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peça 01 penal - Resposta

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NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍCA – ESTÁCIO FAL
ESTAGIÁRIO: Rosangela Almeida de Sant’Anna_________________________________________
DATA DA DISTRIBUIÇÃO: 18 de agosto de 2020.
EXERCÍCIO DE AVALIAÇÃO – ESTÁGIO SUPERVISIONADO
10º Período
RESPOSTA PEÇA 1 - PENAL
AO JUÍZO DA VARA DE EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE FORTALEZA, CEARÁ
Processo nº: _________________________________
OBJETO: AGRAVO EM EXECUÇÃO
JOÃO, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por meio de seu advogado abaixo assinado e com procuração anexa, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência interpor , tempestivamente, o presente recurso de agravo, com fulcro no artigo 197 da Lei de Execução Penal, sob o rito previsto pelo artigo 581 e seguintes do Código de Processo Penal.
Requer, em um primeiro momento, que Vossa Excelência se retrate da decisão recorrida, e, caso entenda de forma diversa, que receba, processe e encaminhe o recurso, com as inclusas razões, ao Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.
Nesses Termos, 
pede Deferimento. 
Local e data
ADVOGADO
OAB/UF Nº _____
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ 
COLENDA CÂMARA JULGADORA 
ÍNCLITO RELATOR 
RAZÕES AO RECURSO DE AGRAVO: 
Em que pese o ilibado saber jurídico do MM juízo a quo, a respeitável decisão de fls. __ não merece prosperar, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
SÍNTESE DOS FATOS:
O agravante cumpre pena em regime semiaberto em um pavilhão com número de detentos muito acima da capacidade da unidade prisional nesta comarca. Durante todo o tempo do cumprimento da pena na unidade, não teve visitas íntimas regulares e não pôde sair para trabalhar.
Faltando quatro meses para implementação do requisito objetivo para progressão ao regime aberto, segundo consta no atestado de pena, foi formulado ao juízo pedido de deferimento antecipado ao regime aberto visto que não podia gozar de direitos básicos inerente ao seu regime de pena, bem subsidiariamente o pleito para transferência para unidade adequada, o gozo de visitas íntimas e direito de sair para trabalho externo, fundamentando o requerimento de trabalho com a implementação do requisito objetivo para tal e uma oferta de emprego em uma barbearia de propriedade de seu irmão.
Ocorre que o juízo de Execução Penal indeferiu a progressão de regime ao aberto visto que o requisito objetivo não foi ainda implementado. Acrescentando que com a publicação da Lei n. 13.964 de 2019, por ser o agravante reincidente em crime comum com violência contra à pessoa (cumpre pena por crime cometido em Maio de 2019), o requisito objetivo de progressão fora ainda alterado – necessitando agora que ele cumpra 30% da pena no regime vigente – determinando, portanto, a retificação do atestado de pena para atualizar os marcos temporais com a nova legislação. Em suma, a decisão do juízo tornou ainda mais distante o prazo para progressão ao regime aberto.
O juiz, na mesma decisão, ainda indeferiu o pleito de visitas íntimas sustentando que o pedido não goza de previsão legal, estando regularmente asseguradas as visitas dos parentes e amigos previstas na Lei de Execução Penal. Por fim, indeferiu o trabalho externo visto que o crime praticado pelo agravante era grave, envolvia violência contra à pessoa, e também porque não é possível fazer uma fiscalização adequada em quem trabalha com seus próprios parentes.
FUNDAMENTOS:
DO PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DE LEI POSTERIOR:
De acordo com o Código Penal e a LEP, a pena do condenado deve ser aplicada de forma progressiva, ou seja, o condenado que obedecer aos requisitos legais poderá passar de um regime mais rigoroso para outro menos rigoroso (do fechado para o semiaberto e deste para o aberto). Os requisitos são dois: um objetivo e outro subjetivo. 
O requisito objetivo consiste no cumprimento de determinada parcela da pena no regime anterior para possibilitar a progressão. 
Regra geral: é necessário o cumprimento de um sexto da pena (LEP, art. 112, antes da Lei 13.964 de dezembro de 2019). 
O requisito subjetivo diz respeito ao mérito do condenado, ou seja, à sua capacidade de se adequar a um regime menos rigoroso, inclusive o agravante cumpria pena em regime semiaberto em um pavilhão lotado.
