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Manifestações Infecciosas na Cavidade Oral

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@resumosodontol 
Manifestações Virais 
Estomatologia 
Dentre as manifestações virais mais comuns que 
se manifestam na cavidade oral são os vírus pertencentes à 
família do Herpetoviridae e Paramixovírus. 
 
 
 HHV – 1: Herpesvírus Simples tipo 1; 
 HHV – 2: Herpesvírus Simples tipo 2; 
 HHV – 3: varicela zoster (causador da catapora); 
 HHV – 4: Epstein barr (causador da mononucleose); 
 HHV – 5: Citomegalovírus; 
 HHV – 6, 7 e 8: pouco conhecidos. 
 
Herpesvírus Simples (HHV-1/2 ou HSV) 
 
O Herpesvírus simples tipo 1 (HSV – 1) afeta 
mais a região oral, facial e ocular, e se dissemina pela 
saliva. Enquanto o Herpesvírus simples tipo 2 (HSV – 2) 
afeta mais a região genial se disseminando pelo contato 
sexual. Ambos os vírus são semelhantes e os anticorpos 
direcionados para combater um podem realizar reação 
cruzada e combater o outro tipo também. 
 
 Características Clínicas: 
 Infecção primária: quando o indivíduo não tem 
anticorpos contra o vírus. Costuma ser 
assintomático se deslocando através dos nervos 
sensitivos até atingir os gânglios permanecendo em 
sua forma latente. 
 Infecção Secundária: é a reativação do vírus 
levando a manifestações sintomáticas. Essa 
reativação pode estar relacionada com estresses 
emocionais ou físicos, além de traumas e alergias. 
 
Nos casos sintomáticos primários pode haver 
Gengivoestomatite e faringotonsilite. Acredita-se que o 
Eritema Multiforme possa estar associado com o HSV 
podendo aparecer alguns dias antes de recidiva do HSV, 
auxiliando assim em uma profilaxia antiviral. 
 
 
 
O herpesvírus secundário ou recorrente costuma 
ser sintomático e afetar a região próxima dos lábios, sendo 
Gengivoestomatite Herpética Aguda (GEHA): é uma 
doença que se manifestação através do primeiro contato 
do paciente com o vírus do herpes primária, sendo mais 
comum em pacientes até os 5 anos de idade. Começam 
com vesículas puntiformes que logo se rompem 
formando lesões ulceradas maiores rasas e irregulares. 
Pode haver lesões erosivas e “vesículas-satélites” na 
pele peroral. (Figura 1 e 2) 
Eritema Multiforme: é uma doença autoimune, podendo 
ser precedente de um herpes simples, uso de drogas, 
analgésicos e antibióticos. Sintomas prodrômicos como 
febre, mal-estar, cefaleia, tosse e dor de garganta, 
usualmente estão presentes. As lesões bucais são 
múltiplas placas eritematosas que evoluem para grandes 
erosões ou ulcerações rasas com bordas irregulares 
associadas com dor. Crostas hemorrágicas na região 
dos lábios também são comuns. Costumam ser difusas, 
podendo ser encontradas em qualquer região da boca, 
sendo menos frequente no palato e na gengiva. Sua 
morfologia costuma ser planas e redondas parecendo 
um alvo. 
Faringotonsilite: são manifestações sintomáticas por 
infecção primária em adultos. Os sintomas iniciais 
correspondem a dores de gargantas, febre, cefaleia, 
mal-estar. Está associado com o HHV – 1, mas pode 
também se apresentar como manifestações do HHV – 2. 
@resumosodontol 
conhecida como herpes labial. Os sintomas prodômicos 
(dor, formigamento, ardência, prurido, calor localizado e 
eritema do epitélio envolvido) aparecem de 6 a 24 horas 
antes da lesão. São observadas múltiplas pápulas e 
eritematosas que formará, posteriormente, vesículas. 
 
Figura 1 
Fonte: Neville, 2009 
 
 
Figura 2 
Fonte: Neville, 2009 
 
 Características histopatológicas: o vírus atinge 
células epiteliais induzindo acantólise e aumento dos 
núcleos. As células infectadas tornam-se 
multinucleadas. Há presença de células de Tzank 
(células epiteliais livres e flutuantes). 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
 
 
 Diagnóstico: 
 Testes sorológicos para detectação de anticorpos 
contra o HSV; 
 Detectação de antígeno através de técnica direta 
de fluorescência ou PCR. 
 
