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APOSTILA DE PATOLOGIA ORAL | Conteúdo do semestre inteiro, patologias que mais caem nas provas, simples e com imagens

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APOSTILA DEAPOSTILA DE 
PATOLOGIA ORALPATOLOGIA ORAL
Referenciado pelo livro:
Francielle Nunes
Grânulos de Fordyce
Os grânulos de Fordyce são glândulas sebáceas que ocorrem na mucosa oral.
Lesões semelhantes já foram relatadas também na mucosa genital. 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
Os grânulos de Fordyce apresentam-se como múltiplas pápulas amareladas ou
branco-amareladas, mais frequentemente encontradas na mucosa jugal e na
porção lateral do vermelhão do lábio superior . Às vezes, tais glândulas aparecem
também na região retromolar e no pilar amigdaliano anterior. 
Tratamento e prognóstico:
Como os grânulos de Fordyce consistem em uma variação anatômica normal e são
assintomáticos, nenhum tratamento é indicado. Em geral, o aspecto clínico é
característico e a biópsia não é necessária para o diagnóstico. Em alguns casos,
os grânulos de Fordyce podem tornarse hiperplasiados ou podem formar
pseudocistos preenchidos por ceratina. Os tumores que se desenvolvem dessas
glândulas são raros.
Microglossia (Hipoglossia)
A microglossia é uma alteração de desenvolvimento incomum, de etiologia
desconhecida, caracterizada por uma língua anormalmente pequena. Em casos
raros, a língua pode estar ausente (aglossia). 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
caracterizada por uma língua anormalmente pequena. Em casos raros, a língua
pode estar ausente (aglossia). A microglossia isolada pode ocorrer e um grau
pequeno de microglossia pode ser difícil de diagnosticar, podendo não ser notado.
No entanto, a maioria dos casos relatados tem sido associada a um grupo de
condições sobrepostas conhecidas como síndromes de hipogênese oro-
mandibular-membros. 
Tratamento e prognóstico:
O tratamento do paciente com microglossia varia de acordo com a natureza e
gravidade da condição. Procedimentos cirúrgicos e ortodônticos podem melhorar
a função oral. Surpreendentemente, muitas vezes o desenvolvimento da fala é bom,
porém varia de acordo com o tamanho da língua..
Macroglossia
A macroglossia é uma condição incomum caracterizada pelo aumento da língua.
Este aumento pode ser causado por diversas condições, incluindo malformações
congênitas e doenças adquiridas. As causas mais frequentes são as
malformações vasculares e a hipertrofia muscular. 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
A macroglossia ocorre mais em crianças e sua apresentação pode variar de leve
a grave . Nos recémnascidos, a macroglossia pode se manifestar inicialmente pela
respiração ruidosa, incontinência salivar (“baba”) e dificuldade na alimentação. O
aumento da língua pode causar gagueira. A pressão da língua contra a mandíbula
e os dentes pode produzir endentações na margem lateral da língua, mordida
aberta e prognatismo mandibular.
Tratamento e prognóstico:
O tratamento e prognóstico da macroglossia dependem da causa e da gravidade
da condição. Nos casos brandos, o tratamento cirúrgico pode não ser necessário,
embora a fonoaudiologia possa ser útil quando a fala é afetada. Nos pacientes
sintomáticos, pode haver necessidade de redução da língua através da
glossectomia.
Anquiloglossia (Língua presa)
A anquiloglossia é uma anomalia de desenvolvimento da língua, caracterizada pelo
freio lingual curto, resultando na limitação dos movimentos da língua .
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
A anquiloglossia pode apresentar manifestações clínicas variadas, desde casos
leves e com pouco significado clínico, até casos raros de anquiloglossia completa,
onde a língua é totalmente fusionada ao soalho bucal .
Tratamento e prognóstico:
Como a maioria dos casos de anquiloglossia causa pouco ou nenhum problema
clínico, não há necessidade de tratamento. Para recém-nascidos com problemas
específicos de amamentação, uma frenotomia (um “corte” ou apenas a liberação do
freio) pode ser realizada. Em crianças ou adultos com dificuldades funcionais ou
periodontais, a frenectomia (liberação do freio com reparo plástico) pode permitir
maior facilidade aos movimentos da língua .
Língua Fissurada (língua escrotal)
A língua fissurada é uma condição relativamente comum caracterizada pela
presença de várias fissuras ou sulcos na superfície dorsal da língua. A sua causa
é incerta, mas a hereditariedade parece ter um papel significante. 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
Os pacientes com língua fissurada exibem múltiplos sulcos u fissuras, na
superfície da língua, variando de 2 a 6 mm de profundidade (Fig. 1-21). Variações
consideráveis podem ser observadas no aspecto clínico da língua fissurada. Nos
casos mais graves, fissuras numerosas cobrem completamente a superfície orsal
e dividem as papilas linguais em múltiplas “ilhas”. Alguns pacientes apresentam
fissuras localizadas preferencialmente na porção dorsolateral da língua. Outros
exibem uma fissura central ampla, com fissuras menores ramificando-se
perpendicularmente. Em geral, tal condição é assintomática, embora alguns
pacientes queixem-se de uma ardência discreta ou dor . 
Tratamento e prognóstico:
A língua fissurada é uma condição benigna, e nenhum tratamento específico é
indicado. O paciente deve ser orientado a escovar a língua, pois restos
alimentares retidos podem atuar como fonte de irritação.
Língua Saburrosa / Língua Pilosa
A língua pilosa caracteriza-se por acúmulo acentuado de ceratina nas papilas
filiformes do dorso lingual, resultando em uma aparência semelhante a pelos.
Aparentemente, essa condição ocorre por um aumento na produção de ceratina ou
por um decréscimo na descamação da ceratina normal. 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
A língua pilosa é mais comum na linha média anterior às papilas circunvaladas,
espalhando-se para as margens lateral e anterior . As papilas alongadas
geralmente são acastanhadas, amareladas ou enegrecidas, como resultado do
crescimento de bactérias cromogênicas, pigmentos do tabaco e alimentos.
Tratamento e prognóstico:
A língua pilosa e a língua saburrosa são condições benignas que não trazem
sequelas relevantes. Muitas vezes, a preocupação principal é a aparência estética
da língua, possivelmente associada à halitose. Quaisquer fatores predisponentes,
como tabaco, antibióticos, ou antissépticos bucais, devem ser eliminados, e uma
excelente higiene oral deve ser efetuada .
Exostoses
Exostoses são protuberâncias ósseas localizadas que surgem da cortical óssea.
Estes crescimentos benignos afetam frequentemente a maxila e a mandíbula.
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
As exostoses são identificadas preferencialmente em adultos. As exostoses
vestibulares ocorrem como aumentos de volume ósseos bilaterais ao longo da
face vestibular dos rebordos alveolares da maxila e/ou mandíbula . 
Tratamento e prognóstico:
Na maioria das exostoses, o aspecto clínico é suficiente para o diagnóstico,
tornando a biópsia desnecessária. Quando existem dúvidas no diagnóstico, a
biópsia deve ser realizada para excluir outras lesões ósseas. Quando as
exostoses estão expostas a traumatismo constante ou quando existe ulceração e
dor, há indicação de remoção.
Tórus Palatino
O tórus palatino é uma exostose comum que ocorre na linha média do palato duro.
A sua patogênese tem sido questionada, discutindo-se uma origem genética ou
fatores ambientais, como o estresse mastigatório.Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
O tórus palatino apresenta-se como uma massa dura de osso que surge na linha
média do palato duro . Às vezes, os tórus palatinos são classificados de acordo
com a sua aparência morfológica .