A Lei de Execução Penal (Lei 7210/84), em seu art. 112 antes da Lei 13.964 de dezembro de 2019, prevê a progressão para pena privativa de liberdade para o preso que tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior (este prazo é, agora, maior para quem cometeu crime com violência à pessoa) e ostentar bom comportamento carcerário. 
Contudo, a nova redação passou a exigir para réu primário o cumprimento de 30% (trinta porcento) da pena, se o apenado for reincidente. Tal modificação dificulta a possibilidade de progressão. Nada mais justo, já que estes crimes são considerados mais graves pela própria constituição, e, portanto, seus autores não podem ser tratados de maneira igual aos autores de outros crimes. 
Cabe dizer, que a modificação data pela lei 13.964/2019, não deverá ser usada no caso concreto, uma vez que prejudicará o agravante e o crime aconteceu em maio de 2019, ou seja, mesmo para os crimes praticados antes da entrada em vigor da nova lei será aplicada a regra anterior, em que o condenado responderá ao processo e fazer jus a progressão de pena.
DA VISITA ÍNTIMA:
Vale ressaltar que o indeferimento do pleito de visitas íntimas sustentando que o pedido não goza de previsão legal e, conforme artigo 41, item X da LEP, a visita íntima é direito do preso, mesmo que não esteja de forma expressa em nossa legislação, já é um costume e vem sendo regulada pela maioria dos estabelecimentos prisionais, apesar de que o Agravante está em regime semiaberto e não poderia cumprir sua pena em uma penitenciária.
DA TRANSFERÊNCIA PARA UNIDADE ADEQUADA:
Conforme se observa nos autos o Agravante está no regime semiaberto e, conforme artigo 87 da Lei de Execução Penal, em seu artigo 87, a penitenciária é destinada ao condenado a pena de reclusão no regime fechado, portanto, deverá ser imediatamente transferido para uma unidade adequada.
DO DIREITO DE SAIR PARA O TRABALHO:
Mesmo o apelante esteja cumprindo sua pena na unidade errada, pelo artigo 37 da Lei de Execução Penal, o juiz não poderia indeferir a sua saída para uma oferta de emprego em uma barbearia de propriedade de seu irmão
DOS PEDIDOS: 
a) Requer seja conhecido e provido o presente recurso por Vossas Excelências, tornando sem efeito a decisão contra a qual se insurge.
b) Considerando que o Agravante já cumpriu o requisito temporal de 1/6 (um sexto) exigido para ver progredido a regime de execução de sua pena (Artigo 112 do CP antes da Lei 13.964 de dezembro de 2019), bem como atende aos demais requisitos exigidos pela legislação aplicável, requer a concessão do regime semiaberto.
c) Na remota, longínqua e improvável hipótese de não emprestar-se guarida as tese esposadas nos itens supra, seja o apelante transferido para a unidade prisional adequada.
Certos estejam Vossas Excelências, mormente o Insigne e Preclaro Desembargador Relator do feito, que em assim decidindo, estarão julgando de acordo com o direito, e, sobretudo, restabelecendo, perfazendo e restaurando, na gênese do verbo, o primado da JUSTIÇA! 
Local e data
ADVOGADO
OAB/UF Nº ___
DOS FATOS:
Noticiam os autos que o reeducando estava na sua cela, em que habitava ele e mais quarenta presos, teriam sido encontrados, escondidos no teto, 45 gramas de maconha e um chip de aparelho celular.
Em resultado do procedimento disciplinar remetido ao juiz de execução continha apenas as declarações do reeducando, desacompanhadas de defesa técnica, onde o mesmo negou peremptoriamente a posse dos objetos, sustentando que teria sido ameaçado de morte por outros detentos caso não assumisse a autoria da falta grave, além das declarações dos agentes penitenciários que confirmaram a preensão e a responsabilidade do sentenciado.
O juiz reconheceu a falta grave e homologou a sanção do isolamento e, por forma de reincidência, julgou a metade dos dias trabalhados perdidos,determinando, ainda a recontagem e prazos para fins de progressão e livramento condicional a partir da data da fala cometida.
Insta salientar que o reeducando cumpre um total de pena de oito anos de reclusão em regime fechado, é reincidente e já contava com sessenta e quatro dias julgados remidos de sua pena pelo trabalho penitenciário prestado.
