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Aula Parecer 04

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Prévia do material em texto

REDAÇÃO DE PARECER 
ANALISTA LEGISLATIVO – ATRIBUIÇÃO TÉCNICO EM MATERIAL E PATRIMÔNIO 
(CÂMARA DOS DEPUTADOS) 
PROFESSOR RENATO FENILI 
1 
Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br 
Olá, amigo(a)concursando (a), 
Faltam apenas 10 dias!! 
Hoje serão propostos os temas para a elaboração doterceiro parecer. 
AULA CONTEÚDO 
4 
• Comentários ao Exercício 2. 
• Exercício 3: proposição de temas 
 
 
Nesta aula haverá, inicialmente, um feedbackgeral sobre os temas 
propostos na aula anterior. 
Os temas apresentados nesta aula são mais difíceis que os anteriores. 
Creio que o parecer a ser cobrado pelo CESPE não chegue neste nível de 
dificuldade. 
Vamos ao trabalho! 
 
REDAÇÃO DE PARECER 
ANALISTA LEGISLATIVO – ATRIBUIÇÃO TÉCNICO EM MATERIAL E PATRIMÔNIO 
(CÂMARA DOS DEPUTADOS) 
PROFESSOR RENATO FENILI 
2 
Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br 
I. Comentários aos Temas Propostos na Aula 02
TEMA 1: COBRANÇA ADMINISTRATIVA
Vejamos os comentários dos quesitos solicitados por ocasião da 
confecção do parecer alusivo ao Tema 1: 
 
• o valor apurado para o débito 
correspondente 
O débito é calculado em duas etapas: 
a) cálculo do valor do bem, após a 
depreciação:
Nesta etapa, inicialmente, deve-se determinar o percentual total 
depreciado, relativo ao bem. Há de se ressaltar que a depreciação é dada 
mensalmente (e não apenas anualmente, ok?). Assim, o primeiro passo é 
calcular a cota mensal de depreciação:
 çã %
10% 
12 meses
0,83333 … %
Desde a aquisição do equipamento (considerando-se, para fins de 
facilidade de cálculo, 30 de junho de 2010), até o sinistro (01 de janeiro de 
2012), foram decorridos 18meses. Assim, podemos calcular o percentual 
total de depreciação: 
 % 0,83333 … % 18 15%
REDAÇÃO DE PARECER 
ANALISTA LEGISLATIVO – ATRIBUIÇÃO TÉCNICO EM MATERIAL E PATRIMÔNIO 
(CÂMARA DOS DEPUTADOS) 
PROFESSOR RENATO FENILI 
3 
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Finalmente, chegamos ao valor atualizado do bem. Para tanto dever-
se-ia recorrer ao Ato da Mesa nº 76/97, em especial ao seu art. 4º: 
Art. 4º Quando se tratar de desaparecimento ou avaria de bens patrimoniais, 
o débito será calculado levando-se em conta o valor de mercado do bem 
novo ou o valor atualizado de sua aquisição, aplicando-se, em ambos os 
casos, uma taxa de depreciação residual de dez por cento ao ano, no caso de 
mobiliário e equipamentos em geral. 
 $ 2.000,00 0,85 $ . ,
Conforme destacado acima,há duas opções, destacadas abaixo: 
• Incide-se o percentual de 85% (100% - 15%) ao montante 
correspondente ao valor de mercado do bem novo (R$ 2.000,00) 
• Incide-se o percentual de 85% (100% - 15%) ao montante 
correspondente à aquisição do bem (R$ 2.200,00): 
 $ 2.200,00 0,85 $ . ,
Ambas as linhas de ação seriam consideradas válidas no parecer. 
Seria, no entanto, preferível que fosse cobrado o valor a menor (R$ 
1.700,00), até mesmo em atendimento à proporcionalidade do ato 
administrativo: deve-se adotar a medida mais branda que atenda o objetivo 
almejado (a indenização do bem). 
b) atualização do valor do débito
Os valores calculados anteriormente são referentes ao débito no dia do 
sinistro. No entanto, tais valores devem ser atualizados até a data atual 
(abril de 2012, no “case”). O modo como se dá esta atualização está previsto 
no art. 2º do Ato da Mesa nº 76/97. 
Art. 2º O débito de responsabilidade de ex-deputado ou de terceiros será 
atualizadomonetariamente pelo sistema DÉBITO do Tribunal de Contas da 
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ANALISTA LEGISLATIVO – ATRIBUIÇÃO TÉCNICO EM MATERIAL E PATRIMÔNIO 
(CÂMARA DOS DEPUTADOS) 
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União, ou outro sistema que vier a substituí-lo, a partir da data do 
evento ou, na impossibilidade de identificá-la, a partir da data 
doconhecimento do fato. 