Tratamento e prognóstico:
A maioria dos tórus palatinos pode ser diagnosticada clinicamente com base no
seu aspecto clínico característico; logo, a biópsia é raramente necessária. Em
pacientes edêntulos, a remoção cirúrgica pode ser necessária para acomodar a
prótese. A cirurgia também pode ser indicada para os tórus palatinos que
apresentem ulceração recorrente ou que interfiram na função oral.
Reabsorção Interna e Externa
Além da perda da estrutura dentária que tem início nas superfícies coronárias
expostas, a destruição dos dentes também pode ocorrer por reabsorção, que é
realizada por células localizadas na polpa dentária (reabsorção interna) ou no
ligamento periodontal (LP) (reabsorção externa). 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
A reabsorção de dentina ou de cemento pode ocorrer em qualquer região que entre
em contato com o tecido mole vital. A reabsorção interna é geralmente
assintomática e descoberta em radiografias de rotina. A dor pode ser relatada
quando o processo é associado à significativa inflamação pulpar. São
observados dois padrões principais: (1) reabsorção inflamatória e (2) reabsorção
por substituição ou reabsorção metaplásica .
Tratamento e prognóstico:
O tratamento das reabsorções interna e externa concentrase na remoção de todo
tecido mole dos locais de destruição dentária. A reabsorção interna pode ser
efetivamente interrompida se a terapia endodôntica remover com sucesso todo o
tecido pulpar antes que o processo de reabsorção atinja o ligamento periodontal. 
Impacção
A erupção é o processo contínuo de movimentação de um dente do seu local de
desenvolvimento para sua posição funcional. Os dentes que cessam a erupção
antes de emergirem estão impactados. Alguns autores subdividem estes dentes
não erupcionados entre os que são obstruídos por uma barreira física
(impactados) e aqueles que parecem mostrar uma perda da força eruptiva
(inclusos). 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
A impactação de dentes decíduos é raríssima; quando ocorre, os segundos
molares são mais afetados (Fig. 2-35). A análise de casos sugere que a anquilose
representa o papel principal na patogênese. Na dentição permanente, os terceiros
molares inferiores são os dentes mais impactados, seguidos pelos terceiros
molares e caninos superiores
Tratamento e prognóstico:
Observação continuada
Erupção ortodonticamente assistida
 Transplante
Remoção cirúrgica
A falha na erupção é causada mais vezes por apinhamento e desenvolvimento
maxilofacial insuficiente. Procedimentos que objetivam a criação de espaço, como
a remoção de pré-molares para fins ortodônticos, As opções de tratamento para
dentes impactados incluem:
1.
2.
3.
4.
A presença de infecção, lesões cariosas não restauráveis, cistos, tumores ou
destruição de dentes adjacentes e osso ordenam a exodontia. A remoção cirúrgica
de dentes impactados é um procedimento mais realizado por cirurgiões orais e
maxilofaciais. A escolha do tratamento em casos assintomáticos é uma área de
debate acirrado, e não há resolução óbvia e imediata.
Anquilose
A erupção continua após o aparecimento do dente para compensar o desgaste
mastigatório e o crescimento dos ossos gnáticos. A interrupção da erupção após o
seu começo é chamada anquilose e ocorre pela fusão do cemento ou dentina com o
osso alveolar. 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
A anquilose pode ocorrer em qualquer idade; entretanto, clinicamente, é mais óbvia
se a fusão desenvolver-se durante as duas primeiras décadas de vida. inda que
qualquer dente possa ser atingido, os dentes mais comumente envolvidos, em
ordem de frequência, são o primeiro molar inferior decíduo, segundo molar
inferior decíduo, primeiro molar superior decíduo e segundo molar superior
decíduo. A anquilose em dentes permanentes é incomum. Radiograficamente pode
ser observada ausência do espaço correspondente ao ligamento periodontal;
entretanto, a área da fusão está frequentemente na bifurcação e na superfície
inter-radicular das raízes, fazendo com que seja muito difícil a detecção
radiográfica .
Tratamento e prognóstico:
Por estarem fusionados ao osso adjacente, os dentes anquilosados não
respondem às forças ortodônticas; com as tentativas de se mover o dente
anquilosado, ocasionalmente, se tem como resultado a intrusão do dente
ancorado. A terapia recomendada para anquilose dos primeiros molares decíduos
é variável e quase sempre determinada pela gravidade e época do processo.
Anquilose. Molar decíduo bem abaixo do plano oclusal dos
dentes adjacentes.
 
Anquilose. Radiografia de molar decíduo anquilosado.
Nota-se a perda do espaço correspondente ao ligamento
periodontal
Dente Invaginado (Dens in Dent)
O dente invaginado é uma profunda invaginação da superfície da coroa ou da raiz
que é limitada pelo esmalte
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
Ocasionalmente, a invaginação pode ser bastante extensa e assemelhar-se a um
dente dentro do outro, daí o termo dens in dente. Em outros casos, a invaginação
pode ser dilatada e atrapalhar a formação do dente, resultando em um
desenvolvimento dentário anômalo denominado odontoma dilatado. O envolvimento
pode ser único, múltiplo ou bilateral.
Tratamento e prognóstico:
Se a invaginação não for detectada rapidamente, ocorre, com frequência a necrose
pulpar. Nas invaginações grandes, o conteúdo do lúmen e qualquer dentina
cariada devem ser removidos; em seguida, deve-se colocar uma base de
hidróxido de cálcio para evitar qualquer possível microcomunicação com a polpa
adjacente. Se a invaginação não altera significativamente a morfologia dentária,
são raras as complicações de dente invaginado radicular .
Taurodontia
A taurodontia é um aumento do corpo e da câmara pulpar de um dente
multirradicular com deslocamento apical do soalho pulpar e da bifurcação das
raízes. Esta forma de molares foi encontrada nos antigos homens de Neandertal, e
o formato do taurodente lembra aquela dos dentes molares dos animais
ruminantes (tauro = touro, e dont = dente)
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
Os dentes afetados tendem a ser retangulares em sua forma e mostram câmaras
pulpares aumentadas no sentido ápicooclusal e uma bifurcação próxima ao ápice
O grau de taurodontia pode ser classificado em leve (hipotaurodontia), moderado
(mesotaurodontia) e severo (hipertaurodontia), de acordo com o grau de
deslocamento apical do soalho pulpar 
Tratamento e prognóstico:
Pacientes com taurodontia não requerem tratamento específico. Não é vista
extensão coronária da polpa; entretanto, o processo não interfere na rotina dos
procedimentos restauradores. 
Hipertaurodontia
Hipercementose (Hipeplasia Cementária)
A hipercementose (hiperplasia cementária) é uma deposição excessiva de cemento
não neoplásico ao longo do cemento radicular normal
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
Radiograficamente, os dentes afetados exibem espessamento da raiz ou raiz
rômbica, mas a quantidade exata do aumento do cemento é de difícil averiguação
porque o cemento e a dentina apresentam radiopacidadesemelhanteA raiz
aumentada é circundada pelo espaço radiolúcido correspondente ao ligamento
periodontal e pela lâmina dura adjacente intacta. Ocasionalmente, o alargamento
pode ser significativo o suficiente para sugerir a possibilidade de
cementoblastoma . 
Tratamento e prognóstico:
Não há necessidade de tratamento para a hipercementose. Em razão de um
espessamento da raiz, problemas ocasionais têm sido relatados durante a
exodontia de dentes afetados. 