 Tratamento: 
 Evitar tocar nas lesões para não disseminar; 
 Aciclovir em solução (bochecho e engolir) 5x ao dia 
por 5 dias; 
 Spray tópico de Cloridrato de Diclonina; 
 Aciclovir pomada e creme, Penciclovir e N-
Docosanol. 
 
Varicela (HHV - 3 ou VZV) 
 
O HHV – 3 é o vírus da varicela zoster. 
A fase primária é caracterizada pela Catapora, 
podendo atingir uma latência e uma recidiva na forma de 
herpes-zoster. 
 
 Características Clínicas: os sintomas iniciais podem 
ser faringite, mal-estar, rinite, enxatema pruriginoso, 
podendo apresentar eritemas, vesículas, pústula e 
lesões de crostra endurecida. Na mucosa oral costuma 
tingir o vermelhão do lábio, palato e mucosa jugal. 
Estas lesões tendem a ser indolores e as vesículas 
formarão ulceras. 
 
Fonte: Neville, 2009 
@resumosodontol 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
 Características histopatológicas: o vírus atinge 
células epiteliais induzindo acantólise e aumento dos 
núcleos. As células infectadas tornam-se 
multinucleadas. Há presença de células de Tzank 
(células epiteliais livres e flutuantes). 
 
 Diagnóstico: 
 Testes sorológicos para detectação de anticorpos; 
 Análise citológica das células epiteliais e do líquido 
vesicular. 
 
 Tratamento: 
 Aciclovir, Vanciclovir e Fanciclovir; 
 Imunoglobulina purificada para pacientes sem 
evidencias de imunidade; 
 Vacina. 
 
Mononucleose Infecciosa (HHV - 4 ou EBV) 
 
É proveniente do vírus Epstein Barr (HHV – 4), 
também conhecida como doença do beijo. Costuma ser 
assintomático em crianças e sintomático em jovens adultos. 
 
 Características Clínicas: quando sintomática em 
crianças ocorre febre, tosse, rinite, lifadenopatia, 
hepatoesplenomegalia, e faringite. Já nos adultos 
ocorre febre, linfadenopatia, faringite e tonsilite, além 
disso, é relatado mal-estar, anorexia e fadiga antes da 
febre que dura de 2 a 14 dias em tempo de 40ºC, 
tumefação e petéquias no palato duro e mole. Na 
mucosa oral é possível ocorrer Gengivite ulcerativa 
necrosante, pericoronarite e mucosite ulcerativa 
necrosante, mesmo estas duas ultimas sendo menos 
recorrentes. 
 
 Diagnóstico: 
 Leucograma para indicação de linfocitose; 
 Exames sorológicos para identificação de 
antígenos e anticorpos de Paul Bunnell; 
 Teste de imunofluorescencia indireta; 
 Método ELISA. 
 
 Tratamento: Costuma regredir dentro de 4 a 6 
semanas sem um tratamento específico, mas caso o 
paciente tenha febre pode ser utilizado antipirético sem 
aspirina. Não é recomendado o uso de penicilina e 
ampicilina. 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
 
 
 
@resumosodontol 
Citomegalovírus (HHV - 5 ou CMV) 
 
É semelhante ao herpesvírus. Permanece em 
latência nas glândulas salivares, nos linfócitos e nos 
macrófagos. 
A transmissão pode acontecer durante a 
amamentação, parto, relação sexual, transfusão de sangue 
e transplante de órgãos. 
 
 Características Clínicas: 
 90% das infecções são assintomáticas; 
 Infecção neonatal: hepatoesplenomegalia, 
eritropoiese cutânea extramedular, trombocitopenia 
e encefalite; 
 Em pacientes imunodeprimidos pode ocorre febre, 
dores musculares e articulares, tremores, erupção 
cutânea, diarreia e tosse. 
 É possível observar ulcerações crônicas na 
mucosa oral; 
 
 Características Histopatológicas: Alteração das 
células endoteliais vasculares com dilatação e nucléolos 
proeminentes, também chamadas de “Olho de Coruja”. 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
 Diagnóstico: 
 Biópsia; 
 Teste de ELISA; 
 Análise Imuno-histoquímica; 
 PCR; 
 Hibridização in situ. 
 
