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TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO

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FISIOTERAPIA NA ATENÇÃO SECUNDÁRIA 
 
Traumatismo 
Cranioencefálico 
1 
 
DEFINIÇÃO 
❖ É uma agressão ao encéfalo, gerado por 
uma força física externa, que pode produzir 
um: 
• Estado diminuído de consciência, a 
qual pode resultar em: 
 
❖ O TCE é qualquer lesão decorrente de um 
trauma externo (no ambiente), que tenha 
como consequência alterações anatômicas 
do crânio como: 
• Fratura ou laceração (corte) do couro 
cabeludo, 
• O comprometimento funcional das 
meninges, encéfalo ou seus vasos, 
resultando em alterações cerebrais, 
momentâneas ou permanentes, de 
natureza cognitiva ou funcional. 
 
TIPOS DE TCE 
❖ Traumatismo cranioencefálico fechado: é 
chamado de concussão cerebral (contusão, 
laceração, hemorragias e ou edema) com 
lesão do parênquima cerebral. 
❖ Você não vê nada externamente, e sim lá 
dentro do encéfalo. 
 
 
 
 
 
 
❖ Fratura com afundamento de crânio: o 
fragmento ósseo comprime e lesiona o 
tecido cerebral adjacente. 
 
❖ Fratura exposta do crânio: laceração do 
tecido ósseo craniano e os fragmentos 
ósseos lesionam a massa encefálica, com 
grande possibilidade de complicações 
infecciosas intracranianas. 
 
FISIOPATOLOGIA 
LESÃO FOCAL 
❖ “lesão de contragolpe”, dano cerebral na 
área do impacto e no lado oposto a esta 
área) 
 
 
 
 
 
2 
 
❖ Epidural: hematoma se forma fora do 
cérebro 
❖ Subdural: hematoma está diretamente no 
cérebro. 
 
LESÃO DIFUSA 
❖ Lesão ocasionada por forças rotacionais 
que causam lesão axonal difusa (LAD), 
caracterizada por corte e retração nos 
axônios lesionados. (Cérebro torceu lá 
dentro, rodou rompei) 
 
 
EPIDEMIOLOGIA 
❖ O TCE é uma das causas mais frequentes 
de morbidade e mortalidade em todo o 
mundo. 
❖ Maior causa de morte e de deficiência em 
jovens. 
❖ Sexo masculino é o mais afetado, entre 20 
e 29 anos de idade. 
❖ Devido à faixa etária acometida, os danos 
socioeconômicos para a sociedade são 
enormes. 
❖ É responsável por 75% a 97% das mortes 
por trauma em crianças. 
❖ Nos Estados Unidos estima-se que 
anualmente ocorra 1,7 milhão de casos. 
❖ 52 mil resultarão em mortes, 275 mil em 
hospitalizações e 1.365.000 receberão 
atendimento hospitalar de urgência e 
emergência. 
❖ No Brasil os dados não são diferentes. 
Segundo o DATASUS 
(www.datasus.gov.br), entre janeiro de 2005 
e setembro de 2006, 48.872 pessoas foram 
internadas por TCE, sendo que destas, 
21.541 eram da Região Metropolitana de 
São Paulo. 
ETIOLOGIA (causas) 
❖ 50% - Acidentes automobilísticos 
(associado ao consumo de álcool e drogas): 
❖ Neste grupo, a principal faixa etária é de 
adolescentes e adultos jovens. 
❖ 30% quedas neste grupo há um grande 
número de idosos e crianças., 
❖ Entretanto, no Brasil são muito frequentes 
as quedas de lajes, que são ignoradas 
pelas estatísticas internacionais. 
❖ 20% - Causas “violentas”: 
❖ Ferimentos por projétil de arma de fogo e 
armas brancas. 
❖ Outros casos em esportes como o futebol 
americano e o boxe. 
DIAGNÓSTICO 
❖ Desmaio 
❖ Perda da consciência 
❖ Cefaleia intensa 
❖ Sangramento pela boca, nariz ou ouvido 
❖ Diminuição da força muscular 
❖ Sonolência 
❖ Dificuldades na fala 
❖ Alterações da visão e audição 
❖ Perda da memória e coma 
OBS! OS SINTOMAS PODEM DEMORAR 
ATÉ 24H PARA SURGIR, POR ISSO 
IMPORTANTE OBSERVAR O PACIENTE 
NESTE PERÍODO, DE PREFERÊNCIA EM 
AMBIENTE HOSPITALAR. 
• RM OU TC COMPUTADORIZADA DA 
CABEÇA 
• RAIO – X DA CABEÇA 
❖ Testes clínicos: 
❖ escala de coma de Glasgow, - 
PRINCIPAL (usa muito na UTI) 
❖ exame neurológico, 
❖ teste neuropsicológico (avaliar déficit 
cognitivo e comportamental). 
QUADRO CLÍNICO 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
COMPLICAÇÕES 
❖ contratura de tecido mole; 
❖ lesão por pressão; 
❖ trombose venosa profunda (TVP); 
❖ ossificação heterotrófica; 
❖ diminuição da densidade óssea; 
❖ atrofia muscular; 
❖ diminuição da resistência; 
❖ infecção; e pneumonia. 
❖ Dificuldades gastrointestinais, 
❖ geniturinárias, 
❖ respiratórias e cardiovasculares, 
❖ convulsões, 
❖ hidrocefalia, 
❖ estado vegetativo persistente (destruição 
das funções intelectuais mais sofisticadas). 
AVALIAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUANTO MENOR A PONTUAÇÃO MAIS 
GRAVE O TCE 
 
