decretando, assim, a prisão da ré. Diante o exposto, na figura do advogado da ré, responda qual seria a medida cabível contra tal ato?
RESPOSTA ESPERADA
O advogado da ré deverá impetrar habeas corpus com pedido liminar pedindo a nulidade do ato de apreensão da prova colhida, a partir da entrada indevida da polícia na residência da acusada, sem ordem judicial ou autorização de quem quer que seja. Sendo assim, tal apreensão não poderá servir para embasar o processo criminal, visto que se trata de prova ilícita. No caso, a prisão deverá ser relaxada.
Aula III: Hipóteses Legais
Albertino, investigado pela polícia federal pela possível prática habitual do crime de tráfico de drogas transnacional, teve decretada a interceptação de suas comunicações telefônicas exatamente dentro dos termos da lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996. Todavia, expirado o prazo, a polícia federal não obteve qualquer informação hábil a provar o envolvimento de Albertino na atividade ilícita.
Porém, ao analisar o teor das conversas, a polícia federal percebeu que diversas vezes fora mencionada a palavra “cartas”, evitando-se, entretanto, falar de seus conteúdos.
De tal modo, poderia a autoridade policial tomar alguma medida para ter acesso ao conteúdo das referidas cartas?
RESPOSTA ESPERADA
Sim, poderia a autoridade policial requerer a expedição de mandado de busca domiciliar a fim de apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato, nos termos do artigo Art. 240, §1º, f do Código de Processo Penal.
Vale ressaltar que o mandado de busca, nos termos do art. 243 do Código de Processo Penal, deverá indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será realizada a diligência e o nome do respectivo proprietário ou morador; o motivo e os fins da diligência e ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir.
Nos termos do Código de Processo Penal, artigo 244, a busca pessoal:
· 
não dependerá de mandado da autoridade judicial competente, em caso de prisão em flagrante
Aula IV: Mandados Genéricos
· . A autoridade policial, ao investigar uma quadrilha especializada em roubos de bancos e suspeitando que um dos integrantes da quadrilha seja advogado - uma vez que os suspeitos rotineiramente se reuniam em um escritório de advocacia situado na rua X -, solicitou à autoridade judicial que expedisse mandado de busca e apreensão, pois queriam “tirar a limpo” o que vem ocorrendo no referido escritório.
De tal modo, o magistrado determinou a expedição de mandado de busca e apreensão genérico para todos os escritórios de advocacia situados na rua X para que a investigação pudesse ocorrer de forma plena.
É possível vislumbrar alguma ilicitude no supramencionado procedimento?
RESPOSTA ESPERADA
Sim, pois muito embora a expedição de mandado de busca e apreensão em escritório de advocacia tenha previsão no artigo 7º, §6º do Estatuto da OAB, permitindo-se que presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade do escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia, tal mandado de busca e apreensão deve ser específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes.
De tal modo, resta demonstrada a ilegalidade relativa à expedição do mandado de busca e apreensão genérico para todos os escritórios de advocacia situados na rua X.
Sobre a realização de busca e apreensão em advogado e no respectivo escritório, é correto dizer que:
no cumprimento do mandado de busca e apreensão em escritório de advocacia podem ser apreendidos documentos que se referem a clientes do advogado investigado que estejam sendo formalmente investigados como seus participes ou coautores pela prática do crime que deu causa à diligência.

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