Hipercementose. Pré-molares inferiores exibindo
espessamento das raízes tornando-as rômbicas.
Hipercementose. A, Raiz dental mostrando excessiva
deposição de cemento celular e acelular. A linha divisória entre dentina
e cemento é indistinta. B, Luz polarizada demonstrando a nítida
linha divisória entre a dentina tubular e o osteocemento.
Dilaceração
A dilaceração é a angulação anormal ou curvatura na raiz ou, menos
frequentemente, na coroa do dente Embora a maioria dos exemplos seja de causa
idiopática, parece que um número de dentes com dilaceração surge após um
trauma que desloca a porção calcificada do germe dentário, e o restante do dente
continua sua formação em um ângulo anormal. 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
Os mais afetados são os terceiros molares inferiores, seguidos pelos segundos
pré-molares superiores e segundos molares inferiores. Os incisivos superiores e
inferiores foram afetados com menor frequência, representando quase 1% da
série. Isto contrasta com outros autores que relataram alta frequência de
dilaceração envolvendo um dente anterior. 
Tratamento e prognóstico:
O tratamento e o prognóstico variam de acordo com a gravidade da deformidade.
Dentes decíduos alterados sempre demonstram reabsorção imprópria resultando
em atraso na erupção dos dentes permanentes. A extração de dentes afetados
pode ser difícil e resultar em fratura radicular durante a remoção. Quando da
tentativa de realização de procedimentos endodônticos, o clínico deve ser
cauteloso para evitar a perfuração da raiz dos dentes com significativa
dilaceração
Amelogênese Imperfeita
A amelogênese imperfeita compreende um grupo complexo de condições que
demonstram alterações de desenvolvimento na estrutura do esmalte na ausência
de uma alteração sistêmica. Os defeitos hereditários da formação do esmalte
também são divididos ao longo dessas linhas: hipoplásico, hipocalcificado,
hipomaturado.
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
AMELOGÊNESE IMPERFEITA HIPOPLÁSICA Em pacientes com amelogênese imperfeita
hipoplásica, a alteração básica concentra-se na deposição inadequada da matriz
de esmalte. Qualquer matriz presente é apropriadamente mineralizada e
radiograficamente contrasta bem com a dentina subjacente . AMELOGÊNESE Em
uma pessoa com amelogênese imperfeita hipomaturada, a matriz do esmalte é
apropriadamente depositada e começa a se mineralizar; entretanto, há um defeito
na maturação da estrutura dos cristais de esmalte
Tratamento e prognóstico:
As implicações clínicas de amelogênese imperfeita variam de acordo com o subtipo
e sua gravidade, mas os principais problemas são estética, sensibilidade dentária
e perda da dimensão vertical. Além disso, em alguns casos de amelogênese
imperfeita, há aumento da prevalência de cáries, mordida aberta anterior, erupção
retardada, impactação dentária ou inflamação gengival associada.
Amelogênese imperfeita hipocalcificada. A, Dentição apresentando pigmentação marrom-amarelada difusa. Notam-
se numerosos dentes com perda de esmalte coronário, exceto a porção cervical. B, Radiografia do mesmo paciente.
Observe a perda extensa do esmalte coronário e dentina e esmalte com densidade semelhante.
Granuloma Periapical (periodontite apical crônica)
O termo granuloma periapical refere-se a uma massa de tecido de granulação
crônica ou agudamente inflamado no ápice de um dente desvitalizado. Esta
denominação bastante utilizada não é totalmente correta, pois a lesão não
demonstra, microscopicamente, uma inflamação granulomatosa verdadeira.
Embora o termo periodontite apical possa ser mais apropriado, este pode causar
uma confusão para o clínico. 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
A formação de lesões inflamatórias periapicais representa uma reação defensiva
secundária à presença de infecção microbiana no canal radicular, com a
disseminação dos produtos tóxicos relacionados em direção à zona apical.
Inicialmente, a reação de defesa elimina as substâncias nocivas provenientes dos
canais. dontite periapical aguda – provoca uma dor pulsátil não localizada
constante. O dente associado responde negativamente ao teste de vitalidade ou
revela um resultado positivo retardado. Em geral, a dor provocada durante a
oclusão ou percussão está presente e não são observadas alterações
radiográficas evidentes. 
Tratamento e prognóstico:
As lesões inflamatórias periapicais resultam da presença de micro-organismos
ou de seus produtos tóxicos no canal radicular, nos tecidos apicais ou em ambos.
O sucesso do tratamento depende da redução e do controle destes organismos. o
objetivo da endodontia é reduzir a cargamicrobiana a um nível insuficiente para
que a inflamação periapical seja mantida. Se o dente puder ser preservado, então
o tratamento endodôntico pode ser realizado. 
Granuloma periapical. Área radiolúcida bem-definida
associada ao ápice do primeiro pré-molar superior.
(Cortesia Dr. Frank Beylotte.)
Cisto Periapical
O epitélio na região do ápice de um dente desvitalizado presumivelmente pode ser
estimulado pela inflamação para formar um cisto verdadeiramente revestido por
epitélio ou cisto periapical. A resposta inflamatória parece aumentar a produção
do fator de crescimento de ceratinócitos pelo estroma das células periodontais,
levando ao aumento da proliferação de epitélio normalmente quiescente na região.
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
Em geral, os pacientes com cistos periapicais não apresentam sintomas, a menos
que exista uma exacerbação inflamatória aguda. Além disso, se o cisto atingir um
tamanho grande, podem ser observadas tumefação e sensibilidade deve. Com o
crescimento do cisto, podem ocorrer mobilidade e deslocamento dos dentes
adjacentes. O dente de origem não responde ao teste pulpar térmico e elétrico O
padrão radiográfico é idêntico ao do granuloma periapical.
Tratamento e prognóstico:
O cisto periapical é tratado da mesma maneira que o granuloma periapical.
Quando as características clínicas e radiográficas apontam para uma lesão
inflamatória periapical, a extração ou o tratamento endodôntico conservador não
cirúrgico deve ser realizado. 
isto periapical. Área radiolúcida bem circunscrita intimamente
associada ao ápice do incisivo central inferior. Observe a perda da
lâmina dura na região da lesão.
Abcesso Periapical
O acúmulo de células inflamatórias agudas no ápice de um dente não vital é
denominado abscesso periapical. As lesões inflamatórias agudas com formação
de abscessos podem surgir como uma alteração periapical inicial ou de uma
exacerbação aguda de uma lesão periapical inflamatória crônica (abcesso fênix) .
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
Muitos pesquisadores subdividem os abscessos periapicais nos tipos agudos e
crônicos. Entretanto, estas denominações são inadequadas, pois os dois tipos
representam reações inflamatórias agudas. Os abscessos periapicais devem ser
classificados como sintomáticos e assintomáticos, com base nas suas
apresentações clínicas.
Tratamento e prognóstico:
O tratamento do paciente comabscesso periapical consiste na drenagem e na
eliminação do foco de infecção. Aqueles abscessos associados à presença de um
trato fistuloso evidente podem ser assintomáticos; todavia, devem ser tratados.
Nos abscessos periapicais localizados, os sinais e sintomas diminuem
significativamente dentro de 48 horas do início da drenagem apropriada. 
Fístula cutânea. Expansão sensível, firme e eritematosa
da pele na região inferior ao corpo mandibular do lado direito.
Parúlide. Nódulo vermelho-amarelado assintomático na mucosa
alveolar em região anterior de mandíbula. Os dentes adjacentes eram
assintomáticos e apresentavam-se clinicamente normais.
