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Componentes O cotovelo é composto pela epífise distal do úmero e pela epífise proximal da ulna e do rádio. Uma estrutura importante do cotovelo é a bolsa sinovial ou bursa olecraniana, pois ela recobre a articulação e possui um líquido sinovial que permite os movimentos do cotovelo sem nenhum atrito das estruturas. Articulação do cotovelo O cotovelo possui articulação em dobradiça (gínglimo) e ela é uniaxial, ou seja, permite apenas um eixo de rotação sendo o de flexão e extensão. ✓ Articulação úmero-radial: entre a face proximal da cabeça do rádio e o capítulo do úmero. ✓ Articulação úmero-ulnar: entre a incisura troclear da ulna e a tróclea do úmero. ✓ Articulação radio-ulnar proximal: entre a cabeça do rádio e a incisura radial da ulna. O cotovelo possui uma cápsula articular que reveste completamente todas as faces articulares. LIGAMENTOS do cotovelo Ligamento colateral medial vai do epicôndilo medial até o processo coronóide e olécrano. Esse ligamento possui três fascículos: ✓ Fascículo anterior: do processo medial até o processo coronóide, reforçam o ligamento anular. Esse fascículo possui a porção ântero-medial (a1), que evita o valgismo do cotovelo, e a porção póstero-medial (a2). Essa porção é importante na estabilidade do cotovelo em todos os graus de movimento. Cinesiologia ✓ Fascículo posterior (B): conhecido como ligamento de Bardinet, segue o epicôndilo medial até o olécrano da ulna e fica em tensão no movimento de flexão, principalmente após 60°. ✓ Fascículo médio (C): conecta o olécrano com o processo coronóide e auxilia na estabilidade da articulação. Ligamento lateral é responsável por manter o contato da cabeça do rádio com a incisural radial da ulna e ele passa entre o epicôndilo lateral, o ligamento anular e as margens anterior e posterior da incisura radial da ulna. Esse ligamento é constituído por: ✓ Ligamento colateral radial: tem como principal função estabilizar a articulação úmero-radial nos esforços em varo. ✓ Ligamento colateral lateral ulnar (B) ✓ Ligamento colateral acessório (C): está em tensão quando se tem uma força em varo aplicada no cotovelo, com isso ele estabiliza o ligamento anular durante esse estresse. ✓ Ligamento anular (D): envolve e estabiliza a cabeça do rádio na incisura radial da ulna. Esse ligamento e dividido em três camadas: estrutura capsular profunda, camada intermediária (mais importante) e camada superficial. A porção anterior do ligamento anular torna-se tensa na supinação e a porção posterior no movimento de pronação. Suprimento sanguíneo e inervação O suprimento sanguíneo do cotovelo é fornecido pela artéria braquial, artéria radial e artéria ulnar. A articulação úmero-ulnar e úmero-radial possuem o mesmo suprimento sanguíneo, pois são articulações proximas. Já a articulação rádio-ulnar proximal tem suprimento sanguíneo das artérias interósseas anterior e posterior. O nervo musculocutâneo, o nervo radial e o nervo ulnar contribuem para a inervação das articulações úmero- ulnar e úmero-radial. A inervação da articulação rádio-ulnar proximal é proveniente dos nervos musculocutâneo, mediano e ulnar. Movimentos do cotovelo Os movimentos de flexão e extensão são realizados pelas articulações úmero-ulnar e úmero-radial. Já a articulação rádio-ulnar proximal, permite o movimento de pronação (palma da mão voltada para baixo) e supinação (palma da mão voltada para cima). ✓ Flexão: 145° ativa e 160° passiva. ✓ Extensão: não há amplitude, se houver mais de 5° é considerado como hiperextensão. Movimentos que atuam no cotovelo ✓ Flexores: Músculo braquial → sinergistas Bíceps braquial → principal flexor Braquiorradial → sinergistas ✓ Extensores: Tríceps braquial → principal extensor Ancôneo → sinergista Principais lesões Epicondilite lateral ou cotovelo de tenista: inflamação dos tendões dos músculos que realizam a extensão do punho e a área de dor é na região externa do cotovelo. Epicondilite medial ou cotovelo de golfista: inflamação dos tendões dos músculos que realizam a flexão do punho e a área de dor é na região interna do cotovelo. Bursite: é a inflamação da bolsa sinovial subolecraneana. Entorses e luxações: é quando ocorre a hiperextensão forçado do cotovelo e com isso tem um deslocamento posterior do processo coronóide da ulna em relação à tróclea do úmero. Síndrome do túnel cubital: compressão do nervo ulnar ao passar pelo túnel.
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