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HANSENÍASE PROF. MÔNICA ISRAEL = doença de Hansen = mal de Hansen = lepra · permanece um problema de saúde pública em 5 países: Brasil, Índia, Indonésia, Birmânia e Nigéria · transmissão: desconhecida (pele e gotículas respiratórias?) · o alto número de microorganismos na secreção nasal sugere que em alguns casos o local de infecção inicial pode ser a mucosa nasal ou orofaringeana · Doença infecciosa crônica · Agente etiológico: Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen) · Microorganismo tem baixa infectividade · A exposição raramente resulta em doença clínica · Hospedeiros: humanos, tatu, chimpanzé, macaco mangabay 2 formas clinicas: · Lepra tuberculóide (paucibacilar): doença localizada- desenvolve-se em pacientes com resposta imune alta · Lepra lepromatosa (multibacilar): doença difusa (não há resposta imune mediada por células) · existem variações menos comuns · Microorganismo tem afinidade por temperatura abaixo de 37O · Principais sítios de envolvimento: pele e áreas resfriadas · Teoria questionada: fígado e baço são frequentemente afetados Lepra Tuberculóide · Lesões cutâneas hipopigmentadas bem circunscritas · Anestesia da pele afetada e perda da sudorese · Lesões bucais são raras · doença localizada · Período de incubação – 2/5 anos Lepra Lepromatosa · Numerosas máculas ou pápulas cutâneas hipopigmentadas, maldefinidas que se espessam com o tempo · Fácies leonina: espessamento da pele com aparência facial distorcida · Queda de cabelo (sobrancelha e cílios) · Período de incubação – 8/12 anos · Perda da sudorese e diminuição da sensibilidade · Lesões bucais: 19 a 60% · Sítios mais envolvidos (áreas mais refrigeradas são afetadas com maior frequência): palato duro, palato mole, gengiva vestibular superior, língua, lábios, gengiva palatina superior, gengiva vestibular inferior, mucosa jugal · Pápulas firmes amarelas ou vermelhas, sésseis que evoluem pra ulceração e necrose - lepromas · Pode deixar cicatriz ou haver perda do tecido · Infecção do lábio leva à macroqueilia que faz diagnóstico diferencial clínico e histopatológico com a queilite granulomatosa · Fácies leprosa: destruição da região anterior de maxila. (atrofia da espinha nasal anterior, atrofia da crista alveolar anterior superior e alterações inflamatórias endonasais) · o envolvimento da maxila pode levar à erosão óssea e perda dos dentes nesta área · A infecção da polpa pode levar à reabsorção interna e necrose (coloração avermelhada) · Pode ocorrer perfuração do palato · Pode haver envolvimento dos nervos facial (paralisia facial) e trigêmeo (ramo maxilar é o mais afetado) Diagnóstico da Hanseníase · Apresentação clínica + identificação dos microorganismos no esfregaço ou tecido, ou identificação do M. leprae pelas técnicas de biologia molecular · Não existe teste para determinar quando a pessoa foi exposta ao M. leprae sem desenvolver a doença Tratamento da Hanseníase Lepra tuberculóide (paucibacilar): · 6 meses: rifampicina + dapsona Lepra lepromatosa (multibacilar): · 2 anos: rifampicina + clofazimina + dapsona · acompanhamento prolongado é recomendado por causa das ocasionais recidivas · pacientes alérgicos à rifampicina são tratados por um período de 24 meses de clofazimina + ofloxacina + minociclina. · por todo o mundo, estima-se que existam 3 milhões de pessoas com danos e incapacidades relacionados à lepra PROF. MÔNICA ISRAEL monicasisrael@yahoo.com.br (21) 98034-9400 @doutoramonicaisrael
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