Celulite
Se um abscesso não é capaz de drenar através da superfície cutânea ou para o
interior da cavidade oral, ele pode disseminar difusamente através dos planos
fasciais dos tecidos moles. Esta disseminação aguda e edemaciada de um
processo inflamatório agudo é denominada celulite. 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
ANGINA DE LUDWIG: A angina de Ludwig é uma celulite agressiva que se
dissemina rapidamente e que acomete os espaços sublingual, submandibular e
submentoniano. origina tumefação volumosa do pescoço que muitas vezes se
estende até uma região próxima às clavículas
TROMBOSE DO SEIO CAVERNOSO: A trombose do seio cavernoso apresenta-se
como um aumento edemaciado periorbitário, com envolvimento das pálpebras e da
conjuntiva. Nos casos que envolvem o espaço canino, a tumefação também está
caracteristicamente presente ao longo da margem lateral do nariz e pode se
estender para a região medial do olho e da região periorbitária
Tratamento e prognóstico:
O tratamento da angina de Ludwig é baseado em quatro medidas:
1. Manutenção das vias aéreas
2. Incisão e drenagem
3. Antibioticoterapia
4. Eliminação do foco infeccioso original
Angina de Ludwig. Tumefação de tecido mole na região
submandibular direita. (Cortesia Dr. Brian Blocher.)
Osteomielite
A osteomielite é um processo inflamatório agudo ou crônico nos espaços
medulares ou nas superfícies corticais do osso que se estende além do sítio inicial
de envolvimento.A grande maioria de osteomielites é causada por infecção
bacteriana e resulta em uma destruição lítica e expansiva do osso envolvido, com
supuração e formação de sequestro ósseo. 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
Pacientes de todas as idades podem ser afetados pela osteomielite. Existe uma
forte predominância no gênero masculino, em torno de 75% em alguns estudos. A
maioria dos casos envolve a mandíbula. Pacientes com osteomielite aguda
apresentam sinais e sintomas de um processo inflamatório agudo que
caracteristicamente possui menos de um mês de duração. Febre, leucocitose,
linfadenopatia, sensibilidade significativa e tumefação dos tecidos moles da área
afetada podem estar presentes. As radiografias podem não revelar alterações ou
podem demonstrar imagens radiolúcidas maldefinidas .
Tratamento e prognóstico:
Na maioria dos pacientes, um tratamento antibiótico suficiente e apropriado
elimina a infecção e afasta a necessidade de intervenção cirúrgica .
Osteomielite crônica. A, Área radiolúcida maldefinida em corpo mandibular direito adjacente a um sítio de extração recente.
B, Após a intervenção inicial, o paciente não retornou para acompanhamento devido à ausência de dor significativa. Uma
área radiolúcida aumentada e maldefinida em corpo mandibular direito foi descoberta 2 anos após a cirurgia inicial.
(Cortesia Dr. Charles Waldron.)
Osteíte Condensante
Osteíte condensante ou osteomielite esclerosante focal são áreas localizadas de
esclerose óssea associadas a ápices de dentes com pulpite (provenientes de
grandes lesões cariosas ou restaurações coronárias profundas) ou necrose
pulpar .
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
A alteração clássica consiste em uma zona localizada e geralmente uniforme de
radiopacidade aumentada adjacente ao ápice de um dente que exibe um aumento
do espaço do ligamento periodontal ou uma lesão inflamatória apical .
Tratamento e prognóstico:
O tratamento do paciente com osteíte condensante consiste em resolução do foco
da infecção odontogênica. Após a extração ou tratamento endodôntico apropriado
do dente envolvido, cerca de 85% dos casos de osteíte condensante regredirão,
quer parcial, quer totalmente. 
Osteíte condensante. Áreas de radiopacidade aumentadas circundando
os ápices do primeiro molar inferior desvitalizado
Osteíte Alveolar
Após a extração de um dente, um coágulo sanguíneo é formado no sítio da
extração, com a eventual estruturação do coágulo por tecido de granulação,
substituição gradual por um osso fibrilar grosseiro e, finalmente, a substituição
por osso maduro. A destruição do coágulo inicial impede a cicatrização
apropriada e causa uma condição clínica conhecida como osteíte alveolar
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
O local da extração afetado é inicialmente preenchido por um coágulo contaminado
acinzentado, que se perde e deixa um alvéolo ósseo vazio (alvéolo seco). O
diagnóstico é confirmado pela sondagem do alvéolo, que revela um osso exposto e
muito sensível. Em geral, desenvolvem-se dores acentuadas, odor fétido, e(menos
frequentemente) tumefação e linfadenopatia 3 a 4 dias após a extração do dente.
Em alguns casos, a dor irradia ipsilateralmente do alvéolo para o ouvido, região
temporal ou olho. Raramente o trismo pode também ser observado. Os sinais e
sintomas podem durar de 10 a 40 dias.
Tratamento e prognóstico:
Durante a avaliação do paciente que se queixa de dor pósexodontia, deve ser
realizada uma radiografia da região afetada, para que se exclua a possibilidade
de um fragmento radicular retido ou de um corpo estranho. Todas as suturas
devem ser removidas. O alvéolo é irrigado com solução salina morna, seguido por
um exame clínico completo do alvéolo, para detecção de uma patologia inesperada.
A curetagem do alvéolo não é recomendada, porque isto aumenta a dor associada.
Analgésicos orais potentes devem ser prescritos e deve ser oferecida ao paciente
uma seringa plástica com instruções de como manter o alvéolo limpo com a
irrigação doméstica com clorexidina ou solução salina. Esta irrigação deve ser
realizada até que não haja mais qualquer detrito no alvéolo em cicatrização
(geralmente de 3 a 4 semanas)
Gengivite
O termo gengivite refere-se à inflamação limitada aos tecidos moles que circundam
o dente. Este termo não inclui os processos inflamatórios que podem se estender
para o rebordo alveolar subjacente, ligamento periodontal ou cemento. 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
A maioria dos casos de gengivite ocorre devido à falta de higiene bucal adequada,
que leva ao acúmulo de placa dental e cálculo, porém, muitos outros fatores podem
Os primeiros sinais de gengivite incluem a perda do aspecto pontilhado da gengiva
e surgimento de sangramento à sondagem leve. A gengiva saudável é rósea; com a
inflamação, a gengiva envolvida torna-se vermelho-clara. Com a progressão, a
área torna-se mais vermelha e edemaciada. À medida que o processo evolui, a
gengiva envolvida torna-se vermelhobrilhante ou vermelho-vivo; com frequência
mostra-se com margens rombas, com recessão ou hiperplásicaafetar a
suscetibilidade da gengiva à flora microbiana normal da boca
Tratamento e prognóstico:
O tratamento da gengivite consiste na eliminação (se possível) de qualquer causa
conhecida de aumento da suscetibilidade à doença e melhoria da higiene bucal
para diminuir o acúmulo de placa dental responsávelpelas alterações
inflamatórias. 
Gengivite marginal. Alteração eritematosa difusa das
margens gengivais livres.
Gengivite crônica hiperplásica. Eritema difuso e aumento
da gengiva marginal e papilar.
