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Depósitos Sedimentares

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Depósitos Sedimentares 
 
PETROLOGIA SEDIMENTAR E ESTATIGRÁFICA 
 
 
 
 
 
 Caroline Rodrigues Araújo Reis 
2014.1.35.020 
 
 
 
 
 
Poços de Caldas 
Julho de 2017 
 
Depósitos lacustres e/ou em planícies de inundação (Depósito continental) 
Um exemplo desse tipo de depósito é o de carvão do Estado de Santa Catarina, que 
contém: Turfas, linhitos e carvão mineral sem ou com U (BIONDI, 2015). 
Santa Catarina contém cerca de 8,5% da reservas de carvão conhecidas no país. O 
carvão é encontrado na Formação Rio Bonito, de idade Permiana, concentrando-se 
nessa unidade sedimentar, ao sul de Bom Retiro. Dessa forma, as bacias carboníferas de 
maior importância estão ao sul de Lauro Muller, prolongando-se por Urussanga, 
Siderópolis, Criciúma e estendendo-se na plataforma continental. Além disso, ocorrem 
até 10 camadas de carvão, que são sub-horizontais e a espessura acumulada pode atingir 
até 10 m, mas, individualmente raramente tenham mais de 2 m de carvão. Não obstante, 
os recursos são da ordem de 1.916 Mt, com minério do tipo betuminoso alto volátil a 
sub-betuminoso, com teor de cinzas muito elevado, com uma média entre 50% e 65% e 
o teor de enxofre variável. Por fim, as três principais camadas lavradas são a Barro 
Branco, a Irapuá e a Carvão Bonito, constituídas por camadas decimétricas de carvão, 
intercaladas por camadas decimétricas de folhelho, lavrado com o carvão 
(BIONDI, 2015). 
Depósitos de ambientes litorâneos (Depósito do subsistema sedimentar marinho) 
Um exemplo desse tipo de depósito é o de terras raras e zircônio de Porto Seguro, Prado 
e Alcobaça (BA) e Mataraca (PB) (BIONDI, 2015). 
Se trata de depósitos atuais, formados em zonas de espraiamento e em cordões 
litorâneos, a partir do desmantelamento dos sedimentos da Formação Barreiras, 
depositados e intemperizados há 13.6 ± 1.4 Ma, de idade Miocénico (Neogénico). Além 
disso, as espessuras das camadas mineralizadas chegam a 2 m, com cerca de 30 à 40 m 
de largura e extensões de cerca de 10 km. Não obstante, há locais com mais de 80% de 
minerais pesados, sobretudo ilmenita (70% do total), monazita e zircão. Dessa forma, as 
terras raras estão contidas nas monazitas (BIONDI, 2015). 
Depósitos tipo SEDEX do Vale do Ribeira: Mina (fechada) de Canoas (PR) 
A mina (paralisada) Canoas contém um depósito de sulfetos de Pb, Ag (Zn) com 
reservas de 968.000 t de minério com 3,1% de Pb, 3,5% de Zn e 63 g/t de Ag. Além 
disso, o minério está contido em três corpos mineralizados, um dos quais inteiramente 
lavrado. Não obstante, são corpos lenticulares com cerca de 1.000 m x 300 m x < 7,5 
m, compostos por concentrações laminadas e disseminações de sulfetos de Pb e Zn em 
meio a sedimentos químicos representados por rochas com barita, por calciossilicáticas, 
cherts e quartzo-micaxistos. Acrescenta-se ainda, o depósito é zonado lateralmente, 
predominando ganga com barita e calciossilicática na parte SW do depósito (mais rica 
em galena) e ganga silicática na parte NE (mais rica em esfalerita). Dessa forma, 
horizontes ricos em magnetita superpõem-se às lentes de minério. E, o minério com 
barita é finamente laminado, com alternância de níveis de chert, quartzo, barita, pirita e 
de sulfetos (galena, esfalerita, pirita, pirrotita, calcopirita e sulfossais) (BIONDI, 2015). 
 
Por fim, a região do Vale do Ribeira onde está inserido o Complexo Perau , com idade 
do Arqueano ao Proterozóico (PARANÁ, 2017). 
Depósito de urânio e ouro da Formação Moeda (MG): Depósitos de Au-U tipo 
Witwatersrand (Depósito de ambientes deltaicos) 
A Formação Moeda situa-se na base do Supergrupo Minas, no Quadrilátero Ferrífero 
(MG). Essa formação foi dividida em três unidades: Inferior, composta por quartzitos e 
conglomerados fluviais, com espessura de cerca de 100 m; a Intermediária, composta 
por quartzitos finos a médios, marinhos, com até 50 m de espessura; e a Superior, com 
alternância de conglomerados e quartzitos fluviais para os filitos carbonosoa. Muitas 
lavras de ouro, incluindo urânio e pirita, foram e são feitas nos conglomerados da 
unidade Inferior, no lado leste do Quadrilátero (BIONDI, 2015). 
Não obstante, a Formação moeda possui cerca de 2580 Ma, de Neo-Arcaica (Arcaico) 
(RENGER et al., 2000). 
 
Depósito de manganês intercalado em BIF -Raptain (Depósito de ambiente sedimentar 
marinho bacinal) 
Esse depósito ocorre nas Minas de Urucum, em Curimbá -MS. Estes estão em meio a 
rochas da formação Urucum (base) e Santa Cruz (topo), do Grupo Jacadigo, que está em 
discordância angular do embasamento. Não obstante,datações paleontológicas indicam 
que o Grupo Jacadigo foi sedimentado foi sedimentado entre 950 e 850 Ma, de idade 
Neo-proterozóico (Proterozóico). Além disso, as camadas de minério de manganês e 
ferro estão na FormaçãoSanta Cruz, no topo de elevações, com idade de 
aproximadamente 547 Ma, indicando que essas formações foram metamorfizadas no 
Brasiliano. Por fim, no Distrito Mineiro de Urucum foram cubadas reservas de 
36.000Mt de minério de ferro e 608Mt de minério de manganês, com teores de 25,6% e 
49,5% (BIONDI, 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
BIONDI, João Carlos. Processos metalogenéticos e os depósitos minerais 
brasileiros. 2. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2015. 551 p. 
PARANÁ, Governo do Estado do. Embasamento. Disponível em: 
<http://www.mineropar.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=23>. 
Acesso em: 8 jul. 2017. 
RENGER, Friedrich E. et al. EVOLUÇÃO SEDIMENTAR DO SUPERGRUPO 
MINAS: 500 MA. DE REGISTRO GEOLÓGICO NO QUADRILÁTERO 
FERRÍFERO, MINAS GERAIS, BRASIL. Geonomos, Belo Horizonte, v. 1, n. 2, p.1-
11, out. 2000. Disponível em: 
<http://general.igc.ufmg.br/geonomos/PDFs/2_1_01_11_Renger.pdf>. Acesso em: 9 
jul. 2017.

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