O Sistema DÉBITO, em sua versão web, está disponível no seguinte 
sítio da Internet: 
http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/debito
Logicamente, na ocasião da prova, não teríamos acesso a este 
Sistema. Dessa maneira, bastaria mencionar que o valor calculado após a 
depreciação seria atualizado, nos moldes do artigo transcrito acima. 
• viabilidade (ou não) de recuperação do notebook avariado; 
No “case”, há a informação de que o orçamento para o reparo do 
notebook perfaz o montante de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), 
correspondendo a 75% (setenta e cinco por cento) do valor atual de 
mercado. 
De posse destas informações, recorre-se ao art. 30 do Ato da Mesa nº 
63/97: 
Art. 30. Quando a perda das características ou avaria do material 
permanente decorrer do uso normal ou de outros fatores que independem da 
ação do usuário, a Coordenação de Patrimônio providenciará a 
recuperação do material danificado, observada a sua viabilidade 
econômica e oportunidade. 
Parágrafo único. A recuperação somente será considerada viável se a 
despesa envolvida com o material permanente orçar no máximo em 50% 
(cinquenta por cento) do seu valor de mercado. 
Pelo excerto acima, deduz-se que obem é considerado irrecuperável, 
pela Administração. 
Contudo, cabe um adendo sob ótica distinta: o ex-deputado poderia 
providenciar a recuperação do bem, custeando o valor para o seu reparo? 
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Neste caso, o conceito de o bem ser recuperável ou não passaria a ser 
algo a ser discutido apenas se a Administração estivesse responsável por 
uma eventual recuperação.Contudo, não há previsão, nos normativos 
internos estudados, da possibilidade do responsável proceder ao 
reparo do bem. 
Em síntese: o bem é considerado irrecuperável, pela Administração, 
dado que não cabe ao ex-parlamentar proceder ao seu reparo. Neste caso, a 
Câmara dos Deputados irá verificar as possibilidades de alienação do bem 
avariado. 
• procedimentos e competências para a baixa patrimonial do bem 
avariado; 
Para esta informação, o(a) candidato(a) deveria recorrer ao §6º do art. 
4º do Ato da Mesa nº 76/97, a saber: 
§ 6º Após regular processo de identificação, o Diretor-Geral autorizará a 
baixa do bem no registro do sistema patrimonial, nos seguintes casos: 
I - após a cobrança do responsável, observado o disposto no § 7º; 
II - quando não for possível a identificação do responsável (não se aplica 
ao “case”) 
• possibilidade (ou não) de dispensa de cobrança administrativa; 
Conforme o §2º do art. 1º do Ato da Mesa nº 76/97, a dispensa de 
cobrança administrativa dar-se-á quando o valor total atribuído a um 
mesmo devedor não atingir 1% (um por cento) do limite mínimo atribuído 
pelo Tribunal de Contas da União para instauração de Tomada de Contas 
Especial. Sendo o valor estipulado pela IN nº 56/2007 daquele Tribunal 
equivalente a R$ 23.000,00, não haverá cobrança apenas se o somatório de 
débitos imputados a um mesmo responsável não chegar a R$ 230,00 – o 
que não se coaduna com o descrito no “case”. 
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• opções cabíveis ao Sr. João da Silva, no que concerne à situação 
ora exposta; 
Teoricamente, ao Sr. João da Silva caberiam duas opções, atinentes à 
quitação do débito: a indenização ou a reposição do bem. Contudo, há 
de se despender um olhar mais detido ao §4º do art. 4º do Ato da Mesa nº 
76/97: 
§ 4º O responsável pelo extravio ou avaria do bem poderá, num prazo de 
trinta dias após o conhecimento do fato, optar pela reposição do bem, 
ficando a aceitação do mesmo condicionada a parecer técnico do 
Departamento de Material e Patrimônio, auxiliado por outros setores da 
Casa, quando necessário. 
Para fins do parecer, podemos considerar o “conhecimento do fato” 
como o própriodano do computador. Este termo (“conhecimento do fato”) é 
mais bem aplicado em uma situação de desaparecimento do bem, que só é 
evidenciado durante um inventário. 
De qualquer modo, não cabe mais a opção pela reposição do bem, 
dado que já houve o decurso do prazo de 30 (trinta) dias do conhecimento 
do fato. 