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS:
A instauração do procedimento administrativo compete ao diretor do estabelecimento prisional. Já no que diz respeito à aplicação das sanções disciplinares, a regra geral estabelecida na LEP – Lei de Execução Penal, é de que a sanção disciplinar seja aplicada pelo diretor do estabelecimento prisional, ficando a cargo do juiz da execução algumas medidas, conforme o § único o artigo 48.
Assim, antes dessa representação, o diretor do presídio deve apurar a conduta do detento, identificá-la como falta leve, média ou grave, aplicar as medidas sancionatórias que lhe compete no exercício de seu poder disciplinar e, quando ficar constatada a prática de falta disciplinar de natureza grave, comunicar ao juiz da Vara de Execução Penal, sem prejuízo daquelas já aplicadas pela autoridade administrativa.
Conforme disciplina os artigos 15, 16 e 83 § 5º da LEP – Lei de Execução Penal, a obrigatoriedade de instalação da Defensoria Pública nos estabelecimentos penas a fim de assegurar a defesa técnica daqueles que não possuem recursos financeiros para constituir advogado.
Destacamos que no presente caso, o reeducando, ao prestar suas declarações, estava desacompanhado de defesa técnica, o que fere o princípio do contraditório e ampla defesa e, também o artigo 5º, inciso LV da Constituição Federal.
Na decisão do juiz em não permanecer com os dias redimidos que o apenado já tinha cumprido pelo trabalho penitenciário prestado, não deve prosperar, pois o artigo 127 da LEP – Lei de Execução Penal a remissão deveria ser de 1/3, ou seja vinte e um dias e o juiz julgou a metade dos dias trabalhados perdidos, também o entendimento jurisprudencial abaixo deve ser analisado, pois uma vez que o processo administrativo não teve defesa, deverá ser anulado.
AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL. TRABALHO ARTESANAL. COMPROVAÇÃO. DIREITO DE REMIÇÃO DA PENA. 1- O instituto da remição é um direito do condenado em reduzir pelo trabalho o tempo de duração da pena privativa de liberdade cumprida em regime fechado ou semiaberto. Atestado pelo Coordenador de Unidade Prisional que o condenado dedicou-se à atividades artesanais, faz jus ele, portanto, ao benefício da remição. REINCIDÊNCIA NÃO RECONHECIDA PELO JUÍZO DO CONHECIMENTO. COISA JULGADA QUANTO A PRIMARIEDADE DO APENADO. ALTERAÇÃO DA FRAÇÃO APLICADA PARA PROGRESSÃO DE REGIME. 2 - A reincidência não reconhecida nos títulos executivos judiciais, não pode ser levada em consideração no momento da execução da pena. DE OFÍCIO. DECLARADA A NULIDADE DA DECISÃO QUE RECONHECEU FALTA GRAVE SEM INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. 3 - Em consonância com a Súmula nº 533, do STJ, deve a decisão que reconheceu a falta grave, sem a instauração do procedimento disciplinar, ser cassada, com o reestabelecimento dos dias remidos decretados como perdidos. AGRAVO PROVIDO PARA RECONHECER A REMIÇÃO DOS DIAS COMPROVADAMENTE TRABALHADOS E ALTERAR A FRAÇÃO PARA A PROGRESSÃO DE REGIME, DESCONSIDERANDO A REINCIDÊNCIA. DE OFÍCIO, CASSADA A DECISÃO QUE RECONHECEU A FALTA GRAVE, ANTE A AUSÊNCIA DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR PRÉVIO.
(TJ-GO - AGEPN: 01943544320168090000, Relator: DES. AVELIRDES ALMEIDA PINHEIRO DE LEMOS, Data de Julgamento: 05/09/2017, 1A CAMARA CRIMINAL, Data de Publicação: DJ 2356 de 26/09/2017)
DOS PEDIDOS:
Diante de todo exposto requer:
a) Seja acolhida a tese de defesa do reeducando e, consequentemente, não reconhecida a prática de falta disciplinar de natureza grave a ele imputada, pelas razões aqui expostas;
b) Seja permanecido a quantidade de dias trabalhados e que a remissão ocorra de acordo com o artigo 127 da LEP – Lei de Execução Penal;
c) Que o apenado saia do isolamento e seja colocado em cela única, conforme artigo 88 da LEP – Lei de Execução Penal. 
Nesses temos,
Pede deferimento.
Local e data
ADVOGADO
OAB/__ nº _____
ENVIAR A PEÇA PARA CORREÇÃO PARA O EMAIL NPJESTACIOFAL@GMAIL.COM

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