 Tratamento: as lesões costumam regredir 
espontaneamente, mas caso haja sintomatologia pode 
ser feito o uso de Ganciclovir, Foscarnet, Cidofovir, 
Valgaciclovir. Também pode ser tratado com AINEs, 
corticosteroides e Gamaglobulina IV. 
 
 
 
É causado pelo vírus da família dos paramixovíruse 
gênero morbillivírus, mas vem sendo controlado devido a 
eficácia da vacina. 
 
 Características Clínicas: leva a uma hiperplasia 
linfoide envolvendo linfonodose amígdalas. É marcada 
pela por possuir três fases sendo cada uma delas de 3 
dias. 
 Fase I: coriza, tosse e conjuntivite, manchas de 
Koplik na mucose jugal e labial. 
 Fase II: febre persistente, desaparecimento das 
manchas de Koplik, surgimento de erupção 
maculopapular e eritematosa se iniciam. 
 Fase III: A febre some, as erupções maculopapular 
eritematosas difusas desaparecem sendo 
substituídas por pigmentações acastanhadas. 
 
 Características Histopatológicas: as manchas de 
Koplik constituem uma área hiperceratinizada com um 
epitélio apresentando espongiose, edema intracelular, 
células gigantes com muitos núcleos, podendo levar a 
uma necrose de epitélio devido à intensa exocitose de 
linfócitos e finamente ulceração. 
 
Fonte: Neville, 2009 
@resumosodontol 
 
 Diagnóstico: testes sorológicos para identificação de 
anticorpos. 
 
 Tratamento: vacinação. Pacientes saudáveis podem 
fazer o uso de antipiréticos para controlar a febre, 
porém pacientes imunodeprimidos podem usar 
Iterferon, Vitamina A, Imunoglobulina e Ribovirina.
@resumosodontol 
Manifestações Fúngicas 
Estomatologia 
Dentre as doenças fúngicas com manifestações 
orais podemos citar a candidíase e paracoccidioidomicose. 
Além destas duas, nesse resumo iremos abordar também a 
Blastomicose. 
 
É a infecção fúngica mais comum na cavidade oral. 
Também chamada de candidose, podendo se apresentar de 
duas formas: 
 Levedura: forma inócula 
 Hífas: forma de invasão tecidual. 
 
É um componente da microbiota oral, onde os 
indivíduos podem apresentar o microrganismo sem haver 
manifestações clínicas. 
As manifestações podem se desenvolver através 
de três faores: 
1. Estado imunológico do hospedeiro; 
2. O ambiente da microbiota oral; 
3. A cepa de Candida albicans. 
 
 Características Clínicas: pode induzir 4 tipos de 
candidíase 
1. Candidíase Pseudomembranosa; 
2. Candidíase Eritematosa; 
3. Candidíase crônica hiperplásica; 
4. Candidíase mucocutânea. 
 
 Características histopatológicas: 
 Hiperceratinização; 
 Alongamento de projeções epiteliais; 
 Inflamatório crônico contendo neutrófilo os quais 
formarão microabscessos. 
 Hifas são vistas nas camadas paraqueratinizadas. 
 
 Diagnóstico: Exames citopatológicos ou biópsia com 
coloração por PAS, esse método cora os carboidratos 
presente na parede celular dos fungos. 
 
 Tratamento: 
 Nistatina creme ou pomada; 
 Clotrimazol e fluconazol são os mais indicados; 
 Cetoconazol não é indicado devido a sua alta 
hepatotoxicidade. 
 
Candidíase pseudomembranosa 
 
É o de candidíase mais conhecida. Costuma afetar 
a mucosa jugal, palato e dorso da língua. 
Pode surgir de forma aguda através do uso de 
antibióticos de amplo espectro, ou de forma crônica através 
de problemas imunológicos. 
São placas brancas removidas por raspagem 
contendo células epiteliais descamadas, hifas e leveduras, e 
fragmento tecidual necrótico. 
 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
@resumosodontol 
Candidíase Eritematosa 
 