• possibilidade (ou não) de parcelamento da quitação do débito, 
bem como procedimentos a serem tomados no caso de 
inadimplência de parcela 
Para atender este quesito, o(a) candidato(a) deveria buscar 
fundamento no art. 5º doAto da Mesa nº 76/97, a saber: 
Art. 5º O débito de ex-deputado, desde que não objeto de tomada de contas 
especial, poderá ser parcelado em até seis pagamentos mensais e 
consecutivos, aplicando-se, em cada parcela, atualização monetária e 
juros de mora de um por cento ao mês-calendário ou fração. 
(...) 
§ 2º A inadimplência no pagamento de qualquer parcela ensejará o 
cancelamento automático do parcelamento e o vencimento de todas as 
parcelas futuras. 
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Logicamente, como vemos acima, só poderá haver o parcelamento se o 
débito não for objeto de tomada de contas especial (TCE). Tal informação é 
dirimida no próximo tópico: 
• possibilidade (ou não) de instauração de procedimento de 
Tomada de Contas Especial (TCE), a ser submetido ao 
julgamento do Tribunal de Contas da União. 
Preliminarmente, vejamos o que nos traz o art. 6º do Ato da Mesa nº 
76/97: 
Art. 6º Somente após esgotadas as providências administrativas com vistas 
ao ressarcimento dos débitos será instaurada tomada de contas especial e, 
desde logo, encaminhada ao Tribunal de Contas da União, para julgamento, 
quando o valor do dano atualizado monetariamente, acrescido dos 
encargos legais, for superior à quantia para esse efeito fixada 
anualmente por aquele tribunal. 
A quantia a que se refere o artigo acima é constante da Instrução 
Normativa nº 56/2007, do Tribunal de Contas da União. 
Com esteio na referida IN, não é cabível a instauração de tomada de 
contas especial (TCE). Tal fato é devido ao valor do dano ao erário ser 
inferior a R$ 23.000,00 (vinte e três mil reais, conforme art. 11 da IN em 
pauta). 
A instauração de TCE será efetivada e remetida ao TCU para julgamento 
tão somente no caso de a soma de outros débitos do ex-deputado João da 
Silva venha a ultrapassar o valor referido. Destarte, na desnecessidade de 
abertura de TCE, esgotadas as medidas administrativas e não havendo 
ressarcimento do dano do notebook, o nome do ex-parlamentar deverá ser 
incluído no Cadastro de Informações de Débitos não Quitados de Órgãos e 
Entidades Federais – CADIN e em outros cadastros afins (§2º do art. 5º da 
IN nº 56/2007 – TCU). 
 
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TEMA 2: AQUISIÇÃO DO FINAL DO ANO...
Vejamos os 
comentários dos quesitos 
solicitados por ocasião da 
confecção do parecer 
alusivo ao Tema 2: 
• Competência (ou não) da SECIN em avaliar o processo em tela 
Para esta informação, o(a) candidato(a) deveria recorrer ao art. 3º da 
Resolução nº 69/1994: 
Art. 3º Compete à Secretaria de Controle Interno, no âmbito da 
Câmara dos Deputados, o exercício das funções de auditoria contábil, 
financeira, patrimonial e operacional e, em particular: 
(...) 
III - examinar os processos relacionados com licitações ou suas 
dispensas e inexigibilidades, e contratos celebrados pela Câmara dos 
Deputados; 
Deste modo, denota-se que há competência da SECIN para auditar 
processos de contratação em geral, inclusive as efetuadas mediante 
inexigibilidade de licitação. 
• Adequação (ou não) do agrupamento dos itens em um lote único, 
por ocasião da condução do pregão. 
Para esta informação, o(a) candidato(a) deveria recorrer à Lei nº 
8.666/93 e/ou à jurisprudência do Tribunal de Contas da União. 
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Com relação à Lei de Licitações e Contratos, recorre-se ao inciso IV de 
seu art. 15: 
Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: 
 (...) 
IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para 
aproveitar as peculiaridades do mercado, visando economicidade; 
A “divisão em parcelas” referida pela Lei nº 8.666 refere-se à partição do 
objeto, possibilitando que mais empresas ingressem na disputa pela oferta 
da melhor proposta à Administração. 
Da mesma forma, o Manual de Licitações e Contratos do TCU (pg. 238) 
nos traz o seguinte posicionamento sobre a conveniência do não-
agrupamento dos itens: 
Na licitação por item, há a concentração de diferentes objetos num 
único procedimento licitatório, que podem representar, cada qual, certame 
distinto. 