SÍFILIS PRIMÁRIA: A sífilis primária é caracterizada pelo cancro, que se
desenvolve na área de inoculação, tornando-se clinicamente evidente 3 a 90 dias
após a exposição inicial. A lesão oral apresenta-se como uma úlcera de base
clara e indolor ou, raramente, como uma proliferação vascular semelhante a um
granuloma piogênico. A linfadenopatia regional, que pode ser bilateral, é vista na
maior parte dos pacientes. SÍFILIS SECUNDÁRIA: sendo identificada clinicamente 4
a 10 semanas após a infecção inicial. Durante a sífilis secundária, os sintomas
sistêmicos em geral surgem. Os mais comuns são linfadenopatia indolor, dor de
garganta, mal-estar, cefaleia, perda de peso, febre e dor músculo-esquelética. Um
sinal consistente é uma erupção cutânea maculopapular difusa e indolor,
disseminada por todo o corpo e que pode acometer inclusive a região palmo-
plantar .SÍFILIS TERCIÁRIA Após a sífilis secundária, os pacientes entram em uma
fase livre de lesões e sintomas, conhecida como sífilis latente. Este período de
latência pode durar de 1 a 30 anos; A fase terciária da sífilis inclui as complicações
mais sérias da doença. Pode ocorrer aneurismada aorta ascendente, hipertrofia
ventricular esquerda, regurgitação aórtica e insuficiência cardíaca congestiva .
Sífilis (Lues)
A sífilis é uma infecção crônica mundial causada pelo Treponema pallidum. O
organismo é muito vulnerável ao meio seco; portanto, as principais vias de
transmissão são o contato sexual e da mãe para o feto. 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
Tratamento e prognóstico:
O tratamento da sífilis necessita de uma avaliação individual e de uma abordagem
terapêutica individualizada. Otratamento de eleição é a penicilina. 
Cancro da sífilis primária. Ulceração da
superfície dorsal da língua no lado esquerdo
Placa mucosa da sífilis secundária. Placa branca
circunscrita na mucosa labial inferior
Sífilis terciária. Perfuração do palato duro.
Sífilis Congênita
As crianças infectadas com sífilis podem manifestar
sinais dentro de 2 a 3 semanas do nascimento. Estes
achados iniciais incluem retardo no crescimento,
febre, icterícia,anemia, hepatoesplenomegalia, rinite,
rágades (fissuras cutâneas radiais ao redor da
boca) e erupções cutâneas maculopapulares
descamativas, ulcerativas ou vesículo-bolhosas. 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
A infecção altera a formação dos incisivos (incisivos de Hutchinson) e dos
molares (molares em amora, molares de Fournier, molares de Moon). Os incisivos
de Hutchinson apresentam diâmetro mesiodistal maior no terço médio da coroa. O
terço incisal afunila-se em direção à margen incisal, resultando em um dente que
lembra a parte ativa de uma chave de fenda . Muitas vezes, a margen incisal exibe
um entalhe central hipoplásico. Os molares em amora afunilam-se em direção à
superfície oclusal, com uma superfície constritiva. A anatomia oclusal é anormal,
com várias projeções globulares desorganizadas que lembram a superfície de
uma amora .
Tratamento e prognóstico:
O tratamento da sífilis necessita de uma avaliação individual e de uma abordagem
terapêutica individualizada. O tratamento de eleição é a penicilina. 
Dentes de Hutchinson;
Ceratite ocular intersticial;
Surdez associada ao
comprometimento do
oitavo par de nervos
cranianos.
Tríade de Hutchinson:
1.
2.
3.
Incisivos de Hutchinson da sífilis congênita. Dentes exibindo
coroas sofrendo estreitamento em direção à margen incisal. 
Molar em amora da sífilis congênita. Molar superior exibindo
superfície oclusal com numerosas projeções globulares.
Gonorreia
A gonorreia é uma doença sexualmente transmissível causada pela Neisseria
gonorrhoeae. 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
A infecção dissemina-se pelo contato sexual e a maioria das lesões ocorre na
região genital . Raramente, lesões foram documentadas na porção anterior da
cavidade oral, com áreas de infecção apresentando-se eritematosas, pustulares,
erosivas ou ulceradas. Ocasionalmente, a infecção pode simular a gengivite
ulcerativa necrosante (GUN), porém alguns clínicos relatam que o odor oral típico
da GUN está ausente
Tratamento e prognóstico:
O tratamento de eleição para a gonorreia é realizado com fluoroquinolonas, como
a ciprofloxacina, levofloxacina ou ofloxacina;
Gonorreia. Necrose, supuração e hemorragia da gengiva inferior anterior. (De Williams LN: The
risks of oral-genital contact: a case report, Gen Dent 50:282-284, 2002.)
Tuberculose
A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa crônica, causada pelo Mycobacterium
tuberculosis. 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
A TB primária é em geral assintomática. Ocasionalmente, podem ocorrer febre e
efusão pleural. Classicamente, as lesões da tuberculose secundária estão
localizadas no ápice pulmonar, porém elas podem propagar-se para muitos sítios
diferentes através de material infectado expectorado ou através de vasos
sanguíneos ou linfáticos. Os pacientes apresentam caracteristicamente febre
baixa, mal-estar, anorexia, perda de peso e sudorese noturna. Com a progressão
pulmonar da doença, desenvolve-se tosse produtiva, usualmente acompanhada
de hemoptise ou dor torácica. A tuberculose progressiva pode levar a uma
síndrome debilitante que, no passado, era chamada de consumação, porque
parecia que o corpo do paciente estava sendo consumido ou destruído.
Tratamento e prognóstico:
OM. tuberculosis pode sofrer mutações e tornar-se resistente a terapias com um
único agente medicamentoso. Para enfrentar esta habilidade, a terapia com
múltiplos agentes é o tratamento de escolha para uma infecção ativa, e o
tratamento geralmente envolve duas ou mais drogas ativas por vários meses ou
anos. Um protocolo frequentemente utilizado consiste em oito semanas de
isoniazida, rifampicina e pirazinamida, seguidas por 16 semanas de isoniazida e
rifampicina.
Tuberculose. Fístula submandibular secundária ao
envolvimento dos linfonodos cervicais subjacentes.
Tuberculose. Aumento de
numerosos linfonodos cervicais. 
Hanseníase (lepra)
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium
leprae.
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
Atualmente, a hanseníase é classificada em duas categorias distintas: paucibacilar
e multibacilar, com a distinção entre elas influenciando a forma de tratamento
recomendada. A hanseníase paucibacilar corresponde mais ao padrão
tuberculoide de lepra e mostra um pequeno número de lesões cutâneas bem
circunscritas e hipopigmentadas. O envolvimento dos nervos usualmente resulta
em anestesia da pele afetada, muitas vezes acompanhada pela perda de sudorese.
As lesões orais são raras nesta variante. A hanseníase multibacilar
corresponde ao padrão de lepra lepromatosa e começa lentamente com
numerosas máculas ou pápulas, hipopigmentadas, maldefinidas na pele, que com o
tempo torna-se espessada 
Tratamento e prognóstico:
A hanseníase paucibacilar é tratada com um esquema de 6 meses de rifampicina e
dapsona, enquanto os pacientes com hanseníase multibacilar recebem 24 meses
de rifampicina, dapsona e clofazimina. .
Hanseníase multibacilar (lepromatosa). Numerosos nódulos faciais espessados.
Candidíase
A infecção fúngica causada por Candida albicans, um microorganismo fúngico do
tipo levedura, é denominada candidíase .
Francielle Nunes
REFERÊNCIA:NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
A candidíase da mucosa oral pode exibir uma variedade de padrões clínicos .
Tratamento e prognóstico:
Candidíase eritematosa. As áreas desnudas
irregulares (não as áreas brancas) da superfície
dorsal da língua representam a candidíase
eritematosa.