É mais comum que a Pseudomembranosa. Este 
tipo não apresenta placas brancas, mas sim uma mancha 
avermelhada. 
Pode ser apresentar em sua forma crônica ou 
aguda. A forma aguda acontece através o uso de 
antibióticos de amplo espectro, sendo chamada de 
Candidíase Atrófica Aguda, os pacientes relatam 
queimação na língua, além de apresentar perda das papilas 
filiformes no local da lesão. A forma crônica da doença é 
conhecida como Atrofia das Papilas Centrais ou Glossite 
Romboidal Mediana. É uma forma assintomática que 
atinge a região central e posterior da língua com uma 
mancha vermelha podendo ser de superfície plana ou 
lobulada. Pode atingir o palato causando Candidíase 
Multifocal Crônica (lesão beijadora) ou a comissura dos 
lábios (queilite angular). 
 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
Candidíase Crônica Hiperplásica 
 
É um tipo mais raro e é caracterizada pela 
presença de lesões brancas não removíveis por raspagem. 
Esta lesão pode estar sobreposta a uma lesão de 
leucoplasia preexistente. 
Localizada em regiões anterior da mucosa jugal. 
Não pode ser diferenciada clinicamente de uma leucoplasia 
comum. 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
Candidíase Mucocutânea 
 
É uma desordem rara marcada por distúrbios 
imunológicos. São lesões brancas não removíveis por 
raspagem podendo afetar outras parte do corpo como unhas 
e pele. 
 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
 
É causado pelo Blastomyces dermatitidis, um fungo 
dimórfico que cresce em solos úmidos e costuma afetar 
mais homens adultos. 
 
 Características Clínicas: é adquirida através da 
inalação de esporos, os quais alcançam os alvéolos 
pulmonares e crescem como leveduras. 
@resumosodontol 
A sua forma aguda se assemelha a uma 
pneumonia, enquanto a sua forma crônica se 
assemelha a uma tuberculose. 
 
 Características Histopatológicas: é obsivel observar 
inflamação aguda e granulomatosa encolcendo as 
leveduras; pode ser utilizada a coloração por PAS para 
identificar as células e os tecidos. A infecção pode 
induzir uma reação benigna no epitélio de revestimento 
das lesões (hiperplasia pseudoepitelitematosa / 
pseudomembranosa) similar a um carcinoma, sendo 
necessário extremo cuidado na hora de realizar o 
diagnóstico a partir do histopatológico. 
 
 Diagnóstico: biópsia e exame citopatológico. 
 
 Tratamento: na forma aguda da doença, não é 
necessidade de tratamento, contudo medicamentos 
como Itraconazol, fluconazol e cetoconazol podem 
ser usados para pacientes em fase crônica. Já a 
Anfotericina B é utilizada para pacoientes que estão 
muito doentes em estágios mais graves da doença. 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
 Causada pelo Paracoccidioides brasiliense. É 
observado em maior frequência na América do Sul. Atinge 
em maior parte homens em meia-idade. 
 
 Características Clínicas: a doença se manifesta 
quando os esporos se instalar no pulmão do 
hospedeiro, causando uma infecção pulmonar e uma 
possível disseminação para outros tecidos. Na cavidade 
oral as lesões são marcadas por úlceras multiformes 
que surgem na mucosa alveolar, gengiva e palato. 
 
 Características Histopatológicas: hiperplasia 
pesudoeritematosa, com inflamação granulomatosa, 
com a presença de macrófagos e células multinucledas, 
e leveduras grandes. 
 
 Diagnóstico: obtenção de espécimes para cultura com 
exame citopatológico. 
 
 Tratamento: 
 Em casos leves e moderados: usa-se derivados 
das sulfonamidas; 
 Em casos graves: usa-se Anfotericina B 
intravenosa, itraconazol e fluconazol. 
 
 
Fonte: Neville, 2009 
@resumosodontol 
Manifestações Bacterianas 
Estomatologia 
 
É uma doença infecciosa crônica causada pelo 
Mycobacterium tuberculosis e é transmitida por via aérea,, 
através da inalação dos bacilos presentes nas partículas 
vindas da tosse, fala ou espirros. 
A tuberculose primária é a disseminação do 
microrganismo de pessoa para pessoa, produzindo uma 
resposta inflamatória crônica e formando um nódulo 
fibrocalcificado no sítio inicial de envolvimento (pulmão). Os 
microrganismos podem permanecer dentro desse nódulo até 
que a doença possa progredir, através de uma 
imunossupressão do paciente, e induzir uma tuberculose 
secundária. Nesta segunda fase, os microrganismos podem 
se disseminar para outras partes do corpo através do 
sangue. 
 