De certo modo, está-se realizando “diversas licitações” em um só 
processo, em que cada item, com características próprias, é julgado como se 
fosse uma licitação em separado, de forma independente. 
Deve o objeto da licitação ser dividido em itens (etapas ou 
parcelas) de modo a ampliar a disputa entre os licitantes. Deve ficar 
comprovada a viabilidade técnica e econômica do feito, ter por objetivo o 
melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e a preservação 
da economia de escala. 
 
Para esgotar o assunto, podemos, ainda, nos voltar ao Acórdão nº 
2.410/2009 – Plenário, do TCU: 
Licitação em lotes ou grupos, como se itens fossem, deve ser vista 
com cautela pelo agente público, porque pode afastar licitantes que não 
possam habilitar-se a fornecer a totalidade dos itens especificados nos lotes 
ou grupos, com prejuízo para a Administração. 
Em princípio, essa divisão só se justifica quando o lote ou grupo for 
constituído de vários itens para um só local ou ambiente. Por 
exemplo: compra de móveis, em que todos os itens constantes do lote ou 
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grupo, destinados a um determinado ambiente, devem ser adquiridos de 
uma só empresa, de forma a manter idêntico estilo, modelo, design etc. 
Proceda à analise mais detida no tocante aos agrupamentos de itens em 
lotes, de modo a evitar a reunião em mesmo lote de produtos que 
poderiam ser licitados isoladamente ou compondo lote distinto, de 
modo a possibilitar maior competitividade no certame e obtenção de 
proposta mais vantajosa para a administração, fazendo constar dos autos do 
procedimento o estudo que demonstre a inviabilidade técnica e/ou 
econômica do parcelamento; 
• Adequação (ou não) do procedimento adotado pelo DEFIN, no que 
concerne à execução financeira. Em caso de inadequação, 
discorrer sobre o procedimento correto; 
Para esta informação, o(a) candidato(a) deveria recorrer à Lei nº 
4320/64, ao Decreto nº 93.872/86 e/ou ao Manual do SIAFI e MCASP. 
A regra, em termos de execução financeira, que deveria ter sido 
observada pelo DEFIN, é sintetizada pelo excerto abaixo: 
“Os empenhos não anulados, bem como os referentes a despesas já 
liquidadas e não pagas, serão automaticamente inscritos em Restos a 
Pagar, no encerramento do exercício, pelo valor devido, ou, caso seja este 
desconhecido, pelo valor estimado para a liquidação do compromisso1.” 
Há dois tipos de restos a pagar: 
• Despesa empenhada e não liquidada = restos a pagar não 
processados; 
• Despesa empenhada, liquidada e não paga = restos a pagar 
processados. 
 
1Fonte: http://www.lrf.com.br/mp_op_restos_pagar.html 
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No “case”, em uma mesma nota de empenho, tínhamos os dois tipos de 
restos a pagar. Quando a despesa é liquidada, automaticamente ela é 
inscrita em restos a pagar (processado) 
Quando a despesa ainda não foi liquidada, o a ação é fundamentada 
pelo Decreto 93.872/86: 
Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 
31 de dezembro, para todos os fins, salvo quando: 
I - vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo 
credor, nele estabelecida; 
No “case”, o referido prazo estava vigente, de forma que a despesa é, 
da mesma forma, inscrita em restos a pagar. Este era o procedimento a 
ser adotado pelo DEFIN. 
• Eventuais falhas processuais evidenciadas no “case” 
O(a) candidato(a) deveria recorrer ao Manual de Gestão de Materiais da 
Câmara dos Deputados, mais especificamente a seu subitem 2.5.1.: 
2.5.1. Todo pedido de aquisição só deverá ser processado após verificação 
da inexistência, no Almoxarifado, do material pleiteado, de similar, ou 
sucedâneo que possa atender as necessidades do usuário. 
Caso tivesse havido a verificação da existência, em almoxarifado, de 
televisores, o quantitativo solicitado no pregão seria já correspondente a 8 
(oito) unidades, evitando o empenho da despesa referente às duas unidades 
adicionais (existentes em estoque). 
• Existência (ou não) de possibilidade legal para o não recebimento 
da totalidade de televisores solicitada inicialmente. 
Para esta informação, o(a) candidato(a) deveria recorrer ao art. 65 da 
Lei nº 8.666/1993: 
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Art. 65, § 1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições 
contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, 
serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial 
atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de 
equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus 
acréscimos. 
Estando a supressão dos 2 (dois) televisores incluídos no limite de 25% 
a qual a Contratada é obrigada a aceitar o não recebimento parcial da 
mercadoria. Neste caso, a Câmara dos Deputados procede à anulação parcial 
da nota de empenho. 