Toxoplasmose
A toxoplasmose é uma doença relativamente comum causada pelo Toxoplasma
gondii, um micro-organismo protozoário intracelular obrigatório. A toxoplasmose
congênita ocorre quando a mãe não imune contrai a doença durante a gestação e
os micro-organismos atravessam a barreira placentária, infectando o feto em
desenvolvimento. Os efeitos potenciais de cegueira, retardo mental e atraso no
desenvolvimento psicomotor são mais graves quando a infecção ocorre durante o
primeiro trimestre da gestação.
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
Em geral, a infecção pelo T. gondii é assintomática nos indivíduos normais
imunocompetentes. Quando os sintomas se desenvolvem, eles costumam ser leves
e lembram a mononucleose infecciosa; os pacientes podem ter febre baixa,
linfadenopatia cervical, prostração e dor muscular ou articular. Tais sintomas
podem durar de algumas semanas a alguns meses, embora tipicamente o
hospedeiro se recupere sem tratamento.
Tratamento e prognóstico:
A maioria dos pacientes saudáveis com toxoplasmose não necessita de
tratamento específico porque os sintomas são leves e têm um curso autolimitante.
Talvez o mais importante seja orientar que as gestantes evitem situações que as
coloquem em risco para a doença .
Toxoplasmose. Nesta fotomicrografia em maior aumento, um organismo
encistado da toxoplasmose é evidenciado por meio de um estudo imuno-
histoquímico. (Cortesia do Dr. John Kalmar.)
Herpesvírus Humano 
A família do herpesvírus humano (HHV) é oficialmente reconhecida como
Herpetoviridae, e seu membro mais conhecido é representado pelo herpesvírus
simples (HSV), um vírus DNA. Existem dois tipos de HSV: tipo I (HSV-1 ou HHV-1) e
tipo 2 (HSV-2 ou HHV-2). Outros membros da família HHV incluem o vírus varicela-
zoster (VZV ou HHV-3), o vírus Epstein-Barr (EBV ou HHV-4), o citomegalovírus
(CMV ou HHV-5) e vários outros .
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
HERPESVÍRUS SIMPLES Os dois tipos de herpesvírus simples são estruturalmente
semelhantes, porém diferem antigenicamente. Além disso, os dois exibem
variações epidemiológicas . A gengivoestomatite herpética primária aguda
(herpes primário) é o padrão mais comum de infecção primária sintomática pelo
HSV. Inicialmente, na mucosa afetada desenvolvem-se diversas vesículas
puntiformes, que rapidamente se rompem e formam inúmeras lesões pequenas,
avermelhadas. Essas lesões iniciais aumentam um pouco de tamanho e
desenvolvem áreas centrais de ulceração, recobertas por uma fibrina amarela .
Tratamento e prognóstico:
No passado, a gengivoestomatite herpética primária era mais bem tratada
sintomaticamente; entretanto, se a infecção for diagnosticada no início, os
medicamentos antivirais podem ter um efeito significante. Os pacientes devem ser
instruídos a restringir o contato com as lesões ativas para prevenir a
disseminação para outros locais e pessoas. Como mencionado anteriormente, a
autoinoculação dos olhos pode resultar em envolvimento ocular, com a
possibilidade de recidiva. Quando o aciclovir em suspensão é iniciado nos 3
primeiros dias de sintomatologia pela técnica de bochechar e engolir 5 vezes ao
dia por 5 dias (crianças: 15 mg/kg até a dose do adulto de 200 mg), a resolução
clínica é acelerada de forma significativa. Uma vez iniciado o tratamento, novas
lesões não se desenvolvem. Além disso, a dificuldade para comer e beber, dor,
tempo de cicatrização, duração da febre e liberação do vírus são fatores
associados que são extremamente encurtados. 
Varicela (catapora)
O vírus varicela-zoster (VZV; HHV-3) é semelhante ao vírus do herpes simples
(HSV) em diversos aspectos. A catapora representa a infecção primária pelo VZV;
sucede-se um período de latência, e a recidiva é possível como herpes-zoster,
muitas vezes, após várias décadas. Supõe-se que o vírus se dissemine através
de gotículas no ar ou pelo contato direto com lesões ativas. 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
A fase sintomática da infecção pelo VZV geralmente se inicia com mal-estar,
faringite e rinite. Nas crianças mais velhas e nos adultos, outros sintomas (p. ex.,
dor de cabeça, mialgia, náusea, anorexia, vômitos) podem ser ocasionalmente
observados. Em seguida, ocorre o característico e intenso exantema pruriginoso.
As erupções começam na face e no tronco, seguidas pelo envolvimento das
extremidades. Cada lesão progride rapidamente através dos estágios de eritema,
vesícula, pústula e crosta endurecida 
Tratamento e prognóstico:
O uso de medicações antivirais por via oral, como aciclovir, valaciclovir e
fanciclovir, tem reduzido a duração e a gravidade da infecção se estas forem
administradas durante as primeiras 24 horas de erupções. O uso rotineiro
desses medicamentos antivirais não é recomendado para crianças
imunocompetentes com catapora sem complicações. Caracteristicamente, esse
tratamento é reservado para pacientes com risco de doença mais grave, como
aqueles com mais de 13 anos de idade e para indivíduos que contraíram a doença
de um membro da família. 
Varicela. Criança exibindo erupção vesicular 
eritematosa difusa.
 (Cortesia do Dr. Sherry Parlanti.)
Varicela. Numerosas vesículas com eritema circunjacente
 e início da formação de crosta.
Herpes-Zoster (Cobreiro)
Após a infecção inicial pelo VZV (catapora), o vírus é transportado para os nervos
sensitivos e presumivelmente estabelece sua latência no gânglio espinhal dorsal.
O herpes-zoster clinicamente evidente ocorre após a reativa- ção do vírus, com o
envolvimento da distribuição do nervo sensitivo afetado. 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
As características clínicas do herpes-zoster podem ser agrupadas em três fases:
(1) prodrômica, (2) aguda e (3) crônica. Durante a replicação viral inicial,
desenvolvem-se ganglionites ativas que resultam em necrose neural e neuralgia .
grave. Essa reação inflamatória é responsável pelos sintomas prodrômicos de
dor intensa que precedem a erupção cutânea em mais de 90% dos casos. Conforme
o vírus movimenta-se pelo nervo, a dor intensifica-se e tem sido descrita como
queimação, formigamento, coceira, um incômodo pontiagudo ou cortante. A dor
desenvolve-se na área do epitélio inervado pelo nervo sensitivo afetado
(dermátomo). Caracteristicamente, um dermátomo é acometido, porém pode
ocorrer o envolvimento de dois ou mais.
Tratamento e prognóstico:
O tratamento inicial com medicações antivirais apropriadas, como o aciclovir,
valaciclovir e fanciclovir, tem acelerado o processo de cicatrização das lesões
cutâneas e mucosas, reduzindo a duração da dor aguda e da neuralgia pós-
herpética. A febre deve ser tratada com antipiréticos que não contenham aspirina.
Antipruriginosos, como a difenidramina, podem ser administrados para diminuir o
prurido. As lesões cutâneas devem ser mantidas secas e limpas a fim de prevenir
infecções secundárias; podem ser administrados antibióticos para tratar tais
infecções secundárias .
Herpes-zoster. Várias vesículas faciais com formação de
crosta que se estendem para a linha média.
Herpes-zoster. Numerosas vesículas branco-opacas no
lado direito da mucosa jugal.