  Características Clínicas: 
 A primeira fase costuma ser assintomática 
podendo ocorrer febre e efusão pleural. 
 A tuberculose secundária pode apresentar febre 
baixa, mal-estar, anorexia, perda de peso e 
sudorese noturna. Com a progressão da lesão 
desenvolve-se uma tosse produtiva com dor 
torácica. Em pacientes com AIDS as manifestações 
extrapulmonares são mais constante, podendo 
atingir a pele (lúpus vulgar), o trato gastrointestinal, 
os rins, o sistema nervoso central,entre outros 
órgãos. 
 A cavidade oral não costuma ser atingida, mas 
quando isso acontece pode formar úlceras 
indolores e crônicas, e raramente áreas 
leucoplasicas. Afetam língua, palato e lábios são as 
áreas mais afetadas. Aumento de linfonodos e 
formação de Osteomielite tuberculosa têm sido 
relatados nos maxilares. 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
  Formação de Características Histopatológicas: 
granulomas com coleção de histiócitos epitelioides, 
linfócitos e células gigantes multinucleadas, e necrose 
caseosa central. 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
@resumosodontol 
  teste tuberculínico cutâneo.Diagnóstico: 
 
  Tratamento: 
 8 semanas de Isoniazida, rifampicina, pirazinamida, 
seguidas por 16 semanas de Isoniazida, e 
Rifampicina; 
 Vacina Bacilo Calmette Guérin (BCG); 
 Quimioprofilaxia. 
 
 
É uma doença infecciosa crônica causada pelo 
Mycrobacterium leprae. A forma de infecção ainda é 
desconhecida, mas acredita-se que a infecção inicial ocorre 
através da mucosa nasal ou orofaríngea. 
 
 Lepra tuberculoide: desenvolve-se em pacientes com 
resposta imune alta. Os microeganismos não são 
encontrados em espécimes de biópsia de pele. É uma 
doença localizada. 
 
 Lepra lepromatosa: desenvolve-se em pacientes com 
baixa imunidade. É uma doença difusa. 
 
 Características Clínicas: 
 Hanseníase Paucibacilar: é semelhante a lebra 
tuberculoide. Possui pequenas lesões bem 
delimitadas e hipopigmentdas na pele. As lesões 
são raras na cavidade oral. Ocorre perda da 
sensibilidade. 
 Hanseníase Multibacilar: são lesões mal 
delimitadas, hipopigmentadas, marcadas pela 
formação de máculas e pápulas. Pode atingir a 
face levando a um aumento da mesma. Os pelos 
da sobrancelha, cílios e cabelos tendem a cair, 
além de ocorrer perda da sensibilidade e do olfato. 
Na cavidade bucal costuma apresentar pápulas 
amareladas ou avermelhadas que ulceram e 
necrosam, sendo mais comum no palato duro e 
mole, gengiva anterior e terço anterior da língua. 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
  Características histopatológicas: 
 Hanseníase paucibacilar: inflamação 
granulomatosa contendo histiócitos epitelioides, 
linfócitos e células gigantes multinucleadas, com 
pouca quantidade de microrganismo. 
 Hanseníase Multibacilar: sem granulomas, comtém 
células de lepra (lenções de linfócitos misturados 
com histiócitos epitelioides), além de possuir muitos 
microrganismos. 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
 visualização do microrganismo em um Diagnóstico:
esfregaço ou no tecido através de coloração por ácidos 
resistentes. 
 
  Tratamento: 
 Hanseníase paucibacilar: é tratado com um 
esquema de 6 meses com Rifampicina e Dapsona.; 
 Hanseníase multibacilar: é tratado com um 
esquema de 24 meses com Clofazimina, 
Rifampicina e Dapsona; 
 Pacientes alérgicos a rifampicina podem ser 
tratados com Clofazamina, Ofloxacina e minociclina 
por 24 meses. 
@resumosodontol 
 
É causada pelo Treponema pallidum e transmitida 
através do contato sexual desprotegido, de mãe para feto e 
por transfusão sanguínea. 
Possui três fases sendo as duas primárias de alto 
grau infeccioso, e a ultima fase é marcada após uma 
latência. 
 