 
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TEMA 3: COMPRA DIRETA 
Vejamos os comentários dos quesitos solicitados por ocasião da confecção do 
parecer alusivo ao Tema 3: 
• Competência (ou não) da SECIN em 
avaliar o processo em tela 
Trata-se do mesmo conteúdo já discutido 
no Tema 2, referente ao qual dever-se-ia 
recorrer à Resolução nº 69/94. 
 
• Fundamentação da contratação por inexigibilidade de licitação, no 
caso exposto 
Para esta informação, o(a) candidato(a) deveria recorrer ao art. 25 da Lei 
nº 8.666/93. 
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de 
competição, em especial: 
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam 
ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial 
exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de 
exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de 
registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o 
serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, 
pelas entidades equivalentes; 
(...) 
Eis uma dúvida levantada em alguns pareceres: 
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A inexigibilidade de licitação, por fornecedor exclusivo, abarca 
apenas aquisição de bens?? 
Não!! A inexigibilidade de licitação, por fornecedor exclusivo, abarca 
também serviços. Ninguém melhor do que Marçal Justen Filho (2000; p. 284) 
para discorrer sobre o tema: 
O inc. I do art. 25 alude apenas a compras e somente ao caso do 
representante exclusivo. Isso não significa, porém, excluir a 
possibilidade de contratação direta em contratos que envolvam 
serviços (ou obras). Aliás, a própria redação do inc. I induz essa 
amplitude, diante da referência final a ‘local em que se realizaria a licitação 
ou a obra ou o serviço’, admitindo implicitamente que também essas 
espécies de contratações comportam inexigibilidade. [...] a regra legal não 
foi estabelecida em virtude de peculiaridade vinculada ao conceito de 
‘compra’. O exame do art. 25, inc. I, evidencia situação de inviabilidade de 
competição em virtude da ausência de pluralidade de particulares em 
situação de contratação.(...) 
• Adequação dos documentos de exclusividade apresentados pela 
contratada; 
Para esta informação, o(a) candidato(a) deveria recorrer ao art. 4º da 
Portaria-DG nº 103/2005 e ao Manual de Aquisições da Câmara dos 
Deputados. 
A seguir, examinaremos os documentos de exclusividade apresentados: 
1. Carta da Organização Oktoberfest, traduzida oficialmente, 
asseverando ser a Empresa XYZ a única representante de seus 
elevadores em território brasileiro. 
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Este documento não tem valor para fins de comprovação de 
exclusividade. Tal fato se deve à vedação da “autodeclaração de 
exclusividade”, conforme estatuído no Manual de Aquisições da Câmara 
dos Deputados, em seu subitem 2.2.3.2: 
Não tem valor legal a ‘autodeclaração de exclusividade’, na qual a 
própria empresa declara ser exclusiva no fornecimento de determinado 
produto, tampouco a declaração na qual o fabricante indica a empresa como 
distribuidor exclusivo do produto na praça. 
2. Declaração de Exclusividade do Sindicato Brasileiro de 
Elevadores (SBE), autenticada, afirmando ser a Empresa XYZ a 
única representante, em território brasileiro, da Organização 
Oktoberfest, fornecedora de elevadores da mesma marca. 
Primeiramente, podemos nos voltar à Portaria nº 103/05: 
Art. 4º, § 2º Com relação à documentação comprobatória da 
exclusividade do fornecedor, prevista no inciso II, o Departamento de 
Material e Patrimônio verificará: 
I - a procedência das informações, junto à entidade emissora da 
declaração de exclusividade; 
II - se a entidade emissora possui as condições materiais e jurídicas para 
atestar a exclusividade; 
III - se a declaração está firmada e reconhecida em cartório.
 No “case”, a Declaração de Exclusividade está apenas autenticada, 
faltando o reconhecimento em cartório. 
No entanto, há falha mais grave na instrução processual. ADeclaração 
de Exclusividade emitida pelo Sindicato Brasileiro de Elevadores (SBE) 
está atestando apenas que a Empresa XYZ é representante de sua matriz 
alemã em território brasileiro, fornecedora de elevadores Oktoberfest. 
Não há a informação de que a referida Declaração contemple também os 
serviços de manutenção dos elevadores em questão. 
