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Discentes: Imaculada Conceição Costa Rabelo Lucinda Milca de Brito Paulino Quezia Jemima Batista Lima Docente: Danielle Santiago da Silva Varela Disciplina: Clínica em Neurologia TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO • O TCE constitui qualquer agressão que acarrete lesão anatômica ou comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges ou cérebro. • Lesão traumática, extra ou intracraniana, com ou sem fratura, que pode levar o paciente a óbito ou a incapacidades temporárias ou permanentes. DEFINIÇÃO • Primeira causa de mortalidade entre pessoas de 15 a 25 anos. Sexo masculino. • Segunda mais frequente patologia neurológica. INCIDÊNCIA • Acidentes automobilísticos • Quedas • Violência urbana: objetos perfurantes, armas de fogo, arma branca • Acidentes esportivos PRINCIPAIS CAUSAS • 1. Traumatismo craniano fechado: ausência de ferimentos no crânio ou, quando muito, fratura linear. Contusão, laceração, hemorragias e edema. • 2. Fratura com afundamento do crânio: presença de fragmento ósseo fraturado afundado, comprimindo e lesando o tecido cerebral adjacente. • 3. Fratura exposta do crânio: ocorre laceração dos tecidos e comunicação direta do couro cabeludo com a massa encefálica através de fragmentos ósseos afundados ou estilhaçados, em geral a lesão é grave e há grande possibilidade de complicações infecciosas intracranianas. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A NATUREZA DO FERIMENTO DO CRÂNIO • Lesão Primária: quando os sinais e sintomas se manifestam após o trauma, definida pelas alterações biomecânicas. • Lesão Secundária: quando os sinais se manifestam um tempo depois do trauma, aparecendo tardiamente. CLASSIFICAÇÃO • Aceleração, desaceleração e forças rotacionais, assim como objetos perfurocortantes, agem para causar laceração do tecido, compressão, tensão. FISIOPATOLOGIA • Lesão hipóxico-isquêmica: Resultado da falta de fluxo sanguíneo oxigenado no tecido cerebral. • Lesão Focal: Área do encéfalo sob o local do impacto. • Lesão axonal difusa (LAD): Corte e retração nos axônios lesados. • Aumento da pressão intracraniana (PIC): Causada por: edema, hematomas ou anormalidades na dinâmica do fluido intracerebral TIPOS DE LESÃO • Tomografia Computadorizada • Ressonância Magnética DIAGNÓSTICO Comprometimentos Neuromusculares: • Tônus anormal; • Posturas primitivas: rigidez descorticada (MMSS V e MMII /) ou descerebrada (MMSS e MMII /); • Alterações na sensibilidade; • Alterações no equilíbrio (comprometimento da propriocepção, visuais ou vestibulares); • Comprometimento do controle motor; • Paresia/Paralisia. ALTERAÇÕES ALTERAÇÕES Comprometimentos Cognitivos: • Alterações do nível de consciência; • Déficits de orientação e memória; • Déficits de atenção (hiperatividade, impulsividade e da atenção); • Comprometimento da função executiva. ALTERAÇÕES Comprometimentos Comportamentais: • Desinibição sexual e emocional; • Apatia; • Agressividade; • Impulsividade; • Irritabilidade. ALTERAÇÕES Comprometimentos de Comunicação: • Afasia de Brocá (Motora): compreende a linguagem falada ou escrita, mas é incapaz de se expressar. • Afasia de Wernick (Sensitiva): incapacidade de reconhecer a linguagem falada ou escrita. Área de Brocá: Localizada no lobo frontal esquerdo; aspectos da expressão da linguagem; controla a articulação da fala. Área de Wernick: Localizada no lobo temporal esquerdo; aspectos da percepção da linguagem. ALTERAÇÕES Comprometimentos de Comunicação: • Disartria; • Déficits auditivos; • Comprometimento da compreensão da leitura e expressão escrita. ALTERAÇÕES Comprometimentos Visuais e Perceptíveis: • Hemianopsia ou cegueira cortical; • Apraxia; • Déficits de discriminação entre direita e esquerda. Comprometimento da Deglutição: • Disfagia. ALTERAÇÕES Natureza complexa do TCE e da imobilização prolongada. Comprometimentos Indiretos associados ao TCE: Contraturas de tecido mole; Úlceras de pressão; Ossificação heterotópica; Diminuição da densidade óssea; Atrofia muscular; Infecção; Lesão de nervos periféricos. AVALIAÇÃO - ESCALAS Escala clínica mais utilizada para avaliar o nível de consciência e ajuda a definir o grau de severidade da lesão. Pode ser utilizado como uma medida prognóstica. FONTE: https://www2.ufjf.br/neurologia/2018/12/11/escala-de-coma-de-glasgow-importancia-e- atualizacao-de-2018/ AVALIAÇÃO - ESCALAS Utilizada para avaliar amnésia pós traumática (APT). Foi demonstrado que ele é um preditor validado de resultados em longo prazo após um TCE. É composto por um série de perguntas. Pontuação entre 100 a 76 é considerada normal. FONTE: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080- 62342009000500006 AVALIAÇÃO - ESCALAS Rancho de los amigos É utilizada para descrever os padrões cognitivos e comportamentais de pacientes com TCE à medida que se recuperam: I – Sem resposta II – Resposta generalizada III – Resposta localizada IV – Agitado e confuso V – Confuso e inapropriado VI – Confuso e apropriado VII – Automático e apropriado VIII – Com proposito e apropriado AVALIAÇÃO - ESCALAS A Escala de Classificação de Deficiências de Rappaport (ECD) pode ser utilizada em acompanhar o progresso individual do coma até a integração na comunidade. A pontuação máxima é 29 e é indicativo de estado vegetativo extremo enquanto a pontuação mínima é zero e indica ausência de deficiência FONTE: Susan B. O. Sullivan; Thomas J. Schmitz (2010) AVALIAÇÃO - ESCALAS A Medida de Independência Funcional (MIF) é utilizada para medir a mobilidade funcional e a função durante as atividades diárias, sendo útil no monitoramento do progresso e na avaliação dos resultados FONTE: https://actafisiatrica.org.br/detalhe_artigo.asp?id=322 • O’SULLIVAN, S. B; SCHMITZ, T. J. Fisioterapia: Avaliação e Tratamento. 5ª Ed. São Paulo: Manole, 2010. REFERÊNCIAS
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