Sífilis primária 
 
Apresenta-se como um cancro que pode ser visto 
na genitália externa ou no ânus, podendo surgir também na 
boca. 
Na cavidade oral as lesões podem aparecer nos 
lábios, no palato e na língua, além das amígdalas em 
formato de ulceras de base clara e indolor. Observa-se 
também uma linfadenopatia regional. A lesão não tratada 
pode cicatrizar dentro de 3 a 8 semanas. 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
Sífilis secundária 
 
É a fase de disseminação. Pode surgir antes da 
cicatrização das lesões primárias. Ocorre o surgimento de 
sintomas sistêmicos como febre, cefaleia, perda de peso e 
mal-estar, linfadenopatia indolor. Além dessas, podem 
ocorrer a formação de lesões maculopapulares por todo o 
corpo principalmente pela região palmo-plantar. 
Na mucosa oral ocorre formação de zonas 
esbranquiçadas múltiplas que podem se fusionar umas as 
outras e formar algo semelhante a um caracol. Estas lesões 
podem levar a uma necrose epitelial e logo uma exposição 
do tecido conjuntivo. Além disso, pode haver a formação de 
pápulas fendidas. São comuns nos lábios, mucosa jugal e 
palato. A cicatrização ocorre entre 3 a 12 semanas. 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
Sífilis Terciária 
 
Se desenvolve após o período de latência que pode 
durar de 1 ate 30 anos. É um caso de sífilis grave devido ao 
seu estágio avançado. 
 No sistema cardiovascular: arterite prévia, aneurisma da 
aorta ascendente e hipertrofia ventricular esquerda. 
 Nos siatema nervoso: paralisia generalizada, psicose, 
demência, paresia e morte. 
 Lesões oculares: irite, coroidoretinite e Pupilas de Argyll 
Robertson. 
 Ocorre também formação de lesões granulomatosas em 
formato de gomas (nodulares ou ulcerados) em 
@resumosodontol 
diversos tecidos. Na boca, as gomas podem surgir na 
língua levando a ulceração ou nódulos no palato e na 
língua. 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
Sífilis Congênita 
 
Ocorre através da transmissão de mãe para feto. 
Costuma se desenvolver de 2 a 3 semanas após o 
nascimento. É marcada pela Tríada de Hutchison (dentes de 
Hutchison, surdez e ceratite ocular). 
Os primeiros sinais e sintomas são febre, retardo 
de crescimento, icterícia, anemia, hepatoesplenomegalia, 
rinite e rágades (fissuras ao redor da boca), erupção 
maculopapulares na pele desacamtivas, ulcerações e 
vesículas. 
Na boca os incisivos tem diâmetro mediodistal 
maior no terço médio e o terço incisal é afunilado. Já os 
molares possuem aspecto de amora. 
 
Fonte: Neville, 2009 
 
 
 
  Características Histopatológicas da Sífilis: 
 Na fase primária: superfície epitelial ulcerada; 
 Na fase secundária: superfície epitelia ulcerada ou 
hiperplásica com espongiose e exocitose; 
 Na fase terciária: lesões orais exibem superfícies 
ulceradas com hiperplasia pseudoepiteliomatosa 
periférica e inflamação granulomatosa; 
 Lâmina própria é marcada por aumento de canais 
vasculares com infiltrado inflamatório de 
plasmócitos e linfócitos. 
 
 Diagnóstico: 
 Deve ser feita a coleta da lesão para a análise, seja 
através de um esfregaço ou de uma biópsia. 
 Realização de teste de imunofluorescencia 
específico para identificar os microrganismo 
espirolados. 
 Testes sorológicos como VDRL, RPR, FTA-ABS, 
TPHA, TPPA, MHA-TP para identificação de 
anticorpos. 
 
  Tratamento: 
 Fase 1ª, 2ª e latente inicial: Penicilina G 
parenteral. Dose única; 
 Fase latente tardia e 3ª: Penicilina Intramuscular 
uma vez por semana durante 3 semanas; 
 Pacientes alérgicos a Penicilina podem ser 
tratados com Doxiciclana e Eritromicina.

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