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• Adequação dos demais documentos enviados à Câmara dos 
Deputados; 
Para esta informação, o(a) candidato(a) deveria recorrer ao art. 6º da 
Portaria-DG nº 103/2005. Neste caso, há de se analisar as caraterísticas da 
proposta enviada: 
“Cópia da proposta comercial da Empresa XYZ, perfazendo R$ 93.000,00 
(noventa e três mil reais), enviada à Câmara dos Deputados por fax”O “case” não informa do cumprimento do disposto no art. 6º da referida 
Portaria: 
Art.6º Nos processos administrativos de aquisição de bens ou contratação 
de serviços por inexigibilidade ou dispensa de licitação, a aceitação de 
propostas recebidas por meios que impossibilitem comprovação de 
autenticidade e integridade fica condicionada à posterior anexação dos 
respectivos documentos originais ou cópias autenticadas, em momento que 
deverá preceder os atos autorizativos. 
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• Adequação da justificativa de preço; 
Para esta informação, o(a) candidato(a) deveria recorrer ao art. 5º da 
Portaria-DG nº 103/2005. 
Art. 5º A justificativa de preço deverá comprovar a conformidade dos preços 
da contratação com os praticados no mercado. 
Parágrafo único. A instrução será promovida pelo Departamento de Material 
e Patrimônio, com o concurso do órgão solicitante, anexando-se ao processo: 
I - a tabela de preços praticados pelo fornecedor; ou 
II - a demonstração de que o preço praticado é condizente com o produto, à 
vista de outros similares; ou 
III - a demonstração, por meio de documentos fiscais, do preço praticado 
pelo fornecimento do objeto pretendido a outros órgãos públicos, em 
condições similares de aquisição. 
No processo em análise, a linha de ação adotada para a comprovação 
dos preços praticados pode ser aproximada da prevista no inciso III, apesar 
de não ser possível precisar se o contrato anterior da Empresa XYZ deu-se 
com um órgão público. 
Desta forma, caberia a observação de que, por ocasião da instrução 
processual, seria imprescindível robustecer a justificativa de preços, 
seja mediante as ações preconizadas nos incisos I e II, ou analisando-se com 
maior profundidade as eventuais razões que implicaram a diferença de R$ 15 
mil entre a proposta e o contrato anterior da Empresa XYZ, caso existam. 
Ok...a seguir serão apresentados os temas desta aula 04. 
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TEMA 1: FISCAL DE CONTRATO 
A Câmara dos Deputados 
firmou, em 10 de janeiro de 
2012, o Contrato 12/011.0, 
cujo objeto é o fornecimento 
de carimbos, empregados nas 
atividades de suporte à 
atividade parlamentar. O 
extrato da avença foi publicado no Diário Oficial da União em 12 de 
janeiro do mesmo ano. Observou-se rito licitatório que antecedeu a 
contratação, na modalidade convite. Por ocasião da habilitação, a 
empresa Carimbos de Ouro Ltda. EPP não comprovou sua 
regularidade fiscal perante a Receita Federal, a despeito de exigência 
contrária explícita constante da carta-convite, restando, pois, 
inabilitada. Em decorrência, a referida empresa impetrou recurso 
junto à Câmara dos Deputados, alegando que comprovaria sua 
regularidade fiscal até o momento da assinatura do contrato, sendo, 
após análise jurídica da Diretoria Administrativa, deferido. Ao final 
da análise das propostas, a citada pessoa jurídica sagrou-se 
vencedora, ofertando o preço estimado anual de R$ 6.370,00. A 
segunda colocada na licitação, inconformada, recorreu ao Poder 
Judiciário, sendo que a ação decorrente não atingiu o trânsito em 
julgado. 
Houve a designação do fiscal de contrato, bem como de seus dois 
substitutos. A fiscal designada foi a servidora efetiva Maria, que fora 
fiscal do mesmo contrato por doze vezes, ao longo de sua carreira. O 
1º substituto designado foi a servidora efetiva recém 
empossadaTecmatpat e, por fim, houve problema com a designação 
do 2º substituto, já que o servidor ocupante de cargo de natureza 
especial (CNE) originalmente designado pronunciou-se desprovido 
do conhecimento necessário para a atividade de fiscalização. Não 
sendo possível a identificação, a tempo, de outro indivíduo que 
pudesse ser designado como 2º substituto, decidiu-se postergar sua 
escolha, deixando a função vaga. Assim, procedeu-se à publicação 
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das designações do fiscal e de seu 1º substituto, em Boletim 
Administrativo, em 15 de janeiro de 2012. 