❖ Tanto a avaliação, quanto o tratamento 
fisioterapêutico do paciente pós- TCE, 
dependerão do nível da: 
• Escala do Rancho Los Amigos. 
É dividida em 8 níveis. 
❖ Cada nível apresenta um tipo de resposta 
motora e comportamental e, assim, são 
traçados os objetivos e as condutas 
apropriadas; 
TRATAMENTO 
- NÍVEIS I, II E III: RESPOSTA DIMINUÍDA OU 
DE NÍVEL INFERIOR (HOSPITALIZADO). 
❖ Objetivos: prevenção de complicações 
secundarias, melhora da excitação 
sensorial, organização do tônus muscular, 
transição de postura e educação familiar. 
❖ Condutas: posicionamentos corretos, 
manuseios corretos, alongamentos, 
mudanças de decúbitos, fisioterapia 
respiratória, mobilizações passivas, 
estimulação sensorial (auditivo, olfativo, 
gustativo, visual, tátil, cenestésico e 
vestibular) e sentar em posição ereta 
(cadeira de rodas, cadeira comum ou mesa 
ortostática). 
-NIVEL IV: NIVEL DE RECUPERAÇÃO 
CONFUSO/AGITADO. 
❖ Objetivos: manter as capacidades 
funcionais, prevenir a explosão da 
agitação, auxiliar a controlar o 
comportamento e educar a família. 
❖ Condutas: estabelecer uma rotina diária, 
manter as atividades de amplitude de 
movimento passiva e ativa e estimular 
tarefas funcionais (AVDs). 
- NÍVEL V E VI: NÍVEL DE RECUPERAÇÃO 
CONFUSO/INADEQUADO E 
CONFUSO/ADEQUADO. 
❖ Objetivos: melhora da mobilidade funcional, 
marcha, equilíbrio, segurança nas tarefas 
funcionais e educação da família. 
❖ Condutas: treinamento locomotor com 
suporte de peso corporal em esteira, terapia 
de contensão induzida, transição de 
posturas, método neuro evolutivo Bo Bath e 
facilitação neuromuscular proprioceptiva 
(FNP). 
- NÍVEL VII E VIII: NIVEL DE RECUPERAÇÃO 
COM RESPOSTA ADEQUADA. 
❖ Objetivos: manutenção de todas as 
habilidades conseguidas (mobilidade 
funcional, controle motor, equilíbrio e 
controle postural), reintegração no trabalho 
e na comunidade e educação do paciente e 
da família. 
❖ Condutas: manter o acompanhamento 
fisioterapêutico e participar de grupos de 
apoio. 
❖ Orientações à família e cuidadores; 
❖ Participação de grupos de apoio e 
condicionamento físico; 
PACIÊNCIA COM RELAÇÃO À ALTERAÇÃO 
DE COMPORTAMENTO DO PACIENTE É DE 
EXTREMA IMPORTÂNCIA! 
Resumo: Victória Souza 
https://www.instagram.com/vicafisio/ 
https://www.instagram.com/vicafisio/

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