Mononucleose Infecciosa (doença do beijo)
A mononucleose infecciosa é uma doença sintomática resultante da exposição ao
vírus Epstein-Barr(EBV, HHV- 4). A infecção ocorre usualmente pelo contato íntimo.
A disseminação intrafamiliar é comum, e quando uma pessoa é exposta o EBV
permanece no hospedeiro por toda a vida.
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
A maioria das infecções pelo EBV em crianças é assintomática. Em crianças com
menos de 4 anos de idade com sintomas, a maior parte apresenta febre,
linfadenopatia, faringite, hepatoesplenomegalia e rinite ou tosse.
Tratamento e prognóstico:
Na maioria dos casos, a mononucleose infecciosa regride dentro de 4 a 6 semanas.
Os antipiréticos que não contêm aspirina e os medicamentos anti-inflamatórios
não-esteroidais podem ser utilizados para diminuir os sintomas mais comuns. O
uso de corticosteroides representa o tratamento recomendado em diversos
livros-textos. No entanto, tais drogas não devem ser utilizadas
indiscriminadamente, pois a resposta imunológica parece ser o fator mais
importante no combate à infecção, prevenindo uma proliferação policlonal de
linfócitos B potencialmente fatal. 
Mononucleose infecciosa. Diversas petéquias no palato mole.
 (Cortesia do Dr. George Blozis.)
Citomegalovírus
O citomegalovírus (CMV, HHV-5) é semelhante a outros herpesvírus humanos (i.e.,
após a infecção inicial, se estabelece um período de latência, sendo possível a
reativação em condições favoráveis para o vírus). O CMV pode permanecer em
latência nas células das glândulas salivares, no endotélio, nos macrófagos e nos
linfócitos. 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
Em qualquer idade, cerca de 90% das infecções pelo CMV são assintomáticas. Na
infecção neonatal clinicamente evidente, a criança apresenta-se doente em poucos
dias. As manifestações características são hepatoesplenomegalia, eritropoiese
cutânea extramedular e trombocitopenia (frequentemente associada a petéquias
hemorrágicas)Embora a maioria das infecções agudas pelo CMV seja
assintomática, menos de 10% podem apresentar um padrão não-específico de
sintomas que variam desde uma virose como a influenza até uma complicação
fatal envolvendo múltiplos órgãos.
Tratamento e prognóstico:
Embora a maioria das infecções pelo CMV regrida espontaneamente, o tratamento
é, muitas vezes, necessário em pacientes imunossuprimidos. O tratamento com
ganciclovir tem resolvido os sintomas clínicos em mais de 75% dos pacientes
imunocomprometidos. 
Infecção pelo citomegalovírus (CMV). Epitélio do ducto
salivar exibindo alterações características em “olho de coruja”
A herpangina começa com uma fase aguda de dor de garganta, disfagia e febre
significantes, acompanhadas ocasionalmente por tosse, rinorreia, anorexia,
vômitos, diarreia, mialgia e cefaleia. A maioria dos casos, entretanto, é leve ou
subclínica . A doença da mão-pé-e-boca é a infecção pelo enterovírus mais bem
conhecida. Assim como a herpangina, as erupções cutâneas e as lesões orais
caracteristicamente estão associadas a sintomas semelhantes aos da gripe (p.
ex., dor de garganta, disfagia, febre), algumas vezes acompanhada por tosse,
rinorreia, anorexia, vômito, diarreia, mialgia e cefaleia . A faringite linfonodular
aguda é caracterizada por dor de garganta, febre e cefaleia leve, que pode durar
de 4 a 14 dias. Um pequeno número (um a cinco) de nódulos amarelos a cor-de-
rosa escuros desenvolve-se no palato mole e nos pilares amigdalianos .
Enteroviroses
Tradicionalmente, as infecções pelo enterovírus humano têm sido classificadas em
viroses causadas pelos ecovírus, coxsackievírus A e B e pelos poliovírus.Essas
infecções podem surgir em qualquer idade, mas a maior parte ocorre em bebês ou
crianças. Casos neonatais também têm sido relatados. Apenas a herpangina, a
doença da mão-pé-e-boca e a faringite linfonodular aguda merecem
discussão. Esses três padrões clínicos estão intimamente relacionados e não
devem ser considerados infecções totalmente independentes.
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
Tratamento e prognóstico:
Na maioria dos casos, a infecção é autolimitante e sem complicações significantes.
O tratamento para pacientes com infecção pelo enterovírus está direcionado ao
alívio sintomático. Muitas vezes, é benéfico o uso de antipiréticos que não
contenham aspirina e de anestésicos tópicos, como hidroclorido de diclonina
Doença da mão-pé-e-boca. Múltiplas
ulcerações semelhantes à afta no fundo do
vestíbulo
Herpangina. Numerosas ulcerações
semelhantes a aftas no palato mole.
Faringite linfonodular aguda. Numerosos
agregados linfoides róseos escuros e
amarelados. (Cortesia do Dr. George Blozis.)
Sarampo
O sarampo é uma infecção causada por um vírus da família dos paramixovírus,
gênero Morbillivirus, e apresenta uma prevalência variável relacionada ao grau
da utilização da vacina.
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
A maioria dos casos de sarampo se dissemina através de gotículas produzidas
pela respiração. O período de incubação é de 10 a 12 dias e os indivíduos afetados
são infectantes 2 dias antes de se tornarem sintomáticos e até 4 dias após o
aparecimento da erupção associada. O vírus está associado à hiperplasia linfoide
significante que frequentemente envolve locais como linfonodos, amígdalas,
adenoides e placas de Peyer. Enquanto o segundo estágio começa, a febre
persiste, as manchas de Koplik desaparecem e uma erupção maculopapular e
eritematosa (morbiliforme) se inicia. Oenvolvimento inicial ocorre na face, com
disseminação descendente para o tronco e extremidades. Finalmente, forma-se
uma erupção maculopapular eritematosa difusa, que tende a desaparecer sobre
pressão. A dor abdominal secundária ao envolvimento linfático não é rara.
Tratamento e prognóstico:
Com uma frequência de complicações de 21%, o melhor tratamento é um programa
de vacinação adequado; o sarampo é parte de uma vacina amplamente utilizada
contra sarampo (measles), caxumba (mumps) e rubéola (rubella), MMR (SRC ou
“tríplice viral”).
Sarampo. Erupções maculopapulares eritematosas na face. 
(Cortesia do Dr. Robert J. Achterberg.)
Rubéola
A rubéola é uma doença viral branda, produzida pelo vírus da família Togavírus,
gênero Rubivirus. A maior importância desta infecção não reside nas
manifestações em quem contrai a doença aguda, mas na sua capacidade de
induzir defeitos congênitos no feto em desenvolvimento.
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
Grande parte das infecções é assintomática; a frequência dos sintomas é mais
acentuada nos adolescentes e adultos. Os sintomas prodrômicos podem ser
observados 1 a 5 dias antes do exantema e incluem febre, cefaleia, mal-estar,
anorexia, mialgia, conjuntivite leve, coriza, faringite, tosse e linfadenopatia. A
linfadenopatia pode persistir por semanas, sendo observada principalmente nas
cadeias suboccipital, pós-auricular e cervical. A complicação mais comum é a
artrite, que aumenta a frequência com a idade e geralmente surge após a erupção
cutânea. Complicações raras incluem a encefalite e a trombocitopenia
Tratamento e prognóstico:
A rubéola é uma infecção branda, e o tratamento, em geral, não é necessário. As
medicações antipruriginosas e antipiré- ticas sem aspirina podem ser úteis nos
pacientes com febre significativa e envolvimento cutâneo sintomático. A imunidade
passiva pode ser obtida pela administração de imunoglobulina da rubéola
humana. 