Em maio de 2012, a servidora Maria saiu de licença-capacitação, fato 
que demandou à servidora Tecmatpat tomar ciência dos fatos 
inerentes à execução do contrato. Ao analisar o arquivo de Maria, 
relativo ao Contrato 12/011.0, foram evidenciados os seguintes fatos 
(para sua surpresa): 
• houve, até o momento, a execução financeira de R$ 5.200,00 do 
total estimado para a avença; 
• a servidora Maria enviara, de iniciativa própria, no dia anterior 
ao início de sua licença, ofício à Contratada, aplicando multa de 
R$ 310,00, em virtude de descumprimento de prazo de entrega 
de carimbos; 
• houve o encaminhamento de memorando ao titular do DEMAP, 
há cinco dias, solicitando a designação de dois assistentes de 
fiscalização, justificando-se tal sob o pretexto único de 
“expressivo conjunto de atividades a serem acompanhadas”; 
• a servidora Maria realizou o ateste de notas fiscais que 
apresentavam custos unitários dos carimbos superiores ao 
previstos no contrato; 
• houve o recebimento definitivo de Carimbos por parte da 
servidora Ivone, chefe da Seção de Liquidação da Coordenação 
de Compras; 
• pagamento à Contratada de sua fatura 045/12, no valor de R$ 
98,00, há uma semana, momento em que, novamente, foi 
evidenciada irregularidade fiscal com a Receita Federal; 
• não havia registro próprio de acompanhamentodo Contrato pela 
servidora Maria, mas o seu contato com a empresa Carimbos de 
Ouro Ltda. EPP era facilitado, já que um dos sócios é cunhado 
de Maria. 
Preocupada com a situação, a servidora Tecmatpat tomou a iniciativa 
de redigir parecer administrativo sobre o quadro exposto, 
remetendo-o ao Diretor do Departamento de Material e Patrimônio 
(órgão responsável). 
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Em seu parecer, deverão ser elucidados os seguintes pontos, com 
detalhes: 
• eventuais incorreções procedimentais no rito licitatório, se 
houver; 
• eventuais incorreções nos procedimentos de designação do 
fiscal de contratos e seus substitutos (se houver), bem como 
hipotéticas ações saneadoras correspondentes; 
• eventuais incorreções nas ações executórias e de fiscalização 
do contrato (em especial as protagonizadas por Maria), ações 
saneadoras correspondentes e penalidades aplicáveis 
(se houver). 
Deverão ser citados os dispositivos legais nos quais se baseiam as 
explicitações contidas no parecer, ou seja, o conjunto de legislação e 
de normas que disciplina o assunto. 
O parecer administrativo deverá conter a ementa; o histórico ou 
relatório; o parecer e a conclusão. 
 
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TEMA 2: AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS E CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE 
MANUTENÇÃO 
A Coordenação de 
Transportes da Câmara dos 
Deputados (CTRANS), no 
sentido de modernizar seus 
meios, solicita ao Departamento 
de Material e Patrimônio 
(DEMAP) parecer administrativo 
acerca de como deverá proceder para fins de aquisição de novos 
veículos, tendo em vista a necessidade de substituição de 
automóveis antigos e obsoletos. Estima-se um valor máximo de R$ 
675.000,00 (seiscentos e setenta e cinco mil reais) para essas 
aquisições, podendo a entrega dos veículos ser parcelada em até três 
meses. A CTRANS desejaadquirir três tipos de veículo, a saber: 
automóveis sedan standard, automóveis sedan premium e vans para 
transporte de pessoal. Nas especificações, os itens foram agrupados 
em um lote único, para fins de maior celeridade da condução da 
licitação. Não houve indicação de marca para os automóveis, mas 
para as vans indicou-se a marca “Fiat”, justificada ante a 
padronização com as vans atuais. 
No mesmo processo, a CTRANS solicita a contratação da 
manutenção (preventiva e corretiva) dos veículos pleiteados, com 
fornecimento de peças, sugerindo como critério para o julgamento 
das propostas relativas às peças o maior desconto sobre a tabela de 
preços oficiais da montadora. Estima-se um valor máximo de R$ 
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175.000,00 (setenta e cinco mil reais) para essa contratação, para o 
período de 12 (doze) meses. 
A CTRANS questiona, portanto, como tais contratações deverão 
ocorrer, solicitando que sejam informados os prazos que deverão ser 
respeitados, tanto para a aquisição dos veículos quanto para a 
contratação dos serviços de manutenção. 
O Analista Legislativo – Técnico em Material e Patrimônio, Sr. 
Tecmatpat, foi designado para elaborar o parecer. 
