Prática Jurídica IV - Partes e Contagem de Prazos no Juizado Especial Cível

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Prática Jurídica IV 
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 Partes e Contagem de Prazos 
no Juizado Especial Cível 
 
 
 
Lei 9099/95 
 
Podem (continuação): 
• Pessoas jurídicas qualificadas 
como Organização da Sociedade 
Civil de Interesse Público. PJ de 
direito privado sem fins lucrativos 
que atenda aos requisitos pró-
prios da lei 9790. OSCIP. 
Por exemplo na área de educa-
ção, saúde, alimentação, o que 
for. 
Qual a vantagem pra ela? Pode 
receber incentivos do estado, 
como isenção tributária, investi-
mentos governamentais, adquirir 
bens. Objetivos sociais, é uma 
associação. 
• Sociedades de crédito - mi-
croempreendedor. Objetivo so-
cial é a concessão de financia-
mento para pessoa física para vi-
abilizar novos empreendimentos. 
Podem cobrar via JEC apesar de 
ser PJ. 
 
“Art. 9º Nas causas de valor até vinte 
salários mínimos, as partes compare-
cerão pessoalmente, podendo ser as-
sistidas por advogado; nas de valor su-
perior, a assistência é obrigatória. 
§ 1º Sendo facultativa a assistência, 
se uma das partes comparecer assis-
tida por advogado, ou se o réu for pes-
soa jurídica ou firma individual, terá a 
outra parte, se quiser, assistência judi-
ciária prestada por órgão instituído 
junto ao Juizado Especial, na forma da 
lei local. 
§ 2º O Juiz alertará as partes da 
conveniência do patrocínio por advo-
gado, quando a causa o recomendar. 
§ 3º O mandato ao advogado poderá 
ser verbal, salvo quanto aos poderes 
especiais. 
§ 4o O réu, sendo pessoa jurídica ou 
titular de firma individual, poderá ser re-
presentado por preposto credenciado, 
munido de carta de preposição com 
poderes para transigir, sem haver ne-
cessidade de vínculo empregatício.” 
 
Art 9o da lei 9099 
• Causas de até 20 salários míni-
mos, a pessoa não precisa de 
advogado, acima disso precisa 
sim. Capacidade postulatória do 
juízo não vale aqui. Jus postu-
landi sendo exercido pelo próprio 
autor. 
• Se o réu aparece assistido com 
advogado, ou se só o autor tem 
advogado, é direito da outra 
parte ser assistido também. 
Isso é para ter paridade de ar-
mas, se uma parte está sozinha e 
a outra está orientada pelo advo-
gado, temos uma parte em des-
vantagem, ou também se o réu 
for PJ ou firma individual, tem o 
mesmo direito. 
• O juiz percebendo que a causa 
tem uma certa complexidade, e 
teria um melhor encaminhamento 
com auxílio de advogado, ele 
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avisa as partes para facilitar o 
andamento e para que haja uma 
decisão equânime. 
• O mandato ao advogado poderá 
ser verbal, salvo quanto aos po-
deres especiais 
• Se o réu for PJ ou titular de firma 
individual, poderá ser represen-
tado por preposto, que não pre-
cisa ser vínculo empregatício. 
Tem que ser uma pessoa que te-
nha conhecimento da causa. Se 
não tiver, isso pode ser conside-
rado como ausência no pro-
cesso, revel no processo. Outro 
advogado pode ser colocado 
como preposto, por exemplo. 
 
E como o juiz vai saber isso? O advo-
gado pode levar um amigo, esposa, etc 
- cabe ao juiz fazer perguntas pra saber 
se o preposto sabe do que está fa-
lando. Costuma dar problema em audi-
ência trabalhista, artifício para mostrar 
que o empregador não se importa, se o 
preposto fala muito "não sei", é um mau 
sinal. 
 
• Art 9o par I, tem o enunciado 48 
do FONAJE, pras empresas de 
pequeno porte 
 
“ENUNCIADO 48 – O disposto no 
parágrafo 1º do art. 9º da lei 
9.099/1995 é aplicável às microempre-
sas e às empresas de pequeno porte 
(nova redação – XXI Encontro – Vitó-
ria/ES).” 
 
“Art. 10. Não se admitirá, no pro-
cesso, qualquer forma de intervenção 
de terceiro nem de assistência. Admitir-
se-á o litisconsórcio.” 
 
“Art. 11. O Ministério Público inter-
virá nos casos previstos em lei.” 
Contagem de prazos processuais 
 
Polêmica com o CPC, que mudou a 
forma de contagem. Antes era em dias 
corridos, agora só se podem contar em 
dias úteis. Não diz nada sobre o jui-
zado, nem houve alteração na Lei 9099. 
 
Boa parte da doutrina e advogados de-
fendiam que deve ser contado em dias 
úteis, em harmonização com o CPC 
novo. Ficou polêmico por um tempo, ai 
em 2018 teve a Lei 13728 no art 12-A, 
que diz que o prazo é contado em dias 
úteis. 
 
“Art. 12-A. Na contagem de 
prazo em dias, estabelecido por lei ou 
pelo juiz, para a prática de qualquer ato 
processual, inclusive para a interposi-
ção de recursos, computar-se-ão so-
mente os dias úteis.” 
 
Processo eletrônico - Lei 11419/16. 
Diário de justiça agora é eletrônico, e 
precisa fazer a contagem conforme o 
diário. 
 
“Art. 4º Os tribunais poderão criar 
Diário da Justiça eletrônico, disponibi-
lizado em sítio da rede mundial de com-
putadores, para publicação de atos ju-
diciais e administrativos próprios e dos 
órgãos a eles subordinados, bem como 
comunicações em geral. 
§ 1º O sítio e o conteúdo das pu-
blicações de que trata este artigo de-
verão ser assinados digitalmente com 
base em certificado emitido por Autori-
dade Certificadora credenciada na 
forma da lei específica. 
§ 2º A publicação eletrônica na 
forma deste artigo substitui qualquer 
outro meio e publicação oficial, para 
quaisquer efeitos legais, à exceção dos 
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casos que, por lei, exigem intimação ou 
vista pessoal. 
§ 3º Considera-se como data da 
publicação o primeiro dia útil seguinte 
ao da disponibilização da informação 
no Diário da Justiça eletrônico. 
§ 4º Os prazos processuais terão 
início no primeiro dia útil que seguir ao 
considerado como data da publicação. 
§ 5º A criação do Diário da Jus-
tiça eletrônico deverá ser acompanhada 
de ampla divulgação, e o ato adminis-
trativo correspondente será publicado 
durante 30 (trinta) dias no diário oficial 
em uso.” 
 
Disponibiliza no diário -> você conse-
gue consultar no site da imprensa ofi-
cial do estado. 
No dia seguinte considera-se publi-
cado. 
No dia útil seguinte ao da publicação 
começa o prazo. 
 
Exemplo: Disponibilização em 31 de 
agosto de 2020, que foi segunda. Pu-
blica no dia 1 que é terça, prazo de 15 
dias, pula os finais de semana e o feri-
ado de 7 de setembro, então o prazo é 
23/09 (inclui o último dia). 
 
Perdeu o prazo = preclusão, ou seja, o 
ato processual não pode mais ser rea-
lizado.