Caxumba (parotidite epidêmica)
A caxumba é uma infecção causada por um vírus da família Paramixovírus,
gênero Rubulavirus, que causa uma doença difusa nas glândulas salivares.
Embora as glândulas salivares sejam os locais de acometimentomais comuns, o
pâncreas, plexo coroide e testículos e ovários maduros também estão, com
frequência, envolvidos. A glândula envolvida exibe edema e infiltração linfocítica.
Assim como ocorre no sarampo e na rubéola, a epidemiologia foi significativamente
afetada pela tríplice viral (SRC).
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
Aproximadamente 30% das infecções por caxumba são subclínicas. Nos casos
sintomáticos, os sintomas prodrômicos de febre baixa, cefaleia, mal-estar,
anorexia e mialgia aparecem primeiro. Com mais frequência, 1 dia após esses
sintomas inespecíficos, aparecem alterações salivares significantes. A glândula
parótida é envolvida mais frequentemente, mas as glândulas sublingual e
submandibular também podem ser afetadas. Desconforto e tumefação
desenvolvem-se nos tecidos circunjacentes à metade inferior do ouvido externo e
se estendem inferiormente através da borda inferior posterior da mandíbula
adjacente .
Tratamento e prognóstico:
O tratamento da caxumba é de natureza paliativa. Frequentemente, são
administrados antipiréticos e analgésicos sem aspirina.
Caxumba. Aumento de volume bilateral da parótida.
 De Neville BW, Damm DD, White DK: Colar atlas of clinical oral
pathology, ed 2, Hamilton, 1999, BC Decker.)
Mucocele e Rânula
A mucocele é uma lesão comum da mucosa oral resultante da ruptura de um ducto
de glândula salivar e o extravasamento da mucina para dentro dos tecidos moles
adjacentes. Este extravasamento geralmente é resultante de um trauma local,
embora em muitos casos não haja história de trauma associado. Rânula é um
termo usado para mucoceles que ocorrem no soalho de boca .
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
As mucoceles geralmente se apresentam como aumentos de volume mucosos em
forma de cúpula, que podem ter seus tamanhos variando de 1 a 2 mm a alguns
centímetros . São mais comuns em crianças e adultos jovens, talvez pelo fato de os
indivíduos mais jovens estarem mais propensos a experiências de trauma que
induz ao extravasamento de mucina. 
Tratamento e prognóstico:
Algumas mucoceles são lesões autolimitantes que se rompem e cicatrizam
sozinhas. Entretanto, muitas dessas lesões são de natureza crônica, e a excisão
cirúrgica local é necessária . O prognóstico é excelente, embora ocasionalmente
algumas mucoceles possam recidivar, necessitando de reexcisão .
Rânula. Aumento de volume azulado no
lado esquerdo do soalho de boca.
Mucocele superficial. Lesão semelhante
à vesícula no palato mole.
Cisto do ducto salivar
O cisto do ducto salivar é uma cavidade delimitada por epitélio que surge a partir
do tecido da glândula salivar . É um cisto de desenvolvimento verdadeiro
delimitado por epitélio que é separado dos ductos salivares normais adjacentes. A
causa deste cisto é incerta.
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
um cisto de desenvolvimento verdadeiro delimitado por epitélio que é separado
dos ductos salivares normais adjacentes. A causa deste cisto é incerta.Estas
lesões geralmente se assemelham às mucoceles e são caracterizadas por
aumentos de volume flutuantes e de consistência amolecida, que podem
apresentar coloração azulada, dependendo da profundidade do cisto em relação
à superfície da mucosa. Alguns cistos podem ser relativamente firmes à palpação
Tratamento e prognóstico:
Os cistos do ducto salivar isolados são tratados através da excisão cirúrgica
conservadora.
Cisto do ducto salivar. Aumento de volume nodular
(seta) sobreposto ao ducto de Wharton.
Sialolitíase (cálculo salivar)
Os sialólitos são estruturas calcificadas que se desenvolvem dentro do sistema 
 ductal salivar. Os pesquisadores acreditam que eles surgem através da
deposição de sais de cálcio ao redor de um ninho de debris na luz do ducto .
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
Na análise macroscópica, o sialolito se apresenta como duros aumentos de
volume de formato arredondado, oval ou cilíndrico. Tipicamente, apresentam
coloração amarelada, embora possam ser brancos ou marrons-amarelados. Os
sialolitos submandibulares tendem a ser maiores quando comparados aos da
glândula parótida ou das glândulas menores. 
Tratamento e prognóstico:
Os sialólitos pequenos das glândulas maiores podem, algumas vezes ser
tratados de forma conservadora com massagens na glândula e esforço para
expelir a pedra através do orifício do ducto. Os sialogogos (drogas que estimulam
o fluxo salivar), a aplicação local de calor e o aumento da ingestão de líquidos
também podem promover a saída da pedra. Os sialólitos grandes usualmente
necessitam de remoção cirúrgica. 
Sialolitíase. Aumento de volume radiopaco localizado
no ângulo esquerdo da mandíbula. (Cortesia do Dr. Roger Bryant.)
Sialolitíase. Aumento de volume duro no orifício do
ducto de Wharton.
Queilite glandular
A queilite glandular é uma condição inflamatória rara das glândulas salivares
menores. A causa é incerta, embora diversos fatores etiológicos tenham sido
sugeridos, incluindo o dano actínico, o tabaco, a sífilis, a má higiene e a
hereditariedade.
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
A queilite glandular caracteristicamente ocorre no lábio inferior, embora raros
casos tenham sido relatados no lábio superior e palato. Os indivíduos afetados
apresentam aumento de volume e eversão do lábio inferior como resultado da
hipertrofia e inflamação das glândulas .
Tratamento e prognóstico:
O tratamento de escolha para a maioria dos casos de queilite glandular
persistente associada ao dano actínico é a vermilionectomia (raspagem do lábio),
que usualmente produz um resultado cosmético satisfatório. 
Queilite glandular. Lábio inferior proeminente com inflamação nas aberturas dos ductos das
glândulas salivares menores. Um carcinoma de células escamosas inicial se desenvolveu no
lado esquerdo do paciente, lateralmente à linha média (seta). (Cortesia do Dr. George Blozis.)
Sialorreia
A sialorreia, ou salivação excessiva, é uma condição incomum que possui
diversas causas. A sialorreia menor pode resultar de uma irritação local, como
úlceras aftosas ou próteses removíveis mal adaptadas. 
Francielle Nunes
REFERÊNCIA: NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 4. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016, 912.
Características Clínicas:
O excesso de produção de saliva tipicamente produz o escorrimento salivar e o
engasgo que podem causar constrangimentos sociais. Nas crianças com retardo
mental ou paralisia cerebral, o fluxo salivar descontrolado pode levar ao
desenvolvimento de úlceras ao redor da boca .
Tratamento e prognóstico:
Alguns casos de sialorreia são transitórios ou discretos, e nenhum tratamento é
necessário. Para indivíduos com salivação aumentada associada à doença do
refluxo gastroesofágico, a conduta médica do refluxo pode ser benéfica. Para o
escorrimento salivar persistente e intenso, a intervenção terapêutica é indicada. A
fonoaudiologia pode ser usada para melhorar o controle neuromuscular, mas a
cooperação do paciente é necessária. Medicações anticolinérgicas podem reduzir
a produção de saliva, mas podem produzir efeitos adversos indesejáveis.

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