Com base nos dados acima expostos, pede-se elaborar um 
parecer administrativo, orientando quanto ao processo a ser 
cumprido, o qual deve envolver detalhadamente: 
• as ações contidas na Regra Geral e Específica; 
• a modalidade de licitação a ser utilizada para a aquisição dos 
bens, com elucidações sobre a questão da marca indicada; 
• elucidações a respeito da questão da contratação da empresa 
para execução dos serviços de manutenção, indicando o tipo e a 
modalidade da licitação para este caso, as condicionantes para 
a realização da licitação a serem observadas e explicitando 
sobre as diferentes etapas exigidas, com o detalhamento de 
cada uma delas, bem como esclarecendo sobre as condições 
exigidas para o procedimento da licitação e as formas possíveis 
para a execução do serviço; 
• os prazos estabelecidos para o recebimento das propostas, 
assim como a quem compete a aprovação dos instrumentos 
contratuais; 
• as ações inerentes à gestão de bens patrimoniais por ocasião 
do recebimento dos veículos; 
• orientação à CTRANS, em termos de procedimentos visando ao 
desfazimento dos veículos atuais. 
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• Critério de julgamento das propostas: menor preço total para o 
grupo (lote) único; 
• Impossibilitados de participação no pregão: 
o Pessoas jurídicas impedidas de contratar com a 
Administração; 
o Sociedade estrangeira não autorizada a funcionar no País; 
o Pessoas jurídicas cujos estatutos ou contratos sociais não 
prevejam atividade pertinente e compatível com o objeto 
do pregão. 
• Documentação habilitante exigida: 
o Cadastro no SICAF; 
o Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT); 
o No mínimo 3 (três) atestados de capacidade técnica 
emitidos por pessoa jurídica de direito público ou privado 
que comprovem que a licitante prestou, em caso de 
contrato encerrado, ou esteja prestando, em caso de 
contrato vigente, satisfatoriamente, serviços de 
desenvolvimento, instalação e suporte técnico de 
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Em 12 de abril de 2012, às 10 horas, a Câmara dos Deputados 
recebeu impugnação do edital em pauta, de autoria da empresa Alfa 
Representações Ltda., cujas razões principais são assim transcritas: 
• “... a exigência feita ao licitante, de apresentar quantidade 
mínima de atestado de capacidade técnica, conforme prevê o 
edital aqui impugnado, é cláusula discriminatória à medida que 
obriga o participante a ter executado mais de uma vez um 
determinado serviço ...”; 
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• “...o agrupamento dos itens em um lote único é fato que cerceia 
a competitividade, dado que impossibilita que outras empresas 
prestem o suporte técnico ou, ainda, atualizem as versões do 
software desenvolvido”; 
• “...não caberia a adoção da modalidade pregão para o objeto 
pleiteado, dado que o serviço a ser contratado não é comum, 
mas sim denota vertente técnica a ser ponderada pela 
Administração”; 
• “...resta configurado o direcionamento da licitação ao vedar a 
participação a empresas cujos estatutos ou contratos sociais 
não prevejam atividade pertinente e compatível com o objeto 
do pregão, tendo em vista que fere os princípios da isonomia e 
da economicidade”; 
• “...o período pretendido para o suporte técnico e a atualização 
das versões não poderia ser maior que 12 (doze) meses, em 
atendimento ao princípio orçamentário da anualidade”. 
A Analista Legislativo – Técnico em Material e Patrimônio, Sra. 
Assistentejurídica, foi designada para elaborar parecer 
administrativo que subsidie a resposta do Sr. Pregoeiro da Câmara 
dos Deputados à impugnação. 
O parecer deve versar, detalhadamente, sobre: 
• a correta observância (ou não) da empresa acerca do prazo 
para a impugnação, bem como o prazo de resposta cabível ao 
pregoeiro; 
• pertinência (ou não) de cada um dos aspectos apontados pela 
empresa; 
• ações a serem tomadas pela Câmara dos Deputados no que 
concerne à formalidade do procedimento licitatório, caso 
existam. 
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Deverão ser citados os dispositivos legaisnos quais se baseiam as 
explicitações contidas no parecer, ou seja, o conjunto de legislação e 
de normas que disciplina o assunto. 
O parecer administrativo deverá conter a ementa; o histórico ou 
relatório; o parecer e a conclusão. 
 
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Bom, ficaremos aqui nesta quarta aula. Escolha um dos temas e não 
se exima de se envolver na elaboração de um parecer, estudando 
com profundidade a legislação interna da Câmara dos Deputados. 
Estarei à disposição no fórum. 
Forte abraço e bons estudos!!

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